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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR ARTE ENSINO FUNDAMENTAL VOLUME 3

SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL

VOLUME 3

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Governo do Estado de São Paulo

Governador João Doria

Vice-GovernadorRodrigo Garcia

Secretário da EducaçãoRossieli Soares da Silva

Secretário ExecutivoHaroldo Corrêa Rocha

Chefe de GabineteRenilda Peres de Lima

Coordenador da Coordenadoria PedagógicaCaetano Pansani Siqueira

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da EducaçãoNourival Pantano Junior

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL – 6º ANO

VOLUME 3

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Caderno do Professor - Teatro - 6º ano

Prezado Professor,

Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe

Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores

Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São

Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem

livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de

uma abordagem investigativa que requer conhecimento relativo à Linguagem do Teatro,

visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionados aos objetos de

conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o

desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta

etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.

Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações

sobre o teatro e um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

A Linguagem Teatral

Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de

significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos

visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e

sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que

utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de

alimentos conhecidos etc.) ou signos táteis (em que a realização cênica, – por meio de atores

ou de objetos cenográficos, estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).

As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,

propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,

reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se

articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriarem de suas

possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.

Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se

materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se

estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os

objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e

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vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de um

discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.

Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só

verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de

significação para se elaborar uma escrita cênica.

As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro

encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um

determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a

iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou

um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele

encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas

atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se

voltar para um aspecto da linguagem, que será especificamente explorado naquele dia, e

estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo

tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.

Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar

tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a

dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula com o intuito de aprimorar a

aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar

a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,

com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A

avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,

efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o

mundo.

A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos

relacionados aos momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do processo,

torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os

debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.

Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o

professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à

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diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro

rumo quando considerar necessário.

A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos

presentes em uma encenação. Esse mergulho, na linguagem teatral, provoca a percepção, a

criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada

de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar

condições para essa leitura.

Arte como experiência da arte.

A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna,

está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela

padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras

formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.

As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para

provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre de

condicionamentos, cujo consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo instante

significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos toca o

íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe,

vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então,

como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.

Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais

Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o

professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com

deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no

processo de alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais

gráficos, trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das

atividades.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um

único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem

usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à educação,

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independentemente das diferenças e necessidades individuais, inspirado nos princípios da

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e presente na Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.

Todos devem saber o que diz a Constituição, mas é essencial conhecer o Plano

Nacional de Educação (PNE), que estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência

e com qualquer necessidade especial de frequentarem ambientes educacionais inclusivos.

A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de

estudantes com necessidades especiais – e transforma em crime a recusa a esse direito.

Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo

direito à educação. Neste contexto, o professor(a) precisa realizar uma adaptação curricular

para atender à diversidade em sala de aula.

Para saber mais:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.

php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional- -de-educacao-

especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusi - va-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23

out. 2019.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03/jun./2020.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.

planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela

ausência de informações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm

condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma

sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A

maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de

ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um

intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a

apropriação dos objetos de conhecimento. Convide um estudante para demonstrar o que

deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação

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teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as

vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores.

Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação

adequada, adequação curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e

diferentes formas de avaliação.

Para saber mais:

Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Disponível

em:https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiro

Freitas.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-

na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.

Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Disponível em:

http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2

0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.

pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Deficiência visual

Todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É importante para o

planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em literatura

especializada informações a respeito da multiplicidade de aspectos relacionados às causas da

cegueira, ao grau de acuidade visual, à idade de incidência da perda visual, às experiências

educacionais vivenciadas e às características pessoais e familiares. Existe uma enorme

quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por pessoas que enxergam

normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz de utilizar esses códigos

para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral, mas pode criar e utilizar

vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto,

expressão facial, movimentação corporal, voz etc.

Teatro Cego. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/. Acesso em: 31

jan.2020.

Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Disponível em:

http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31

jan.2020.

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Deficiência intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna

possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento

da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais por meio de

experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são

importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão

formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba ou

propor outras formas, como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular

garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar

Atividades. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-com-alunos-

com-deficiencia-intelectual/ . Acesso em: 23 out. 2019.

Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Disponível

em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_p

de/2016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan.

2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação, proposta neste material, é diagnóstica, iniciando com a

ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos

objetos de conhecimento que serão abordados e processual em todos os momentos de

prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e

recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é

importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer

possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às

dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.

O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em

agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar

que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de

aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra mesmo que da mesma etapa.

Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante

ferramenta para acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e

apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com os colegas,

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participação, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa,

autoconfiança, valorização das diferentes expressões artísticas . Esse tipo de registro é

essencial para o reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser

superados. Também é uma ferramenta importante para a retomada das aulas anteriores, para

recuperar e avaliar a turma, proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência

ou até mesmo aos faltosos, a oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem,

em colaboração com toda a turma e a mediação professor, além de propiciar aos estudantes,

com altas habilidades ou superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas .

Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes

estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,

considerando, alinhando e direcionando o desenvolvimento produtivo das atividades.

Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para

analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e

elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador

Curricular:

No quadro estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens

essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de

acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF06AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.

EF = Ensino Fundamental - 06 = 6º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.

Habilidade (EF06AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de

circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,

investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer, apreciar

e investigar.

Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos

de circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes

épocas.

Modificadores dos objetos de conhecimento - explicitam o contexto e/ou uma maior

especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação profissional.

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Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos, por exemplo,

“experimentar” e “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:

Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,

articuladas aos tipos de conteúdo: Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual.

Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e

recuperação.

Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais

linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de

processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular

Habilidades Condições didáticas e

indicações para o

desenvolvimento das

atividades

Observar se o

estudante

(EF06AR24) Reconhecer e apreciar

artistas, grupos

e coletivos cênicos de circo-teatro

(teatro circense) e circo paulistas,

brasileiros e estrangeiros de diferentes

épocas, investigando os modos de

criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação

profissional.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação,

reconhecimento, e

investigação dos objetos

de conhecimento.

Aprecia, reconhece e

investiga os objetos

de conhecimento.

(EF06AR25) Investigar, identificar e

analisar a comédia e a farsa como

gêneros teatrais e a relação entre as

linguagens teatral e circense em

diferentes tempos e espaços,

Organizar momentos de

sondagem, apreciação,

investigação, identificação

e análise dos objetos de

conhecimento.

Aprecia, investiga e

identifica e analisa os

objetos de

conhecimento.

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aprimorando a capacidade de

apreciação estética teatral.

(EF06AR26) Explorar diferentes

elementos envolvidos na composição

de acontecimentos cênicos da

comédia e da farsa, do circo-teatro

(teatro circense) e do circo (figurinos,

adereços, maquiagem/visagismo,

cenário, iluminação e sonoplastia) e

reconhecer seus vocabulários.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação

exploração dos objetos de

conhecimento.

Aprecia e explora os

objetos de

conhecimento,

reconhecendo seus

vocabulários.

(EF06AR28) Investigar e

experimentar diferentes funções

teatrais (ator, figurinista, aderecista e

maquiador/visagista etc.) e

compreender a relação entre elas nos

processos de criação de personagem.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação,

investigação e

experimentação dos

objetos de conhecimento.

Aprecia, investiga e

experimenta os

objetos de

conhecimento.

Compreende a

relação entre eles

nos processos de

criação de

personagem.

(EF06AR29) Experimentar, de

maneira imaginativa na improvisação

teatral e no jogo cênico, a gestualidade

e as construções corporais e vocais de

personagens da comédia e da farsa.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação e

experimentação dos

objetos de conhecimento.

Aprecia e

experimenta os

objetos de

conhecimento.

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(EF06AR30) Compor cenas,

performances, esquetes

e improvisações com base em textos

dramáticos ou

outros estímulos (música, imagens,

objetos etc.),

explorando a comédia e a farsa como

gêneros teatrais

e a relação entre as linguagens teatral

e circense, caracterizando

personagens (com figurinos, adereços

e maquiagem), cenário, iluminação e

sonoplastia e considerando a relação

com o espectador.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação,

composição, exploração e

caracterização dos objetos

de conhecimento,

considerando a relação

com o espectador.

Aprecia, compõe,

explora e caracteriza

os objetos de

conhecimento,

considerando a

relação com o

espectador.

Habilidade Articuladora Condições didáticas e

indicações para o

desenvolvimento das

atividades

Observar se o

estudante

(EF69AR31) Relacionar as práticas

artísticas às diferentes dimensões da

vida social, cultural, política, histórica,

econômica, estética e ética.

Organizar momentos de

sondagem, apreciação e

relação dos objetos de

conhecimentos às

diferentes dimensões da

vida.

Aprecia e relaciona

os objetos de

conhecimento às

diferentes

dimensões da vida.

Situação de Aprendizagem I

Habilidade (EF06AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e

no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens da comédia

e da farsa.

Objetos do conhecimento: Processos de criação

● Improvisação teatral

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● Jogo Cênico

● Gestualidade

● Personagens da comédia e da farsa

● Construções corporais e vocais

Habilidade (EF06AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com

base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando a

comédia e a farsa como gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense,

caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e

sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

Objetos do conhecimento: Processos de criação

● Cenas

● Performance

● Esquetes

● Improvisação

● Gêneros - comédia e farsa

● Personagens da comédia e da farsa.

● Figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia

● Relação entre as linguagens teatral e circense

● Relação das linguagens teatral e circense com o espectador

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para explorar os seus conhecimentos prévios, colocá-

los em contato com as linguagens teatral e circense, com a caracterização de personagens

desde os figurinos até os adereços e maquiagem, como também com o cenário, a iluminação

e a sonoplastia. Além disso, os estudantes poderão se familiarizar com a improvisação teatral,

o jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens tanto da

comédia quanto da farsa. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento

das atividades, a fim de colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para

ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes .

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Ação física: Ação executada pelos atores (teatro/dança/circo) envolvendo voz, gestos e

movimentos. Esta ação, aliada a aspectos como cenografia, texto, iluminação, sonoplastia,

maquiagem, figurino etc., gera a atuação, que é lida e interpretada pelo espectador, que lhe

atribui sentido a partir de seu conhecimento de mundo e de suas experiências anteriores,

sentimentos, sensações e emoções.

Adereço: Acessório que compõem o conjunto estético de um personagem.

Comédia: Gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do

comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no

público.

Cena: Trecho, recorte, fração ou acontecimento dramático.

Cenário: Conjunto de elementos que, combinados, mimetizam ambientes reais, para

reforçar a atmosfera onírica do palco.

Construções corporais e vocais: Conjunto de características físicas e vocais pesquisadas,

experimentadas e assumidas pelo ator, para a configuração de uma personagem no fazer

teatral.

Espectador: Aquele que assiste a um espetáculo.

Esquetes: é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os

atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.

Farsa: Gênero que, apesar de ser dramático, é cômico, exagerado e extravagante na

abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são

excêntricos e caricatos.

Figurino: Vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização de personagens, que

identifica suas características, idade, sexo, idade, classe social, profissão, nacionalidade,

religião etc. Pode também, indicar uma época, região, estação do ano.

Gestualidade: Conjunto de gestos que caracteriza determinado personagem.

Iluminação: Infinitos recursos que participam e colaboram com a produção de sentido do

acontecimento teatral.

Improvisação: Essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não

ator. O improvisador explora seus limites criativos e agilidade criativa. Ela pode ser realizada

tanto individualmente quanto em equipe.

Jogo Cênico ou Jogo Dramático: Os jogos cênicos, geralmente, são realizados para

explorar a gestualidade e a voz, a partir de temas, desafios e situações corriqueiras.

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Desenvolvidos em grupo, onde cada indivíduo elabora por si e com os outros, situações

cênicas, utilizando-se de diversos signos visuais, sonoros e corporais.

Maquiagem: Possui diversas funções. No nosso caso, servirá apenas como forma de

teatralização da fisionomia.

Personagem: Papel assumido por um ator ou uma atriz a partir de um esboço criado por

um autor. Como exemplo, utilizaremos alguns personagens da Commedia Dell’arte.

Personagens da comédia e da farsa: Estes gêneros teatrais não possuem personagens

específicos, porém, há particularidades e semelhanças entre eles, como por exemplo: o

exagero, a imitação de costumes, a intriga, a paródia, os estereótipos e o deboche.

Performance: Manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),

geralmente, em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com

liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.

Relação com o espectador: Por muito tempo, foi esquecido ou considerado sem

importância no seu processo de desenvolvimento, mas, atualmente, é visto como parte da

obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito da atuação do artista sobre o espectador

está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.

Relação entre as linguagens teatral e circense: A principal característica a ser observada

é a presença do ser humano em estado espetacular, que utiliza recursos dramáticos e

expressivos na condução da performance cênica. Há a utilização de roteiros pré-definidos,

de improvisação, de personagens, de construções corporais e vocais, de figurinos, de

adereços, de iluminação, de sonoplastia específica etc. Embora a formatação do espetáculo

seja distinta, ambos podem utilizar espaços diferentes, por exemplo, uma apresentação teatral

pode “caber” em espaços nos quais uma apresentação de determinados números circenses,

não.

Sonoplastia: Este termo é recorrente em teatro, circo, cinema, rádio e televisão.

Compreende a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos,

ilustrados ou sugeridos sonoramente em cada cena. Contemplava, também, a gravação e a

montagem de diálogos, bem como a seleção, a gravação e o alinhamento de música com

função dramatúrgica.

Texto dramático: Textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.

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Para saber mais:

Jogo cênico: elaboração da cena circense. Disponível em:

https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-

aula/jogo-cenico-elaboracao-da-cena-circense/. Acesso em 18 fev. 2020.

OBS. Vale a pena discutir com os alunos a situação dos artistas e dos espetáculos teatrais em

épocas de isolamento social.

Sugestões de leitura:

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/05/teatro-feito-na-pandemia-marca-

retorno-a-era-dos-autores-e-dramaturgos.shtml. Acesso em: 22 jun. 2020.

http://www3.eca.usp.br/noticias/teatro-e-pandemia-novas-possibilidades-de-exist-ncia-

para-os-palcos. Acesso em: 22 jun. 2020.

Atividade 1: Sondagem

Nesta atividade, é importante que você organize uma roda de conversa com os

estudantes, a fim de levantar seus saberes prévios e instigar sua curiosidade sobre os

conceitos: improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, personagem, construções

corporais e vocais, cenas, performance, esquetes, gêneros teatrais - comédia e farsa, figurinos,

adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia, fazendo-os refletir sobre a relação

entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o espectador.

O caderno do estudante, páginas 06 e 07, apresenta um conjunto de questões para auxiliar

nesta atividade de sondagem, deixando-os à vontade para se colocar livremente durante a

conversa. À medida em que as respostas forem surgindo, vá anotando palavras chave na

lousa para, ao final, elaborar um fechamento sobre tudo o que foi conversado. Solicite que

os estudantes anotem este conjunto de informações e respondam as questões no caderno.

Por conta do grande número de conceitos, esta conversa poderá se estender por mais de uma

aula.

1. Quem já foi ao teatro? Qual peça viram?

2. Lembram de algum personagem? Como era a roupa dele (figurino)? Algum

personagem usava chapéu, bengala, guarda-chuva, ou outro objeto (adereço)?

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3. Como ele andava? Como eram seus gestos? (gestualidade) Como era a voz dele

(era normal ou diferente)? Ele usava maquiagem ou máscara? Como eram?

4. Como era o cenário da peça? Tinha uma iluminação contínua (como a da sala de

aula) ou ela mudava?

5. Havia música e/ou ruídos durante a apresentação? O que pensam sobre o que

ouviram? A música e os ruídos ajudaram ou atrapalharam as cenas?

6. Sabem o que é Improvisação teatral? E jogo cênico? Justifique sua resposta.

7. O que acham que é uma performance?

8. Existem diversos gêneros teatrais. Sabendo disso, vocês sabem quais são as

diferenças e semelhanças entre comédia e farsa? Justifique sua resposta.

9. O que é um esquete? Qual a diferença entre cena e esquete?

10. Alguém já foi ao circo? Conhecem o personagem palhaço? Já viram este

personagem em algum outro lugar?

11. Existem relações entre o teatro e o circo? (retome algumas perguntas já feitas

acima, para que compreendam que as linguagens do teatro e do circo se

relacionam e o conceito de esquete, normalmente utilizada pelo circo).

Para saber mais:

O caderno do estudante apresenta a indicação de dois links para acesso, caso o

estudante nunca tenha ido ao teatro. Se preferir, você pode apresentar os vídeos antes de

realizar a conversa.

Esquete Teatral "Milho aos Pombos" Festival Cenas Curtas de Niterói 2012.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c4ofEKuTrHw. Acesso em 19 jan.

2020.

Esquete de Marcos Casuo. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=IlxI7QgONeU&t=347s. Acesso em 18 fev. 2020.

OBS.:A Sugestão é apresentar o vídeo até 5:37.

Atividade 2: Apreciação

Apresente as imagens e vídeos indicados a seguir, para ilustrar os conceitos

conversados anteriormente: 1) improvisação teatral, jogo cênico, 2) gestualidade, 3)

personagem (figurinos, adereços, maquiagem), 4) construções corporais e vocais, 5) cenas, 6)

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performance, 7) esquete, 8) gêneros teatrais - comédia e farsa, 9) cenário e iluminação, 10)

iluminação e sonoplastia.

Durante a apreciação, faça perguntas abertas sobre o que eles conseguem identificar

de cada um dos conceitos específicos. Diga que eles podem recorrer às anotações feitas na

atividade anterior. Se necessário, a partir das respostas da turma, pontue e reforce os

conceitos. É importante analisar as fotos e assistir aos vídeos antecipadamente.

1. Improvisação/jogo cênico:

Só Perguntas - Barbixas. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=dWYRzJ3LKMU. Acesso em 06 dez. 2019.

2. Gestualidade:

2a 2b 2c

2a) Brava-2840242_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay;

2b) Chateada-2681502_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay;

2c) Surpresa-2840248_1920 Imagem de Robin Higgins por Pixabay

3. Personagens: (além da análise dos personagens, também é possível trabalhar Figurinos,

Adereços e Maquiagem)

3a 3b 3c

3a. Fonte: Arlequim. “Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/arlequim-palha%C3%A7o-

praga-887221/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.

3b. Fonte: “Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-celebra%C3%A7%C3%A3o-

partido-traje-3118261/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.

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3c. Fonte: Palhaço: “Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/palha%C3%A7o-

comediante-nariz-circo-365377/. Acesso em: 05/ mar./ 2020”.

4. Construções corporais e vocais: (Utilize trechos do vídeo “Os Saltimbancos” ou” Milho

aos Pombos".)

5. Cenas - Selecione cenas do vídeo “Os Saltimbancos”.

6. Performance:

CEGOS - Performance na Virada Cultural 2015. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ZVfnS4UWeRE. Acesso em 06 dez. 2019.

Para saber mais sobre a performance “Cegos”: https://www.desviocoletivo.com.br/cegos.

Acesso em 06 dez. 2019.

7. Esquete:

Que remédio? – Parafernalha. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=n9iTaU498d4. Acesso em 06 dez. 2019.

8. Comédia e Farsa:

Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=aiGtcnWk80E. Acesso em 06 dez. 2019.

Commedia Dell’Arte - Arlequim, Servidor de Dois Patrões (parte 9/11) - (trecho).

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y-C08sJr9D4. Acesso em 06 dez.

2019.

Para saber mais sobre os gêneros teatrais - (Vídeos para o Professor):

Comédia - Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=llJcrM7O90s. Acesso em 06 dez. 2019.

Farsa – Disponível no youtube no canal Duvidando:

https://www.youtube.com/watch?v=GeZ_f6UUZxw. Acesso em 06 dez. 2019.

9. Cenários/Iluminação:

Fonte: Todas imagens são Cenas Da Peça “Minha Vida de Menina”. EE Profa. Hilda

Prates Gallo. V Mostra de teatro DER Guarulhos Norte. Marcelo Baldoíno/

Guarulhos/2019. “Disponível em

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https://photos.google.com/share/AF1QipNEBHZX84xcERStSkXSPb9-

eqypM5oanI4nD7GeRC-cE5lyp3K26Dh9BcWkNKKhBQ?key=NkVPcFNPd2

RXUk1LTU1uWXFrTU9Rdk1tenZNVWZR Acesso em 28. fev. 2020”.

10. Iluminação e Sonoplastia: (Construções corporais e vocais, Figurinos, Adereços e

Maquiagem também podem ser trabalhados, a partir do vídeo abaixo).

Espetáculo "Os Saltimbancos" - Odeon Companhia Teatral. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=WSuwCY7YPf0. Acesso em 06 dez. 2019.

Cirque du Soleil - Ovo. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=aAh5XA_4S3o. Acesso em 06 dez. 2019.

A partir da análise dos dois vídeos acima, pergunte quais as semelhanças e diferenças sobre

a relação entre as linguagens teatral e circense, bem como a relação do personagem com o

espectador.

Atividade 3: Ação Expressiva I

A proposta desta atividade é propiciar momentos de experimentação da

improvisação teatral por meio de dois jogos, utilizando a leitura dramática e gestualidade.

Organize o espaço da sala de aula, ou agende a quadra da escola. Ao final da atividade,

converse com os estudantes sobre o que foi vivenciado e solicite que cada um escreva um

relato de autoavaliação, registrando o que e como aprendeu nessa experiência.

Jogo 1: Elabore, antecipadamente, dez filipetas com frases retiradas de poemas, letras de

músicas, textos dramáticos etc. Divida a turma em grupos com até seis componentes e

distribua uma filipeta para cada grupo. O desafio é que cada integrante do grupo deve

trabalhar a mesma frase de uma forma diferente, modificando sua voz natural e utilizando o

corpo e os gestos, experimentando interpretá-la de forma dramática, cômica, sussurrando,

por exemplo. (Se necessário retome as imagens 2a, 2b e 2c, da atividade de Apreciação,

fazendo-os pensar, qual é a frase que ela está dizendo.)

Após as experimentações, forme um círculo com todos, solicitando que cada um

apresente sua interpretação da frase. Depois que todos tiverem se apresentado, proponha

uma apresentação coletiva, na qual todos ao mesmo tempo, ao seu sinal, interpretarão suas

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frases. Aproveite a organização em círculo e converse com a turma para saber como foi

realizar este jogo.

Jogo 2: Organize os estudantes e explique que o jogo será realizado, inicialmente, por uma

dupla (sucessivamente outras duplas serão formadas para participar da atividade). A atividade

consiste em um diálogo improvisado, baseado em perguntas e respostas, porém utilizando

gestos exagerados e voz “estranha”. O desafio é desenvolver o diálogo seguindo a ordem

alfabética. Sendo assim, a primeira palavra da primeira pergunta deve iniciar com a letra “A”,

e a primeira palavra da resposta deve iniciar com a letra “B”. O diálogo deve prosseguir até

alguém errar, ou não conseguir ir adiante. Quando isso acontecer, recomece o jogo, voltando

para a letra “A” com uma nova dupla.

Exemplo:

jogador 1 - Amigo, você por aqui?

jogador 2 - Beleza! Sim e você o que faz por aqui?

jogador 1 - Comecei a trabalhar nesta loja hoje!

jogador 2 - “Da hora mano!”

jogador 1 - Então, vamos tomar um suco, qualquer dia desses?

jogador 2 - Faz tempo que não fazemos isso.

jogador 1 - Gosta de que tipo de suco?

jogador 2 - Hortelã com abacaxi.

Para saber mais:

Vários exemplos de como a improvisação pode gerar cenas e textos bem interessantes para

uma produção teatral. Barbixas. Disponível em:

https://www.youtube.com/channel/UCZbgt7KIEF_755Xm14JpkCQ. Acesso em: 22 jan.

2020.

Atividade 4: Ação Expressiva II

Agora que já foram experimentadas as construções corporais e vocais, esta atividade

será direcionada à caracterização de personagens e apresentação de um esquete.

Antecipadamente, solicite aos estudantes que tragam alguns objetos (garrafa pet, relógio,

lanternas, celular etc.), adereços (chapéu, colares, pulseiras, bengala etc.) fantasias, papéis

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(pardo, crepom, jornal), fita crepe, tesoura, barbante, tecidos etc. Esses materiais serão

utilizados na confecção dos figurinos das personagens e iluminação das apresentações. É

importante que você, também, traga alguns materiais, para serem utilizados se necessário.

Esquete: Para realização desta atividade, antecipadamente, selecione, apresente e adapte, se

necessário, pequenos textos dramáticos ou não (jornais/revistas com situações do cotidiano),

músicas, imagens, objetos etc. Divida a turma em grupos de até seis componentes e proponha

a criação e vivência de um esquete. Explique que a cena deve ser curta, com no máximo

cinco minutos de duração, e deve utilizar personagens (excêntricos e/ou caricatos) e

características do gênero “farsa”. Deverão, também, caracterizar os personagens e usar

diferentes entonações de voz.

Converse com a turma a respeito da importância dos registros de todo o processo de

construção do esquete. Nesse caso, combine com os estudantes como será a organização dos

ensaios e das apresentações dos grupos, e se necessário, combine também com a gestão da

escola um espaço para a turma se apresentar fora da sala de aula.

Para saber mais:

A Farsa da boa preguiça - Cena - Ariano Suassuna. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=gs92sjgYTAk. Acesso em: 31 jan. 2020.

Farsa da Boa Preguiça - Completo - Grupo de Teatro Guará. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=OybExVH9NrM. Acesso em: 31 jan. 2020.

A Farsa de Inês Pereira. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ZrqaYPrOvcY. Acesso em: 31 jan. 2020.

Atividade 5: Ação Expressiva III

Para explorar a comédia e as relações existentes entre as linguagens teatral e circense,

divida a turma em dois grupos e oriente a apresentação dos espetáculos. Para cada

apresentação, os estudantes precisam confeccionar um cenário, pensar na iluminação,

sonoplastia, figurino e refletir sobre a relação do espetáculo com o espectador. Deixe claro

que os grupos farão as apresentações e ocuparão a posição de plateia.

Oriente os estudantes sobre a utilização da ficha de organização de tarefas e das

informações sobre as personagens da Commedia dell’arte e do circo para planejar as ações.

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Ficha de organização de tarefas

Função Tarefa

Direção artística Organizar toda elaboração e execução; pesquisar informações sobre

personagens.

Roteirista (s) Escrever o roteiro de produção, a partir das indicações do Diretor.

Ator (es) Ensaiar e encenar o texto nos gêneros comédia e farsa.

Sonoplasta (s) Pesquisar e selecionar músicas e efeitos sonoros para produzir a Trilha.

Manipular equipamentos e aparelhagem de som.

Maquiador (es) Executar a maquiagem, cabelo e caracterização das personagens.

Figurinista (s) Criar e confeccionar os figurinos.

Aderecista (s) Confeccionar máscaras, perucas, chapéu etc.

Iluminador (es) Criar um esquema de utilização da luz e operar todo o sistema de

iluminação.

Finalizadas as apresentações, organize uma roda de conversa e incentive os grupos a

comentar como foi vivenciar os dois lados da apresentação de um espetáculo, a relação entre

quem apresenta e quem assiste e quais as semelhanças entre as linguagens teatral e circense.

Solicite que registrem, em seus cadernos, o que e como aprenderam.

Grupo 1: Personagens da Commedia dell’arte. São divididos em três categorias:

Zanni - representam os servos, a classe social mais baixa.

Vecchi - representam a classe social mais alta.

Alguns deles são:

Arlequim: Zanni - cômico, atrapalhado, malandro, brincalhão, ingênuo e gentil.

Colombina: Zanni - graciosa e esperta, pois, sempre tenta tirar proveito das situações,

apaixonada por Arlequim.

Pantaleão: Vecchi - rico, comerciante, galanteador, conservador, desajeitado, autoritário e

avarento.

Brighella: Zanni - trapaceiro, fingido, egoísta, malandro e cínico.

Pierrô: Zanni - palhaço triste, honesto e apaixonado por Colombina;

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Pulcinella: Zanni - corcunda, ambicioso, glutão e barrigudo.

Doutor: Vecchi - rico, charlatão e avarento.

Capitão: Vecchi - fanfarrão, mentiroso, preguiçoso, forte e medroso.

Grupo 2: Personagens do Circo

Bailarina: entretém o público por meio da dança e coreografias simples;

Contorcionista: trabalha com técnicas de flexibilidade corporal, torcendo e dobrando o

corpo;

Equilibrista: trabalha com diferentes técnicas de equilíbrio. Personagem que consegue

equilibrar objetos sobre si, enquanto se apoia/equilibra sobre diferentes partes do seu corpo,

por exemplo;

Palhaço: personagem que utiliza linguagem verbal e não verbal para expressar o cômico.

Mágico (ou ilusionistas): entretém o público utilizando truques, recursos

mecânicos/tecnológicos para criar ilusões. Necessita de extrema agilidade com as mãos.

Malabarista: exige muita atenção, concentração e habilidade em manusear diversos

elementos ao mesmo tempo. Pode trabalhar com técnicas de equilíbrio e manuseio de

objetos, ao mesmo tempo.

Sugerimos que você assista aos vídeos, abaixo, antecipadamente e organize uma lista

dos pontos de aproximação e semelhanças entre as linguagens teatral e circense, para utilizá-

la na roda de conversa ao final da atividade.

Para saber mais:

Commedia dell’arte. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/comedia-dell-arte/.

Acesso em: 24 jan. 2020.

História do circo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/circo/. Acesso em: 24

jan. 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de compor cenas, performances, esquetes e improvisações com base em

textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.). Além disso, constate

se exploraram a comédia e a farsa como gêneros teatrais, caracterizando personagens,

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utilizando figurinos, adereços e maquiagem, enfim, se experimentaram, de maneira

imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico, a gestualidade e as construções

corporais e vocais de personagens da comédia e da farsa. Organize uma roda e converse com

os estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem II

Habilidade (EF06AR25): Investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como gêneros

teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços,

aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.

Objetos do conhecimento: Contextos e práticas

● gêneros teatrais - a comédia e a farsa

● relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços

Habilidade Articuladora (EF69AR31): Relacionar as práticas artísticas às diferentes

dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Objetos do conhecimento: Contextos e práticas

● práticas artísticas

● diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e

ética.

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você

vai conversar com os estudantes para levantar seus conhecimentos prévios e, colocá-los em

contato com a comédia e a farsa como gêneros teatrais, a linguagem teatral e circense, e as

conceituações das diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica,

estética e ética. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das

atividades para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliar seu

repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento

das atividades.

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● Gênero teatral Comédia: Explora situações do dia a dia, exagera particularidades

do comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada,

provocando risos no público.

● Gênero teatral Farsa: Apesar de ser dramático é cômico, exagerado e extravagante

na abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens

são excêntricos e caricatos.

● Práticas artísticas: Ações que resultam em produtos artísticos ou artesanais de

todos os povos e matrizes estéticas e culturais (técnicas, saberes, apresentações

musicais, de dança, teatro e circo, tradicionais ou contemporâneos).

● Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural

composto por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte

incluiu-se neste viés e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas

dimensões da vida a partir de experiências sensíveis.

● Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos nos quais seja possível ter

contato com a arte: em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado, no

shopping etc.

● Dimensão Cultural: O ambiente, em que vivemos, influencia nossos padrões

culturais entre eles o tipo de produto artístico a que somos expostos , por exemplo,

em localidades mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais contato e

apreciar músicas do gênero sertanejo. Sendo assim, a partir do produto artístico que

é apreciado, é possível perceber as influências culturais locais.

● Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais e estéticas de

outros países e culturas, na produção artística local, regional etc.

● Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro de fatos e

acontecimentos que ficaram marcados na/pela produção artística, por exemplo, a

música do filme Titanic; o hino da vitória que era tocado quando o piloto de fórmula

1, Ayrton Senna, vencia uma corrida etc.

● Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo de produtos artísticos

produzidos em massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais

como livros, objetos, fotografias, gravuras, mídias digitais etc.

● Dimensão Estética: Está relacionada às relações sensoriais de apreciação, deleite,

afetivas e sentimentais, estabelecidas intelectualmente em diferentes situações vividas

pelo sujeito e que envolvem um produto artístico.

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● Dimensão Ética: Relacionada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não

discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos

pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.

● Circo tradicional: É formado por grupos familiares e todos os saberes são

transmitidos de geração em geração. Todo tem uma função específica, antes, durante

e depois do espetáculo. Cada apresentação é resultado de um longo, rigoroso e

complexo processo de aprendizado artístico e estético, que envolve montagem,

elaboração de figurinos e cenários, ensaios, treinamento físico, divulgação e

desmontagem.

