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12/08/2015 ALERRANDRO LIMA A MODA E SOCIEDADE http://jornalistaalerrandrolimarvt.blogspot.com.br/ 1/14 quartafeira, 12 de agosto de 2015 Ética, Moral, Sociedade e Brasil: Crise? 3 Tweet 31 Política Primeiro governo Dilma corroeu finanças da estatal, ao rebaixar artificialmente preço dos combustíveis e obrigála a arcar, quase sozinha, com investimentos do PAC Crise Petrobras: as causas da crise, além da Lava Jato 207 Recomendar Share 2 8 de agosto de 2015 http://www.radiouniversitariaead.com/ World time Fortaleza, 16 de abril de 2015. Follow @CecuRadio Follow @CecuRadio Follow @Imprensacomite FORTALEZA, 15 DE ABRIL DE 2015, AS 16:24PMATENÇÃO!!MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICAÁREA DE PESQUISA NEUROCIÊNCIAMAPEAMENTO ACEJI APOIA EDUCAÇÃO CONTINUADA Professor César Augusto V da Silva RTUAL DO INESPEC ESTAMOS EM 2015 ANO UIMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA – NEUROCIÊ 0 mais Próximo blog» [email protected] Nova postagem Design Sair

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JORNALISTA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

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quartafeira, 12 de agosto de 2015

Ética, Moral, Sociedade e Brasil: Crise?

3 Tweet 31

Política

Primeiro governo Dilma corroeu finanças da estatal, ao rebaixarartificialmente preço dos combustíveis e obrigála a arcar,quase sozinha, com investimentos do PAC

Crise

Petrobras: as causas da crise, além daLava Jato

207Recomendar Share 2

8 de agosto de 2015

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World timeFortaleza, 16 de abril de 2015.

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FORTALEZA, 15 DE ABRIL DE 2015, AS16:24PMATENÇÃO!!MESTRADO EMPSICOLOGIA CLÍNICAÁREA DE PESQUISANEUROCIÊNCIAMAPEAMENTO

ACEJI APOIA EDUCAÇÃO CONTINUADA Professor César Augusto V da Silva

VINCULADA AO INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA EXTENSÃO E CULTURA PUBLICAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS REALIZADOS PELOS ESPECIALISTAS  SECRETARIA GERAL VIRTUAL DO INESPEC ESTAMOS EM 2015 ANO VIII DO INESPEC

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROGRAMA DE PESQUISA EM CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA DO AUTISMO, PARTE INTEGRANTE DE UM PROJETO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM SEGUIMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA – NEUROCIÊNCIA MAPEAMENTO CEREBRAL. INFORMAÇÕES OPERADORA 

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A investigação policial é certamente um pesado agravante para a companhia. Mas a Lava

Jato não é a causa primeira das atuais dificuldades da Petrobras

A Operação Lava Jato e seus

desdobramentos são hoje o fato

central da vida brasileira, pela

desestabilidade que causam nos

agentes políticos, e nas

dificuldades que acrescentam ao

dia-a-dia material de todos. O

ambiente político está

estilhaçado pelas revelações da

relação entre grandes empresas

e partidos políticos, revelações

que lançam dúvida sobre a

eleição de deputados, senadores,

governadores, e da própria

Presidente da República.

A população sofre consequências

diretas porque, ao acusar

criminalmente os gestores

das maiores empreiteiras do

país, as investigações limitam o

ritmo de atividade de negócios

em geral, e da construção civil

em particular, reforçando ociclo

de desemprego, já nitidamente

instalado. A taxa nacional de

desemprego evoluiu de 6,2% ao

final de 2013 para 6,9% ao final

de 2014, para 8,1% no segundo

trimestre de 2015. Só na

construção civil houve redução

de 500 mil pessoas ocupadas em

maio de 2015, com relação ao

ano anterior.

A Petrobras é, infelizmente,

protagonista central da

Operação Lava Jato, na condição

de vítima dos crimes praticados

por seus próprios funcionários em conluio com empresas fornecedoras de

1

CEREBRALINFORMAÇÃO AOS DOCENTESDO CAEE/INESPEC.PROTOCOLO002006/2015

PROTOCOLO 002004/2015

CENTRO DE ENSINO E CULTURAUNIVERSITÁRIARÁDIO UNIVERSITÁRIAEADCONTA:[email protected]ÉISVINCULADOSRÁDIO WEB INESPECEDUCAÇÃO À DISTÂNCIACURSOShttp://rwieadbrasil.blogspot.com.br/Sinal para repassar nesta data em rede:segundafeira, 13 de abril de 2015, as15:41:59. 

