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Cinco histórias, uma meta: vencer

StudioBox #19

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Jovens Empresários de Destaque

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editorial

Na edição anterior...

A arquiteta Claudia Viana abriu suas gavetinhas de segredos e sentimentos para nossa equipe. Mostrou muito mais do que uma profissional respeitada e reconhecida pelo mercado. Demonstrou ser mãe, irmã e muito filha - uma filha dedicada e amorosa.

Sentimento à flor da pele - foi assim que Claudia, emocionada, contou sua trajetória. Parabéns pela coragem e o nosso “muito obrigado”!

“Se você é um vencedor,terá alguns falsos amigose alguns amigos verdadeiros.Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,as pessoas podem enganá-lo.Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construiralguém pode destruir de uma hora para outra.Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,as pessoas podem sentir inveja.Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,mas isso pode nunca ser o bastante.Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final de tudo,Será você... e Deus.E não você... e as pessoas!”

Se você é... (Madre Tereza de Calcutá)

Sinceramente, muitas vezes tive a certeza de que não conseguiria chegar até aqui. Outras vezes, tinha certeza absoluta e visualizava essa vitória, mas, em momento algum, nem sequer cogitei a possibilidade de conquistar uma editora. Sempre pedi e ainda peço a Deus muita sabedoria e muita força para batalhar e fazer da Revista Studio Box um grande sucesso; que, a partir do meu sonho, tudo virasse realidade, e que, daquela revista de pouco mais de 40 páginas, eu pudesse ser merecedor de uma revista repleta de páginas claras e com imagens confortantes, além de histórias que fizessem bem ao coração.

No período, meu próprio coração estava muito machucado, e foi na Studio Box que encontrei minha motivação para seguir em frente e crescer. O crescimento veio, não como empresa apenas, mas como homem, e, hoje, poder olhar nos olhos dos meus pais e dizer “eu consegui” é algo que não tem preço.

Hoje, com 5 anos de estrada, uma estrada curta, inclusive, venci, e, de presente, Deus me deu uma editora inteira, e não apenas aquela revista de sucesso que eu tanto pedi. Tenho comigo que Ele nunca me abandonou e nunca vai me abandonar, e é Ele quem me dá a mão quando caio. É Ele que me ilumina nos momentos de mais medo.

Muito obrigado aos amigos, aos colaboradores, aos prestadores de serviço e aos clientes que nos acompanham, e que certamente nos acompanharão por muitos e muitos anos. Nosso sucesso é reflexo do sucesso de toda uma cidade e de todo um corpo empresarial da nossa região. Geradores de emprego que, mesmo com toda a crise que dizem ter havido, não se deixaram abater e continuaram investindo, e chegam neste fim de ano maiores e mais fortes.

Escolhi pessoalmente cada um dos jovens que ilustram a capa da Edição 19 da Studio Box. Alguns são amigos de infância, outros são amigos que surgiram nestes 5 anos, mas todos, em sua mais singela atitude, demonstram o quanto são merecedores de suas conquistas.

Um brinde ao futuro, que só a Deus pertence.

Muito obrigado e Boa Leitura.

Maycow Montemor

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índice

Expediente

Esta é uma publicação da M. Montemor Editora com todos os direitos reservados.

Diretor l Maycow Montemor | Jornalismo l Érika Pereira (MTB 56.586) l Consultora Jurídica l Flávia Barile Gerente Administrativa | Leya Santana | Suporte técnico | Pedro MendesFotografia l Márcia Rocha l Tratamento de imagem l Mirta Rocha Pasquato Gerente de Publicação l Larissa Crantschaninov l Assistente de Arte | Ana Beatriz Noya Tetê Criação e Desenvolvimento de Artes l Alessandra Robim * Juliano Cersóssimo * Caio Campos Colaboradores l Murillo Valverde * Leny Almeida * Renata PierryBeth Teani * Simone Zanasi * Márcia Atik * Érica AmoresCapa l Márcia Rocha (Fotografia) l Mirta Rocha Pasquato (Criação) | Lia Martins (make-up)

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l Internet l www.mmontemor.com.br | Contato l (13) 3028 1530 | (13) 3285 6993 | [email protected] Endereço l Rua José Caballero, 15 - Gonzaga - Santos - SP - CEP.: 11055-300 l

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A família que se tem; a família que se querpag. 15

Coco Chanel: “A moda passa, o estilo permanece”pag. 18

Navegando em busca de sonhospag. 20

Glee- Viva os losers! pag. 22 Sudelly AbassFelicidade é estar bem consigo pag. 24

Diário Repaginadopag. 26

Rumo à Copa, rumo à Áfricapag. 29

Studio Box, 5 anos de superação pag. 33

Patrícia Ribeiro - lado a lado com a Studio Box pag. 42

Equilibre corpo e mente através da Ayurvedapag. 69

Home Store - Viver e dormir com qualidadepag. 72

Bikkini Barista- Novo conceito em qualidadepag. 74

Cristina Campos - Cada projeto, um desafiopag. 78

Amar à distânciapag. 82

A caixa - Duas escolhas, um destinopag. 86

Oasis of the Seas - Garantia de diversão pag. 89

Lei da Atração - Sua mente pode fazer muito por vocêpag. 92

Moda e Samba com a cara do Brasilpag. 95

Fotográfo brasileiro é destaque em exposição na Holandapag. 97

Coluna Socialpag. 99

Eu vou com Simone Zanasipag. 106

É tempo de Natal - Peru iluminadopag. 108

Mitospag. 110

Pág. 45Entrevistas exclusivas com

cinco jovens empreendedores de sucesso

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crônica

Não dá para fugir da realidade de que todo psicólo-go é um saco sem fundo de histórias. Muito mais do que contos, são histórias da vida real.

Nesses últimos dias, por acaso, as histórias de famí-lia transbordaram, e uma coisa ficou muito clara: em qualquer situação ou conflito familiar, fossem des-carados ou mascarados, alguns aspectos se repe-tiam. O principal que brilhava aos meus olhos era a grande dificuldade que as pessoas têm de enxergar com isenção erros, fraquezas e, às vezes, até uma deformação de caráter do membro da família.

Parece que, ao reconhecer que um dos meus erra, sou uma traidora da família; quando essa percep-ção parte da mãe, a dificuldade fica potencializada - é uma forte sensação de que estou assumindo uma impotência na criação e insuficiência de amor. Essa é a culpa clássica que assola a maioria das mães.

Por outro lado, a grande questão universal, prin-cipalmente em nossa formação judaico cristã, de que o amor de família e de mãe é interminável, faz com que, ao criticar as pessoas, a mãe sinta-se

traindo o que há de mais sagrado em nossa cultura: a família.

As situações em que nos deparamos que dão mar-gem a essa reflexão são infindáveis. Apenas para ilustrar, vão desde a criança em formação que é cruel com o professor ou que ultrapassa os limites de aspectos cotidianos, portanto ainda receptiva às orientações familiares, até um filho que rouba e lesa a própria família, um doente de moral e ética. Até que, fraco e dominado pelas drogas, tem de ser in-ternado em uma clínica de reabilitação, por estar doente da alma.

Falar de família não é fácil, pois caímos facilmente na crítica e no maniqueísmo do certo e do errado, mas vale lembrar que a família é um sistema ativo em transformação, tem vida própria e, por isso, não pode ser padronizada. Além disso, é complexa, pois, com o passar do tempo, para assegurar a continui-dade e o crescimento dessa família como unidade, deve-se ter espaço para a diferenciação de seus membros, que se tornam cada vez mais indepen-dentes. É aí que mora o perigo, pois, ao se autoex-pressar, pode se separar e instituir um novo sistema.

A família que se temA família que se quer www.marciaatik.com.br

Por Márcia Atik

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Esse caminho é determinado não apenas pelos es-tímulos biológicos, como também pela interação psi-cológica mãe-filho, mas muito - e particularmente! - pela marca familiar. Alguns estudiosos da dinâmica familiar arriscam dizer que o curso da história futura de um indivíduo pode ser previsto a partir do clima emocional predominante na família.

Desde crianças sem limites até a complacência com os adultos, faz-se essencial ter coragem de admirar a luz sem perder de vista as sombras.

Mais uma vez, vale repetir, pois tenho horror de cul-par alguém - e a mãe e a família, nesses tempos de tantos desencontros, são comumente citadas como fontes geradoras de erros -, mas acho importante comentar a possibilidade que temos de enxergar um pouco mais longe do horizonte que nossos olhos alcançam, procurando uma verdadeira interação da família, que não se faz só com o almoço de domin-go, os presentes nas datas especiais e apagando os erros para fazer de conta que eles não existem, mas com coragem de retirar as máscaras familiares, enxergando também o que é feio, cruel e merece crítica, reprovação e até punição.

Falar em punição para um ente amado é quase uma heresia, mas, se não dermos chance para a

pessoa entrar em contato com o seu contexto, auxiliando no seu processo de desenvolvimento, não lhe daremos também a chance de refazer seu próprio caminho.

Esse caminho a percorrer é difícil, mas necessário para todos os viajantes, seja a família, o irmão ou o filho – que cresceu e precisa escolher seu próprio caminho. Uma coisa eu afirmo: sempre que, em uma família, alguém destoa ou pega um caminho “gauche”, nunca o faz de repente; sempre dá sinais, aos quais a família, aprisionada em uma máscara de idealização, acaba não percebendo. Se não per-cebeu, paciência, provavelmente não estava pronta para isso. Mas, ao perceber e não agir, está pecando contra si e seu ente querido. Em contrapartida, se agir, por mais doloroso que seja, estará acertando, e, principalmente, praticando um ato de amor.

Desculpem-me por falar de um assunto tão árido em uma revista leve e bonita, mas acho importante fazê-lo, pois as festas e comemorações de fim de ano estão aí. Para não repetirmos o modelo - cri-anças barulhentas e ansiosas, mas felizes, e adul-tos melancólicos e tristes -, vamos encarar algumas realidades e, com a alegria do domínio de nossas emoções, comemorarmos a vida real, que, ao con-trário do que dizem, é bonita, é bonita e é bonita.

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personalidades

As pérolas que davam voltas e mais voltas em seu pescoço, o negro de suas roupas e o chapéu de lado eternizaram a elegância de Coco Chanel.

Gabrielle Bonheur Chanel, a famosa estilista fran-cesa que ficou conhecida como Coco Chanel, nasceu em 1883, em Paris. Há mais de um século as cria-ções da estilista traçaram tendências, que até hoje deixam vestígios.

