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Ex- alunos da Unisanta dão palestra sobre livro da vida de Ricardo Kotscho PRIMEIRO TEXTO Jornal Laboratório do 3º semestre de Jornalismo (FaAC) - Noite - Ano XIV nº 6 - Abril 2011 JORNALISMO IZABEL CRISTINA Os autores do livro “Lu- gar de Repórter ainda é na Rua – Jornalismo de Ricar- do Kotscho “ estiveram no auditório do Bloco E, da Universidade Santa Cecília, no último dia 28 de Março. O clima era de ansieda- de entre estudantes e con- vidados, que esperavam os jornalistas Mauro Junior, da Central da Globo no Rio de Janeiro, e José Rober- to Pontes, da Agência de Publicidade DM9DDB, em São Paulo, dois ex-alunos da Unisanta.Eles transfor- maram seu Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) em uma obra jornalística. Pontes disse que come- çaram a pensar no trabalho de Jornalismo no começo do 3º ano e que, a idéia ini- cial, de Mauro, era abordar o sistema penitenciário. Pela facilidade que ti- nham em contar histórias, fazer reportagens, os ainda alunos pensaram em con- cluir o curso mostrando a história de um jornalista. Ao se preparar para fa- zer um concurso público na Prefeitura de Maúa, Pon- tes, declarou ter lido vários livros de Ricardo Kotscho. Viu nele inspiração para contar uma boa história. Os dois autores tiveram uma ligação muito forte com o entrevistado, por ele ser uma pessoa simples, de uma vida de luta e sacrifí- cios parecida com a dos ex-alunos de Jornalismo. Kotscho ficou surpreso com a quantidade de material sobre sua vida que os dois reuniram na pesquisa. Carreira Mauro disse que não ti- nha jeito e nem intenção de trabalhar em televisão, mas passou pela TV Primeira, em São Vicente;Notícias do Campus, na Unisanta; e na afiliada da TV Globo em Tangará da Serra, Mato Grosso, onde começou sua vida de repórter. Na faculdade, ele apren- deu a fazer TV, e revelou que pôs a cara para bater, mas seguia á risca as re- gras, incentivado pela na- morada que já estava lá. Os autores encerraram a palestra explicando que o livro é destinado à nova ge- ração de estudantes, para que conheçam a vida de um repórter. E recomendaram que, ao preparar o TCC, os estudantes pensem em algo que gostem e que esteja no meio em que convivem. Pontes e Mauro com o livro Lugar de Repórter ainda é na rua - O jornalismo de Ricardo Kotscho Wilson T. Ohoseki Jornalista não aparece e decepciona alunos Alunos esperam ansiosos a chegada de Kotscho no auditório do bloco E Wilson T. Ohoseki TATYANE BRITO O lançamento do livro sobre Ricardo Kotscho foi marcado pelo atraso de Mauro, devido a problemas de saúde, e ao não compa- recimento do tão esperado jornalista que inspirou a obra, e que iria realizar a di- vulgação do trabalho junto com os autores. O evento reuniu estudan- tes do curso de Jornalismo, que esperaram até o último momento a chegada de Ri- cardo Kotscho. Depois da notícia de que ele não es- taria no evento, vários estu- dantes foram embora, de- cepcionados. “Ele (Kotscho) não vem. Vida de jornalista é assim mesmo. Ele não está aqui, então eu vou embora”, de- sabafou a estudante do 3° ano de jornalismo Joyce Salles. Tábata Tuany, do 4º ano, esperava que Kotscho auto- grafasse suas obras: “Trou- xe meus livros e revistas para autógrafos. Queria tro- car duas palavras com ele. É uma pena que não pôde comparecer”, lamentou a aluna que está prestes a se formar. Ansiosas, alunas do 1º ano estavam confiantes na chegada do jornalista: ”Será uma entrada triunfal! Esperaremos até o último momento, ”dizia Júlia Mora- les no início do evento. “A esperança é a última que morre”, expressava tam- bém Letícia Damato. O jornalista e um dos au- tores do livro, Mauro Júnior chegou ás 19h45min e con- versou com jornalistas de A Tribuna e do Espaço Uni- santa sobre a obra . A pales- tra começou às 19h55min e vários professores e ex-alu- nos da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), que se formaram junto com Mauro e José Roberto, es- tavam presentes. Em clima de descontra- ção, os autores deram uma aula de Jornalismo, traba- lho em grupo e elaboração de TCC, além de contarem todos os bastidores do livro: “Subimos a Serra várias ve- zes, batemos o meu carro! Não fomos recebidos pela emissora do SBT. Mas, co- letamos vários materiais que foram importantes para abrir as portas para nós”, contou Mauro. Um TCC bem elaborado é o passaporte do forman- do para a carreira profissio- nal, como aconteceu com Mauro e José Roberto. ”Depois que terminamos, o livro foi o ingresso para entrarmos no mercado de trabalho”, revela José Ro- berto Pontes, da Agência DM9DDB, em São Paulo. Mauro Júnior concordou com ele e integra a equipe de reportagens da Central Globo de Esporte.

