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Solaris Equipamentos e
Serviços S.A. e Controlada
Demonstrações Financeiras
Individuais e Consolidadas
Referentes ao Exercício Findo
em 31 de Dezembro de 2018 e
Relatório do Auditor Independente
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL"), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro são entidades legalmente separadas e independentes. A DTTL (também chamada "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Consulte www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro. A Deloitte oferece serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. A Deloitte atende a quatro de cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®, por meio de uma rede globalmente conectada de firmas-membro em mais de 150 países, trazendo capacidades de classe global, visões e serviços de alta qualidade para abordar os mais complexos desafios de negócios dos clientes. Para saber mais sobre como os cerca de 286.200 profissionais da Deloitte impactam positivamente nossos clientes, conecte-se a nós pelo Facebook, LinkedIn e Twitter. © 2019 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.
Deloitte Touche Tohmatsu
Av. Dr. Chucri Zaidan, 1.240 -
4º ao 12º andares - Golden Tower
04711-130 - São Paulo - SP
Brasil
Tel.: + 55 (11) 5186-1000 Fax: + 55 (11) 5181-2911 www.deloitte.com.br
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
Aos Administradores e Acionistas da
Solaris Equipamentos e Serviços S.A.
Opinião
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Solaris Equipamentos
e Serviços S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado,
respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as
respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do
patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as
correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira, individual e consolidada, da Solaris Equipamentos e Serviços S.A. em 31 de
dezembro de 2018, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus fluxos
de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na
seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações
financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e à sua
controlada, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética
Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com
essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para
fundamentar nossa opinião.
Ênfase
Reapresentação das demonstrações financeiras
Conforme descrito nota explicativa nº 2.22 às demonstrações financeiras, os valores
correspondentes referentes ao exercício anterior, apresentados para fins de comparação,
foram ajustados e reclassificados e estão sendo reapresentados como previsto no
pronunciamento técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de
Erro. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.
Principais assuntos de auditoria
Principais assuntos de auditoria (“PAA”) são aqueles que, em nosso julgamento profissional,
foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram
tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas, e, portanto, não expressamos uma opinião separada
sobre esses assuntos. São eles:
© 2019 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 2
1. Reprocessamento da depreciação dos equipamentos para locação
Por que é um PAA
Como descrito na nota explicativa nº 2.22 às demonstrações financeiras, a Companhia e
sua controlada reprocessaram a depreciação dos equipamentos para locação, para os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 a 2018, com base em laudo de avaliação
para a vida útil desses ativos emitido em 31 de agosto de 2013. O reprocessamento
dessas informações provocou impactos materiais nos saldos do ativo imobilizado para
exercícios anteriores, de modo que os valores correspondentes referentes ao exercício
anterior, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo
reapresentados. Por essa razão, consideramos esse assunto significativo para a nossa
auditoria.
Como nossa auditoria endereçou esse assunto
Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros: (a) a avaliação dos controles e
procedimentos adotados pela Companhia no reprocessamento dessas informações; (b) a
avaliação da memória de cálculo da Companhia na determinação dos valores que foram
depreciados a maior ao longo dos anos, com base no laudo de avaliação emitido em 31 de
agosto de 2013; e (c) a análise e o desafio dos impactos determinados pela Companhia na
movimentação dos equipamentos para locação em exercícios anteriores e corrente.
Com base nos procedimentos de auditoria efetuados, consideramos que o
reprocessamento da depreciação dos equipamentos para locação é aceitável, bem como
as respectivas divulgações nas notas explicativas nº 2.22 e nº 10 às demonstrações
financeiras.
2. Revisão das apurações de imposto de renda e contribuição social
Por que é um PAA
Como descrito na nota explicativa nº 2.22 às demonstrações financeiras, a Companhia
procedeu à revisão das apurações de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(correntes e diferidos) para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 a 2016. Com
base nessa revisão, a Companhia apurou ajustes nos saldos registrados de imposto de
renda e contribuição social diferidos ativos para exercícios anteriores, de modo que as
obrigações acessórias foram corrigidas e os valores correspondentes, apresentados para
fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados. Por essa razão,
consideramos esse assunto significativo para a nossa auditoria.
Como nossa auditoria endereçou esse assunto
Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros: (a) a avaliação dos controles e
procedimentos adotados pela Companhia na revisão das apurações do imposto de renda e
da contribuição social; (b) a análise e o desafio da memória de cálculo da Companhia para
avaliar se os ajustes identificados e realizados são razoáveis; e (c) a análise da natureza e
da extensão dos ajustes realizados e do impacto destes nas demonstrações financeiras.
Com base nos procedimentos de auditoria efetuados, consideramos as premissas
utilizadas para recálculo das bases do imposto de renda e da contribuição social diferidos
como aceitáveis no contexto das demonstrações financeiras da Companhia referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2018, tomadas em conjunto, bem como as
divulgações nas notas explicativas nº 2.17.2, nº 8 e nº 20 às demonstrações financeiras.
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3. Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos
Por que é um PAA
A Companhia reconhece o imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos com
base na existência de probabilidade razoável de que gerará lucro tributável futuro para a
utilização de tais ativos. Devido ao fato de a Companhia ter acumulado saldos
significativos de créditos tributários, bem como à complexidade de julgamento exercido
pela Administração na avaliação da realização de ativos, consideramos esse assunto
significativo para a nossa auditoria.
Como nossa auditoria endereçou esse assunto
Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros: (a) a avaliação do desenho e
da implementação dos controles relevantes determinados pela Administração quanto à
avaliação da realização dos ativos e passivos diferidos; (b) a avaliação da capacidade da
Companhia de geração de lucros tributáveis futuros e de realização dos saldos
registrados; (c) a análise e o desafio das principais premissas adotadas pela
Administração na elaboração do estudo de recuperação de créditos tributários; e (d) a
avaliação das premissas e metodologias utilizadas pela Companhia e comparação das
premissas com dados obtidos de fontes externas, quando disponíveis, tais como
crescimento econômico projetado e inflação de custos.
Com base nos procedimentos de auditoria efetuados, consideramos as premissas
utilizadas para o reconhecimento do imposto de renda e da contribuição social diferidos
como aceitáveis no contexto das demonstrações financeiras da Companhia referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2018, tomadas em conjunto, bem como as
divulgações nas notas explicativas nº 2.17.2, nº 8 e nº 20 às demonstrações financeiras.
Responsabilidades da Administração e da governança pelas
demonstrações financeiras individuais e consolidadas
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações
financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é
responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando e divulgando,
quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa
base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração
pretenda liquidar a Companhia e sua controlada ou cessar suas operações, ou não tenha
nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela
supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo
nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de
que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria
sempre detecta as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser
decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em
conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos
usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.
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Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais
de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da
auditoria. Além disso:
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e
executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de
não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de
erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio,
falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de
expressarmos uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia e de
sua controlada.
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de
continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe
incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida
significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e de sua
controlada. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar a atenção em
nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem
inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas
até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a
Companhia e sua controlada a não mais se manterem em continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras,
inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas
representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o
objetivo de apresentação adequada.
Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras
das entidades ou atividades de negócio do Grupo para expressar uma opinião sobre as
demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, pela supervisão
e pelo desempenho da auditoria do Grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do
alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria,
inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos
durante nossos trabalhos.
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SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017(Em milhares de reais - R$)
Nota NotaATIVO explicativa 2018 2017 2018 2017 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 2018 2017 2018 2017 (Reapresentado) (Reapresentado) (Reapresentado) (Reapresentado)
CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa 4 21.241 5.851 22.947 6.446 Fornecedores 14.056 13.734 15.549 15.285 Contas a receber de clientes 5 36.971 34.252 39.554 36.884 Empréstimos e financiamentos 11 6.356 15.238 6.356 15.238 Estoques 6 12.076 11.067 16.745 15.707 Debêntures 12 18.118 36.014 18.118 36.014 Impostos a recuperar 13 3.838 6.944 8.113 10.003 Impostos a pagar 13 1.385 479 1.490 631 Instrumentos financeiros derivativos 7 - 439 - 439 Obrigações trabalhistas e previdenciárias 14 10.403 5.268 10.853 5.711 Outros créditos 7.143 3.643 7.330 4.192 Instrumentos financeiros derivativos 7 294 - 294 - Total do ativo circulante 81.269 62.196 94.689 73.671 Outras obrigações 1.794 2.433 2.461 2.855
Total do passivo circulante 52.406 73.166 55.121 75.734 NÃO CIRCULANTEPartes relacionadas 23.1 3.071 3.057 - - NÃO CIRCULANTEDepósitos judiciais 17 185 372 195 380 Empréstimos e financiamentos 11 11.824 4.963 11.824 4.963 Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 83.407 77.389 84.973 79.479 Debêntures 12 14.445 - 14.445 - Instrumentos financeiros derivativos 7 - 441 - 441 Provisão para riscos cíveis e trabalhistas 15 4.100 2.368 4.383 2.660 Investimentos 9 18.182 18.483 - - Impostos a pagar 13 1.939 3.257 1.939 3.257 Imobilizado 10 169.802 204.186 179.281 215.227 Outras obrigações - 23 206 209 Intangível 602 481 612 482 Total do passivo não circulante 32.308 10.611 32.797 11.089 Total do ativo não circulante 275.249 304.409 265.061 296.009
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 16.1 242.153 242.153 242.153 242.153 Reserva de capital - ágio 16.3 69.337 69.337 69.337 69.337 Prejuízos acumulados (39.686) (28.662) (39.686) (28.662) Total do patrimônio líquido atribuível aos
acionistas da controladora 271.804 282.828 271.804 282.828 Participação dos não controladores - - 28 29 Total do patrimônio líquido 271.804 282.828 271.832 282.857
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 356.518 366.605 359.750 369.680
TOTAL DO ATIVO 356.518 366.605 359.750 369.680
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
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SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017(Em milhares de reais - R$ exceto o resultado por ação básico e diluído - em reais)
Notaexplicativa 2018 2017 2018 2017
(Reapresentado) (Reapresentado)
RECEITA LÍQUIDA 17 154.839 143.992 170.724 161.331 Custo dos produtos vendidos e serviços prestados 18 (91.675) (100.655) (102.980) (114.958)
LUCRO BRUTO 63.164 43.337 67.744 46.373
DESPESAS OPERACIONAISCom vendas 18 (18.542) (28.557) (20.024) (30.718) Gerais e administrativas 18 (51.615) (47.086) (53.588) (49.650) Outras despesas operacionais, líquidas 18 (769) (1.393) (1.339) (630) Resultado de equivalência patrimonial 9 (65) (1.344) - -
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO
RESULTADO FINANCEIRO (7.827) (35.043) (7.207) (34.625)
RESULTADO FINANCEIROReceitas financeiras 19 2.696 1.609 3.282 1.634 Despesas financeiras 19 (9.644) (11.838) (10.197) (12.472) Variações cambiais, líquidas 19 (487) 478 (617) 882
TOTAL RESULTADO FINANCEIRO (7.435) (9.751) (7.532) (9.956)
PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (15.262) (44.794) (14.739) (44.581)
Imposto de renda e contribuição social - diferidos 20 6.018 14.124 5.494 13.909
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (9.244) (30.670) (9.245) (30.672)
PREJUÍZO POR AÇÃO BÁSICO E DILUÍDO – R$ 16.4 (0,0599) (0,1987) (0,0599) (0,1987)
ATRIBUÍVEL AOS: Acionistas da controladora (9.244) (30.670) Não controladores (1) (2)