ATENÇÃO PROFESSORES DO AEE NO CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA. EM AGOSTO, DIA PRIMEIRO COMEÇA O CURSO DE CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA NO AUTISMO. PARTE DO PROJETO DE PESQUISA DO MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA NA UNIVERSIDADE INTERAMERICANA, SEGUIMENTO DE “NEUROCIÊNCIA” PARTE DA DISSERTAÇÃO AO TÍTULO DE MESTRE DO PROFESSOR CÉSAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA  COORDENAÇÃO PRESIDENTE DO INESPEC  Professora Ray Rabelo

E OS QUE AINDA NÃO ESTÃO INSCRITOS, PODEM ACESSAR A FICHA DE MATRÍCULA NOS FORMATOS PDF E WORD – COORDENAÇÃO Professora Ray Rabelo

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bens e serviços. Pelo efeito devastador que as investigações têm sobre as

expectativas de quem investe, é fácil atribuir à Operação Lava Jato a causa

das dificuldades financeiras que reduziram o valor de mercado da Petrobras

a menos da metade do valor contábil da companhia.  Mas, embora

convidativa e conveniente, essa interpretação seria equivocada, porque não

corresponde à realidade dos fatos.

A Lava Jato tem sim um terrível impacto sobre a atividade econômica; as

notícias recentes dão conta de que a Presidente da República e seus

ministros mais próximos atribuem à Lava Jato a queda de 1 ponto

percentual no produto interno. A investigação policial é certamente um

pesado agravante para a companhia. Mas a Lava Jato não é a causa primeira

das atuais dificuldades da Petrobras. A causa maior e direta do atual

constrangimento financeiro da Petrobras foi o abuso de poder pelo

Governo Federal enquanto acionista controlador da companhia.  Dito ao

contrário, ainda que não existisse a Lava Jato, a Petrobras estaria num

aperto neste momento.

Enquanto controlador o governo federal tem, sim, a prerrogativa de dar

diretrizes estratégicas à Petrobras. Mas a decisão executiva tem que ocorrer

dentro dos limites das reais possibilidades da companhia em seu ambiente

de negócios, manifestas em custos de insumos, preços de venda,

capacidade dos fornecedores, e na capacidade técnica e gerencial da

própria companhia. Fora desses limites haverá sempre destruição de um

patrimônio coletivo que é, na Petrobras, majoritariamente patrimônio

público.

O governo federal atropelou abertamente esse limite, na política de preços

e na política de compras. Os resultados são melancólicos: o

estrangulamento financeiro da Petrobras, o descrédito da política de

conteúdo local, a desqualificação da atuação do Estado enquanto agente

econômico, e o fortalecimento do discurso privatista em relação à

Petrobras.

A possibilidade de ação política

Quer se esteja ou não de acordo, o fato é que a ação do Estado nas estatais

está formalmente prevista na Lei das S.A. (Lei 6.404/1976), no Capítulo XIX,

que trata das sociedades de economia mista:

“Art.238 – A pessoa jurídica que controla a companhia de economia mista tem

os deveres e responsabilidades do acionista controlador (artigos 116 e 117), mas

poderá orientar as atividades da companhia de modo a atender ao interesse

público que justificou a sua criação”.

A redação desse artigo 238 deixa, evidentemente, larga margem para

interpretação do que vem a ser “o interesse público que justificou sua

criação” na gestão das empresas de economia mista. À época da sua

criação, a Petrobras era o instrumento exclusivo para exercício do

monopólio do Estado na indústria brasileira de petróleo (Lei 2004 de 1953).

É claro que, diante da fragilidade atual da Petrobras, ressurgem

reclamações para alterar essa redação na Lei das S.A., e reduzir o espaço de

ação do Estado na gestão das empresas que controla.