Na época, Chanel mudou a maneira de ser das mulheres do século 20, com suas peças que mostra-vam independência e personalidade.

Antes, eram obrigadas a se apertarem em corpetes e saias longas. Com as invenções de Chanel, surgia uma maneira confortável de se vestir, sem perder a sensualidade.

Foi Coco que, em 1916, trouxe para a alta costu-ra as roupas com tecido em xadrez, as blusas de malha fina e as calças boca de sino. Não podemos nos esquecer também dos famosos vestidos pretos, com os quais a própria Chanel aparece vestida em várias fotografias da época.

O “pretinho básico”, que até hoje é difundido pe-los estilistas, apareceu em 1926, quando a popular revista Vogue mostrou a primeira peça criada pela estilista. Depois, foram diversos modelos durante toda a sua carreira.

Seu gosto por acessórios e colares fez com que trouxesse para o universo fashion as chamadas “falsas joias”.

Sem dúvidas, Coco revolucionou a moda e, até hoje, seu nome ainda causa grande impacto. Mas o que de fato a tornou milionária foi seu perfume, Chanel nº 5, criado em 1921 por Ernext Beaux.

O Chanel nº 5 foi o primeiro perfume a levar o nome de um estilista. Foi a própria Chanel que pe-diu a Beaux que fizesse “um perfume de mulher, com cheiro de mulher”. A escolha do número 5 para representar sua fragrância ocorreu porque Chanel acreditava que 5 era seu número de sorte. Tanto que a data da apresentação aconteceu em 5/5/1921.

Foi o perfume o grande responsável por alavancar os negócios da estilista. Tornou-se ainda mais fa-moso depois que a diva Marilyn Monroe, durante uma entrevista, disse que a única coisa que usava antes de dormir eram cinco gotas do Chanel nº 5.

Foi a ousadia e a vontade de crescer que fizeram de Coco uma mulher rica e elegante. Veio de família pobre. Sua mãe morreu quando tinha apenas seis anos, e seu pai decidiu levá-la para um pensionato.

Seu apelido Coco surgiu na época em que cantava em um cabaré uma música chamada “Qui qu’a vu Coco dans le trocadero?”.

A ambição fez com que buscasse homens ricos. O primeiro foi o milionário Etienne Balsan, que a le-vou, aos 16 anos, para Paris, inserindo-a na alta sociedade.

As histórias de sua vida humilde, antes de se tornar uma famosa estilista, só foram conhecidas depois de sua morte, em 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos.

Foi com a ajuda do também milionário Arthur Capel que conseguiu sua primeira loja, em 1910, que se chamava Casa Chanel. Segundo a história, Arthur teria sido o grande amor da vida de Coco.

Foi depois da experiência com a Casa Chanel que decidiu se dedicar à costura. Os trajes simples e a ousadia em misturar roupas masculinas e femininas chamaram a atenção das pessoas que frequenta-vam o local.

Diferente do que pregam outros estilistas, Chanel dizia que a roupa que precisava se adequar ao cor-po, e nunca o contrário.

Hoje, estima-se que o valor da marca gire em torno de US$ 6 bilhões. São mais de 100 lojas espalhadas pelo mundo, que vendem roupas, acessórios, per-fumes, maquiagem, óculos, bolsas e sapatos. Tudo com o conforto e a ousadia da eterna Coco Chanel.

Curiosidades

Dizem que, próximo de sua morte, quando morava no Hotel Ritz, chegou a declarar para uma cama-reira: “Vê? É assim que se morre. Sozinha, mas sempre chique”.

Coco era tão querida, que, no dia de seu funeral, várias pessoas vestiam suas roupas para fazer uma homenagem à diva.

A estilista tinha um poder tão grande de influenciar, que, certa vez, após voltar de uma viagem um pou-co mais bronzeada, as mulheres passaram a copiar seu tom de pele.

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responsabilidade social

Navegandoem busca de sonhos

Andrea Leal Manão estava ansiosa para embarcar como cabinista em seu primeiro trabalho em um cruzeiro. Aos 27 anos, ela vê nesse emprego uma oportunidade de ganhar dinheiro e dar uma vida melhor para suas filhas.

Para adquirir a experiência necessária para o cargo que ocupará, Andrea participou das aulas do Projeto Tripulantes do Futuro, da Prefeitura de São Vicente, que teve início em julho de 2008.

O Projeto Tripulantes do Futuro atende jovens de 18 a 29 anos, e visa à qualificação profissional para o mercado de cruzeiros e de turismo em geral.

Para capacitar os jovens e dar a eles todos os requi-sitos necessários para exercer as funções, as aulas são ministradas em um ambiente que simula uma cabine de navio, com cama, mesa e todos os in-gredientes para fazer com que os jovens se sintam dentro de um cruzeiro.

Além disso, eles têm aulas de governança, garçom, recreação, bartender, marketing pessoal e inglês. Os participantes também aprendem regras de com-portamento e jornada de trabalho.

O projeto, que é inédito, foi lançado em 5 de julho de 2008, em parceria com a Secretaria de Assistên-cia Social e o Fundo Social de São Vicente.

Ao longo de um mês, várias turmas são formadas e capacitadas nas oficinas e nos workshops. E para que os jovens tenham um melhor aproveitamento, cada sala é ocupada por, no máximo, 12 pessoas.

Desde que foi lançado, o projeto vem transforman-do vidas e dando oportunidades de trabalho para jovens de São Vicente, como Andrea. Antes, ela trabalhava como repositora de uma empresa de ali-mentos. “Quero oferecer um futuro melhor para as minhas filhas, e também ajudar quem está me aju-dando agora, a família”, diz Andrea, que tem duas

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filhas gêmeas de 4 anos que residem com a mãe. “Eu moro com minha irmã e o marido, pois não tenho condições. Espero transfor-mar minha vida com este projeto”.

Outro que já embarcou em busca de um sonho é o motorista Elton Menezes. Ele foi trabalhar como ajudante geral no MSC Melody, mas não foi sozinho: teve a companhia de sua futura esposa, Desirre Auer Silva, que embarcou como assistente de Buffet. Com o dinheiro do trabalho, Elton e Desirre pretendem se casar.

Segundo o coordenador pedagógico do Tripulantes, Fabrício Britto, da Fatto Brazil, é preciso que o candidato tenha criatividade, bom humor, agilidade e seja bem informado. “O mercado é muito exi-gente, e queremos que São Vicente se torne referência”.

O Projeto Tripulantes do Futuro conta ainda com o apoio da MSC Cruzeiros. Recentemente, a empresa ofereceu, a bordo do MSC Liri-ca, um almoço beneficente, para arrecadar fundos para o projeto. O evento teve também participação especial do cantor Sidney Magal.

Para o diretor geral da MSC Cruzeiros na América do Sul, Roberto Fusaro, a parceria é um orgulho para a equipe da MSC. “Além de contribuirmos com a inserção desses jovens no mercado de tra-balho, reiteramos nossa preocupação com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável de nossa atividade”.

Outra empresa que firmou parceria com o projeto foi a Concais, que contratou quatro jovens para fazer parte da equipe de funcionários do terminal. “O projeto foi uma brilhante ideia, uma vez que o seg-mento de cruzeiros marítimos é um polo gerador de empregos”, comenta Flavio Brancato, diretor de operações do Concais.

Terceira Unidade – Para aumentar o número de jovens atendidos pelo Projeto Tripulantes do Futuro, mais uma sede será construída. O Ministério da Ciência e Tecnologia, através da gestão do deputado federal Márcio França (PSB), acaba de liberar R$ 1,5 milhão para a implantação de uma nova unidade.

Segundo o prefeito de São Vicente, Tércio Garcia, “tantas conquis-tas em tão pouco tempo revelam o sucesso deste projeto”.

O local poderá atender até 800 jovens por ano. O prédio terá dois pavimentos, cômodos simulando cabines de navios, bares, restau-rantes, sanitários, salas para aulas de línguas, recursos multimí-dia, biblioteca, administração, elevador, e será totalmente adaptado para facilitar a acessibilidade.

Para participar do projeto, é necessário ser munícipe de São Vicente, ter Ensino Médio completo ou estar cursando o último ano, ter participado ou fazer parte de projeto social do Município como o Renda Cidadã, Ação Jovem, Jovens no Exercício do Pro-grama de Orientação Municipal (Jepom), Centro Educacional e Recreativo (CER) ou ser beneficiário do programa Bolsa Família.

O curso acontece em duas unidades: no Fundo Social de Solidariedade (Rua Benedito Calixto, 205), na Área Insular, e no Centro de Qualificação Jardim Rio Branco (Rua José Maria Gon-çalves, 326 - Jardim Rio Branco), na Área Continental. Informações pelos telefones (13) 3467-9118 e 3468-3201.

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seriado

Os populares agora ficam de lado. Chega de cheerleaders e atletas de corpo sarado com cérebro pequeno. Desta vez quem brilha são os excluídos, ou melhor, os losers.

A nova sensação da tevê é a série Glee, que estreou no Brasil no dia 4 de novembro, mas que já soma muitos fãs. Só no Orkut, a comunidade Glee – Brasil já possui mais de 50 mil membros. Com certeza, o número deve aumentar consideravelmente nos próximos dias.

Para se ter uma ideia, em sua estreia nos Estados Unidos, no dia 9 de setembro, mais de 15 milhões de telespectadores estavam diante da tela de suas tevês para assistirem ao primeiro episódio.

E já no primeiro capítulo dá para se ter um apanhado geral do que podemos esperar do seriado. O simpático professor Will Schuester, protagonista da história, tem a missão de levantar novamente o Clube Glee, coral que um dia já fez muito sucesso na escola McKinley High School.

Quando Schuester coloca a ficha de inscrição, “con-vocando” alguns candidatos, apenas cinco alunos

decidem participar. Mas eles não representam nada do glamour e da popularidade que a fama deseja.

No grupo, estão: Rachel Berry, que decide entrar para o coral porque acredita que sua missão é ficar famosa. Rachel foi criada por pais gays, que sempre a incentivaram a conhecer os encantos das artes. Tina, que é uma oriental aparentemente muito fofa, mas, no fundo, é a mais esquisita da turma. É emo e gaga, mas, mesmo assim, quer se arriscar no Clube. Mercedes Jones começou a cantar no próprio Glee, mas já se considera uma diva, e, por isso, não aceita fazer backing vocal. Artie Abrams é um ca-deirante que toca guitarra, e vive tentando fugir das maldades que os outros alunos fazem com ele. Kurt Hummel é um fashionista que vive sendo humilhado pelos meninos do time de futebol.

