3

Click here to load reader

Sntese Do Arcadismo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sntese Do Arcadismo

Síntese do Arcadismo

Sugestões de leitura:

O príncipe e o mendigo, de Mark Twain

O Iluminismo

As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

Cândido, de Voltaire

Ler os iluministas (filósofos) – Voltaire, Montesquieu, Rosseau, Diderot e d’Alembert

Nas artes temos o estilo rococó

“Cada século tem um espírito que o caracteriza: o espírito do nosso parece ser o da liberdade”.

Diderot, pensador iluminista do século XVIII

Se observarmos a história da cultura, veremos que cada novo momento opõe-se ao anterior. O homem parece estar sempre insatisfeito com o rumo dos acontecimentos do seu tempo e, por isso, rompe com o presente, propondo algo novo. Porém, ao analisarmos o novo, notamos que muitos de seus elementos são mais que os abandonados. É o velho que, misturado a certas tendências, volta à tona como novidade.

Assim ocorreu com a cultura e a arte do século XVII. Depois da onda de religiosidade e fé que se seguiu à Contra-Reforma – cuja expressão artística foi o Barroco -, houve um reflorescimento das tendências artístico-científicas que haviam marcado o Renascimento. E dele resultaram o Iluminismo, na filosofia; o Empirismo (doutrina que admite que o conhecimento provenha unicamente da experiência), na ciência; e o Neoclassicismo ou Arcadismo, na literatura.

Compreendeu o alcance ideológico e estético do arcadismo implica conhecer suas relações com o quadro de transformações por que passaram as sociedades européia e brasileira no século XVII.

No século XVIII, as transformações que ocorriam no plano político e social – o fortalecimento político da burguesia, o aparecimento dos filósofos iluministas, o combate à Contra-Reforma, entre outras – exigiam dos artistas uma arte que atendesse às necessidades de expressão do ser humano naquele momento.

O Arcadismo foi a resposta artística que a burguesia pôde dar a essa necessidade, pois os esforços dos artistas e intelectuais concentraram-se no combate tanto à mentalidade religiosa quanto às formas de expressão do Barroco, portanto procurou resgatar o racionalismo e o equilíbrio do Classicismo.

Page 2: Sntese Do Arcadismo

O Renascimento, a Revolução Comercial e a Reforma deram passos importantes no processo de ruptura com a Idade Média. Apesar disso, as últimas amarras com o mundo medieval foram cortadas somente no século XVIII, com a Revolução Francesa, pois, até então, a estrutura social e política daquela sociedade não havia sofrido alterações significantes.

Em Portugal temos o escritor Manuel Maria Du Bocage e predominou a poesia. Sua obra é considerada de transição. Além de ter ficado conhecido como poeta lírico também se destacou como poeta satírico e erótico.

Características do Arcadismo: pastoralismo, amor convencional, bucolismo, manutenção de formas clássicas (uso preferencial do soneto), racionalismo, mitologia clássica, fugere urbem e o carpe diem.

O Arcadismo brasileiro originou-se e teve expressão principalmente em Vila Rica (hoje Ouro Preto), Minas Gerais, e seu aparecimento teve relação direta com o crescimento urbano nas cidades mineiras, cuja vida econômica girava em torno da extração de ouro.

Arcadismo na colônia: entre o local e o universal

Os escritores brasileiros se comportavam de modo peculiar (atributo particular duma pessoa ou coisa) em relação aos portugueses. Por um lado, procuravam obedecer aos princípios estabelecidos pelas academias literárias ou se inspiravam em certos escritores como Camões, Petrarca e Horácio, ao mesmo tempo tentando eliminar vestígios pessoais ou locais.

Por outro lado, porém, acabaram por apresentar em suas obras aspectos diferentes dos prescritos pelo modelo importado. A natureza, aparece na poesia de Cláudio Manuel da Costa (mais bruta e selvagem); o “homem natural”, na figura do índio presente nas obras de Basílio da Gama e Santa Rita Durão; a expressão dos sentimentos, em Tomás Antônio Gonzaga e Silva Alvarenga, é mais espontânea e menos convencional.

Os escritores árcades mineiros tiveram participação direta no movimento da Inconfidência Mineira. Do grupo dos inconfidentes, apenas um homem não tinha a mesma formação intelectual dos demais nem era escritor.

Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) foi considerado o mais popular dos poetas árcades mineiros. Estudou Direito em Portugal, voltando ao Brasil, passou a viver em Vila Rica. Iniciou ali sua atividade literária e sua relação amorosa com Maria Doroteia de Seixas, uma jovem com 16 anos, cantada em versos com o pseudônimo de Marília.