No caso específico da Petrobras, a possibilidade de ação política está

também explicitada no alerta constante do Informe 20F, que vem a ser um

documento exigido de todas as companhias que têm títulos negociados na

Bolsa de Valores de Nova York. O documento se destina a orientar os

investidores da bolsa norte-americana, e é reapresentado,

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obrigatoriamente, logo após cada divulgação do resultado anual. O 20F

apresenta informações detalhadas sobre a composição societária e sobre

os negócios da companhia. A seção inicial (Parte I) desse documento

enumera diversos fatores de risco, isto é, elementos e circunstâncias do

ambiente de negócio que colocam em risco a possibilidade do investidor

reaver o seu dinheiro na forma esperada (aumentado por dividendos ou

juros). Entre eles estão“riscos relativos ao nosso relacionamento com o

Governo Federal Brasileiro”. Ali, a Alta Direção da Petrobras alerta

explicitamente o investidor interessado na companhia:

“Como nosso acionista controlador, o governo federal brasileiro tem buscado, e

pode buscar no futuro, alguns de seus objetivos macroeconômicos e sociais por

meio de nossa companhia, conforme permitido por lei. […] Em conseqüência,

podemos nos dedicar a atividades que dão preferência aos objetivos do governo

federal brasileiro em vez de nossos próprios objetivos econômicos e

comerciais.” 

Evidentemente, a ação política do governo federal sobre a estatal petroleira

não é surpresa ou segredo. Pelo contrário, tem o amparo formal da lei. O

problema está no abuso dessa possibilidade de ação, porque ela tem

limites. Um desses limites é o compromisso que a companhia assume ao

financiar suas atividades através da emissão de ações e de títulos de dívida.

Acordo com o capital

Ao vender ações e títulos de dívida da Petrobras, o Estado brasileiro –

enquanto acionista controlador – assume o compromisso de conduzir os

negócios de maneira a atender os interesses de quem investe. Há

investidores que compram ações da companhia (acionistas), e há os que

compram títulos de dívida da companhia. Os proprietários de ações só têm

retorno na medida em que a companhia produz lucros para distribuir. Por

isso são ditos investidores de renda variável. Os que compram títulos de

dívida têm direito a seu rendimento com valor e data marcados,

independente do andamento dos negócios. São os investidores de renda

fixa. A companhia compromete-se a gerar dividendos regularmente para os

acionistas, e a gerar dinheiro suficiente para garantir pagamento de

amortização e juros aos detentores de título de dívida. Para controle desse

compromisso, a companhia se obriga a apresentar, a cada três meses, um

relatório detalhado do andamento dos negócios, mostrando que atua

conforme os compromissos financeiros assumidos.

É claro que estão previstas penalidades em caso de descumprimento do

que foi acordado, isto é, caso o acionista controlador (Estado) conduza os

negócios de forma lesiva ao interesse dos investidores. No caso dos

acionistas, o julgamento dos eventuais conflitos se dá através da CVM e da

Justiça, em processos tipicamente demorados. Já no caso dos detentores de

títulos de dívida, o descumprimento de condições contratuais pode causar o

vencimento imediato de parte ou mesmo de toda a dívida da companhia.

Constitui-se numa ameaça à própria existência da companhia, na medida

em que pode bloquear qualquer possibilidade de financiamento das

atividades de negócio. No caso dos estrangeiros proprietários de títulos de

dívida, essa ameaça tem o agravante de ser regida por leis e órgãos de

controle também estrangeiros, isto é, fora do domínio do Estado brasileiro.

Endividamento e Política de Preços

Não é possível compreender a dificuldade em que se encontra a Petrobras

sem reconhecer o imenso dano causado diretamente pela desastrada

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intervenção do governo federal na política de preços da companhia entre

2011 e 2014, e registrar as condições gerais em que se deu essa infeliz ação.

O Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobras foi o primeiro da gestão Graça

Foster, uma indicada pessoal da Presidente Dilma Rousseff e que contaria,

esperava-se, com todo o apoio da Presidência da República em sua gestão.

Aquele plano previa investimentos de 236 bilhões de dólares, custeados

com 151 bilhões de caixa próprio, gerado com a venda de combustíveis a

preços de mercado. Os restantes 84 bilhões seriam custeados com novas

dívidas, ou 17 bilhões por ano, em média. Havia, nos termos propostos para

execução do plano, o compromisso de que o endividamento (a

alavancagem) da Petrobras permaneceria confortavelmente entre 20% e

30%.