(9.245) (30.672)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
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SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTEPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017(Em milhares de reais - R$)
2018 2017 2018 2017(Reapresentado) (Reapresentado)
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (9.244) (30.670) (9.245) (30.672)
Outros resultados abrangentes - - - -
RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO (9.244) (30.670) (9.245) (30.672)
ATRIBUÍVEL AOSAcionistas da controladora (9.244) (30.670) Não controladores (1) (2)
(9.245) (30.672)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
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SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017(Em milhares de reais - R$)
Reserva de Reserva de Atribuível aos Participação Total doNota Capital capital - Reserva retenção para Prejuízos acionistas dos não patrimônio
explicativa social ágio legal investimentos acumulados da controladora controladores líquido
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (AJUSTADOS) 242.153 69.337 2.949 26.322 (27.263) 313.498 31 313.529
Prejuízo do exercício reapresentado - - - (30.670) (30.670) (2) (30.672) Absorção de prejuízo com reservas 16.2 - - (2.949) (26.322) 29.271 - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (REAPRESENTADOS) 242.153 69.337 - - (28.662) 282.828 29 282.857
Ajuste na adoação inicial do CPC 48/IFRS 9 - - - - (1.780) (1.780) - (1.780) Prejuízo do exercício - - - - (9.244) (9.244) (1) (9.245)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 242.153 69.337 - - (39.686) 271.804 28 271.832
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017(Em milhares de reais - R$)
Notaexplicativa 2018 2017 2018 2017
(Reapresentado) (Reapresentado)FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAISPrejuízo do exercício (9.244) (30.670) (9.245) (30.672) Ajustes para reconciliar o prejuízo com o fluxo de caixa líquidogerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações 18 40.239 44.908 41.208 46.273 Variação cambial sobre empréstimos, financiamentos e transações entre partes relacionadas 611 (474) 611 (486) Juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures 19 6.901 7.369 6.901 7.846 Complemento (reversão) de provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 (291) 6.612 (528) 7.444 Complemento (reversão) de provisão para obsolescência de estoques 6 (385) 461 (308) 1.591 Provisão para riscos trabalhistas 15 1.732 406 1.723 204 Resultado de equivalência patrimonial 9 65 1.344 - - Resultado na venda de ativo imobilizado e intangível 4.893 10.228 5.569 11.026 Perda nas operações com instrumentos financeiros derivativos 7 1.174 1.573 1.174 1.573 Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 (6.018) (14.124) (5.494) (13.909)
Redução (aumento) dos ativos operacionais: Contas a receber de clientes (3.897) (8.289) (3.997) (7.793) Estoques (624) 1.836 (730) 1.571 Impostos a recuperar 3.106 2.970 1.890 (3.194) Outros créditos (3.327) (2.657) (2.954) 3.289
Aumento (redução) nos passivos operacionais: Fornecedores 322 9.322 264 10.369 Impostos a pagar (412) 325 (459) 358 Obrigações trabalhistas e previdenciárias 5.135 (179) 5.142 (729) Outras obrigações (737) (1.460) (320) (1.679)
Caixa gerado pelas atividades operacionais 39.243 29.501 40.447 33.082 Juros pagos (7.096) (6.521) (7.096) (6.831)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 32.147 22.980 33.351 26.251
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAquisições de imobilizado 10 (10.566) (8.582) (10.646) (9.415) Aquisições de intangível (301) (291) (314) (291) Outras movimentações de ativo - 65 - (10) Fluxo de caixa aplicado nas atividades de investimentos (10.867) (8.808) (10.960) (9.716)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOCaptação de empréstimos 14.819 7.484 14.819 7.484 Partes relacionadas 14.878 (3.057) 14.878 (711) Amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures (32.391) (22.934) (32.391) (30.164) Pagamento de obrigações de arrendamento mercantil (3.196) (7.219) (3.196) (5.642) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (5.890) (25.726) (5.890) (29.033)
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 15.390 (11.554) 16.501 (12.498)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 5.851 17.405 6.446 18.944 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 21.241 5.851 22.947 6.446
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 15.390 (11.554) 16.501 (12.498)
- - - - As notas explicativas anexas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
11
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017
(Em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Solaris Equipamentos e Serviços S.A. (“Companhia”) foi constituída em 5 de
dezembro de 1996 e sua controlada Sullair do Brasil Ltda. em 25 de julho de 2014, ambas
com sua sede na cidade de Osasco, Estado de São Paulo, Brasil, e tem como objetivo: (a)
a comercialização, o aluguel e a distribuição de plataformas aéreas de trabalho,
manipuladores telescópicos, geradores, equipamento de movimentação de terra, torre de
iluminação, compressores de ar e outros equipamentos, peças de reposição e
componentes; e (b) a prestação serviços de assistência técnica e manutenção. A
Administração tem expectativa que a partir de 2019 a Companhia volte a apresentar
resultados positivos, decorrente de medidas implementadas em 2018, que reduziram os
custos e despesas, e da retomada da economia brasileira.
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
2.1. Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram
preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na
legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as
interpretações técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e
aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC.
A Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das
demonstrações financeiras individuais e consolidadas estão sendo evidenciadas, e
que correspondem às utilizadas por ela na sua gestão.
2.2. Normas e interpretações novas e revisadas aplicáveis ao exercício findo em
31 de dezembro de 2018
As normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) novas e revisadas a seguir,
em vigor para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018, foram
adotadas nas demonstrações financeiras.
CPC 48/IFRS 9 - “Financial Instruments” (Instrumentos Financeiros)
A IFRS 9, publicada em julho de 2014, substitui as orientações existentes na
IAS 39 - “Financial Instruments: Recognition and Measurement” (Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração). A IFRS 9 inclui orientação revista
sobre a classificação e a mensuração de instrumentos financeiros, um novo
modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor
recuperável de ativos financeiros e novos requisitos sobre a contabilização de
hedge. A norma mantém as orientações existentes sobre o reconhecimento e o
desreconhecimento de instrumentos financeiros da IAS 39. A IFRS 9 é efetiva
para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018. Esses ativos
financeiros foram, portanto, classificados como ativos financeiros avaliados pelo
custo amortizado sob o CPC 48/IFRS 9. Na transição para o CPC 48/IFRS 9, a
Companhia e sua controlada definiram metodologia para acompanhar o histórico
de movimentação do contas a receber, constituindo, na adoção inicial, uma
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12
provisão para perda de recebíveis (“impairment”) de R$1.468 (R$1.780
consolidado) que foi reconhecida na conta redutora de ativo (PCLD) tendo como
contrapartida a conta de prejuízos acumulados no valor de $ 1.468 (R$ 1.780
consolidado) e a conta de imposto de renda e contribuição social diferidos ativos,
no valor de R$499 (R$605 consolidado).
De acordo com o modelo de gerenciamento adotado pela Companhia e sua
controlada, a Administração entende que a classificação e mensuração dos ativos
financeiros a ser adotada para a maioria das aplicações financeiras será feita a
valor justo por meio do resultado.
A Companhia e sua controlada consideram que o seu caixa e equivalentes de
caixa e depósitos bancários vinculados, têm baixo risco de crédito com base nas
avaliações de crédito externas das contrapartes.
CPC 47/IFRS 15 - “Revenue from Contracts with Customers” (Receita de
Contratos com Clientes)
De acordo com o CPC 47/IFRS 15 a receita é reconhecida quando o cliente obtém
o controle dos bens ou serviços. Determinar o momento da transferência de
controle - em um momento específico no tempo ou ao longo do tempo – requer
julgamento.
A norma traz o princípio de que a entidade deve reconhecer receitas à medida
que as obrigações de desempenho são satisfeitas, operacionalizado por um
modelo de 5 passos para reconhecimento e mensuração: (1) Identificação de
contratos com os clientes; (2) identificação das obrigações de desempenho
previstas nos contratos; (3) determinação do preço da transação; (4) alocação
do preço da transação de obrigação de desempenho prevista nos contratos; e (5)
reconhecimento da receita quando (ou à medida que) a entidade atender uma
obrigação de desempenho.
A Companhia e sua controlada, como prestadores de serviços, identificaram que
os seus critérios de reconhecimento e mensuração das receitas de contrato com
clientes seguem as disposições da norma nova. Suas receitas já são reconhecidas
à medida que a Companhia e sua controlada atendem suas obrigações de
desempenho. Do mesmo modo, as receitas com contratos com clientes já são
igualmente mensuradas pelo preço da transação.
Por essa razão, o reconhecimento e a mensuração das receitas de contratos com
clientes não sofreram alterações significativas. Assim, os resultados da
Companhia e sua controlada não apresentaram impactos relevantes na adoção da
norma.
2.3 Base de elaboração
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas utilizando
o custo histórico como base de valor, exceto por determinados instrumentos
financeiros mensurados pelos seus valores justos, quando aplicável, conforme
descrito nas políticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no
valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
A preparação de demonstrações financeiras individuais e consolidadas requer o uso
de certas estimativas críticas e também o exercício de julgamento por parte da
Administração da Companhia no processo de aplicação das práticas contábeis
exigidas. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior
complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são
significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na nota
explicativa nº 3.
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13
2.4. Base de consolidação
2.4.1. Demonstrações financeiras consolidadas
As seguintes práticas contábeis foram aplicadas na elaboração das
demonstrações financeiras consolidadas:
a) Estrutura
A Companhia possui investimento na controlada Sullair do Brasil Ltda.
(“Sullair”), que representa 99,84% do capital votante e total dessa
empresa em 31 de dezembro de 2018.
b) Controlada
Controlada é toda a entidade (incluindo as entidades de propósito
específico, quando aplicável) nas quais a controladora tem o poder de
determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente
acompanhada de uma participação de mais da metade dos direitos a voto
(capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto
atualmente exercíveis ou conversíveis são considerados quando se avalia
se a Companhia controla outra entidade. A controlada é totalmente
consolidada a partir da data em que o controle é transferido para a
controladora. A consolidação é interrompida a partir da data em que o
controle termina. Transações entre partes relacionadas, saldos e ganhos
não realizados em transações entre as partes relacionadas são
eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados, a menos
que a operação forneça evidências de uma perda (“impairment”) do ativo
transferido. As práticas contábeis da controlada são alteradas, quando
necessário, para assegurar a consistência com as práticas contábeis
adotadas pela controladora.
c) Transações e participação dos não controladores
A Companhia trata as transações com participação dos não controladores
como transações com proprietários de ativos. Para as compras de
participação dos não controladores, a diferença entre qualquer
contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos
líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou
as perdas sobre alienações para participação dos não controladores
também são registrados no patrimônio líquido.
Quando a Companhia perde o controle, qualquer participação retida é
remensurada ao valor justo, sendo a mudança no valor contábil
reconhecida no resultado. O valor justo é o valor contábil inicial para
subsequente contabilização da participação retida em uma coligada, uma
“joint venture” ou um ativo financeiro. Além disso, quaisquer valores
previamente reconhecidos em outros resultados abrangentes relativos
àquela entidade são contabilizados como se a Companhia tivesse alienado
diretamente os ativos ou passivos relacionados. Isso significa que os
valores reconhecidos previamente em outros resultados abrangentes são
reclassificados para o resultado.
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14
2.4.2. Demonstrações financeiras individuais
Nas demonstrações financeiras individuais, a controlada é contabilizada pelo
método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas
demonstrações financeiras individuais quanto nas demonstrações financeiras
consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível
aos acionistas da controladora.
2.5. Conversão de moeda estrangeira
2.5.1. Moeda funcional e de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas
são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a
Companhia atua (a moeda funcional). As demonstrações financeiras
individuais e consolidadas estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda
funcional da Companhia e de sua controlada.
2.5.2. Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda
funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações
ou da avaliação, na qual os ativos e passivos subjacentes são remensurados.
Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações
e da conversão pelas taxas de câmbio no fim de cada exercício, referentes a
ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos no
resultado.
Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos e
financiamentos, arrendamento mercantil e caixa e equivalentes de caixa,
quando aplicável, são apresentados na demonstração do resultado como
“Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”, respectivamente.
2.6. Caixa e equivalentes de caixa
Incluem caixa e depósitos bancários de alta liquidez com vencimentos originais de
até três meses da data de contratação e com risco insignificante de mudança de
valor.