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Ex- alunos da Unisanta dão palestra sobre livro da vida de Ricardo Kotscho

PRIMEIRO TEXTOJornal Laboratório do 3º semestre de Jornalismo (FaAC) - Noite - Ano XIV nº 6 - Abril 2011

JORNALISMO

Izabel CrIstIna

Os autores do livro “Lu-gar de Repórter ainda é na Rua – Jornalismo de Ricar-do Kotscho “ estiveram no auditório do Bloco E, da Universidade Santa Cecília, no último dia 28 de Março.

O clima era de ansieda-de entre estudantes e con-vidados, que esperavam os jornalistas Mauro Junior, da Central da Globo no Rio de Janeiro, e José Rober-to Pontes, da Agência de Publicidade DM9DDB, em São Paulo, dois ex-alunos da Unisanta.Eles transfor-maram seu Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) em uma obra jornalística.

Pontes disse que come-çaram a pensar no trabalho de Jornalismo no começo do 3º ano e que, a idéia ini-cial, de Mauro, era abordar o sistema penitenciário.

Pela facilidade que ti-nham em contar histórias, fazer reportagens, os ainda

alunos pensaram em con-cluir o curso mostrando a história de um jornalista.

Ao se preparar para fa-zer um concurso público na Prefeitura de Maúa, Pon-

tes, declarou ter lido vários livros de Ricardo Kotscho.Viu nele inspiração para contar uma boa história.

Os dois autores tiveram uma ligação muito forte

com o entrevistado, por ele ser uma pessoa simples, de uma vida de luta e sacrifí-cios parecida com a dos ex-alunos de Jornalismo.Kotscho ficou surpreso com

a quantidade de material sobre sua vida que os dois reuniram na pesquisa.

CarreiraMauro disse que não ti-

nha jeito e nem intenção de trabalhar em televisão, mas passou pela TV Primeira, em São Vicente;Notícias do Campus, na Unisanta; e na afiliada da TV Globo em Tangará da Serra, Mato Grosso, onde começou sua vida de repórter.

Na faculdade, ele apren-deu a fazer TV, e revelou que pôs a cara para bater, mas seguia á risca as re-gras, incentivado pela na-morada que já estava lá.

Os autores encerraram a palestra explicando que o livro é destinado à nova ge-ração de estudantes, para que conheçam a vida de um repórter. E recomendaram que, ao preparar o TCC, os estudantes pensem em algo que gostem e que esteja no meio em que convivem.

Pontes e Mauro com o livro Lugar de Repórter ainda é na rua - O jornalismo de Ricardo Kotscho

Wilson T. Ohoseki

Jornalista não aparece e decepciona alunos

Alunos esperam ansiosos a chegada de Kotscho no auditório do bloco E

Wilson T. Ohoseki

tatyane brIto

O lançamento do livro sobre Ricardo Kotscho foi marcado pelo atraso de Mauro, devido a problemas de saúde, e ao não compa-recimento do tão esperado jornalista que inspirou a obra, e que iria realizar a di-vulgação do trabalho junto com os autores.

O evento reuniu estudan-tes do curso de Jornalismo, que esperaram até o último momento a chegada de Ri-cardo Kotscho. Depois da notícia de que ele não es-

taria no evento, vários estu-dantes foram embora, de-cepcionados.

“Ele (Kotscho) não vem. Vida de jornalista é assim mesmo. Ele não está aqui, então eu vou embora”, de-sabafou a estudante do 3° ano de jornalismo Joyce Salles.

Tábata Tuany, do 4º ano, esperava que Kotscho auto-grafasse suas obras: “Trou-xe meus livros e revistas para autógrafos. Queria tro-car duas palavras com ele. É uma pena que não pôde comparecer”, lamentou a

aluna que está prestes a se formar.