E, por último, mas não menos importante, está Finn Hudson, que entrou para o coral depois, e sem von-tade. Ele também joga no time de futebol da escola. É um dos galãs, mas no fundo tem um bom coração e vai perceber que nasceu para cantar.

Além de tentar harmonizar esse grupo aparentemente desafinado, Schuester tem outras

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dificuldades. O próprio diretor do colégio não dá valor algum para o Clube Glee. E como se só esses empecilhos não bastassem, o professor ainda precisa administrar sua vida pessoal, que não anda nada bem.

Os ingredientes escola, mocinhas e mocinhos, populares e excluídos, e o sonho de alcançar a fama, já fizeram com que o seriado Glee fosse comparado a High School Musical. Acontece que a série criada por Ryan Murphy vem conquistando muito marmanjo de plantão, ao contrário da outra que alegrava apenas aos “baixinhos”. Glee vem se tornando um fenômeno nos Estados Unidos, ocupando a 29º posição entre espectadores de 18 a 49 anos.

Outro fator que tem conquistado o público são as canções ensaiadas pelo elenco. No primeiro episódio, a versão inusitada da música “Don’t Stop Believing”, da banda Journey, ficou atual e irresistível. Tanto que alcançou o primeiro lu-gar em downloads no iTunes e superou a versão original da música na parada da Billboard.

Há muito mais por aí, pois praticamente todo o repertório do grupo é composto de músicas conhecidas. O criador da série, Ryan Murphy, chegou a comentar que seu objetivo é dar aos telespectadores os ritmos de que eles gos-tam, seja hip hop, rhythm and blues, um Top 40 e até country.

O entrosamento do elenco está tão afinado que o público americano já quer vê-los ao vivo, como se fossem uma banda de ver-dade. Tal fato pode até ser possível, pois Ryan Murphy deixou escapar que “Se as coisas continuarem assim, os protagonistas devem fazer uma turnê logo depois de terminarem as gravações da primeira temporada”.

Os elementos que compõem o seriado já o tornam divertido por si só. Mas o bom humor de Murphy promete tirar boas gargalhadas dos espectadores, sempre com toques de iro-nia e piadinhas prontas.

Agora é se deixar levar e torcer para que a série não se perca, como ocorre em muitos seriados americanos. Os fãs já podem se questionar e bombardear os sites de relacio-namento, para discutir e opinar sobre o que vai acontecer.

O que se percebe é que a mensagem principal é que não existe perfeição, nem regras para se dar bem, basta ser você mesmo e trilhar o seu caminho rumo ao sucesso.

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o que faz você feliz?

Seu lema é “desistir jamais!”. Sua felicidade é estar bem consigo mesma. Suddely Christina Abass leva sua vida, assim como uma boa música, afinada e no ritmo certo. Talvez essa característica venha de sua família, que tem base religiosa e musicista.

Aos 36 anos, essa geminiana formada em admi-nistração com habilitação em comércio exterior dá valor às coisas simples da vida. Gosta de ir atrás de seus sonhos e de fazer bem ao próximo.

Suddely morou por cinco anos em Montreal, no Canadá, e, quando voltou ao Brasil, recebeu uma proposta de emprego em São Paulo, mas sentia que precisava acreditar em sua cidade. Por isso, continuou morando em Santos e foi trabalhar no Praiamar Shopping. “Iniciei no departamento de se-gurança, e, logo após um ano, fui transferida para a administração, onde estou até hoje”.

Seu dia-a-dia é uma correria só. Mas ela não reclama; comenta que vale a pena trabalhar, pois tem uma equipe maravilhosa, e com uma gestora excelente.

Suddely caminha para o décimo ano no Praiamar, e afirma que cresceu junto com o Shopping no decorrer desses anos todos. Segundo ela, é muito satisfatório trabalhar em uma empresa (Grupo Men-des) em que os empreendedores têm visão ampla, acreditam e investem em seus funcionários. Com isso, ao longo dos anos, conquistaram credibilidade na região.

“Como toda mulher da minha geração, estou volta-da para a qualificação profissional. Em função disso, sempre busco o aperfeiçoamento”, declara.

Ela explica que sua vida profissional amadureceu muito depois da experiência no Canadá. “Estudei in-glês e francês na escola federal de Quebec, e, logo após a fluência da língua, comecei a trabalhar em uma empresa de exportação e importação. Foi um ótimo momento que passei; com certeza, foi uma grande escola para recomeçar uma fase em meu país”.

Hoje Suddely faz de tudo para administrar o tem-po e tenta não envolver o lado profissional em sua vida pessoal. Nas horas vagas, aproveita para ficar com amigos, fazer caminhadas na praia e, quando possível, cantar. “E, para relaxar depois de um dia tenso, nada melhor do que fazer hidroginástica!”.

Suddely é evangélica. Acha importante ter fé em Deus, mas respeita outras religiões. “Acredito que toda pessoa, independente da crença, precisa ter um equilíbrio espiritual, e não somente material”.

Para ela, o que não falta são projetos para o futuro, mas o principal é ser mãe!

“Felicidade é estar bem consigo, é conquistar sonhos, é fazer o bem ao próximo”, finaliza.

Ping Pong

Trabalho: Satisfação.Família: Necessária na minha vida.Amor: Satisfação pessoal.Dinheiro: Complemento.Futuro: Grandes conquistas.Passado: Aprendizado.Lar: O melhor local para repousar.Desejos: Muitos realizados e outros a serem realizados.

Sudelly AbassFelicidade é estar bem consigo

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divino divã

Diário repaginado Por Leny [email protected]

Lembro-me do tempo em que os segredos, sonhos, pensamentos e desejos eram escritos nos diários e colocados embaixo do colchão. As impressões do dia-a-dia, os poemas, as ilusões, os amores não correspondidos. Tudo dentro daquele caderninho com cadeado, que só era aberto para aquela amiga que nos revelava previamente os seus escritos.

Ah, segredos tão inocentes! Os olhares para o meni-no da escola, a entrega de um bilhete mais ousado, a cumplicidade com a irmã mais velha que arriscava ir ao baile sem permissão...

Como diz minha mãe, “é perda de tempo fazer as coisas escondido... Um dia alguém descobre!”. E como o que mãe diz sempre se escreve, dito e feito!

Eis que chega o dia do primeiro baile. Depois de muita ansiedade e armações, cheguei eufórica depois da noite tão aguardada. Afinal, a minha

escapada não fez mal a ninguém. Muito pelo con-trário. Como é bom lembrar, ainda hoje, do sabor doce daquele momento. A foto preta e branca no clube, com minha melhor amiga.

Santa inocência! Marca de um período que não vol-ta, senão em minha saudosa lembrança.

Ao chegar em casa, ainda com a adrenalina a mil, sentei e fiz confidências ao meu diário, fiel companheiro. Para ele, depus minuciosamente tudo, com toda riqueza de detalhes. Após meu re-lato feliz, tranquei o cadeado do meu bauzinho de confidências, como quem fecha uma porta, a sete chaves.

Convicta de que meus “segredinhos” estavam se-guros e silenciosos ali dentro, fui dormir. Meus pés estavam cansados de tanto dançar com aquela liberdade desatada.

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Dormi. Um sono pleno, depois de todo o en-tusiasmo daquela noite. Enquanto isso, minha irmã mais velha, assim como uma governanta alemã, vasculhava aqueles registros que, para mim, ficariam ali, silenciosos e intocáveis.

Ai meu Deus, o meu diário! E lá vou eu para o calvário. De irmã cúmplice, virei vítima... dela ou do diário? Dela ou da minha própria inocência?

Página por página foram rasgadas naquele momento, junto com todas as palavras que ali foram escritas. Felizmente, elas não se perderam, porque, de dentro de mim, essa lembrança não foi rasgada. Ainda hoje, me lembro de como chorei por ter sido denun-ciada por uma inocente dança.

Agora, pensando nessa história, tenho um sentimento agradável de limite, de respeito, de ordem. Caretice? Talvez.

Hoje, meu diário é o computador. Mas não so-mos só nós dois, como antigamente éramos eu e meu caderninho com cadeado. Porque, inevitavelmente, ao ligá-lo, os anúncios já in-vadem a tela: “converse com alguém agora!”.

As salas de bate-papo estão a todo momento nos chamando, como se fossem diários se-cretos, assuntos que se revelam entre teclas. Sentimentos que se manifestam com retorno simultâneo, ao contrário do fiel diário mudo, mas legível.

Hoje, nossa realidade é registrada com profun-do desejo de amizade, parceria, companhia...

Apelamos diante das telas dessa tecnologia que nos torna dependentes, como um pedido de socorro para aplacar a solidão. Sim, é con-fortante saber que existem olhos e sentidos diante de outra tela, lendo as nossas inten-ções, impressões, medos, desejos, carências, fantasias, inquietudes. É a nova era.

E, embora a tecnologia seja e esteja a nosso favor, permanecemos ainda com o imenso desejo de poder viver o tête-à-tête. Olhar nos olhos, sentir o cheiro e a vibração das pessoas, dos lugares... Continuamos com sede de doação de presença, porque é tão bom se doar! Dançar, brindar, jogar conversa fora... Mesmo que, depois, ao voltar pra casa, não exista mais um diário aguardando por segredos, mas amigos para fazer tudo isso com a liberdade de quem se transborda na vida. Porque o importante é fazer-se feliz! Sempre!

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turismo

A bola vai rolar na África do Sul, e motivos não faltam para arrumar as malas e se deliciar com a Copa do Mundo. Como se só isso não bastasse, há ainda o cenário com belas paisagens que esperam pelos

turistas. Por isso, não é apenas a paixão pelo fute-bol que fará com que milhares de pessoas procurem os roteiros para a África do Sul, país de várias cultu-ras onde imperam a flora e a fauna.

Rumo à Copa,Rumo à África

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Faltam pouco mais de seis meses para a Copa de 2010, mas os preparativos das empresas de turismo já começaram. O gerente comercial da Mendes Tur – Câmbio e Turismo, Alex Andrade, co-menta que as vendas já começaram e que a procura está grande. “Por se tratar de um produto muito específico, o movimento deve aumentar ainda mais depois das festas de final de ano”.

Segundo Alex, há muito para se apreciar por lá: “Praias paradisíacas, montanhas lindas com casca-tas, vinícolas de séculos, belos hotéis, bares e res-taurantes. Estas são algumas das muitas atrações”.“Acredito que vale muito a pena conhecer a África do Sul, principalmente por ser uma experiência ex-tremamente diferente no que tange o turismo. O exótico e o simples andam lado a lado num destino que ainda tem muito para ser desbravado”, comenta.