2.7. Instrumentos financeiros
Ativos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo quando a
Companhia assume direitos contratuais de receber caixa ou outros ativos financeiros
de contratos no qual é parte. Ativos financeiros são desreconhecidos quando os
direitos de receber caixa atrelados ao ativo financeiro expiram ou foram transferidos
substancialmente os riscos e benefícios para terceiros. Ativos e passivos são
reconhecidos quando direitos e/ou obrigações são retidos na transferência pela
Companhia.
Passivos financeiros são reconhecidos quando a Companhia assume obrigações
contratuais para liquidação em caixa ou na assunção de obrigações de terceiros
através de um contrato no qual é parte. Passivos financeiros são reconhecidos
inicialmente ao valor justo e são desreconhecidos quando são quitados, extintos ou
expirados.
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15
Os instrumentos financeiros que posteriormente ao reconhecimento inicial venham a
ser mensurados pelo custo amortizado são mensurados através da taxa efetiva de
juros. As receitas e despesas de juros, a variação monetária e a variação cambial,
deduzidas das estimativas de perda por não recebimento de ativos financeiros, são
reconhecidas quando incorridas na demonstração de resultado do exercício como
“Resultado financeiro”.
Ativos e passivos financeiros somente são apresentados pelos seus valores líquidos
se a Companhia detiver o direito incondicional de compensar tais valores ou liquidá-
los simultaneamente, bem como ter a intenção de fazê-lo.
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Companhia e sua controlada mantinham os
seguintes itens nas classificações de instrumentos financeiros:
• Custo amortizado: Caixa e equivalentes de caixa, Contas a receber, Partes
relacionadas, Fornecedores, Empréstimos e financiamentos em moeda nacional e
estrangeira, Debêntures.
• Valor justo por meio do resultado: Instrumentos financeiros derivativos;
2.8. Contas a receber de clientes
Correspondem aos valores a receber de clientes pelo faturamento mensal relativo à
locação e manutenção de geradores de energia e máquinas e equipamentos
comerciais e industriais e à venda de produtos, incluindo peças e máquinas, no
decurso normal das atividades da Companhia e sua controlada. Se o prazo de
recebimento for igual ou menor que doze meses, as contas a receber de clientes são
classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não
circulante.
As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da
taxa efetiva de juros menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa. Na
prática, são normalmente reconhecidas ao valor faturado, ajustado pelo valor
presente dos pagamentos e pela provisão para créditos de liquidação duvidosa, se
necessário.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma
evidência objetiva de que a Companhia e sua controlada não serão capazes de
cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a
receber. O critério definido pela Administração está descrito na nota explicativa
nº 3.
2.9. Estoques
Representados por peças de reposição, peças e equipamentos para venda,
apresentados pelo menor valor entre o valor de custo e o valor líquido realizável. Os
custos dos estoques são determinados pelo custo médio. O valor líquido de
realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os
custos estimados de conclusão, quando aplicável, e os custos estimados necessários
para efetuar a venda.
Para a controladora e controlada, as peças com idade superior a 24 meses são
deduzidas do ativo através de provisão para obsolescência, critério este definido
pela Administração com base em dados históricos (nota explicativa nº 3).
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2.10. Imobilizado
Mensurado pelo seu custo histórico, deduzido de depreciação acumulada e provisão
para perdas por redução ao valor recuperável. O custo histórico inclui os gastos
diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos
como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que
fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa
ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídas,
quando aplicável, é baixado. Todos os custos de outros reparos e manutenções são
debitados ao resultado do exercício, quando incorridos.
A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo
método linear, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua
vida útil seja integralmente baixado. A vida útil estimada, os valores residuais e os
métodos de depreciação são revisados no fim de cada exercício, e o efeito de
quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Os ativos
mantidos por meio de arrendamento financeiro são depreciados pela vida útil
esperada, da mesma forma que os ativos próprios, ou por um período inferior, se
aplicável, conforme termos do contrato de arrendamento em questão.
Um item do imobilizado é baixado após a alienação ou quando não há benefícios
econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou
perdas na venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela
diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são
reconhecidos no resultado.
2.11. Ativos intangíveis, exceto ágio
Os ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente, são
registrados ao custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor
recuperável acumuladas. A amortização é reconhecida linearmente com base na
vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são
revisados no fim de cada exercício, e o efeito de quaisquer mudanças nas
estimativas é contabilizado prospectivamente. Ativos intangíveis com vida útil
indefinida, exceto ágio, adquiridos separadamente são registrados ao custo,
deduzido das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável,
decorrentes de teste de “impairment”.
2.12. “Impairment” de ativos não financeiros
Os ativos que não estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de
“impairment” sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o
valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por “impairment” é reconhecida
pelo valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este
último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda
e o seu valor em uso. Para fins de avaliação de “impairment”, os ativos são
agrupados nos níveis mais baixos para os quais existem fluxos de caixa
identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGCs). Os ativos não
financeiros, que tenham sofrido “impairment”, são revisados subsequentemente
para a análise de possível reversão do “impairment” no fim de cada exercício.
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2.13. Contas a pagar aos fornecedores
São obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores
no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivo circulante se o
pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos
negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são
apresentadas como passivo não circulante.
Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado.
2.14. Empréstimos e financiamentos
Reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na
transação e, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer
diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de
liquidação é reconhecida no resultado do exercício, utilizando o método da taxa
efetiva de juros.
As taxas pagas no estabelecimento dos empréstimos e financiamentos são
reconhecidas como custos da transação dos empréstimos e financiamentos, uma
vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo e financiamento seja
sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver
evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a
taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e
amortizada durante o período do empréstimo ao qual se relaciona.
2.15. Debêntures
São mensuradas pelo valor de custo amortizado utilizando o método da taxa efetiva
de juros. O método da taxa efetiva de juros é utilizado para calcular o custo
amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo prazo total
do instrumento. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os fluxos
de caixa futuros estimados (inclusive honorários e encargos pagos ou recebidos que
constituem parte integrante da taxa efetiva de juros, custos da transação e outros
prêmios ou descontos) ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando
apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil
líquido.
2.16. Provisão para riscos
Reconhecida para obrigações presentes (legal ou presumida) resultantes de eventos
passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja
exigência seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa
das considerações requeridas para liquidar a obrigação no fim de cada exercício,
considerando-se os riscos e as incertezas relativos à obrigação. Quando a provisão é
mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu
valor contábil corresponde ao valor presente de seus fluxos de caixa (em que o
efeito do valor temporal do dinheiro é relevante). Quando se espera que alguns ou
todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão sejam
recuperados de terceiros, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for
virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável.
As provisões para ações judiciais são reconhecidas quando: (a) a Companhia e sua
controlada têm uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de
eventos passados; (b) é provável que uma saída de recursos seja necessária para
liquidar a obrigação; e (c) o valor tiver sido estimado com segurança. As provisões
não são reconhecidas com relação a perdas operacionais futuras.
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18
2.17. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos
A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos
impostos correntes e diferidos.
2.17.1. Imposto de renda e contribuição social - correntes
O encargo de imposto de renda e contribuição social correntes é calculado
com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente
promulgadas, nas datas dos balanços. A provisão para imposto de renda é
constituída à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro
tributável excedente aos limites fiscais estabelecidos, conforme determina a
legislação em vigor. A provisão para contribuição social é constituída à
alíquota de 9% sobre o lucro tributável, também de acordo com a legislação
vigente.
A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela
Companhia e sua controlada nas declarações de imposto de renda com
relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a
interpretações e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos
valores estimados das obrigações adicionais identificadas.
2.17.2. Imposto de renda e contribuição social - diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos (“impostos diferidos”)
são reconhecidos sobre as diferenças temporárias no fim de cada exercício
entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações
financeiras e as bases fiscais correspondentes usadas na apuração do lucro
tributável, incluindo saldo de prejuízos fiscais, quando aplicável. Os impostos
diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias
tributáveis e os impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre todas as
diferenças temporárias dedutíveis, apenas quando for provável que a
Companhia e sua controlada apresentarão lucro tributável futuro em
montante suficiente para que tais diferenças temporárias dedutíveis possam
ser utilizadas.
A recuperação dos impostos diferidos ativos é revisada no fim de cada
exercício e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros
estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte
dele, o saldo do ativo é ajustado pelo montante que se espera ser
recuperado.
A mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as
consequências fiscais que resultariam da forma na qual a Companhia e sua
controlada esperam, no fim de cada exercício, recuperar ou liquidar o valor
contábil desses ativos e passivos.
2.18. Capital social
Os valores recebidos pelas ações representativas de capital dos acionistas são
classificados no patrimônio líquido, bem como os custos incrementais diretamente
atribuíveis à emissão de novas ações.
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19
2.18.1. Prejuízo por ação
O resultado por ação básico e diluído é calculado por meio do resultado do
exercício atribuível aos acionistas controladores e não controladores da
Sociedade e a média ponderada das ações em circulação no respectivo
exercício, nos termos do pronunciamento técnico CPC 41 - Resultado por
Ação.
A Companhia não possui instrumentos financeiros que possam vir a ser
conversíveis em ações e que possam representar diluição do lucro por ação.
Consequentemente, o prejuízo básico por ação não difere do prejuízo diluído
por ação.
2.19. Reconhecimento da receita
A receita é mensurada com base contraprestação precificada no contrato com o
cliente, pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber. A receita é
apresentada líquida de impostos, devoluções, abatimentos e descontos.
A receita é reconhecida de acordo com a observância das seguintes etapas:
(i) identificação dos direitos e compromissos do contrato com o cliente;
(ii) identificação das obrigações de desempenho contratadas; (iii) determinação do
preço da transação; (iv) alocação do preço às obrigações de desempenho; e
(v) reconhecimento quando (ou na medida em que) as obrigações de desempenho
são satisfeitas. Uma receita só é reconhecida quando não há incerteza significativa
quanto à sua realização.
A receita é reconhecida conforme os contratos firmados, cuja obrigação de
desempenho é atendida mensalmente, ao longo do período de vigência dos
contratos de locação, ainda que para estes contratos exista um período de carência
para faturamento.
2.20. Arrendamentos financeiros
Os arrendamentos em que a Companhia e sua controlada figuram como
arrendatárias e detêm, substancialmente, todos os riscos e benefícios da
propriedade são classificados como arrendamentos financeiros. Estes são
capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem
arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento. A parcela
paga do arrendamento contempla principal e juros. As obrigações correspondentes,
líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em outros passivos circulantes e não
circulantes, dependendo dos seus vencimentos. Os encargos de juros sobre as
obrigações de arrendamento são reconhecidos no resultado pela competência, no
período de arrendamento, para produzir uma taxa periódica constante de juros
sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. O imobilizado adquirido
por meio de arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil do ativo
(nota explicativa nº 2.10.).
2.21. Novas normas e interpretações a serem implementadas a partir de
1º de janeiro de 2019
Pronunciamento Descrição
CPC 06/IFRS 16 (R2) Operações de Arrendamento Mercantil (i)
Alterações à IFRS 10 e IAS 28 Investidor e sua Coligada ou “Joint Venture” (i)
Alterações à IAS 7 Iniciativa de Divulgação (i)
(i) Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019.
