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1 S S a a b b a a t t i i s s m m o o Erros nas Interpretações Proféticas E-book Haja Luz No Comunidades Net Pr Miguel Maciel

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SSaabbaattiissmmoo

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E-book

Haja Luz No Comunidades Net

Pr Miguel Maciel

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© Copyright 2016

Sabatismo: Erros Nas Interpretações Proféticas.

Alguns direitos reservados:

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digital.

A cópia pode ser distribuída, mas não pode ser vendida, a não ser para recuperar os

custos básicos de manejo ao fazer a copia.

Autor Pr. Miguel Ângelo Luiz Maciel

Rev. 02, Junho de 2016.

Todas as citações Bíblicas feitas são da Versão Almeida Corrigida e Fiel ao Texto Original,

publicada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

3

Índice

Prefácio.................................................................................................5

Parte 1: Erros Sobre as “2300 tardes e manhãs”.................................6

Parte 2: Erros Sobre as 70 Semanas.................................................21

Conclusão...........................................................................................39

Apêndice.............................................................................................40

Bibliografia..........................................................................................49

4

E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o

santuário será purificado.

- Daniel 8.14

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua

santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos

pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar

a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.

- Daniel 9.24

5

Prefácio

Sobre uma pequena e breve seleção de perguntas é que se

construiu o estudo que você tem em mãos. Trata-se, portanto, de um

estudo simplificado em forma de 10 perguntas e respostas, divididas

em duas partes, sobre as interpretações errôneas que os seguidores

de Miller e fundadores da seita sabatista deram com validação da

suposta “inspiração profética” da Sra. White às profecias das 2300

“tardes e manhãs” de Daniel capítulo 8 e à profecia das 70 Semanas

de Daniel capítulo 9.

Eu busquei desenvolver o texto na forma, linguagem e

explicação mais simplificada possível, em favor do entendimento e do

discernimento espiritual. Caso alguém deseje maiores e mais

detalhados tratados sobre o assunto, forneço uma lista de livros

recomendados ao final do livro.

E assim, oro para que DEUS utilize estas singelas linhas

como ferramenta de discernimento que alcance aos irmãos já salvos

pela Graça, mas também que possam atingir àquelas almas que tem

sede pela verdade da palavra de DEUS, libertando-as do jugo da

sabadolatria.

O Autor

6

Parte 01

Erros do Sabatismo Na Interpretação

Das “2300 tardes e manhãs” de Daniel 8.14

7

1. Os adventistas afirmam que a profecia das 2300 tardes e

manhãs de Daniel 8.14 foi dada por DEUS para sua fundação. É

verdade?

Não, isto não é verdade!

E, se o fosse, quebraria toda ordem, estrutura, sequência e

contexto apresentado em Daniel capítulo 8.

Resumidamente, seguindo o contexto histórico, gramatical e

textual, podemos dizer que:

a. Até o capítulo 6 Daniel não havia recebido da parte de DEUS

nenhuma visão. Perceba que no capítulo 2 DEUS dá a Daniel

apenas a interpretação do sonho de Nabucodonosor.

b. Somente a partir do capítulo 7 até o fim do livro, no capítulo 12,

temos as visões dadas por DEUS a Daniel de forma direta.

Estando assim estruturada uma sequência histórica de

esclarecimentos proféticos entre os capítulos 7 e 8, podemos resumir

da seguinte maneira:

8

Cap. 7: DEUS mostra a Daniel, com maiores detalhes que deu

a Nabucodonosor no capítulo 2, as características dos quatro

reinos mundiais em forma de animais, a saber:

o Babilônia (Leão com asas de Águia – 7.4),

o Medo-Pérsia (Urso – 7.5),

o Grécia (Leopardo com 4 asas – 7.6) e

o Roma (animal terrível e espantoso, com dentes

de ferro – 7.7), respectivamente. Este capítulo

termina com Daniel perturbado com a visão.

DEUS dará maiores detalhes a Daniel em

seguida, na próxima visão, que é relatada no

capítulo 8.

Cap. 8. Detalhes sobre a Medo-Pérsia e a Grécia. DEUS

concede a Daniel uma segunda visão, dando maiores detalhes

sobre os dois reinos que sucederão à Babilônia:

o O Carneiro (Media e Pérsia), v. 20;

o e o Bode (Grécia), v. 21-22.

9

É tão evidente a sequência, que não há como negá-la. O

texto trata das características e de períodos de tempo relacionadas

aos quatro reinos mundiais e o impacto deles sobre Israel e o povo

judeu, preparando o terreno para a visão sobre o quarto reino mundial

e de seu príncipe vindouro, identificado como o Anticristo, visões que

DEUS dará a Daniel as quais ele descreverá nos capítulos 9 e 10 até

12, as duas últimas visões de Daniel, somando ao todo quatro visões.

Quebrar esta sequência constitui um absurdo interpretativo

sem tamanho e, portanto, um erro de interpretação grotesco e brutal.

Dessa forma, as visões de Daniel não falam em nenhum

momento sobre o surgimento dos milleritas, muito menos dos

posteriores sabatistas, surgidos em meados do século XIX, pois elas

tratam dos reinos mundiais e de seus impactos na história de Israel,

do povo judeu, no cenário mundial que antecede o advento do reino

Davídico que será restabelecido por DEUS na Terra, no Reino

Milenar literal de CRISTO.

10

2. Os adventistas afirmam que a profecia das 2300 “tardes e

manhãs” se cumpriu no céu, no santuário celestial. Não é isso

mesmo?