Além disso, a África do Sul é palco para várias cul-turas, que foram ganhando formas e costumes diferentes, desde povos Zulus, que resistiram à conquista dos Europeus, até aos San, nômades do deserto de Karoo. Com isso, artes, músicas e rituais ganharam formas distintas. Tudo isso contribui para que o turista imagine o que esse país tem de bom para oferecer. Não é só o safári que se encontrará por lá, apesar de ser uma grande atração. Ambientes ao ar livre, muito céu azul e o sol africano banhan-do os parques também são grandes chamarizes.

Além de poder apreciar os jogos da Copa, o turista não pode deixar de curtir a aventura, gastronomia, vinícolas, safári, lazer e sedutoras atrações turísti-cas e históricas. “Muitas praias, florestas, desertos e montanhas. Festivais de música, cinema e arte são frequentes”, destaca Alex.

Alex aconselha conhecer também as cidades de Pretória, Johannesburg, Cidade do Cabo, Durban e Port Elizabeth. “Fazer um safári e conhecer o Kruger Park são ótimas experiências”.

E por falar no Kruger, o parque é considerado uma das melhores reservas privadas do continente. Lá, é possível apreciar de perto os chamados Big Five, que correspondem aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem: leão, elefante, búfalo, rinoceronte e leopardo.

Boas experiências também com a gastronomia, que tem desde frutos do mar, carne de caça e frango até os fast food’s famosos, como Mc Donald’s. “Lá, a carne bovina é cara, portanto não pode ser en-contrada com tanta facilidade; porém, não deixa de ser uma opção. O tempero curry é o mais utilizado nos alimentos: é uma mistura de açafrão-da-índia, cardamomo, coriandro, gengibre, cominho, casca

de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela, e tem um sabor picante, assim como a pimenta”. Para quem gosta de compras, são muitas as opções, desde o artesanato local até joias de diamantes. Vale a pena conferir!

Cidade do Cabo

Há muito para se ver na Cidade do Cabo, considera-da a mais turística das cidades sul-africanas, além de ser uma das mais belas do mundo. É a mais an-tiga da África do Sul, e também será sede da copa de 2010.

Museus, praias, vinícolas e uma noite super agitada são algumas das opções que fazem dela um lugar muito procurado. Até mesmo pela localização privi-legiada, pois fica próxima à Garden Route, Penín-sula do Cabo da Boa Esperança.

“É uma das mais atraentes do país, e possui paisa-gens que impressionam, além de ser considerada a cidade mãe da África do Sul. Com certeza nossos clientes terão a oportunidade de conhecer e desfru-tar desta maravilha”, comenta Alex.

O turista pode conhecê-la com tranquilidade, e di-vidir seu tempo entre atividades ao ar livre e tam-bém culturais.

Não é à toa que tanta beleza tenha feito com que a Cidade do Cabo ficasse entre as seis mais bonitas do mundo, de acordo com o Guiness Book.

Ela foi construída em meio a montanhas cercadas pelo mar, criando um cenário paradisíaco. Para a alegria dos turistas, há passeios específicos pelas estradas, para admirar de perto as belezas.

Para quem gosta de um bom vinho, as safras são consideradas as mais conceituadas, além do licor de Amarula, que cai facilmente no gosto dos visi-tantes.

Enquanto os turistas arrumam as malas, a África do Sul se prepara para receber o maior evento futebolístico do mundo. Para isso, o país passa por um processo de modernização não só dos estádios, mas também dos aeroportos, hotéis, estradas e áreas de lazer. Para quem quiser garantir sua passagem rumo à Copa e se deleitar com os encantos da África do Sul, a Mendes Tur oferecer pacotes que variam de 9 a 33 dias, com possibilidade de assistir desde uma fase da copa até todos os jogos.

Outras informações podem ser obtidas através dos telefones (13)3208-9000 ou (13)3279-9000.

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história

Studio Box,5 anos de superação

“Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É renovar as esperanças na vida, e o mais importante: acreditar em você de novo”

(Carlos Drummond de Andrade)

Sua idade é apenas 25, mas a alma e o coração são de um senhor: sábio e ponderado. Daqueles que já passaram por muitas coisas na vida, e, por isso, acreditam no impossível. Diante de uma difi-culdade, sabe que, se não deu certo, é porque ainda não terminou.

Relembrar histórias sempre dá margem à emoção. É reviver o que um dia foi um problema, uma alegria... E é isso que acontece quando Maycow Montemor, jo-vem empresário santista, conta a história da revista Studio Box, que, no dia 5 de dezembro, completa cinco anos, mesma data em que também nasceu a M. Montemor Editora, que faz um ano.

Nunca foi o sonho de Maycow ter uma revista, mas o acaso fez com que isso se tornasse seu caminho.Antes da Studio Box, era proprietário de uma loja de CDs e DVDs, que ganhou do pai quando fez 18 anos. “Só que fali a loja, porque não era aquilo que eu queria. Então as coisas não aconteciam. Não sa-bia nada de administração. O que entrava na loja eu gastava, e isso vai acabando”.

Então uma cliente o indicou para trabalhar na re-vista Ecoturismo. Na época, eles precisavam de alguém com senso crítico bem aguçado, para tra-balhar como ombudsman.

“Mas imagine eu com 20 anos - que know-how eu teria para falar de uma empresa com 15 anos de estrada? Logo comecei a cuidar disso e também da parte financeira”.

Mesmo com pouca experiência, conseguiu bons re-sultados. Era uma tarefa de que gostava, mas nada que o fizesse querer permanecer ali para sempre.

Foi quando resolveu sair para ir morar em Portugal, em abril de 2004.

De repente, em um café...

Para burlar um pouco do frio europeu, Maycow foi tomar um café na cafeteria Sportcafé, em Viseu, Portugal, quando se deparou com algo que lhe chamou a atenção: uma revista Studio Box. Na capa, uma ruiva lambia um negro. “Nossa! Isso é radical, muito legal... Santos precisa de uma revista assim: jovem, diferente, criativa”, pensou.

Como o conhecimento era algo que já tinha, pois o adquiriu na revista Ecoturismo, não pensou duas vezes. Pegou o telefone que constava no expediente da revista e ligou, pedindo para falar com Bruno Esteves, o diretor.

Naquele momento, Bruno não estava, mas Maycow explicou: “Sou brasileiro, vi um exemplar da Studio Box aqui no Sportcafé e gostaria de conversar com o diretor da empresa. Tenho interesse em comprar uma franquia”.

Surpresa. É a palavra que resume bem a atitude do pessoal da Studio Box naquele momento. Prova disso foi que, em menos de uma hora, Maycow re-cebeu um telefonema do diretor.

Conversaram e marcaram um encontro. Maycow fa-lou de sua intenção de levar a revista para o Brasil. Para sua surpresa, Bruno lhe deu a marca Studio Box, pois viu ali uma grande oportunidade de levar o nome da publicação para fora.

“Como eu tinha o know-how da Ecoturismo, eles apostaram nisso. Então ficou combinado que nós faríamos um intercâmbio Brasil/ Portugal, Santos/Viseu”.

E aí, ela surgiu. Cruzou o oceano e veio parar em terras tupiniquins.

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Começo, triste começo...

A marca ele já tinha. Agora, era preciso arregaçar as mangas e se aventurar pela primeira vez como dono de uma revista. O acordo que havia feito com Bruno era de que o pessoal da Studio Box, em Por-tugal, daria o suporte na diagramação da revista, em Santos.

“Era é um trabalho absurdo. Nós tínhamos que captar todo o material de jornalismo e os anúncios daqui e mandar tudo para Portugal para ser diagramado. Depois, eles tinham que mandar o material de volta para o Brasil, para eu fazer as modificações, dar o OK, e só então mandar a revista para a gráfica”.

Ele lembra que todo esse trâmite demorava uns 20 dias. Apesar da dificuldade, estava gostando da experiência.

Na primeira edição, havia sete pessoas trabalhando. Na segunda, ficaram apenas Maycow, Bianca Bar-ros, Roberta Torre e Thaís Moraes. E, na terceira, só Maycow e Thaís.

“A terceira edição era bem ‘ou vai ou racha’! Já tinha gasto todo o meu dinheiro, a revista já estava en-dividada, tudo o que me restou, que era o nome, já estava sujo”.

Foi quando o desespero bateu à porta. O apoio dos pais, que, nessas horas, são os que melhor acolhem, ele não tinha. Eles achavam tudo besteira e diziam que não ia dar em nada.

Seu pai não queria que a revista existisse, mas aler-tou Maycow da seguinte maneira: “Se ela não está com anúncios para se manter com quarenta e pou-cas páginas, então que a diminua, até que tenha mais anúncios e mais dinheiro para se sustentar”.

Maycow ouviu o pai, e, naquela edição, a revista teve seu número de páginas diminuído e obteve um faturamento suficiente para ser mantida, e ainda pagar dívidas.

Mas eis que surge outro problema. O pessoal de Portugal decidiu não ajudar mais - alegaram que não estava valendo a pena, e que só continuariam diagramando sob a condição de receberem um pag-amento. “Aí foi aquele balde de água fria”.

Agora, como não tinha mais quem fizesse a diagra-mação, a tarefa ficou a cargo do próprio Maycow, que não sabia nem por onde começar.

O dia-a-dia do jovem empresário era uma loucura. Acordava e dormia dentro de sua empresa, pois tra-balhava em seu quarto.

Fazia de tudo: vendia, escrevia, diagramava, dis-tribuía, cobrava... Começava a trabalhar às 9 da manhã e não tinha hora para parar.

A revista Studio Box já estava na quarta edição, mas o reconhecimento não chegava. Quando isso acontece, a pergunta nos vem à mente: “Onde será que estamos errando?”.

Para piorar a situação, mais um problema: a saída de Thaís, o penúltimo integrante.

Quando se tem um sonho, é preciso arriscar, apos-tar. Mas chega uma hora em que a vida prega peças, e nos alerta que é preciso ganhar dinheiro para so-breviver. E com Thaís foi assim. Ela chorou e disse que tinha que desistir de seu sonho, pois precisava ganhar a vida de alguma maneira; daquele jeito não dava mais. “Há dois anos assim... É complicado!”, lamentou.

Mudar para crescer

A saída de Thaís fez Maycow mudar. Ele percebeu que o tema Cultura não era bem aceito na Cidade, e, por isso, havia tantas dificuldades para crescer e conquistar o mercado.