● Circo Contemporâneo: Formado por pessoas de diferentes origens sem nenhum

vínculo familiar sendo que a aprendizagem acontece por meio das escolas de circo.

Diferentemente do circo tradicional, o espetáculo apresenta um tema central que é

desenvolvido ao longo de todo a apresentação numa sequência lógica. Essa exibição

combina técnicas circenses e teatrais e grande quantidade de recursos tecnológicos,

agregando atores, ginastas, técnicos e equipes específicas as quais desempenham

diferentes tarefas e funções, culminando numa produção de elevado teor estético.

Outra característica importante é que não há animais.

Atividade 1: Sondagem

Inicie a atividade conversando com os estudantes acerca do que eles pensam e sabem

a respeito de práticas artísticas. Durante a conversa, introduza perguntas a respeito de como

essas práticas artísticas estão inseridas e de que maneira elas se relacionam com as diferentes

dimensões da vida (social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética). Faça

anotações das palavras chaves que forem surgindo de modo a organizar um fechamento da

atividade. Solicite que a turma anote esse resumo de informações e aquilo que ficou da

conversa.

Sugestão de questionamentos:

1.Quem sabe o que é uma prática artística? Explique o conceito de prática artística de acordo

com seu conhecimento prévio do assunto.

2.Quantos tipos de prática artística existem? (Peça e dê exemplos.)

3.O que entendem por dimensões da vida? (Valorize as hipóteses que surgirem e

complemente-as com informações.)

4.Quantas dimensões existem? Como percebem as práticas artísticas dentro dessas

dimensões?

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5.Pensando em suas vidas, onde vocês identificam práticas artísticas?

Atividade 2: Apreciação

Para essa atividade de apreciação, apresente as imagens e os vídeos indicados a seguir

que tratam da farsa e da comédia. Converse sobre a comédia e a farsa como gêneros teatrais

e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços. Durante a

conversa, faça mediações entre as imagens e as hipóteses dos estudantes, oferecendo algumas

informações conceituais sobre circo tradicional, circo contemporâneo, gêneros teatrais, a fim

de ampliar o repertório cultural deles.

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1. Cartaz circense - Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/a-garota-do-

circo-vintage-cartaz-269578/ . Acesso em: 30 jan.2020.

2. Apresentação de circo com cavalos - Fonte: Disponível em:

https://pixabay.com/pt/illustrations/circo-ato-cavalo-cavalos-equita%C3%A7%C3%A3o-

316925/. Acesso em: 24 jan. 2020.

4. Número com elefantes - Fonte: Disponível em:

https://pixabay.com/pt/illustrations/vintage-antigo-arte-elefante-313647/. Acesso em: 24

jan. 2020.

5. Circo Contemporâneo - Cena do espetáculo OVO do Cirque du Soleil. Fonte: Evania

Escudeiro/São Paulo/2019. Disponível em: https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t1.0-

9/p720x720/60331108_2901470023257733_3829779117587300352_o.jpg?_nc_cat=111&

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1.xx&_nc_tp=6&oh=31c6fded0d06dc6b58014e7ec5d3173b&oe=5EFEF62D Acesso em

26/02/2020.

Links:

Infinita - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:

https://www.youtube.com/watch?v=gPGEeiZlR1c. Acesso em 09 dez.2019”.

Hotel Paradiso - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:

https://www.youtube.com/watch?v=rp-KhVLf9bI. Acesso em 09 dez. 2019”.

Parlapatões Oceano - Circo contemporâneo - clipe. “Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Omx0dJ26MVw. Acesso em 12 dez. 2019”.

Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. “Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=aiGtcnWk80E. Acesso em 06 dez. 2019”.

Para saber mais:

Comédia, farsa e auto. Disponível em: http://comediafarsaeauto.blogspot.com/. Acesso em

22 jan. 2020.

A Farsa. Disponível em:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-farsa/34001.Acesso

em: 22 jan. 2020.

Os tipos de comédia. Disponível em:

https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2179496. Acesso em: 22 jan.2020;

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A Farsa. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2118425.

Acesso em: 22 jan.2020.

Atividade 3: Ação Expressiva I

Divida a turma em dois grupos de trabalho e solicite uma pesquisa em livros, revistas,

internet etc. de imagens e textos sobre o circo e o teatro. Após a pesquisa, oriente os grupos

a montar um painel conforme modelo a seguir (utilizando papel pardo e/ou cartolina).

Finalizada a atividade, propicie um momento para socialização das informações e avaliação,

se os estudantes compreenderam as relações existentes entre as linguagens teatral e circense.

Circo Teatro

Origem:

Quais são as personagens:

Como são criadas as personagens:

Como eram os locais de apresentação:

Como são hoje?

Quanto tempo de duração tinham os espetáculos?

Tiveram avanços tecnológicos? Quais?

Diferenças entre as modalidades

Igualdades entre as modalidades

Para saber mais:

Cia. Circênicos. Disponível em: http://ciacircenicos.blogspot.com/p/cia-circenicos.html.

Acesso em: 23 jan. 2020.

Artigo - De como a evolução do circo transformou o teatro. Estudo resgata a história de

Benjamim de Oliveira, o palhaço negro. Disponível em:

https://www.circonteudo.com/7740-2/. Acesso em: 22 jan.2020.

Qual é a origem do Circo. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-

estranho/qual-e-a-origem-do-circo/. Acesso em: 22 jan.2020.

História do Circo. Disponível em:

https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-do-circo.htm. Acesso em: 22

jan.2020.

História do circo. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes-cenicas/historia-do-

circo/. Acesso em: 22 jan.2020.

Page 32: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

O início do circo moderno. Disponível em: https://jornalggn.com.br/cultura/costumes/o-

inicio-do-circo-moderno/. Acesso em: 22 jan. 2020.

Atividade 4: Ação Expressiva II

Nesta atividade, a proposta é realizar um jogo teatral com o objetivo de despertar e

desenvolver o lado cômico e humorístico dos alunos. Fique à vontade para utilizar outros

jogos teatrais e dinâmicas que atendam ao mesmo objetivo. Promova um clima de respeito,

evitando o bullying entre os estudantes. Como este jogo necessita de figurinos (roupas

comuns, fantasias, tecidos, tnt etc.) e adereços (chapéu, pulseiras, colares, perucas, guarda-

chuva etc.), combine, previamente, para que os estudantes tragam estes materiais. Se

necessário, traga também e coloque todas as peças numa caixa grande de papelão ou

equivalente.

Jogo “Caixa de ideias”

Esse jogo acontece em duas rodadas. Na primeira, os estudantes escolherão um ou

mais itens da caixa para se inspirar e criar suas personagens, experimentando a postura

corporal, o jeito de andar, de falar e os trejeitos dessa personagem. Após essa experimentação

e definidas as personagens, solicite aos estudantes que formem um círculo no qual cada um

apresentará sua personagem aos colegas.

Na segunda rodada, divida a turma em grupos de até seis estudantes, para que juntos

montem uma cena improvisada utilizando as personagens criadas anteriormente. Essas cenas

devem ter a comédia como tema. Determine um tempo para a montagem dessas cenas. É

importante estabelecer a relação palco-plateia, na qual, enquanto um grupo apresenta, os

outros assistem, mostrando respeito ao trabalho do outro grupo e vice-versa. Todos os

comentários precisam ser feitos ao final das apresentações, em uma roda de conversa, em

que os estudantes poderão falar a respeito do que foi mais interessante, engraçado, divertido,

difícil e outros pontos deste jogo teatral.

Atividade 5: Ação Expressiva III

A proposta desta atividade é realizar uma leitura mediada das imagens procurando

estabelecer relações entre elas e as dimensões da vida. A seguir, estão indicadas algumas

perguntas para começar essa conversa, mas você pode utilizar outras de acordo com a sua

realidade. Oriente os estudantes a observar, atentamente, as pessoas presentes nas imagens,

suas ações e características. Retome as questões e respostas realizadas na sondagem,

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procurando mediar a conversa sobre as dimensões da vida. Questione, também, as práticas

mostradas nas imagens e as vivenciadas por eles.

Se possível, estabeleça relações, também, com personagens da farsa e comédia e suas

composições. Ao final da conversa, solicite aos estudantes que registrem em seus cadernos

o que foi conversado.

1. Quem são estas pessoas nas imagens?

2. O que elas estão fazendo?

3. Onde elas estão?

4. Que lugar é esse?

5. Por que estão fazendo isso?

6. Como você reagiria se encontrasse estas pessoas na rua?

7. Quem são esses personagens?

8. O que podemos dizer sobre eles?

1. Palhaços na rua .Fonte: Frank Magdelyns/Houten/Nederland /2009

https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/14/21/59/clowns-1517788_960_720.jpgAcesso

em 18/02/2020.

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2. Palhaços. Fonte: Jennifer Wai Ting Tan/ Malasia/ 2014 Disponível em:

Https://cdn.pixabay.com/photo/2015/07/20/08/11/clown-852493_960_720.jpg. Acesso

em 18/02/2020.

3. Estátua viva. Fonte: Eveline de Bruin /Holanda/2018. Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2018/12/26/14/02/image-3895819_960_720.jpg. Acesso

em 18/02/2020.

4. Atriz encenando na rua. Fonte: Luxstorm / Reino Unido / 2011. Disponível em

https://cdn.pixabay.com/photo/2015/08/01/10/37/street-performers-

870119_960_720.jpg. Acesso em 18/02/2020.

5. Malabarista. Fonte: Claudio Bianchi/Argentina/2013 Disponível em

https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/03/04/29/juggler-434019_960_720.jpg. Acesso

em 18/02/2020.

6. Equilíbrio com bolas. Fonte: Wonita Janzen /Canada/2013 Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2016/06/30/23/00/street-performer-

1490111_960_720.jpg .Acesso: 18/02/2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como gêneros teatrais,

se entenderam quais relações existem entre as linguagens teatral e circense e se conseguiram

relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política,

histórica, econômica, estética e ética. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre

os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem III

Habilidade (EF06AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de

acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo

(figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer

seus vocabulários.

Objetos do conhecimento: Elementos da Linguagem

● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia

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Habilidade (EF06AR28): Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator,

figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) e compreender a relação entre elas nos

processos de criação de personagem.

Objetos do conhecimento: Processos de criação

● Diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.)

● Relação entre diferentes funções teatrais e processos de criação de personagem.

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes a fim de suscitar seus conhecimentos prévios, colocá-

los em contato com os diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos

cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos, adereços,

maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e conhecer as funções teatrais

(ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) nos processos de criação de

personagem. É importante que você realize registros durante o desenvolvimento das

atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de

seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das

atividades.

Adereço: Objetos usados como adornos para enfeitar e/ou decorar personagens, cenas,

cenários etc.

Aderecista: profissional que é responsável pelos adereços e acessórios de cena.

Ator: É o que interpreta uma personagem no teatro, no circo, no cinema etc. Ele representa

uma ação dramática baseada em textos ou improvisada individualmente ou coletivamente.

Atuação: Arte da representação, arte do ator.

Cenário: Objetos usados para compor, enfeitar e/ou decorar cenas, cenários etc.

Cenógrafo: profissional responsável pela criação, projeto e construção do cenário.

Figurino: Indumentária (roupa) usada pelas personagens em diversas produções artísticas.

Figurinista: profissional que é responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O

figurinista cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, qual época

ele se encontra e qual a mensagem que ele passa.

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Iluminação: Efeitos de luz que tem como função compor apresentações artísticas, destacar

atores, ambientes, cenários, proporcionar climas adequados aquilo que se pretende

apresentar nas cenas.

Iluminador: profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua criação

até a operação no momento da cena.

Maquiagem: Produtos cosméticos ou não, utilizados para embelezamento, caracterização e

transformação dos atores em personagens.

Maquiador: profissional responsável pela maquiagem e caracterização do personagem.

Sonoplastia: Conjunto de sons e efeitos sonoros criados para uma atividade artística,

proveniente de músicas, ruídos, vozes, e outras fontes e formas sonoras.

Sonoplasta: profissional responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua

criação até a execução no momento da cena.

Atividade 1: Sondagem

Converse com os estudantes acerca dos diferentes elementos e profissionais

envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia, da farsa e do circo-teatro

(teatro circense). Em seguida solicite que respondam às questões a seguir:

1. Quais profissionais trabalham em um circo? Comente.

2. Conhecem quais são os profissionais necessários para a produção de um espetáculo

teatral? Cite-os.

3. Quem define como serão feitos os figurinos para o teatro ou circo?

4. Para você, como é o figurino de um personagem de circo? Quais adereços são usados

no circo?

5. Como você definiria a maquiagem de um palhaço? Por que tem um profissional

maquiador de Teatro ou Circo?

6. O que é necessário para se criar um ambiente cenográfico (uma floresta, uma casa ou

o mar, por exemplo) no teatro? Quem faz isso?

7. Toda peça de teatro tem necessariamente um cenário? Quais elementos podem ser

utilizados na composição de um cenário?

Atividade 2: Apreciação

Organize uma roda de conversa e conduza os estudantes a analisar e reconhecer, por

meio da leitura das imagens, os elementos envolvidos na composição de acontecimentos

cênicos, presentes nas fotos e em nosso cotidiano. Para isso, é necessário que você tenha

anotações da sondagem realizada.

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1.

2.

3.

4.

5.

1.Palhaça com aros -Fonte: Greg Kozi / Canadá / 2013. Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2013/07/14/04/01/hula-162558_960_720.jpg . Acesso

em 01 fev. 2020.

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2.Mesa de Som e Luz para espetáculo teatral - Fonte: Nadiia_Eye / Kiev / 2015 Disponível

em: https://pixabay.com/pt/photos/som-concerto-prepara%C3%A7%C3%A3o-hall-

4087874/. Acesso em 27 jan.2020.

3.Montagem de Cenário - Fonte: Carabo Spain / Madri / 2014 Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/teatro-drama-b-n-luz-p%C3%BAblico-426449/. Acesso

em 27 jan.2020.

4.Palhaços - Fonte: Paul Brennan / USA/2016- Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/18/13/53/colorful-

1525912_960_720.jpg. Acesso em 18 fev. 2020.

5. Cena do espetáculo Ricardo III, de Willian Shakespeare. Cenografia de Kim A. Tolman.

Fonte: Kim A. Tolman – USA / 2006 - Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/17/21/38/kim-a-2513974_960_720.jpg/

Acesso em 27 jan.2020.

Atividade 3: Ação Expressiva I

A proposta, desta atividade, é investigar as diferentes funções do teatro e

compreender a relação entre elas no processo de criação de personagens e da montagem

teatral. Divida a turma em grupos, apresentando o modelo de painel, disponibilizado abaixo

e oriente uma pesquisa de textos e imagens em livros, revistas, periódicos, internet etc. a

respeito das diferentes funções do teatro e suas relações no processo de criação de

personagens e da montagem teatral. Os grupos serão responsáveis por organizar a pesquisa

e a montagem do painel, que pode ser confeccionado com cartolina, papel pardo etc. Outras

funções podem ser adicionadas ao quadro. Finalizada a pesquisa, proporcione um momento

para socialização e análise de todo material pesquisado mediando uma roda de conversa.

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MODELO PAINEL PESQUISA:

Profissão Teatral Texto (descrever a função) Imagens (inserir imagens e/ou links

de vídeos representativos dos

profissionais em ação, da função

pesquisada)

Direção artística

Ator

Coreógrafo

Contrarregra

Diretor

Figurinista

Iluminador

Maquiador/ Visagista

Roteirista

Sonoplasta

Atividade 4: Ação Expressiva II

O objetivo, desta atividade, é que os estudantes experimentem as funções

relacionadas ao fazer teatral e explorem os diferentes elementos envolvidos na composição

de acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo.

Divida a turma em quatro grupos e explique que cada um planejará a montagem de

um espetáculo, utilizando o material pesquisado na atividade anterior como base de

informação para seguir um roteiro de trabalho. Os temas, a serem desenvolvidos, devem ser

definidos pelos estudantes e, para auxiliar na escolha desses temas, ofereça alguns exemplos

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explicando que as encenações podem estar ligadas a histórias familiares, a acontecimentos

dos esportes, às situações cômicas do cotidiano escolar etc.

Esclareça que, a princípio, a ideia do planejamento é para uma apresentação

hipotética, porém, se a turma se interessar, poderia transformar esse planejamento em um

espetáculo real para ser encenado para toda a comunidade escolar.

Cada componente dos grupos será responsável por uma função específica e deverão

pensar e registrar no caderno, por meio da escrita de textos e criação de desenhos, o

planejamento do espetáculo. Utilize o roteiro, a seguir, como modelo de registro para orientar

as ações dos estudantes. É importante que eles conversem, tomem as decisões sobre as

escolhas de temas, do roteiro, da história, do figurino, do cenário, das cenas, dos

equipamentos de som e de luz necessários. Ao final da atividade, oriente os grupos a juntar

todas as informações planejadas pelos componentes em um único documento e propicie um

momento de socialização e avaliação de como foi fazer parte desse processo de criação

teatral.

Modelo de roteiro:

Tema Definido em grupo

Título Definido em grupo

Produtor Um componente do grupo ficará responsável por organizar a

produção e a logística do processo de criação.

Roteirista O roteiro da história que será fio condutor do espetáculo pode ser

escrito por mais de um componente a partir do tema escolhido pelo

grupo.

Diretor artístico Fazer a logísticas, supervisionar e coordenar o processo de seleção e

divisão de tarefas entre os componentes dos grupos.

Atores Para interpretar personagens do teatro e do circo, os estudantes

envolvidos nesta função precisam a partir do roteiro escrito, pensar

nas ações dramáticas corporais, na gestualidade e nas expressões vocal

e facial.

Coreógrafo Como se trata de um espetáculo que envolve atividades circense,

oriente que é preciso elaborar coreografias corporais e artísticas.

Figurinista Utilizar as imagens pesquisadas na atividade anterior para servir de

base no processo de criação dos esboços e desenhos dos figurinos.

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Maquiador/

Visagista

Utilizar as imagens pesquisadas na atividade anterior para servir de

base no processo de criação da maquiagem dos personagens.

Sonoplasta Pesquisar e selecionar sons, ruídos e músicas, montando a trilha

sonora para cada cena.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

apreciam e exploram os objetos de conhecimento, se compreendem a relação entre eles e se

reconhecem seus vocabulários. Também, procure observar se investigaram e

experimentaram diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e

maquiador/visagista etc.) e se compreenderam a relação entre elas nos processos de criação

de personagem e de produções teatrais. Organize uma roda e converse com os estudantes

acerca dos objetos de conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem IV

Habilidade (EF06AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de

circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas,

investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Objetos do conhecimento: Contextos e práticas

● artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo

● modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) de circo

paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e vai investigar modos de criação,

produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional. É importante que

você realize registros durante o desenvolvimento das atividades para colaborar com os

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momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados

alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.

História do Circo: A arte do circo está presente desde a Antiguidade em diversas partes do

mundo, mas a forma como hoje conhecemos, vem do Império Romano, que no século IV

a.C., constrói o primeiro grande circo da história, Circus Maximus, , no qual aconteciam

desde festejos religiosos a apresentações de animais e lutas de gladiadores e esportes para

entreter o povo. Na Idade Média, as apresentações foram para praças e ruas com seus artistas

populares, nômades e viajantes. Na Inglaterra do séc. XVII, o inglês Philip Astley desenvolve

a linguagem do circo que passa a ter picadeiros, tendas e lonas para a apresentação de diversas

artes circenses próximas do nosso conhecimento.

No século XX, surgem as escolas de circo na Rússia, França e Canadá no mundo, as

quais alteram a forma de como o circo era regido, principalmente, na troca de saberes

circenses, aliando as técnicas circenses e os bailados performáticos da ginástica artística,

rítmica e acrobática às inovações tecnológicas, narrativas e teatralidade.

Podemos citar alguns circos, mundialmente conhecidos, como o francês Cirque

d'Hiver, o americano Big Apple Circus, o irlandês Tom Duffy's Circus, o Circo Imperial da

China e o canadense Cirque du Soleil.

História do Circo no Brasil: O circo, no Brasil, surge com a vinda dos europeus ao país no

início do séc. XIX. Muitas famílias nômades, ciganas influenciaram as atividades circenses

com apresentações de ilusionismos e de domadores de animais, espalhando-se por todo o

país, mas adaptando os números circenses à cultura e costumes da região. O palhaço, grande

personagem do circo, é o que alinhava o espetáculo por meio de suas pantomimas, sua alegria

e humor sendo muito mais comunicativo e falastrão. Os palhaços, que fizeram mais sucesso

nacional, foram Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca e Torresmo. É importante ressaltar que

o uso de animais, em apresentações circenses, no estado de São Paulo, é proibido pela lei

11.977/05. Listamos o nome de alguns circos: Circo Maximus, Circo Stankkowich, Tihany

Espetacular, Circo Dos Sonhos, Circo Broadway.

Circo-Teatro: O termo circo-teatro se refere a apresentações teatralizadas que aconteciam,

ao final de espetáculos circenses, em meados do século XX no Brasil. Eram encenadas

comédias, dramas e adaptações de temas diversos. Benjamin de Oliveira foi o grande

precursor dessa prática que foi, durante muito tempo, a forma de levar o teatro a todo o país.

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Ela foi perdendo espaço e força até os anos de 1960, quando, praticamente, desapareceu.

Hoje em dia, há grupos que aliam, aos espetáculos teatrais, as técnicas circenses. Podemos

citar as cias. de circo-teatro La Minima, Grupo de Teatro Sem Lona, Grupo Parlapatões e

Cia Nau de Ícaros.

Circo Blamage - É uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 1989, na ilha de

Pellworm, Alemanha, que se propõe a desenvolver habilidades motoras, criativas, artísticas e

sociais de crianças, de jovens com (ou sem) deficiência por meio de seus acampamentos e

vivências. O objetivo do trabalho é a inclusão, treinar e experimentar juntos e, assim,

aprender uns com os outros. A inclusão, também, é percebida pelo público por meio da

atmosfera da tenda do circo, que tem 300 lugares. A intenção não é alcançar o melhor

desempenho artístico, mas valorizar a promoção de habilidades socioemocionais, criativas e

motoras.

Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus - Estas duas companhias circenses

itinerantes, norte americanas, têm origens distintas, porém uniram-se em 1919, formando

uma estrutura que contava com mais de 1.100 empregados, quase 1.800 animais ,

necessitando, para viajar, de quase 100 vagões de trem. Ao longo de sua existência, foi

comprando outros circos tornando-se a maior do mundo, mas tendo diferentes

proprietários. A estrutura possuía três picadeiros e utilizava leões, tigres, gorilas, ursos

polares, girafas, cavalos, camelos e elefantes, além de números como trapézio, homem bala,

palhaços, equilibristas, entre outros. A última apresentação foi em 2017.

Vida Circense: A vida dos artistas de circo é de muito trabalho como eles mesmos dizem.

Além das apresentações, os artistas ensaiam, treinam atos, números e cenas. Dependendo do

tamanho da companhia, o número de tarefas aumenta ainda mais. Nas companhias mais

estruturadas, os artistas têm melhor infraestrutura e podem apenas cuidar de seus afazeres

artísticos. Em companhia menores, os artistas dividem as funções artísticas com as funções

administrativas, de limpeza, de divulgação, de organização e de transporte. As companhias,

que têm crianças em seus elencos, ou as matriculam nas escolas onde fazem temporadas, ou

contratam professores para acompanhar a trupe e cuidar da educação formal delas. Os

artistas de circo viajam muito pelo país e pelo mundo, indo de localidade a localidade

apresentando seus espetáculos, estabelecendo-se nas cidades por temporadas de

apresentações.

Atividade 1: Sondagem

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Nesta atividade de sondagem, converse com os estudantes procurando investigar o

que eles já sabem sobre os artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense),

circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação profissional. Faça a mediação dessa conversa utilizando

as perguntas indicadas a seguir, ou aquelas que considere mais adequadas à sua realidade,

retomando os conhecimentos já apresentados nas situações de aprendizagem anteriores.

1. Vocês acham que todos os circos são iguais ou existe mais de um tipo? Quais tipos

existem?

2. O que diferencia um circo do outro? Quem são os artistas que participam do circo?

3. De que forma outras pessoas que não são do circo podem fazer parte dele?

4. Como vocês imaginam que é a vida dentro do circo? Ela é muito diferente da vida

de quem não é do circo? Por quê?

5. Como a vida do artista de circo pode ser comparada a vida do ator?

6. Quando um circo chega em uma cidade ou região, como as pessoas ficam sabendo?

Atividade 2: Apreciação

Nesta atividade de apreciação, você apresentará fotos e vídeos e mediará uma

conversa, fazendo observações sobre os artistas e grupos de coletivos cênicos de circo teatro,

(teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, que

aparecem nas imagens. Solicite que os estudantes observem todos os detalhes atentamente,

destacando pontos importantes e promova uma reflexão, ao final da atividade, a respeito dos

modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.

Os textos de apoio, do início desta Situação de Aprendizagem, podem na realização da

atividade. É importante que os estudantes registrem em seus cadernos o que foi mais

importante dessa apreciação.

1. 2.

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3. 4.

5. 6.

1. Circo contemporâneo - Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Disponível em:

https://cdn.pixabay.com/photo/2016/12/27/19/13/acrobats-1934564__340.jpg. Acesso

em 18 fev. 2020.

2. Trapezista. Cena do espetáculo de Natal do Cirque du Soleil. Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/acrobatas-cirque-du-soleil-1934622/. Acesso em 18 fev.

2020.

3. Contorcionistas. Fonte: Igor A. Suassuna/Brasil/2014. Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/acrobatas-circo-contorcionismo-412011/. Acesso em 18

fev. 2020.

4. Tenda circense. Fonte: Claudio Kirner/Brasil/2013. Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/circo-palhaço-são-carlos-são-paulo-231549/. Acesso em

18 fev. 2020”.

5. Circo Blamage. Disponível em:https://pixabay.com/pt/photos/circo-artistas-

humanos-crian%C3%A7as-436913/. Acesso em 24 fev. 2020.

6. Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus. Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/circo-arena-anel-picadeiro-828680/. Acesso em 24 fev.

2020.

Link dos vídeos:

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1. Trailer Totem - Cirque du Soleil. Disponível em: https://youtu.be/Z_qmMdmpaB4

Acesso em 18 fev. 2020.

1. Trailer Circo dos Sonhos no Mundo da Fantasia. Disponível em:

https://youtu.be/1fH_DCtAk2o Acesso em 18 fev. 2020.

1. Trecho da apresentação de circo-teatro O Medo de Terezinha - Circo-Teatro Sem

Lona. Disponível em: https://youtu.be/OzcxX90YgdY. Acesso em 18 fev. 2020.

1. Mundo mágico… do circo! Conheça a história e os segredos das atrações do maior

espetáculo da Terra. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/mundo-magico-do-

circo/. Acesso em 18 fev. 2020.

Atividade 3: Ação Expressiva I

A proposta desta atividade é orientar uma pesquisa a respeito de artistas, grupos e

coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros

de diferentes épocas, e investigar os modos de criação, divulgação, circulação e organização

da atuação profissional.

Divida a turma em grupos e informe que a pesquisa pode ser feita em livros, revistas

e internet. Estimule-os a assistir a vídeos, documentários e filmes, relacionados a artistas,

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grupos e coletivos profissionais, selecionando textos e imagens. Apresente uma ideia de

calendário de entregas e oriente a socialização de todo material pesquisado, que poderá ser

por meio de confecção de cartazes, apresentações digitais ou audiovisuais.

Atividade 4: Ação expressiva II

Nesta atividade, você vai propor aos grupos, formados na atividade anterior, que já

investigaram os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional de artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo

paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, a criação de cartazes e formas

diferentes de divulgação da chegada dos artistas e grupos pesquisados na sua localidade.

Solicite aos estudantes que elaborem e apresentem uma ou mais formas de

divulgação normalmente utilizadas nos dias de hoje (cartazes, filipetas, faixas, folhetos,

banners, “carros de som”, propaganda eletrônica, e até esquetes). Os materiais devem conter

dados essenciais: o nome do artista/grupo/coletivo de circo-teatro ou circo, desenhos, fotos

ou imagens, data, horário e endereço das apresentações (hipotéticas), valores dos ingressos

etc. Estimule-os a pensar na forma mais interessante de atrair o público. Finalize,

organizando juntamente com os estudantes, a exposição dos trabalhos produzidos.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

apreciaram e reconheceram artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro

circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e se investigaram os

modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional de

artistas. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre todos os objetos do

conhecimento trabalhados durante as atividades. Ao final, solicite que registrem, em seus

cadernos, o que e como aprenderam.

Para saber mais:

Circos e palhaços brasileiros. Disponível em,:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/arquivos/File/livros/circolivro.pdf. Acesso em 27 jan.

2020.

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Nau de Ícaros – Circo, Dança, Teatro. Disponível em: https://www.naudeicaros.com.br/.

Acesso em: 27 jan. 2020.

Grupo de artistas populares. Disponível em: http://www.rosadosventos.art.br/. Acesso em

27 jan. 2020.

Grupos e Teatro. Disponível em:

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=teatro&tipo=grupos . Acesso em 27

jan. 2020.

Grupo Parlapatões. Disponível em: http://parlapatoes.com.br/site/. Acesso em 27 jan.

2020”.

Circo-teatro é teatro no circo. Disponível em: https://www.circonteudo.com/circo-teatro-

e-teatro-no-circo-2/. Acesso em 27 jan. 2020.

Relembre palhaços históricos brasileiros. Disponível em:

https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/relembre-palhacos-historicos-brasileiros/.

Acesso em 27 jan. 2020.

Os 5 Circos que você tem que conhecer pelo mundo. Disponível em:

https://www.ajanelalaranja.com/circos-pelo-mundo.html. Acesso em 27 jan. 2020.

Viaje nos melhores circos do mundo. Disponível em:

https://www.horoscopovirtual.com.br/artigos/viaje-nos-melhores-circos-do-mundo.

Acesso em 27 jan. 2020.

Quando o teatro encontra o circo. Disponível em:

http://www.questaodecritica.com.br/2013/08/quando-o-teatro-encontra-o-circo/ Acesso

em 27 jan. 2020.

16.Gêneros Teatrais. Disponível em:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=199. Acesso

em: 22 jan. 2020.

Doutores da Alegria, projeto que introduz a arte do palhaço no universo da saúde. Disponível

em: https://doutoresdaalegria.org.br/conheca/sobre-doutores/. Acesso em: 22jun.2020.

Referências Bibliográficas:

BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª

Edição

DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo:

Hucitec, 2003.

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DUPRAT, Rodrigo Mallet. GALHARDO, Jorge Sergio Pérez. Artes circenses no âmbito

escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010 (Coleção Educação Física e Ensino).

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005.

GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: Contextos, 2011.

Pavis, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. 3ª Edição

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:

Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral,

Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos

finais/Secretária da Educação: coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de

Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Mirian Celeste Martins, Sayonara

Pereira, São Paulo: SEE, 2009

SPOLIN, Viola - Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006.

_______ Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo: Perspectiva,

2010. 2 Edição

RUGNA, Betina. Teatro em sala de aula. São Paulo: Alaúde Editorial, 2009.

THOMAZ, Sueli Barbosa, 1950- Imaginário e teatro-educação. Rio de janeiro: Rovelle,

2009.

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL – 7º ANO

VOLUME 3

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Caderno do Professor - Teatro - 7º ano

Prezado Professor,

Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe

Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores

Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São

Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem

livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de

uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos cognitivos

relacionadas aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco

principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que

o estudante aprenda, nesta etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.

Antes de iniciar as Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações

sobre Teatro e um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

A Linguagem Teatral

Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de

significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos

visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação ) e

sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que

utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de

alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que a realização cênica – mediante atores

ou objetos cenográficos - estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).

As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,

propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,

reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se

articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriar de suas

possibilidades comunicacionais de forma individual, coletiva e colaborativa.

Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se

materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se

estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os

objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e vocais

entre outros, são tratados como elementos que participam da constituição de um discurso

cênico e que, como a palavra, têm algo a dizer.

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Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só

verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de

significação para se elaborar uma escrita cênica.

As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro

encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um

determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a

iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou

um material, ou um tema, ou uma obra de arte será explorado naquele encontro, fazendo

com que esse aspecto específico, seja o fio condutor entre as diversas atividades propostas.

Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se voltar para um aspecto

da linguagem que será, especificamente, explorado naquele dia e estabelecer um rastro

perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo tenha noção e se

aproprie do processo de aprendizagem.

Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar

tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a

dia, quanto às resoluções artísticas apresentadas em aula, com o intuito de aprimorar a

aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos de forma mais ampla. Assim, dar

a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,

com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A

avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,

efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o

mundo.

A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos

relacionados aos momentos de aprendizagem, e, gradualmente, no decorrer do processo,

torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os

debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.

Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o

professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à

diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro

rumo, quando considerar necessário.

A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos

presentes em uma encenação. Esse mergulho na linguagem teatral provoca a percepção, a

criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada

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de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar

condições para essa leitura.

Arte como experiência da arte.

A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna,

está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela

padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras

formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.

As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para

provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre dos

condicionamentos, em que o consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo

instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos

toca o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe,

vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então,

como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.

Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais

Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o

professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com

deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual.

Os estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldades no

processo de aprendizagem, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais

gráficos, trabalhar sua gestualidade, dependendo do grau de dificuldade das atividades.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um

único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem

usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação,

independentemente das diferenças e necessidades individuais – inspirada nos princípios da

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e está presente na Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.

Todos devem saber o que diz a Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano

Nacional de Educação (PNE), “Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)

anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado,

preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo,

de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou

conveniados”.

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A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas

de estudantes com necessidades especiais – e transforma em crime a recusa a esse direito.

Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara, todas as crianças têm o mesmo

direito à educação. Neste contexto o professor precisa realizar uma adaptação curricular para

atender à diversidade em sala de aula.

Para saber mais:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva. Portal.Mec Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.

php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional- -de-educacao-

especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23

out. 2019.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03/jun./2020.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.

planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela

ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm

condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma

sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você. A

maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de

ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um

intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a

apropriação dos objetos de conhecimento. Convide um estudante para demonstrar o que

deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação

teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as

vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores.

Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação

adequada, adequação curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e

diferentes formas de avaliação.

Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos . Disponível

em:https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiro

Freitas.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

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Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-

na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.

Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:

http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2

0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.

pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Deficiência visual

Todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É importante, para o

planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em literatura

especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas da

cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências

educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe uma enorme

quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por pessoas que enxergam

normalmente, porém o estudante com deficiência visual não é capaz de utilizar esses códigos

para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral, mas pode criar e utilizar

vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto,

expressão facial, movimentação corporal, voz etc.

Teatro Cego. Cafeicultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.

Acesso em: 31 jan.2020.

Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficiência visual. Disponível em:

http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31

jan.2020.

Deficiência intelectual

O Componente Curricular Arte, com suas diferentes linguagens, torna possível a

manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento da

comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, por meio de

experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são

importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão

formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,

ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular

garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

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Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar

Atividades. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-com-alunos-

com-deficiencia-intelectual/ . Acesso em: 23 out. 2019.

Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Dia a dia educação. Disponível

em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2

016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação

do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos

objetos de conhecimento que serão abordados e processual em todos os momentos de

prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e

recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é

importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer

possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados, estar atento às

dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.

O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em

agrupamentos produtivos1, tem em vista a formação integral do estudante. É importante

frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações

de aprendizagem pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.

Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante

ferramenta para acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e

apropriação dos conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com os colegas,

participação, empenho, respeito pela produção individual, coletiva e colaborativa,

autoconfiança, valorização das diferentes expressões artísticas, reconhecimento de que todos

os obstáculos e desacertos possam ser superados. Ele é uma ferramenta importante para

1 Agrupamentos produtivos: Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construídos pelas

crianças em seu percurso escolar, bem como leva em consideração a heterogeneidade de saberes

existentes no espaço escolar e a sua importância na construção dos saberes dos alunos, pois essa

forma de trabalho é ancorado, em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação

do professor.

Fonte:http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/183/repositorios/biblioteca/Agru

pamentos%20produtivos.pdf. Acesso em: 04 set. 2019.

2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e

bagagem cultural.

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retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma, proporcionando aos

estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a oportunidade de construir

e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a turma e a mediação

professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou superdotação, a

participação na aprendizagem dos demais colegas.

Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes

estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,

considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.

Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para

analisar seu planejamento, replanejar, se necessário e para o acompanhamento individual e

elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador

Curricular.

No quadro estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens

essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes nesta etapa. Para tanto, são descritas de

acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF07AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.

EF = Ensino Fundamental - 07 = 7º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.

Habilidade (EF07AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de

teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os

modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em

teatro.

Verbos – Explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: reconhecer e

apreciar, investigar.

Objetos de conhecimento - Mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos

de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Modificadores dos objetos de conhecimento: Explicitam o contexto e/ou uma maior

especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação profissional em teatro.

Em outras habilidades, também existem modificadores de verbos, por exemplo,

“experimentar” e “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:

Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,

articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

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Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e

recuperação.

Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais

linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de

processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular - Teatro 7º ano

Habilidades

Condições didáticas e

indicações para o

desenvolvimento das

atividades

Observar se o estudante

(EF07AR24) Reconhecer

e apreciar artistas, grupos

e coletivos cênicos de

teatro de animação

paulistas, brasileiros e

estrangeiros de diferentes

épocas, investigando os

modos de criação,

produção, divulgação,

circulação e organização

da atuação profissional em

teatro.

Oportunizar momentos de

reconhecimento e apreciação

de trabalhos e obras de artistas,

grupos e coletivos cênicos de

teatro de animação paulistas,

brasileiros e estrangeiros de

diferentes épocas;

Propiciar momentos de

investigação dos modos de

criação, produção, divulgação,

circulação e organização

profissional em teatro.

Reconhecer os artistas,

grupos e coletivos cênicos

de teatro de animação

paulistas, brasileiros e

estrangeiros de diferentes

épocas;

Apreciar não somente os

trabalhos produzidos por

estes artistas, mas também

a forma de como o

processo de

desenvolvimento de suas

obras são realizadas;

Investigar os modos de

criação, produção,

divulgação, circulação e

organização profissional

em teatro, realizados por

estes indivíduos.

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(EF07AR26) Explorar

diferentes elementos

envolvidos na

composição de

acontecimentos cênicos

do teatro de animação

(personagens, adereços,

cenário, iluminação e

sonoplastia) e reconhecer

seus vocabulários.

Propiciar momentos de

exploração de diferentes

elementos envolvidos na

composição de acontecimentos

cênicos do teatro de animação

(personagens, adereços,

cenário, iluminação e

sonoplastia);

Oportunizar momentos de

reconhecimento dos

vocabulários, utilizados em

teatro de animação.

Explorar diferentes

elementos envolvidos na

composição de

acontecimentos cênicos do

teatro de animação

(personagens, adereços,

cenário, iluminação e

sonoplastia);

Reconhecer seus

vocabulários, utilizados em

teatro de animação.

(EF07AR27) Pesquisar e

criar formas de

dramaturgias no teatro de

animação, em diálogo

com o teatro

contemporâneo.

Propiciar momentos de

pesquisa das formas de

dramaturgias no teatro de

animação;

Oportunizar momentos de

criação de formas de

dramaturgias no teatro de

animação;

Propiciar momentos de diálogo

entre o teatro de animação e o

teatro contemporâneo.

Pesquisar formas de

dramaturgias no teatro de

animação;

Criar formas de

dramaturgias no teatro de

animação;

Dialogar entre o teatro de

animação e o teatro

contemporâneo.

(EF07AR29)

Experimentar, de maneira

imaginativa na

improvisação teatral e no

jogo cênico, as

construções de

movimento

Oportunizar momentos de

experimentação, de maneira

imaginativa na improvisação

teatral e no jogo cênico, as

construções de movimento

(manipulação) e vocais de

Experimentar

improvisações teatrais e no

jogo cênico, confecção de

personagens, construção

de movimentos

(manipulação) e vocal de

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(manipulação) e vocais de

personagens do teatro de

animação.

personagens do teatro de

animação.

personagens do teatro de

animação.

(EF07AR30) Compor

cenas, performances,

esquetes e improvisações

com base em textos

dramáticos ou outros

estímulos (música,

imagens, objetos etc.),

explorando o teatro de

animação e considerando

a relação com o

espectador.

Propiciar momentos de

composição de cenas,

performances, esquetes e

improvisações com base em

textos dramáticos ou outros

estímulos (música, imagens,

objetos etc.);

Oportunizar momentos de

exploração do teatro de

animação;

Propiciar momentos de

consideração e relação entre o

teatro de animação e o

espectador.

Compor cenas,

performances, esquetes e

improvisações com base

em textos dramáticos ou

outros estímulos (música,

imagens, objetos etc.);

Explorar o teatro de

animação;

Considerar a importância

do espectador para com

esta linguagem;

Relacionar o teatro de

animação com o

espectador.

Habilidades

Articuladoras

Condições didáticas e

indicações para o

desenvolvimento das

atividades

Observar se o estudante

(EF69AR33) Analisar

aspectos históricos,

sociais e políticos da

produção artística,

problematizando as

narrativas eurocêntricas e

as diversas categorizações

da arte (arte, artesanato,

folclore, design etc.).

Oportunizar momentos de

pesquisa e análise dos aspectos

históricos, sociais e políticos,

na produção do teatro de

animação;

Possibilitar momentos e

problematização, sobre as

narrativas eurocêntricas e as

diversas categorização da arte

Analisa aspectos

históricos, sociais e

políticos da produção

artística;

Problematiza as narrativas

eurocêntricas e as diversas

categorizações da arte

(artesanato, folclore design

etc.).

Page 61: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

(artesanato, folclore, design

etc.).

(EF69AR35) Identificar e

manipular diferentes

tecnologias e recursos

digitais para acessar,

apreciar, produzir,

registrar e compartilhar

práticas e repertórios

artísticos, de modo

reflexivo, ético e

responsável.

Oportunizar momentos de

pesquisa manipulação de

diferentes tecnologias e

recursos digitais para acessar,

apreciar, produzir, registrar e

compartilhar práticas e

repertórios artísticos;

Possibilitar momentos de

reflexão, ética e responsável.

Identifica e manipula

diferentes tecnologias e

recursos digitais para

acessar, apreciar, produzir,

registrar e compartilhar

práticas e repertórios

artísticos, de modo

reflexivo, ético e

responsável.

Situação de aprendizagem I

Habilidade (EF07AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de

teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os

modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em

teatro.

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas

● Artistas, Grupos e Coletivos Cênicos de Teatro de Animação de diferentes

épocas

● Modos de Criação, Produção, Divulgação, Circulação e organização

profissional em teatro

Habilidade Articuladora (EF69AR33): Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da

produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações

da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Objetos de Conhecimento: Contextos e Práticas

● aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística

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● narrativas eurocêntricas

● diversas categorizações da arte

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com artistas, grupos e coletivos cênicos de Teatro de Animação de diferentes

épocas, pesquisando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização

profissional em teatro e seus aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística,

narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte. É importante que você realize

registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de

avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos

importantes para o desenvolvimento das atividades.

Arte: Pode se definir a arte como uma forma de expressão por meio de uma linguagem,

uma modalidade artística, uma técnica. É um fazer, refletir, criticar, contextualizar, provocar,

causar estesia, fruir e expressar o que está sentindo através do teatro, da dança, da música,

das artes visuais e da arte híbrida, que mistura muitas destas linguagens em uma montagem

única.

Artesanato: Envolve o fazer artístico com os saberes populares, oriundos de uma

determinada localidade, feito manualmente e de forma não industrializada, mas que gera

manutenção, divulgação e sustento da cultura popular de uma região.

Design: É a forma que um determinado produto tem, referindo-se ao seu formato com

linhas rebuscadas, desenhadas e funcionais. O artigo de design tem um estudo por trás de

sua concepção.

Folclore: Conjunto de saberes, costumes, causos, histórias, cantigas, danças e músicas,

tradições e crenças de um povo. a transmissão destes saberes é de geração para geração,

variando de cada região e povo do mundo.

Eurocentrismo: É uma visão de mundo que tende a colocar a Europa (assim como sua

cultura, seu povo, suas línguas etc.) como o elemento fundamental na constituição da

sociedade moderna, sendo, necessariamente, a protagonista da história do homem.

Narrativa: É uma exposição de fatos, uma narração, um conto ou uma história (notícias de

jornal, história em quadrinhos, romances, contos e novelas). As narrativas são expressas por

diversas linguagens: pela palavra (linguagem verbal: oral e escrita), pela imagem (linguagem

visual), pela representação (linguagem teatral) etc.

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Teatro de Animação – É, essencialmente, caracterizado pela presença de um objeto

“intermediário” (objetos, marionetes, fantoches, dedoches, bonecos etc.) entre o ator e a

plateia. Aqui, o boneco, ou uma “forma animada”, será instrumento de comunicação do ator

com o público. Os manipuladores podem estar visíveis ou não, mas sempre mantendo o

foco no boneco e não na pessoa. No teatro de animação são os objetos, bonecos ou formas

animadas que ganham vida e interpretam as personagens.

Existem inúmeros tipos de animação como os fantoches ou títeres ( em que a mão humana

dá vida ao boneco), os dedoches ( pequenos bonecos para colocar nos dedos, repetindo a

técnica do fantoche em escala menor), marionetes ( bonecos articulados com fios presos em

suas articulações), bonecos de mamulengo ( fantoches feitos com cabeças de papel machê e

corpos de tecido, oriundo no nordeste do Brasil, principalmente em Pernambuco), bonecos

robóticos ou computadorizados, teatro de sombras ( a encenação é feita com silhuetas

recortadas em papel contra a luz), teatro com objetos ( os objetos são os personagens em

ação), teatro Bunraku ( técnica japonesa de manipulação de bonecos) entre outros.

Teatro de formas animadas ou de animação contemporâneo: Manifestação

contemporânea do teatro de bonecos que, com bonecos ou não, cola em cena outros

elementos, como objetos, imagens, sombras, formas abstratas, que contracenam com atores

e manipuladores visíveis ou ocultos, mas mantendo sempre o foco de atenção nas figuras

animadas. Grupos experimentais de Teatro de Bonecos cada vez mais buscam inserir nos

seus espetáculos a dança, o cinema, a ópera, o circo etc. Sejam na utilização de bonecos

gigantes, pequenininhos, com diferentes formas de manipular o uso de recursos digitais e

tecnológicos ampliam as infinitas suas possibilidades poéticas.

Teatro Bunraku: nascido para contar a lendas e histórias das dinastias japonesas para o

povo, o Bunkaru é realizado por atores manipuladores, ou titereiros, os quais se vestem com

uma roupa de cor preta e ficam nas costas do boneco. Este ganha vida mexendo o corpo

por meio das mãos dos três atores que fazem a manipulação do boneco: usando apenas as

mãos um titereiro movimenta apenas a cabeça do boneco, o outro apenas os braços e o outro

apenas as pernas.

Vale ressaltar, que o teatro de animação é muito utilizado na televisão brasileira, como

recurso lúdico. Dessa forma, citamos, a seguir, alguns programas utilizam e/ou utilizaram

desse recurso teatral:

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Programas nacionais e internacionais de televisão que utilizavam a manipulação de

bonecos e fantoches:

Nacionais: Rá-Tim-Bum, Castelo Rá-Tim-Bum, Cocóricó, X-Tudo, Glub Glub, TV

Colosso, Vila Sésamo, Programa Mais Você (Louro José), Programa do Ratinho (Xaropinho

e Tunico), Programa da Eliana (Melocoton, inicialmente era um fantoche), Topo Gigio

(finais dos episódios).

Internacionais: The Muppets, Beakman’s World (O Mundo de Beakman), ALF (ALF O

E.Teimoso), Dinosaurs (Família Dinossauro), Lazy Town, Topo Gigio ( Itália).

Companhias de Teatro de Animação e Manipulação, seguem alguns exemplos:

Paulistas: Arte & Manhas / Galhofas & Dramas, CIA TRUKS - Teatro de Bonecos, Pia

Fraus Teatro, Cia Articularte;

Nacionais: Grupo Giramundo (Belo Horizonte/MG), Grupo Sobrevento (São Paulo/SP e

Rio de Janeiro/RJ), Armatrux (Belo Horizonte/MG);

Internacionais: Cia. Art Stage SAN (Coreia), Crazy Body Group (Irã), Cia. Rocamora

(Espanha), Hermanos Oligor (Espanha), CIA Playground (Espanha), Casa Degli Alfieri

(Itália).

Atividade 1 – Sondagem:

Para iniciar as atividades, é importante conversar com os estudantes e questionar as

experiências pessoais, e/ou coletivas de cada um, perguntando sobre quais artistas, grupos e

coletivos cênicos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas , eles conhecem, ou

já tiveram algum acesso. Converse, também, a respeito da participação deles na criação,

produção, divulgação, circulação e/ou organização profissional teatral na escola ou em

outros espaços culturais. Outra questão importante é apresentar, durante a conversa, alguns

conceitos sobre os aspectos históricos, sociais e políticos das produções artísticas e das

narrativas eurocêntricas nas diversas categorizações da arte, falando da diferença entre Arte

e Artesanato. Finalize a conversa, solicitando que os estudantes respondam, no caderno, às

questões indicadas a seguir:

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1. Você já assistiu a algum espetáculo de teatro de animação (bonecos, fantoches, dedoches,

sombra, marionetes, objetos etc.)? Comente como foi a sua experiência.

2. Onde você assistiu a esse teatro? Foi em um ambiente fechado ou em um local aberto? Na

TV ou internet?

3. Para você, como é a criação de um boneco-personagem? De que modo o boneco “ganha

vida” no palco?

4.Conhece algum artista, grupo, coletivos cênicos paulistas, brasileiros e/ou estrangeiros, que

participaram da produção de espetáculos de teatro de animação?

5. Em seu bairro, cidade ou região existem algum artista, grupo, coletivos cênicos que

participaram da produção de espetáculos de teatro de animação? Quais?

6. Qual a diferença entre Arte e Artesanato? Comente.

Para saber mais:

Amphibias Produções & Bonecos. Bonecos amphibias. Disponível em:

http://bonecosamphibias.blogspot.com/2011/04/historia-do-teatro-de-animacao.html.

Acesso em 29 dez..2019.

Reflexões sobre a Dramaturgia no Teatro de Animação para Crianças. Teatro de animação.

Disponível em: https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/reflexoes-

sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/ . Acesso em 24 dez. 2020.

Atividade 2 – Apreciação

Esta atividade está dividida em dois momentos de apreciação de imagens e vídeos

indicados que mostram um pouco das diferentes técnicas do teatro de animação

apresentados por artistas, grupos e coletivos cênicos regionais, nacionais e internacionais,

para fomentar as investigações, reflexões e análises sobre o Teatro de animação e seus

contextos. Oriente os estudantes a observar detalhadamente as imagens, percebendo os

processos de criação, produção, divulgação e circulação e organização profissional em teatro

apresentados nos vídeos, registrando suas impressões no caderno juntamente com as

respostas das questões indicadas.

Momento 1

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● Apreciação de imagens e vídeos: Artistas, Grupos e Coletivos Cênicos de

Teatro de Animação de diferentes épocas.

1. 2.

3. 4.

1. Manipulação de Bonecos. Trabalhos de Álvaro Morau e Drico de Oliveira. Fonte:

Eliana Florindo/ Suzano/ 2018.

2. Detalhe das mãos dos manipuladores. Grupo Gats. Fonte: Evania

Escudeiro/Caraguatatuba - SP/ 2013.

3. Cartazes da espetáculos do Grupo Giramundo. Fonte: Evania Escudeiro – Belo

Horizonte MG/ 2018.

4. Teatro Infantil de Bonecos da Cia. Articularte. Fonte Evania Escudeiro –

Araraquara – SP/ 2019

Vídeos:

Fitafloripa 2009 3º Festival Internacional de Teatro de Animação. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=O0zQfkgSE1M. Acesso em: 24 dez. 2019.

LE PLUS GRAND CABARET DU MONDE. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=CcoPdIpYuhc. Acesso em: 24 dez. 2020.

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Cia Truks. Disponível em: Youtube. https://youtube/xxlEtZ4fs18 . Acesso em:

24/02/2020 .

Grupo Giramundo. Youtube. Disponível em: https://youtube/ICudBdiOkkg. Acesso em:

24/02/2020.

TEATRO DE BONECOS - TV GUIA DO ATOR (Programa 64). Youtube. Disponível

em: https://www.youtube.com/watch?v=a0UA_AIGiyA&t=1s . Acesso em: 24 dez. 2019.

Cia Articularte. Youtube. Disponível em: https://youtube/W-CMLQujVjs . Acesso em:

24/02/2020.

Momento 2

● Apreciação de imagens e vídeos: Modos de Criação, Produção, Divulgação,

Circulação e organização profissional em teatro.

Fonte: Trabalhos de Álvaro Morau e Drico de Oliveira/ Eliana Florindo/ Suzano/ 2018.

● Apreciação de vídeos - Modos de Criação, Produção, Divulgação, Circulação

e organização profissional em teatro.

Links:

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Desvendando o Teatro de Animação. Truks Disponível em:

http://www.truks.com.br/videos/59-desvendando-o-teatro-de-animacao. Acesso

em: 27 dez. 2019.

Grupo Sobrevento. Youtube. Disponível em: https://youtube/TVyYPFIVQ00. Acesso

em: 24/02/2020.

Em seguida, oriente os estudantes a responder em seus cadernos às questões a seguir:

1.O que a sequência de imagens apresenta?

2.Você já assistiu alguma apresentação de teatro de animação? Onde? Escola, igreja, praça

ou parque). Se já assistiu, se lembra qual foi a técnica utilizada?

3.O que chamou mais sua atenção no vídeo: “Fitafloripa 2009 3º Festival Internacional de

Teatro de Animação”?

4. Nos vídeos apresentados, é possível perceber que existe uma história? Você poderia

resumi-las.

5.Já conhecia as companhias de Bonecos – Giramundo, Gats. Trucks, Articularte?

6.Além dos artistas e grupos apresentados conhece algum outro? Quais?

7.Quais as diferenças e semelhanças nos modos de criação, produção, divulgação, circulação

e organização profissional em teatro apresentados nos vídeos?

Atividade 3 – Ação Expressiva I

Para desenvolver esta atividade, realize, juntamente com os estudantes, um percurso

de ações criativas.

Percurso inicial –1: Converse com os estudantes sobre os conceitos de Narrativa,

Eurocentrismo, e as diversas categorizações da Arte, Artesanato, Design e Folclore,

analisando os aspectos históricos, sociais, culturais e políticos nas produções teatrais. Solicite

que registrem no caderno tudo o que foi discutido e analisado, pois o registro das impressões

vai colaborar com a finalização do percurso.

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Percurso – 2: Oriente os grupos a realizar uma pesquisa e seleção de um texto

contendo uma lenda de matriz indígena, africana e/ou europeia, para servir de embasamento

para a adaptação e criação de um roteiro de uma peça teatral e a sua encenação.

Percurso – 3: Organize a turma em grupos de três componentes, mas, antes,

solicite que tragam para esta aula: papel crepom, jornais e/ou revistas, tesoura sem ponta,

fita crepe, retalhos de tecido, tnt etc., fantasias, figurinos para criação e confecção das

personagens. Após finalizar o processo de criação, explique para os grupos a técnica de

manipulação de bonecos Teatro Bunraku – Japonês, técnica esta que será utilizada para

manipular as personagens.

Teatro Bunraku – Japonês - Utiliza uma técnica de manipulação de bonecos

realizada a três, na qual uma pessoa deve manipular com uma mão o corpo e com a outra, a

cabeça. Uma segunda pessoa manipula os braços, sendo cada braço com uma mão, e uma

terceira manipula as pernas, sendo cada perna com uma mão.

Percurso – 4: Apresente aos estudantes os vídeos indicados a seguir para um

momento de apreciação das imagens de artistas, grupos e coletivos cênicos de teatro de

animação. Oriente os estudantes a observar e investigar, detalhadamente, os modos de

criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.

Links:

Oficina de construção de bonecos. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Xmm63FEBVo0 Acesso em: 28 jan. 2020.

Cia Trucks- A bruxinha. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/10-truks-

a-bruxinha-cia-truks Acesso em: 28 jan. 2020.

Cia Trucks- O Amor. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/7-crescer-

amar-demais-nao-faz-mal. Acesso em: 28 jan. 2020.

El teatro de marionetes Ningyo Johruri Bunraku. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=VV_cOq3zh4o. Acesso em: 28 jan. 2020.

100 anos da Imigração: teatro de marionete japonês. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=9fJ0tQV62MA. Acesso em: 28 jan. 2020.

Teatro japonês. Teatro Bunraku. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=NGsyXvmmP8w. Acesso em: 28 jan. 2020.

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Percurso - 5: Finalizada as produções dos bonecos, da escolha da lenda e criação e adaptação

de um roteiro, é o momento de organizar um cronograma de apresentações dos grupos.

Percurso final: Retome com eles o processo de pesquisa, apreciação, criação e produção da

das personagens e das cenas, bem como os momentos de discussão sobre narrativas

eurocêntricas, mediando uma roda de conversa.

Atividade 4 – Ação Expressiva II

A prática do teatro na escola possibilita que os participantes exprimam, de diferentes

maneiras, os seus pontos de vista, fomentando a capacidade dos estudantes de manifestarem

as suas sensações e posicionamentos, tanto no que se refere ao microcosmo das suas relações

pessoais, quanto no que diz respeito às questões de sua comunidade e de seu país. Nesse

contexto, esta atividade está dividida num percurso de aprendizagem estabelecido por um

roteiro de trabalho que prevê: estudo, questionamentos, discussão, pesquisa e análise dos

aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística entre as diversas categorizações

da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Grupo 1: Arte, Grupo 2: Artesanato, Grupo 3: Design, Grupo 4: Folclore

1ª Etapa: Converse com os estudantes sobre a palavra Arte que tem, em sua origem,

o significado de técnica e habilidade e pode ser compreendida como a capacidade que o ser

humano tem de manifestar suas ideias e cultura, utilizando-se de símbolos, signos e

elementos de comunicação. Desde a época das cavernas, os seres humanos se comunicavam

por meio dela, a chamada arte rupestre e, ao longo do tempo, a história da arte tenta

categorizar e compreender as diversas mudanças no fazer artístico.

2ª Etapa: Realize os questionamentos indicados e outros que achar pertinente.

1. Você sabe quais são as diferenças existentes entre o trabalho de um artista de

um artesão?

2. Você sabe quais são as diferenças e semelhanças entre arte e design?

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3. Defina o que é folclore.

3ª Etapa: Divida a turma em quatro grupos e oriente uma pesquisa em livros,

revistas, internet etc. de imagens e textos sobre os conceitos de arte, artesanato, folclore,

design com foco nos aspectos históricos, sociais e políticos das produções artísticas;

4ª Etapa: Finalizadas as pesquisas, oriente os grupos na confecção de quatro painéis ,

utilizando papel pardo e/ou cartolina, tesoura, cola, fita adesiva, caneta hidrocor etc., os quais

deverão ter todas as informações e imagens coletadas;

5ª Etapa: Solicite um a um que cada grupo apresente a sua pesquisa para socializar

as informações e embasar a análise e discussão;

6ª Etapa: Explique sobre os conceitos de narrativa e eurocentrismo. Em seguida,

promova uma análise crítica e um debate do material pesquisado, problematizando as

narrativas eurocêntricas nas diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design).

7ª Etapa: Finalize a atividade solicitando aos estudantes para que registrem

individualmente em seu caderno, suas suposições, ideias e argumentos, tendo como exemplo

o quadro indicado a seguir.

Arte Artesanato Folclore Design

Aspectos

históricos

Aspectos

sociais

Aspectos

políticos

Para saber mais:

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As principais diferenças entre a arte e o design. Printi. Disponível em:

https://www.printi.com.br/blog/principais-diferencas-entre-arte-e-o-design. Acesso em: 23

jun. 2020.

Confira 3 diferenças básicas entre arte e artesanato. Comalma. Disponível em:

https://www.comalma.com.br/confira-3-diferencas-basicas-entre-arte-e-artesanato/.

Acesso em: 23 jun. 2020.

Eurocentrismo. Todoestudo. Disponível em:

https://www.todoestudo.com.br/sociologia/eurocentrismo. Acesso em 23 jun. 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,

por meio do registro em seu portfólio, No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de Teatro de

Animação de diferentes épocas, bem como os modos de criação, produção, divulgação,

circulação e organização profissional em teatro. Além disso, observe se conseguiram analisar

aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas

eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Organize uma roda e converse com os estudantes acerca dos objetos de conhecimento

trabalhados durante as atividades.

Situação de aprendizagem II

Habilidade (EF07AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de

acontecimentos cênicos do teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação

e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

Objetos de Conhecimento: Elementos da Linguagem

● teatro de animação

● elementos na composição cênica - personagens, adereços, cenários,

iluminação, sonoplastia

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos do

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teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia), explorando e

reconhecendo seus vocabulários. É importante que você realize registros durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e

recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos

importantes para o desenvolvimento das atividades.

Adereço: Acessório que compõem o conjunto estético de um personagem.

Cenografia – Processo de criação e construção do acontecimento teatral no seu aspecto

espacial e da imagem cênica. Em sua linguagem artístico-estética, utiliza-se de elementos

como cor, luz, forma, linha e volume para solucionar esteticamente as necessidades poéticas

apresentadas pelo espetáculo. Hoje, projetos cenográficos são expandidos para além da cena

teatral, podendo ser encontrados em exposições, ambientes, lugares para as mídias e eventos

artístico-estéticos.

Espaço cênico – Espaço onde a cena teatral acontece. Na contemporaneidade, o fenômeno

teatral pode acontecer em qualquer lugar, transformando qualquer espaço em espaço cênico.

Essa metamorfose do espaço acontece com a presença do ator em ação.

Iluminador – Profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua

criação até a operação no momento da cena

Personagem – De modo mais esquemático, a palavra deriva do grego: persona (máscara) e

agon (que debate, que “fala” por si, que se apresenta). Então, sendo uma máscara, não é uma

pessoa, mas alguém que se coloca no lugar da pessoa como se fora ela. Nas formas da

tragédia, da comédia e do drama satírico, havia o coro, que era uma personagem coletiva que

representava o Estado (o número de homens variava, dependendo do gênero). Vale lembrar

que, no teatro erudito, diferentemente do popular, os atores eram sempre homens.

Sonoplastia – Conjunto de sons e efeitos sonoros criados para uma atividade artística,

proveniente de músicas, ruídos, vozes, e outras fontes e formas sonoras.

Teatro de bonecos – Gênero teatral em que bonecos representam personagens

antropomorfos, zoomorfos e míticos. Nesses espetáculos, o ator- -manipulador quase

sempre não é visível, colocando-se atrás de anteparos. De acordo com as possibilidades de

manipulação, os bonecos podem ser: de luva, também conhecidos como fantoches; de vara

e varetas; de fios e articulados.

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Teatro de objetos – O primeiro festival de teatro de objetos aconteceu em 1983, na França.

Trata-se de uma modalidade de teatro de animação que conta histórias por meio da

manipulação de objetos, formando imagens poéticas repletas de simbologia. São utilizados

objetos do cotidiano que, com a incidência das luzes cênicas sobre eles e com o jogo de

sensações entre os atores e os objetos, assumem uma carga de significados

Teatro de sombras – Surge na China por volta de 5000 a.C. Por meio de uma tela de

tecido branco esticado, silhuetas recortadas em papel firme são coladas em varas de madeira

e movimentadas contra a luz, que incide dando o efeito de sombra na tela. A técnica consiste

na utilização de uma tela, para esconder atores e bonecos que, por sua vez, pela incidência

da luz sobre seus corpos, são projetados nessa mesma tela. Assim, as histórias são narradas

por esses bonecos, que podem ser articulados ou não. Esse tipo de teatro é considerado o

precursor do cinema.

Para saber mais:

Elementos do Teatro. Arte.seed. Disponível em:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=197. Acesso

em: 29 jan. 2020.

Luz no teatro. Slides are. Disponível em: https://pt.slideshare.net/celsoviviani/luz-no-

teatro. Acesso em: 29 jan. 2020.

Como criar uma sonoplastia. Teatro na sala de aula. Disponível em:

https://teatronasaladeaula.com.br/como-criar-uma-sonoplastia/. Acesso em: 28 jan. 2020.

Educação e Estética e artística. Educação artística. Disponível em:

.http://educacaoartistica.dge.mec.pt/teatro-glossario.html. Acesso em: 28 jan. 2020.

Atividade 1 – Sondagem

Realize uma sondagem com os estudantes questionando a respeito dos elementos

envolvidos nas produções de Teatro de Animação que eles conhecem e/ou têm acesso. Em

seguida, fale sobre os conceitos de personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia

e a importância desses elementos para a produção teatral. Ao final, solicite que os estudantes

registrem, no caderno, as seguintes questões:

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1. Vocês já assistiram a algum espetáculo de teatro de animação? Foi ao vivo, pela TV

e/ou internet? Conte um pouco de suas experiências.