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20
CPC 06/IFRS 16 - Operações de Arrendamento Mercantil
A IFRS 16 introduz um modelo único de contabilização de arrendamentos no
balanço patrimonial para arrendatários. Um arrendatário reconhece um ativo de
direito de uso que representa o seu direito de utilizar o ativo arrendado e um
passivo de arrendamento que representa a sua obrigação de efetuar pagamentos
do arrendamento. Isenções opcionais estão disponíveis para arrendamentos de
curto prazo e itens de baixo valor. A contabilidade do arrendador permanece
semelhante à norma atual, isto é, os arrendadores continuam a classificar os
arrendamentos em financeiros ou operacionais. A nova norma vai substituir as
normas de arrendamento existentes, incluindo o CPC 06 (IAS 17) - Operações de
Arrendamento Mercantil e o ICPC 03 (IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27) - Aspectos
Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil. A nova norma é
efetiva para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2019. A
adoção antecipada é permitida somente para demonstrações financeiras de
acordo com as IFRS e apenas para entidades que aplicam a IFRS 15/CPC 47 -
Receita de Contratos com Clientes em ou antes da data de aplicação inicial da
IFRS 16/CPC 06 (R2). A Companhia e sua controlada iniciou os estudos relativos
à implantação do IFRS 16, ao longo de 2018.
A Companhia e sua controlada introduziu a metodologia única de contabilização
de arrendamentos em seu balanço patrimonial, cujo reflexo será reconhecido no
balanço de abertura de 2019, para fins de atendimento à IFRS 16 -
Arrendamentos. Esses reflexos preliminares que serão registrados no balanço de
abertura de 2019, estão demonstrados no quadro abaixo:
Controladora
Saldo em
31/12/2018
Ajustes preliminares
na adoção do
CPC06(R2)/IFRS16
Saldo de abertura
ajustado em
01/01 2019
Imobilizado 169.802 8.112 177.914
Arrendamento financeiro 4.240 8.112 12.352
Consolidado
Saldo em
31/12/2018
Ajustes preliminares
na adoção do
CPC06(R2)/IFRS16
Saldo de abertura
ajustado em
01/01/2019
Imobilizado 179.281 8.568 187.849
Arrendamento financeiro 4.240 8.568 12.808
2.22. Ajustes de exercícios anteriores e reapresentação das demonstrações financeiras do
exercício findo em 31 de dezembro de 2017
Em 2018, foram identificados ajustes e reclassificações de exercícios anteriores que
estão relacionados abaixo:
Reprocessamento da depreciação de equipamentos
Em 31 de agosto de 2013 a vida útil dos equipamentos para locação da
Companhia e sua controlada, foi reavaliada por empresa terceira e foi definida
uma nova vida útil remanescente para os ativos, entretanto à época a
Companhia e sua controlada não ajustaram as taxas de depreciação, de modo
que os ativos continuaram depreciando com base na vida útil original. Para o
exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Companhia e sua controlada
reprocessaram e ajustaram a depreciação destes ativos acordo com a vida útil
remanescente identificada no laudo emitido em 2013.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
21
Revisão das apurações de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
(corrente e diferido) para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, 2015
e de 2016.
Em 2018 a Companhia e sua controlada revisaram as apurações de imposto de
renda e contribuição social sobre o lucro (corrente e diferido) para os exercícios
findos em 31 de dezembro de 2014, 2015 e de 2016, a fim de assegurar-se de
futuras compensações de impostos recolhidos a maior. As referidas apurações
foram efetuadas e os ajustes identificados foram corrigidos em suas obrigações
acessórias (ECF) e na contabilidade.
Reclassificações nas contas de resultado
A Companhia e sua controlada reavaliaram a apresentação e divulgação das
demonstrações do resultado do exercício de 2017 e identificou as seguintes
reclassificações:
Despesas de consumo de peças utilizadas na manutenção de equipamentos no
valor de R$22.267 na controladora e R$25.996 no consolidado -
Anteriormente, essas despesas eram apresentadas em despesas com vendas.
A Companhia e sua controlada concluíram que essas transações devem ser
apresentadas no custo dos produtos vendidos e serviços prestados.
Despesas com pessoal no valor de R$46.207 na controladora e R$50.979 no
consolidado, anteriormente eram apresentadas integralmente na conta de
custo dos produtos vendidos e serviços prestados - A Companhia e sua
controlada concluíram que essas transações devem ser apresentadas na conta
de custo dos produtos vendidos e serviços prestados (R$22.122 na
controladora e R$26.037 no consolidado), despesas com vendas (R$5.981 na
controladora e R$6.096 no consolidado) e despesas gerais e administrativas
(R$18.104 na controladora e R$18.846 no consolidado).
Os valores comparativos do balanço patrimonial e das demonstrações do resultado
do exercício, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
fluxos de caixa referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017 estão
sendo reapresentados conforme resumo a seguir:
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22
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
(Em milhares de reais - R$)
2017 2017 2017 2017
(Saldo original) Reclassificações (Reapresentado) (Saldo original) Reclassificações (Reapresentado)
ATIVO Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 5.851 6.446 - - 5.851 6.446 Fornecedores 13.734 15.285 - - 13.734 15.285 Contas a receber de clientes
34.252 36.884 - - 34.252 36.884
Empréstimos e financiamentos 15.238 15.238 - - 15.238 15.238
Estoques 11.067 15.707 - - 11.067 15.707 Debêntures 36.014 36.014 - - 36.014 36.014 Impostos a recuperar 6.660 9.719 284 284 6.944 10.003 Impostos a pagar 479 631 - - 479 631
Instrumentos financeiros derivativos 439 439 - - 439 439
Obrigações trabalhistas e previdenciárias 5.268 5.711 - - 5.268 5.711
Outros créditos 3.644 4.192 3.643 4.192 Outras obrigações 2.433 2.855 2.433 2.855
Total do ativo circulante 61.913 73.387 284 284 62.196 73.671
Total do passivo circulante 73.166 75.734 - - 73.166 75.734
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Partes relacionadas 3.057 -
3.057 -
Empréstimos e financiamentos 4.963 4.963 - - 4.963 4.963
Depósitos judiciais 372 380
372 380
Provisão para riscos trabalhistas 2.368 2.660 - - 2.368 2.660
Imposto de renda e contribuição social diferidos
119.106 121.144 (41.717) (41.665) 77.389 79.479
Impostos a pagar 3.257 3.257 - - 3.257 3.257
Instrumentos financeiros derivativos
441 441
441 441
Outras obrigações 23 209 23 209
Investimentos 19.114 - (632)
18.483 -
Total do passivo não circulante 10.611 11.089 - - 10.611 11.089
Imobilizado 194.116 205.841 10.070 9.386 204.186 215.227
Intangível 481 482 481 482
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total do ativo não circulante 336.687 328.288 (32.279) (32.279) 304.409 296.009 Capital social 242.153 242.153
242.153 242.153
Reserva de capital - ágio 69.337 69.337
69.337 69.337
Reserva legal 2.949 2.949
2.949 2.949
Reserva de lucros 384 384 (31.995) (31.995) (31.611) (31.611)
Total do patrimônio líquido atribuível aos
acionistas da controladora 314.823 314.823 (31.995) (31.995) 282.828 282.828
Participação dos não controladores
- 29 - 29
Total do patrimônio líquido 314.823 314.852 (31.995) (31.995) 282.828 282.857
TOTAL DO ATIVO 398.600 401.675 (31.995) (31.995) 366.605 369.680
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
398.600 401.675 (31.995) (31.995) 366.605 369.680
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23
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
(Em milhares de reais - R$)
2017 2017
(Saldo original) Reclassificações (Reapresentado)
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
RECEITA LÍQUIDA 143.992 161.331 143.992 161.331
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados (102.402) (115.311) 1.747 353 (100.655) (114.958)
LUCRO BRUTO 41.590 46.020 1.747 353 43.337 46.373
DESPESAS OPERACIONAIS Com vendas (44.843) (50.618) 16.286 19.900 (28.557) (30.718)
Gerais e administrativas (28.982) (30.804) (18.104) (18.846) (47.086) (49.650)
Outras despesas operacionais, líquidas (1.393) (630) - (1.393) (630)
Resultado de equivalência patrimonial (1.567) - 223 (1.344) - RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO (35.195) (36.032) 152 1.407 (35.043) (34.625)
RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 1.609 1.634 1.609 1.634
Despesas financeiras (11.838) (12.472) (11.838) (12.472)
Variações cambiais, líquidas 478 882 478 882
RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO (9.751) (9.956) - - (9.751) (9.956)
PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE
RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (44.946) (45.988) 152 1.407 (44.794) (44.581)
Imposto de renda e contribuição social
- diferidos 19.008 20.048 (4.884) (6.139) 14.124 13.909
(25.938) (25.940) (4.732) (4.732) (30.670) (30.672)
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO
ATRIBUÍVEL AOS (25.938) (30.670)
Acionistas da controladora (2) (2)
Não controladores (25.940) (30.672)
143.992 161.331 143.992 161.331
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24
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
(Em milhares de reais - R$)
2017 2017
(Saldo original) Reclassificações (Reapresentado)
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (25.938) (25.940) (4.732) (4.732) (30.670) (30.672) Outros resultados
abrangentes - - - -
RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO (25.938) (25.940) (4.732) (4.732) (30.670) (30.672)
ATRIBUÍVEL AOS Acionistas da controladora (25.938) (30.670)
Não controladores (2) (2)
(25.940) (30.672)
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25
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E DE 2016
(Em milhares de reais - R$)
Reserva de Reserva de
Atribuível aos Participação Total do
Capital capital - Reserva retenção para Prejuízos acionistas da dos não patrimônio
social ágio legal investimentos acumulados controladora controladores líquido
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (AJUSTADOS) 242.153 69.337 2.949 26.322 - 340.761 31 340.792
Prejuízo do exercício - - - - (25.938) (25.938) (2) (25.940) Absorção de prejuízo do exercício - - - (25.938) 25.938 - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (ORIGINAIS) 242.153 69.337 2.949 384 - 314.823 29 314.852
Retificação de erros do exercício
(4.732) (4.732) - (4.732) Retificação de erros de exercícios anteriores
(27.263) (27.263) - (27.263)
Absorção de prejuízos com reservas (2.949) (384) 3.333
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (REAPRESENTADOS) 242.153 69.337 (28.662) 282.828 29 282.857
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26
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017
Em milhares de reais - R$)
2017 2017 (Saldo original) Reclassificações (Reapresentado)
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Prejuízo do exercício (25.938) (25.940) (4.732) (4.732) (30.670) (30.672)
Ajustes para reconciliar o prejuízo com o
fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais: Depreciações e amortizações 44.837 47.680 71 (1.407) 44.908 46.273
Variação cambial sobre empréstimos,
financiamentos e (474) (486) (474) (486) transações entre partes relacionadas Juros sobre empréstimos, financiamentos e
debêntures 7.369 7.846 7.369 7.846
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 6.612 7.444 6.612 7.444 Provisão para obsolescência de estoques 461 1.591 461 1.591
Provisão para riscos trabalhistas 406 204 406 204
Resultado de equivalência patrimonial 1.567 - (223) 1.344 -
Resultado na venda de ativo imobilizado e intangível 10.228 11.026 10.228 11.026 Perda nas operações com instrumentos financeiros
derivativos 1.573 1.573 1.573 1.573
Imposto de renda e contribuição social diferidos (19.008) (20.048) 4.884 6.139 (14.124) (13.909)
Redução (aumento) dos ativos operacionais: Contas a receber de clientes (8.289) (7.793) (8.289) (7.793) Estoques 1.836 1.571 1.836 1.571
Impostos a recuperar 2.970 (3.194) 2.970 (3.194)
Outros créditos (2.657) 3.289 (2.657) 3.289
Aumento (redução) nos passivos operacionais: Fornecedores 9.322 10.369 9.322 10.369
Impostos a pagar 325 358 325 358
Obrigações trabalhistas e previdenciárias (179) (729) (179) (729)
Outras obrigações (1.460) (1.679) - - (1.460) (1.679)
Caixa gerado pelas atividades operacionais 29.501 33.082 - - 29.501 33.082
Juros pagos (6.521) (6.831) - - (6.521) (6.831)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 22.980 26.251 - - 22.980 26.251
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisições de imobilizado (8.582) (9.415) (8.582) (9.415)
Aquisições de intangível (291) (291) (291) (291)
Outras movimentações de ativo 65 (10) - - 65 (10)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento (8.808) (9.716) - - (8.808) (9.716)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO Aumento de capital - - Captação de empréstimos 7.484 7.484 7.484 7.484
Partes relacionadas (3.057) (711) (3.057) (711)
Amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures (22.934) (30.164) (22.934) (30.164)
Pagamento de obrigações de arrendamento mercantil (7.219) (5.642) - - (7.219) (5.642)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (25.726) (29.033) - - (25.726) (29.033)
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE
CAIXA (11.554) (12.498) - - (11.554) (12.498)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 17.405 18.944 17.405 18.944
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 5.851 6.446 5.851 6.446
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE
CAIXA
(11.554) (12.498) - - (11.554) (12.498)
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27
3. PRINCIPAIS JULGAMENTOS CONTÁBEIS E FONTES DE INCERTEZA NAS ESTIMATIVAS
Na aplicação das práticas contábeis pela Companhia e por sua controlada, descritas na
nota explicativa nº 2, a Administração deve elaborar estimativas a respeito dos valores
contábeis dos ativos e passivos, os quais não são facilmente obtidos de outras fontes. As
estimativas e respectivas premissas estão baseadas na experiência e em outros fatores
considerados relevantes. Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas.