Ansiosas, alunas do 1º ano estavam confiantes na chegada do jornalista: ”Será uma entrada triunfal! Esperaremos até o último momento, ”dizia Júlia Mora-les no início do evento. “A esperança é a última que morre”, expressava tam-bém Letícia Damato.

O jornalista e um dos au-tores do livro, Mauro Júnior chegou ás 19h45min e con-versou com jornalistas de A Tribuna e do Espaço Uni-santa sobre a obra . A pales-

tra começou às 19h55min e vários professores e ex-alu-nos da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), que se formaram junto com Mauro e José Roberto, es-tavam presentes.

Em clima de descontra-ção, os autores deram uma aula de Jornalismo, traba-lho em grupo e elaboração de TCC, além de contarem todos os bastidores do livro: “Subimos a Serra várias ve-zes, batemos o meu carro! Não fomos recebidos pela emissora do SBT. Mas, co-letamos vários materiais

que foram importantes para abrir as portas para nós”, contou Mauro.

Um TCC bem elaborado é o passaporte do forman-do para a carreira profissio-nal, como aconteceu com Mauro e José Roberto.

”Depois que terminamos, o livro foi o ingresso para entrarmos no mercado de trabalho”, revela José Ro-berto Pontes, da Agência DM9DDB, em São Paulo. Mauro Júnior concordou com ele e integra a equipe de reportagens da Central Globo de Esporte.

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Primeiro Texto2 Abril 2011

Segundo idioma: até quando você irá adiá-lo?

Parque Balneário tem novo espaço de gastronomia

raíssa rIbeIro

Falta de tempo e dinhei-ro não são mais desculpas para adiar o aprendizado de um idioma. Os cursos gratuitos e a internet trans-formam o sonho de ser bi-língue em realidade.

Seja por questões pro-fissionais, estudantis ou mera curiosidade, os idio-mas são vistos como opor-tunidade de se conectar com o mundo. Sentir-se

globalizado. Afinal, quem nunca escutou a frase: sem inglês ou espanhol não há vagas no mercado de tra-balho? Uma língua pode não garantir um emprego ou bolsa de estudos, mas abre portas.

Denilso de Lima, autor dos livros Inglês na Ponta da Língua e Por Que As-sim e Não Assado? (Else-vier/Campus), explica que os principais periódicos científicos, congressos in-

ternacionais, acordos eco-nômicos e empresariais adotam a língua inglesa e, que, portanto, ter o in-glês avançado no currícu-lo faz com que as pessoas se sintam melhor, além de proporcionar destaque no mercado. Frequentemente prefeituras e universida-des oferecem cursos gra-tuitos ou de valor irrisório para a população. Na Uni-versidade Santa Cecília, por exemplo, há aulas de

inglês e francês por R$30 mensais.

Inglês Online – Si-tes como English Experts (www.englishexperts.com.br) e o Tecla Sap (www.teclasap.com.br) são al-gumas referências quando o assunto é inglês na web. Freqüentemente utilizados por self-students (autodi-datas), os sites mostram que saber inglês vai mui-to além de decorar tabelas ou aprender o verbo to be.

ESCOLA DE IDIOMASSem fórmula mágica Tratando-se de apren-

dizado de línguas, o mais importante é a frequência. Não adianta estudar uma hora duas vezes por se-mana e deixar de ter con-tato com a língua nos dias restantes. Para isso vale quase tudo. Ouvir música, ler e assistir filmes são al-gumas dicas que permitem tanto se familiarizar com o idioma como relaxar. “Dá para aproveitar para es-tudar enquanto se espera em uma fila, nas ativida-des físicas, nos programas de TV ou está nos ônibus. Tempo ninguém jamais terá, portanto, é preciso aproveitá-lo e fazer as coi-sas acontecerem”, acon-selha Denilso.

NOVIDADE

beatrIz lopez

O Shopping Parque Bal-neário, mais antigo centro de compras vertical da Bai-xada Santista, ganhou um novo espaço de lazer, o Es-paço Gourmet. Inaugurado no último dia 30 de março, o ambiente foi projetado em um novo pavimento de 2.800 metros quadrados, com vista para a orla san-tista e opção de oito lojas de fast-food, dois restau-rantes, galeria de arte e hall musical. Além do empreen-dimento renovar a cara do shopping - que nasceu em 1977 - e atrair novos clien-tes, o espaço criou direta-mente mais de 200 empre-gos.