Novamente a resposta é um retumbante não!

Primeiramente todas as sequências proféticas dadas por

DEUS a Daniel tratam de acontecimentos que ocorrem na Terra

e não no Céu. DEUS somente irá revelar alguns detalhes de fatos

que ocorrem no céu ao apóstolo João, escritas no último livro da

Bíblia, o Apocalipse. E mesmo assim não falará em lugar algum que

o céu necessita ser purificado!

Gosto de pensar que o livro de Daniel relata o fim do mundo

do ponto de vista judaico, enquanto o livro de Apocalipse revela o fim

do mundo do ponto de vista dos tempos das igrejas locais. Embora

este pensamento seja muitíssimo simplificado, por envolver uma série

de eventos históricos e detalhes proféticos que se completam e se

complementam. Alguém certa vez me disse que o livro de Daniel “é a

chave que abre o livro de Apocalipse”.

Todos os textos apresentados por Daniel trazem revelação

sobre fatos que se relacionam com a História Mundial terrestre,

ocorrem na Terra, do ponto de vista de Israel e, portanto, interpretar

11

que algo que ali é apresentado deve ser entendido como ocorrido no

Céu constitui uma ruptura estranha à própria revelação dada por

DEUS a Daniel. Constituindo assim outro erro fatal das bases da seita

sabatista.

12

3. A profecia das 2300 tardes e manhãs não simboliza 2300

anos?

Não, isto é outro erro na interpretação dos sabatistas!

Note que os versículos 8 a 14 mostram que, dos quatro

chifres um se engrandeceria sobremaneira.

Como o Bode é a Grécia e o grande chifre o primeiro rei

(v. 20), a sequência fala da divisão de seu reino com seus quatro

generais.

Todos sabem que este primeiro rei foi Alexandre Magno, que

foi quem unificou o reino com suas conquistas (326-323 a.C.). O

historiador Flávio Josefo descreve que o sumo sacerdote Jádua

mostrou o livro do profeta Daniel ao próprio Alexandre, lendo-lhe o

registro de que um príncipe grego destruiria o Império Persa,

deixando Alexandre muito contente e satisfeito1.

Os seus generais, que dividiram o reino, foram: Cassando

(Macedônia e Grécia), Lisímaco (Ásia Menor, Trácia, Plafagônia e o

Ponto), Selêuco Nicanor (Síria e Babilônia) e Ptolomeu Lago (Egito,

Cirenaica e Arábia).

1 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus, Ant. Jud., 1, XI, c. 8.

13

As guerras entre eles foram ferrenhas e extensas, estando

descritas alguns importantes detalhes nos capítulos 10 e 11 de

Daniel, tratando de algumas delas, entre os Selêucidas (Norte) e os

Ptolomeus (Sul).

Entre os versículos 8 e 14, DEUS mostra a Daniel que destes

quatro generais um se levantaria entre eles, invadindo a terra gloriosa

(i.e. Jerusalém), conquistando-a sob intensa violência.

Ao fazer isso, este “chifre pequeno” (v. 9) tiraria o “sacrifício

contínuo” (vv. 11, 12 e 13), a ofertas de holocausto. Com isto o

santuário seria por ele profanado.

Isto de fato ocorreu quando Antíoco “Epifânio”2, que os judeus

chamavam “Epimânio”3, com ódio atroz por Jerusalém e pelos judeus,

invadiu a “terra gloriosa”4, matou 40.000 judeus num só dia, entrou no

santuário, invadiu o santo dos santos e sacrificou uma porca sobre o

altar de ofertas queimadas.

2 Que significa “majestoso” ou “magnânimo”. 3 Que significa “louco”. 4 DEUS dá maiores detalhes a Daniel, registrados posteriormente - ver 11.16 e 41.

14

É necessário lembrar que Daniel vive num tempo em que o

santuário estava destruído e DEUS está lhe mostrando que ele seria

reedificado, mas também outra vez profanado.

Não é de se estranhar que Daniel tenha de imediato desejado

saber quanto tempo o santuário permaneceria profanado, pois ele vê

a mensagem de esperança do Templo reedificado ao mesmo tempo

em que também sente a dor por outro futuro sofrimento de seu povo

amado.

O texto então faz referência ao “sacrifício contínuo” (vv. 11,

12 e 13), a mais perfeita das ofertas e que este seria interrompido.

Esta era a oferta de holocausto, realizada duas vezes durante o dia5.

Logo, 2300 tardes e manhãs são dias, cerca de sete anos

conforme o calendário judaico lunar6. A profecia, portanto, se cumpriu

ao pé da letra!

Com o cerco e a invasão de Ântico e a profanação do templo

(171 a.C. ~ 165 a.C.), a oferta de holocausto ficou interrompida,

5 Ver Êxodo 29.38-42; Levítico 6.8-13; Números 28.1-8; Esdras 3.3-4. 6 Leia o apêndice C.

15

quando o sacrifício foi restabelecido sobre um novo altar consagrado,

tendo sido o santuário purificado desta forma.

