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 Direção Regional de Educação do Norte Profes sores de STC: Nuno Tavan ez e Serafim Figu eiredo Página 1 de 4 Código 152365 CURSO EFA NS Ciclo de F ormaçã o 2 012/ 2014 Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC) Unidade de Competência: STC 6 Modelo s de urba nismo e mobi lidade Domínios de Referência: DR1 Cont exto Pr ivado Temas: Construção e Arquitetura Subtema: As obras Competências:  Atuar no plano da construção e arquitetura dos espaços físicos, identificando diferentes tipos de alojamento familiar associados a modos de vi da particulares, no sentido da melhoria do bem-estar social, da qualidade de vida e da integração sociocultural.  Atuar ao nível das tecnologias inovadoras de construção na otimização das condições de habitabilidade e arquitetura ajustadas (por exemplo, os materiais isolantes térmicos e acústicos, arquiteturas ecológicas, promoção de acessibilidades).  Atuar ao nível das propriedades dos materiais, tradicionais e modernos, em função das necessidades e qualidade da construção (por exemplo, tintas ecológicas, isolantes reciclados, etc.) e/ou ao nível das quantidades desses materiais em função das áreas ou volumes em que serão utilizados. TEMPO PREVISTO PARA A ACTIVIDA DE: du as ho ra s A Evolução das Habitações  As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criações da evolução técnica e intelectual, po is fo ram elas qu e to rnaram a es cie humana mais ad ap ve l, capaz de sobreviver desde o equador aos polos. Habi ta çã o é, desde te mpos ance st rais, o abri go usado pe lo Homem pa ra se pr ot eg er das amea ça s do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-s e, no uso cor rente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartame nto, etc. Segun do a Org anizaç ão das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade". Abrigos naturais  A partir do Paleolítico Inferior, grutas e cavernas começaram a ser aproveitadas como habitações temporárias pelos hominídeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos, durante as fases frias da glaciação, também ocupados pelo Homo Sapiens do Paleolítico Superior.  Alguns grupos humanos contemporâneos conservam o háb ito de escavar abrigos em paredes rochosas ou no próprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para não reterem a humidade, ofereçam pouca

STC6 - Dr1 - Ficha Trabalho1

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    Cdigo 152365

    CURSO EFA NS Ciclo de Formao 2012/2014

    Sociedade, Tecnologia e Cincia (STC)

    Unidade de Competncia: STC 6 Modelos de urbanismo e mobilidadeDomnios de Referncia: DR1 Contexto Privado

    Temas: Construo e ArquiteturaSubtema: As obrasCompetncias: Atuar no plano da construo e arquitetura dos espaos fsicos,identificando diferentes tipos de alojamento familiar associados a modos de vida particulares, no sentido da

    melhoria do bem-estar social, da qualidade de vida e da integrao sociocultural.

    Atuar ao nvel das tecnologias inovadoras de construo na otimizao das condies de

    habitabilidade e arquitetura ajustadas (por exemplo, os materiais isolantes trmicos e acsticos, arquiteturas

    ecolgicas, promoo de acessibilidades).

    Atuar ao nvel das propriedades dos materiais, tradicionais e modernos, em funo das

    necessidades e qualidade da construo (por exemplo, tintas ecolgicas, isolantes reciclados, etc.) e/ou ao

    nvel das quantidades desses materiais em funo das reas ou volumes em que sero utilizados.

    TEMPO PREVISTO PARA A ACTIVIDADE: duas horas

    A Evoluo das Habitaes

    As casas e demais formas de abrigo constituem as mais importantes criaes da evoluo tcnica

    e intelectual, pois foram elas que tornaram a espcie humana mais adaptvel, capaz de sobreviver desde o

    equador aos polos.

    Habitao , desde tempos ancestrais, o abrigo usado pelo Homem para se proteger das ameaas

    do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como lugar em que se habita, o termo confunde-se, no

    uso corrente, com domiclio, residncia, moradia, vivenda, casa, apartamento, etc. Segundo a Organizao

    das Naes Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve desenvolver a famlia, considerada

    unidade bsica da sociedade".