2. Já participou na escola ou em centros culturais de confecção de bonecos e produção

de teatro de animação? Conte suas experiências.

3. Qual a importância dos elementos - personagens, adereços, cenário, iluminação e

sonoplastia - para a produção teatral?

Atividade 2: Apreciação

Apresente as imagens e os vídeos indicados e converse com os estudantes acerca dos

diferentes elementos que envolvem a composição cênica do teatro de animação

(personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia). Finalize a atividade solicitando

que escrevam, no caderno, um texto relatando tudo que conseguiram observar e apreciar em

cada imagem.

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Imagem 1. Cenário de montagem do teatro de bonecos de Alice no País das Maravilhas. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/

2019.

Imagem 2. Cenários de montagem do teatro de bonecos de Os Três Porquinhos. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/ 2019 .

Imagem 3. Cenário de montagem do teatro de bonecos. Fonte: Amábile Talita Cavalini/ Caraguatatuba/ 2019 .

Imagem 4. Mesa de som. Fonte: Edu Santos Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/08/29/02/09/sound-table-

3638994_960_720.jpg. Acesso em: 28 jan. 2020.

Imagem 5. Bonecos feitos com materiais reciclados. Fonte: Evania Escudeiro/ São Paulo/ 2019 .

Imagem 6. Bonecos de sombra. Fonte: Bigter Choi. Disponível em: https://pixabay.com/fr/photos/th%C3%A9%C3%A2tre-

lumi%C3%A8re-430552/. Acesso em: 04/fev./2020.

Links:

Nestes vídeos é possível observar diferentes trabalhos com a manipulação de objetos,

explorando diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos do

teatro de animação (personagens, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia).

O Amor- Cia Truks. Truks. Disponível em: : http://www.truks.com.br/videos/7-crescer-

amar-demais-nao-faz-mal. Acesso em: 28 jan. 2020.

Sonhatório- Cia Trcks. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/3-truks-

sonhatorio-3-min. Acesso em: 28 jan. 2020.

Expedição pacífico- Cia Truks. Truks. Disponível em:

http://www.truks.com.br/videos/85-expedicao-pacifico-teaser. Acesso em: 28 jan. 2020.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

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Para ampliar o conhecimento e o vocabulário dos estudantes, organize a turma em

grupos e oriente a realização de uma pesquisa em livros, revistas, folhetos, jornal, internet

etc. de imagens e textos de diferentes elementos envolvidos na composição de

acontecimentos cênicos do teatro de animação - personagens, adereços, cenário, iluminação

e sonoplastia. Finalizada a pesquisa, é o momento de iniciar o processo de criação de verbetes

e construção de um “Dicionário de Teatro” utilizando todo material pesquisado. Explique

aos grupos que eles devem decidir e planejar como vai acontecer a criação, podendo

acrescentar, recortes, colagens e os próprios desenhos para fazer a ilustração. Para a

produção, solicite, antecipadamente, aos estudantes que tragam para a aula: cola, tesoura,

régua, lápis de cor, papel colorido etc. Outra sugestão, é a produção de pequenos

vídeos/podcasts que explicam rapidamente os conceitos. As produções podem ser

socializadas em vlogs da escola/turma. Depois de pronto, propicie um momento de

exposição e socialização destas produções, considerando a finalidade comunicativa que

Dicionários tem, pois são usados como fonte de consulta. Nesse contexto, os verbetes

produzidos podem ser postados em um blog da turma, por exemplo, podendo ser

consultados sempre que necessário

Atividade 4 - Ação expressiva II

Para desenvolver esta atividade de Teatro de Sombras, é interessante orientar os

estudantes a realizar exercícios com silhuetas de animais, perfis de homens, mulheres, casas,

árvores, objetos etc. Para fazê-las, solicite que tragam de casa alguns materiais como papelão,

cartolina e/ou papel cartão, tesoura, fita adesiva, varetas pequenas, médias e grandes, cola,

guache preto ou papel-espelho (dobradura) preto, pincel, papel celofane ou plástico colorido

etc., e um lençol branco e/ou TNT para criar o fundo branco. O foco de luz pode ser feito

com um abajur, lanternas, retroprojetor ou mesmo um celular.

Em seguida, organize a turma em grupos de 4 ou 5 componentes, e oriente os

estudantes a imaginarem uma história para suas silhuetas, encenando no fundo branco a

história dessas sombras. Se quiserem incrementar, eles podem criar um cenário colorido,

usando papel-celofane ou plástico. Nessa experimentação, é importante manter a silhueta

junto ao fundo branco (lençol) para a projeção adequada, refletindo exatamente o desenho,

a forma da silhueta recortada, criando efeitos de deformação poética da imagem –

aproximando e distanciando a silhueta do lençol para produzir imagens deformadas,

fantásticas e irreais. Enquanto um grupo faz suas experimentações, os outros se transformam

em plateia assistindo, para depois apontarem para o grupo: o que foi interessante; o que

funcionou ou não, na projeção; o que acontece com as silhuetas submetidas às diferentes

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intensidades da luz (abajur, lanterna, projetor) e às diferentes distâncias que separam as

silhuetas do foco luminoso.

Atividade 5 - Ação expressiva III

Inicie a atividade de experimentação de Teatro de Objetos apresentando as imagens

e os vídeos indicados. Explique aos estudantes que, no espetáculo da Cia. Truks e do Grupo

GATS, a antiga história de Andersen ganha novos ares ao fundir realidade com ficção. Sem

nenhum cenário, sem nenhum texto, acompanhados de boa música instrumental ao vivo,

despojados de qualquer artifício cênico e utilizando apenas as mãos e sacolas plásticas, os

personagens, magicamente, se materializam diante dos olhos do espectador. Há realmente

um toque mágico nas transformações da matéria operadas no teatro de objetos. A renovada

surpresa das invenções em cena com os objetos reside na extrema simplicidade dos

“achados”, no ajuste perfeito entre matéria, materiais e manipulação do ator, oferecendo uma

poética singular aos objetos do cotidiano, que provoca em nós, espectadores, um aguçado

imaginário simbólico e poético.

1.

2.

Imagem 1 e 2: Criação de Personagens com objetos. Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.

Links:

O Patinho Feio - Grupo GATS. Teatro gats. Disponível em:

https://teatrogats.wordpress.com/pecas-teatrais-artisticas/o-patinho-feio/. Acesso em: 04

fev. 2020.

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O Patinho Feio - TRUKS TV. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=xxzhjv7q4qU. Acesso em: 03 fev. 2020.

Se no cotidiano o objeto é funcional, no teatro de objetos ele passa para o mundo

das formas dos signos, dos símbolos e do imaginário poético. Assim, um saca rolha pode vir

a ser um pai de família, uma panela de pipoca pode vir a ser uma mãe e uma colher de pau,

uma filha. Petecas, funis, espanadores, leques, luvas, garfos, espremedores de frutas,

escorredores de arroz, escovas, baldes, vassouras, desentupidores de pia, tecidos e outros

utensílios domésticos podem se transformar em divertidos personagens. A união de um

espanador e de uma roldana pode dar vida à dançarina equilibrista em uma perigosa travessia

de uma trena. É assim que cada objeto manipulado vai se transformando em força simbólica,

estimulando nossa imaginação poética.

Esse trabalho com objetos do cotidiano parte dos significados possíveis de um

objeto, transformando-os em outros significantes, gerando novos significados (um

espremedor de frutas vira o bico de uma galinha, por exemplo). Esse, portanto, não é um

trabalho decorativo e não resulta em objetos estanques. O objeto-personagem se cria na ação

do ator, ou seja, forma-se em um jogo simbólico, assim como quando a criança transforma

um cabo de vassoura em cavalinho simplesmente porque “monta nele”, sai “galopando” e

fazendo “pocotó, pocotó, pocotó”.

A proposta é provocar nos estudantes um exercício criador de olhar o mundo,

perceber as coisas, escolher, apropriar, transformar, criar e inventar. Desse modo, busca-se

estimular o processo criativo, a invenção e o estabelecimento de novos referenciais

imaginários, a partir dos seguintes momentos:

1º momento – Trazer para a sala de aula três objetos do cotidiano, entre os seguintes:

objetos de cozinha (colher de pau, escorredor de arroz, peneira etc.); objetos naturais

(galhos, folhas, pedras etc.); objetos pessoais (bolsa usada, bola, sapato velho) e tecidos, lã,

sacolas de plástico, cordão, barbante, cola, tesoura, fita-crepe etc.

2º momento – Organizar grupo de no máximo seis componentes e selecionar dos objetos

trazidos para a sala de aula o que vai ser utilizado para confecção das personagens.

3º momento – Criar um bicho e uma pessoa transformando os objetos em personagens. Em

seguida, dividir-se em duplas ou trios para manipular os bonecos e produzir uma pequena

cena.

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4º momento – Estudar e ensaiar os movimentos e sons que os bonecos são capazes de

produzir é importante para dar vida as personagens .

5º momento – Criar um ambiente (cenário) para o objeto transformado, a fim de que ele

tenha qualidades dramáticas e enquadramento cênico. Esse ambiente pode ser um canto da

sala de aula, o jardim da escola, uma cadeira, uma gaveta, uma caixa etc.

6º momento – Planejar a produção de focos de luz sobre o objeto-personagem, utilizando

lanternas, abajur ou o celular. Em um primeiro instante, pode-se apresentar o objeto-

personagem estático no ambiente com uma luz móvel sobre ele. Em seguida, uma luz fixa

pode incidir sobre o objeto-personagem em movimento, manipulado pelos grupos.

7º momento – Dramatizar uma história conhecida ou escrita pelo grupo utilizando os

objetos-personagem.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na composição de

acontecimentos cênicos do teatro de animação - personagens, adereços, cenário, iluminação

e sonoplastia, reconhecendo seus vocabulários. Organize uma roda e converse com os

estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de aprendizagem III

Habilidade: (EF07AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e

no jogo cênico, as construções de movimento (manipulação) e vocais de personagens do

teatro de animação.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

● Improvisação teatral e jogo cênico

● Construções de movimentos (manipulação) e vocais de personagens de teatro

de animação

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Habilidade (EF07AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com

base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando

o teatro de animação e considerando a relação com o espectador.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

● Cenas, performances, esquetes e improvisações com base em textos

dramáticos;

● Relacionar o teatro de animação com o espectador.

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas, você

vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com cenas, performances, esquetes, improvisação teatral, jogo cênico, movimentos de

manipulação e vocais de personagens de teatro de animação, textos dramáticos , relacionando

o teatro de animação com o espectador. É importante que você realize registros durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e recuperação.

Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para

o desenvolvimento das atividades.

Ator manipulador/animador/titereiro – ator que manipula personagens dando vida

podendo utilizar-se do seu próprio corpo como suporte para o boneco.

Cena - Trecho, recorte, fração ou acontecimento dramático.

Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo.

Esquete - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os

atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.

Improvisação - teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas

estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais

variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua

espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo é a improvisação como

espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público

para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe

isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já

que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores,

mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.

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Leitura dramática – Trabalho resultante do estudo de um texto dramatúrgico preconcebido

e a consequente utilização desse instrumento como auxiliar no processo de encenação, assim

como recurso para a apresentação simplificada de um texto.

O texto dramático - Textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.

Performance -Manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo),

geralmente em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com

liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.

Atividade 1 – Sondagem:

Há sempre um encantamento, quando assistimos aos espetáculos de marionetes ou

teatro de bonecos ou, ainda, aos mamulengos ou teatro de fantoches, como é habitualmente

chamado o teatro de formas animadas na escola. Mas o que sabem os estudantes sobre a

produção de bonecos no teatro de formas animadas? Como a forma inventa a personagem

e a personagem inventa a forma de compor cenas, performances, esquetes e improvisações?

Como é a relação do espectador com os espetáculos de teatro de animação? Para mover a

atuação protagonista dos estudantes, é importante uma conversa inicial para saber o que eles

pensam ou possuem como repertório sobre improvisação teatral, jogo cênico, construção de

movimento (manipulação) e vocais de personagens - “seres animados-inanimados” do teatro

de formas animadas.

1. O que você imagina que seja um teatro de formas animadas?

2.Você já assistiu a algum espetáculo em que as histórias eram contadas por meio de bonecos?

Qual?

3.Para você, como é a criação de um boneco-personagem? De que modo o boneco “ganha

vida” no palco?

4. Já criou algum fantoche, marionetes ou bonecos para fazer teatro de animação? Quais

materiais utilizou?

5. Existe em seu bairro, cidade ou região cursos de teatro de animação? Quais?

6. Geralmente escolas, igrejas, centros culturais e/ou projetos sociais promovem por meio

do teatro de animação várias atividades. Já participou de algumas atividades? Comente.

Atividade 2 – Apreciação:

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Para o estudo da forma como elemento na criação teatral, a ideia é aproximar os

estudantes ao teatro de formas animadas e/ou teatro de animação por meio de apreciação de

imagens e vídeos indicados. Durante a apreciação, converse com os estudantes sobre: os

conceitos de improvisação teatral, jogo cênico, cenas, performances, esquetes. Fale, também,

da importância da construção de movimentos (manipulação) e vocais de personagens, da

relação entre o teatro de animação e o espectador.

Imagens 1Teatro de bonecos: Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.

Imagens 2 Fantoches Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2013.

Imagens 3 - Pinóquio Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2020.

Imagens 4 – Chapeuzinho vermelho Fonte: Evania Escudeiro/ Caraguatatuba/ 2020.

Vídeos:

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Peepers. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=lyGDzfVWGks&list=PLUPbSnhac-

a6ncFKUBLAsggtaquBr-fb3&index=4. Acesso em: 29 jan. 2020.

Nas Asas da Paz - Cia. Articularte - Prêmio Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo:

2016-17. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JdyviuvcpCM.

Acesso em: 29 jan. 2020.

Chapeuzim Vermelho e o Lobo Marrom - Cia. Articularte Teatro de Bonecos. Youtube.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jaAEo1lf12Y. Acesso em: 29 jan.

2020.

A Cuca Fofa de Tarsila - Cia. Articularte. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=W-CMLQujVjs. Acesso em: 29 jan. 2020.

Peepers. Peeperspuppet. Disponível em: www.peeperspuppet.com. Acesso em: 29 jan.

2020.

Questões

1.Qual ou quais são os objetos do cotidiano utilizados na composição dos personagens,

cenários etc.?

2.Como você percebe a manipulação dos bonecos? É possível entender as histórias?

3.Na sua opinião dar vida a um boneco por meio do teatro é uma tarefa fácil? Por quê?

Atividade 3 – Ação Expressiva I:

Há diferentes formas e proposições de jogos de improvisação teatral, principalmente,

aqueles propostos pelo sistema de Viola Spolin em seu livro Improvisação para o teatro. Nesse

sistema de jogos, didaticamente, os termos teatrais espaço cênico, personagem e ação

dramática são substituídos pelas terminologias ONDE (espaço cênico - lugar e/ou

ambiente), QUEM (personagem e/ou relações) e O QUÊ (ação dramática - atividade),

estabelecendo uma situação dramática: Onde estamos? Quem somos? O que estamos

fazendo? Isso significa que o personagem (QUEM) vai gerar uma ação (O QUÊ) dentro de

um espaço (ONDE). A metodologia dos jogos teatrais, segundo a proposta de Spolin, pode

ser compreendida como uma organização para a atuação que permite a investigação da

gramática teatral e a consciência de criar a realidade cênica, implicando agir pela ação física,

pelo sensório-corporal e pela percepção objetiva do ambiente e das interações entre os

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jogadores. No jogo, tanto a estrutura dramática como o objeto do jogo que proporciona o

foco e o acordo do grupo, compõem as regras do jogo teatral que é realizado no improviso.

Solicite aos estudantes que tragam para a aula objetos como bonecos e bichos de pelúcia para

realizarem essa atividade. É importante que você, também, leve alguns bonecos e bichos de

pelúcia para essa atividade.

Jogo Cênico - Palco/plateia:

Organize os estudantes em grupos para que criem pequenas improvisações

explorando o ONDE, O QUÊ e o QUEM através de seus bonecos. Estimule os grupos a

definirem suas cenas e pensarem nas vozes dos bonecos, de que forma serão encenadas e

como se posicionarão na manipulação deles (abaixados, atrás de uma mesa, no mesmo nível

do boneco) durante a apresentação. Quanto mais possibilidades de articulação com o boneco

forem exploradas, melhor será a manipulação na improvisação.

Disponha a turma de forma a estabelecer a relação palco/plateia durante as

improvisações. Tal relação acontece toda vez que um ator se apresenta para um público,

estando o ator no palco, representando a ação e o público, espectador na plateia, assistindo

e interagindo com a encenação. Explique que esse momento de assistir à apresentação do

colega é de suma importância no fazer teatral e a participação de todos no encenar e no

assistir é essencial. Depois das improvisações, forme uma roda de conversa e deixe que os

estudantes falem sobre suas expectativas e realizações durante a improvisação, sobre como

foi a manipulação e como foi assistir às apresentações dos colegas. Após a experiência com

o jogo teatral, solicite que registrem, no caderno, suas anotações a respeito da experiência

vivida como plateia e como atores.

Atividade 4 – Ação Expressiva II:

Divida a turma em dois grupos e oriente que cada grupo apresente uma cena

improvisada a partir de um texto dramático indicado por você ou escolhido por eles,

seguindo o roteiro de trabalho indicado.

● Pesquisar e selecionar (em livros, internet etc. textos dramáticos para servirem de

base para as cenas a serem encenadas).

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● Utilizar figurinos e fantasias confeccionados de papel (jornal, papel crepon, papel

pardo, tnt, fita adesiva, tesoura etc.).

● Fazer adequação e adaptação nos textos para que haja ações interativas com a

participação do público.

Grupo 1: Cena improvisada – Esquete

Grupo 2: Cena improvisada – Performance

Atividade 5 – Ação expressiva III

Para esta atividade, organize a turma em grupos de no máximo seis componentes,

para criar e apresentar uma cena a partir de um texto dramático indicado por você. Todos os

grupos irão encenar a mesma história, porém utilizarão elementos teatrais diferentes,

permitindo que a forma animada torne visível a singularidade de cada personagem. Oriente

os estudantes a construir seu personagem, utilizando materiais recicláveis e/ ou alternativos

(papel, tecido, papelão, revistas para recortes, embalagens, plástico, lã, barbante).

Roteiro de trabalho:

●Fazer um esboço (desenho) dos bonecos .

●Improvisar uma história para ser contada. Os diálogos podem ser simples e objetivos .

● Verificar a forma característica de cada personagem que deve ser determinada por um tipo

de voz diferente para cada um.

●Observar que a iluminação pode ser feita com lanternas ou mesmo com a utilização dos

aparelhos celulares.

●Acrescentar elementos da dança, música e/ou artes visuais.

● Registrar as cenas com máquina fotográfica, filmadora e/ou celular.

● Compartilhar as produções em vídeo, após a finalização da atividade.

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Grupo 1. – Teatro de fantoche Grupo 2 – Teatro de dedoche

Grupo 3 – Teatro de marionete Grupo 4 – Teatro de vareta

Grupo 5 – Teatro bonecos Grupo 6 - Teatro de Objetos

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo,

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na improvisação teatral. Além

disso, observe se eles vivenciaram jogos cênicos, manipulação e vocais de personagens,

cenas, performances, esquetes e improvisações e se relacionaram o teatro de animação com

o espectador. Organize uma roda e converse com os estudantes sobre os objetos do

conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem IV

Habilidade (EF07AR27): Pesquisar e criar formas de dramaturgias no teatro de animação,

em diálogo com o teatro contemporâneo.

Objetos de Conhecimento: Processos de Criação

● Formas de dramaturgias no teatro da animação;

● Diálogo com o teatro contemporâneo.

Habilidade articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e

recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e

repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Objetos de Conhecimento: Arte e Tecnologia

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● diferentes tecnologias e recursos digitais;

● apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos .

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com as formas de teatro de animação em um diálogo com o teatro

contemporâneo, além de identificar as diferentes tecnologias e recursos digitais para apreciar,

produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos.

Para saber mais:

Teatro contemporâneo. Infoescola. Disponível em:

:https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em 29 jan. 2020.

O Teatro em uma nova perspectiva tecnológica. Bdm.unb Disponível em:

http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6571/1/2013_CarlosdeSouzaMaciel.pdf. Acesso em:

29 jan. 2020.

Artifícios das dramaturgias no Teatro de Formas Animadas. Revistas.udesc. Disponível em:

http://www.revistas.udesc.br/index.php/moin/article/viewFile/12507/7928. Acesso em:

29 jan. 2020.

Formas de dramaturgias no teatro da animação. Teatrodeanimacao. Disponível em:

https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/teatro-de-animacao-teatro-de-

formas-animadas/reflexoes-sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/

Acesso em: 23jun. 2020.

Reflexões sobre a Dramaturgia no Teatro de Animação para Crianças. Teatro de animação.

Disponível em: https://teatrodeanimacao.wordpress.com/revista-eletronica/reflexoes-

sobre-a-dramaturgia-no-teatro-de-animacao-para-criancas/. Acesso em 24 dez. 2019.

Atividade 1: Sondagem

Nesta primeira atividade, converse com a turma para saber quais conhecimentos eles

têm sobre as formas de dramaturgias no teatro de animação em diálogo com o teatro

contemporâneo e quais diferentes tecnologias e recursos digitais costumam utilizar para

acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos. Utilize os

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questionamentos, a seguir, e outros que achar pertinente para esta atividade. Finalize

orientando os estudantes a registrarem no caderno suas respostas.

1. Quais formas de dramaturgias no teatro de animação que você já teve acesso? Atores se

utilizando de máscaras? Formas animada, bonecos? Ou cenas com as técnicas do teatro de

sombras.

2. Quais recursos tecnológicos e digitais podemos utilizar para produzir e registrar e práticas

artísticas na Linguagem teatral? Elenque estes recursos.

3. Quais recursos tecnológicos e digitais podemos utilizar para acessar, apreciar e

compartilhar práticas artísticas na Linguagem teatral? Elenque estes recursos.

Atividade 2: Apreciação

Para este momento de apreciação, oriente os estudantes a observar, atentamente, as

imagens e os vídeos, percebendo como acontece a criação de formas de dramaturgias no

teatro de animação em diálogo com o teatro contemporâneo e, como o uso de diferentes

tecnologias e recursos digitais, modificaram o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar

e compartilhar práticas e repertórios artísticos.

Imagem 1 - Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.

Imagem 2- Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.

Imagem 3 - Construção de bonecos de material reciclável Fonte: Evania Escudeiro/ 2010.

Links:

Udesc lança documentário sobre Teatro de Animação. Udesc. Disponível em:

https://www.udesc.br/noticia/udesc_lanca_documentario_sobre_teatro_de_animacao.

Acesso em: 03 fev. 2020.

Page 90: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

1. A Cia. Truks foi criada em 1990 e, desde então, apresenta uma constante e obsessiva busca

pela perfeição técnica, pela vida e máxima expressividade de seus bonecos. Dotou o seu

trabalho e pesquisa cênica de uma característica singular, ao desenvolver uma técnica

particular de animação de figuras, inspirada na centenária arte japonesa do Bunraku.

Acampatório- Cia Truks. Truks. Disponível em: http://www.truks.com.br/videos/81-cia-

truks-acampatorio-teaser. Acesso em: 28 jan. 2020;

2. Criado em 2001, o Museu Giramundo preserva a maior coleção privada de marionetes do

país, com mais de 850 bonecos, além de projetos técnicos e desenhos originais de Álvaro

Apocalypse (1937-2003), criador do grupo de Teatro de Bonecos.

Na toca do coelho - Alice do Giramundo. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=s2Tui856igY. Acesso em 03 fev. 2020.

3. Cia. Mariza Basso de Teatro de Formas Animadas – Fundada em 2004, na cidade de Bauru,

São Paulo. A transformação de objetos em bonecos-personagem – sem modificar sua

característica original, dando-lhe uma multiplicidade de funções – tem sido a principal linha

de pesquisa da companhia.

Cia. Mariza Basso de Teatro de Formas Animadas. Quilombogroove. Disponível em:

https://quilombogroove.com.br/speaker/mariza-basso/. Acesso em 23 fev.2020.

Atividade 3: Ação Expressiva I

Divida a turma em grupos e oriente os estudantes a pesquisar em livros, revistas,

internet etc. imagens e informações sobre as formas de dramaturgias no teatro de animação,

o seu diálogo com o teatro contemporâneo e como o uso das tecnologias modificou a

maneira de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios

artísticos. Finalizada a pesquisa, organize um momento para socialização dessas

informações. Explique aos estudantes que a socialização pode ser feita por meio da

confecção de cartazes e/ou Power Point.

Atividade 4: Ação Expressiva II

A proposta dos exercícios é voltada à manipulação do boneco em si, ou seja, à

atuação do ator-bonequeiro. O ator-bonequeiro precisa conhecer o movimento das mãos, a

articulação dos pulsos, braços e dedos para trabalhar e estudar movimentos sem o uso do

boneco. Individualmente, oriente os estudantes a experimentar esse fazer teatral como ator-

bonequeiro, por meio das ações expressivas a seguir.

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Movimentando os dedos – Movimente cada dedo das mãos, para frente, para trás e para

os lados. Feito isso, faça uma cena com a interação entre os dedos. Usando tinta de pintura

a dedo, guache atóxica ou caneta hidrocor, pinte uma forma de carinha nos dedos, coloque

detalhes, como olhos, boca etc. Em seguida, comece a trabalhar com pequenos diálogos

improvisados.

Movimentando os dedos e objetos - Em uma variação desse exercício, utilize copinhos

descartáveis de café. Com a caneta hidrocor, desenhe expressões faciais nos copinhos e,

prenda-os nos dedos com fita dupla-face. A proposta é fazer o mesmo exercício básico de

movimento de dedos, criando diálogos e situações cotidianas. Em ambos os casos, pode-se

colocar música de fundo para desenvolver ritmo nos dedos.

Manipulando objetos – Escolha objetos dentro da bolsa ou mochila, para desenvolver uma

história. Por exemplo, lápis, canetas, cola, borracha etc., objetos fáceis de manusear. O

exercício é criar movimentos com os objetos: jeito de andar, de correr, tipo de voz, modo de

falar. É importante, também, trabalhar com outros tipos de objetos, de diversas formas e

tamanhos e havendo tempo e espaço no planejamento das atividades, traga objetos de casa

para ampliar esta atividade.

Manipulando figuras – Recorte figuras de revistas e/ou jornais e comece a trabalhar a

manipulação com a improvisação de diálogos. Essas figuras servem como referência visual

para trabalhar a caracterização das personagens: pessoas da política, artistas, animais,

crianças, jovens, velhos etc. A escolha de diferentes figuras pode criar uma galeria de

personagens.

Atividade 5 – Ação Expressiva III

Criando e contando histórias com bonecos – O Teatro de Bonecos contemporâneo tem

um caráter experimental que agrega por meio de pesquisas, diferentes formas de manipular,

criando infinitas possibilidades poéticas de expressão artística na inserção de dança, cinema,

ópera, circo, nos espetáculos. Depois da realização dos exercícios individuais de manipulação,

a proposta é organizar a turma em grupo e orientar a confecção de bonecos sem boca, com

cabeça de bola de papel machê (em algumas regiões e no meio teatral, eles são conhecidos

como mamulengos), para contar uma história.

Roteiro de trabalho:

● Fazer um esboço (desenho) dos bonecos.

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● Improvisar uma história para ser contada. Os diálogos podem ser simples e

objetivos.

● A forma característica de cada personagem deve ser determinada por um

tipo de voz diferente para cada um.

● A iluminação pode ser feita com lanternas ou mesmo com a utilização dos

aparelhos celulares.

● Acrescentar elementos da dança, música e/ou artes visuais.

● Registrar as cenas com máquina fotográfica, filmadora e/ou celular.

● Finalizada a atividade é o momento de compartilhar as produções em vídeo.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de pesquisar e criar formas de dramaturgias no teatro de animação em diálogo

com o teatro contemporâneo e se utilizaram diferentes tecnologias e recursos digitais para

apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos Organize uma

roda e converse com os estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante

as atividades.

Referências Bibliografia:

AMARAL, Ana Maria. O Ator e Seus Duplos. São Paulo: Editora Senac, 2002.

______. Teatro de Animação. São Caetano do Sul: FAPESP (Ateliê Editorial), 1997.

______. Teatro de Formas Animadas. São Paulo: EDUSP,1996.

BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª ed.

COSTA, Felisberto Sabino da. A poética do ser e não ser: Procedimentos dramatúrgicos

do teatro de animação. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016.

DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador. São Paulo: Hucitec, 2003.

DUPRAT, Rodrigo Mallet. GALHARDO, Jorge Sergio Perez. Artes circenses no âmbito

escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010.

FEIST, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.

GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: contextos, 2011.

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PAVIS, Patrice, 1947 – Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. 3ª ed.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:

Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria

Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.

__________ Caderno do professor: Arte, Anos Finais/Secretária da Educação:

coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de Oliveira Suzigan, Gisa Picosque,

Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara Pereira, São Paulo: SEE, 2009.

__________ Ensinar e Aprender Arte. Cenpec. São Paulo: SEE, 2010.

SPOLIN, Viola - Jogos Teatrais - o fichário de Viola Spolin - São Paulo: Perspectiva, 2006.

_________ Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. São Paulo:

Perspectiva, 2010. 2ª ed.

_________ Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. 5ª ed.

RUGNA, Betina. Teatro em sala de aula. São Paulo: Alaúde Editorial, 2009.

THOMAZ, Sueli Barbosa. Imaginário e teatro-educação. Rio de Janeiro: Rovelle, 2009.

Page 94: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL – 8º ANO

VOLUME 3

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Caderno do Professor - Teatro - 8º ano

Prezado Professor,

Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe

Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores

Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São

Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem

livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de

uma abordagem investigativa, que requer conhecimento relativo a Linguagem Teatral,

visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionadas aos objetos de

conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o

desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta

etapa de ensino iniciando a implementação do Currículo Paulista. Antes de iniciar as

Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações sobre Teatro e um aporte

sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

A Linguagem Teatral

Podemos compreender o teatro como uma arte que se constitui, essencialmente, da

presença de, ao menos, um indivíduo em cena e de outro que o observa. Assim, a arte teatral

está fundamentalmente centrada na figura do ator e nas suas possibilidades de comunicação

com o espectador: por meio da utilização da palavra, do corpo, da exploração de diversas

sonoridades, dos gestos e movimentações etc. Contudo, como linguagem artística, o teatro

pode se valer de variados outros elementos de significação para comunicar algo aos

espectadores, utilizando-se de diversos signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena,

os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos

sonoros). Há espetáculos teatrais que utilizam ainda signos olfativos (aromas de perfumes ou

essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que

a cena - os atores ou objetos cenográficos - trava algum tipo de contato corporal com os

espectadores para lhes comunicar algo).

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Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais

Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o

professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com

deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Os

estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de

alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais gráficos,

trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das atividades.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único

nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar

critérios comparativos. O princípio de inclusão, parte dos direitos de todos à Educação,

independentemente das diferenças e necessidades individuais e inspirada nos princípios da

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), está presente na Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Todos devem saber o que diz a

Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE), que

estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer necessidade especial

de frequentar ambientes educacionais inclusivos. A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade

de todas as escolas em aceitar matrículas de estudantes com necessidades especiais e

transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a

lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Nesse contexto, o professor

precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Para saber mais:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva. Portal.mec. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-

politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-

05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23 out. 2019.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03 jun.2020.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.

planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência auditiva

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Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela

ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm

condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma

sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.

A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de

ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um

intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a

apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide um estudante para demonstrar o que

deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação

teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as

vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores , pois faz parte da

escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequação

curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de

avaliação.

Para saber mais:

Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Repositorio.unb.

Disponível em:

https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiroFreit

as.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-

na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.

Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:

http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2

0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.

pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

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Deficiência visual

Enxergando ou não, todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É

importante para o planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em

literatura especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas

da cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências

educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe um código universal

de gestos convencionais característico dos videntes, entretanto o estudante cego, por sua vez,

não é capaz de se utilizar destes códigos para sua comunicação durante o trabalho com a

linguagem teatral, mas pode criar, se utilizar de um vocabulário próprio - auditivo tátil ,

desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal,

voz, etc.

Para saber mais:

Teatro Cego. Caleidocultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.

Acesso em: 31 jan.2020.

Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficienciavisual. Disponível em:

http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31

jan.2020.

Deficiência intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna

possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento

da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, mediante

experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são

importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão

formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,

ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular

garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Para saber mais:

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Atividades. Institutotitard. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-

com-alunos-com-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 23 out. 2019.

Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar

Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Diaadiaeducacao. Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2

016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação proposta, neste material, é diagnóstica, iniciando com a

ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos

objetos de conhecimento que serão abordados e processual, em todos os momentos de

prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e

recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é

importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer

possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às

dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.

O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em

agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar

que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de

aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.

Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante

ferramenta para: a. acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades

e apropriação dos conhecimentos; b. observação dos processos criativos, da relação com os

colegas, da participação, do empenho, do respeito pela produção individual, coletiva e

colaborativa e da autoconfiança; c. valorização das diferentes expressões artísticas e d.

reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados. Ele é uma

ferramenta importante para retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma,

proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a

oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a

turma e a mediação do professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou

superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas.

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Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes dos

estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,

considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.

Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para

analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e

elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador

Curricular.

No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens

essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de

acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF08AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.

EF = Ensino Fundamental - 08 = 8º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.

Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e

manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,

investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer e

apreciar, investigar.

Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos

de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Modificadores dos objetos de conhecimento: explicitam o contexto e/ou uma maior

especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação profissional.

Em outras habilidades, também, existem modificadores de verbos, por exemplo,

“experimentar” e “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:

Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,

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articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.

Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais

linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de

processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular

Habilidades

Condições didáticas e indicações para o

desenvolvimento das atividades

Observar se o estudante

(EF08AR24) Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.

Propiciar momentos de pesquisa. Propiciar momentos de apreciação. Propiciar momentos de investigação.

Consegue reconhecer modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização de artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matrizes indígenas, africanas e afro-brasileiras de diferentes épocas.

(EF08AR25) Investigar, identificar e analisar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, relacionando o teatro às diferentes dimensões da vida em sociedade e aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.

Propiciar momentos de investigação. Propiciar momentos de identificação. Propiciar momentos de análise.

Consegue identificar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro. Consegue analisar poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços. Consegue relacionar o teatro às diferentes dimensões da vida em sociedade. Aprimorou sua capacidade de apreciação estética teatral.

(EF08AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira (figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia) e

Propiciar momentos de exploração. Propiciar momentos pesquisa e aprofundamento.

Consegue utilizar diferentes elementos cênicos de matriz indígena, africana e afro-brasileira. Consegue reconhecer vocabulários próprios envolvidos na composição de manifestações cênicas de

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reconhecer seus vocabulários.

matriz indígena, africana e afro-brasileira.

(EF08AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho.

Propiciar momentos de investigação. Propiciar momentos de experimentação.

Ampliou seu repertório sobre diferentes funções teatrais em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos. Consegue utilizar diferentes funções teatrais em seus processos de trabalhos artísticos coletivos e colaborativos. Compreende as características do processo de trabalho coletivo e colaborativo.

(EF08AR29) Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens que representem a diversidade do povo brasileiro, problematizando e combatendo estereótipos e preconceitos.

Propiciar momentos de experimentação. Propiciar momentos de improvisação.

Consegue utilizar diferentes gestualidades, construções corporais e vocais de personagens que representem o povo brasileiro. Consegue participar de improvisações teatrais e jogos cênicos de maneira imaginativa problematizando e combatendo estereótipos e preconceitos sobre a diversidade do povo brasileiro.

(EF08AR30) Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que focalizem temáticas identitárias e o repertório pessoal e cultural brasileiro, caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

Propiciar momentos de composição de cenas, performances, esquetes e improvisações. Propiciar momentos de estudo da relação ator/espectador.

Consegue compor cenas, performances, esquetes e improvisações com temáticas identitárias pessoais e culturais brasileiras. Consegue imaginar e explorar diferentes figurinos, adereços, maquiagem, cenários, iluminações e sonoplastia para repensar a experiência estética do espectador.

Habilidades Articuladoras

Condições didáticas e indicações para o

desenvolvimento das atividades

Observar se o estudante

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da

Propiciar momentos de vivências, análise e reflexão

Relaciona as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social,

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vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Propiciar momentos de pesquisar e utilizar de diferentes tecnologias e recursos digitais Produzir e registrar utilizando recursos tecnológicos Possibilitar momentos de reflexão

Identifica e manipula diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Situação de Aprendizagem I

Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e

manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,

investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas

● Artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena,

africana e afro-brasileira de diferentes épocas

● Criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional

Habilidade (EF08AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de

manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira (figurinos, adereços,

maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

Objeto de Conhecimento: Elementos da linguagem

● Elementos constitutivos - figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário e

sonoplastia

● Manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira

Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com artistas, grupos e coletivos cênicos, com manifestações cênicas de matriz

indígena, africana e afro-brasileira, com criação, produção, divulgação, circulação e

organização da atuação profissional, além de elementos constitutivos do teatro - figurinos,

adereços, maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia. É importante que você realize

registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de

avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns

conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.

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Adereços de Cena: São objetos que ornamentam a cena e é aposto no cenário, decorando

a cena como adornos para situar a época, a condição econômica, social ou política das

personagens.

Adereços de representação: São objetos previamente colocados em cena para serem

usados pelo ator durante a representação.

Adereços do ator: São objetos de uso pessoal cuja função principal é ajudar o ator na

composição da personagem.

Cenografia – Processo de criação e construção do acontecimento teatral no seu aspecto

espacial e da imagem cênica. Em sua linguagem artístico-estética, utiliza-se de elementos

como cor, luz, forma, linha e volume para solucionar esteticamente as necessidades poéticas

apresentadas pelo espetáculo. Hoje, projetos cenográficos são expandidos para além da cena

teatral, podendo ser encontrados em exposições, ambientes, lugares para as mídias e eventos

artístico-estéticos.

Figurino – Vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização de seus personagens, de

acordo com sua natureza e que identifica, geralmente, a época e o local da ação. Assim como

na realidade, o vestuário, no teatro, tem a função de reproduzir várias normas de diferentes

culturas. Ao identificar seu procedimento, identificam-se o sexo, a idade, a classe social, a

profissão, a nacionalidade ou a religião do personagem. Ao mesmo tempo, o figurino é um

símbolo que representa atmosfera, época histórica, região, estação do ano, hora do dia, entre

outras situações. Igualmente, o figurino associa, identifica e equipara outros sistemas

culturais.

Maquiagem - Maquilhagem ou maquilagem, consiste na aplicação de produtos com efeito

cosmético, de embelezamento, ou disfarce, seguindo-se, em alguns casos, os ditames da

moda e com uso de substâncias especificamente destinadas a tal como o Kohl misturado

com gordura animal para repelir moscas e proteger o os olhos do sol, utilizado desde a época

de Cleópatra.. Os olhos maquiados, com linhas retas e grossas, eram uma referência ao Deus

Hórus que representava proteção, coragem e força. No Antigo Egito, acredita-se que a

higiene e beleza estavam próximos da divindade. Apenas as mulheres da aristocracia tinham

acesso a essa rotina de higiene e embelezamento. Ter a pele alva, aproximavam-nas dos

deuses e as distinguiam das pessoas comuns, permanecendo, essa distinção social, durante

séculos). A popularização dos produtos cosméticos e a evolução no processo de maquiagem

só foi possível com a indústria química e a modernização das cidades. Isso fez com que

houvesse um boom nesse setor, uma vez que todos tiveram acesso a essa rotina de

embelezamento.

Sonoplastia – Termo surgido na década de 1960, decorrente da junção da palavra latina

sono (som) com a grega plastós (modelado). Designava, no teatro radiofônico, a recriação

de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, ilustrados ou sugeridos

sonoramente em cada cena. Contemplava, também, gravação e montagem de diálogos, bem

como seleção, gravação e alinhamento de música com função dramatúrgica. Este termo é,

igualmente, recorrente em teatro, no cinema, no rádio e na televisão.

Visagismo - Este termo foi criado na década de 1930, pelo maquiador francês, Fernand

Aubry. É uma palavra que deriva do francês ‘visage’, que significa “rosto”. Engloba um

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conjunto de técnicas conceituais, desenvolvidas através do estudo dos traços da face,

características físicas e psicológicas, únicas de cada indivíduo, apontando o rosto como

reflexo da identidade de cada um. Atualmente a tendência é o contourig, método conhecido

por utilizar a técnica de luz e sombra para suavizar as linhas do rosto, fazendo com que o

rosto fique mais próximo do formato oval. Esta técnica de luz e sombra na maquiagem já é

utilizada há muito tempo, principalmente, no teatro e na TV, na criação de personagens, pois

pode envelhecer, rejuvenescer e até mesmo mudar totalmente a pessoa. O visagismo é muito

utilizado na maquiagem com as técnicas de correções.

Atividade 1 – Sondagem

Este momento de sondagem é importante para que você perceba durante a conversa

inicial quais conhecimentos fazem parte do repertório pessoal do estudante e coletivo da

turma. Questione sobre quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de

matriz indígena, africana e afro-brasileira eles conhecem e/ou têm acesso. Explique os

conceitos dos elementos constitutivos do Teatro (figurinos, adereços,

maquiagem/visagismo, cenário e sonoplastia). Converse, também, sobre como acontece a

criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional. Finalize a

atividade solicitando que escrevam, no caderno, um relato de todas as informações descritas

durante a atividade.

1. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz indígena, vocês

conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet e/ou

tv?

2. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz africana, vocês

conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet e/ou

tv.

3. Quais artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações cênicas de matriz afro-brasileira

vocês conhecem? Ou já tiveram contato em apresentações seja presencialmente, pela internet

e/ou tv.

4. Como você acha que acontece a criação e produção de espetáculos teatrais destes grupos?

5. Como você acha que acontece a divulgação e circulação de espetáculos teatrais destes

grupos?

6. Como você acha que acontece a organização da atuação profissional destes artistas e

grupos?

Atividade 2 – Apreciação

Apresente os vídeos e as imagens indicadas para um momento de apreciação. Inicie

a atividade, orientando os estudantes a observar atentamente os detalhes e informações

acerca dos diferentes elementos constitutivos de teatro, artistas, grupos, coletivos cênicos

que criam, produzem, divulgam e organizam a atuação profissional de manifestações cênicas

de matriz indígena, africana e afro-brasileira presentes nas imagens. Aproveite para conversar

com eles a respeito desses objetos de conhecimento e ampliar o repertório artístico e

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cultural. Finalize, solicitando que registrem, no caderno, suas impressões e as comparem com

o relato produzido na atividade anterior.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

1. Alunos caracterizados de egípcios para a exposição cultural da EE Eugenio Prisco.

Fonte: Sérgio Andrade/ Exposição Cultural/2011 Disponível em:

https://www.flickr.com/photos/educacaosp/page277 . Acesso em: 04/02/2020.

2. Alunos caracterizados para apresentação do Simpósio Ambiental de Ciências.

Fonte: Sergio Andrade/ São Paulo/ 2011 Disponível em:

https://www.flickr.com/photos/educacaosp/6506460569/ . Acesso em: 04/02/2020.

3. Cena do Espetáculo Odara. EE Prof. Cyro Barreiro.

Fonte: Marcelo Baldoíno/ 5ª Mostra de Teatro de D.E. Guarulhos Norte Disponível

em:https://photos.google.com/share/AF1QipNcTAufIxfnBt_YvarPeQYhF6WkZMuSnBeM8MfsHBt

HU038931Du9WajN1wNNY5w/photo/AF1QipMf1Rnk86sJaC2ShwjEgUwnlWTKLJu2DZ7Wv4fg?ke

y=VXJHbVNqcFZxR0pjT2xLM1BadnVPYTBWTXBJdkhn . Acesso em: 11/02/2020.

Links:

Áfricas - Bando de Teatro Olodum. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=nl51ex26eCI. Acesso em: 05/ fev./ 2020;

Apresentação Indígena. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=UqBzdRZM_Go. Acesso em: 05/ fev./ 2020.

Para saber mais:

O Teatro no Brasil. Arte.seed. Disponível em:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196. Acesso

em: 05/ fev. / 2020.

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História do Teatro no Brasil. Baraoemfoco. Disponível em:

http://baraoemfoco.com.br/barao/portal/cultura/teatro/tatrobr.htm. Acesso em: 05/ fev.

/ 2020.

Bando de Teatro Olodum. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo410140/bando-de-teatro-olodum. Acesso em:

05/ fev. / 2020.

Grupo de Teatro Indígena. Indiosonline. Disponível em:

https://www.indiosonline.net/grupo_de_teatro_indigena. Acesso em: 05/ fev. / 2020.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

Para explorar os diferentes elementos envolvidos na composição de uma

manifestação cênica, organize os estudantes em oito grupos e oriente que pesquisem em

livros, revistas, jornais, internet etc., imagens e textos contendo informações sobre os temas

indicados para cada grupo. Finalizada a atividade oriente os estudantes a socializar e

apresentar aos outros grupos todas as informações pesquisadas. Explique que todo esse

conhecimento e informações vão ser utilizados por eles na próxima atividade durante a

criação e produção de um espetáculo teatral.

Grupo 1. Artistas, grupos e coletivos cênicos que trabalham com manifestações cênicas de

matriz indígena, africana, afro-brasileira de diferentes épocas.

Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em mapear, coletar dados e buscar

informações sobre artistas, grupos e coletivos representativos da matriz indicada.

Grupo 2. Elementos constitutivos do teatro - figurinos, adereços, maquiagem/visagismo,

cenário e sonoplastia.

Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em definir e descrever esses

conceitos, exemplificá-los e relacioná-los a manifestações cênicas de matriz indígena,

africana, e afro-brasileira de diferentes épocas.

Grupo 3. Organização da atuação profissional no teatro de artistas e grupos que

desenvolvem trabalhos específicos com manifestações cênicas de matriz afro-brasileira de

diferentes épocas.

Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em buscar informações a respeito

de profissões de atuação em manifestações cênicas e da evolução dessas profissões ao longo

do tempo.

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Gripo 4. Processo de criação e produção de manifestações cênicas de matriz indígena,

africana e afro-brasileira de diferentes épocas.

Como é amplo o processo de criação e produção de manifestações cênicas, explique que o

recorte da pesquisa, deste grupo, consiste em buscar o maior número de informações acerca

de como esses grupos teatrais produzem estas manifestações cênicas com foco nas matrizes.

Grupo 5. Divulgação e circulação de informações sobre manifestações cênicas de matriz

indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas.

Explique que o recorte da pesquisa deste grupo consiste em buscar informações a respeito

de quais ferramentas digitais ou impressas, esses grupos utilizam para divulgar o trabalho.

Atividade 4 – Ação Expressiva II

Utilizando todas as informações coletadas na atividade anterior como fonte de

inspiração e conhecimento, organize a turma em três grupos e oriente a produção de um

espetáculo teatral com foco em manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-

brasileira, seguindo o roteiro de trabalho. Finalize com uma roda de conversa, propiciando

um momento de análise e reflexão do processo de criação vivenciado.

Criação - Cada grupo criará seu espetáculo baseado em uma matriz cultural (matriz indígena,

africana e/ ou afro-brasileira). O grupo precisa selecionar informações para elaborar o texto,

criar as cenas, produzir o espetáculo.

Produção – O processo de produção acontecerá de maneira coletiva e colaborativa,

utilizando uma organização da atuação profissional.

Organização da atuação profissional. – O Grupo precisa conversar, organizar-se e dividir

as tarefas entre os componentes.

Função Tarefa

Aderecista(s) Confeccionar adereços

Ator(es) Encenar o texto dramático

Cenógrafo(s) Pesquisa materiais e confecciona o cenário

Figurinista(s) Criar e confeccionar os figurinos

Iluminador(es) Criar um mapa de utilização da luz e operar todo o sistema de iluminação

Maquiador/ visagismo

Executar a maquiagem, cabelo e caracterização das personagens

Sonoplasta Pesquisar e selecionar músicas e efeitos sonoros para produzir a trilha sonora

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Manipular equipamentos tecnológicos e aparelhagem de som

Divulgação – circulação – Cada grupo vai produzir um cartaz para divulgar seu espetáculo

no ambiente escolar. É importante explorar modelos de cartazes de divulgação de

espetáculos. Desse modo, os estudantes terão mais repertório para a produção textual desse

gênero.

Apresentação - Seguindo a organização de um cronograma, pensando em tempo, espaço e

materiais disponíveis para a realização das ações.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e manifestações

cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas. Também observe

se investigaram os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da

atuação profissional e se exploraram diferentes elementos envolvidos na composição de

manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira. Organize uma roda e

converse com os estudantes acerca dos objetos do conhecimento trabalhados durante as

atividades.

Situação de Aprendizagem II

Habilidade (EF08AR28): Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator,

figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor,

diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e

colaborativos, e compreender as características desse processo de trabalho.

Objetos de Conhecimento: Processos de criação

● Funções teatrais: Ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,

iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.

● Processos artísticos coletivos e colaborativos

Habilidade Articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e

recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e

repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Objeto de Conhecimento:- Tecnologias e recursos digitais

● diferentes tecnologias e recursos digitais

● práticas e repertórios artísticos

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Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com as funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,

iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa) e as diferentes tecnologias

e recursos digitais utilizados no acesso e produção artística. É importante que você realize

registros durante o desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de

avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns

conceitos importantes para o desenvolvimento das atividades.

Criação coletiva - No teatro, a criação coletiva surge com os grupos teatrais que, nas décadas

de 1960 e 1970, associam todos os elementos da encenação, inclusive o texto, em um mesmo

processo de autoria com base na experimentação em sala de ensaio.

Processos artísticos coletivos e colaborativos – Pode-se dizer que em se tratando do

teatro popular, a prática da criação compartilhada (coletiva) já existe há muitos séculos. O

que vemos hoje é uma atualização dessas práticas nos processos artísticos coletivos e

colaborativos.

Essa forma de criação se dá a partir da necessidade de contrapor regras pré-estabelecidas em

que espaços cênicos são exclusivos, atores têm a função única de cuidar de suas

personagens, o texto é restrito somente ao seu autor e o jogo cênico, ao diretor, ou seja, uma

maneira funcionalista de procedimentos.

Esses processos de participação coletiva e colaborativa permitem a participação de todos

mostrarem seus conhecimentos e talentos na elaboração da obra teatral.

Atividade 1 – Sondagem

Para iniciar esta Situação de Aprendizagem, é importante levantar os conhecimentos

prévios que os estudantes têm sobre as diferentes funções teatrais como acontece nos

processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos e quais tecnologias e recursos digitais

eles utilizam para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios

artísticos. Finalizada a conversa, solicite que os estudantes registrem, no caderno, as questões

indicadas a seguir:

1. Quais as diferentes funções teatrais que foram trabalhadas na Situação de

aprendizagem vocês lembram?

2. Como foi vivenciar os processos de produção artística nas aulas anteriores?

3. Quais as diferenças e semelhanças entre um trabalho artístico coletivo e um

colaborativo?

4. Quais tecnologias e recursos digitais vocês costumam utilizar para acessar, apreciar,

práticas e repertórios artísticos?

5. Quais tecnologias e recursos digitais vocês costumam utilizar para produzir,

registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos?

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Atividade 2 – Apreciação

Esta atividade de apreciação está dividida em dois momentos: Primeiro, a apreciação

de uma tabela contendo a indicação das funções executadas por profissionais do espetáculo

teatral e, depois, em segundo, a leitura do texto “Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto

artístico de criação coletiva”. Finalizada as apreciações, converse com os estudantes

questionando:

1.Compreenderam as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos

teatrais?

2. Como a função dos profissionais se modifica nestes processos de criação? Comente.

3. Com o uso das tecnologias e recursos digitais, mudou o modo de acessar, apreciar,

produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique.

4. De que maneira podemos acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e

repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável?

5. É prática comum, antes do início de um espetáculo teatral, os responsáveis avisarem se o

espetáculo pode ser fotografado ou filmado., porém muitas pessoas desobedecem a este

aviso registrando e publicando cenas em Redes Sociais. Qual sua opinião sobre o fato? Quais

soluções você indicaria para resolver este problema?

Momento de apreciação 1 - Apresente o quadro indicado e propicie um momento de

reflexão, análise e discussão sobre as funções executadas por profissionais do espetáculo

teatral.

Profissões do Espetáculo Teatral com funções:

Técnicas Artísticas

De comunicação e

imagem Administrativas

Assistente de direção de cena Aderecista

Assessores de

imprensa Aprovisionamento

Cabeleireira de cena

Assistente de

encenação Relações públicas

Departamento

comercial

Chefe de audiovisuais

Ator – manipulador/

animador Técnicos de Marketing

Departamento de

pessoal

Chefe eletricista Atores Diretor administrativo

Maquinista de montagem Bailarinos Diretor de tournée

Contra - regra Bonequeiro Diretor financeiro

Costureira de cena Cantores Expediente e arquivo

Diretor de cena Cenógrafos

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Diretor de produção Coreografo

Diretor técnico Diretor artístico

Equipe de Aderecistas Dramaturgista

Maquiladora de cena Encenador

Mestra de guarda-roupa Figurantes

Técnicos de luz Figurinistas

Momento de Apreciação 2 - Leia com os estudantes o texto indicado a seguir. Finalizada

a leitura, propicie um momento de reflexão, análise e discussão sobre como funciona um

processo de trabalho artístico coletivo e/ou colaborativo em processos criativos de produção

teatral.

Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva O grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a liderança de Hamilton Vaz Pereira e a participação de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos entre outros. Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em evidência, na história do teatro brasileiro, o processo de criação coletiva, no que se refere à concepção cênica, aos figurinos, à interpretação e à dramaturgia. O grupo tinha a singularidade de não se sentir como um grupo de “atores” que fazia teatro, e sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética parece ter sido o modo encontrado pelo grupo para preservar certa diferença de outros grupos importantes da época e de atores que faziam em cena o que era oferecido no mercado como oportunidade profissional. Um trabalho que marcou a carreira do grupo – e que, à época, trouxe um frescor à linguagem teatral – foi a criação coletiva “Trate-me leão (1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre problemas da adolescência e da juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio, em que ninguém tem objetivo na vida, há um sentimento de abandono, de não saber como continuar. A gênese da estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência pessoal dos integrantes do grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos atores, por meio da pesquisa com pessoas do prédio, da família, gerando cenas e diálogos que traziam para o palco a própria vida. Durante nove meses de criação, Hamilton Vaz Pereira, em um trabalho de colaboração entre os participantes, fez o esboço de cenas, identificando núcleos temáticos no material apresentado pelo grupo. Ao mesmo tempo, a criação de cenas emergia de improvisações e jogos coletivos que permitiam a invenção expressiva dos participantes do grupo. Esse processo de criação fazia o trabalho do Asdrúbal ser ancorado na criação coletiva, tanto na construção da narrativa textual como na composição das personagens com base no repertório pessoal expressivo dos participantes durante as improvisações. Podemos dizer, então, que a criação coletiva do Asdrúbal era um processo criativo teatral que tinha como características: a presença da expressão de todos os integrantes do grupo; a “grupalidade”, como possibilidade de se reunir para falar de si e ouvir o outro; os pedaços da própria história de vida e a vontade de experimentar com o grupo outras possibilidades de cena e de vida; a experimentação da linguagem teatral por meio do improviso como processo de trabalho e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. Esse processo de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, assim como, durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco, formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o fator segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado que revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de materiais. A iluminação era caseira e precária, os

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cenários, grafitados e os figurinos com indumentária das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos anos 1970 era feito do e no trabalho coletivo. No final dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de processos colaborativos. Fonte: Texto elaborado para 0 Material de Apoio ao Currículo Paulista - São Paulo Faz Escola

Atividade 3 – Ação Expressiva

Nesta atividade, os estudantes vão preencher a primeira coluna identificando e

relacionando o profissional as suas respectivas funções teatrais. Aproveite para conversar um

pouco mais sobre as profissões e suas funções teatrais.

• ator, figurinista, aderecista, maquiador, visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta,

produtor, diretor, assessor de imprensa, roteirista.

Respostas Descrição das funções exercidas pelos profissionais

Aderecista Profissional responsável pela confecção dos adereços, objetos de cena para teatro, cinema, televisão etc. O aderecista também é conhecido no teatro como Contrarregra envolvido com a execução dos inúmeros objetos que serão utilizados na cena, por exemplo: Garrafas, copos, figurinos, quadros, bolsas, chapéus etc.

Assessor de imprensa

Profissional responsável pela divulgação dos serviços e/ou produtos de uma empresa, ou de uma determinada pessoa, tratando dos interesses desses grupos numa intermediação junto aos interesses dos meios de comunicação.

Ator Profissional responsável pela representação e/ou interpretação de uma ação dramática, por intermédio de criação autoral, improvisada ou coletiva, fazendo uso de recursos corporais, vocais e emocionais nas transmissões junto aos expectadores.

Coreógrafo Profissional responsável pelos ensinamentos dos movimentos de dança, estimulando, incentivando e orientando individualmente dançarinos ou grupos, por intermédio de uma sincronização de movimentos e elaboração de diferentes coreografias.

Diretor artístico

Profissional responsável pela seleção e recrutamento de produtores e coordenadores de programas e pela execução dos programas que uma vez formatado, são disponibilizados aos Diretores de Programação.

Figurinista Profissional responsável pela criação e elaboração de figurinos e acessórios para atender personagens de uma produção de cinema, teatro, de música, televisão etc. Este profissional tem a função de desenvolver o seu trabalho respeitando todo um roteiro já idealizado pelos produtores da obra em questão.

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Iluminador Profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo desde sua pesquisa, criação de um mapa de utilização de luz e operação de equipamentos no momento do espetáculo. Nos shows musicais e nas peças de teatro, muitas vezes, existe um grande refletor que foca um cantor ou um ator, este equipamento que dá destaque ao objeto que deve ter a maior atenção é operado pelo iluminador.

Maquiador Profissional responsável por cuidar e realçar o rosto das pessoas com o auxílio de produtos cosméticos e o intuito de melhorar a imagem e a aparência, para que elas possam se sobressair numa produção de arte ou outro evento qualquer.

Produtor Profissional responsável pelas questões administrativas, financeiras e gerenciais de uma produção artística e que tem como objetivo, viabilizar toda a estrutura de um espetáculo desde a contratação dos atores até da equipe técnica com que vai trabalhar.

Roteirista Profissional responsável pela criação e / ou adaptação de uma história. É o que cria o roteiro, com os diálogos (falas) das personagens e as cenas, transpondo-o e adequando-o às necessidades dos veículos de exibição, cinema ou televisão.

Sonoplasta Profissional que tem por função realizar efeitos sonoros especiais, criar fundos sonoros, adequar volume e intensidade dos sons, inserir músicas em cenas, criar e misturar ruídos, sons e músicas. Sensibilizar o ouvinte transmitindo mensagens e mexendo com os sentimentos do outro por meio dos sons/músicas utilizadas.

Visagista Profissional responsável pela harmonização das características mais marcantes de uma pessoa, em conformidade com sua personalidade, tipo físico, beleza interior e exterior.

Atividade 4 – Ação Expressiva

Divida a turma em dois grupos e explique que, a partir dos conhecimentos adquiridos

nas atividades anteriores, eles vão elaborar um Projeto na linguagem teatral, explorando as

profissões contemporâneas do campo do teatro com interfaces em tecnologias digitais , por

meio de processos coletivos e/ou colaborativos, utilizando diferentes ferramentas (editores

de textos e imagens, apresentação multimídia, softwares, sites, etc.) na criação, produção,

socialização e registro das ações, proporcionando, assim, uma relação de proximidade do

fazer artístico na construção de novos significados estéticos. Apresente aos estudantes o

roteiro, as características, e a estrutura básica para elaboração do Projeto. Finalizada

atividade, é importante propiciar um momento para analisar e avaliar todo processo de

criação vivenciado por eles.

Características de um projeto:

1. Duração limitada: necessariamente tem início, meio e fim.

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2. Objetivo específico: tem como foco um objetivo específico, concreto e viável.

3. Recursos limitados: Os recursos humanos, financeiros e materiais de um projeto são

limitados e deverão ser previamente definidos.

4. Autonomia: requer uma estrutura administrativa própria.

Roteiro para Elaboração de Projetos

A estrutura básica de um Projeto é dividida em quatro etapas sequenciais:

•Conceituação: Desenvolvimento da ideia central – Os estudantes precisam conversar e

escolher uma temática, um gênero teatral, e pensar em como utilizar as tecnologias e redes

sociais de modo reflexivo, ético e responsável no desenvolvimento do projeto.

•Planejamento: O esboço, o desenho, o rascunho, do projeto.

1.O que os grupos pretendem desenvolver, precisa ser conversado e decidido por todos os

componentes, e ficar registrado no caderno.

2. É preciso escolher quais gêneros teatrais serão utilizados: Auto, Comédia, Drama, Farsa,

Mímica, Melodrama, Ópera, Musical, Revista, Stand-up comedy, Surrealismo, Tragédia,

Tragicomédia, Improviso, Sombras, Fantoches, Lambe-lambe etc.

3. Pesquisar quais funções do teatro se modificaram com o uso das tecnologias digitais , e

como isso pode ser utilizado na execução do projeto.

4.É necessário verificar se a escola possui sala de informática e/ou equipamentos disponíveis,

e selecionar quais diferentes ferramentas digitais serão utilizadas (editores de textos e

imagens, apresentação multimídia, software, sites etc.) na criação, produção, socialização e

registro das ações do Projeto;

5.Os grupos podem elaborar e executar o Projeto, por meio de processos coletivos e/ou

colaborativos, dividindo tarefas e funções entre os componentes.

6. É preciso decidir a quem se destinará o produto gerado pelo projeto? Comunidade escolar,

pais e/ou responsáveis, comunidade do entorno da Escola.

7.É preciso definir em que período/data o projeto será realizado, quanto tempo de duração

o projeto terá desde a elaboração até a sua conclusão.

8. Escolher o espaço onde será realizado, na quadra, no pátio, na sala de aula, no anfiteatro

da escola etc.

9. Selecionar recursos e materiais que serão utilizados para confecção de figurinos, cenários,

adereços etc.

10. Divulgar os espetáculos por meios impressos (produção de cartazes , folders, folhetos) e

digitais (Redes sociais, grupos de Whatzapp, etc.).

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•Execução: A execução de um projeto é o desenvolvimento do processo de criação - Nesta

etapa, serão realizados o acompanhamento, a execução e o controle das atividades, além dos

ajustes necessários para que tudo dê certo.

•Conclusão: A conclusão de um projeto acontece quando se faz a avaliação se os objetivos

e as metas foram devidamente alcançados mediante uma roda de conversa, a escrita de um

relatório e a análise crítica de todo o processo vivido.

Para saber mais:

O uso das novas tecnologias de comunicação no teatro. Tvbrasil. Disponível em:

http://tvbrasil.ebc.com.br/artedoartista/post/o-uso-das-novas-tecnologias-de-

comunicacao-no-teatro. Acesso em: 05 /fev./ 2020.

Para onde vai o teatro? – as TIC e as novas formas de fazer teatro. Artes e artes. Disponível

em: https://www.arteseartes.info/para-onde-vai-o-teatro-as-tic-e-as-novas-formas-de-

fazer-teatro/. Acesso em: 05 /fev./ 2020.

Teatro Digital: O Personagem é a Tecnologia. Realimaginario09. Disponível em:

https://realeimaginario09.wordpress.com/2013/04/05/teatro-digital-o-personagem-e-a-

tecnologia/. Acesso em: 05 /fev./ 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de investigar e experimentar diferentes funções teatrais em processos de

trabalho artístico coletivos e colaborativos, se compreenderam as características desse

processo de trabalho, se identificaram e manipularam diferentes tecnologias e recursos

digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e se compartilharam práticas e repertórios

artísticos de modo reflexivo, ético e responsável. Organize uma roda e converse com os

estudantes a respeito dos objetos de conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem III

Habilidades (EF08AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral

e no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens que

representem a diversidade do povo brasileiro, problematizando e combatendo estereótipos

e preconceitos.

Objeto de Conhecimento: Processos de criação

• Improvisação teatral

• Jogo Cênico

• Gestualidade, construções corporais e vocais de personagens que representem a

diversidade do povo brasileiro

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• Estereótipos e preconceitos

Habilidade (EF08AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que

focalizem temáticas identitárias e o repertório pessoal e cultural brasileiro, caracterizando

personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e

considerando a relação com o espectador.

Objeto de Conhecimento: Processos de Criação

● Cenas, performances, esquetes e improvisações

● Temáticas identitárias e repertório pessoal e cultural brasileiro

● Caracterização de personagens (figurino, adereço, maquiagem)

● Cenário, iluminação e sonoplastia

● Relação personagem / espectador

Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com os conceitos de cena, performance, esquete, improvisação, caracterização

de personagens, cenário, iluminação, sonoplastia, improvisação teatral, jogo cênico,

gestualidade, construções corporais e vocais de personagens, além de propiciar reflexões

sobre temáticas identitárias, relação personagem/espectador, estereótipo e preconceito. É

importante que você realize registros durante o desenvolvimento das atividades, para

colaborar com os momentos de avaliação e recuperação. Para ampliação de seu repertório

pessoal, foram elencados alguns conceitos importantes para o desenvolvimento das

atividades.