Vejamos como foi traduzida na Bíblia King James, 1611:

And he said unto me, Unto two thousand and three

hundred days ; then shall the sanctuary be cleansed

." KJB

Abaixo seguem TODOS os 44 versos onde JUNTAS, as

palavras tarde e manhã ou tardes e manhãs (ereb : Strong # 6153 ou

boquer Strong # 1242) aparecem no VT:

Gênesis 1:5,8,13,19,23,31; 49:27;

Êxodo 16:8,12-13; 18:13-14; 27:21; 29:39,41;

Levítico 6:20; 24:3;

Números 9:15,21; 28:4,8;

Deuteronômio 16:4; 28:67;

1 Reis 17:6;

2 Reis 16:15;

1 Crônicas 16:40; 23:30;

16

2 Crônicas 2:4; 13:11; 31:3;

Esdras 3:3; 2:14;

Jó 4:20;

Salmos 30:5; 55:17; 65:8; 90:6;

Eclesiastes 11:6;

Isaías 17:14;

Ezequiel 24:18; 33:22;

Daniel 8:14,26;

Sofonias 3:3.

TODAS as vezes se referem a dias normais. Algumas notas

importantes:

a. Como dissemos antes, a profecia se refere a fatos

ocorrido na Terra, no santuário judaico em Jerusalém;

b. Como o segundo Templo foi destruído em 70 d.C. pelo

imperador Tito e seu exército, o “chifre pequeno” não pode

ser o papado do tempos de Miller, como erroneamente

interpretam os sabatistas, pois não havia santuário físico a

ser profanado.

17

c. A profanação do santuário não se relaciona com o sabath

hebdomadário judaico sendo restaurado aos cristãos gentios.

Não existe o menor traço entre a profecia e a absurda

interpretação sabatista.

d. Se Jesus tivesse de purificar o céu, isto indicaria que

alguém o tinha profanado. Como alguém, mesmo o diabo,

poderia profanar o céu, local da morada do DEUS Altíssimo?

e. E, por fim, se a profecia falasse de 2300 anos, sendo que a

profecia começa no tempo do “chifre pequeno” que é

historicamente Antíoco “Epifânio”, ela começaria seu

cumprimento em 168 a.C. com a profanação do santuário,

que subtraído do total de anos o cálculo apontaria para o ano

de 2132 d.C. (?!?!?!) e não para 1844! E somente isto

constituiria um tamanho absurdo que nem a maior de todas

as más vontades de entender o relacionamento histórico da

profecia poderia conceber.

Portanto, relacionar 2300 “tardes e manhas”, que se referem

a dias literais de 24 horas, com 2300 anos proféticos é grosseira

interpretação que não encontra nenhum fundamento Bíblico,

histórico, matemático e lógico. É tudo fantasia horrenda e deturpada

da seita e de seus fundadores.

18

4. A profecia das 2300 tardes e manhãs não pode ter dois

cumprimentos, um histórico pra Israel e outro que aponta para o

surgimento do movimento adventista do sétimo dia?

Toda e qualquer interpretação profética segue a lei Bíblica do

duplo cumprimento.

Um relacionado ao contexto histórico do período

relacionado ao profeta e outro relacionado a eventos futuros.

Por exemplo, tomem-se as profecias relacionadas às 7 cartas

das 7 Igrejas em Apocalipse 2 e 3. As mesmas apontam tanto para

igrejas locais literais como para períodos e eventos relacionados ao

cristianismo ao longo dos séculos.

Não é diferente no que concerne à interpretação de Daniel 8

que relaciona Antíoco “Epifânio” com o Anticristo. Então, para que

haja cumprimento de sua relação com os tempos futuros, faz-se

necessário:

a. Que o Templo esteja construído: isso somente se

cumprirá na primeira metade da Tribulação, quando o

Anticristo reconstruirá o Templo judaico.

19

b. O “sacrifício contínuo” seja interrompido: Como já

dissemos antes, esta era a oferta do holocausto que ocorria

duas vezes durante o dia. Logo, para o seu cumprimento

ocorrer é necessário que este holocausto tenha sido

restabelecido e que seja de fato interrompido pelo “chifre

pequeno”. Trata de um evento ainda futuro. (ver II Tess. 2.4)

Correspondentemente, Antíoco “Epifânio” é figura

do Anticristo, não do papado!

Nenhum Papa interrompeu serviços no Templo, que

permanece destruído. Portanto a interpretação sabatista de que o

cumprimento se deu em 1844 não somente é grotesco, mas também

é desastroso, falso e desonesto.

20

5. Não foi o Papa quem fez cessar o sacrifício contínuo, ou seja,

a guarda do sábado? Não aponta para o Juízo Investigativo, com

o restabelecimento da guarda do sábado pelos adventistas?

Como já dissemos antes, nenhum papa interrompeu serviços

no Templo, que permanece destruído em Jerusalém desde o ano 70

d.C.

E não há nenhuma estrutura histórica, gramatical e textual

que permita relacionar “sacrifício contínuo” com sabath judaico.

Portanto, outra vez, a interpretação sabatista de que o

“sacrifício contínuo” é o sabath judaico semanal, ou de um suposto

“Juízo Investigativo” para purificar o Céu, não passa de fraude

desonesta.

21

PARTE 02

Erros do Sabatismo Na Interpretação Sobre

As 70 Semanas de Daniel Capítulo 9

22

1. As 70 Semanas subtraídas das 2300 tardes e manhãs para nós

adventistas apontam para 1844, conforme Miller e as visões

dadas a Sra. White. O que prova que o cálculo adventista das 70

semanas está errado e que não se cumpriu em 1844?

Tendo visto que o profeta Daniel não está falando do

surgimento dos adventistas em 18447, outra manipulação é realizada

pela seita ao relacionar 2300 “tardes e manhãs” com as 70 semanas

em seu tempo total.