O que fazer? Pensou. Foi quando decidiu mudar o estilo da revista, e colocar pessoas conhecidas na capa. Então surgiu o nome de Paulo Consentino, artista plástico.

Nessa época, conheceu a jornalista Lorena Flosi. Ele lembra que Lorena gostava muito da Studio Box, e disse que queria escrever para a revista.

“Eu não tinha dinheiro para pagar uma jornalista, mas precisava fazer a entrevista de capa. Então a chamei e avisei: ‘Eu só tenho 100 reais!’. Mas mes-mo para pagar aqueles 100 reais foi uma dureza!”.“Sabia que era minha última cartada e que não po-dia mais errar. Se não desse certo, eu iria desistir, não iria mais fazer a revista”.

Depois veio a ideia de colocar Ana Salgueirosa na capa, que aceitou o convite. “Percebemos que Ana não era o que as pessoas esperavam. Ela ia muito além. A matéria ficou muito bonita”.

Maycow conta que a revista de Ana Salgueirosa foi a salvação, e que, a partir dela, a Studio Box começou a existir de verdade.

A decisão de colocar pessoas da Cidade surgiu porque Maycow acreditou que tinha que dar a iden-tidade de Santos para a revista. Cultura não tinha funcionado, então resolveu colocar o que move a cidade.

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Anúncio da Studio Box desenvolvido pela Agência Treze de Comunicação em 2008

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“Você não quer ver a Luana Piovani, você quer ver a sua vizinha, e quem é a vizinha do cara que lê a Studio Box? É a Ana Salgueirosa, a Clara Monforte, o Gustavo Gotfryd... São essas pessoas!”.

Desistir jamais!

Antes mesmo de superar todos os problemas da Studio Box, Maycow precisou enfrentar algo ainda maior, mais dolorido: uma depressão profunda que o fez tentar o suicídio.

Foi antes de tudo começar, na época que resolveu morar em Portugal. Maycow havia fechado uma loja, e isso foi o ponto para pensar: “Nem pra isso você presta! Você ganhou de mão beijada e afundou!”, diz.

Com a voz embargada e a lágrima escorrendo pelo rosto, ele desabafa: “Foi uma fase em que eu não tinha ninguém. Tentei o suicídio e todo mundo sum-iu. Ninguém entendeu que eu precisava deles, que queria atenção... Isso me fez descobrir que eu tinha Deus, meu pai, minha mãe, e mais ninguém”.

Quando preparava ainda a primeira edição da Stu-dio Box, recebeu, por e-mail, a poesia “Recomeçar”, de Carlos Drummond de Andrade. Resolveu colocá-la na revista, pois, naquele momento, o texto tra-duzia a fase pela qual Maycow estava passando. Ele conta que sentiu que era sua chance de provar que podia vencer.

E foi isso que a revista significou: o recomeço. A lição que ele tirou de tudo isso é que nascemos sozinhos e morremos sozinhos. E, se não acreditar-mos em nós mesmos, não chegamos a lugar nenhum.

“Quem nunca nos falta são os pais. São as pessoas que mais nos amam, e que entregam suas vidas por nós. É um amor incondicional... Quando eu tentei o suicídio, e passei pela depressão, eles sempre es-tiveram do meu lado, apesar de terem sido os mais magoados, os mais feridos. Não me arrependo, porque, se eu não tivesse feito isso, eu não teria enxergado o que enxergo hoje. Nunca daria o valor que dou hoje para os meus pais”.

Após a batalha, conseguiu mostrar que nada foi em vão. “Cada degrau, cada dificuldade... Não teve nada fácil. Tudo que consegui muito facilmente acabou depressa”. E é por isso que, para Maycow, a Studio Box é uma realização; foi um recomeço em sua vida.

A lição de cada um deles

Maycow é grato a cada pessoa que estampou a capa da revista, e comenta que ter cada um deles estam-pando a capa foi uma honra.

“Percebo a alegria quando as pessoas são convi-dadas para ser capa, e o brilho nos olhos quando estão fazendo as fotos. Isso tudo não tem preço. Fazer parte da história de uma pessoa é tudo o que sempre quis na vida... O meu maior medo era ser deixado de lado - por isso, participar da história das pessoas tem, para mim, um valor enorme”.

Ele acredita que a Studio Box hoje faz sucesso porque a revista fala de pessoas, antes de qualquer coisa. “Acredito que todo mundo tenha uma história para contar”.

O que também não esquece é a lição que aprendeu com cada um deles: “Com o Ângelo, aprendi que, na vida, cada escolha é uma renuncia. Com a Irene, que tudo depende da gente. A Grazi e a Carina me mostraram que família é tudo; a Iriana veio reforçar isso. E a Gabi Montoro me mostrou o que é um sen-timento de mãe”.

“A Ana Salgueirosa, assim como o Alca, me ensin-ou o que é ser multifacetado. Como me olhar no espelho e enxergar muitos Maycows. O Gustavo me mostrou que nada é impossível. A Clara disse algo que, até hoje, levo comigo: que tudo o que você deseja depende da sua determinação. E a Claudia falou uma frase do pai dela, que é: ‘Se o caminho está difícil, siga em frente, porque é o caminho certo’”.

A editora

No dia 5 de dezembro de 2008 nascia a M. Monte-mor Editora, que, mesmo há tão pouco tempo no mercado, vem conquistando espaço e reconheci-mento significativo.

Ele explica que, para que tudo isso acontecesse, um elemento fundamental nesta história foi o Li-toral Plaza Shopping. Maycow revela que conheceu Simone Ponce, e que, quando ninguém dava nada, ela apostou - e apostou alto! - no seu trabalho. “Por causa do Litoral Plaza Shopping, mais uma vez eu dei um passo na minha vida, que foi a criação da editora”.

“Desenvolvemos a revista e levamos o projeto para o Litoral. O Júlio Peralta, que é o padrinho da M. Montemor Editora, disse que gostaria que eu fizesse a revista para o Mauá Plaza Shopping também, e que nós integrássemos as duas revistas em uma única publicação, de 30 mil exemplares. Então cria-mos tudo: layout, nome... Daí surgiu a M. Monte-mor, e também muitos amigos”.

A M. Montemor é uma editora de publicações cor-porativas, com revistas de alto padrão jornalístico e de diagramação.

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Futuro

Chegar para comemorar o quinto ano de uma em-presa que não era pra existir, e na qual ninguém acreditava, é, para Maycow, a realização de um sonho. Um sonho com sabor de vitória.

“Eu acho que tudo o que aconteceu na revista não aconteceu só por causa da minha determinação, mas também por causa dos anjos que Deus colo-cou no meu caminho. Anjos que foram capas, que aceitaram dar as caras na minha revista, anjos que, algumas vezes, me ajudaram com palavras... Tenho que agradecer a todos os profissionais que estiveram envolvidos. A Larissa, que é uma amiga que se tornou uma funcionária muito dedicada. Foi a partir das mãos dela que a revista tomou a cara que ela tem hoje”.

“Nosso sucesso vem de uma coisa chamada siner-gia. Entre quem trabalha e quem presta serviço, quem acredita e quem lê as nossas publicações. A Studio Box é puro sentimento, é a minha vida com-posta da vida de outras pessoas; sem elas, eu não existo; nem eu, e nem a Studio Box”.

E para os próximos cinco anos?

“Acho que o futuro a Deus pertence; entrego nas mãos Dele, pois foi sempre Ele quem me acolheu. Hoje me sinto realizado. Consegui provar para meus pais que sou realizado por ter uma empre-sa reconhecida na cidade, e por ter a confiança de tanta gente. Só posso agradecer a todo mundo que acreditou nos meus sonhos, que acabaram se tornan-do projetos reais. Hoje acredito que tudo é possível”.

Coluna de Marcio Barbuy em A Tribuna Digital de 05/12/2005, relatando o evento de lançamento da Revista Studio Box Brasil

Nota no Jornal da Orla de 03/12/2005, falando do lançamento

da Studio Box Brasil

Postagem no blog Comunicativaweb Litoral, em dezem-bro de 2005, sobre o conceito da Revista Studio Box Brasil

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Coluna Social do Jornal da Orla de 17 de maio de 2009, mostrando como havia sido o lançamento da edição 16 da Revista Studio Box, na loja da Victor Hugo do Praiamar Shopping

Na mídia

Quando ela nasceu, alguns flashes já estavam pron-tos para registrar tudo. Sabemos que nem sempre é fácil conseguir um espaço na tão disputada mí-dia. Mas a revista Studio Box, durante esses anos, vem conseguindo o seu. Seja uma nota, uma foto, um evento, ou simples depoimento. Depoimento de pessoas que lêem, de pessoas que ilustram ou que já fizeram parte dela de alguma maneira.

Para comemorar seu lançamento, um evento foi or-ganizado no WTC, em Santos. Uma exposição de arte e um desfile de moda fizeram parte da festa.

Tal acontecimento foi registrado pelo portal Comu-nique-se, que, em notícia do dia 01 de dezembro de 2005, dizia: “A revista Studio Box chega em ter-ras brasileiras com a missão de divulgar e difundir eventos e atividades culturais de artistas conheci-dos e que ainda estão no início de sua carreira”.

O lançamento da revista também foi notícia no jor-nal da Orla dos dias 3 e 4 de dezembro de 2005.

Assim como deram espaço também os veículos: A Tribuna Digital, o site Pretinho Básico, Portal Viva Santos, Revista Sintética, Site Comunicativa Web, Revista Expressão e Jornal A Tribuna, na coluna de Luiz Alca de Sant’Anna.

Em 2006, Maycow Montemor foi homenageado na 3ª Maratona Cultural, pelo grupo de teatro Orgone, por ser o empresário mais atuante e participativo do meio cultural.

E a segunda edição também ganhou espaço na mídia com entrevistas feitas com Maycow, por di-versos canais de televisão, sendo um deles a VTV, quando o apresentador Pedro Alcântara entrevistou o empresário.

No dia 5 de junho de 2006, a revista Sintética pu-blicou uma matéria que fala sobre a edição três da Studio Box, e cita trechos de textos e do editorial.

A edição de homenagem ao dia Internacional da Mulher ganhou destaque na coluna de Durval Capp Filho, de 26 de Março de 2009. “Com muito entusiasmo. É a pauta que a Revista Studio Box traz em entrevistas exclusivas e reve-ladoras, sobre dez mulheres que fizeram diferença em 2008. Para homenagear o Dia Internacional das Mulheres, a M. Montemor Editora ofereceu aos con-vidados, parceiros e anunciantes um café da manhã especial na Casa Santa Marta Gastronomia”.