O problema surgiu quando o indispensável apoio da Presidência da

República à gestão da Petrobras não se materializou. Pelo contrário. A

companhia foi alvo preferencial de uma bizarra tentativa de controle de

preços comandada pelo então ministro da Fazenda, a partir de 2011. A

tentativa produziu resultados desastrosos em diversas atividades. No caso

da Petrobras, o ambicioso plano de investimentos de 2012 dependia

explicitamente da manutenção de preços dos combustíveis em paridade

com preços externos (estava escrito naquele plano, assim como está no

atual). Foi essa a mensagem enviada aos investidores, foi esse o

compromisso assumido. Na prática, porém, os preços não foram esses.

Melhor dizendo, ficaram muito longe disso, mesmo admitindo a postura

oficial da companhia de “não repassar ao mercado doméstico as flutuações

internacionais de curto prazo”.

Confundindo tragicamente as atribuições de ministro da Fazenda

epresidente do Conselho de Administração da Petrobras, o governo federal

impôs à Petrobras um castigo longo e severo, reprimindo os preços

domésticos dos combustíveis em níveis muito inferiores aos do mercado

externo. Ao mesmo tempo, manteve a companhia obrigada (ainda que

informalmente) a garantir abastecimento do mercado interno. Essa tática

míope para conter artificialmente os preços produziu a progressiva asfixia

financeira que, depois de quatro anos, levou a Petrobras às cordas. Fruto

dessa lambança, o segmento de Abastecimento contabilizou perdas

gigantescas em série: 6 bilhões de dólares em 2011; 17 bilhões em 2012; 13

bilhões em 2013; e 24 bilhões em 2014, segundo os demonstrativos

contábeis oficiais.

Ao fim das contas, o represamento de preços durante quatro longos anos

impôs prejuízo de 60 bilhões de dólares à Petrobras ou, ao câmbio de hoje,

R$ 204 bilhões. Ao impedir o necessário reajuste de preços durante tanto

tempo, o governo federal privou a Petrobras de 40% do recurso próprio

previsto para realizar o plano de investimentos aprovado pelos

representantes do mesmo governo federal no Conselho da companhia, e

oferecido aos investidores interessados. Esse imenso rombo na previsão de

receita própria teve, evidentemente, que ser coberto com empréstimos

adicionais, levando a alavancagem a 52% em março de 2015, muito acima

do limite pactuado de 20% a 30%. Daí a crescente desconfiança dos

investidores quanto à capacidade da companhia honrar seus compromissos

financeiros.

Limites da Política de Compras

O ovo ou a galinha? É dessa natureza a pergunta sobre o nexo causal entre

a formação do cartel de empreiteiras e a política de compras da Petrobras –

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principal iniciativa de política de conteúdo local do governo federal. Pela

ordem cronológica, a existência e convivência das empreiteiras antecedem

largamente a formulação da política de conteúdo local para a indústria do

petróleo. Mais que isso, o desenrolar das investigações policiais já chegou

aos contratos para instalação da usina nuclear Angra-3, e atingiu um

renomado executivo do setor elétrico, presidente da Eletronuclear, oficial

aposentado da Marinha do Brasil. Qualquer que seja a ordem dos fatores,

estão intimamente entrelaçados a Petrobras, a política de conteúdo local, e

o cartel de empreiteiras.

O que sim existe nesse complicado enlace é um claro nexo entre o

endividamento da Petrobras e o papel de liderança atribuído à companhia

pelo governo federal na política de investimentos do pais. O protagonismo

da Petrobras constava do PAC – Programa de Aceleração do Investimento

anunciado em janeiro de 2007. Foi reforçado tanto pela descoberta do pré-

sal anunciada ao final de 2007, quanto pela surpreendente crise financeira

mundial em 2008. Frente ao cenário externo adverso, o governo federal

procurou acelerar ao máximo o investimento da Petrobras como forma de

combater o efeito recessivo da retração mundial. E fez isso de modo a

favorecer os fornecedores brasileiros, notadamente as grandes

construtoras, definindo metas ambiciosas para o conteúdo local dos

equipamentos comprados pela Petrobras, com destaque para as

encomendas de construção naval.

Mas não basta querer. Metas excessivamente ambiciosas foram além do

limite da capacidade tanto da Petrobras quanto dos fornecedores, e

desvirtuaram aquela que seria, conceitualmente, uma política virtuosa de

estímulo à economia brasileira.