Como já vimos as 2300 “tardes e manhãs” referem-se a dias

literais de 24 h e, de forma alguma, podem representar “anos

proféticos”. Iludindo assim o povo incauto, os adventistas engendram

um cômputo estapafúrdio.

Vejamos os erros:

Eles afirmam que as 70 Semanas devem ser subtraídas de

2300 anos. E para que tudo se encerre neles, afirmam que o as 70

Semanas começam no ano de 457 a.C.

7 Acredite, eles realmente ensinam que Daniel esta falando deles!

23

Logo, na conclusão deles, o cálculo seria mirabolantemente feito da

seguinte maneira:

2300 – 490 = 1810 anos.

Então...

Como as 70 semanas começam segundo eles em 457, logo

se tem que 490 – 456 (desconsiderando o ano 0), chegamos

a 34 d.C., ano do batismo de Jesus (???), quando se

encerrariam as 70 semanas.

Assim...

1810 + 34 = 1844 (!), quando se encerram os 2300 anos

proféticos.

Que mirabolante matemática reversa, não é mesmo? Vejamos os

absurdos:

a. 2300 “tardes e manhãs” não representam anos, como

visto anteriormente, mas dias literais de 24h.

b. As 70 semanas não obtiveram pleno cumprimento, uma

semana ainda aguarda cumprimento profético (os 7 anos

da Tribulação, após o arrebatamento dos salvos).

24

c. A forçada matemática aponta falta de critério pois foi

realizada às reversas, com o objetivo de combinar com a data

em que os fundadores viviam. Por isso, por duas vezes, se

subtrai 490 de valores diferentes em um cálculo pérfido e sem

base bíblica.

d. A intenção é forçar o ano de 1844 para prover “revelação”

divina.

Tudo é a mais pura deturpação interpretativa, sem dúvida

alguma. Alguns fatos interessantes, que muitos sabatistas

desconhecem em relação à interpretação de Miller, são seus erros

contínuos neste empreendimento “profético” e que devem ser levados

em consideração:

Miller empenhou-se em pregar a volta de Cristo, não a

obrigatoriedade guarda do shabath judaico aos gentios ou o

suposto “Juízo Investigativo”, datando primeiramente sua

volta em 1843. Somente após passar-se daquela data é que

ele deu uma segunda data, 22 de Outubro de 1844.

No entendimento errôneo de Miller havia relação da data do

dia expiação judaica, dia em que o Sumo Sacerdote entrava

25

no Santo dos Santos, com a data proposta para a volta de

Cristo. Por isso, ele concluiu que Cristo voltaria em 22 de

Outubro de 1844, o qual considerou que seria a data em

questão. Naquele ano, porém, a data judaica para expiação

foi 23 de Setembro e não 22 de Outubro.

Miller já estava errado quatro vezes! Ele estava errado: Por

tentar datar a volta de Cristo, por interpretar que Ele voltaria

em 1843, depois mudando para 1844 e também por

relacionar sua predição com a data errada para o dia da

expiação.

Quando, finalmente, percebeu seu erro grosseiro, Miller pediu

perdão e retornou à comunhão da sua igreja local, onde

permaneceu servindo até o fim da vida. Miller jamais

concordou com a nova versão do grupo de seus seguidores

sobre o “acerto da data”, mas com “erro de lugar”8.

O que os fundadores do movimento da releitura da

interpretação de Miller (Iran Edson, Joseph Bates, James

White e Ellen Harmon – depois se casou com James), não

explicaram foi o fato de haverem quatro datas para a suposta

8 Veja apêndice C. Miller e A Revisão do Movimento Millerita.

26

passagem de Cristo ao Santuário Celestial. Eles

fundamentam-se num erro, de um erro, de um erro, de um

erro... Laborando sobre uma pilha enorme de erros9!

A Bíblia, porém, categoricamente afirma que Jesus Cristo, ao

subir aos céus, entrou perante a face de Deus:

A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até

ao interior do véu, Onde Jesus, nosso precursor, entrou

por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de

Melquisedeque. – Hebreus 6:19-20

Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do

verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer

por nós perante a face de Deus – Hebreus 9:24 (ênfases

acrescentadas)

O Senhor Jesus Cristo está a destra de DEUS, perante a Sua

face, desde que ascendeu aos céus!10

9 Um abismo chama outro abismo... – ref. Salmos 42:7. Veja também Mateus 15:14;

Lucas 6:39; Romanos 10:2. 10 Veja Colossenses 3:1, Hebreus 10:12, 12:12, I Pedro 3:22.

27

Vejamos as correções com base numa correta exegese

bíblica:

As 70 semanas se iniciam com o decreto da reedificação de

Jerusalém. A esse respeito ocorreram três decretos expedidos

pelos reis persas: 539/538 a.C., 459/458.C. e 445/444a.C.

A ordem, conforme a História, proferida por Artaxerxes I

Longânimo (Neemias 2.1, 7-8), aconteceu por último, o cômputo deve

ser como indicado pelo texto Bíblico, isto é, da “saída da ordem para

restaurar e edificar a Jerusalém até o Messias, o Príncipe, haverá 7

semanas, e sessenta e duas semanas;”.

Isto quer dizer que até o Messias não temos 70 semanas,

mas 7 + 62 que somam 69 Semanas!