As estimativas e premissas subjacentes são revisadas anualmente. Os efeitos decorrentes
das revisões feitas às estimativas contábeis são reconhecidos no exercício em que as
estimativas são revisadas ou também em exercícios posteriores, caso a revisão venha a
afetar o exercício presente e exercícios futuros.
3.1. Reconhecimento da receita
Do montante registrado como receita de locação pela Companhia e por sua
controlada (vide nota explicativa nº 17), parte refere-se ao serviço prestado no mês
de dezembro do ano corrente, cujo faturamento efetivo ocorreu no mês de janeiro
do ano subsequente. A receita reconhecida e ainda não faturada é registrada
quando a Companhia e a sua controlada cumprem todos os requisitos para o devido
reconhecimento da receita (nota explicativa nº 2.19).
3.2. Imposto de renda, contribuição social e outros impostos
É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos
sobre a renda. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta.
Diferenças entre os resultados reais e os resultantes das premissas adotadas, ou
futuras mudanças nessas premissas, poderiam exigir ajustes futuros à receita e
despesa de impostos já registrados.
A Companhia e sua controlada constituem provisões, com base em estimativas
cabíveis, para possíveis consequências de inspeções por parte das autoridades
fiscais. O valor dessas provisões baseia-se em vários fatores, como experiência de
inspeções fiscais anteriores e interpretações divergentes dos regulamentos
tributários pela Administração e pela autoridade fiscal responsável. Essas diferenças
de interpretação podem surgir em uma ampla variedade de assuntos, dependendo
das condições vigentes no domicílio da Companhia e de sua controlada. Impostos
diferidos ativos e/ou passivos são reconhecidos para todas as diferenças
temporárias e prejuízo fiscal. Julgamento significativo da Administração é requerido
para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com
base em prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros e/ou nas estratégias de
planejamento fiscal futuro.
3.3. Vida útil dos bens do imobilizado
A Administração da Companhia e da sua controlada revisam anualmente a
composição dos bens do ativo imobilizado e intangível e concluiu pela razoabilidade
das atuais vidas úteis estimadas dos bens, que são utilizadas para cálculo da
depreciação nas demonstrações financeiras, não tendo sido registrado nenhum
efeito decorrente de mudanças na vida útil dos bens do ativo imobilizado e
intangível para as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2018.
3.4. Realização dos estoques (obsolescência)
A Companhia e sua controlada mantém a política de considerar a obsolescência de
peças do estoque a partir do 24º mês em que a peça não foi utilizada (nota
explicativa nº 2.8). Essa estimativa é determinada com base no giro histórico das
peças de reposição do estoque.
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28
3.5. Provisão para créditos de liquidação duvidosa
A partir de 1º de janeiro de 2018, a Companhia e sua controlada definiram
metodologia para acompanhar o histórico de movimentação do contas a receber. O
cálculo da provisão para créditos de liquidação duvidosa é definido de acordo com a
velocidade de movimentação do “aging” (rolagem) dos últimos 12 meses. A
provisão é o resultado da inadimplência histórica dos últimos 12 meses aplicado aos
saldos do contas a receber.
3.6. Provisão para eventual premiação
A premiação eventual paga ao pessoal-chave tem como base métricas de
desempenho e indicadores de resultado e se encontra dentro dos parâmetros de
planejamento orçamentário anual e seus resultados. Essa provisão é constituída
mensalmente, sendo recalculada no fim de cada exercício com base na melhor
estimativa com relação ao cumprimento das metas, conforme estabelecido no
processo orçamentário anual.
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Caixa e bancos 3.270 3.044 4.808 3.595
Aplicações financeiras 17.971 2.807 18.139 2.851
Total 21.241 5.851 22.947 6.446
As aplicações financeiras são de curto prazo e alta liquidez, prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa, e não estão sujeitas a significante risco de mudança de
valor, conforme práticas de mercado. Em 2018 e 2017, são representadas
substancialmente por operações compromissadas, registradas ao custo, acrescido dos
rendimentos auferidos até as datas dos balanços, e remuneradas a taxas que variavam
entre 98% (em 2017 85%) e 101% da taxa média do Certificado de Depósito
Interbancário – CDI.
5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Contas a receber de clientes 48.047 45.482 50.849 48.812
Contas a receber de clientes não faturadas 10.168 8.837 11.970 10.009
58.215 54.319 62.819 58.821
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (21.244) (20.067) (23.265) (21.937)
Total 36.971 34.252 39.554 36.884
O prazo médio de recebimento das contas a receber de clientes é de 35 dias em 31 de
dezembro de 2018 (28 dias em 2017), tanto pela controladora quanto pela controlada.
Em virtude da adoção inicial do CPC 48/IFRS 9, a partir de 1º de janeiro de 2018, houve a
substituição do modelo de “perdas incorridas” dos ativos financeiros do IAS 39, por um
modelo de “perdas de crédito esperadas”.
Foi adotada a abordagem simplificada para o cálculo da provisão para créditos de
liquidação duvidosa (PCLD) sobre os recebíveis comerciais, por meio da matriz de
provisão, onde são utilizadas as taxas de inadimplência históricas sobre a vida esperada
do contas a receber.
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29
Nessa abordagem foram definidos os principais conceitos utilizados no cálculo provisão
para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) da Companhia e de sua controlada, são eles:
Cálculo da velocidade de movimento do “aging” (rolagem) dos últimos 12 meses;
São consideradas no cálculo todo o “aging” de faturas emitidas em aberto.
Os vencimentos são como segue:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
A vencer 26.341 21.468 28.674 23.627
Vencidos:
Até 90 dias 10.958 12.138 11.176 12.587
De 91 a 179 dias 1.255 2.451 1.304 2.793
De 180 a 359 dias 1.832 3.962 2.057 4.460
Após 360 dias 17.829 14.300 19.608 15.354
Total 58.215 54.319 62.819 58.821
A movimentação do saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Saldo no início do exercício (20.067) (13.455) (21.937) (14.493)
Complemento da provisão (5.920) (6.717)
Efeito da adoção inicial do CPC 48/IFRS 9 (1.468) (1.780)
Perdas efetivas (692) (727)
Reversão de provisão 291 - 452 -
Saldo no fim do exercício (21.244) (20.067) (23.265) (21.937)
6. ESTOQUES
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Máquinas para revenda 573 22 576 101
Peças de reposição 13.622 13.549 19.698 19.442
Provisão para obsolescência (2.119) (2.504) (3.529) (3.836)
Total 12.076 11.067 16.745 15.707
A movimentação do saldo de provisão para obsolescência é como segue:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Saldo no início do exercício (2.504) (2.043) (3.836) (2.245)
Complementos (221) (628) (427) (1.748)
Reversão 606 167 734 157
Saldo no fim do exercício (2.119) (2.504) (3.529) (3.836)
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30
7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
A Companhia contrata, em determinadas situações, instrumentos financeiros derivativos para administrar sua exposição ao risco
relacionado à taxa de câmbio e à taxa de juros Libor.
Valor de
referência
em 2018
Direito de a Companhia
receber (ponta ativa)
Obrigação da
Companhia
(ponta passiva) Vencimento
Ponta
ativa
Ponta
passiva
“Swap” ativo
(passivo)
em 2018
“Swap”
ativo em
2017
Santander – 653067 - Libor 6 meses + 1,9% a.a. 255% da TJLP (*) 13/03/2018 - - - 169 Santander – 656365 - Libor 6 meses + 1,9% a.a. 255% da TJLP (*) 23/04/2018 - - - 146 Santander – 656376 - Libor 6 meses + 1,9% a.a. 255% da TJLP (*) 23/04/2018 - - - 124 Santander – 667230 366 Variação cambial + 4,89% a.a. 282% da TJLP (*) 01/02/2019 653 399 254 441
Banco do Brasil – 02820438 8.678 Variação cambial + 7,75% a.a. 100% CDI+3,63% 13/08/2021 8.823 9.371 (548) -
Total 9.044 9.476 9.770 (294) 880
Circulante (294) 439 Não circulante 441
(*) TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
31
8. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS
Controladora
2017
Reconhecido
no resultado 2018
Prejuízo fiscal e base negativa 71.426 7.017 78.443
Ágio 20.535 (10.664) 9.871
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro (21.531) 4.609 (16.922)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 6.823 400 7.223
Instrumentos financeiros derivativos (299) 399 100
Provisão para obsolescência 852 (131) 720
Provisão de gratificações 204 1.829 2.033
Provisão para riscos trabalhistas e cíveis 805 589 1.394
Outras diferenças temporárias (1.426) 1.970 544
(14.572) 9.665 (4.907)
Imposto de renda diferido 77.389 6.018 83.407
Controladora
2016
Reconhecido
no resultado 2017
Prejuízo fiscal e base negativa 56.044 15.382 71.426
Ágio 33.070 (12.535) 20.535
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro (25.864) 4.334 (21.531)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.575 2.248 6.823
Instrumentos financeiros derivativos (829) 529 (299)
Provisão para obsolescência 695 157 852
Provisão de gratificações 421 (217) 204
Provisão para riscos trabalhistas e fiscais 667 138 805
Variação cambial diferida (2.476) 2.476 -
Outras diferenças temporárias (3.038)) 1.612 (1.426)
(25.849) 11.277 (14.572)
Imposto de renda diferido 63.265 14.124 77.389
Consolidado
2017
Reconhecido
no resultado 2018
Prejuízo fiscal e base negativa 71.731 7.052 78.782
Ágio 20.535 (10.664) 9.871
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro passivo (21.531) 4.609 (16.922)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7.459 451 7.910
Instrumentos financeiros derivativos (299) 399 100
Provisão para obsolescência 1.304 (105) 1.200
Provisão de gratificações 204 1.870 2.075
Provisão para riscos trabalhistas e cíveis 904 586 1.490
Outras diferenças temporárias (829) 1.296 467
(12.787) 9.106 (3.680)
Imposto de renda diferido 79.479 5.494 84.973
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
32
Consolidado
2016
Reconhecido
no resultado 2017
Prejuízo fiscal e base negativa 55.645 16.086 71.731
Ágio 33.070 (12.535) 20.535
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro passivo (25.864) 4.334 (21.531)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.928 2.531 7.459
Instrumentos financeiros derivativos (829) 529 (299)
Provisão para obsolescência 695 609 1.304
Provisão de gratificações 547 (343) 204
Provisão para riscos trabalhistas e fiscais 835 69 904
Variação cambial diferida (2.656) 2.656 -
Outras diferenças temporárias (801) (27) (828)
(23.145) 10.358 (12.787)
Imposto de renda diferido 65.570 13.909 79.479
Com base na estimativa de geração de resultados tributáveis futuros da Companhia e de
sua controlada, a recuperação projetada do saldo dos impostos diferidos é a seguinte:
Controladora Consolidado
Exercício:
2019 1.596 1.629
2020 5.511 5.624
2021 9.116 9.304
2022 10.881 11.105
2023 a 2026 56.303 57.311
Total 83.407 84.973
9. INVESTIMENTOS
Participação e
capital votante
detidos
Nome País Negócio 2018 2017
Sullair do Brasil Ltda. Brasil Locação de máquinas e equipamentos 99,84% 99,84%
A movimentação do investimento na controlada, apresentado nas demonstrações
financeiras, é como segue:
Saldo em 31 de dezembro de 2016 19.827
Resultado de equivalência patrimonial (1.344)
Saldo em 31 de dezembro de 2017 18.483
Efeito da adoção inicial do CPC 48/IFRS 9 em controlada (312)
Outras movimentações 76
Resultado de equivalência patrimonial (65)
Saldo em 31 de dezembro de 2018 18.182
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
33
Os dados dos investimentos e as informações financeiras para cálculo de equivalência
patrimonial da controlada são:
2018 2017
Ativos 24.487 24.616
Passivos 6.276 6.103
Patrimônio líquido 18.211 18.513
Receita líquida 15.885 17.339
Prejuízo do exercício (65) (1.344)
10. IMOBILIZADO
Controladora
2018 2017
Taxa anual de depreciação - % Custo
Depreciação acumulada Líquido Líquido
Equipamentos - locação De 7,8 a 19,8 398.146 (241.871) 156.275 196.676 Benfeitorias em propriedades de
terceiros (*) 6.890
(4.014) 2.876 3.959 Máquinas e equipamentos 10 2.433 (1.251) 1.182 1.063 Móveis e utensílios 10 2.834 (1.922) 912 1.029 Equipamentos de processamento
de dados 20 1.927
(1.154) 773 1.108
Veículos 20 458 (458) - -
Bens de uso próprio a imobilizar - 7.784 - 7.784 351
Total 420.472 (250.670) 169.802 204.186
Consolidado
2018 2017
Taxa anual de depreciação - % Custo
Depreciação acumulada Líquido Líquido
Equipamentos - locação De 7,8 a 19,8 424.912 (259.352) 165.560 207.484 Benfeitorias em propriedades
de terceiros (*) 7.083
(4.176) 2.907 3.992 Máquinas e equipamentos 10 2.884 (1.582) 1.302 1.215 Móveis e utensílios 10 2.948 (2.013) 935 1.041 Equipamentos de processamento
de dados 20 2.008
(1.234) 774 1.111 Veículos 20 896 (877) 19 26
Bens de uso próprio a imobilizar 7.784 - 7.784 358
Total 448.515 (269.234) 179.281 215.227
(*) De acordo com o prazo do contrato de locação.