Os processos internos de formulação, análise, e execução de projetos da

Petrobras foram sobrecarregados por um orçamento de investimento que

aumentou incríveis 4,5 vezes em seis anos. Em 2007, a Petrobras

apresentou um orçamento quinquenal de investimentos de 67% maior que

o apresentado em 2006. Esse já seria um salto gigantesco para qualquer

companhia. Mas a expansão prosseguiu a cada ano. Em 2008, primeiro

orçamento após o anúncio do pré-sal, foi a 112,4 bilhões de dólares. Em

2009-2013, com a inclusão das refinarias do Maranhão e Ceará, o

orçamento deu outro salto espetacular de 55%, chegando a 174 bilhões de

dólares. Em 2010-2014, lastreado no aumento de capital da companhia, o

investimento previsto foi a 224 bilhões. Finalmente, no plano 2012-16 o

investimento proposto atingiria o máximo de 236 bilhões de dólares.

É claro que essa avalanche de novos investimentos implicou prazos

menores para análise das oportunidades, menor precisão nas

especificações para contratação, e seguidas alterações durante a execução

dos projetos. Não surpreende, portanto, o grande número de aditivos aos

contratos originais, e o explosivo aumento de preços durante a execução

dos projetos. A pretensão excessiva de investimento comprometeu na raiz a

qualidade do gasto da Petrobras. Pior, a imprecisão nas especificações e as

repetidas renegociações de contratos foram terreno fértil para os

injustificáveis desvios de conduta agora revelados pela Operação Lava Jato.

Capitulação

Depois de ter estrangulado financeiramente e imposto pesados prejuízo à

Petrobras por quatro anos, o governo federal viu-se obrigado a entregar a

companhia a uma intervenção dos agentes financeiros, para evitar o cenário

de catástrofe com vencimento antecipado de dívidas. Cenário que se

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desenhou com o surto de endividamento da companhia, agravado pela

enxurrada de denúncias de corrupção que retardou de março para maio

deste ano a apresentação dos demonstrativos contábeis auditados relativos

a 2014.

A prática da intervenção financeira de emergência está resumida no novo

plano de negócios da companhia, divulgado em 29 de junho. A ordem do

dia é enquadrar o endividamento nos limites “normais” de operação (35%)

até 2020. O caminho para isso é cortar gastos. O plano traz redução dos

investimentos para 130 bilhões de dólares, isto é, apenas 60% do previsto

no plano anterior. A projeção da produção de petróleo para 2020 foi

reduzida de 4,2 para 2,8 milhões de barris por dia. Também são esperados

cortes significativos no pessoal terceirizado, a qualquer momento.

Como de hábito, o plano supõe manter os preços dos combustíveis num

valor que gere caixa para a companhia, e supõe que a taxa de câmbio se

mantenha relativamente estável. A companhia se compromete (uma vez

mais) a praticar preços equivalentes aos do mercado mundial.

Mas isso já não basta. Para fazer caixa rapidamente, a companhia se vê

também obrigada a acelerar venda de ativos, tanto no exterior quanto no

Brasil. O problema é que a maré não está para peixe no setor de petróleo

neste momento. Para atrair compradores, a Petrobras tem que oferecer

ativos bons, inclusive no Brasil, inclusive na região do pré-sal, e a preços

convidativos. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse em

entrevista recente que não serão vendidos ativos em produção. É o único

consolo no momento. Existem no Brasil ativos excelentes que ainda não

produzem e que estarão na roda – por exemplo, Carcará.

Além disso, o mesmo Bendine quer retomar a discussão a respeito da

obrigatoriedade da operação pela companhia de todas as áreas do pré-sal

(participação de 30%). A atual diretoria executiva da estatal gostaria que a

petroleira tivesse opção de recusar a operação obrigatória.  Isto é, que a

Petrobras tivesse o direito de escolha sobre ser ou não operadora de cada

bloco do pré-sal, mas que não fosse obrigada a isso, caso a diretoria

executiva entenda que isso levaria ao endividamento excessivo da

companhia. Essa controvertida posição da direção da companhia é revelada

no momento em que já tramitam no Congresso propostas de lei que

desobrigam a Petrobras do pré-sal.