Fazem-se necessárias duas outras explicações:

a. Há diferença entre calendário judaico e gentílico. O

calendário judaico é lunar com anos de 354 dias, com meses

de 30 dias e de 29 dias. Faz-se necessário a determinado

28

períodos o acréscimo do mês de Adar, um 13º mês, para que

se cubram as diferenças para menos11

.

b. O calendário Gregoriano possui um atraso de 4 anos!

Logo, o ano 33 da idade terrena de Jesus aconteceu no ano

29 d.C., quando ele foi crucificado ou, conforme o texto

“cortado” (v 26).

Estas duas verdades são ignoradas pelos mirabolantes fundadores

do adventismo.

Logo, muito mais simples é a matemática de DEUS que a dos

sabatistas:

445 a.C. + 29d.C. = 474 anos, retiradas as diferencias entre

cômputos de calendários, temos impressionantemente 469

anos ou 7 semanas + 62 semanas = 69 semanas, dando o

período exato em que o Messias seria morto!

11 Ver apêndice C. Calendário Judaico.

29

Aos seus erros grosseiros os sabatistas somam a afirmação

de que as 70 semanas terminam no batismo de Jesus, errando com o

texto três vezes:

Primeiro falta uma semana no cômputo das 70 semanas.

Segundo que o texto aponta para o sacrifício (morte) do

Messias, não para seu batismo!

Terceiro que em 34 d.C. Jesus já havia subido ao céu!

Que engodo sem tamanho! Mais adiante veremos que a

última semana que aguarda cumprimento, tem relação com o

Anticristo e os Sete Anos da Tribulação.

30

2. As 70 Semanas não falam do surgimento dos adventistas do

sétimo dia, não apontam para o surgimento do movimento em

1844?

Não, o texto é muitíssimo claro! E ele não fala a respeito do

movimento millerita.

Fala a respeito dos judeus e da historicidade de Israel.

Observemos o que diz a Bíblia:

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a

tua santa cidade...”

Sobre o teu povo indica o povo de Daniel, os judeus. E sobre

a tua santa cidade, indica a cidade de Jerusalém.

Além disso, da lista de 06 eventos fornecida por Gabriel no

versículo, apenas os quatro primeiros já se cumpriram, enquanto que

as duas últimas realizações da lista ainda permanecem aguardando

cumprimento.

31

E estas somente se realizarão com a Vinda de Cristo para

estabelecer seu reino milenar na Terra, o restabelecimento do reino

Davídico prometido pode DEUS.

Portanto, o texto trata dos judeus, de Jerusalém, de Israel.

Não fala nem dos gentios e muito menos dos sabatistas.

32

3. As 70 semanas começaram com a saída do povo para

restaurar Jerusalém?

Não, com já vimos antes e, de acordo com as Sagradas

Escrituras, elas se iniciaram com a “saída do decreto” e não com

“saída do povo”.

Vale aqui ressaltar que é outro ponto ignorado pelo sabatismo

o fato que ocorreram três retornos:

O primeiro após o decreto de Ciro12

, 42.370 hebreus

seguiram Zorobabel a Jerusalém13

. Muitos permaneceram no desterro

durante longos anos.

Esdras é o chefe da segunda caravana de retorno,

acompanhado de 1750 judeus, seguiu para Jerusalém apenas no

sétimo ano de Artaxerxes da Pérsia14

. Portanto, oitenta anos após a

libertação primeira, com Zorobabel.

12 Em 538 a.C. 13 Esdras 2.64. 14 Esdras 7.8-9.

33

Neemias só obteve alforria no ano vigésimo de Artaxerxes15

,

treze anos depois de Esdras, após os primeiros repatriados e 142

anos depois da desolação de Jerusalém.

Ora, a história nos mostra que o incêndio de Jerusalém

ocorreu em 587 a.C., mas a ordem de sua reconstrução de fato

apenas em 445 a.C.

Logo, é falso o cômputo sabatistas por mais estas razões,

tornando nula sua interpretação fantasiosa.

15 Neemias 2.1.

34

4. As 70 Semanas terminam no Batismo de Jesus e já todas as

semanas se cumpriram. Ou seja, o Senhor Jesus Cristo já fez a

aliança de uma semana e ele já fez cessar o sacrifício e a

oblação. Negar isso não é blasfêmia dos Batistas?

Outra vez a lavagem cerebral ocasionada pela seita confere

uma inversão da realidade. Senão, vejamos:

Os sabatistas afirmam que “o povo do príncipe que há de vir”

são os judeus.

Assim sendo relacionam “o príncipe do povo” como sendo

Jesus Cristo.

Dessa forma, se o “príncipe” é Jesus Cristo, os sabatistas

interpretam que é o Senhor Jesus Cristo que firmou a aliança

do versículo 27, sendo Ele mesmo quem na metade da

semana fez cessar o sacrifício e a oblação.

Que desastre! Aqui temos um verdadeiro abismo entre o

cristianismo Bíblico e a seita sabatista:

35

Primeiro: Segundo a interpretação Teológica e Histórica, o

“povo que há de vir” aponta para o povo ROMANO e não para os

judeus.

Em segundo lugar: O “príncipe” não é o Senhor Jesus

Cristo, mas o Anticristo, pois o versículo usa claramente o termo

MESSIAS para identificar o Senhor Jesus Cristo, diferenciando assim

entre os dois.

Em terceiro lugar: o versículo fala da destruição da “cidade e

do santuário”, Jerusalém e o Templo, fato ocorrido no ano 70 d.C.

com a invasão do Imperador Tito comandando soldados romanos.

Logo, seguindo a regra da interpretação profética, o príncipe será um

futuro líder do povo romano, que buscará restabelecer o Império

Romano nos últimos dias.