Os equipamentos de locação referem-se às plataformas aéreas de trabalho (JLG, Genie e
Skyjack), geradores de energia (Cummins), manipuladores telescópicos (Sky Trak e
Haullote), compressores de ar (Sullair) e torres de iluminação (Amida).
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
34
Movimentação do custo - Controladora
Saldo em
2017 Adições Baixas
Transferências
(*)
Saldo em
2018 Equipamentos - locação 418.410 1.274 (24.009) 2.471 398.146 Benfeitorias em propriedades de
terceiros 6.971 55 (155) 19 6.890 Máquinas e equipamentos 2.089 243 (5) 106 2.433 Móveis e utensílios 2.748 53 (25) 58 2.834
Equipamentos de processamento de dados 3.087 146 (1.093) (213) 1.927
Veículos 495 - (37) - 458
Bens de uso próprio a imobilizar 351 8.795 (165) (1.197) 7.784
Total 434.151 10.566 (25.488) 1.244 420.472
Saldo em
2016 Adições Baixas
Reprocessamento.
(**)
Transferências
(*)
Saldo em
2017 Equipamentos -
locação 454.016 7.690 (47.886) (285) 4.875 418.410 Benfeitorias em
propriedades de terceiros 7.858 499 (1.547) 161 6.971
Máquinas e equipamentos 2.040 87 (38) 2.089
Móveis e utensílios 2.654 100 (6) 2.748 Equipamentos de
processamento de dados 3.934 206 (16) (1.037) 3.087
Veículos 746 - (251) 495 Bens de uso próprio
a imobilizar 351 - - 351
Total 471.599 8.582 (49.744) (124) (3.838) 434.151
Movimentação da depreciação acumulada - Controladora
Saldo em
2017 Adições Baixas
Transferências
(*)
Saldo em
2018 Equipamentos - locação (221.734) (38.294) 19.433 (1.277) (241.871) Benfeitorias em propriedades de terceiros (3.012) (1.014) 12 - (4.014) Máquinas e equipamentos (1.026) (213) - (13) (1.251) Móveis e utensílios (1.719) (225) 22 - (1.922) Equipamentos de processamento de dados (1.979) (312) 1.091 46 (1.154)
Veículos (495) - 37 (458)
Total (229.965) (40.058) 20.595 (1.244) (250.670)
Saldo em
2016 Adições Baixas
Reprocessamento
(**)
Transferências
(*)
Saldo em
2017 Equipamentos -
locação (222.419) (38.630) 34.049 10.141 (4.875) (221.734) Benfeitorias em
propriedades de terceiros (3.367) (607) 838 124 - (3.012)
Máquinas e equipamentos (881) (182) 37 (1.026)
Móveis e utensílios (1.496) (223) - - (1.719) Equipamentos de
processamento de dados (2.452) (264) 4 733 (1.979)
Veículos (734) (6) 245 - (495)
Total (231.349) (39.912) 35.173 10.265 (4.142) (229.965)
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
35
Movimentação do custo – Consolidado
Saldo em
2017 Adições Baixas Transferências (*)
Saldo em
2018 Equipamentos - locação 446.712 1.341 (25.611) 2.471 424.902 Benfeitorias em propriedades de
terceiros 7.164 55 (155) 19 7.083 Máquinas e equipamentos 2.540 243 (5) 106 2.884 Móveis e utensílios 2.847 66 (25) 60 2.948
Equipamentos de processamento de dados 3.164 146 (1.093) (209) 2.008
Veículos 933 - (37) - 896
Bens de uso próprio a imobilizar 358 8.795 (165) (1.204) 7.784
Total 463.718 10.646 (27.090) 1.244 448.515
Saldo em
2016 Adições Baixas
Reprocessamento
(**)
Transferências
(*)
Saldo em
2017 Equipamentos -
locação 485.656 8.491 (53.178) 512 5.231 446.712 Benfeitorias em
propriedades de terceiros 8.043 507 (1.547) 161 7.164
Máquinas e equipamentos 2.858 106 (68) (356) 2.540
Móveis e utensílios 2.749 104 (6) 2.847 Equipamentos de
processamento de dados 4.020 206 (25) (1.037) 3.164
Veículos 1.184 - (251) 933 Bens de uso próprio a
imobilizar 357 1 358
Total 504.867 9.415 (55.075) 673 (3.838) 463.718
Movimentação da depreciação acumulada – Consolidado
Saldo em 2017 Adições Baixas
Reprocessamento (**)
Transferências (*)
Saldo em 2018
Equipamentos - locação (239.228) (39.209) 20.361 - (1.277) (259.352) Benfeitorias em
propriedades de terceiros (3.172) (1.016) 12 - - (4.176)
Máquinas e equipamentos (1.325) (245) - - (13) (1.582) Móveis e utensílios (1.806) (229) 22 - - (2.013) Equipamentos de
processamento de
dados (2.053) (318) 1.091 - 46 (1.234)
Veículos (907) (6) 37 - - (877)
Total (248.491) (41.024) 21.524 (1.244) (269.234)
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
36
Saldo em 2016 Adições Baixas
Reprocessamento (**)
Transferências (*)
Saldo em 2017
Equipamentos - locação (240.178) (39.912) 38.106 7.631 (4.875) (239.228) Benfeitorias em
propriedades de
terceiros (3.526) (607) 837 124 (3.172) Máquinas e equipamentos (1.143) (215) 33 (1.325) Móveis e utensílios (1.579) (227) - (1.806) Equipamentos de
processamento de dados (2.559) (231) 4 733 (2.053)
Veículos (1.072) (81) 246 (907)
Total (250.057) (41.273) 39.226 7.755 (4.142) (248.491)
(*) Referem-se aos itens transferidos do ativo imobilizado para o intangível.
(**) Reprocessamento da depreciação de equipamentos, conforme descrito na nota explicativa 2.2.
Informações adicionais sobre o ativo imobilizado
A Companhia possui bens, cujo montante líquido é R$38.368 (R$21.248 em 2017),
cedidos em garantia na operação de financiamento da compra do próprio ativo. A
Companhia e sua controlada não possuem bens cedidos nem arrolados em defesa de
processos judiciais.
11. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Empréstimos, financiamentos bancários e
contas garantidas (a) 4.980 12.799 4.980 12.799
Financiamentos em moeda estrangeira (b) 8.960 3.146 8.960 3.146
Arrendamento mercantil financeiro (c) 4.240 4.256 4.240 4.256
Total 18.180 20.201 18.180 20.201
Circulante 6.356 15.238 6.356 15.238
Não circulante 11.824 4.963 11.824 4.963
(a) Empréstimos, financiamentos bancários e contas garantidas:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Moeda nacional (capital de giro) 4.980 12.799 4.980 12.799
Circulante 1.443 9.510 1.443 9.510
Não circulante 3.537 3.289 3.537 3.289
Referem-se a empréstimos e financiamentos de capital de giro com juros
remuneratórios correspondentes juros prefixados de 16,5% a.a. e 100% do CDI,
acrescido de uma taxa média de “spread” de 5,2% a.m. e vencimentos variados,
sendo o último em 2021.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
37
Composição dos empréstimos e financiamentos bancários por vencimento
Controladora e Consolidado
Até
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a
90 dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Acima de
360 dias Total
Total 170 54 51 382 779 3.544 4.980
(b) Financiamentos em moeda estrangeira (US$) (valores convertidos para moeda local):
Controladora e Consolidado
2018 2017
Financiamentos bancários 8.342 1.503
Financiamento com terceiros 618 1.643
Total 8.960 3.146
Circulante 3.397 2.588
Não circulante 5.563 558
Os financiamentos com terceiros (não bancos) referem-se a obrigações contratadas
diretamente com alguns dos principais fornecedores da Companhia e possuem taxa
média anual de 4,89% em 31 de dezembro de 2018 e 2017. Os financiamentos
possuem vencimentos variados, sendo o último em 2019. Esses financiamentos são
garantidos por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados.
Composição dos financiamentos com terceiros por vencimento
Controladora e Consolidado
Até 30 dias
De 31 a 60 dias
De 61 a 90 dias
De 91 a 180 dias
De 181 a 360 dias
Acima de 360 dias Total
Moeda estrangeira 618 1543 - - 1.357 5.442 8.960
(c) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro:
São garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados. Os contratos
são remunerados por 100% do CDI, acrescido de juros pré-fixados de até 5,15% a.a.
Controladora e
Consolidado
2018 2017
Obrigações brutas de arrendamento financeiro e pagamentos
mínimos de arrendamento:
Menos de um ano 1.621 3.813
Mais de um ano e menos de cinco anos 3.317 1.540
4.938 5.353
Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos
financeiros (698) (1.097)
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro 4.240 4.256
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro:
Menos de um ano 1.516 3.140
Mais de um ano e menos de cinco anos 2.724 1.116
Total 4.240 4.256
Os contratos de empréstimos da Companhia não possuem cláusulas restritivas com
base em indicadores financeiros.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
38
12. DEBÊNTURES
Em 20 de março de 2014, foi aprovada a primeira emissão de um total de 8.000
debêntures simples, não conversíveis em ações, nominativas, em série única da espécie
quirografária no montante de R$80.000, e valor nominal unitário de R$10,00. As
debêntures têm vencimento final em 20 de março de 2019 e remuneração de fator DI
mais 2,4% a.a. de “spread”, com pagamentos mensais de juros e amortização em 49
parcelas mensais e contínuas, sendo o primeiro vencimento em 20 de março de 2015.