Desde 2005, matérias, notas, citações, depoimen-tos e fotos, muitas fotos registraram um pouco da história da Revista Studio Box.

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“Um veículo de comunicação que vem conquistando cada vez mais espaço, e que tem como objetivo enaltecer nomes que representam os mais variados segmentos, com diferentes personalidades. Todos, no entanto, com valores pessoais e profissionais que merecem ser destacados. À Studio Box, que vem trilhando uma trajetória bem sucedida no meio editorial, ainda mais sucesso. Que continue tratan-do leitores e entrevistados com a mesma sensibili-dade e ética que pude constatar quando fui entre-vistada, e com os tantos textos interessantes que pude acompanhar ao longo destes cinco anos. Que venham mais 5, 10, 20, 40, 80, 160 anos, e muito mais! Sucesso para toda a equipe. Parabéns!”

Clara Monforte, Advogada e colunista social

“Creio que ela atinge seus objetivos de repor-tar a cidade e divulgar o que está no foco. E sua penetração é grande. Fiquei impressionado com a repercussão que teve a minha entrevista. Que ela consiga se manter dentro do que pretende. E que cresça na medida de sua finalidade. Sucesso e qualidade!”

Luiz Alca de Sant’Anna, Jornalista e comportamentalista

“Acompanho a revista desde a 1ª edição, e fico muito orgulhosa de ver o desenvolvimento e o crescimento da Studio Box. Vejo a revista crescer em qualidade estética e em conteúdo. Quero para-benizar toda a equipe da revista, em especial ao Maycow, que trabalha com garra e visão de futuro. Quero também deixar aqui meu grande abraço de admiração. E sempre estarei pronta para cooperar e torcer por vocês”.

Ana Salgueirosa, Empresária e estilista

“A Studio Box é uma revista que veio ocupar um espaço diferenciado no mercado, com entrevistas onde o entrevistado se aproxima do público de for-ma natural, sem perder o foco profissional.

Parabéns, Maycow e equipe, pois vocês são bons no que fazem. Meu respeito e admiração. Sucesso!”

Claudia Viana, Arquiteta

“No começo, o objetivo da revista era falar de cultu-ra, mostrar os artistas, museus e tudo mais. Houve uma sinergia entre Brasil e Portugal. A parceria en-tre eu e o Maycow foi de amizade, e não comercial.

Agora, esse formato atual da Studio Box Brasil é um conceito diferente, que ressalta mais a parte social. Aqui, continuamos com o mesmo formato, e com quatro edições por ano, com uma boa repercussão. Desejo muitas felicidades para a Studio Box Brasil, que cresça cada vez mais. Quem sabe firmemos no-vamente uma nova parceria, e troquemos algumas matérias entre Santos e Viseu”. Bruno Esteves, Diretor da revista Studio Box, em Portugal

“Todas as vezes que lemos a Revista Studio Box nos renovamos, pois ela contém matérias espe-ciais e atuais, que orientam como nos posicionar sobre questões diversas, as quais são analisadas por profissionais qualificados, mostrando o melhor caminho a seguir, de uma maneira agradável, e uti-lizando uma linguagem de fácil assimilação. Sempre estarei torcendo para que vocês continuem desenvolvendo este trabalho tão maravilhoso e im-portante. Que, no dia-a-dia, independente de todos os obstáculos, esta equipe continue inovando, fa-zendo a revista com muito amor, e, acima de tudo, com a serenidade e a competência que tem apre-sentado ao longo destes 5 anos. Todo meu carinho a vocês, em especial ao Maycow, nosso querido e sempre amigo! Parabéns!!!” Leopoldo e Carina Arias

Studio Box Por quem forma opinião

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coisa de fã

Na recepção, Patrícia Ribeiro anotava e estudava alguns móveis da D’Casa, seu local de trabalho, quando observou, ao lado, um porta-revistas. Caminhou em sua direção e começou a olhar alguns exemplares que estavam no local. Mas um chamou sua atenção: a capa tinha um fundo azul, com a foto de uma modelo loira, que vestia um casaco de pele. Era a edição de número três da Revista Studio Box. Abriu e começou a folhear. O primeiro texto que parou para ler foi a crônica “Um durango na Daslu”.

“Quando eu vi, pensei: ‘Nossa, que legal!’. O jeito que a crônica estava escrita era bem divertido, e gosto de textos bem humorados. Pensei que todos deviam ler, e então comecei a mostrar para algumas pessoas”.

Iniciava assim a história de uma leitora fiel, e que até hoje guarda com carinho todos os exemplares da Studio Box.

Como colecionar nem sempre é fácil, com Patrí-cia não foi diferente. Ela brinca: “Foi meio Indiana Jones”.

Começou uma caça nas dependências da D’Casa. Passou a procurar por outras edições. “Lembro que não achava a primeira de jeito nenhum. Até que, um dia, precisaram fazer uma reforma para uma mostra de decoração, e, ao tirar as coisas do lugar, encontrei mais dois exemplares. A minha coleção estava predestinada!”.

O principal motivo que faz Patrícia gostar de ler a Studio Box é a diversidade de temas abordados: cinema, moda, decoração e, principalmente, as crônicas. “Sempre gostei de ler redação, de saber o que as pessoas pensam. Acho que, assim, nos desenvolvemos melhor. Gosto dos textos mais hu-manos, onde você consegue conhecer as pessoas através da leitura”.

Patrícia RibeiroLado a lado com a Studio Box

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Para Patrícia, é a maneira como se escreve que prende o leitor. “O texto seduz pela forma que o autor consegue passar a verdade e o que sente. É isso que faz com que o leitor também sinta. Do con-trário, fica tudo muito mecânico!”.

Paixão por leitura

O gosto pela leitura veio de dona Marilene, sua mãe. Patrícia conta que sua mãe costumava ler dois a três livros por semana, e que tinha o hábito de indicá-los para ela e suas irmãs. “Em casa, temos um armário só de livros e coleções de Agatha Christie e Sidney Sheldon”.

Infelizmente, o prazer pela literatura não é mais divido com dona Marilene, que faleceu em 2007, aos 47 anos. Patrícia explica que começou com um câncer de mama, e que foram sete anos de luta. “Ela fez uma cirurgia, e pensamos que estava curada, mas cinco anos se passaram e o câncer voltou e se espalhou por vários lugares”.

Marilene era uma pessoa que amava a vida, amava o sol e vivia sorrindo. “O sol era a energia dela. Em sua lápide, está escrita uma frase de uma música do Jota Quest: ‘Aonde tenha sol, é pra lá que eu vou’”.

Hoje, aos 32 anos, Patrícia vê a vida de outra forma; deixa as coisas pequenas de lado e aproveita o que o universo oferece de melhor.

Dia-a-dia

Patrícia passa praticamente o dia todo na D’Casa. Lá, atua na área de consultoria em vendas. No dia a dia, costuma ser quieta, gosta de focar no trabalho. “Não sou de perder tempo”, diz. Ela comenta que os momentos de diversão são bem poucos, e, quando chega o domingo, prefere ler ou assistir TV. Ela mora em Praia Grande com suas irmãs, Shirley e Mary.

Sempre que termina uma edição, fica ansiosa para saber o que será abordado na próxima. “Às vezes o Maycow avisa: ‘Olha, a revista já está pronta’. E aí eu pergunto: ‘Quem é a capa?’. Mas ele nunca fala”.

A diversidade de temas abordados faz Patrícia se perguntar como são preparadas as pautas e quem as escolhe. “As pessoas que fazem a revista são muito bem informadas. Até hoje nunca senti que fal-tasse alguma coisa”.

Ela espera que, para os próximos cinco anos, a Studio Box cresça cada vez mais. “Sinto que tem todo o potencial para isso, porque tem a coisa mais importante, que é a informação, e, principalmente, esse lado humano de contar histórias. Eu acho ótimo!”.

Ping pong

Edição Preferida: A terceira, porque foi onde tudo começou.Matéria de capa que mais gostou: Claudia Viana.Edição que menos gostou: Edição 7.Crônica preferida: Pessoas e Pessoas.Editorias preferidas: Entrevistas de capa, crônicas e os textos de humor.

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matéria de capa

Cinco históriasUma meta: vencer

Para se alcançar o sucesso, é preciso trabalhar duro. Mas também é preciso visualizar, pensar o já pensado, ter atenção aos detalhes, se preparar para situações inesperadas e já se sentir vitorioso, mesmo se ainda estiver no começo da jornada. Pois a jornada é árdua. Nela, há caminhos onde é pre-ciso desviar de barreiras enormes, subir ladeiras ín-gremes, e, algumas vezes, é preciso voar.

E quando não se desiste, a vitória pode chegar cedo, como chegou para os jovens Daniela Serra, Adriana Zucchini, Oscar Martins, Simone Farias e

Rafael Martins - empresários santistas que acredi-taram e souberam passar pelas dificuldades. Cada um traz uma lição diferente, mas todos trazem algo em comum: a ousadia e a paixão pelo trabalho.

E no caminho rumo ao sucesso profissional, al-gumas vezes a sorte pode ajudar, mas também é preciso aprender a caminhar com ela.

A Studio Box ouviu cada um deles para saber como vivem, como trabalham, o que pensam e como alcançaram a vitória.

“Na realidade, viver como um homem significa escolher um objetivo e dirigir-se para ele com toda a conduta, pois não ordenar a vida a um fim é sinal de grande estupidez”

(Aristóteles)

“O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio”

(Voltaire)

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São apenas 16 horas, mas o movimento em uma das pizzarias mais frequentadas da cidade já começou. Um funcionário pacientemente começa a organizar o espaço que, daqui a algumas horas, estará total-mente ocupado.

Após ajeitar mesas e cadeiras, ele começa a minu-ciosa tarefa de alinhar as toalhas, todas brancas e perfeitamente engomadas.

Neste momento, vê-se que Oscar está no meio de tudo. Anda depressa, diz “boa tarde”, liga o ar condicionado, solicita duas águas, e, finalmente, se acomoda. Tudo muito rápido e praticamente ao mesmo tempo. Em seu dia-a-dia, ele é sempre assim: rápido e ligeiro.

“Eu não era assim, mas, a partir do momento que você centraliza tudo em si, tem que aprender a ter agilidade, coisa que se adquire com a prática”, explica Oscar Martins, de 28 anos, que está no comando da Pizzaria Van Gogh.