    Abrigos naturais

    A partir do Paleoltico Inferior, grutas e cavernas comearam a ser aproveitadas como habitaes

    temporrias pelos homindeos. O Homo Neanderthalensis fez uso mais frequente destes abrigos,

    durante as fases frias da glaciao, tambm ocupados pelo Homo Sapiens do Paleoltico Superior.

    Alguns grupos humanos contemporneos conservam o hbito de escavar abrigos em paredes rochosas ou

    no prprio solo, sempre que sejam suficientemente porosos para no reterem a humidade, ofeream pouca

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    Cdigo 152365resistncia aos instrumentos utilizados e, principalmente, apresentem tendncia clivagem vertical.

    Os abrigos naturais apresentavam, no entanto, vrios inconvenientes: eram fixos, por vezes mal situados e

    hmidos, conjunto de circunstncias negativas para um coletor ou caador sempre em movimento.

    Como os prprios antropoides atuais fazem ninhos para dormir (chimpanz, gorila), e o orangotango chega

    a cobrir o ninho com uma cpula de galhos ou ramos tranados, de se presumir que os

    australopitecneos fizessem o mesmo, o que teria dado origem aos abrigos artificiais.

    Abrigos artificiais

    No stio mesoltico de Campigny (cerca de 12000 a. C.), encontram-se os mais antigos tipos de

    habitaes semi-subterrneas, com pilares de madeira em forma de forquilha que suportam troncos e

    barrotes colocados horizontalmente. O conjunto coberto por paus rolios mais finos, e estes so

    recobertos com terra. No centro h um orifcio por onde escapa o fumo.

    Habitaes

    O conceito de casa tem uma existncia mais recente e a sua configurao depende de fatores

    como os materiais disponveis, as tcnicas de construo dominadas por certo grupo e as suas concees

    de planeamento e arquitetura, em funo das atividades econmicas, do gnero de vida e dos padres

    culturais.

    Habitao rural

    na habitao rural que as influncias geogrficas se apresentam com maior nitidez, no s porque

    no campo as comunidades humanas tm contacto

    direto com a natureza, mas tambm por constiturem

    grupos menos equipados tecnicamente e mais

    presos tradio. Alm disso, a habitao rural

    abrigo e tambm, muitas vezes, local de trabalho e de

    armazenamento de produtos, de tal forma que revela

    nitidamente as atividades e necessidades dos seus

    ocupantes. As mais simples utilizam material vegetal

    praticamente sem elaborao. So constitudas

    basicamente por um arcabouo de troncos e ramos de rvores entrelaados e usualmente amarrados por

    fios, forrado ou no com barro, esteiras ou folhas. A cobertura feita de palha, folhas de rvore ou, em

    reas mais evoludas, de telhas.

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    Cdigo 152365

    Casa de pedra

    A pedra um material oferecido pela natureza

    que j no Imprio Romano, no Egipto e na Grcia

    antigos foi amplamente utilizado. A casa de pedra

    um tipo de habitao que pode surgir onde quer que a

    formao geolgica fornea materiais suscetveis de

    aproveitamento, como o granito e o xisto. Embora

    exista em todos os continentes, o seu domnio

    especfico da rea europeia que circunda o

    Mediterrneo, em que constitui a residncia rural

    tpica e de onde aparentemente se difundiu para

    outras regies.

    Casa de tijolo

    Proveniente de matria-prima fornecida pela natureza, mas j resultante de certa elaborao, o

    tijolo nasceu nas regies desrticas, onde, pela falta de madeira, o elemento bsico da construo de

    moradias. O tijolo seco ao sol, ou adobe, foi amplamente utilizado pelo Homem, mas a sua inconsistncia

    tornou-o facilmente destrutvel, especialmente sob a ao da chuva. Uma vez cozido, no entanto, passa a

    ter boa resistncia. , atualmente, um dos materiais mais difundidos e, com o ferro e o cimento, constitui a

    base da arquitetura dominante nos centros urbanos.