Como opção de gastro-nomia, o shopping contava

apenas com dois cafés e um restaurante, que estão situ-ados entre as lojas, no tér-reo e primeiro piso, sem um espaço reservado para ali-mentação, diferente do que acontece em outros empre-endimentos mais recentes. O diferencial do espaço fica por conta da arquitetura, com teto em gesso rebaixa-do, mesas de madeira para até 14 lugares e tratamento acústico nas paredes para apresentações musicais.

Segundo a assessoria de imprensa do shopping, o empreendimento, que con-tou com investimento de R$ 5 milhões, deve atrair “mais de 500 mil pessoas por mês para visitar o centro de com-pras”. Esse número benefi-ciará não só os novos co-merciantes como também

os lojistas mais antigos. Quem visitar o espaço

terá a chance de apreciar diferentes gastronomias, como comida japonesa, italiana, cozinha brasileira, casa de massas, grelhados, entre outras opções. Já fo-ram inauguradas quatro ca-sas e a previsão é de que até o dia 20 de abril todos os restaurantes estejam funcionando.

A comerciante Teresa Fi-gueiredo disse que adorou a ideia do espaço: “Costumo visitar o Parque Balneário sempre. Esse é um shop-ping aconchegante e tradi-cional, mas que precisava se modernizar. Sentia falta de opções de alimentação quando vinha aqui”.

O Espaço Gourmet fun-ciona das 11 às 22 horas.

leandro Marçal

O vegetarianismo ga-nhou espaço nos últimos anos, especialmente entre os jovens. E se para alguns não comer carne torna a alimentação mais leve, outros veem a atitude de forma ideológica, por não aceitarem a morte de ani-mais para a alimentação humana.

O regime não se res-tringe a uma dieta exclu-sivamente vegetal, pois o termo “vegetariano” vem do latim e significa saudável. Os adeptos se dividem em ovolacto, que incluem leite e ovos na dieta; os lacto, que in-gerem leite e derivados; os vegans, que não con-somem qualquer alimen-to ou produto de origem

animal. Os frugívoros comem apenas frutas e os freegans só ingerem alimentos encontrados no lixo, mas esses mo-vimentos ainda não têm tanta popularidade no Brasil. Existem ainda os semi-vegetarianos, que comem carne branca.

Segundo pesquisa do Ibope, 9% da população brasileira é vegetariana. A professora Delaine Borges é um exemplo de quem não come carne animal por ide-ologia, há mais de 20 anos. “Nunca aceitei a ideia de um animal morrer para sa-tisfazer a minha fome”, diz. Delaine acredita que ser vegetariano virou moda e incentiva a alimentação caseira para quem deseja aderir ao regime. “Não fre-quento restaurantes, pois

eles dão preferência a co-midas mais sofisticadas, o que torna tudo muito caro. Vale a pena comprar em mercados ou feiras”, com-pleta.

Mas para quem prefere os restaurantes especia-lizados, a Cidade oferece diversas opções. O ge-rente do Maria Farinha, Arjuna Dordalo, afirma que alimentos refogados, acompanhados de arroz integral, são os mais pe-didos no estabelecimen-to, especialmente por se-rem mais baratos no local, saindo a R$ 17,80. Arjuna diz que até quem come carne costuma frequentar o local. “O perfil dos clien-tes é o adulto das classes A e B, mas nos últimos dois anos o movimento aumen-tou bastante. As pessoas

querem uma comida mais saudável, independente-mente de comerem ou não carne animal”.

Mas interromper a inges-tão de carne de uma vez não é recomendado por profissionais. A nutricionis-ta Helena Altenberg alerta que uma mudança brusca na alimentação pode cau-sar problemas à saúde. “As pessoas simplesmente param de comer carnes ou

produtos de origem vegetal e só procuram ajuda profis-sional quando os primeiros sinais de carência apare-cem”, explica. “A anemia é a principal doença que atinge os vegetarianos. O ser humano não necessita de carne, mas este ainda é o alimento mais comple-to em nutrientes e esses devem ser consumidos em quantidade”, completa a nutricionista.

Vegetarianismo ganha adeptosCOMPORTAMENTO

Divulgação

Arquitetura e decoração do novo espaço santista

villanatural.com.br

Segundo o IBGE 9% dos brasileiros não comem carne

ExpedientePRIMEIRO TEXTO é o Jornal laboratório do Curso de Jornalismo. Reda-ção, edição e diagramação dos alunos do 2º ano de Jornalismo do período diurno.Diretor da FaAC: Humberto Iafullo Challoub.Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos.Professores Responsáveis: Prof. Fernando Claudio Peel (diagramação), Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Ms. Luiz Carlos Bezerra (textos) e Profª. Dra. Valéria Nader (Língua Portuguesa).Editor: Leandro MarçalEditores gráficos: Tatyane Brito (Primeira página), Beatriz Lopez (Página 2), Rodrigo Monteiro (Página 3), Bruna Rodrigues (Página 4) e Leandro Marçal (Página 5).O teor das matérias e artigos são de responsabilidade de seus autores não representando, portanto, a opinião da instituição mantenedora.