Em 3 de junho de 2017, foi aprovado pelos Debenturistas o primeiro aditamento do
Instrumento Particular de Escritura de Debêntures, que contempla as seguintes principais
alterações:
a) Alteração da data de vencimento inicial das debêntures, de 20 de março de 2019 para
20 de março de 2020.
b) Alteração da data de amortização das debêntures e os percentuais de amortização, de
forma a conceder um prazo de carência de nove meses no pagamento do saldo, ou
seja, as parcelas de amortização do principal de 20 de junho de 2017 a 20 de janeiro
de 2018, passam a ser devidas a partir de 20 de fevereiro de 2018.
c) Alteração do spread de 2,40% para 4,50%, a partir de 20 de junho de 2017.
d) Alteração do percentual de prêmio aplicável ao resgate antecipado total e amortização
extraordinária facultativa das debêntures.
Em 14 de março de 2018, foi aprovado pelos Debenturistas o segundo aditamento do
Instrumento Particular de Escritura de Debêntures, que contempla as seguintes principais
alterações:
a) Alteração da data de vencimento das debêntures, que passará de 20 de março de 2020
para 20 de fevereiro de 2021.
b) Alteração da amortização do valor nominal unitário das debêntures, que começou a ser
amortizado em 20 de março de 2015, e terá um total de 63 parcelas mensais, com
último vencimento em 20 de fevereiro de 2021.
c) “Waiver” dos debenturistas referente a antecipação do vencimento das debêntures no
exercício de 2017, pelo fato da Companhia ter apresentado índice obtido da divisão da
Dívida Líquida pelo EBITDA maior a 2,5.
d) O índice obtido da divisão da Dívida Liquida pelo EBITDA não deverá ser maior ou igual
a 3,0 no exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2018 e não deverá ser
maior ou igual a 2,5 no exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2019
(inclusive), até a data de vencimento.
e) Alteração do spread de 4,50% para 4,00%, a partir de 21 de março de 2018 até a data
de vencimento.
f) Alteração do percentual de prêmio aplicável ao resgate antecipado total e amortização
extraordinária facultativa das debêntures.
Controladora e Consolidado
2016 Provisão de juros
Pagamento de juros
Pagamento do principal 2017
Provisão de juros
Pagamento de juros
Pagamento do principal 2018
44.321 4.891 (5.034) (8.164) 36.014 3.547 (3.563) (3.435) 32.563
19.831 36.014 18.118 24.490 - 14.445
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
39
O presente contrato tem a seguinte cláusula restritiva:
“O descumprimento pela Emissora (Companhia) da manutenção do índice financeiro no
limite abaixo estabelecido nas datas de sua respectiva apuração anual, observado que a
primeira verificação será feita com base nas demonstrações financeiras consolidadas
referentes ao exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2018 (“Índice
Financeiro”):
O índice obtido da divisão da Dívida Liquida pelo EBITDA não deverá ser maior ou igual a
3,0 (três inteiros) no exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2018 e não
deverá ser maior ou igual a 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) no exercício social a se
encerrar em 31 de dezembro de 2019 (inclusive), até a data de vencimento.”
O descumprimento da cláusula restritiva acarretará a antecipação do vencimento,
tornando este imediato.
Em 31 de dezembro de 2018, a dívida líquida da Companhia totalizou R$ 28.089
(R$48.889 em 2017), sendo o total de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization - EBITDA” de R$ 32.376 (R$4.935 em 2017), gerando um índice financeiro
(dívida líquida / EBITDA) de 0,87 (9,9 em 2017). Desta forma, para o exercício findo em
31 de dezembro de 2018 a Companhia atingiu as cláusulas restritivas as quais estava
sujeita.
13. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A PAGAR
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Impostos a recuperar:
Imposto de renda a compensar 920 2.626 3.941 4.755 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL a compensar 263 427 916 817 Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS a recuperar 2.578 3.711 2.578 3.793
Outros 77 180 678 638
Total 3.838 6.944 8.113 10.003
Circulante 3.838 6.944 8.113 9.719 Não circulante - - - -
Impostos a pagar: PIS e COFINS 812 276 836 278 PIS e COFINS diferidos 1.939 3.257 1.939 3.257
Outros Impostos a recolher 573 203 654 353
Total 3.324 3.736 3.429 3.888
Circulante 1.385 479 1.490 631 Não circulante 1.939 3.257 1.939 3.257
A Companhia adquire máquinas e equipamentos para sua operação por meio de
arrendamento financeiro (nota explicativa nº 11). Nesse contexto, a Companhia obtém
crédito de PIS e COFINS quando realiza o pagamento das parcelas dos arrendamentos
financeiros.
Para as demais máquinas e equipamentos adquiridos (não arrendamento financeiro), até
2014 os créditos eram reconhecidos de acordo com a depreciação incorrida no mês,
considerando a vida útil dos ativos de dez anos. A partir de 2015, a apropriação dos
créditos passou a ser calculada no prazo de quatro anos sobre o valor correspondente à
proporção de 1/48 mensais do custo original do bem. A partir de 2017, a apropriação dos
créditos começou a ser integral, no momento da aquisição.
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40
14. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Provisão de férias 3.073 3.021 3.284 3.328
Provisão de gratificações 5.980 601 6.102 601
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS a recolher 939 1.018 1.033 1.120
Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF sobre
salários 370 398 392 426
Outros 41 230 42 236
Total 10.403 5.268 10.853 5.711
15. PROVISÃO PARA RISCOS CÍVEIS E TRABALHISTAS
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Cível 606 - 606 -
Trabalhistas (a) 3.494 2.368 3.777 2.660
4.100 2.368 4.383 2.660
(a) Referem-se, basicamente, a ações ingressadas por ex-funcionários relativas a
pagamento de direitos trabalhistas (verbas rescisórias, desvio de função, horas
extras, multa de FGTS e adicionais de periculosidade e insalubridade), equiparação
salarial, danos morais e materiais, indenizações e responsabilidade subsidiária, assim
como a recolhimentos por impacto das diferenças de acordos coletivos.
Movimentação durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018
Controladora
Reversões/ 2017 Complementos pagamentos 2018
Cível 611 (5) 606
Trabalhistas 2.368 3.821 (2.695) 3.494
2.368 4.432 (2.700) 4.100
Consolidado
Reversões/ 2017 Complementos pagamentos 2018
Cível 611 (5) 606
Trabalhistas 2.660 4.009 (2.892) 3.777
2.660 4.620 (2.897) 4.383
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41
Processos com classificação de perda possível
Os processos considerados como perda possível pela Administração da Companhia e de
sua controlada, consubstanciados pelos assessores jurídicos internos e externos, não são
provisionados nas demonstrações financeiras e têm a seguinte composição:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Trabalhistas (a) 1.805 2.065 7.253 6.192
Fiscais (b) 6.707 2.660 190.782 174.788
Cíveis 2.704 2.786 72
Total 11.216 4.725 200.821 181.052
(a) Referem-se, basicamente, a outras ações propostas por aviso prévio, 13º salário,
férias, adicionais de periculosidade e insalubridade, FGTS, reintegração, indenização
por danos materiais, morais e estéticos e anotação da Carteira de Trabalho e
Previdência Social - CTPS.
(b) Em setembro de 2016, a controlada Sullair recebeu um Auto de Infração de ICMS -
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços lavrado no montante aproximado
de R$59 mil de principal que perfaz um total de cerca de R$183 mil acrescido de
multa e juros. Resumidamente, esta autuação questiona o recolhimento do imposto
ICMS principalmente sobre a movimentação de ativos de locação durante os
exercícios de 2012 e 2013. Os demais processos se referem, basicamente, a
execução de créditos tributários referentes a dívida ativa, compensações de INSS
sobre verbas de natureza indenizatórias e a embargos opostos à execução fiscal,
ajuizada pela União, para a cobrança de diferenças de COFINS e de créditos
tributários decorrentes do aumento da alíquota de 1% para 3% da COFINS.
Em 31 de dezembro de 2018 existem depósitos judiciais trabalhistas registrados no ativo
não circulante nos montantes de R$185 na controladora (R$372 em 2017) e R$195 no
consolidado (R$380 em 2017), os quais estão vinculados às provisões constituídas nesses
exercícios.
16. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
16.1. Capital social
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o capital social subscrito e integralizado era de
R$242.153, dividido em 154.346.537 ações ordinárias, sem valor nominal.
2018 e 2017
Acionista Capital
Ações
(000) %
SCG III Holding S.A. 164.150 104.628 67,79
Sullair Argentina S.A. (*) 70.350 44.840 29,05
Ricardo Vantini 7.653 4.878 3,16
Total 242.153 154.346 100,00
(*) Entidade domiciliada na cidade de Buenos Aires, Argentina, e com capital
estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil - BACEN.
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42
16.2. Destinação do lucro líquido do exercício
O estatuto social da Companhia prevê o pagamento de dividendos mínimos de 1%
calculados sobre o lucro líquido do exercício ajustado na forma da Lei das
Sociedades por Ações.
A reserva de lucros para investimentos é constituída com base nos lucros
remanescentes após as destinações de reserva legal e de dividendos mínimos
obrigatórios e é submetida à aprovação em Assembleia Geral a ocorrer em exercício
subsequente à emissão das demonstrações financeiras.
16.3. Reserva de capital - ágio
Conforme mencionado na nota explicativa nº 1, em 19 de junho de 2014, a
Companhia realizou a incorporação reversa da sua então controladora SCG IIIA, que
resultou no registro de impostos diferidos, no montante de R$69.337, naquela data.
Por tratar-se de uma transação decorrente da incorporação de controladora com os
acionistas existentes naquela data, em contrapartida ao registro do imposto de
renda diferido, também foi registrada reserva de capital no patrimônio líquido.
