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UNAR (ISSN 1982-4920), Araras, SP, v.2, n.1, p.34-42, 2008. SOBRE AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS LOCAIS E UM INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Laércio Aparecido LUCAS * Marcos Aurélio de OLIVEIRA ** Oswaldo MISSIATO *** Alessandro Firmiano de JESUS **** RESUMO Indicadores de desenvolvimento regional são adequados para detectar a capacidade de geração de emprego e renda. Uma aplicação deste tipo de indicador é direcionada na comparação entre três grupos constituídos por cidades do interior do estado de São Paulo. Um grupo possui cidades próximas, outro grupo é formado por cidades que possuem Arranjos Produtivos Locais (APL) e o terceiro grupo constituído por cidades de mesma faixa populacional. Análises realizadas com auxílio de dendogramas revelam características próprias de certas cidades ao promoverem o desenvolvimento regional e a geração de empregos com atividades específicas. Palavras-Chave: Arranjos Produtivos Locais. Desenvolvimento de cidades. Geração de empregos. Indicador regional. Análise de dendogramas. 1. Introdução É conhecido que existem algumas formas de apresentar os dados em certas medidas de distância e algumas regras, ou algoritmos, para agrupar objetos que podem ser itens ou variáveis. Buscar uma estrutura de agrupamento natural dos dados é uma importante técnica exploratória. O objetivo principal da análise de agrupamento é formar grupos homogêneos segundo suas características. O método que foi aplicado neste tipo de trabalho é conhecido como o Método Hierárquico de Agrupamento de Ward (EVERITY, 1991; WARD, 1963). Esta metodologia a qual busca encontrar grupos compactos, de tamanhos e formas semelhantes, será empregada no estudo de grupos de cidades do Estado de São Paulo. A relevância de se estudar Arranjos Produtivos Locais (APL) do estado de São Paulo deve-se ao fato de que, dos 40 municípios brasileiros com maior concentração de empresas, por volta de cinqüenta por cento destes municípios situam-se no interior do estado de São Paulo. Neste estudo, foram consideradas cidades do interior de São Paulo, distribuídas em três grupos: Grupo 1: cidades da região de Porto Ferreira; Grupo 2: cidades conhecidas como APL’s; Grupo 3: cidades com população aproximadamente igual à da cidade de Porto Ferreira. Disponíveis no Portal do Governo do Estado de São Paulo, os dados analisados foram coletados da Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados) durante o período compreendido entre 1999 e 2005. Esta fundação é integrante da Secretaria de Economia e * Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e-mail: [email protected] ** Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e-mail: [email protected] *** Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e_mail: [email protected] **** Professor mestre da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e_mail: [email protected]

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UNAR (ISSN 1982-4920), Araras, SP, v.2, n.1, p.34-42, 2008.

SOBRE AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS LOCAIS E UM INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Laércio Aparecido LUCAS *

Marcos Aurélio de OLIVEIRA ** Oswaldo MISSIATO ***

Alessandro Firmiano de JESUS **** RESUMO Indicadores de desenvolvimento regional são adequados para detectar a capacidade de geração de emprego e renda. Uma aplicação deste tipo de indicador é direcionada na comparação entre três grupos constituídos por cidades do interior do estado de São Paulo. Um grupo possui cidades próximas, outro grupo é formado por cidades que possuem Arranjos Produtivos Locais (APL) e o terceiro grupo constituído por cidades de mesma faixa populacional. Análises realizadas com auxílio de dendogramas revelam características próprias de certas cidades ao promoverem o desenvolvimento regional e a geração de empregos com atividades específicas. Palavras-Chave: Arranjos Produtivos Locais. Desenvolvimento de cidades. Geração de empregos. Indicador regional. Análise de dendogramas.

1. Introdução É conhecido que existem algumas formas de apresentar os dados em certas medidas de distância e algumas regras, ou algoritmos, para agrupar objetos que podem ser itens ou variáveis. Buscar uma estrutura de agrupamento natural dos dados é uma importante técnica exploratória. O objetivo principal da análise de agrupamento é formar grupos homogêneos segundo suas características. O método que foi aplicado neste tipo de trabalho é conhecido como o Método Hierárquico de Agrupamento de Ward (EVERITY, 1991; WARD, 1963). Esta metodologia a qual busca encontrar grupos compactos, de tamanhos e formas semelhantes, será empregada no estudo de grupos de cidades do Estado de São Paulo. A relevância de se estudar Arranjos Produtivos Locais (APL) do estado de São Paulo deve-se ao fato de que, dos 40 municípios brasileiros com maior concentração de empresas, por volta de cinqüenta por cento destes municípios situam-se no interior do estado de São Paulo. Neste estudo, foram consideradas cidades do interior de São Paulo, distribuídas em três grupos: Grupo 1: cidades da região de Porto Ferreira; Grupo 2: cidades conhecidas como APL’s; Grupo 3: cidades com população aproximadamente igual à da cidade de Porto Ferreira. Disponíveis no Portal do Governo do Estado de São Paulo, os dados analisados foram coletados da Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados) durante o período compreendido entre 1999 e 2005. Esta fundação é integrante da Secretaria de Economia e

* Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e-mail: [email protected] ** Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e-mail: [email protected] *** Professor doutor da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e_mail: [email protected] **** Professor mestre da Academia da Força Aérea – AFA – Pirassununga/SP – e_mail: [email protected]

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Planejamento do estado de São Paulo e ainda disponibiliza outros indicadores para informações socioeconômicas. 2. Desenvolvimento 2.1. Alguns Arranjos Produtivos Locais do estado de São Paulo Arranjos Produtivos Locais (APL), segundo o SEBRAE, são aglomerações de empresas localizadas em mesmo território, apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como o governo, as associações empresariais, as instituições de crédito, de ensino e de pesquisa. Para detectar a capacidade de geração de emprego e renda, é apresentado um indicador de desenvolvimento regional para algumas cidades do interior do estado de São Paulo, as quais se encontram divididas em três grupos. As cidades que compõem o Grupo 1 são: Araras, Leme, Rio Claro, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Araraquara, Descalvado, Porto Ferreira, São Carlos e Tambaú. Estas cidades seguem em destaque na figura 1.

Figura 1 – Localização geográfica das 10 cidades integrantes do Grupo 1 O Grupo 2 é constituído pelas cidades conhecidas como APL’s: Limeira (bijuterias e folheados), Santa Gertrudes (cerâmica), Jaú (calçados), Mirassol (móveis), São José do Rio Preto (joalherias), Ibitinga (cama, mesa e banho), Auriflama (confecções), Descalvado (frango), Porto Ferreira (móveis e cerâmica artística), Franca (calçados). Estas cidades seguem em destaque na figura 2. As cidades que formam o Grupo 3 são: Piedade, Cosmópolis, Vinhedo, Monte Alto, Mirassol, Penápolis, Ibitinga, Taquaritinga, Batatais e Porto Ferreira. Estas cidades seguem em destaque na figura 3.

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figura 2 – Localização geográfica das 10 cidades integrantes do Grupo 2 com escala equivalente ao da figura 3

Figura 2 – Localização geográfica das 10 cidades integrantes do Grupo 2 com escala equivalente à da figura 3

Figura 3 – Localização geográfica das 10 cidades integrantes do Grupo 3 2.2. Definição de um Indicador Regional O Indicador de desenvolvimento regional, denotado por ( )

EO

VAI , é definido como sendo a razão

entre o Valor Adicionado (VA) pelo Número de Empregos Ocupados formalmente (EO), ou seja,

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( )EO

VAI

EO

VA = (2.1)

Os dados sobre o Valor Adicionado (VA) e o número de empregos ocupados formalmente (EO) de cada cidade dos grupos acima podem ser encontrados no SEADE (2008). O ( )

EO

VAI ,

expresso em porcentagem, foi calculado para os três grupos de cidades. 2.3. Cidades e Indicadores Anuais As tabelas a seguir apresentam os indicadores ( )

EO

VAI das cidades do estado de São Paulo no

período de 1999 a 2005, cujos dados foram coletados do SEADE (2008). Tabela 1 - médias anuais dos indicadores para cada grupo

Grupo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Grupo 1 4,43 4,14 5,14 6,34 6,12 4,86 4,91 Grupo 2 3,61 3,46 3,96 4,57 4,43 4,20 4,67 Grupo 3 4,63 3,99 4,38 5,80 4,88 5,06 5,45

Tabela 2 - indicadores para o Grupo 1

Cidade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Araras 4,84 4,21 5,31 5,77 5,73 4,99 5,68 Leme 4,36 3,79 4,66 5,53 5,19 4,60 4,62

Rio Claro 4,38 4,23 4,51 5,08 4,96 4,95 4,62 S.J.B. Vista 3,86 3,79 3,84 4,71 4,25 6,14 5,63 S.J.R. Pardo 4,69 4,62 5,33 6,47 5,87 5,68 5,97 Araraquara 3,71 3,52 3,62 3,88 4,80 4,30 4,75 Descalvado 5,52 5,38 7,94 9,84 9,53 5,28 5,26

Porto Ferreira 3,46 3,11 3,81 4,62 3,92 3,71 4,23 São Carlos 3,97 4,24 4,32 4,55 4,48 4,33 4,23