O governo federal não capitulou de bom grado. Cedeu porque a Petrobras

chegou ao limite da possibilidade de ação política na gestão de um

empreendimento petroleiro de grande porte. A pesada interferência do

Estado na condução dos negócios da Petrobras causou o endividamento

excessivo da companhia e favoreceu, pelo menos por descuido e imperícia,

a ocorrência dos crimes revelados pela Operação Lava-Jato.

Esse amargo episódio não terá sido em vão se aceitarmos os evidentes

limites. Primeiro, que qualquer empreendimento comercial, para ser

sustentável, tem que ser lucrativo. O controle de preços de combustíveis foi

a ação mais desastrada sobre a companhia desde a quebra do monopólio.

Segundo, que não basta querer crescer. Há fatores tecnológicos e

organizacionais que representam limites concretos para a “aceleração do

crescimento” dos negócios. Ao ignorar essas realidades o governo federal

causou um prejuízo que será pago com destruição de milhares de postos de

trabalho, e colocou em xeque o papel da Petrobras na indústria brasileira

de petróleo.

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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:43  Nenhum comentário: 

1 IBGE – PNAD Contínua, Maio de 2015, Tabelas 28 e 16.

2 Comparação do valor atual com 29 de agosto de 2014.

3 O controlador é a União, em nome da qual age o Governo Federal.

4 Lei 67.404/1976, em Portal da

Contabilidade, http://cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=lei6404cap19.

5 Petrobras – Formulário 20F para 2014.

Emhttp://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/form-20f.

6 Alavancagem medida por: endividamento líquido / (endividamento líquido

+ patrimônio líquido), conforme Petrobras, Relatório ao Mercado Financeiro

1T 2015, em 31/3/2015.

7 Segundo o Relatório ao Mercado Financeiro do 4º. Trimestre de cada ano,

convertidos ao dólar médio reportado para o período.

8 Antonio Pita e Fernanda Nunes – Diretoria defende que Petrobras decida

participação no pré-sal. Agência Estado 30 de junho de 2015.

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Crime contra a Ordem Social....

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descontos é feito por companhias

como Orizon e Vidalink, empresas

de gestão de “programas de

benefícios em medicamentos”

(PBM), as mesmas que operam os

descontos em medicamentos

oferecidos pelos seguros médicos.

Apesar de gerenciarem um

programa público, essas empresas

estão recolhendo e utilizando

dados médicos dos usuários do

programa sem o seu

conhecimento. 

Para adquirir um dos

medicamentos com desconto por

meio do programa, o interessado

deve ir a uma farmácia conveniada

(com o selo “Aqui tem Farmácia

Popular”) e apresentar uma

prescrição médica, junto com

outras informações pessoais como

nome, CPF do paciente, CRM do

médico e a quantidade prescrita do

medicamento. Em nenhum

momento os usuários são

informados que os dados

fornecidos serão recolhidos e

tratados por empresas privadas. 

Empresas como Orizon, ePharma e Vidalink são contratadas pelas farmácias

para gerenciar o sistema de descontos. Além da gestão de benefícios em

medicamentos através de software e programas desenvolvidos e administrados

por elas, estas empresas também prestam serviços de “inteligência em saúde”,

“estudos farmacoeconômicos” e “avaliação de elegibilidade de pacientes”, para

operadoras e seguradoras de saúde e laboratórios da indústria farmacêutica.

Assim, a mesma empresa que gerencia os descontos do Farmácia Popular,

vende serviços de coleta e tratamento de dados de saúde, sem que tenham

qualquer vínculo ou autorização do Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde

esclarece por meio de sua assessoria de imprensa que não mantém convênio

com as empresas de gestão de PBM e gerencia as “questões relacionadas a

aprovação de compras de medicamentos do Farmácia Popular diretamente

com as farmácias participantes do programa”. 

Segundo a advogada Flávia Lefévre Guimarães, conselheira da Proteste, o

compartilhamento de informações entre gestoras de PBM e outras empresas,

como as empresas de segurosaúde, pode levar a violações de direitos. “Se

confirmado, este compartilhamento de dados pode ser usado para discriminar

pacientes,” explica ela. Assim, completa, ”se uma seguradora tem acesso a lista

de medicamentos comprados por um paciente através do Farmácia Popular

para, digamos, o tratamento de uma doença crônica, ela pode se negar a

oferecer seus serviços a este paciente, com base nessa informação”. 