Quando menino, já mostrava uma visão empreen-dedora. Certa vez, pediu ao pai que o deixasse lavar os carros da família, pois observou que o serviço estava sendo mal executado por um funcionário do prédio onde residia na época: “Ele lavava o carro com sabão em pó, e a pintura começou a ficar opaca, e os vidros, embaçados”.

Nessa época, tinha 11 anos, estudava e queria ganhar o seu dinheiro: “Pedi a meu pai, na maior cara de pau, que o dinheiro que ele pagasse a mim o dinheiro que pagava para o cara. Comecei a lavar o Chevette da minha irmã e o Monza do meu pai”.

A esperteza do garoto não parava por aí. Quando recebia pelo trabalho, ainda pedia para que seu Antonio trocasse o dinheiro, para que pudesse apli-car em dólar: “Na época, a inflação era altíssima”.

Passado um tempo, ele avançou para outras es-tripulias. Em 1994, seu pai saiu da sociedade de uma discoteca em Santos, e, em 1995, decidiu abrir o Van Gogh.

Como ainda tinha apenas 14 anos, Oscar não podia adquirir certas responsabilidades. Mas sempre se interessava pelo trabalho, e costumava perguntar como as coisas funcionavam. Como seu pai que-ria que ele somente estudasse, o proibia de fazer as coisas no restaurante. Oscar encontrou, então, uma tarefa do lado de fora: manobrar os carros do estacionamento.

Oscar MartinsOlhar para si

“A partir do momento que você tem dedicação, vai melhorando”

“Os ideais que iluminaram meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade”

(Albert Einstein)

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Para que tudo saísse perfeito, seguia as regras do manobrista, que eram: “Não mexer no banco, não cantar pneu, manobrar devagar e com cuidado”.

“Eu manobrei carros fantásticos da época, que eram a Cherokee Limited, BMW 325, os primeiros Passats Alemães, os primeiros Audis, quase todos automáti-cos... O pior de tudo era quando chegava o Fiat Uno de uma senhora baixinha que vinha toda terça-feira. Eu era bem gordo, e já era alto, mas, como a ordem era não mexer no banco, eu manobrava mexendo apenas os pés”.

Oscar fazia tudo isso escondido, o que foi descober-to cerca de alguns meses depois, quando seu pai o flagrou manobrando um dos carros de clientes. “Ele ficou sem reação”, comenta Oscar.

Hoje em dia, ele não precisa mais se esconder. Comanda a equipe do Van Gogh junto com Antonio e Ermelinda Martins. “Trabalhamos juntos, cuida-mos de vários setores da empresa”.

Ele conta que o trabalho sério e com profissiona-lismo dentro da pizzaria começou em 1999, quando completou 18 anos. No início, era difícil saber criar coisas novas e ter as ideias aprovadas. Hoje, já ganhou a confiança de todos.

“A partir do momento que você tem dedicação, vai melhorando. Me formei em Direito e pretendo fazer Gastronomia”.

Ele diz que são seus pais os responsáveis pela raiz do empreendimento. Foram eles que concretizaram um sonho que tinham. “Eu estou dando continui-dade. Talvez, se eu não tivesse aqui, eles já teriam vendido o restaurante. Eles estão aqui por minha causa, e eu estou aqui por causa deles”.

Para ele, união é a chave que faz o Van Gogh ter sucesso. Durante esses quinze anos, o restaurante evoluiu bastante.

“Eu fico atento a tudo, mas também tenho gente me apoiando, que são pessoas treinadas por mim”.

Acredita também que o sucesso é decorrente de muito trabalho e ética. “Você pode não saber nada, mas, se você se interessar e deixar de lado algumas coisas para alcançar o que quer, você consegue”.

Não coloca o dinheiro em primeiro lugar: “Se você fizer as coisas visando dinheiro, ele não vem; tem que trabalhar, aprender e ser profissional”.

Para ele, o importante é fazer o seu trabalho e olhar para o seu próprio negócio. “Se a pessoa pensa em ganhar para derrubar o outro, ela perde”.

Outra preocupação de Oscar é respeitar o profis-sional que trabalha com ele. Por isso, tem bom rela-cionamento com sua equipe. “É claro que existem algumas pessoas com quem não me relaciono tão bem, mas não é por isso que vou tratá-los diferente dos outros. Eles estão dentro da minha empresa, fazendo o seu trabalho, com dignidade”.

100% coração

Quando garoto, Oscar sonhou em ser jogador de fu-tebol. Até chegou a ser goleiro na escolinha de fute-bol da Portuguesa Santista. Também pensou em ser médico, e acabou se formando em Direito. Atuou por alguns meses, mas a escolha que prevaleceu foi continuar na administração da empresa.

Se tem uma coisa que ele valoriza é a sua famí-lia. Por trabalharem juntos, muitas vezes ocorrem alguns desentendimentos, mas procuram resolver tudo de igual para igual. “Às vezes, precisamos definir alguma coisa, e essa relação de pai e filho não pode prevalecer. Eles procuram me escutar, e eu procuro respeitá-los muito. É difícil, mas a gente tenta separar. Trabalhar em família é muito bonito, mas é necessário ter equilíbrio”.

“Amar o rótulo de proprietário é fácil, mas tem mesmo é que amar o trabalho, dar o sangue”.

“Considero-me um cara feliz; realizado, ainda não, porque ainda tenho muito que fazer. Quero casar e construir uma família. Tem a hora certa para tudo”.

Fora do trabalho, jantar fora, ir ao cinema e namorar são as atividades que mais gosta. Ele comenta que é fácil administrar a vida pessoal e profissional quan-do se está ao lado das pessoas certas. “Em relação ao lado pessoal, o mais importante é você amar e estar ao lado de uma pessoa de confiança. Procurei a mulher que me ajudasse moralmente, agregado-ra, uma pessoa abençoada por Deus”.

Ping Pong

Signo: Gêmeos.Livro: A Justiça de Aristóteles.Filme: Perfume de mulher.Música: Don’t you forget about me (Simple Minds).Família: É tudo!Sonho: Que o mundo melhore, principalmente nos aspectos sociais, morais e ambientais.Desafio: Criar meus filhos como eu fui criado.Trabalho: Uma das prioridades.Felicidade: Ter saúde e o respeito das pessoas.

“Se a pessoa pensa em ganharpara derrubar o outro, ela perde”

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Simone FariasAtenção aos detalhes

Enquanto apresenta o Empório Maria Luiza, Simone observa uma cliente procurando por algum item. Ela rapidamente a aborda e diz: “Olá, bom dia! A senhora precisa de alguma coisa?”.

“O diferencial daqui é o atendimento. Produ-to qualquer um pode vender. Você pode alu-gar um espaço, montá-lo lindamente, colocar as melhores mercadorias do mundo, mas, como você vai vender... E aqui nós fazemos a diferença nesse sentido”, explica Simone.

Quem chega ao Empório Maria Luiza, localizado na Ponta da Praia, em Santos, pode perceber um clima diferente. Afinal, não é em todo lugar que o proprie-tário fica na comissão de frente, seja dando um bom dia para o cliente, ou um belo sorriso para quem passa próximo ao estabelecimento.

Esses são hábitos comuns dos irmãos Simone e Willians Farias, jovens que administram o local. Tudo começou há cinco anos, quando, incentivados pelo pai, Francisco Farias, passaram a pesquisar so-bre o tema. “Queríamos partir para um empório, pois gosto desses lugares. Na época, meu irmão tinha 21, e eu, 24 anos”, explica Simone.

Foram mais de 200 empórios visitados, para conhecer de perto o estilo e como cada um deles funcionava. Primeiramente, a ideia dos irmãos era abrir o estabelecimento em São Paulo, mas resolve-ram valorizar a cidade e o bairro em que vivem. Tudo foi muito bem planejado e pensado, e, então, no dia 27 de maio de 2008, nascia o Empório Maria Luiza.

Simone e Willians têm gosto pelo trabalho, fruto da família e do pai, que desde sempre foi muito esfor-çado. “Meus pais moravam no interior do nordeste, e, assim como muitos, vieram para cá tentar a vida. E foram construindo degrau por degrau”.

“Queria um lugar que fosse espaçoso, com muita natureza. Até a medida de espaço, para se passar dois carrinhos pelo mesmo corredor, sem ter que ficar manobrando, foi planejada. Mercado precisa ter comodidade. Queria que a pessoa entrasse aqui e se sentisse bem”.

Então, desde o princípio, o objetivo era oferecer um atendimento de qualidade. “Quis trazer para cá o que a gente gosta de consumir em São Paulo!”.

No começo, Simone e Willians tiveram muitas difi-culdades, e chegaram a pensar se haviam se pre-cipitado. Afinal, eram ainda muito jovens. Mas seu Francisco dizia que não. “Vocês estão preparados, sim, e muitas coisas vão aprender com o tempo”.

Era todo mundo junto, fazendo tudo. Depois começaram a dividir as tarefas. Não tinham experiên-cia, mas tinham o principal: a vontade de vencer. Hoje, o Maria Luiza tem só um ano e meio de vida, mas, a cada mês, sobe um degrau rumo ao sucesso.

Simone comenta que, entre ela e o irmão, há um equilíbrio, e, assim, um completa o outro. Ela e Willians acompanham tudo de perto. Simone costu-ma chegar ao Empório por volta das 11 horas. Sobe para a área administrativa, vê tudo o que tem para fazer, confere os caixas do dia anterior, margem de preços e mercadorias novas. Por volta das 14 horas, desce, atende fornecedores, cuida da parte dos im-portados. Gosta da dinâmica e do contato com o cliente. As outras tarefas ficam com Willians.

Uma lição que aprendeu com o pai é que é preciso, antes de tudo, dar condições para o funcionário. Pa-gar em dia é primordial. “As pessoas são fundamen-tais. Acredito muito no ser humano. Meu negócio não é nada sem as pessoas que estão trabalhando junto comigo. Então preciso investir neles. Muitas vezes o funcionário chega cheio de vícios, achando que o patrão é rival, que é o cara chato... Quando eles entram aqui, percebem que não é bem assim”.

Para Simone, da mesma forma que os funcionários são a maior riqueza, são também a maior dificul-dade, porque, em uma turma que tem cerca de 50 pessoas, cada um é de um jeito, e com condições de vida diferentes.