Em quarto lugar, se a morte do Senhor Jesus Cristo encerra

a 69ª semana e uma está ausente, ela só aparecerá quando o

“príncipe” firmar aliança “com muitos”16

, rompendo a aliança com os

judeus no meio da semana, iniciando as abominações do assolador

(v. 27)17

.

16 Ou seja, gentios e judeus. Ver Apoc. 13.8. 17 Ver também Mateus 24.15 a 21.

36

Logo, para a interpretação Histórica, Teológica e Literal, o

“príncipe” será um regente antagônico ao Messias, conforme o

texto deixa claro, não podendo ser a mesma pessoa.

Como bem sabemos, o antagônico do Senhor Jesus Cristo é

de fato o Anticristo!

O Messias “foi cortado”, ou seja, o Senhor Jesus Cristo foi

morto, ressuscitou e permanece ausente deste mundo, apenas

retornando para dar cabo do reinado do Anticristo, seu antagônico,

num tempo ainda futuro.

O Anticristo, para o total cumprimento da profecia, deverá

reconstruir o templo num pacto de sete anos, imitando os períodos

velhos testamentários que DEUS estabelecia para o povo judeu, e o

romperá para alegar sua divindade, conforme descrito pelos

apóstolos18

.

No fim de todas as suas horrendas e fatídicas interpretações,

os sabatistas confundem Cristo com o Anticristo. Lamentável engodo

da seita a cegar multidões de perdidos.

18 Ver II Tess. 2.1 – 11; Apoc. 13.1-8.

37

5. As 70 semanas profetizam o Grande Desapontamento Millerita

ocorrido em 1844?

Outra vez gostaria de dizer que há dois erros na própria

pergunta:

Primeiro, como já vimos, as 70 semanas não se encerraram

em 34 d.C. e nem apontam para o ano de 1844, como alegam os

sabatistas.

Em segundo lugar há um erro no entendimento final do fato

ocorrido no início da seita, que eles gostam de alegar ter constituído o

que gostam de chamar o “Grande Desapontamento”.

Ora, “Grande Desapontamento” é um termo desonesto para

encobrir uma falsa profecia, a de que Cristo voltaria para a Terra

em 1843...depois 1844...depois 1845...depois 1846 ... E assim a Sra.

White sempre profetizou que Cristo voltaria no ano seguinte, e no ano

seguinte, e no ano seguinte, e no ano seguinte... até sua morte,

mantendo as rédeas no povo engodado pelo erro.

38

Todos nós sabemos que profetizar a volta de Cristo é uma

impossibilidade e que esta tentativa constitui um gravíssimo

pecado19

.

Suponhamos que um servo fiel, um salvo, profetize

falsamente e, depois de comprovada sua falsa profecia, caia em si e

de joelhos peça perdão? Não chegaria ele à conclusão que

careceria de um dia de Grande Arrependimento?

Os fundadores do sabatismo tomaram um rumo não somente

desonesto mas também desastroso por não se arrependerem de suas

falsas profecias. Antes, em seu orgulho pecaminoso se apartaram da

simplicidade do Evangelho e, ao invés de um Grande dia de

Arrependimento, os sabatistas mascaram suas falsas profecias com

um termo muito amado por eles, “Grande Desapontamento”.

Não se deixe enganar. Um erro não encobre outro erro. Não

nos resta alternativa senão considerar o movimento tão rebelde e

falso quanto os mais terríveis enganos do diabo. Demônios não se

arrependem. As seitas que eles estabelecem também não.

19 Ver Mateus 13.32.

39

Conclusão

Prezado amigo, se você é um salvo, saiba que você não pode

considerar os adventistas como sendo evangélicos. Em suas

interpretações terríveis, eles pregam um falso evangelho, um outro

tempo, um outro Cristo, um outro DEUS20

. Não podes ter comunhão

com eles e continuar obedecendo a DEUS.

A você que permanece na seita, meu apelo é para o seu

arrependimento franco e sincero diante de DEUS, entregando a ele

sua vida e recebendo a CRISTO como seu único e suficiente

Salvador.

Como disse certo ex-adventista que me escreveu e que levou

pouco mais de três anos para se libertar dos falsos ensinos e do julgo

de seus métodos de lavagem cerebral: “Há vida fora das seitas!

Glória a DEUS!”

Sim amigo, há vida em CRISTO! Achegue-se, pois, a ELE.

20 Ver II Coríntios 11:3-4 e Gálatas 1:6-9.

40

Apêndice A

Frases de alguns homens de DEUS:

As setenta semanas são para Israel e os judeus!

“É como se o anjo dissesse: O cativeiro tem durado 70 anos; o

período entre o cativeiro e a vinda do Messias [para estabelecer seu

Reino Milenar na Terra] será setenta vezes tanto... A data a partir da

qual se contariam as 70 semanas foi a do decreto da reedificação de

Jerusalém, v 25.”

– Dr H. H. Halley, em seu

comentário bíblico.

“Depois de suplicar por seu povo, com um intercessor verdadeiro,

Daniel pede que DEUS tenha compaixão da cidade desolada, com os

muros arrebentados, o templo destruído... DEUS então enviou o seu

servo Gabriel, o homem, para instruir o profeta a respeito do curso da

História... O templo foi depois purificado elo Macabeus, que

ressuscitaram todo o cerimonial antigo com grande pompa... Se

Daniel pudesse ter visto todo este quadro lúgubre, que vai de 171

a.C., a 165 a.C., teria morrido do coração, pois era um patriota sem

41

igual. Ele ficou sem entender a visão‟, mesmo depois de explicada

pelo homem que veio do rio Ulai. Ficou doente por uns dias e depois

se levantou para cuidar dos negócios do rei que estavam a seus

cuidados.”