Cena - No teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da narrativa da história)

com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos. Várias pessoas fazem

parte de uma só história, formando juntos o que chamamos de uma cena que tem palavras

movimentos fictícios e tudo mais. Assim, como qualquer outra narração, possui uma trama

ou argumento, a qual se desenvolve em três tempos ou partes: exposição, clímax e desenlace.

A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se constituem de uma série de

cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se dividem conforme as alterações

no número de personagens em ação: quando entra ou sai do palco um ator. O cerne ou

medula de uma peça são os diálogos entre os personagens.

Corporeidade – É a maneira como o corpo age e faz, como ele intervém no espaço e no

tempo.

Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras

considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão

fisionômica.

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Estereótipo - É o conceito ou imagem preconcebida, padronizada e generalizada

estabelecida pelo senso comum, sem conhecimento profundo, sobre algo ou alguém. É

usado principalmente para definir e limitar pessoas quanto a aparência, naturalidade e

comportamento.

Esquetes - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os

atores improvisam uma cena com teor cômico seja no teatro ou na televisão. Como criar

uma Esquete. Disponível em: https://pt.wikihow.com/Criar-uma-Esquete. Acesso em:

27/12/2019.

Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo. Por muito tempo, foi esquecido ou

considerado sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas , atualmente, é visto

como parte da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito de uma performance do

artista sobre o espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.

Happenings: No teatro e, de forma mais global, nas artes cênicas, a quebra com as

convenções que “amarram” a linguagem, só veio a ser concretizada na década de 1960, com

o happening e o teatro experimental. A tradução literal de happening é acontecimento,

ocorrência, evento. Aplica-se essa designação a um espectro de manifestações que incluem

várias mídias, como artes plásticas, teatro, art-collage, música, dança etc. Com o

florescimento da contracultura e do movimento hippie, a década de 1960 foi marcada por

uma produção maciça, que usava a experimentação cênica como forma de atingir as

propostas humanistas da época. O happening, que funciona como uma vanguarda

catalisadora, nutriu-se do que de mais novo produzia-se nas diversas artes. Do teatro,

incorporou o laboratório de Grotowski, o teatro ritual de Artaud e o teatro dialético de

Brecht. O fato de lidar com os velhos axiomas da arte cênica, de um novo ponto de vista (o

ponto de vista plástico), trouxe uma série de inovações à cena: o não uso de temas dramáticos

e da palavra impostada, para citar alguns exemplos. A principal característica na passagem do

happening para a performance é o aumento da esteticidade.

Improvisação - Teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas

estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais

variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua

espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como

espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público

para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe

isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já

que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores, ou

mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.

Jogo Cênico ou Jogo Dramático - Esta prática teatral surgiu na França, nas primeiras

décadas do século XX, caracterizando-se como uma atividade desenvolvida em grupo, em

que o indivíduo elabora por si e com os outros as criações cênicas, utilizando-se de diversos

signos visuais, sonoros e corporais na constituição de uma encenação teatral.

Pantomima – É uma representação teatral marcada basicamente por gestos, por expressões

faciais e por movimentos, mas que se diferencia da expressão corporal e da dança.

Basicamente, é a arte objetiva da mímica, de narrar com o corpo.

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Performance – Nasce como arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas.

Partindo da investigação de suporte, das assemblages do corpo (body art), dos happenings,

que enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos

inventivos em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e

antiarte. Surge como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à

arte viva. A performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-

público), somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de

espaço-tempo convencionais.

Preconceito - É uma opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos, mas que

é baseada unicamente em um sentimento hostil motivado por hábitos de julgamento ou

generalizações apressadas. A palavra também pode significar uma ideia ou conceito formado

antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.

Repertório Pessoal e Cultural - Chamamos de Repertório Pessoal e Cultural, o conjunto

de informações adquiridas ao longo de nossas vidas : das experiências vividas, das

conquistas, alegrias, tristezas, sucessos etc. a tudo o que foi armazenado pelos

conhecimentos individuais que temos daquilo a que assistimos, escutamos e lemos.

Temática identitária - É a forma como nos vemos e somos vistos por nós mesmos e pela

sociedade. Nos enxergamos por intermédio de nossas experiências, raça, religião, origem

social, características físicas etc.

O processo identitário. Maxwell.vrac. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-

rio.br/21846/21846_4.PDF. Acesso em: 05/ fev./2020.

Atividade 1 – Sondagem

O momento da sondagem é importante para você perceber o que os estudantes trazem

de repertório sobre os objetos de conhecimento que serão trabalhados nas atividades desta

Situação de Aprendizagem. Inicie realizando uma conversa a respeito dos conceitos de cena,

performance, esquete, improvisação, personagens, figurinos, adereços e maquiagem, cenário,

iluminação e sonoplastia e espectador, aproveitando para registrar na lousa uma síntese das

respostas. Para finalizar a atividade, discuta sobre as informações presentes na síntese e

solicite aos estudantes que respondam no caderno as questões indicadas a seguir.

1. Você sabe o que é uma cena, performance, esquete, improvisação teatral? Comente.

2. No seu bairro, cidade ou região existem escolas de teatro, igrejas, centros culturais,

projetos sociais que desenvolvem estas atividades teatrais? Quais?

3. Já assistiu a algum espetáculo que apresentasse alguma cena dramática, performance,

esquete ou improvisação teatral? Onde? Ao vivo, pela TV ou internet?

4. Já participou de algum grupo de teatro na escola ou em outro ambiente? Como foi a

sua experiência?

5. Já estudou sobre gestualidade, construções corporal e vocal de personagens?

Comente.

6. Sabe o que significa temáticas identitárias? Comente.

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7. Sabe o que significa repertório pessoal e cultural brasileiro? Comente.

8. Sabe o que significa estereótipos e preconceitos? Comente.

9. Já se caracterizou de algum personagem utilizando figurino, adereço e maquiagem?

Comente sobre sua experiência.

Atividade 2 – Apreciação

Oriente os estudantes a observar, atentamente, as imagens de uma encenação teatral.

Em seguida, apresente e converse com eles sobre os conceitos de cena, performance, esquete,

improvisação teatral, jogo cênico, personagens e gestualidade. Verifique se conseguem

visualizar e perceber nas cenas estes conceitos e informações, por meio de alguns

questionamentos indicados a seguir e outros que você achar pertinente:

1. Como são os gestos encenados por cada personagem nas quatros imagens? Eles se

modificam?

2. O número de personagens é o mesmo em todas as cenas? Como é o figurino desses

personagens?

3. Nas cenas apresentadas nas quatro imagens quais signos visuais e corporais você

consegue perceber que estão sendo utilizados na constituição da encenação teatral?

4. Quais sons e diálogos você imagina que os personagens estão realizando nas cenas?

5. Qual a história que você acha que está sendo narrada nesta encenação teatral?

6. Quais objetos cênicos as personagens estão utilizando para compor a cena?

Cena - No teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da narrativa da história) com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos. Várias pessoas fazem parte de uma só história e todos juntos formam o que chamamos de uma cena que tem palavras movimentos fictícios e tudo mais. Assim, como qualquer outra narração, possui uma trama ou argumento na qual se desenvolve em três tempos ou partes: exposição, clímax e desenlace. A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se constituem de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se dividem conforme as alterações no número de personagens em ação: quando entra ou sai do palco um ator. O cerne ou medula de uma peça são os diálogos entre os personagens.

Performance – Nasce como arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas. Partindo da investigação de suporte e das assemblages do corpo (body art), dos happenings, que enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos inventivos, em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e antiarte. Surge como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à arte viva. A performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-público), somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de espaço-tempo convencionais.

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Improvisação - Teoricamente, é um modo de criação realizado sem preparação prévia, mas estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe isso, imediatamente, e se surpreende, ao descobrir, que é parte integrante do evento teatral, já que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores, ou mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia. Jogo Cênico ou Jogo Dramático - Esta prática teatral surgiu na França, nas primeiras décadas do século XX, se caracterizando como uma atividade desenvolvida em grupo, em que o indivíduo elabora por si e com os outros as criações cênicas, utilizando-se de diversos signos visuais, sonoros e corporais na constituição de uma encenação teatral.

Personagem – É um papel desempenhado por um ator em uma determinada ficção de obra artística do teatro, cinema, livro etc., podendo ser humano, animal, sobrenatural ou de qualquer outro tipo.

Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão fisionômica.

Esquetes - é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os atores improvisam uma cena com teor cômico, seja no teatro ou na televisão.

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Imagens 1,2,3,4 – Fonte: Evania Escudeiro/ Serra Negra – SP/ 2012.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

A improvisação pode ser matriz do processo de criação teatral, matriz para a

elaboração de temas, situações, ações como coleta de materiais para a criação de personagens,

de cenas, ou, ainda, a prática da improvisação pode ser o procedimento utilizado para a

apropriação de um texto literário, dramático ou não dramático. Mas a improvisação pode

acontecer também em cena durante o jogo cênico, como estrutura da encenação e da

comunicação com a plateia. Para a ampliação de referências sobre essa prática em cena,

apresente aos estudantes os dois jogos de improvisação indicados a seguir como mote para

criar um espetáculo sempre único, que nunca se repete. Prepare com antecedência os

materiais e espaços para realização dos jogos. Finalize a atividade, propiciando um momento

de análise e avaliação por meio de uma roda de conversa.

Jogo Cênico 1 – Pesquisando a gestualidade na construção corporal e vocal de personagens

que representem a diversidade do povo brasileiro.

• Selecione para aula ou solicite que os alunos tragam recortes de revistas com imagens

de pessoas que representem a diversidade do povo brasileiro realizando diversos

movimentos corporais.

• Oriente que cada aluno escolha uma personagem e a partir da imagem construa

movimentos corporais e vocais.

• Após a construção cada aluno mostra a imagem escolhida e realiza uma apresentação

destes personagens utilizando gestos e vozes.

Jogo Cênico 2 - Improvisação da cena em cena - Problematizando e combatendo

estereótipos e preconceitos.

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• Divida a turma em grupos e oriente que escolham outros personagens, criem gestos

e vozes e se apresentem uma cena problematizando e combatendo estereótipos e

preconceitos.

• Finalizado o jogo proponha uma roda de conversa e deixe que cada estudante fale de

sua experiência na composição de uma personagem e de uma cena dramática.

Atividade 4 – Ação Expressiva

Divida a turma em quatro grupos e proponha uma encenação com foco em uma

temática identitária seguindo o roteiro de trabalho indicado e a divisão de temas por grupo.

Grupo 1: Cena dramática

Grupo 2:Performance

Grupo 3:Esquete

Grupo 4: Improvisação teatral

Roteiro de Trabalho:

• Pesquisar e selecionar no repertório pessoal e cultural brasileiro personagens cuja

identidade tem ou tiveram alguma ação importante para alguma dimensão da vida

(social, política, cultural etc.).

• Produzir um texto base para as encenações considerando suas características e a

relação dos atores com o espectador.

• Caracterizar estes personagens com figurinos, adereços e maquiagem;

• Produzir cenário, iluminação e sonoplastia etc.

• Organizar um cronograma de apresentação, pensando na disponibilidade de tempo,

espaço e equipamentos necessários.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de experimentar caracterização de personagens, improvisação teatral, jogo

cênico, gestualidade, construções corporais e vocais, cenas, performances e esquetes.

Organize uma roda e converse com os estudantes sobre os objetos do conhecimento

trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem IV

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Habilidade (EF08AR25): Investigar, identificar e analisar poéticas pessoais em diferentes

tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, relacionando o teatro às

diferentes dimensões da vida em sociedade e aprimorando a capacidade de apreciação

estética teatral.

Objeto de Conhecimento: Contextos e práticas

● Poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e

brasileiro

● estética teatral

Habilidade (EF69AR31): Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Objeto de Conhecimento: Contextos e práticas

● práticas artísticas ● diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e

ética

Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com poéticas pessoais, estética teatral, práticas artísticas, além de propiciar

momentos de reflexão sobre as diferentes dimensões da vida social, cultural, política,

histórica, econômica, estética e ética. É importante que você realize registros durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e

recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos

importantes para o desenvolvimento das atividades.

Estética teatral - São estudos realizados sob o ponto de vista da produção e da recepção na

cena teatral que tem como proposta romper com o exclusivismo da estética tradicional. A

Estética teatral contemporânea permite ao expectador uma reflexão pessoal sobre aquilo que

está sendo encenado, podendo, com isso, mudar sua percepção e até modificar sua realidade.

Poéticas pessoais – É o modo singular de comunicar-se pela linguagem da arte. Se a

aproximação da Arte-Público é um caminho de múltiplas direções, a obra do artista é seu

coração e a poética, o que o faz bater. Mais do que conhecer uma ou outra obra, perceber a

poética de seu produtor é conhecer a aventura de seu processo criador, seus repertórios

pessoal e cultural, suas escolhas, inquietudes e procedimentos. Cada pessoa possui uma

poética que é adquirida com suas experiências, estudos, convívio com outras pessoas etc. A

Poética de cada um influencia seu modo de ver, sentir, pensar e fazer arte.

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●Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural composto

por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se nesse viés

e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida, a partir

de experiências sensíveis.

●Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos onde seja possível ter contato com a

arte: Em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado, no shopping etc.

●Dimensão Cultural: O ambiente, em que vivemos, influencia nossos padrões culturais

entre eles o tipo de produto artístico a que somos expostos, por exemplo: em localidades

mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais contato e apreciar músicas do gênero

sertanejo. Sendo assim, a partir do produto artístico que é apreciado, é possível perceber as

influências culturais locais.

●Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais e estéticas de outros

países e culturas, na produção artística local, regional etc.

Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro de fatos e acontecimentos

e que ficaram marcados na/pela produção artística, por exemplo: a música do filme Titanic;

o hino da vitória que era tocado quando o piloto de fórmula 1, Ayrton Senna, vencia uma

corrida.

Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo de produtos artísticos produzidos em

massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais – livros, objetos,

fotografias, gravuras, mídias digitais etc.

●Dimensão Estética: (Está relacionada às relações sensoriais de apreciação, deleite, afetivas

e sentimentais, estabelecidas intelectualmente, em diferentes situações vividas pelo sujeito e

que envolvem um produto artístico).

●Dimensão Ética: Está ligada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não

discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos pela

sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.

Atividade 1 – Sondagem

Inicie a atividade questionando os estudantes a respeito do que eles têm de

conhecimento a respeito dos conceitos de poética pessoal, estética teatral, práticas artísticas

e diferentes dimensões da vida. Durante a conversa, vá anotando na lousa as ideias e

suposições apresentadas por eles. Finalize, solicitando que registrem, em seus cadernos, as

respostas dos questionamentos indicados a seguir, e tudo o que foi conversado durante a

atividade.

1. O que você entende por poéticas pessoais? Justifique a sua resposta.

2. O que você entende por estética teatral? Já estudou este conceito anteriormente?

3. Quais práticas artísticas na Linguagem teatral você já participou? Estas práticas

aconteceram na escola? Ou em outros espaços culturais?

4. Como podemos relacionar as práticas artísticas teatrais que você conhece às diferentes

dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

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Atividade 2 – Apreciação

Propicie um momento de apreciação das imagens de espaços de encenação teatral,

indicadas a seguir, e aproveite para conversar com os estudantes e ampliar o repertório

cultural, apresentando os conceitos de poética pessoal, estética teatral, práticas artísticas e

dimensões da vida. Depois, questione se eles conseguem relacionar as práticas artísticas

teatrais que conhecem às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica,

econômica, estética e ética.

Fonte: Pixaby. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/teatro-est%C3%A1gio-cenografia-amor-568051/. Acesso em: 05/ fev.

/2020.

Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/estrada-cena-de-rua-356809/. Acesso em: 05 fev. 2020.

Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/em-cidade-antiga-viagens-2803848/. Acesso em: 05 fev. 2020.

Fonte: Pixabay, Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/metz-fran%C3%A7a-%C3%B3pera-teatro-interior-86226/.

Acesso em: 05 fev 2020.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

Conhecer poéticas pessoais em diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto

paulista e brasileiro, é viajar pelas encenações e captar suas marcas pessoais, percebendo a

identidade de cada grupo teatral e seus processos de criação. Muitos caminhos na linguagem

teatral podem ser percorridos com essa intenção. Nesta proposição, foram selecionadas três

formas/técnicas de ações dramáticas, compreendido como mote para mergulhar nas poéticas

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de se fazer teatro. Para que o primeiro contato dos estudantes com os desdobramentos da

encenação vá além do senso comum, divida a turma em três grupos distribua uma temática

para cada um, solicitando uma pesquisa em livros, revistas, internet etc. de imagens e textos

sobre a poética dos Grupos indicados a seguir. Em seguida, oriente que cada grupo

confeccione um painel com todas as informações coletadas utilizando (papel pardo e ou

cartolina, cola, tesoura, caneta hidrocor etc.). Finalizada a confecção dos painéis, proporcione

um momento de análise, reflexão e discussão sobre as características, identidade, diferenças

e semelhança nas poéticas dos grupos pesquisados.

Temas de pesquisa:

Teatro Oficina-(Grupo 1)

Teatro do Oprimido-(Grupo 2)

Grupo teatral - Asdrúbal Trouxe o Trombone-(Grupo 3)

Roteiro de Pesquisa:

1.Buscar por informações de como acontece o processo de criação e produção artística

(concepção da peça, criação coletiva e/ou colaborativa, seleção/criação de roteiro, fontes de

inspiração etc.).

2. Elencar quantos e quem são os integrantes das companhias, e funções exercidas .

3. Indicar as páginas em Sites e/ou Redes sociais, onde as Companhias de Teatro fazem

divulgação e circulação do trabalho artístico.

4.Qual a localização destes Grupos de Teatro (cidade, Estado, Pais).

Para saber mais:

Teatro oficia. Teatro oficina. Disponível em: http://teatroficina.com.br/uzyna-uzona/.

Acesso em 04/ fev. / 2020.

Asdrúbal Trouxe o Trombone. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo398708/asdrubal-trouxe-o-trombone. Acesso

em 04/ fev. / 2020.

Teatro do Oprimido. Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes-

cenicas/teatro-do-oprimido/. Acesso em 04/ fev. / 2020.

Atividade 4 – Ação Expressiva II

A palavra estética é de origem grega (aesthésis), que designa a sensibilidade e a

percepção dos fenômenos pelos sentidos. Este termo extrapola a atividade artística (strictu

sensu), designando aspectos implícitos nas formas de como nos relacionarmos e conhecermos

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a realidade a nossa volta. Para aprimorar e ampliar a capacidade de apreciação estética teatral

dos estudantes, organize a turma em seis grupos e oriente o trabalho seguindo o roteiro

apresentado a seguir:

1. Distribua uma temática para cada grupo orientando que realizem uma pesquisa em

livros, revistas, internet etc., com foco na estética teatral.

2. Após a pesquisa cada grupo deve apresentar as informações pesquisadas de forma

prática e lúdica, por meio da utilização de figurinos, adereços, maquiagem, iluminação,

sonoplastia, cenário.

3. Organize um cronograma de apresentações, verificando tempo, espaço e equipamentos

disponíveis na escola.

Grupo 1 - Teatro do Absurdo - Foi o nome dado a um conjunto de obras teatrais

produzidas no final dos anos 40 pelo crítico húngaro radicado na Inglaterra, Martin Esslin

(1918 – 2002) em 1961. Essas peças tinham como características a contraposição ao realismo,

em que as produções eram elaboradas na época. Apresentavam cenas irreais, surrealistas sem

a pretensão de contar uma história da forma tradicional, convencional, linear e lógica dos

fatos e contextos do cotidiano. As personagens são, muitas vezes, grotescas e bizarras.

Essa estética teve seu apogeu na década de 50 e seus principais autores foram Samuel Beckett,

Eugène Ionesco, Arthur Adamov e Jean Genet, entre outros. Um dos marcos desta estética

foi “Esperando Godot”, de Samuel Beckett em 1953.

Grupo 2 - Tragédia Grega - É um gênero da arte do teatro mais popular durante a Grécia

Antiga. Seus principais representantes foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides, sendo Ésquilo

considerado o “Pai da Tragédia”. A arte, nessa época, tinha uma função cívica. Essa forma

de dramatização teve influências nas guerras da antiguidade clássica e era exibida nas

manifestações cívicas, nas festas nacionais, identificada pela seriedade na representação de

deuses abordando os temas heroicos, as expressões e os contextos da sociedade. A estrutura,

mais organizada da arte dramática, teve a contribuição crítica de Aristóteles, por intermédio

de sua tese que gerou uma poética baseada em tópicos que apresentavam elementos

fundamentais para a construção de uma encenação perfeita. São eles: Pensamento, fábula,

caráter, linguagem, melodia, encenação.

Grupo 3 - Teatro da Bauhaus – No que diz respeito ao teatro, a preocupação primordial

da famosa escola alemã Bauhaus (1919-1933) foi trabalhar a relação do homem com o espaço

que o cerca e com os objetos que ele produz. Assim, os artistas analisaram as estruturas

formais da cena, entendendo o teatro como arte em si, e não como a reunião coordenada de

várias artes. Quanto à encenação, era a própria linguagem em movimento no espaço. O

estudo do teatro no Bauhaus iniciou-se nos primeiros tempos da escola, ainda em Dessau. A

alegria da criação foi tomando forma nas improvisações sólidas e vívidas, nos figurinos e nas

máscaras fantásticas. Em 1922, o responsável pela área de teatro da escola era Lothar

Schreyer e, inegavelmente, as principais propostas para o espetáculo cênico da Bauhaus

devem sua concepção a Oskar Schlemmer.

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Grupo 4 - Teatro kabuki – A palavra kabuki indica por si só a variedade e as múltiplas

formas dessa arte. Em japonês moderno, o vocábulo se escreve com três caracteres: ka, bu,

ki, que significam canção, dança e habilidade. O kabuki é um espetáculo popular japonês que

combina brilhantemente realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e

figurinos. Em geral, as peças de kabuki, intensamente líricas, são vistas menos como literatura

do que como veículos por meio dos quais os atores exibem suas habilidades em desempenho

visual e vocal. Tradicionalmente, o kabuki implicava uma constante integração entre os atores

e a plateia. Como a programação durava da manhã à noite, o ir e vir do público no teatro era

constante e as refeições eram servidas ali mesmo. A origem do kabuki remonta ao início do

século XVII, quando a dançarina Okuni, à frente de uma companhia de atrizes, realizava uma

representação que parodiava temas religiosos, com danças de ousada sensualidade. Em 1629,

esse tipo de kabuki foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser montado com

rapazes vestidos de mulher e, mais tarde, como ainda era reprimido, com homens maduros,

solução que se manteve de definitivamente. O kabuki incorporou elementos tradicionais do

drama japonês como o nô e o joruri, teatro de marionetes. Estabeleceu-se nas cidades de

Quioto, Osaka e Edo (atual Tóquio) onde se aperfeiçoou. De 1688 em diante, fixaram-se

oito tipos de personagem que aparecem em todas as peças, como arquétipos da commedia

dell’arte. O ator Sakata Tojuro e o dramaturgo Chikamatsu Monzaemom foram

personalidades decisivas na evolução do kabuki, assim como o diretor Ichikawa Danjuro.

Grupo 5 - Teatro Nô – Arte teatral clássica do Japão, que combina música, poesia e dança

em longas apresentações. Recebeu influências do budismo e do xintoísmo (culto a vários

deuses personificados nas forças da natureza, culto ao imperador e aos ancestrais, que não

possui deuses superiores nem escrituras sagradas). O espetáculo é sempre apresentado por

homens e, geralmente, reveste-se de caráter religioso. Trata-se de um drama lírico em que os

atores mascarados dançam suavemente, acompanhados por instrumentos musicais e por um

coral. É comum cantarem ou falarem monotonamente. Nesse tipo de espetáculo, não se

destaca a individualidade dos atores, em razão do rígido padrão do movimento, das máscaras

e das roupas. As máscaras, feitas de madeira ou papel machê, revelam a expressão dos

personagens.

Grupo 6 - Teatro Pós-dramático – Termo formulado pelo crítico e professor de teatro

alemão Hans-Thies Lehmann. Trata-se de formas criadas a partir de diretores, grupos e

experimentos teatrais que não se satisfaziam mais com o modo tradicional de se contar a

história ou de tratar o real a partir de uma dessas formas tradicionais. Caracteriza-se por um

teatro que não está na dinâmica da história e do personagem. Partindo da hipótese de que,

desde os anos 1970, ocorre uma profunda ruptura no modo de pensar e fazer teatro, o teatro

pós-dramático seria uma extensão do teatro da estética pós-moderna dos anos 1960, que

coloca novos paradigmas da cena e da dramaturgia, como a valorização da autonomia da

cena e a recusa de qualquer tipo de texto centrismo.

Atividade 5 – Ação Expressiva III

Depois das vivências práticas, estudos, pesquisas, análises e discussões realizadas em

todas as atividades deste volume, solicite aos estudantes que retomem seus materiais e

anotações. Oriente para que escrevam um texto informativo relacionando as práticas

artísticas estudadas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica,

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econômica, estética e ética. Finalizada a atividade, proporcione um momento de interação

para que os estudantes socializem suas produções.

Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural composto por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se neste viés e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida a partir de experiências sensíveis.

Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos onde seja possível ter contato com o teatro: Em casa (TV, internet), na rua, no trabalho, na igreja, no shopping, em projetos sociais etc.

Dimensão Cultural: Considerando que o ambiente onde vivemos, influência nossos padrões culturais, entre eles o tipo de espetáculos teatrais a que somos expostos. Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais de outros países, outras matrizes estéticas.

Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro na memória de fatos e acontecimentos e que foram marcados por uma época. Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo; teatro produzido pela indústria cultural; busca de patrocinadores; projetos de formação de público etc. Dimensão Estética: Está relacionada às relações sensoriais de prazer, afetivas e sentimentais, estabelecidas intelectualmente, entre o teatro e as diferentes situações vividas.

Dimensão Ética: Esta dimensão está ligada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de reconhecer poéticas pessoais e estética teatral, bem como relacionar as

práticas artísticas a diferentes dimensões da vida. Organize uma roda e converse com os

estudantes sobre os objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.

Referências Bibliografia:

Desgranges, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo:

Hucitec, 2003. Il; - (Teatro; 46).

Feist, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.

Granero, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula/ Vic Vieira Garnero – São Paulo:

contextos, 2011.

Pavis,Patrice, 1947 – Dicionário de Teatro/Patrice Pavis; tradução para a língua

portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria lúcia Pereira. 3. Ed – São Paulo:

Perspectiva, 2008.

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SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:

Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria

Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. – São Paulo: SEE, 2010.

SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos

finais/Secretária da Educação: coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Geraldo de

Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara

Pereira, São Paulo: SEE, 2009.

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SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL – 9º ANO

VOLUME 3

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Caderno do Professor - Teatro - 9º ano

Prezado Professor,

Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe

Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e Professores

Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São

Paulo. O documento é constituído de Situações de Aprendizagem com atividades a serem

livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de

uma abordagem investigativa, que requer conhecimento relativo a Linguagem Teatral,

visando possibilitar diferentes processos cognitivos relacionadas aos objetos de

conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco principal das atividades é o

desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que o estudante aprenda nesta

etapa de ensino iniciando a implementação do Currículo Paulista. Antes de iniciar as

Situações de Aprendizagem, apresentamos algumas considerações sobre Teatro e um aporte

sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação.

A Linguagem Teatral

Podemos compreender o teatro como uma arte que se constitui, essencialmente, da

presença de, ao menos, um indivíduo em cena e de outro que o observa. Assim, a arte teatral

está fundamentalmente centrada na figura do ator e nas suas possibilidades de comunicação

com o espectador: por meio da utilização da palavra, do corpo, da exploração de diversas

sonoridades, dos gestos e movimentações etc. Contudo, como linguagem artística, o teatro

pode se valer de variados outros elementos de significação para comunicar algo aos

espectadores, utilizando-se de diversos signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena,

os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos

sonoros). Há espetáculos teatrais que utilizam ainda signos olfativos (aromas de perfumes ou

essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que

a cena - os atores ou objetos cenográficos - trava algum tipo de contato corporal com os

espectadores para lhes comunicar algo).

Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais

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Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o

professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com

deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Os

estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de

alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais gráficos,

trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das atividades.

É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um único

nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem usar

critérios comparativos. O princípio de inclusão, parte dos direitos de todos à Educação,

independentemente das diferenças e necessidades individuais e inspirada nos princípios da

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), está presente na Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Todos devem saber o que diz a

Constituição, mas, principalmente, conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE), que

estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer necessidade especial

de frequentar ambientes educacionais inclusivos. A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade

de todas as escolas em aceitar matrículas de estudantes com necessidades especiais e

transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a

lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Nesse contexto, o professor

precisa realizar uma adaptação curricular para atender à diversidade em sala de aula.

Para saber mais:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva. Portal.mec. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-

politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-

05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23 out. 2019.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Planalto. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm. Acesso em: 03 jun.2020.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Planalto. Disponível em: http://www.

planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 23 out. 2019.

Deficiência auditiva

Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela

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ausência de informações. Certamente, possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm

condições de prosseguir aprendendo, se forem informados e estimulados de forma

sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.

Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes, verifique se estão olhando para você.

A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de

ampliação sonora e leitura labial. Durante a apresentação das atividades, caso não haja um

intérprete, você pode explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a

apropriação dos objetos de conhecimentos. Convide um estudante para demonstrar o que

deve ser feito, fale olhando de frente sempre que possível. Nas atividades de apreciação

teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos sobre a caixa de som para sentir as

vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a fala dos atores , pois faz parte da

escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de comunicação adequada, adequação

curricular, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação e diferentes formas de

avaliação.

Para saber mais:

Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Repositorio.unb.

Disponível em:

https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiroFreit

as.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Nova escola. Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-

na-aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020.

Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Senac. Disponível em:

http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%2

0DEFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.

pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.

Deficiência visual

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Enxergando ou não, todo estudante precisa desenvolver habilidades cênicas. É

importante para o planejamento das aulas e a adaptação curricular das atividades, buscar em

literatura especializada informações sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às causas

da cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as experiências

educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares. Existe um código universal

de gestos convencionais característico dos videntes, entretanto o estudante cego, por sua vez,

não é capaz de se utilizar destes códigos para sua comunicação durante o trabalho com a

linguagem teatral, mas pode criar, se utilizar de um vocabulário próprio - auditivo tátil ,

desenvolvido a partir da semiótica teatral: gesto, expressão facial, movimentação corporal,

voz, etc.

Para saber mais:

Teatro Cego. Caleidocultura. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/.

Acesso em: 31 jan.2020.

Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Deficienciavisual. Disponível em:

http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31

jan.2020.

Deficiência intelectual

O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna

possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento

da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, mediante

experimentações significativas. Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são

importantes e necessárias para o desenvolvimento global. Nem todos os estudantes poderão

formular os registros de maneira autônoma. Nesses casos, o professor pode ser o escriba,

ou propor outras formas como desenhos ou imagens recortadas. Essa adaptação curricular

garante a participação efetiva do estudante nas atividades.

Para saber mais:

Atividades. Institutotitard. Disponível em: - https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-

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com-alunos-com-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 23 out. 2019.

Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para Adaptar

Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Diaadiaeducacao. Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2

016/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.

Avaliação e recuperação

A avaliação e recuperação proposta, neste material, é diagnóstica, iniciando com a

ação do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos

objetos de conhecimento que serão abordados e processual, em todos os momentos de

prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e

recuperar as aprendizagens. Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é

importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, oferecer

possibilidades para que os estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às

dificuldades expostas na realização das atividades e propor soluções.

O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em

agrupamentos produtivos, tem em vista a formação integral do estudante. É importante frisar

que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações de

aprendizagem, pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.

Recomendamos a prática diária do registro, em um portfólio, como importante

ferramenta para: a. acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades

e apropriação dos conhecimentos; b. observação dos processos criativos, da relação com os

colegas, da participação, do empenho, do respeito pela produção individual, coletiva e

colaborativa e da autoconfiança; c. valorização das diferentes expressões artísticas e d.

reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos podem ser superados. Ele é uma

ferramenta importante para retomada das aulas anteriores, recuperando e avaliando a turma,

proporcionando aos estudantes com dificuldades, deficiência ou até mesmo faltosos, a

oportunidade de construir e ampliar sua própria aprendizagem em colaboração com toda a

turma e a mediação do professor, além de propiciar aos estudantes com altas habilidades ou

superdotação, a participação na aprendizagem dos demais colegas.