    Outros tipos de habitaes

    Existem ainda tipos especficos de habitao, de domnio geogrfico nitidamente demarcado.

    Entre eles destaca-se a tenda, habitao tpica dos pastores nmadas do Velho Mundo e tambm utilizada

    pelos esquims no Vero, quando se tornam nmadas. No Inverno, quando se sedentarizam, a sua

    habitao o iglu, construdo com blocos de gelo, que se mantm de p somente na estao invernal e se

    dissolve na Primavera.

    Adaptao s condies naturais

    Alm da influncia que o meio fsico exerce sobre a habitao rural mediante o material de

    construo, a sua ao faz-se sentir em outros aspetos da moradia. Assim, nos climas tropicais procura-se

    proteg-la do calor por meio de varandas e ptios internos. Para enfrentar as chuvas, os telhados so

    amplos, projetados para alm das paredes, em beirais. Nos climas secos e quentes, o ptio com poo

    central atende tambm ao abastecimento de gua, enquanto a cobertura, tal como ocorre nas casas

    rabes, no precisando servir para o escoamento das guas, pode tornar-se plana, em forma de terrao.

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    Cdigo 152365Nas regies de Inverno rigoroso, os telhados so pronunciadamente inclinados, para no acumularem

    neve. Janelas e portas tm tamanho reduzido, de modo a evitar perda de calor, e, como regra, a

    lareira domina o conjunto arquitetnico e a sala principal da habitao. A influncia das condies naturais

    sentida tambm em territrios frequentemente atingidos por terramotos, como o Japo, nos quais se

    adotam casas leves e flexveis, feitas com armaes de madeira e papel.

    Casa urbana

    Graas utilizao de tcnicas avanadas, a habitao urbana tornou-se relativamente

    independente das condies fsicas locais. Nas grandes construes imperam o ferro e o cimento, o que

    leva ao surgimento de novas concees arquitetnicas, enquanto tcnicas de refrigerao e calafetao

    de ambientes tornam a casa urbana imune aos efeitos climticos.

    Embora no dependa tanto das condies naturais, a casa urbana, no entanto, torna mais

    evidentes as diferenas sociais. O equipamento tcnico fica claramente documentado nas formas e estilos

    arquitetnicos. Os padres de vida, muito mais diferenciados, criam profundos contrastes, com habitaes

    de luxo edificadas muitas vezes perto de pauprrimas habitaes coletivas, como os bairros sociais.

    A habitao urbana muda de acordo com o gosto de cada poca, sem chegar a criar um estilo

    prprio. Nas cidades europeias, entre moradias de linhas modernas de estilo indefinido, vem-se

    construes de rara beleza, ou habitaes que respeitaram certo estilo tradicional. Nas cidades de tipo

    americano, no entanto, o individualismo leva convivncia de diversos estilos dentro de uma mesma

    cidade ou bairro, ou a produo em srie inviabiliza toda originalidade.

    Uma caracterstica especfica da vida urbana, a

    falta de espao, afeta a moradia urbana na sua conceo

    e aspeto. s vezes, comprimem-se umas contra as

    outras, em fachadas estreitas e em vrios andares, como

    comum nos Pases Baixos e na Itlia. Outras vezes,

    grandes prdios so subdivididos em vrias moradias,

    com o aproveitamento dos stos e guas- furtadas,

    como comum em Paris. Outras vezes ainda, as

    habitaes acumulam-se em grandes edifcios, os

    arranha-cus, caractersticos dos centros comerciais e bancrios das cidades americanas, que se

    tornaram a marca das grandes metrpoles de todo o mundo no sculo XX.

    QuestoProduz um texto, que no exceda as 200 palavras, que contenha a informao facultada na ficha.

    Pode incluir algumas informaes/imagens adicionais que considere pertinentes.

    BOM TRABALHO!