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Vanuza aMorIM

A Lei Federal (PL) 127/07, que obriga as cantinas das escolas de ensino funda-mental das redes privada e pública a comercializarem somente alimentos saudá-veis e ainda a não veicular publicidade de produtos ca-lóricos que não são nutriti-vos, não vem sendo cumpri-da. Escolas de Mongaguá e Itanhaém mantêm cantinas que ainda comercializam salgados, frituras, refrige-rantes, doces e outras gulo-seimas calóricas. Em outros estados, como Piauí, os co-légios estão sendo radicais, proibindo até mesmo o fun-cionamento das cantinas.

“É complicado prepa-rar o lanche todos os dias. Não dá tempo”, diz a ge-rente de loja, Maria Lúcia Castro, mãe de dois alunos que estudam numa esco-la particular em Itanhaém. “Sei que na escola eles acabam não fazendo uma alimentação saudável, mas não tenho como controlar o que eles comem e nem o que a cantina da escola vende”, admite Maria Lúcia.

Segundo dados do IBGE, a obesidade infantil cresce cada vez mais entre os es-tudantes brasileiros. A pes-quisa divulgada no ano pas-sado mostra que 23% dos alunos do 9° ano do Ensino Fundamental estão acima do peso. A coordenadora pedagógica Patrícia Rafa-el da Silva confirma esse

dado na escola onde tra-balha: “No 9º ano, tenho 12 alunos. Desses, oito estão com sobrepeso. A maioria consome na cantina e não tem o hábito de praticar ati-vidades físicas”, reconhece.

Com esse quadro, Pa-trícia tem tentado buscar alternativas a fim de me-lhorar a alimentação na es-cola. A primeira iniciativa foi no começo do ano, quando a direção proibiu a venda de frituras, guloseimas in-dustrializadas e os refrige-rantes. “O resultado não foi o esperado. Pais e alunos nos pressionaram para que o cardápio da cantina fosse mudado, feito mais ao gosto do aluno. Não tenho como proibir a venda dos alimen-tos porque o próprio pai co-bra quando o filho reclama”, reconhece a coordenadora.

Nutricionistas e pedago-gos dizem que o problema

maior no controle da alimen-tação é com os estudantes, na faixa etária dos 11 aos 14 anos. “Esses alunos di-ficilmente trazem lanche de casa e só comem bes-

teira. Há aluno que no ano passado chegava a comer três coxinhas no intervalo”, reclama a coordenadora.

Lanches assados“Para tentar me adaptar

à lei, a saída foi implan-tar os lanches assados. Sou compromissada com esse trabalho por também ser mãe de uma adoles-cente com sobrepeso”, relata a dona de cantina, Delerinda Costa Roseira.

No entanto, ela diz que vetar salgadinhos, doces e refrigerantes não trouxe re-sultados satisfatórios. “Não vendo frituras, mas precisei abrir mão do refrigerante e de algumas guloseimas. Incentivo o consumo com preços mais baixos na ven-da de sucos e dos assa-dos, que incremento com legumes e verduras. Acres-centei ao cardápio bolo de

chocolate sem recheio e cobertura, salada de frutas, iogurtes e busco sempre usar produtos de qualida-de e sem transgênicos. No começo, os alunos só fa-ziam cara feia, mas agora já estão aceitando mais”.

Os especialistas dizem que para melhorar a ali-mentação nas escolas é preciso um trabalho con-junto com os pais. A profes-sora de educação infantil, Ana Lúcia Oliveira, vem so-frendo há mais de três anos com o filho de 12 anos e 72 quilos quando o assunto é comida. Ele não pratica ati-vidades, nem mesmo nas aulas de educação física.

Aos 10 anos, foi diagnos-ticado com colesterol aci-ma do normal e obrigado a fazer dieta. Mas não tem seguido as exigências mé-dicas. O problema maior, segundo a mãe, foi na can-

tina da escola, que é públi-ca, onde a direção faz vis-tas grossas aos produtos vendidos. Comia de três a quatro salgados mais refri-gerantes e doces a todo o momento. “Fui várias vezes à escola conversar com a diretora e com a dona da cantina, mas de nada adian-tava”, conta a mãe. Até que após levar uma repreensão do médico, Ana Lúcia proi-biu de vez os excessos do filho. Passou a obrigá-lo a levar para a escola lanches seguindo a dieta prescrita.