16.4. Prejuízo básico e diluído por ação
Em conformidade com o pronunciamento técnico CPC 41 - Resultado por Ação, a
tabela a seguir reconcilia o lucro líquido aos montantes usados para calcular o lucro
líquido básico e diluído por ação:
2018 2017
Prejuízo líquido do exercício (9.245) (30.672)
Média ponderada das ações ordinária em circulação 154.346 154.346
Prejuízo básico e diluído por ação – R$ (0,0599) (0,1987)
17. RECEITA LÍQUIDA
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Aluguel de equipamentos 133.591 120.453 146.333 133.191
Vendas de máquinas novas e peças 7.381 12.973 12.655 19.683
Vendas de usados 14.855 14.757 15.106 15.205
Serviços 22.860 16.136 23.443 16.762
178.687 164.319 197.537 184.841
Impostos sobre receitas
COFINS (11.894) (10.675) (13.181) (12.138)
PIS (2.570) (2.318) (2.851) (2.635)
ICMS (2.320) (1.114) (3.170) (1.878)
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e
Imposto Sobre Serviços - ISS (388) (184) (661) (459)
Total (17.172) (14.291) (19.863) (17.110)
Descontos e abatimentos (6.676) (6.032) (6.950) (6.400)
Receita líquida 154.839 143.992 170.724 161.331
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43
18. CUSTO E DESPESA POR NATUREZA
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Peças e equipamentos (21.296) (28.308) (26.195) (35.143)
Baixa de ativo destinado à locação (3.977) (9.791) (4.254) (10.306)
Depreciação e amortização (40.239) (44.908) (41.208) (46.274) Crédito de PIS/COFINS sobre ativo imobilizado 1.625 1.187 1.625 1.187 Aluguel de equipamentos e ferramentas e
manutenção e reparo (12.176) (4.824) (13.894) (6.414)
Salários e benefícios a empregados (50.983) (46.207) (55.671) (50.979)
Fretes e carretos (8.699) (13.237) (9.287) (13.902)
Serviços de terceiros (9.533) (8.907) (10.268) (9.851)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1.955) (7.603) (1.887) (8.472)
Material de consumo (3.280) (9.117) (3.690) (10.309)
Viagens e representações (4.537) (4.734) (5.082) (5.273)
Comunicação (1.386) (1.011) (1.388) (1.024)
Outras (6.165) (231) (6.732) 804
Total (162.601) (177.691) (177.931) (195.956)
Classificadas como:
Custo dos produtos vendidos e serviços
prestados (91.675) (100.655) (102.980) (114.958)
Despesas com vendas (18.542) (28.557) (20.024) (30.718)
Despesas gerais e administrativas (51.615) (47.086) (53.588) (49.650)
Outras despesas operacionais, líquidas (769) (1.393) (1.339) (630)
Total (162.601) (177.691) (177.931) (195.956)
19. RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Despesas financeiras:
Juros sobre empréstimos e financiamentos (6.901) (7.369) (6.901) (7.846) Perdas nas operações com instrumentos
financeiros derivativos (1.174) (1.901) (1.174) (1.901)
Outras despesas financeiras (1.569) (2.568) (2.122) (2.725)
(9.644) (11.838) (10.197) (12.472)
Receitas financeiras: Receitas de juros 2.625 1.281 3.282 1.306 Ganho nas operações com instrumentos
financeiros derivativos - 328 - 328
Outras receitas financeiras 71 - - -
2.696 1.609 3.282 1.634
Variações monetárias e cambiais, líquidas: Variação monetária ativa - 396
Resultado de variação cambial (487) 478 (617) 486
(487) 478 (617) 882
Total (7.435) (9.751) (7.532) (9.956)
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44
20. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Conciliação de imposto de renda e contribuição social
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social (15.262) (44.794) (14.739) (44.581)
Alíquota nominal - % 34 34 34 34
Imposto de renda e contribuição social à alíquota nominal 5.189 15.230 5.011 15.158 Resultado de equivalência patrimonial (22) (457) - - Crédito fiscal constituído sobre prejuízo fiscal e base
negativa 7.805 15.320 7.839 15.298
Benefício fiscal de ágio (11.451) (12.473) (11.451) (12.473) Variação cambial diferida 2.476 - 595 Instrumentos derivativos 399 632 399 632
Outras adições (exclusões), líquidas 4.099 (6.604) 3.696 (5.301)
6.018 14.124 5.494 13.909
De acordo com a legislação fiscal vigente, os registros contábeis e fiscais do imposto de
renda e da contribuição social dos últimos cinco exercícios encontram-se abertos para
eventual fiscalização por parte das autoridades fiscais. Outros impostos e contribuições
sociais permanecem sujeitos à revisão e aprovação pelos órgãos competentes por períodos
variáveis de tempo.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018, não houve pagamentos de imposto
de renda e contribuição social.
21. PARTES RELACIONADAS
21.1. Saldos patrimoniais
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
ATIVO
Não circulante-
Conta-corrente:
Sullair do Brasil Ltda. 3.071 3.057 - -
3.071 3.057 - -
Total do ativo 3.071 3.057 - -
21.2. Transações comerciais e empréstimos
Controladora
Custos e
despesas
Receita de
“intercompany”
2018 2017 2018 2017
Sullair do Brasil Ltda. - 8 - -
Total - 8 - -
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
45
21.3. Remuneração do pessoal-chave da Administração
A remuneração paga ao pessoal-chave da Administração inclui salários e
bonificações, totalizando R$2.185 na controladora e no consolidado em 31 de
dezembro de 2018 (R$2.427 na controladora e no consolidado em 31 de dezembro
de 2017), os quais foram apropriados ao resultado na rubrica “Salários e benefícios
a empregados”.
22. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
22.1. Fatores de risco financeiro
As atividades da Companhia e de sua controlada as expõem a diversos riscos
financeiros, incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros, risco de crédito e risco
de liquidez. A Administração concentra-se na busca por instrumentos de gestão para
minimizar potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro. A gestão de
risco é realizada segundo as políticas aprovadas por seus acionistas. A Companhia e
sua controlada usam instrumentos financeiros derivativos para proteger suas
exposições a certos riscos expostos.
a) Risco cambial
A Companhia e sua controlada estão expostas ao risco cambial decorrente de
exposições ao dólar norte-americano (US$) e ao Euro (€). O risco cambial
decorre basicamente de passivos para aquisição de imobilizado, líquidos dos
efeitos de variação cambial e contas a receber de mercado externo.
(Valores convertidos para moeda local – R$)
Cenário provável
Controladora e Consolidado
US$ €
Taxa de conversão 3,87 4,44
Saldos totais indexados em moeda estrangeira: Contas a receber mercado externo 3.637 795
Empréstimos e financiamentos (8.960) -
(5.323) 795
Taxa de conversão estimada real/dólar norte-americano (R$/US$) em 2019 (*) 3,30 3,30
Efeito no resultado e no patrimônio líquido em 2018 - variação estimada no resultado financeiro em reais (R$) 240 (2)
(*) Taxa final anual estimada obtida do Banco Central do Brasil - BACEN.
b) Risco de taxa de juros
A Companhia e sua controlada têm passivos significativos em que incidem juros
substancialmente atrelados a taxas prefixadas. O risco de taxa de juros decorre
de empréstimos e arrendamentos mercantis financeiros de longo prazo. A
Companhia e sua controlada analisam sua exposição à taxa de juros com base
na simulação de cenários, levando em consideração, principalmente, mudanças
das taxas praticadas. A simulação é feita quando há necessidade de um novo
empréstimo ou arrendamento mercantil financeiro.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
46
Foi simulada a exposição de taxas de juros para a carteira de aplicações
financeiras e empréstimos e financiamentos expostos à variação de taxas de
juros - CDI para 31 de dezembro de 2018 conforme segue:
Cenário provável - CDI
Controladora Consolidado
Aplicações financeiras:
Taxa efetiva em 31 de dezembro de 2018 6,50% 6,50% Saldo de aplicações financeiras indexadas em CDI 17.971 18.140
Taxa anual estimada da taxa CDI em 31 de dezembro de 2019 (*) 6,50% 6,50%
Efeito no resultado e no patrimônio líquido em 2017 - variação estimada no resultado financeiro - -
Empréstimos e financiamentos:
Taxa efetiva em 31 de dezembro de 2018 6,50% 6,50% Saldo de empréstimos e financiamentos indexados em
CDI 4.981 4.981 Taxa anual estimada da taxa CDI em
31 de dezembro de 2019 (*) 6,50% 6,50% Efeito no resultado e no patrimônio líquido em 2019 -
variação estimada no resultado financeiro - -
(*) Taxa anual estimada obtida do BACEN.
c) Risco de crédito
O risco de crédito ao qual a Companhia e controlada estão sujeitas divide-se em
dois grupos: (i) crédito bancário; e (ii) crédito a clientes.
No que concerne ao risco de crédito bancário, com base nas sobras de caixa, a
Administração determina os limites de crédito de aplicação para cada banco,
mantendo aplicações somente nos bancos considerados pela Administração de
primeira linha, nacionais ou estrangeiros.
Em relação ao risco de clientes, a Companhia e sua controlada, por meio de
controles internos, monitoram permanentemente o nível das contas a receber, o
que mitiga o risco de contas inadimplentes. Adicionalmente, antes da aceitação
de cada cliente, é efetuada uma análise de risco, com base no relacionamento
histórico e em seus demonstrativos financeiros.
d) Risco de liquidez
É o risco de a Companhia e sua controlada encontrarem dificuldades em cumprir
as obrigações associadas aos seus passivos financeiros que são liquidados com
pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A Companhia e sua controlada
procuram sempre garantir ao máximo liquidez suficiente para cumprir suas
obrigações, sob condições normais e de estresse, sem causar perdas inaceitáveis
ou com risco de prejudicar sua reputação.
O Departamento de Tesouraria da Companhia e de sua controlada monitora as
previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia e de sua
controlada para assegurar que tenha caixa suficiente para atender às
necessidades operacionais. Também mantém espaço suficiente em suas linhas
de crédito compromissadas disponíveis a qualquer momento.
A tabela a seguir analisa os principais passivos financeiros por faixas de
vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial
até o vencimento contratual, quando a Companhia e sua controlada esperam
realizar sua liquidação.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
47
Controladora
Menos de um 1 ano
Entre 1 e 2 anos
Entre 2 e 5 anos Total
Em 31 de dezembro de 2018:
Debêntures 18.117 10.509 3.936 32.562 Empréstimos e financiamentos:
Bancários, contas garantidas e financiamentos em moeda estrangeira 4.954 4.465 4.521 13.940
Arrendamento mercantil financeiro 1.439 1.056 1.745 4.240
Fornecedores 14.056 14.056
Total 38.566 16.030 10.202 64.798
Consolidado
Menos de um 1 ano
Entre 1 e 2 anos
Entre 2 e 5 anos Total
Em 31 de dezembro de 2018:
Debêntures 18.117 10.509 3.936 32.562 Empréstimos e financiamentos:
Bancários, contas garantidas e financiamentos em moeda estrangeira 4.954 4.465 4.521 13.940
Arrendamento mercantil financeiro 1.439 1.056 1.745 4.240
Fornecedores 15.549 - - 15.549
Total 40.059 16.030 10.202 66.291
22.2. Categorias de instrumentos financeiros
A Administração da Companhia e de sua controlada acredita que os valores
contábeis dos instrumentos financeiros não são significativamente diferentes dos
seus respectivos valores justos, considerando-se que as taxas de juros desses
instrumentos não são significativamente diferentes das taxas de mercado.
Adicionalmente, os montantes de contas a receber de clientes e fornecedores destas
demonstrações financeiras não diferem significativamente dos respectivos valores
justos devido ao fato de o giro dessas contas ser de curto prazo.
22.3. Gestão do risco de capital
O objetivo da Companhia e de sua controlada ao administrarem seu capital é o de
salvaguardar a capacidade de sua continuidade. Para manter ou ajustar a estrutura
do capital, a Companhia e sua controlada podem adotar determinadas práticas
operacionais, como vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de
endividamento.
A Companhia e sua controlada monitoram o capital com base no índice de
alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo
capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos,
financiamentos e debêntures, subtraído do montante de caixa e equivalentes de
caixa e instrumentos financeiros. O capital total é apurado por meio da soma do
patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida
líquida.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
48
2018-SPO-2505 VF NE.docx
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Debêntures 32.562 36.014 32.562 36.014
Empréstimos e financiamentos 18.180 20.201 18.180 20.201
Instrumentos financeiros derivativos 294 (880) 294 (880)
Caixa e equivalentes de caixa (21.241) (5.851) (22.947) (6.446)
Dívida líquida 29.796 49.484 28.089 48.889
Patrimônio líquido 271.804 282.828 271.832 282.857
Índice de alavancagem financeira 11,0% 17,5% 10,3% 17,3%
A Companhia e sua controlada ainda monitora o capital com base no índice de
capital circulante líquido, que corresponde à capacidade de honrar suas dívidas no
curto prazo subtraindo o passivo circulante do ativo circulante:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Capital circulante líquido 22.579 (11.253) 33.078 (2.347)
23. SEGUROS
Importância
Ramo segurada - R$ Vigência
Frota 480 Ago’18 - Ago’19
Empresarial - Filiais 17.952 Ago’18 - Ago’19
Responsabilidade civil geral 20.500 Ago’18 - Ago’19
Multirriscos 8.000 Ago’18 - Ago’19
24. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
Em 27 de março de 2019, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram
aprovadas e autorizadas para emissão pela Diretoria da Companhia e consideram os
eventos subsequentes ocorridos até essa data que pudessem ter efeitos relevantes sobre
elas.