Tambaú 5,60 4,58 8,10 13,01 12,50 4,59 4,10 Tabela 3 - indicadores para o Grupo 2

Cidade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Limeira 4,81 4,85 5,54 5,94 6,46 5,98 6,37

S. Gertrudes 3,62 2,33 2,83 3,41 4,76 3,30 3,52 Jaú 2,94 2,61 2,64 2,99 2,97 3,07 3,30

Mirassol 4,07 3,77 3,80 4,56 4,34 4,91 6,24 S.J.R.Preto 3,41 3,47 3,39 3,53 3,49 4,80 5,39

Ibitinga 5,06 4,22 4,85 6,39 5,35 3,76 4,09 Auriflama 1,43 3,30 3,55 4,32 2,02 3,67 4,35

Descalvado 5,52 5,37 7,92 9,84 9,53 5,28 5,26 Porto Ferreira 3,46 3,11 3,82 4,62 3,92 3,71 4,23

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Franca 3,15 2,68 2,73 2,91 3,07 3,53 3,99 Tabela 4 - indicadores para o Grupo 3

Cidade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Piedade 2,98 2,99 3,33 3,49 5,76 5,14 4,96

Cosmópolis 6,34 6,31 5,08 6,57 6,30 6,00 6,18 Vinhedo 5,35 5,80 6,17 8,05 6,48 7,94 8,23

Monte Alto 3,65 3,46 4,46 5,65 5,22 4,98 5,13 Mirassol 4,07 3,77 3,80 4,56 4,34 4,91 5,92 Penápolis 3,07 3,19 3,38 4,06 4,36 4,05 5,70 Ibitinga 5,06 4,22 4,85 6,39 5,35 3,76 4,09

Taquaritinga 6,53 4,67 6,51 8,12 7,43 4,87 4,49 Batatais 4,16 3,97 4,11 5,71 5,45 5,22 5,60

Porto Ferreira 3,46 3,11 3,82 4,62 3,92 3,71 4,23

3. Resultados Na comparação dos valores fornecidos pelas tabelas 2, 3 e 4, dos Grupos 1, 2 e 3, respectivamente, os seguintes resultados são estabelecidos: 1. Para as dez cidades do Grupo 2, o Indicador do Valor Adicionado por Empregos Ocupados

( )EO

VAI de Porto Ferreira supera os das cidades como Franca, São José do Rio Preto, Jaú,

Auriflama e Santa Gertrudes. Esta característica poderia ser influenciada pela sua excelente localização geográfica (figura 2) e sua proximidade com os grandes centros como São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. 2. Dentre as dez cidades de aproximadamente cinqüenta mil habitantes (Grupo 3), Vinhedo supera Porto Ferreira em Número de Empregos Ocupados e no ( )

EO

VAI médio. Isto se deve ao

fato de Vinhedo ser conhecida por seus pontos turísticos, por possuir um complexo de diversão e lazer, gerando empregos e serviços. Tal ocorrência pode ser observada no alto consumo de energia elétrica da cidade (SEADE, 2008). Além disso, o tipo de atividade desenvolvida na cidade e a sua proximidade com grandes centros como Campinas e São Paulo favorecem o destaque desse valor como apresentado no ( )

EO

VAI .

3. As cidades de Mirassol e de Porto Ferreira são consideradas APL’s (Grupo 3); com aproximadamente cinqüenta mil habitantes, apresentam ( )

EO

VAI bem próximos, porém Porto

Ferreira supera Mirassol no número de empregos ocupados. O número de empregos ocupados maior em Porto Ferreira se deve à combinação de fatores tais como um comércio forte de produtos, uma estratégica localização dos pontos de distribuição desses produtos, concentrados na Rodovia Anhanguera. 4. Dentre as cidades estudadas no Grupo 2 ou Grupo 1, destacamos a cidade de Descalvado, que apresentou o maior PIB per capita da região (SEADE, 2008); também apresentou a maior média no indicador ( )

EO

VAI . Isto se deve ao alto valor adicionado, ao controle da cadeia

produtiva do frango, desde a incubadora que requer alta tecnologia de controle, até o abate em frigoríficos e a sua distribuição.

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5. Também podem ser consideradas como APL’s as cidades de Ibitinga (cama, mesa e banho) e Tambaú (cerâmica vermelha), daí seus altos indicadores ( )

EO

VAI .