De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Mi-nistério da Saúde, uma ali-mentação equilibrada con-tribui para uma vida com mais qualidade e combate a males como hiperten-são, diabetes e obesida-de, responsáveis por me-tade das mortes no Brasil.

Recomendações diárias de energia

Idade Calorias1 a 3 anos 1.3004 a 6 anos 1.8007 a 10 anos 2.000

Fonte: National Research Council, 1989

Primeiro Texto3 Abril 2011

Apesar da lei, frituras continuam sendo

vendidas em escolas

CAFÉ

SAÚDE

rodrIgo MonteIro

O tradicional cafezinho é a segunda bebida mais con-sumida no mundo, perden-do somente para a água. O líquido é de tamanha im-portância que é comemora-do mundialmente no dia 14 de abril. Mas, afinal, ele faz bem ou mal à saúde? Os estudos mais recentes di-zem que a cafeína, quando consumida em pequenas quantidades, pode ser mais benéfica que maléfica.

A bebida possui função protetora sobre as doenças de Parkinson e Alzheimer, além de câncer de cólon, mama e fígado.

Por conta de seu efeito estimulante, o café dimi-nui as possibilidades de depressão e das pesso-

as iniciarem o consumo de drogas. Os estímulos pro-duzidos pela bebida tornam as pessoas mais atentas e moldam seu humor.

A cafeína também possui efeitos positivos em pesso-as asmáticas. As que con-somem café diariamente possuem menor incidência de crises, porque a cafeína provoca efeito bronco dila-tador.

Alguns estudos recomen-dam que crianças em fase escolar bebam café em seu desjejum. A composição química da bebida também estimula o cérebro.

Pontos negativosNem todas as caracterís-

ticas do café são positivas. Quando consumida em quantidades excessivas a cafeína também tem efeitos

negativos. Um deles é a má ingestão de alimentos.

Um dos principais malefí-cios relacionados ao café é o vício, devido aos estimu-lantes. Muitas pessoas não conseguem realizar suas funções antes de tomar uma xicara de café. A nadadora Michele Schimidit, 32 anos, não consegue iniciar o dia sem a bebida, toma em mé-dia dois litros por dia. Sem o líquido, ela passa o dia de mau humor, mas não sente diferença durante os treinos.

Gestantes não devem consumir a bebida. O ex-cesso da cafeína prejudica na formação do feto. Es-tudos indicam que podem causar doenças coronaria-nas, relacionadas ao cora-ção, mas ainda não foram comprovados.

Popular, bebida faz parte do paladar mundial

Divulgação

Vanuza Amorim

Salgados fritos e assados continuam sendo servidos em cantinas, contrariando lei federal

Café é a segunda bebida mais consumida no mundo, após a água

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Primeiro Texto4 Abril 2011

Força de vontade e desejo de mudar fazem a diferença

ComportAmEnto

Em meio à natureza, o tratamento é mais tranqüilo na Missão Ebenezer, localizado em Praia Grande

SoCiEDADE

Motoboy, vilão e mocinho

bruna rodrIgues

Eles se multiplicam em meio ao trânsito caótico. Hoje, os motoboys correm contra o tempo, resolvem tudo com urgência, atraves-sando com facilidade o trân-sito lento. Fazem pagamen-tos, levam malotes de um lugar para outro, transpor-tam mercadorias, entregam remédio, pizza, almoço.

José Carlos dos Santos, 56 anos, começou a traba-lhar como motoboy há cin-co. No começo prestava serviço a uma empresa de motoboy. Depois de quatro anos, conseguiu emprego registrado numa empresa de vidros, mas não deixou a correria de lado. Optou em continuar com a vida de entregador. No período no-turno, presta serviço a uma farmácia. “Assim consigo ganhar um dinheiro extra”, diz José Carlos.

Ele conta que a correria

do dia a dia rendeu-lhe um acidente. Mesmo com a perna fraturada, continuou trabalhando, pois contava com o dinheiro das corridas para pagar sua moto. “Vi a morte de perto”. José Car-los fala que em dias de chu-va, o risco de um acidente aumenta, pois a moto desli-za no asfalto molhado.