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12/08/2015 ALERRANDRO LIMA  A MODA E SOCIEDADE

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Campos de cadastro para venda de medicamentos pelo Farmácia Popular

A assessoria do Ministério da Saúde afirma que a pasta mantém fiscalização

sobre as farmácias credenciadas no Farmácia Popular, conforme as normas e

procedimentos dispostos na Portaria nº 971, que regulamenta o programa. A

portaria reconhece a existência de prestadoras de serviço de coleta de dados

para as redes de farmácia, mas não possui diretrizes específicas para a

proteção destes dados e da privacidade dos cidadãos que fazem uso do

Farmácia Popular. 

Por essa razão, Guimarães considera as determinações da portaria

insuficientes e argumenta que se uma farmácia partilha dados de pacientes de

um programa público como o Farmácia Popular com empresas privadas, “o

Ministério da Saúde tem responsabilidade sobre isso, na medida em que não

colocam uma cláusula que proteja ou impeça a transferência e o uso destes

dados por terceiros na portaria ou no contrato com a farmácia”.

Apesar de a portaria que dispõe sobre o Farmácia Popular permitir a prestação

de serviço de coleta de dados, o ministério considera que o acesso e o uso que

as empresas de gestão de PBM possam fazer destes dados “é de

responsabilidade das farmácias”. 

Por conta disso, o Observatório da Privacidade tentou por mais de três meses

entrar em contato com redes de farmácias que usam os serviços das empresas

de gestão de PBM, como Drogaria São Paulo, Onofre e Raia Drogasil, para

obter informações sobre a segurança dos dados dos clientes, mas não obteve

resposta de nenhuma delas. Toda a operação de gestão e utilização de dados

médicos dos usuários permanece coberta de sigilo. 

A assessoria de imprensa da empresa gestora de PBM Vidalink informou que

tem uma política de privacidade “muito estrita”, porém confidencial, que garante

a segurança e a privacidade dos dados de seus clientes, lembrando que “no

caso de nosso serviço de Farmácia Popular, nosso cliente é a farmácia e não o

paciente”. As gestoras de PBM Orizon e eFarma não responderam as

solicitações do Observatório.

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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:40  Nenhum comentário: 

Campos de cadastro do software de gerenciamento de descontos da empresa ePharma

Para garantir a segurança dos dados do paciente, Guimarães defende que na

portaria deveria estar expresso que se a coleta dos dados será terceirizada pela

farmácia, ela se obriga a contratar estes serviços de modo que essas empresas

não possam utilizar esses dados para nenhum outro fim.

A conselheira da Proteste explica que, “conforme a legislação internacional”

dados pessoais relacionados a saúde são considerados “dados sensíveis”,

sobre os quais “pesa muito mais a necessidade de consentimento expresso do

cidadão para o seu uso”, e pondera ainda que embora o Brasil ainda não tenha

uma legislação específica para a proteção de dados pessoais, a intimidade e a

privacidade do cidadão são protegidos pela Constituição e pelo Código Civil.

* O Observatório da Privacidade e Vigilância é uma iniciativa do Grupo de

Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da Universidade de

São Paulo (GPoPAIUSP) que monitora ações do Estado e de empresas que

tenham impacto sobre a privacidade dos cidadãos.

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Nomes que se tornam internacionalmente conhecidos porforça da rede mundial de computadores....

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Cultura

Jovens que apresentam livros no Youtube são descobertos poreditoras, que aos poucos começam a investir em modeloinovador para atrair interesse sobre lançamentos e obrasclássicas.

Internet

Como os booktubers estão mudando omercado literário

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Muitas editoras começaram a trabalhar com blogueiros ou booktubers da mesma forma

que colaboram com jornalistas profissionais especializados em literatura.

Por Sabine Peschel

Com o cabelo tingido, ela

aparece em frente à câmara e

explica como acabou de

reorganizar a sua lista de livros

“para serem lidos” – o que ela

chama de TBRs ou “To Be Reads”.

Ela o fez por cor – do rosa ao

púrpura – e mostra 66 obras que

adquiriu e planeja ler, resumindo

em uma breve frase do que cada

um se trata.

Ela é conhecida como "Little

Book Owl", a “corujinha dos

livros”. Qualquer um que

pretende ter sucesso

como booktuber pode se inspirar

nesse estilo, que parece

funcionar muito bem: seu canal

tem quase 132 mil assinantes.

Ela dá algumas dicas para isso

em um vídeo chamado “How to

booktube”.