Nessa prática, você poderá registrar as considerações e suposições inteligentes dos

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estudantes, que ocorrerão durante as rodas de conversas iniciais ou fechamento das aulas,

considerando, alinhando e direcionando, o desenvolvimento produtivo das atividades.

Dessa forma, o resultado das avaliações oferecerá os elementos necessários para

analisar seu planejamento, replanejar, se necessário, e para o acompanhamento individual e

elaboração de propostas de recuperação das aprendizagens durante todo o ano letivo.

Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador

Curricular.

No quadro, estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens

essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de

acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:

Código Alfanumérico: EF08AR24 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.

EF = Ensino Fundamental - 08 = 8º ano - AR = Arte - 24 = número da habilidade.

Habilidade (EF08AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos cênicos e

manifestações cênicas de matriz indígena, africana e afro-brasileira de diferentes épocas,

investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional.

Verbos - explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Reconhecer e

apreciar, investigar.

Objetos de conhecimento - mobilizados na habilidade: artistas, grupos e coletivos cênicos

de teatro de animação paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

Modificadores dos objetos de conhecimento: explicitam o contexto e/ou uma maior

especificação da aprendizagem esperada: os modos de criação, produção, divulgação,

circulação e organização da atuação profissional.

Em outras habilidades, também, existem modificadores de verbos, por exemplo,

“experimentar” e “utilizando”.

Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:

Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,

articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).

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Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e recuperação.

Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais

linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de

processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.

Organizador Curricular

Habilidades

Condições didáticas

e indicações para o

desenvolvimento

das atividades

Observar se o estudante

(EF09AR24) Reconhecer e

apreciar artistas, grupos,

coletivos e manifestações cênicas

do teatro contemporâneo

paulistas, brasileiros e

estrangeiros, investigando os

modos coletivos e colaborativos

de criação, produção, divulgação,

circulação e organização da

atuação profissional em teatro.

Propiciar momentos

de observação e

apreciação

Propiciar momentos

de investigação e

análise

Reconhece e aprecia artistas,

grupos,

coletivos e manifestações

cênicas do teatro

contemporâneo paulistas,

brasileiros e estrangeiros;

Investiga os modos

coletivos e colaborativos de

criação, produção,

divulgação, circulação e

organização da atuação

profissional em teatro.

(EF09AR25) Investigar,

identificar e analisar o drama

como gênero teatral e a relação

entre as linguagens

teatral e cinematográfica e as

tecnologias digitais em

Propor atividades de

investigação e

pesquisa

Investiga, identifica e

analisa o drama como

gênero teatral e a relação

entre as linguagens teatral e

cinematográfica e as

tecnologias digitais;

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diferentes tempos e espaços,

inclusive no contexto paulista e

brasileiro, aprimorando a

capacidade de apreciação estética

teatral.

Aprimorou a capacidade de

apreciação estética teatral.

(EF09AR26) Explorar diferentes

elementos envolvidos na

composição dos acontecimentos

cênicos do drama, do teatro

contemporâneo e do cinema

(figurinos, adereços,

maquiagem/visagismo, cenário,

iluminação e

sonoplastia, incluindo o recurso a

tecnologias digitais) e reconhecer

seus vocabulários.

Propiciar momentos

de exploração e

vivência de um

Projeto Cênico.

Explora diferentes

elementos envolvidos na

composição dos

acontecimentos cênicos do

drama, do teatro

contemporâneo e do

cinema;

Faz uso de figurinos,

adereços,

maquiagem/visagismo,

cenário, iluminação e

sonoplastia, incluindo o

recurso a tecnologias

digitais;

Reconhece seus

vocabulários.

(EF09AR27) Pesquisar e criar

formas de dramaturgias

e espaços cênicos para o

acontecimento teatral, em

diálogo com o teatro

contemporâneo.

Propiciar momentos

de apreciação de

imagens e vídeos

Desenvolver

processos criativos

Pesquisa e cria formas de

dramaturgias e espaços

cênicos para o

acontecimento teatral em

diálogo com o teatro

contemporâneo.

(EF09AR28) Experimentar

diferentes funções teatrais

Experimentar e

vivenciar diferentes

Experimenta diferentes

funções teatrais

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(ator, figurinista, aderecista,

maquiador/visagista,

cenógrafo, iluminador, sonoplasta,

produtor, diretor e assessor de

imprensa etc.) em processos de

trabalho

artísticos coletivos e

colaborativos, e discutir os limites

e desafios desse processo de

trabalho.

funções teatrais em

processos de criação

Vivenciar processos

de trabalho artísticos

coletivos e

colaborativos

(ator, figurinista, aderecista,

maquiador/visagista,

cenógrafo, iluminador,

sonoplasta, produtor,

diretor e assessor de

imprensa etc.);

Percebeu os limites e

desafios dos processos de

trabalho artísticos coletivos

e colaborativos.

(EF09AR29) Experimentar, de

maneira imaginativa na

improvisação teatral e no jogo

cênico, a gestualidade

e as construções corporais e vocais

de personagens

do drama.

Experimentar e

investigar

improvisação teatral e

no jogo cênico e

gestualidade

Experimenta, de maneira

imaginativa na

improvisação teatral e no

jogo cênico, a gestualidade

e as construções corporais e

vocais de personagens

do drama.

(EF09AR30) Compor cenas,

performances, esquetes

e improvisações que

problematizem fatos, notícias,

temáticas e situações atuais,

explorando o drama como gênero

teatral, a relação entre as

linguagens teatral e

cinematográfica e as tecnologias

digitais,

caracterizando personagens (com

figurinos, adereços e

Vivenciar processos

de criação de cenas,

performances,

esquetes

e improvisações

Vivenciar processos

de criação de

caracterização de

personagens (com

figurinos, adereços e

maquiagem)

Compõe cenas,

performances, esquetes

e improvisações que

problematizem fatos,

notícias, temáticas e

situações atuais, explorando

o drama como gênero

teatral, a relação entre as

linguagens teatral e

cinematográfica e as

tecnologias digitais,

caracterizando personagens

(com figurinos, adereços e

Page 142: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

maquiagem), cenário, iluminação

e sonoplastia e considerando a

relação com o espectador.

maquiagem), cenário,

iluminação e sonoplastia e

considerando a relação com

o espectador.

Habilidade

Articuladora

Condições didáticas

e indicações para o

desenvolvimento

das atividades

Observar se o estudante

(EF69AR35) Identificar e

manipular diferentes tecnologias e

recursos digitais para acessar,

apreciar,

produzir, registrar e compartilhar

práticas e repertórios

artísticos, de modo reflexivo, ético

e responsável.

Identifica e manipula

diferentes tecnologias e

recursos digitais para

acessar, apreciar,

produzir, registrar e

compartilhar práticas e

repertórios

artísticos, de modo

reflexivo, ético e

responsável.

Situação de Aprendizagem I

Habilidade (EF09AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos e manifestações

cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros, investigando os modos

coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da

atuação profissional em teatro.

Objetos de conhecimento: Contextos e práticas

● artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulista,

brasileiros e estrangeiros

● Processos coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e

organização da atuação profissional em teatro

Page 143: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Habilidade (EF09AR27): Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para

o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

Objetos de conhecimento: Processos de criação

● formas de dramaturgias

● espaços cênicos

● teatro contemporâneo

Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com formas de dramaturgias e espaços cênicos, artistas, grupos, coletivos e

manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros,

investigando os modos coletivos e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação

e organização da atuação profissional em teatro. É importante que você faça registros durante

o desenvolvimento das atividades, para facilitar os momentos de avaliação e recuperação.

Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos importantes.

Drama - É uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma

história com enredo, personagens principais e secundários, geralmente contempla uma

introdução, um certo conflito, um clímax e um final. Escrita pelo dramaturgo com o objetivo

específico para uma representação, quer ela seja uma comédia, uma tragédia, um melodrama,

uma farsa etc. Em um texto teatral, uma história é contada como uma narrativa.

Dramaturgia Cinematográfica – É toda uma produção voltada ao desenvolvimento de um

roteiro, respeitando as contribuições criativas da equipe de trabalho no que diz respeito à

estruturação dramática, ao desenvolvimento das personagens, às argumentações, diálogos

etc., que vão fomentar toda a complexidade da obra cinematográfica.

Dramaturgia Teatral – É a arte teatral de representar uma história num palco (convencional

– tradicional ou não convencional) e o profissional, que protagoniza essa forma de criação,

é o dramaturgo, ou seja, a pessoa que faz dramas.

Page 144: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Dramaturgia Televisiva – É a dramaturgia aplicada, especificamente, ao programa

televisivo: telenovelas, seriados, programas audiovisuais e outros com função e destaque ao

entretenimento.

Espaço Cênico - é o espaço onde a encenação teatral se concretiza. Nele, deverão estar

presentes todos os itens necessários para o desenvolvimento do trabalho dos atores e do

espetáculo, a boca de cena, o proscênio, as coxias, o palco etc. Dois elementos são,

absolutamente, indispensáveis à existência do teatro: ator e público. O espetáculo é uma

decorrência natural do encontro de ambos no mesmo espaço, que pode ser um canto de

praça, um auditório de escola, um salão de clube ou, até mesmo, um palco especialmente

construído e dotado de recursos técnicos apropriados à encenação. Curioso observar, na

história do teatro, que o espaço cênico foi sofrendo modificações à medida que foi

absorvendo as contingências sociais de cada época, as novas conquistas da técnica etc.

Teatro Contemporâneo – Este é o teatro realizado hoje em todo o mundo. Teve seu início

no século XIX, em conformidade com os fundamentos estéticos da época, e se expandiu no

século XX com inovações nas concepções, experimentações, tanto nas teorias como nas

práticas teatrais e utilizações de recursos tecnológicos e ferramentas digitais.

Para saber mais:

Espaço Cênico. Andreteatro. Disponível em:

http://andreteatro.blogspot.com/2011/06/espaco-cenico.html. Acesso em: 06/ fev. /2020.

Teatro em espaço cênico não convencional. Foradopalco. Disponível em:

https://foradopalco.wordpress.com/espaco-cenico/ Acesso em: 06/ fev. /2020.

Atividade 1 – Sondagem

Inicie a atividade conversando com os estudantes sobre os conceitos de dramaturgia

na arte contemporânea (teatral, televisiva e cinematográfica). Em seguida, realize alguns

questionamentos para perceber o que eles trazem de conhecimento sobre grupos teatrais e

espaços cênicos. Após a conversa, solicite que respondam, no caderno, às questões a seguir:

1.Sabe o que significa espaço cênico? Já assistiu teatro de rua? Comente sua experiência.

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2.Conhece algum artista ou grupo de teatro contemporâneo? Existe no seu bairro, cidade ou

região artistas ou grupo de teatro contemporâneo?

3.Costuma assistir a espetáculos de teatro? Onde? Na internet, na tv, ao vivo?

4.Existe no seu bairro, cidade ou região locais próprios para apresentações teatrais?

5.Escreva o que você acha que seria dramaturgia - teatral, dramaturgia televisiva e/ou

dramaturgia cinematográfica.

6.Costuma consultar programação teatral? Onde? Internet, cartazes espalhados pela cidade,

diretamente nos centros culturais e teatros etc.?

7.Já participou da criação e produção de espetáculos teatrais? Onde? Igreja, escola, centros

culturais, projetos sociais etc.?

Atividade 2 – Apreciação

Para atender toda a habilidade e facilitar a compreensão do estudante quanto aos

objetos de conhecimento apresentados, a atividade de apreciação está dividida em três

momentos. Solicite aos estudantes que observem, atentamente, as imagens e vídeos

indicados, aproveitando para falar sobre as formas de dramaturgias, espaços cênicos e as

mudanças que aconteceram ao longo da história do teatro.

Momento 1 - Espaços cênicos

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 1. Palco de Teatro grego - Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/teatro-grego-

gr%C3%A9cia-antiguidade-2144095/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Figura 2 Sala contemporânea de cinema – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/cinema-hall-

filme-amantes-de-cinema-2502213/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Figura 3. Espaço de Teatro Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/est%C3%A1gio-cortina-

teatro-%C3%B3pera-1248769/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Para ampliação do repertório pessoal e cultural dos estudantes apresente o vídeo

indicado.

A Evolução do espaço Cênico. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=-S4qjTIA95s. Acesso em: 06 fev. 2020.

Momento 2 - Formas de dramaturgias - Teatral, cinematográfica e televisiva

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Forma de dramaturgia teatral – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-teatro-

mon%C3%B3logo-430559/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Forma de dramaturgia cinematográfica – Fonte: Disponível em:

https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7as-tv-crian%C3%A7a-televis%C3%A3o-home-403582/.

Acesso em: 06 fev. 2020.

Forma de dramaturgia televisiva – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/john-wayne-

ca%C3%A7a-de-marsha-americana-516144/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Momento 3 – Grupos de teatro, artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do

teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros

Oriente os estudantes a observar, atentamente, os vídeos e, no final, proponha uma

roda de conversa para discutir sobre os grupos de teatro, artistas, grupos, coletivos e

manifestações cênicas do teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros.

Finalizada a atividade, solicite que os estudantes registrem, no caderno, impressões, ideias e

considerações apresentadas na discussão.

Links:

Esperando Godot - Grupo Garagem 21 - teaser longo. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=tYI9W0J9EY0. Acesso em: 06 fev. 2020”.

Grupo Teatrama - Um Ensaio Para a Vida – Documentário. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=0lRxu26CF5c&feature=emb_title.

Acesso em: 06 fev. 2020.

Page 148: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Suspend's. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=M_B9ud6sVcg&feature=emb_title. Acesso em: 06

fev. 2020.

Édredon / création petite enfance. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=1aKY_wh6YOc&feature=emb_title. Acesso em: 06

fev. 2020.

Para saber mais:

Enciclopédia escolar virtual Britannica Escola, curadoria da Capes. Verbetes sobre teatro.

Escola.britannica. Disponível em:

https://escola.britannica.com.br/pesquisa/artigos/teatro. Acesso em 25jun. 2020.

Dramaturgia. Infoescola. Disponível em:

https://www.infoescola.com/artes/dramaturgia/. Acesso em: 06 fev.2020.

Dramaturgia - História. Portalsaofrancisco. Disponível em:

https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/dramaturgia-historia. Acesso em: 06

fev. 2020.

Teatro Contemporâneo. Infoescola. Disponível em:

https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Tendências contemporâneas do teatro brasileiro. Scielo.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

40141996000300012. Acesso em: 06 fev. 2020.

A Cena Teatral Contemporânea. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=QsGQxPMTTqA. Acesso em: 06 fev. 2020.

Teatro brasileiro Contemporâneo. Primeiro teatro. Disponível em:

https://primeiroteatro.blogspot.com/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Grupos Teatrais no Brasil Contemporâneo. Macunaima. Disponível em:

https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie13.pdf. Acesso

em: 06 fev. 2020.

Page 149: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Grupos Teatrais no Brasil Contemporâneo. Unesp. Disponível em:

https://www.ia.unesp.br/Home/teatrosemcortinas/grupos-teatrais-no-brasil-

contemporaneo.pdf. Acesso em: 06 fev. 2020.

Grupos de Teatro no Brasil: realidade e diversidade. Galpaocinehorto. Disponível em:

http://galpaocinehorto.com.br/wp-content/uploads/2013/09/subtexto4.pdf.

Acesso em 14 jan. 2020.

Teatro Contemporâneo. Infoescola. Disponível em:

https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/. Acesso em 14 jan.2020.

Enciclopédia Itaú Cultural. Enciclopedia.itaucultural. Disponível em:

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?q=Teatro+de+Grupo&categoria=teatro&p

=1. Acesso em 14 jan.2020.

Telecurso – Ensino Médio – Teatro – Aula 01. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ADExGcg3etw. Acesso em: 06 fev. 2020.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

Divida a turma em três grupos, distribuindo uma temática para cada um, solicitando

uma pesquisa, a partir de um roteiro, em livros, revistas, jornais, internet etc. de textos e

imagens de artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do teatro contemporâneo

paulista, brasileiros e estrangeiros com foco em como acontece o processo de criação,

produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro. Finalizada

a pesquisa, é o momento da socialização das informações pesquisadas. Oriente os estudantes

a realizar a socialização do material pesquisado por meio da confecção e exposição de

cartazes ou painéis, criação e exibição de power point, apresentação de seminário etc.

Grupo 1. Grupos de teatro paulista: Grupo Garagem 21, Grupo de Teatro Mambembe

etc.

Grupo 2. Grupos de teatro brasileiro: Grupo Gira Mundo, Grupo Galpão etc.

Grupo 3. Grupos de teatro estrangeiro: Grupo argentino Fuerza Bruta, Grupo argentino

Timbre 4 etc.

Page 150: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Roteiro de Pesquisa

1. Buscar por informações de como acontece o processo de criação e produção artística

(concepção da peça, criação coletiva e/ou colaborativa, seleção/criação de roteiro,

fontes de inspiração etc.).

2. Elencar quantos e quem são os integrantes das companhias, e funções exercidas;

3. Indicar as páginas em Sites e/ou Redes sociais, onde as Companhias de Teatro fazem

divulgação e circulação do trabalho artístico.

4. Identificar qual a localização desses Grupos de Teatro (cidade, Estado, Pais).

Atividade 4 – Ação Expressiva II

Aproveite a divisão dos grupos da atividade anterior e solicite aos estudantes que

criem uma cena com uma temática livre, embasados em conceitos contemporâneos de teatro

utilizando uma forma de dramaturgia diferente para apresentar a produção. É importante

que os grupos utilizem processos coletivos e/ou colaborativos para criar, produzir e divulgar

o trabalho. Seguem abaixo, os conceitos que deverão ser trabalhados:

Os processos coletivos e/ou colaborativos: visam à amplitude do desenvolvimento

técnico e artístico dos envolvidos, nos quais todos os agentes do processo, do cinotécnico

ao ator, são responsáveis pela criação e execução das cenas, contribuem e participam de

forma subjetiva durante toda a criação da obra, de maneira que, no produto final, se

possam reconhecer traços da identidade artística e pessoal de cada um. Não existe uma

hierarquia rígida.

Grupo 1. Dramaturgia - Teatral

O Drama é uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma

história com enredo geralmente que contempla uma introdução, um clímax e um final.

Escrita pelo dramaturgo com o objetivo específico para uma representação, quer ela seja uma

comédia, uma tragédia, um melodrama, uma farsa etc.

Grupo 2. Dramaturgia - Televisiva

É a dramaturgia aplicada especificamente ao programa televisivo: telenovelas, seriados,

programas audiovisuais e outros com função e destaque ao entretenimento.

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Grupo 3. Dramaturgia – Cinematográfica

É toda uma produção voltada ao desenvolvimento de um roteiro, respeitando as

contribuições criativas da equipe de trabalho no que diz respeito à estruturação dramática,

ao desenvolvimento das personagens, às argumentações, diálogos etc., que vão fomentar

toda a complexidade da obra cinematográfica.

Atividade 5 – Ação Expressiva III

Os primeiros teatros foram construídos pelos gregos ao ar livre, sendo que os assentos eram

dispostos numa colina inclinada e o palco era apenas um relvado. Os teatros gregos não

começaram com atores, mas, sim, com números de canto e dança em honra aos deuses.

Divida a turma em quatro grupos, oriente a confecção de uma maquete de espaços cênicos

utilizando materiais recicláveis e/ ou alternativos (papel, papelão, plástico, embalagens, lã,

retalhos de tecido, barbante, recortes de madeira, caixas de sapato, tnt, cola, fita adesiva,

caixas de embalagens etc.). Antes de distribuir uma temática para cada grupo, fale sobre o

conceito de espaço cênico convencional e não convencional.

Espaço cênico - é o espaço onde a encenação teatral se concretiza. Nele, deverão estar

presentes todos os itens necessários para desenvolvimento do espetáculo.

O Espaço cênico convencional é composto por:

Plateia – local onde o público assiste à representação

Palco – Local onde se representa

Áreas de serviço - locais onde existem oficinas, por exemplo para construção de cenários,

coxia etc.

O Espaço cênico não convencional é composto por:

Ator, Plateia e Cena ocupando o mesmo espaço com momentos de interação ou não.

Grupo1. Teatro de arena: Ele tem uma forma geralmente circular, onde a plateia se localiza

em arquibancadas que ficam ao redor do palco.

Grupo 2. Teatro Semi - arena: Ele tem uma forma de semicírculo e a plateia se organiza

em arquibancadas também em forma de semicírculo.

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Grupo3. Teatro Elisabetano ou Isabelino: Ele tem o que chamamos de palco misto, que

é um espaço tradicionalmente retangular, associado à William Shakespeare. Nele, a plateia se

posiciona à frente e dos lados esquerdo e direito do palco.

Grupo4. Teatro italiano: Ele tem o palco de frente para a plateia, e se divide dela pelo fosso

da orquestra. Os assentos na plateia são geralmente individuais. A coxia fica fora de cena.

Grupo 5. Teatro de Rua: O local é determinado pelo grupo de atores dentro do espaço

urbano. A plateia se posiciona ao redor dos atores. Utiliza de cenários e adereços de fácil

locomoção por conta da localização.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes reconhecer e apreciar artistas, grupos, coletivos e manifestações cênicas do

teatro contemporâneo paulistas, brasileiros e estrangeiros, investigando os modos coletivos

e colaborativos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação

profissional em teatro. Além disso, observe se conseguiram pesquisar e criar formas de

dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro

contemporâneo. Organize uma roda e converse com os estudantes acerca dos objetos do

conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem II

Habilidade (EF09AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e

no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens do drama.

Objetos de Conhecimento: Processos de criação

● improvisação teatral

● jogo cênico

● gestualidade e as construções corporais e vocais

● personagens do drama

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Habilidade (EF09AR28): Experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista,

aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e

assessor de imprensa etc.) em processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos, e

discutir os limites e desafios desse processo de trabalho.

Objetos de Conhecimento: Processos de criação

● funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,

iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.)

● processos de trabalho artístico coletivos e/ou colaborativos

Professor, nesta situação de aprendizagem, estão previstas cinco atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para averiguar os conhecimentos prévios, colocá-los

em contato com diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista,

cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em

processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos e discutir os limites e desafios desse

processo de trabalho. Também deverá propiciar momentos de experimentação imaginativa

de improvisação teatral, no jogo cênico, na gestualidade e nas construções corporais e vocais

de personagens do drama. É importante que você realize registros durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e

recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns conceitos

importantes para o desenvolvimento das atividades.

Corporeidade – É a maneira como o corpo age e faz, como ele intervém no espaço e no

tempo.

Drama - É uma palavra que vem do grego e significa ação. No contexto teatral, é uma

história com enredo, personagens principais e secundários e que geralmente contempla uma

introdução, um certo conflito, um clímax e um final. Escrita pelo dramaturgo com o objetivo

específico para uma representação, quer ela seja uma comédia, uma tragédia, um melodrama,

uma farsa etc. Em um texto teatral, uma história é contada como uma narrativa.

Page 154: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

Gesto – Em cena, define-se como a atitude que a personagem assume em relação às outras

considerando todos os aspectos sociais delas: entonação, movimentos, expressão

fisionômica.

Improvisação – É usada, no teatro, como ferramenta na composição de cenas e/ou nas

apresentações teatrais. Com ela, os atores experienciam os conceitos de criatividade,

expressão corporal, expressão verbal, espaço, tempo, energia e movimento sem inibição,

possibilitando a criação de textos exclusivos e inovadores com fluência, uso do espaço,

dinâmica e ritmos imprevisíveis, provenientes de seu próprio vocabulário.

Processos de criação coletiva – No teatro, a criação coletiva surge com os grupos teatrais

que, nas décadas de 1960 e 1970, associam todos os elementos da encenação, inclusive o

texto, em um mesmo processo de autoria com base na experimentação em sala de ensaio.

Atividade 1 – Sondagem

Converse com os estudantes sobre improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade,

construção corporal e vocal de personagens do drama, processos de criação coletivos e/ou

colaborativos e profissionais que atuam na criação, montagem e apresentação de um

espetáculo teatral. Aproveite para falar que as profissões ligadas ao teatro são divididas em

quatro funções: técnicas, artísticas, de comunicação e imagem e administrativas e que as

poéticas, em processos de criação teatral coletiva e/ou colaborativa, acontecem por meio de

processo de criação coletiva, pesquisa de linguagem; escolha de temáticas cotidianas;

produções cooperativadas; abolição de hierarquia ou divisão rígida do trabalho. Finalizada a

conversa, solicite que respondam, no caderno, às questões indicadas a seguir:

1. Já participou de alguma experimentação teatral de improvisação, jogo cênico, construção

corporal e vocal de personagens do drama? Conte um pouco desta experiência.

2. Se já participou, onde foi? Na escola? Projetos sociais? Igreja? Centro Cultural?

3. Cite quais as profissões ligadas ao teatro você conhece que tem funções técnicas, artísticas,

de comunicação e imagem e administrativas.

4. Quais as principais atividades que um ator, um figurinista, um aderecista, um

maquiador/visagista, um cenógrafo, um iluminador, um sonoplasta, um produtor, diretor e

um assessor de imprensa exercem em uma produção teatral?

Page 155: SP FAZ ESCOLA · 2020. 8. 4. · reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se

5. Já participou alguma vez da produção de um espetáculo teatral na escola ou em outro

local? Como foi esta experiência? Qual ou quais funções exerceu?

Para saber mais:

Jogos Teatrais - O fichário de Viola Spolin. SlideShare. Disponível em:

https://pt.slideshare.net/PIBID_Teatro2014/spolin-jogos-teatraisofichriodeviolaspolin-1.

Acesso em: 15 jan. 2020.

De Jogo em jogo se aprende a Teatrar. Diaadiaeducacao. Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2434-6.pdf. Acesso em: 15

jan. 2020.

Drama. Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes/drama/. Acesso

em 15 jan. 2020.

Gênero Dramático. Todamateria. Disponível em:

https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/ . Acesso em: 15 jan. 2020.

Profissões relacionadas com o Teatro. Renascer-da-arte. Disponível em: http://renascer-

da-arte.blogspot.com/2009/03/profissoes-relacionadas-com-o-teatro.html/. Acesso em: 15

jan. 2020.

Profissões no campo do Teatro. Blogeducartemf. Disponível em:

http://blogeducartemf.blogspot.com/2015/11/campo-do-teatro-essas-profissoes-

estao.html. Acesso em: 15 jan. 2020.

Processo Colaborativo: Relato e Reflexões sobre uma Experiência de Criação. Sesi.

Disponível em:

https://www.sesipr.org.br/nucleodedramaturgia/FreeComponent9545content77392.shtml

Acesso em: 15 jan. 2020.

Atividade 2 – Apreciação

Esta atividade de apreciação será dividida em dois momentos: o primeiro com foco

na improvisação e na gestualidade da cena e o outro momento, nos profissionais que atuam

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na criação, montagem e apresentação de um espetáculo teatral. É importante que, ao final da

atividade, você oriente os estudantes a registrar, no caderno, tudo que eles conseguiram

apreciar e observar nos dois momentos.

Momento de Apreciação 1 – Improvisação e gestualidade da cena.

Inicie a atividade propondo aos estudantes uma leitura e apreciação das imagens

selecionadas de cenas de espetáculos que documentam um detalhe, a atuação do corpo

criador, um momento fugaz do espetáculo, pequenos fragmentos de cena, mostrando, talvez,

até o que foi perceptível no momento da apresentação do espetáculo. Durante a apreciação,

converse sobre improvisação teatral, jogo cênico, gestualidade, construções corporais e

vocais de personagens do drama. A conversa com base nessas questões pode revelar o que

os estudantes pensam e o que sabem sobre o trabalho do ator com seu corpo. Talvez eles

ainda não tenham tido a experiência de ser espectadores de teatro, mas utilizem o que

conhecem sobre o trabalho de ator tendo como referência, por exemplo, as atuações na

televisão. Seja como for, o importante é chamar sua atenção para a singularidade do corpo

criador do ator, que constrói o corpo do personagem por meio de ações físicas, ou seja, por

meio de ações do corpo. Explique que para Stanislavski, o ator é “o mestre das ações físicas”

e as ações físicas, o elemento-chefe da expressividade no palco. Stanislavski é quem aponta

a necessidade do trabalho do ator sobre si mesmo e sobre o personagem. A noção de ação

física teve papel central na nova pedagogia teatral, sendo considerada a chave para que a

criação e a emoção surgissem no fazer teatral. Em vez de evocar um estado mental ou

emocional inicial, Stanislavski entendeu o ator deveria acionar a materialidade de seu corpo:

é quando concebe o método das ações físicas. Ou seja, pelas ações do corpo, o ator articula

os demais elementos da representação, movendo o processo de criação teatral. Assim, não é

sem motivo que a palavra “drama” deriva de “ação” e que o ator é visto como aquele que

age, posto que a vida é ação, como também dizia Stanislavski. Finalize este primeiro

momento de apreciação solicitando que respondam no caderno os seguintes

questionamentos:

1. Observando a gestualidade das mãos dos atores e das atrizes , o que os gestos podem

significar?

2. Podemos dizer que o corpo do ator é o suporte físico da criação teatral? Por quê?

3. Há diferença entre o gesto que o corpo criador faz no teatro e o gesto que é feito pelo

corpo no cotidiano? Comente-a.

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Imagem 1 – Gestualidade na dança – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bal%C3%A9-

dan%C3%A7a-bailarina-cena-1376250/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Imagem 2 – Gestualidade no teatro – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/criador-teatro-

rainha-georgia-1041597/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Imagem 3 – Gestualidade no teatro – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/mulher-jovem-

menina-ador%C3%A1vel-3164822/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Imagem 4 – Gestualidade na dança – Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/mulher-

mulheres-menina-dan%C3%A7a-bal%C3%A9-1536747/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Para saber mais:

Constantin Stanislavski. Infoescola. Disponível em:

https://www.infoescola.com/biografias/constantin-stanislavski/. Acesso em: 15 jan. 2020.

Vida e obra de Constantin Stanislavski. Portaldosatores. Disponível em:

https://portaldosatores.com/2017/01/05/vida-e-obra-constantin-stanislavski/. Acesso

em: 15 jan. 2020.

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Momento de Apreciação 2 - Apresente o quadro indicado abaixo e converse sobre as

funções exercidas pelos profissionais do teatro (ator, figurinista, aderecista,

maquiador/visagista, cenógrafo, iluminador, sonoplasta, produtor, diretor, assessor de

imprensa etc.) nos processos de trabalho artístico coletivos e colaborativos na criação,

montagem e apresentação de espetáculos. Aproveite para discutir os limites e desafios desse

processo de trabalho.

Profissões com funções de comunicação e imagem

Assessor de

imprensa

Responsável pelas relações de comunicação com o exterior por

meio da imprensa; trabalha com os jornalistas e com toda a

comunicação social.

Profissões com funções artísticas

Ator Responsável pela interpretação dramática.

Aderecista Responsável pela concepção e execução dos adereços de cena

(por exemplo, coroas, máscaras, bustos, flores etc.), executando

desenhos e/ou projetos que foram solicitados pelo encenador /

cenógrafo.

Coreógrafo Responsável por criar coreografias e movimentações cênicas.

Direção artística Responsável por organizar toda elaboração e execução.

Figurinista Responsável por criar e confeccionar o figurino e adereços .

Roteirista

Dramaturgo

Responsável por pesquisar informações sobre a temática e

escrever o roteiro do espetáculo.

Profissões com funções técnicas

Iluminador Responsável por pensar e criar um mapa de utilização da luz e

operar todo o sistema de iluminação.

Maquiador Profissional responsável por cuidar e realçar o rosto das pessoas,

com o auxílio de produtos cosméticos e o intuito de melhorar a

imagem e a aparência dessas pessoas, para que elas possam se

sobressair numa produção de arte, ou outro evento qualquer.

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Visagista Profissional responsável pela harmonização das características

mais marcantes de uma pessoa, em conformidade com sua

personalidade, tipo físico, beleza interior e exterior.

Sonoplasta Profissional que tem por função realizar efeitos sonoros

especiais, criar fundos sonoros, adequar volume e intensidade dos

sons, inserir músicas em cenas, criar e misturar ruídos, sons e

músicas, além de sensibilizar o ouvinte transmitindo mensagens

e mexendo com os sentimentos do outro por meio de

sons/músicas utilizadas.