– Prof. Antônio Mesquita, em

seu estudo sobre o livro de

Daniel.

“Tudo o que é descrito nesse capítulo não tem relação com a história

mundial ou com a história da Igreja, mas trata exclusivamente de

Israel e de Jerusalém... “O „cronômetro‟ divino que marca as setenta

semanas para Israel começou a contar a partir do momento em que

foi publicado o decreto que permitia aos judeus reconstruírem a

cidade de Jerusalém... A segunda parte do versículo 25 é importante

como complemento: „haverá sete semanas, e sessenta e duas

semanas;‟ - provendo assim o primeiro intervalo no cômputo final das

70 semanas.”

– Norberth Lieth, em seu

tratado sobre Daniel e as

perspectivas do futuro.

42

“Segundo o contexto, o propósito das 70 semanas é exclusivamente

o povo de Israel e não a Igreja, nem os gentios.”

- explicou o Pr Jonas Xavier,

grande erudito e estudioso das

profecias bíblicas, o qual tive a

honra de conhecer e ser aluno.

“A visão das 70 semanas é a resposta de Deus (vv. 21-23). Nesta

visão, Deus revela a Daniel a programação temporal e os eventos

que levarão ao estabelecimento do reino messiânico de Israel. A

profecia tem a ver com "teu povo" (referindo-se ao povo de Daniel, os

Judeus [literalmente]) e com "tua santa cidade" (referindo-se a

Jerusalém [literalmente])”

– David Cloud em seu texto: As

70 Semanas de Daniel.

“Foi dito a Daniel que Jerusalém e o templo seriam reconstruídos,

mas numa época específica e com um propósito específico: para o

Messias.”

– Arno Froese, em seus

estudos que buscam

descomplicar as profecias de

Daniel.

43

“Esta ordem (mandamento) é o princípio das setenta semanas ou 490

anos.”

- John Gill, Teólogo Batista

inglês, brilhante estudioso e

expositor bíblico do século

XVIII.

“Frisem-se os seguintes itens da frase: „desde a saída da ordem‟ e

não do final da obra de restauração [ou da saída do povo]; „para

restaurar, e para edificar a Jerusalém‟, a cidade e o Templo. Por

conseguinte, o ponto inicial do cálculo desse período é o da saída

desse decreto para a reedificação da cidade de Jerusalém.”

- Dr. Aníbal Pereira dos Reis,

grande herói, estudioso e

expositor Batista brasileiro.

44

Apêndice B

Breve explicação sobre o Calendário Judaico.

É basicamente lunar. Cada mês começa em uma lua nova. Mês

(CHÓDESH), que significa lua nova, e vem da palavra CHADASH,

que significa novo. É também solar (Êxodo 12:2 e em Êxodo 13:4). O

primeiro mês do ano é o mês de Aviv (Primavera). As estações do

ano são fixadas pelo movimento da Terra em redor do Sol. Portanto,

é misto, lunar e solar. Meses são marcados pelos movimentos da

lua, anos são marcados pelos movimentos do sol. O ciclo da lua: 29

dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, aproximadamente 29 dias e

meio. Assim, os meses têm 30 dias e 29 dias, alternadamente. Um

ano de 12 meses, sendo 6 de 30 dias e 6 de 29 dias, num total de

354 dias. O ciclo do sol é de 365 dias e seis horas, havendo uma

diferença de cerca de 11 dias, entre o ano lunar e o ano solar. Como

compatibilizar a diferença? Acrescentando-se em determinados anos

um 13o mês de 30 dias. Este 13

o mês é intercalado antes do mês de

Adar (Adar Rishon - Adar Primeiro). Quando ocorre o mês de Adar

passa a ser chamado Adar Sheni (Adar Segundo). Assim, temos no

calendário judaico anos de 12 e de 13 meses.

45

Apêndice C

Miller e A Revisão do Movimento Millerita

Os Adventistas do Sétimos Dia não são inteiramente

honestos quando afirmam que Guilherme Miller é um dos seus

“Patriarcas” Adventistas.

Miller, um pregador leigo, esteve engajado com o movimento

Millerita, porém rejeitou as explicações fanáticas que se

sucederam à sua mal fadada tentativa de datar a volta de Cristo em

1843 e, posteriormente, mudado por um de seus associados em

1844.

O apologeta Jan Karel Van Baalen, em seu livro The Caos Of

Cults, esclarece a respeito dos erros de Miller:

“A força de Miller estava no fato de que ele pregava a volta

visível de Cristom para julgar o mundo e galardoar os fiéis,

em uma época na qual essa verdade cristã cardeal estava

ameaçada de tornar-se um assunto esquecido. Sua fraqueza

era que lhe faltava orientação teológica, e os ministros que no

46

início se uniram a ele eram homens do mesmo calibre... O

desfecho do Millerismo, contudo, veio demonstrar que esses

teólogos, bem como Miller, laboravam em erro... O erro de

Miller foi que ele tomou a profecia de Daniel 8:14 com

referência ao fim do tempo, e interpretou os dias ali

mencionados como significando anos – quando nós devemos

achar bastante clara as palavras: „duas mil e trezentas tardes

e manhãs‟! E quando Miller descobriu que sua cronologia não

estava lá muito certa, foi Samuel S. Snow, um dos seus

seguidores, que alterou a data e primeiro sugeriu o Outono de

1844... Foi pena que os seguidores de Miller não lograram

bem interpretar a natureza de seu erro. Quando passou tanto

1843, como 22 de Outubro de 1844, sem que verificassem a

volta do Senhor, eles deveriam ter tirado a conclusão de que

é erro querer calcular pela profecia a ocasião da vinda de

Cristo. Ao invés de fazer isso, porém, Hiram Edson, um

Millerita do Estado de Nova Iorque, teve uma visão na manhã

seguinte à “grande decepção”. Nessa visão ele “viu” Cristo

em pé ao lado do altar no céu, concluindo daí que Miller

estava certo quanto ao tempo, mas errado quanto ao local...

Esse ensino foi adotado pelos Adventistas do Sétimo Dia

posteriores (a “igreja” do A. S. D. foi organizada em 1860),

cujo início data dessa nova interpretação, segundo Francis D.

Nichol (em seu livro The Midnight Cry – O Brado da Meia-

Noite). Assim, “tiveram por bem salientar que o „erro principal‟

do Milleritas foi na sua interpretação, e não no fato de ter

47

marcado uma data. O público poderá com muita razão

continuar a achar que isso vem a ser sofisma”.

O fanatismo, no entanto, continuou a se espalhar livre e

rapidamente, tomando um rumo para o pior. Durante o inverno de

1844 os associados de Miller lhe suplicaram para que fizesse algo na

tentativa de virar a maré de fanatismo.

Na primavera de 1845, na chamada “Conferência de Albany”,

houve uma tentativa de se desfazer o dano. Após discussão

prolongada chegou-se a um consenso. A maioria aprovou as

seguintes posições:

1. O movimento tinha sido enganado em todas as tentativas

para definir a data para a vinda de Cristo.

2. O uso de parábolas como alegorias proféticas foi um erro.

3. A condenação da fabricação de suas noções como um

teste de salvação.

4. A rejeição da doutrina sabatistas que começava a surgir.

48

5. Emissão de um severo alerta contra os mensageiros

carismáticos do flanco mais fanático que surgiu do

movimento. Este alerta foi dirigido principalmente a uma

jovem, estrela em ascensão carismática entre os adventistas

sabatistas: Ellen Gold- Harmon, Maine.

6. Rejeição da “teoria da porta fechada” e da sombria teoria

do “juízo investigativo” 21

,

21 Para os adventistas a porta da graça se fechou em 1844 para todos os que não

recebem a mensagem da seita e se fechará durante a grande tribulação para os que não

são guardadores fiéis do shabath judaico. A estes é impossível a salvação, a qual se

completará com Satanás levando sobre si os pecados dos penitentes.

49

Bibliografia

BAALEEN, J. K. Van. O Caos das Seitas. Imprensa Batista Regular. Sp. 1970.

FROESE, Arno. Descomplicando as Profecias de Daniel. Actual Edições. RS, 2005.

HALLEY, Dr. H. H. Manual Bíblico. Edições Nova. SP, 1979.

LIETH, Norbert. Daniel – Perspectivas de Futuro. Actual Edições. RS, 2004.

MACGREGOR, Lorri. Documentação do Vídeo “Adventismo do Sétimo Dia, O Espírito

por Trás da Igreja”. Página de Documentação. Ponto 7: Guilherme Miller

Admite Que Errou em Suas Datações. Ferramenta de pesquisa compilada.

MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Daniel. JUERP. RJ, 1978.

REIS, Dr Aníbal Pereira dos. As visões de Daniel. Edições Caminhos de Damasco.

SP, 1981.

WOOD, Dr. Leon J. A Profecia de Daniel. Imprensa Batista Regular. SP, 1969.

XAVIER, Jonas Pessoa. O Fim Vem! Imprensa Maranata. BA, 2008.

50

Procurando Uma Igreja Verdadeira?

Uma igreja verdadeira não vive para levantar ofertas e metas financeiras!

Uma igreja verdadeira não realiza “curas”, nem “milagres”!

Uma igreja verdadeira não possui profeta(s) e nem adiciona seus escritos à Palavra de

DEUS!

Uma igreja verdadeira não fala em “línguas estranhas”!

Uma igreja verdadeira não apresenta nem apoia “shows” evangélicos (música, danças,

teatro, etc.)!

Uma igreja verdadeira não faz uso de músicas “gospel”, nem de letras em ritmos

mundanos e sensuais!

Uma igreja verdadeira não faz uso de guitarras, baterias, play backs...!

Uma igreja verdadeira é local e congregacional e não faz parte de associações,

concílios, convenções, sejam regionais, nacionais ou mundiais!

Uma igreja verdadeira só possui ofícios de pastor e diácono, ofícios masculinos!

Uma igreja verdadeira é composta em sua membresia por pessoas salvas e batizadas!

Uma igreja verdadeira preserva as ordenanças do Senhor (Batismo e Ceia)!

Uma igreja verdadeira prega o Evangelho Bíblico e as Doutrinas da Salvação pela

Graça!

Uma igreja verdadeira busca apenas diligentemente estudar a Palavra de DEUS!

Uma igreja verdadeira centraliza sua prática e fé no Senhor Jesus Cristo e na Bíblia!

...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno

não prevalecerão contra ela; - Mateus 16:18b

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