6. Houve um crescimento dos indicadores médios anuais em 2004 e 2005 para os Grupos 2 e 3. O mesmo não foi constatado para o grupo 1. Pode ser verificado que houve um crescimento no número de empregos ocupados para o período e o valor adicionado não acompanhou esse crescimento de maneira suficiente. Mas, na média, os indicadores detectaram um crescimento regional para esses grupos. 4. Análises dos Dendogramas dos Grupos 1, 2 e 3 Um dendograma ou diagrama de árvore é definido como sendo um gráfico de apresentação de agrupamentos segundo suas características (variáveis ou itens). Os resultados do Método de Ward são apresentados por dendogramas usando eixos horizontal e vertical apropriados. Na elaboração de cada dendograma a seguir foi utilizado o software Statistica

1.

No primeiro dendograma, as cidades de Tambaú-Descalvado (T-D), Porto Fereira-SJBVista (P-SJBV), São Carlos-Rio Claro (SC-RC) e Leme-Araras (L-A) formam grupos de menor distância ou máxima similaridade. Quando a distância é aumentada, a cidade de Araraquara é incluída em (P-SJBV), a cidade de SJRPardo em (L-A), e assim por diante.

1 Ferramenta desenvolvida pela StatSoft South America com algumas das metodologias mais utilizadas em Estatística.

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No dendograma seguinte, as cidades de Porto Ferreira e Auriflama (P-A), Franca-Jaú (F-J), formam grupos de menor distância ou máxima similaridade. Quando a distância é aumentada, a cidade de Santa Gertrudes é incluída em (F-J), a cidade de Mirassol em (P-A) e assim por diante. No dendograma do Grupo 3, as cidades de Taquaritinga-Vinhedo (T-V), Porto Ferreira-Mirassol (P-M) e Batatais-Monte Alto (B-M) formam grupos de menor distância ou máxima similaridade. Quando a distância é aumentada, a cidade de Cosmópolis é incluída em (T-V), a cidade de Penápolis em (P-M) e a cidade de Ibitinga em (B-M).

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5. Considerações Finais Os cálculos dos indicadores do desenvolvimento regional ( )

EO

VAI mostram que houve uma

grande geração de empregos frente ao crescimento populacional atingidos pelas cidades que compõe os grupos estudados. 5. Considerações Finais Os cálculos dos indicadores do desenvolvimento regional ( )

EO

VAI mostram que houve uma

grande geração de empregos frente ao crescimento populacional atingido pelas cidades que compõem os grupos estudados. 5. Considerações Finais Os cálculos dos indicadores do desenvolvimento regional ( )

EO

VAI mostram que houve uma grande

geração de empregos frente ao crescimento populacional atingido pelas cidades que compõem os grupos estudados. Os indicadores acima calculados mostram que as cidades que buscam crescimento regional, na geração de empregos, valor agregado ou outros itens importantes, devem planejar suas decisões e ações de políticas públicas para o setor escolhido, criando marcas regionais que evidenciam as peculiaridades da produção local. Os resultados obtidos com os cálculos do ( )

EO

VAI nos três grupos estudados mostram que este

tipo de análise preliminar é útil na classificação de cidades que pretendem um desenvolvimento contínuo e que procuram manter ou favorecer a interação Universidade-Empresa, agregando valores em seus produtos ou serviços. Pelas Tabelas de ( )

EO

VAI , os indicadores mostram que a localização geográfica das cidades e os

APL’s em funcionamento promovem o desenvolvimento regional. As vantagens comparativas e competitivas, o surgimento de trabalhadores com habilidades específicas para o setor, ações conjuntas entre as empresas locais do tipo cooperação, infra-estrutura e cooperação dos governos geram ganho de produtividade que pode ser medido pelo indicador do desenvolvimento regional.

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ABSTRACT

Indicators of regional development are appropriate to detect the capacity of job

generation and income. An application of this indicator type is addressed in the

comparison among three groups constituted by cities of the interior of the state of São

Paulo. A group possesses close cities; other group is formed by cities that possess Local

Productive Arrangements (LPA) and the third group constituted by cities of same

population strip. Analyses accomplished with dendograms aid reveal own characteristics

of certain cities as they promote the regional development and the generation of jobs with

specific activities.

KEYWORDS: Local Productive Arrangements. Development of cities. Generation of

jobs. Regional indicator. Dendogram analysis.

REFERÊNCIAS EVERITY, B.S., Applied Multivariate Analysis. Edward Arnold British Cataloguing in Publication Data, 1991. DA SILVA, R.M. Economia em construção. Revista Conexão SEBRAE, n.5, dezembro 2005. SEADE - Sistema Estadual de Análise de Dados. Disponível em: <www.seade.gov.br> Acesso em: fev. 2008. WARD, J.H. Hierarchal grouping to optimize an objective function. Journal of The American Statistical Association, New York, v.58, n.1, p. 236-244, 1963. Sites Relacionados FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Disponível em: <www.fiesp.com.br> Acesso em: fev. 2008. SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Disponível em: <www.sebrae.com.br> Acesso em: fev. 2008.