Suzana Liberona, 58 anos, foi dona de uma em-presa de motoboys por oito anos, e diz que a falta de regularização da pro-fissão faz com que o mer-cado fique nas mãos de pessoas não qualificadas. Qualquer pessoa que te-nha uma moto, e que es-teja desempregada pode trabalhar como motoboy. “Como eles não têm vin-culo com a empresa, hoje prestam serviço para mim, amanhã já estão em outra. Falta responsabilidade e comprometimento”, recla-ma empresária. Além dis-

so, as pessoas que traba-lham como entregadores preferem não ter registro em carteira, pois assim ganham mais.

Suzana conta que por várias vezes teve prejuízo, devido ao não comprome-timento do profissional. “Já

aconteceu do motoboy de-saparecer com a mercado-ria do cliente. Por sorte não tive que pagar”.

O motoboy que mais as-susta os motoristas é aque-le que sobe nos canteiros, arrasta retrovisores e dispa-ra nos corredores formados

pelos carros. O projetista Christian Santos, 28 anos, conta que trabalha de carro, e que em vários momentos se irrita com o abuso dos motoboys.

“Esses motoqueiros não tem limite, se acham os do-nos da rua”, dispara.

Nilton Fukuda / AE

Motoboys nos corredores formados pelos carros são cenas comuns nas cidades

JoyCe serra

O número de dependen-tes químicos cresce a cada dia. Independentemente de classe social, seja por pro-blemas familiares, incentivo de amigos ou curiosidade, cada vez mais jovens se envolvem com diversos ti-pos de drogas. Estima-se que cerca 900 mil pessoas no Brasil sejam usuários de cocaína e 650 mil de opiá-ceos (heroína), segundo da-dos do Relatório Mundial do Escritório das Nações Uni-das Contra Drogas e Crime (UNODC) 2010, elaborado pela Organização das Na-ções Unidas (ONU).

Várias campanhas anti-drogas são feitas nacional-mente, pelas secretárias de saúde, estados e em mí-dias independentes, para tentar recuperar jovens que precisam de ajuda. Muitos, porém, não enxergam a dependência como um pro-

blema e pensam que assim que quiserem vão largar o vicio. O Sistema Único de Saúde (SUS) não demons-tra possuir estrutura sufi-ciente para atender a todos que precisam.

Diversas clínicas ofere-cem tratamentos, mas mui-tas vezes o alto custo faz com que o usuário e a famí-lia desistam. Muitas ONGs oferecem apoio gratuito e a entidade beneficente e sem fins lucrativos Missão Ebe-nézer, localizada na Praia Grande, faz esse trabalho sem nenhum tipo de ajuda do município e sem ser filia-da a denominações religio-sas.

Existente há 30 anos, já ajudou mais de 750 pes-soas, do sexo feminino. O alojamento abriga em torno de nove mulheres por vez, com duração de nove me-ses. Mantido pelo Pastor Reinaldo Pagani e sua es-posa Elena Pagani, o traba-

lho não faz uso de nenhum tipo de medicamento para a recuperação. Há a evange-lização e a reintegração à sociedade.

O primeiro passo de-pende exclusivamente do desejo da jovem para se internar. São realizadas en-trevistas de preparação e o período de nove meses é dividido em duas fases. Os três primeiros para a tria-gem e libertação por meio de oração, aconselhamen-tos e palestras. Costuma ser a parte mais difícil, que é a de abstinência. Os seis seguintes são para reinte-gração social, com cursos profissionalizantes, estudos e palestras.

De acordo com o pastor, dos casos que passam pelo

local 80% são decorrentes de problemas familiares e os 20% são más influ-ências. As mulheres pos-suem um cronograma de atividades a serem segui-das, onde aprendem a se conhecerem e reconhecer valores de vida. Caso após os nove meses for notado que a dependente não es-teja pronta para levar sua vida, e manifeste o desejo de continuar na casa, ela pode permanecer e reto-mar o tratamento.

“Houve uma jovem que passou por aqui e aprontou os nove meses inteiros. No dia de ir embora fizemos uma comemoração, como sempre é feita. Foi dado baixa na ficha, mas quan-do ela chegou ao portão

parou, voltou e disse que gostaria de começar tudo novamente! E queria levar a sério! Sua ficha foi feita novamente, permaneceu os nove meses e hoje qua-se cinco anos depois está totalmente libertada”, reve-lou Pagani.