Profissões com funções administrativas

Produtor Profissional responsável pelas questões administrativas,

financeiras e gerenciais de uma produção artística e que tem

como objetivo, viabilizar toda a estrutura de um espetáculo,

desde a contratação dos atores até da equipe técnica com que vai

trabalhar.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

Nesta atividade, o estudante irá vivenciar a materialidade do corpo participando de

jogos de improvisação teatral coletados do Sistema de Viola Spolin, cujas práticas teatrais

movem a experiência entre corpo e ação física. Inicie explicando aos estudantes que mostrar

não é um ato de mímica. Mostrar é manter o foco em tornar física a ação de comer, ouvir,

pegar ou olhar. É a ação física memorizada no corpo que é comunicada, ao contrário de uma

ação subjetiva, que conta uma história sobre a ação de comer, por exemplo.

Divida a turma em quatro grupos e oriente a realização de dois jogos teatrais. Sempre

que um grupo se apresentar, os outros grupos serão a plateia. Após o jogo de cada grupo, a

plateia verifica se os estudantes-jogadores se comunicaram mostrando. A contribuição da

leitura da plateia é dizer se os jogadores mantiveram o foco no jogo ou não. Peça aos

estudantes que anotem, como plateia, suas observações e vivências no Caderno.

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Perceba se os estudantes mostram as ações que estão realizando no aqui-agora do

jogo, ou seja, se o corpo faz a ação, em vez de contá-la e se os alunos ficam em ação, em

cena, fazendo, e não pensando no que vão fazer. O corpo, sendo material, é convocado a

fazer a ação, em vez de pensar em como fazer a ação.

Jogo I - O que estou comendo? Cheirando? Ouvindo? Pegando? Olhando?

Divida a sala em dois grupos. Cada um deles entra em acordo, secretamente, sobre

alguma coisa muito simples para comer, cheirar, ouvir, pegar (tato) ou olhar. Então, um

grupo atua como plateia e o outro vai para o palco, revezando depois. Cada estudante-

jogador em cena comunica, à sua maneira, o que está comendo, cheirando, ouvindo, pegando

ou olhando. Não há diálogo entre os jogadores. Eles mostram o que estão fazendo por meio

do corpo, que faz uma ação física.

Jogo II - O que estou empurrando? Com base no verbo “empurrar”, sugerimos propor

diferentes situações de experimentação corporal que envolvam a noção de energia, de

esforço, de graus de força física.

Exploração individual: Empurrar objetos de tamanhos, formas, pesos diferentes (mesa,

cadeira, cesto de lixo, caixa com livros); empurrá-los devagar, fazendo-os deslizar

regularmente, intempestivamente, acelerando, afrouxando, controlando a energia utilizada;

empurrá-los à frente com os dois braços (dobrados, esticados), só com uma mão, com um

ombro, com um joelho, com as costas etc.; empurrá-los em linha reta, em zigue-zague,

seguindo um desenho no chão, subindo um plano inclinado;

Exploração em dupla: Empurrar os objetos juntos, na mesma direção, com o mesmo

ritmo, mudando de ponto de apoio (um em cima, outro embaixo; um à direita, outro à

esquerda), variando e combinando as posições do corpo, os jogos das pernas, dos braços, as

flexões dos joelhos, as torções, os equilíbrios;

Exploração do real ao imaginário (individual ou em dupla): Empurrar uma caixa muito

leve (caixa real, de sapato, por exemplo) como se fosse muito pesada (imaginário); empurrar

uma cadeira (real) como se fosse um cavalo (ou um elefante, uma vaca) que não quisesse

andar (imaginário); empurrar uma mesa (real) como se fosse um carro atolado (imaginário).

Cada uma dessas situações pode ser explorada, também, com os verbos “puxar” e “trazer”.

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Ao finalizar os jogos, propicie um momento de interação entre os estudantes para que

possam socializar os registros e suas impressões como jogador e como plateia.

Atividade 4 – Ação Expressiva II

Nesta atividade, os estudantes vão experimentar diferentes funções teatrais na

produção e apresentação coletiva e/ou colaborativa de um espetáculo teatral. Divida a turma

em grupos, explique para que sigam o roteiro abaixo e preencham o quadro para organizar e

orientar o trabalho dos grupos. Finalizado o espetáculo, proponha um momento de reflexão

e discussão de quais são os limites e desafios desse processo de trabalho.

Roteiro:

●Conversar, decidir e preencher a ficha indicando quais componentes do grupo será

responsável por exercer as funções teatrais.

●Pesquisar e selecionar em livros ou na internet, o texto dramático que será utilizado na

produção teatral.

●Criar os esboços (desenhos) de figurinos, cenários, e os mapas de iluminação.

●Gravar músicas, sons e selecionar objetos e/ou instrumentos musicais para criação da

sonoplastia.

●Providenciar uma cópia do texto para que cada “aluno-ator” possa estudar e ensaiar suas

falas.

●Organizar um cronograma de apresentação, pensando no tempo, espaço e equipamentos

disponíveis.

Função teatral Descrição das atividades Aluno(s) responsável(eis)

Aderecista(s)

Assessor(es)

de imprensa

Ator(es)

Coreógrafo(s)

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Direção artística

Figurinista (s)

Iluminador(es)

Maquiador(es)/

visagista

Produtor(es)

Roteirista(s)

Sonoplasta(s)

Atividade 5– Ação Expressiva III

Espiando o teatro brasileiro, pode-se estudar o surgimento, em meados da década de

1970, de equipes teatrais que mostraram um modo novo de se posicionar na cultura, na

sociedade, na política e na arte, por meio do projeto coletivo. Na época, essa forma do fazer

teatral era inusitada e oferecia aos jovens artistas independentes a oportunidade de falar em

nome próprio, de escolher projetos, de criar textos cênicos de autoria comum, de romper

com cânones teatrais, de misturar e contaminar, no fazer teatral, os gêneros épico, lírico e

dramático. Em São Paulo, proposta semelhante ao grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi

desenvolvida pelo grupo Minoga com Folias bíblicas (1977). Da tese de doutorado Os

parceiros do Rio Bonito, de Antonio Candido, o grupo teatral Pessoal do Victor, formado pela

Escola de Arte Dramática da ECA-USP, que trabalhava em um projeto da Unicamp, gerou

uma espécie de “Trate-me Tatu”, encenando Na carreira do divino (1979) com base nas

lembranças da cultura caipira vivenciada pelos atores, demolindo o estereótipo do Jeca

inventado por Monteiro Lobato em Urupês. Ruth Escobar, em Aqui há ordem e progresso

(1980), realizado com presos da Casa de Detenção, observou que, em razão do espetáculo

mostrar os problemas daquela instituição, a plateia se identificava intensamente com o que

acontecia em cena.

Organize a turma em cinco grupos, distribuindo um tema e orientando-a a adentrar

nesse universo do teatro de grupo e criação coletiva pesquisando em livros, revistas, internet

etc. as várias referências de grupos teatrais indicadas, a seguir, utilizando o roteiro de

pesquisa. Finalizada a pesquisa, solicite que os grupos socializem o que descobriram sobre

teatro de grupo e sua compreensão sobre criação coletiva e processos colaborativos.

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Para a apresentação da pesquisa, após a coleta de dados, os estudantes podem

improvisar pequenas cenas com narrativas que expressam o que eles consideram

significativo, aproveitando para mostrar a referência pesquisada. A estrutura quem, o quê, e

onde é Foco da improvisação pode ajudar na montagem das cenas.

Temas para pesquisa:

1. Pod Minoga - idealizado por Naum Alves de Souza, em 1972 e que terminou

em 1980.

2. Ventoforte - se mantém na ativa e foi fundado em 1974 por Ilo Krugli,

argentino radicado no Brasil.

3. Ornitorrinco - fundado em 1977 e que continua na ativa, tendo Cacá Rosset

como seu diretor.

4. Teatro Popular União e Olho Vivo – (TUOV), um dos mais antigos grupos

de teatro do Brasil e que tem como seus fundadores César Vieira (Idibal

Pivetta) e Neriney Moreira, ambos advogados e defensores da arte popular

brasileira.

5. Asdrúbal Trouxe o Trombone - Os atores Regina Casé, Luiz Fernando

Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos, atuaram neste grupo e

Hamilton Vaz Pereira, exerceu a liderança do grupo.

Roteiro de Pesquisa:

1. Qual é a História da criação do grupo.

2.Quem é o criador, ou criadores do Grupo Teatral.

3.Quais são os tipos de textos encenados pelo grupo.

4. Qual é a localidade do Grupo (cidade, região, pais).

5.Como acontece o processo de criação coletiva do grupo.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente, durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

experimentaram de maneira imaginativa a improvisação teatral, se no jogo cênico, na

gestualidade e nas construções corporais e vocais de personagens do drama vivenciaram

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diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista, maquiador/visagista, cenógrafo,

iluminador, sonoplasta, produtor, diretor e assessor de imprensa etc.) em processos de

trabalho artístico coletivos e colaborativos, e se discutiram os limites e desafios desse

processo de trabalho. Organize uma roda e converse com os estudantes a respeito dos

objetos do conhecimento trabalhados durante as atividades.

Situação de Aprendizagem III

Habilidade (EF09AR25): Investigar, identificar e analisar o drama como gênero teatral e a

relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais em diferentes

tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, aprimorando a capacidade de

apreciação estética teatral.

Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas

● drama como gênero teatral

● relação entre as linguagens teatral e cinematográfica

● tecnologias digitais

● diferentes tempos e espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro

● apreciação estética teatral.

Habilidade (EF09AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações que

problematizem fatos, notícias, temáticas e situações atuais, explorando o drama como gênero

teatral, a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais,

caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e

sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

Objetos de Conhecimento: Processos de criação

● cenas, performances, esquetes e improvisações

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● drama como gênero teatral

● relação entre as linguagens teatral e cinematográfica

● tecnologias digitais

● personagens (com figurinos, adereços e maquiagem)

● cenário, iluminação e sonoplastia

● relação ator com o espectador

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas quatro atividades. Nelas,

você vai conversar com os estudantes para explorar os conhecimentos prévios e colocá-los

em contato com o drama como gênero teatral, inclusive no contexto paulista e brasileiro.

Além disso, cada estudante poderá aprimorar a sua capacidade de apreciação estética teatral,

compondo cenas, performances, esquetes e improvisações que problematizem fatos,

notícias, temáticas e situações atuais, explorando o drama como gênero teatral, a relação entre

as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais, caracterizando personagens

(com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a

relação com o espectador. É importante que você, realize registros durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e

recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal, foram elencados alguns conceitos

importantes para o desenvolvimento das atividades.

Gênero teatral - drama - A palavra “drama” vem do grego e significa “ação”, logo é um

acontecimento ou situação com intensidade emocional, a qual pode ser representada. No

sentido literário, falar de drama é falar de teatro. Este gênero começou com a encenação em

cultos a divindades gregas. A princípio, os gregos abordavam apenas dois tipos de peças

teatrais: a tragédia e a comédia. Algumas peças são bastante conhecidas e lidas até hoje, por

serem marcos da dramaturgia da época: Prometeu acorrentado de Ésquilo; Édipo-rei e

Electra de Sófocles; Medéia de Eurípedes e Menandro de Antífanes.

Neste gênero literário, o narrador conta a história enquanto os atores encenam e dialogam

por meio das personagens. No texto dramático, não há narrador. A história é narrada por

meio das ações dos personagens e de todo o conjunto cênico. Há narrativa, mas não há

narrador, exceto nos casos em que ele é personagem Quanto aos estilos literários, esta

modalidade literária compreende:

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• Tragédia: Representação de um fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja,

provoca alívio emocional da audiência.

• Comédia: Gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do

comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no

público, durante a representação de um fato cômico.

• Tragicomédia: Gênero dramático que contém, ao mesmo tempo, elementos da tragédia

e da comédia.

• Farsa: Gênero que, apesar de ser dramático é cômico, exagerado e extravagante na

abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são

excêntricos e caricatos. Nas farsas, há questionamento de valores, que é construído por meio

de alegorias.

Atividade 1 – Sondagem

Talvez a História da Arte do século XX fique marcada como o momento em que as

fronteiras artísticas passaram a ser derrubadas com mais rapidez e ênfase. Surgem trabalhos

que não cabem nas definições até então existentes e, não raras vezes, sem qualificativos que

definem a produção. Ou seja, não se tem mais a ideia de obra de arte como se tinha antes, e

as linguagens da arte passaram a se misturar mais. Nesse sentido, a arte contemporânea tem

investido cada vez mais na dissolução das fronteiras entre linguagens artísticas,

permeabilizando seus contornos territoriais e criando, assim, zonas de passagem, de transição

– hibridismos artísticos. Nesse contexto, vamos abordar uma linguagem teatral

contemporânea que vem dando ênfase a formas experimentais que dialogam com imagens

geradas por vídeos e por projeções de slides e que atuam sobre o imaginário do espectador,

integrando ao palco a estética do filme ou do videoclipe.

Iniciar uma conversa sobre as experiências que os estudantes possuem, narrar e

rememorar experiências estéticas teatrais e cinematográficas, como espectadores de teatro e

de cinema, é um jeito de levá-los a refletir sobre como percebem suas experiências e práticas

culturais com as duas linguagens. Nesse momento, é importante valorizar a experiência que

os estudantes têm, seja do espetáculo teatral a que assistiram apenas na escola, por exemplo,

seja dos filmes que viram somente na televisão, em vídeo, porque nunca foram a uma sala de

cinema. Peça que respondam:

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1. Já foi ao cinema e/ou ao teatro? Comente suas experiencias.

2. Qual é a diferença entre teatro e cinema?

3. Como vocês imaginam que seria um espetáculo teatral com a junção de

imagens de filmes?

4. Qual a importância da relação entre um ator com o espectador de teatro?

5. Como acontece a relação entre um ator com o espectador de cinema?

6. Saberia definir gênero teatral – drama? Comente.

7. Com quais elementos podemos caracterizar uma personagem?

8. Já assistiu uma cena, performance, esquete e/ou improvisação teatral? Onde

foi? Ao vivo pela tv ou internet?

Atividade 2 – Apreciação

Apresente as imagens e os vídeos para um momento de apreciação. Em seguida,

realize alguns questionamentos indicados e outros que achar pertinente para o

desenvolvimento da atividade.

1. Qual a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica, que você conseguiu perceber

durante a apreciação dos vídeos e imagens?

2. Em quais momentos você percebeu o uso de tecnologias digitais na produção dos

espetáculos?

3. Durante a apreciação estética teatral conseguiu observar como acontece as cenas, e as

performances atores.

4. Descreva os cenários, o tipo de iluminação e sonoplastia

5.Como são os figurinos, adereços e maquiagem dos personagens.

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 1Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bollywood-filme-cinema-%C3%ADndia-

1687410/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Figura 2Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/c%C3%A2mera-v%C3%ADdeo-tv-

realiza%C3%A7%C3%A3o-de-v%C3%ADdeo-1598620/. Acesso em: 06 fev.2020.

Figura 3Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/concess%C3%A3o-de-cary-rosalind-russell-

392931/. Acesso em: 06 fev. 2020.

Figura 4Fonte: Disponível em https://pixabay.com/pt/illustrations/manipula%C3%A7%C3%A3o-da-foto-

alien%C3%ADgena-1825450/ . Acesso em: 06 fev. 2020.

Vídeos: A documentação fotográfica de espetáculos é uma forma de oferecer uma visão

sobre uma obra de arte, ao fornecer diferentes referências sobre o espaço, o gestual de ator,

os objetos em cena, a cenografia, a iluminação, o figurino, a maquiagem. Para mostrar aos

estudantes uma referência sobre a mescla entre as linguagens teatral e cinematográfica,

apresente os vídeos indicados, a seguir, com imagens do espetáculo Memória afetiva de um

amor esquecido, do grupo carioca Os Dezequilibrados. Essa não é uma escolha aleatória,

porque uma das características desse grupo é trazer para o teatro a linguagem

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cinematográfica. Isso se dá não só com a utilização de elementos como slides, imagens ao

vivo e câmeras de projeção, mas também pela teatralização de procedimentos

cinematográficos: um foco, uma pose, um travelling.

Links:

Os Dezequilibrados - Vida, o Filme. Youtube Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=cnRmR7DWhWs. Acesso em: 11/ fev./2020.

Cenas de DOGVILLE. Youtube Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=klTPPI_Xprg. Acesso em: 27 dez. 2019.

2010 Sin Sangre (Without Blood) - Teatro Cinema.Youtube Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=xNRSDtSVwl0. Acesso em: 27dez. 2019.

Vinte mil léguas submarinas. Youtube Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ivAvwYg8rgw. Acesso em: 27 dez. 2019.

Vinte mil léguas submarinas - Concerto harmonia. Youtube Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=6qLJK5nsWeA Acesso em: 27 dez. 2019.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

O repertório dos estudantes sobre a mescla entre o teatro e o cinema pode ser

ampliado por meio de uma pesquisa em grupo, seguindo roteiro proposto. Para isso, divida

a turma em três grupos e distribua uma temática indicada para cada um pesquisar textos e

imagens em livros, revistas, internet etc. Finalizada a pesquisa, proporcione um momento de

socialização de todo o material pesquisado pelos grupos. por meio da confecção de cartazes,

painéis, power point etc.

Temas de Pesquisa:

● Filme Dogville, de 2003. No enredo deste filme há um narrador que conta a vida

de uma cidadezinha que recebe a visita de uma jovem em busca de abrigo. A moça é

bem recebida pela comunidade e, em troca, faz pequenos serviços para seus

moradores. Aos poucos, porém, os habitantes, aparentemente amáveis, descobrem

que ela está sendo procurada por um bando de gangsters e passam a exibir um lado

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sombrio, explorando-a e impedindo-a de abandonar a cidade. Um aspecto muito

interessante do filme é que o cenário não é realista. Tudo é filmado em um galpão,

praticamente sem cenário. A cidade é traçada como uma planta-baixa, desenhada

com giz, que demarca letreiros e faixas no chão – rua tal, casa de Fulano etc. Meras

indicações. Um cachorro que late o tempo todo também é um desenho com a legenda

dog, para não haver dúvidas. Ao longo de todo o filme, é possível ver a vida das

pessoas pelas paredes invisíveis, com várias cenas simultâneas. A escolha estética de

inserção do cenário invisível (sem paredes, sem janelas, nem portas) ressalta a

dramaticidade pela encenação, dominando a cena o efeito poético do gesto dos atores

seguido de perto pela simplicidade do movimento da câmera. A cenografia do filme

é absolutamente teatral, o que faz dele puro teatro, sem deixar de ser cinema.

● Companhia Teatrocinema e seu espetáculo Sin sangre. Esse espetáculo revela

perfeita sintonia entre as imagens, o cenário e a interpretação dos atores no palco.

Para a realização da peça, primeiro foi feita a gravação de um filme, com todos os

cenários e personagens. Como a peça é do Chile, os diálogos foram todos legendados

em português para a apresentação do grupo no Brasil. Por conta de uma tecnologia

inédita, a peça ocorre entre duas telas de projeção. Entre elas, existem trilhos e bases

giratórias, que permitem o deslocamento e a montagem de cenários pelo palco. Na

encenação, os atores atuam como se estivessem interagindo com o cenário, mas na

verdade interagem com uma projeção, ou seja, com algo fictício, pura ficção. O

próprio espectador chega a confundir se o personagem é uma projeção ou é real. O

grupo chileno Teatrocinema apresentou-se com esse espetáculo, em abril de 2009,

no Festival Internacional de Teatro de Curitiba e no projeto América em Recortes,

organizado pelo Sesc-SP. O que os alunos podem descobrir sobre esse grupo e seu

trabalho cênico com imagens audiovisuais?

● Giramundo Teatro de Bonecos e seu espetáculo 20 mil léguas submarinas. O

espetáculo do grupo mineiro Giramundo, 20 mil léguas submarinas, estreou em abril de

2009 no Sesc Pompeia (SP). Neste espetáculo, a videoanimação é empregada como

recurso da dramaturgia, por meio de duas animações: a abertura, realizada em stop-

motion, e o Nautilus, feito por animação digital. O que os alunos podem descobrir

sobre esses modos de animação?

Roteiro de Pesquisa:

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1. Buscar informações sobre os pontos de intersecção entre teatro e cinema na obra indicada

para o grupo pesquisar.

2. Descrever quais são os pontos de intersecção entre teatro e cinema na obra indicada para

o grupo pesquisar.

3. Detalhar como foi a produção técnica dos espetáculos indicados na pesquisa (iluminação,

cenário, sonoplastia, uso de tecnologia etc.).

4. Como foi a composição das personagens, utilização de figurinos, adereços etc.

Atividade 4 – Ação Expressiva II

Divida a turma em cinco grupos e oriente a composição de cenas, performances,

esquetes e improvisações, explorando o drama como gênero teatral e a relação com a plateia,

seguindo o roteiro de trabalho indicado a seguir.

Grupo 1 - Cena – Cena, no teatro, é uma subdivisão da ação de uma peça (um trecho da

narrativa da história) com um conjunto de personagens, atores, coadjuvantes e outros tipos.

Várias pessoas fazem parte de uma só história e todos juntos formam o que chamamos de

uma cena que tem palavras, movimentos fictícios e tudo mais. Assim como qualquer outra

narração possui uma trama ou argumento em que se desenvolve em três tempos ou partes:

exposição, clímax e desenlace. A maioria das peças teatrais é composta por três atos que se

constituem de uma série de cenas interligadas por uma subdivisão temática. As cenas se

dividem conforme as alterações no número de personagens em ação: quando entra ou sai do

palco um ator. O cerne ou medula de uma peça são os diálogos entre as personagens.

Grupo 2 - Esquete - Cena curta (tem no máximo duração dez minutos de duração) e, na

maioria das vezes, os atores improvisam uma cena com teor cômico, seja no teatro ou na

televisão.

Como criar uma Esquete. Wikihow Disponível em: https://pt.wikihow.com/Criar-uma-

Esquete. Acesso em: 27 dez. 2019.

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Grupo 3 - Improvisação - Modo de criação realizado sem preparação prévia, mas

estruturado sobre regras, que coloca o ator em estado de alerta para agir diante das mais

variadas situações. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua

espontaneidade, flexibilidade e imaginação dramática. Outro modo, é a improvisação como

espetáculo. Nesse sentido, improvisar significa que os atores se colocam diante do público

para improvisar uma criação cênica, que não foi previamente ensaiada. O público percebe

isso imediatamente e se surpreende ao descobrir que é parte integrante do evento teatral, já

que o espetáculo está sendo criado naquele momento ante a presença dos espectadores. Ou

mesmo porque, muitas vezes, a base da improvisação surge de sugestões da plateia.

Grupo 4 - Performance - Arte híbrida, espetacular, mix de artes plásticas, visuais e cênicas.

Partindo da investigação de suporte, das assemblages do corpo (body art), dos happenings que

enfatizam o acontecimento e do uso de multimídia, a performance propõe modos inventivos

em um movimento antiestablishment (contra o que é instituído oficialmente) e antiarte. Surge

como live art, que se refere tanto à arte ao vivo, sem representação, quanto à arte viva. A

performance estende e desconstrói a tríade da linguagem teatral (ator-texto-público),

somando a corporalidade e o teatro de imagens ao texto, alterando as relações de espaço-

tempo convencionais.

Grupo 5 - Espectador – Aquele que assiste a um espetáculo. Por muito tempo, foi

esquecido ou considerado sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas,

atualmente, é visto como parte da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito de uma

performance do artista sobre o espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador

sobre o artista.

Roteiro:

●Pesquisar e selecionar textos em livros, revistas, internet etc., contendo fatos, notícias,

temáticas e situações atuais para compor o roteiro teatral (definir quais componentes do

grupo ficarão responsáveis pela escrita do roteiro).

●Definir quais componentes dos grupos ficarão responsáveis pela atuação e caracterizar os

personagens com figurinos, adereços e maquiagem.

● Confeccionar cenário utilizando papel, tecido, materiais recicláveis etc.

● Pesquisar músicas e sons para criar a sonoplastia.

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●Pesquisar e selecionar materiais para produção da iluminação. Asdrúbal Trouxe o

Trombone foi desenvolvida pelo grupo Minoga com Folias bíblicas (1977)

●Pesquisar quais as tecnologias digitais podem ser utilizadas para articular a linguagem teatral

e cinematográfica.

●Providenciar materiais e equipamentos necessários para a produção (computador,

microfone, máquina fotográfica, filmadora, celular etc.).

●Finalizado o processo de criação, organize, junto com seu professor e outros grupos, um

cronograma de apresentações. Asdrúbal Trouxe o Trombone foi desenvolvida pelo grupo

Minoga com Folias bíblicas (1977)

●Promova a apresentação de sua produção e realize uma roda de conversa para saber das

opiniões de quem assistiu.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

conseguiram investigar, identificar e analisar o drama como gênero teatral e a relação entre

as linguagens teatral e cinematográfica e as tecnologias digitais em diferentes tempos e

espaços, inclusive no contexto paulista e brasileiro, aprimorando a capacidade de apreciação

estética teatral. Além disso, observar se criaram cenas, performances, esquetes e

improvisações problematizando fatos, notícias, temáticas e situações atuais, explorando o

drama como gênero teatral, a relação entre as linguagens teatral e cinematográfica e as

tecnologias digitais, caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem),

cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador. Organize uma

roda e converse com os estudantes a respeito dos objetos de conhecimento trabalhados

durante as atividades.

Situação de Aprendizagem IV

Habilidade (EF09AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos

acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos,

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adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a

tecnologias digitais) e reconhecer seus vocabulários.

Objetos de conhecimento: Elementos da linguagem

● acontecimentos cênicos do drama, teatro contemporâneo e do cinema

● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo

● cenário, iluminação e sonoplastia

● recursos e tecnologias digitais

● vocabulário teatral

Habilidade Articuladora (EF69AR35): Identificar e manipular diferentes tecnologias e

recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e

repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Objetos de Conhecimento: Arte e Tecnologia

● diferentes tecnologias e recursos digitais

● acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos

Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas três atividades. Nelas, você

vai conversar com os estudantes para sondar os conhecimentos prévios, colocá-los em

contato com diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos

do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos, adereços,

maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a tecnologias

digitais) e reconhecer seus vocabulários. É importante que você realize registros, durante o

desenvolvimento das atividades, para colaborar com os momentos de avaliação e

recuperação. Para ampliação de seu repertório, foram elencados alguns links contendo

conceitos importantes para a realização das atividades:

Links:

Cinema e Teatro. Cadernodecinema. Disponível em:

http://cadernodecinema.com.br/blog/cinema-e-teatro/. Acesso em: 14 jan.2020.

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Teatralidade e Performatividade na Cena Contemporânea. Portalseer. Disponível em:

https://portalseer.ufba.br/index.php/revteatro/article/download/5391/3860.Acesso em:

14 jan. 2020.

Apostila de maquiagem. Designvisualuff. Disponível em:

https://designvisualuff.files.wordpress.com/2011/07/apostila_de_maquiagem.pdf. Acesso

em: 14/jan./2020.

Atividade 1 – Sondagem

Converse com os estudantes e questione o que eles sabem acerca dos diferentes

elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos do drama, do teatro

contemporâneo e do cinema. Pergunte, também, a respeito dos recursos e tecnologias digitais

que eles conhecem e/ou utilizam para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar

práticas e repertórios artísticos. Finalizada a conversa, oriente os estudantes a registrar, no

caderno, o que ficou da conversa.

Atividade 2 – Apreciação

Nesta atividade de apreciação de imagens, oriente os estudantes a observar,

atentamente, cada uma delas e retome a conversa sobre a importância dos diferentes

elementos (iluminação, sonoplastia, figurino, adereços etc.) envolvidos na composição dos

acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema e de como o uso

da tecnologia modificou esta utilização. Finalizada a apreciação, solicite que os estudantes

respondam no caderno as questões a seguir.

1. Em quais momentos você percebeu o uso de tecnologias digitais na produção dos

espetáculos?

2. Durante a apreciação estética das imagens estáticas e dos vídeos, conseguiu observar como

acontece a utilização de diferentes elementos (iluminação, sonoplastia, figurino, adereços

etc.), envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos do drama, do teatro

contemporâneo e do cinema?

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4. Descreva os cenários, o tipo de iluminação e a sonoplastia.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Imagem 1 – Iluminação Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/no-local-spots-holofote-

950389/. Acesso em: 05 fev. 2020.

Imagem 2 – Sonoplastia Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/som-concerto-

prepara%C3%A7%C3%A3o-hall-4087874/. Acesso em: 05 fev. 2020.

Imagem 3 - Figurino Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/luz-teatro-personagem-

ilumina%C3%A7%C3%A3o-3738426/. Acesso em: 05 fev.2020.

Imagem 4 – Adereços Fonte: Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/romano-grecian-

m%C3%A1scara-lan%C3%A7a-58149/. Acesso em: 05 fev. 2020.

Links:

Peça de Teatro Infantil "Asas Para Que te Quero" - Espaço de Arte. Youtube. Disponível

em: https://www.youtube.com/watch?v=mI7GhXCoXZs. Acesso em 26 jun.2020.

A Fantástica Jornada de Um Pequeno Príncipe, O Musical - 17/02/2019. Youtube.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SH2ukHtY0Xw. Acesso em 26

jun.2020.

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O Pequeno Príncipe. Youtube. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=bKNVHM2Rxhg. Acesso em 26 jun.2020.

Atividade 3 – Ação Expressiva I

A proposta desta atividade é a criação, planejamento e execução de um Projeto

artístico envolvendo as linguagens teatrais e cinematográficas. Oriente os estudantes a utiliza r

todo conhecimento e experiências vivenciadas ao longo deste volume (elementos de

intersecção entre teatro e cinema, uso de recursos digitais, gênero teatral – drama, comédia,

farsa, definição de papéis e responsabilidades, criação coletiva e colaborativa, elementos

constitutivos da cena, diferentes elementos da composição dos acontecimentos cênicos).

Inicie a atividade explicando como elaborar um Projeto utilizando o roteiro indicado a seguir.

Finalizada a produção, propicie de um momento de análise e reflexão sobre os modos éticos

e responsáveis de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios

artísticos.

Elaboração de Projetos

A estrutura básica de um Projeto é dividida em quatro etapas sequenciais:

• Conceituação: Desenvolvimento da ideia central.

• Planejamento: O esboço, o desenho, o rascunho, do projeto.

1. O que você pretende desenvolver? Quais Linguagens artísticas utilizará?

2. Por que pretende realizar o projeto na linguagem artística escolhida?

3. A quem se destinará o produto gerado pelo projeto? Comunidade escolar, pais e/ou

responsáveis, comunidade do entorno da Escola?

4. Quem fará parte da equipe de trabalho para a realização do projeto?

5. De que forma será realizado o projeto?

6. Quais recursos humanos, materiais e financeiros serão necessários?

7. Em que período/data o projeto será realizado?

8. Quanto tempo de duração o projeto terá desde a elaboração até a sua conclusão?

9. Onde será realizado? Na quadra, no pátio, na sala de aula, no anfiteatro da escola etc.

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• Execução: A execução de um projeto é o seu processo de criação. Nesta etapa,

serão realizados o acompanhamento e o controle das atividades, além dos ajustes,

necessários para que tudo dê certo.

• Conclusão: A conclusão de um projeto acontece quando se faz a avaliação, se os

objetivos e as metas foram devidamente alcançados, mediante uma roda de conversa,

a escrita de um relatório e a análise crítica de todo o processo vivido.

Características de um projeto:

1. Duração limitada: necessariamente tem início, meio e fim.

2. Objetivo específico: tem como foco um objetivo específico, concreto e viável.

3. Recursos limitados: Os recursos humanos, financeiros e materiais de um projeto são

limitados e deverão ser previamente definidos.

4. Autonomia: requer uma estrutura administrativa própria.

Avaliação e recuperação

A avaliação e a recuperação serão realizadas continuamente durante todo o processo

por meio do registro em seu portfólio. No decorrer das atividades, verifique se os estudantes

foram capazes de explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos

acontecimentos cênicos do drama, do teatro contemporâneo e do cinema (figurinos,

adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia, incluindo o recurso a

tecnologias digitais) e reconhecer seus vocabulários. Além disso, observe se conseguiram

identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar,

produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e

responsável. Organize uma roda e converse com os estudantes a respeito dos objetos de

conhecimento trabalhados durante as atividades.

Referências bibliográficas:

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Desgranges, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo: Hucitec,

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Feist, Hildegard - Pequena viagem pelo mundo do teatro - São Paulo: Moderna, 2005.

Granero, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula/ Vic Vieira Garnero – São Paulo:

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Pavis,Patrice, 1947 – Dicionário de Teatro/Patrice Pavis; tradução para a língua portuguesa

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SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo:

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SÃO PAULO(Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: arte, anos

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Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, Jéssica Mami Makino, Miriam Celeste Martins, Sayonara

Pereira, São Paulo: SEE, 2009.