Trata-se de uma forma moderna

de propaganda boca a boca. A

maioria dos blogueiros não é realmente de analistas ou críticos literários –

os booktubers menos ainda. Mesmo assim, milhares de pessoas acessam

seus vídeos para ouvir o que eles têm a dizer sobre um determinado livro.

A Alemanha já tem as suas próprias celebridades no ramo. Lucie Redhead,

por exemplo, foi uma das personagens mais aguardadas do “Kölner

VideoDays 2015” – festival de produtores de vídeos no Youtube na cidade de

Colônia.

Apesar de Lucie fazer uma performance solo em seus vídeos, ela tem o

apoio de uma equipe, o que também é o caso de muitas estrelas

emergentes na internet.

Sara Bow, cujo verdadeiro nome é Sara Garic, é uma vlogueira alemã que dá

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12/08/2015 ALERRANDRO LIMA  A MODA E SOCIEDADE

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dicas de maquiagem e moda nos seus canais do Youtube. Desde 2013, ela

também é uma booktuber "profissional".

Sara tem quase 20 mil assinantes no Youtube e 3 mil seguidores no Twitter.

Cinco pessoas trabalham com ela na produção dos vídeos: um fotógrafo,

um diretor de cooperação, um assistente e dois editores. Em seus

comentários, muitas vezes, ela cita a sua equipe.

“Eu me divirto tanto com as pessoas online. Se eu posso inspirar o meu

público a ler, sinto que faço sucesso com o que eu estou fazendo”, explica.

O sucesso também compensa financeiramente. Profissionais da indústria

acreditam que, uma vez que você atinge 100 mil assinantes, pode se

sustentar com um canal no Youtube. Mas é claro que cosméticos e moda

são mais lucrativos do que livros.

Novos canais

Muitas editoras começaram a trabalhar com blogueiros ou booktubers da

mesma forma que colaboram com jornalistas profissionais especializados

em literatura. As editoras veem nesse novo modelo uma forma de atingir o

público entre 18 e 34 anos.

A Random House, por exemplo, criou em março deste ano o seu próprio

portal para blogueiros, onde eles podem ter acesso a cópias. A empresa

também apresenta seus lançamentos especialmente para os booktubers de

maior destaque.

Os booktubers podem definitivamente impulsionar vendas, pelo menos nos

gêneros mais populares entre adolescentes e jovens adultos, como fantasia

e as chamadas light novels – romances com ilustração, em geral no estilo

anime.

Mas não é somente por dinheiro que os livros são apresentados em vídeo.

Um exemplo particularmente inovador é o “Thug Notes”, produzido pelo

grupo de mídia californiano “Wisecrack”´. A ferramenta é uma criação do

comediante Greg Edwards, especialista em stand-up, e dos autores Joseph

Salvaggio e Jared Bauer, entre outros.

O slogan da série é “Thug Notes: Literatura Clássica. Gangster Original”, que

resume a filosofia do canal. O modelo adotado é o uso de "gangsta rap",

animações e gráficos engraçados. Eles apresentam trabalhos literários

importantes – de obras de Shakespeare, passando pelo clássico “1984”, de

George Orwell, até o romance mais recente de Harper Lee “Go Set a

Watchman”.

“Eu criei o 'Thug Notes' porque notei que existia uma lacuna no Youtube.

Existem milhares de canais de educação bem-sucedidos que se concentram

em ciências exatas, mas nenhum sobre ciências humanas. É muito difícil

fazer as pessoas se interessarem por artes, especialmente a audiência

jovem. Como alguém pode despertar o interesse em algo como “Grandes

esperanças” [de Charles Dickens]? Para isso você tem que fazer algo radical”,

explica Jared Bauer.

O rap foi o meio que ele considerou apropriado para aplicar esse conceito.

“O hip hop é tão abrangente internacionalmente que ele oferece uma nova

ferramenta de identidade para a apresentação, que possibilita atrair o

público mais jovem aos nossos vídeos”, explica o comediante Greg Edwards.

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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:39  Nenhum comentário: 

“Nós fazemos resumo e análise sobre os livros de um jeito engraçado,

exagerado, de uma forma mais próxima a esse público, assim as pessoas

ficam interessadas em ler o livro e formar a sua própria opinião”, afirma. O

canal tem meio milhão de assinantes.

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