O pastor reside no local com sua família para prestar qualquer tipo de assistência que seja necessária às in-ternas, dia e noite. O local, com muitas áreas verdes e os portões que são manti-dos sempre abertos, pro-porciona a elas o direito de se sentirem lá porque re-almente querem se tratar. A entidade é mantida por qualquer tipo de doação, desde roupas, alimentos, móveis e e dinheiro.

Missão Ebenézer

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Primeiro Texto 5Abril 2011

http://meutransporte.blogspot.com/

A falta de cobradores prejudica o trabalho dos motoristas, que são obrigados a dividir a atenção dentro e fora do ônibus

laérCIo Mendes

Motoristas de ônibus da Cidade têm de lidar com mais preocupações do que apenas prestar atenção no trânsito. O dia a dia desse profissional é estressante e pouco re-munerado, mesmo assim a cordialidade e a paciên-cia têm que estar presen-te, até quando isso parece ser impossível.

Após várias tentativas

frustradas de entrevistas, um motorista da Viação Pi-racicabana permitiu o re-pórter acompanhar uma de suas viagens desde que eu não divulgasse seu nome ou qualquer dado que se re-ferisse ao próprio motorista, chamado aqui do nome fic-tício de Antônio.

Motorista de ônibus há mais de 15 anos, ele res-salta bem como é o seu trabalho. “Falta seguran-ça, atenção e principal-

mente respeito da parte da empresa e dos próprios passageiros”, reclama.

Ao mesmo tempo em que presta atenção em um veículo que pede pas-sagem e entrega o troco para o passageiro que está pronto para atraves-sar a roleta, Antônio ainda tem que abrir a porta para o outro que espera para descer no seu ponto. É nesse clima de nervosis-mo e agilidade que o mo-

torista desabafa. “Tenho que fazer tudo isso e ainda levar desaforo para a casa. Aqui eu não posso errar, ou isso pode até custar uma vida. Isso tudo porque não existem mais cobradores”, conclui.

A indignação não fica só por conta do motoris-ta. Muitos passageiros não aprovam a falta de cobradores. O funcionário público Adair Augusto de Souza, 42 anos, explica

o porquê de não estar sa-tisfeito com a empresa de ônibus. “Eles querem eco-nomizar para colocar mais no bolso e a culpa não é só da empresa, mas tam-bém da prefeitura que im-pede que outra firma en-tre na cidade, não criando concorrência”, completa Adair.

A empresa Piracica-bana foi procurada, mas não se posicionou sobre a falta dos cobradores.

De olho nas portas, no troco,nos passageiros e no trânsito

desIrée soares

O que se via nos arredo-res da piscina do Bloco M da Unisanta eram muitos jovens se preparando para competir. Era o Torneio Re-gional de Natação – Infantil a Sênior, com o objetivo de registrar os tempos oficiais para uma possível classifi-cação nos próximos cam-peonatos, na manhã de 2 de abril.

O aquecimento dos atle-tas começou às 7h30, e

às 9h teve início a primei-ra etapa.Cada competidor pode nadar quatro provas: duas de manhã e duas à tarde, quando ocorreu a segunda etapa. No total, foram 18 provas por fase, onde os competidores na-dam os quatro estilos do esporte (crawl, costas, peito e borboleta) mais o medley (junção dos quatro estilos).

Apesar da competição não ter limite máximo de

idade, a maioria dos compe-tidores era de adolescentes, entre 13 e 19 anos. Alguns ficavam deitados, esperan-do a vez de nadar; outros, que já haviam competido, se recuperavam para as próximas provas. Enquan-to isso, os técnicos ficavam anotando os tempos das provas, como Antônio José dos Santos, que treina os atletas em Registro e trou-xe seis para esse torneio.

Atletas de todo o estado

compareceram, como é o caso de Tatiana Shiratsu, que veio de Registro. Já Ma-ete Becker e Thaís Bicalho, ambas de 13 anos e atletas da Unisanta, são da região. Maete é de São Vicente e Thaís de Santos. As duas nadam e competem desde pequenas e já estão acos-tumadas a esses torneios.

Apoio Quem também estava

presente eram os familiares, principalmente as mães.

Para Gisela Guimarães, que veio de São Paulo com o filho de 17 anos, “o apoio da família é fundamental, não só na natação como em qualquer esporte”. Gisela e Roseli Rodrigues, também mães, disseram que sem-pre acompanham os filhos

nas competições.E nessa não foi diferente,

as mães vieram dar o apoio aos filhos e só foram em-bora quando o torneio aca-bou.

Unisanta recebe Torneio Regional de Natação

MOTORISTAS

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