“Meu negócio não é nada sem as pessoas que estão

trabalhando junto comigo”

“A persistência é o caminho do êxito”

(Charles Chaplin)

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Simone faz questão de cumprimentar e falar com todos eles quando chega pela manhã. Seu jeito simpático faz com que se sintam seguros. Já Willians tem o perfil mais sério, mas é o tipo de chefe com quem todos podem contar.

Pai para toda obra

De repente chega Francisco Farias, mais conhecido como seu Chico. Um homem que ensinou aos filhos que, para vencer, basta muito trabalho e olhar para si, sem se preocupar com ninguém.

“Eu sabia que daria certo. Senão não teria investido no trabalho deles. Eles estão administrando muito bem, cada vez melhor. Todo mês me mostram tan-tos por cento a mais... Só cresce! Tudo isso é fruto do trabalho deles; estou satisfeito”, responde seu Chico, com os olhos brilhando, cheios de orgulho.

“Não é porque eu sou pai não, é que eles realmente são um sucesso”.

Francisco tem uma empresa e está há 40 anos no mercado de distribuição de hortifruti. Por isso, não é só a experiência de vida que passa para os filhos, mas também a de empreendedor.

“Uma coisa que sempre falei pra eles é para nunca se incomodarem com o vizinho. Se preocupe com o seu trabalho... Se fizer bem feito, com certeza terá sucesso”.

Ele conta que, um dia, estava em um consultório médico, quando ouviu duas mulheres falarem bem do Maria Luiza. “Na hora, eu não disse nada, só fiquei ouvindo. Depois fui conversar com elas, e co-mentei que empório era dos meus filhos. Ouvir es-sas coisas não tem preço!”.

O alicerce da família Farias é dona Maria, mãe de Simone e Willians, que está sempre presente, junto de seu Francisco, dando aos filhos conforto e apoio. “Não teria força para superar tudo que já passamos aqui dentro se não fosse por eles. Quando a gente abre um negócio, são muitas as dificuldades, muita reclamação, nada funciona... Lembro que colocaram a telha errado e chovia aqui dentro, tudo dava er-rado, meu Deus do céu! Mas meu pai e minha mãe estavam sempre ali, dando força e acreditando”, emociona-se Simone.

“Eu sei que posso não ter vindo do zero, mas a luta dos meus pais está no meu sangue e no do meu

irmão. E meus pais não têm vergonha em esconder isso, muito pelo contrário, têm orgulho em admitir que vieram do nada...”

Hoje, Simone acredita que o Maria Luiza é fruto de muito trabalho e amor. Para ela, fé em Deus é fun-damental, e até o nome do estabelecimento vem dessa tradição. “Lá em casa, somos cristãos, e de-votos de Nossa Senhora Aparecida. Tinha que ter Maria no nome do empório”, explica.

“Tudo o que fizemos aqui foi pensando em aproximar as pessoas de todas as formas: no atendimento, nos materiais escolhidos, na abordagem dos clientes...”

Simone salienta que é com muito amor que acorda todos os dias, e, apesar das dificuldades que já pas-saram, vale a pena levantar e ir trabalhar. Ela gosta tanto do que faz, que, quando perguntada sobre o que gosta de fazer nas horas vagas, responde de imediato: “Trabalhar!”.

Ela brinca, mas confessa que, geralmente, passeia muito pouco, pois tem saído do empório por volta da meia noite. Mas, quando sobra um tempo, gosta de sair com amigas, bater papo, beber vinho... “Amo a natureza, e gosto de praticar pilates. Para mim, não há diversão melhor do que ficar batendo papo com pessoas bacanas, bebendo alguma coisa”.

Simone também gosta de números. Ela é formada em Economia e fez MBA em Gestão Empresarial.

Essa jovem de 28 anos demonstra muita emoção ao falar da família: “Meu pai? Quando crescer, quero ser igual a ele. Ele é meu herói! Minha mãe é meu alicerce. É a pessoa que mais amo na vida. E meu irmão é meu melhor amigo. A gente briga, às vezes feio até, mas o Willians é uma pessoa evoluída”.

“Sou muito feliz por estar aqui... O Maria Luiza só tem um ano e meio, então tem uma vida inteira pela frente. Todas as dificuldades foram importantes para nos tornarmos quem somos hoje... Não seria quem sou hoje se não tivesse passado por tudo isso”. Ping Pong

Signo: Sagitário. Livro: O Alquimista.Filme: Patch Adams, O amor é contagioso. Música: Tocando em frente, do Almir Sater.Família: Meu alicerce, minha base.Sonho: Ser mãe.Desafio: Ter fé em um mundo cheio de desesperan-ças, continuar amando e tendo fé, apesar de tudo.Trabalho: Um meio para eu alcançar aquilo que gosto de fazer, sucesso.Felicidade: Fazer o que amo.

“Todas as dificuldades foram importantes para nos

tornarmos quem somos hoje”

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Adriana ZucchiniSem medo de desafios

São quase 10 horas da manhã de uma terça-feira nublada em Santos. Nas dependências da D’Casa, Adriana está finalizando mais uma reunião. Logo alguns colaboradores começam a sair da sala, ves-tidos impecavelmente de preto. Não demora muito e ela caminha em minha direção, “uma mocinha” vestida de blusa branca, calça jeans clara e sapatos estilo boneca. A reunião que Adriana acabara de ministrar havia começado às 8 horas. E é assim, sempre cedo, que se inicia o dia dessa jovem empresária de 27 anos. Adriana Zucchini Rodrigues ajuda sua família na liderança de uma das maiores lojas de arquitetura e decoração da Baixada Santista. São oito no to-tal, com uma equipe de 100 funcionários. A respon-sabilidade de gerenciar tudo isso não lhe causa re-ceios; muito pelo contrário - ama desafios.

Quando assumiu o posto da D’Casa, em Santos, tinha apenas 22 anos. Deixou o emprego em São Paulo em um banco. Já havia se formado e estava fazendo pós-graduação em administração. Assim que seu pai fez o convite, disse a ele que ficaria na parte administrativa. Antes, Adriana já havia geren-ciado uma loja de surf, junto com sua irmã Daniela, em Santo André, onde morava com a família.

“Fiquei quatro meses em uma sala. Era uma tristeza muito grande, sem conversar com ninguém... Então fui fazer um curso de liderança, e me encontrei. Fui para a área comercial, pois estávamos precisando de um gerente. Ainda não tinha experiência para ocupar o cargo, mas fui aprendendo”.

Além do novo desafio, Adriana viu no trabalho uma saída para curar as grandes mudanças que haviam acontecido em sua vida. “Aos poucos, fui me supe-rando. O tempo faz a gente ficar mais madura, mais equilibrada, mais ponderada, nos ensina a brincar com nós mesmos!”.

Ela lembra que sua primeira negociação na D’Casa foi com um cliente da arquiteta Irene Torre. Quem costumava vir a Santos fazer as negociações era seu pai, Edvaldo, que administra a D’Casa de Bertioga. Ela recorda que a negociação era de 97 mil reais. “Fiquei aflita! Eu tinha muito medo e muita in-segurança dentro de mim”.

Mas não desanimou. Foi trabalhando, fazendo cur-sos e se superando diariamente, e, assim, sua inse-gurança foi ficando de lado.

Sempre que chega ao trabalho pela manhã, a primeira coisa que Adriana faz é ligar o computador para responder a todos os e-mails. Depois, conver-sa com sua equipe de vendas e dá um giro pela loja. Na parte da tarde, gosta de visitar as outras filiais e atender clientes. O sucesso da D’Casa está nas mãos da família Zucchini Rodrigues. Adriana deixa claro que, de for-ma nenhuma, trabalha sozinha. “Tem muita gente do meu lado que me dá apoio. Dentro desse grupo, tem meu pai, Edvaldo, minha irmã, Daniela, e minha mãe, Adenir. Nós nos dividimos: minha irmã cuida do marketing; meu pai, do financeiro; minha mãe, de compras; e eu, de vendas, e também da gestão de pessoas. Uma coisa está ligada à outra”.

Adriana respira os ares do comércio desde criança. Aos 9 anos, acompanhava dona Adenir na famosa rua 25 de Março, em São Paulo, para comprar uten-sílios para o bazar que tinham na época. Quando fala da luta de sua mãe, Adriana estampa em seus olhos o orgulho de ver que tudo valeu a pena. Ela cresceu se vendo assim: administrando, compran-do, negociando...

“Sempre trabalhamos em conjunto. Acho que dá certo até mesmo por conta disso; porque a gente tem um objetivo, que é todo mundo ir para o mes-mo lugar. Não tem essa coisa: ‘Ah, esse é do meu pai, ou isso é da minha mãe’... É de todo mundo! O que a gente constrói agora é para o meu filho, de-pois para o filho da minha irmã... Então construímos para nós e para todos que trabalham conosco”.

“Tem muita gente do meu lado que me dá apoio”

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”

(Sócrates)

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Gostar de pessoas

Foi por gostar da área de gestão de pessoas que Adriana procurou se especializar. Além de priorizar o conhecimento para que todos tenham excelência no trabalho desenvolvido, ela valoriza quem trabalha com ela. “Sem sombra de dúvidas, para administrar uma empresa, tem que conhecer principalmente de pessoas. A empresa não funciona sem elas. O mais importante da D’Casa são os colaboradores. Eles fazem a nossa diferença, pois temos profissionais de qualidade”.

Na D’Casa, os colaboradores frequentemente pas-sam por avaliações. “Eles precisam estar aptos a ouvir, entender e conhecer muito do produto. Tra-balhar com amor e com dedicação é fundamental”, acrescenta.

E ela reconhece que o esforço e o desempenho de cada um tornam-se nítidos nos resultados apresen-tados e nas avaliações. Adriana comprova que a que tira a melhor nota nas provas é a profissional que mais vende. “Porque ela sabe, entende e está sem-pre bem informada”.

Não é só o conhecimento que a faz alcançar os re-sultados. É o trabalho árduo. São quase 12 horas por dia na D’Casa, mas não se queixa. Para Adriana, o trabalho é uma fortaleza. “Meu maior medo é um dia ficar sem serviço, porque eu amo trabalhar; é com paixão que o faço”.

Sua sede de vencer faz com que cada dia seja en-carado de maneira diferente. Além disso, precisa estar bem para mostrar para as pessoas que elas também são capazes. “Às vezes, eles estão tristes ou não conseguem vender; temos que compreender, tentar ajudar”. Ela revela que foi desenvolvendo o equilíbrio com o tempo, afinal, precisa de flexibilidade para lidar com os outros. “Mas quando você aprende a equili-brar primeiro a você, tudo fica mais fácil. Nem sem-pre me senti assim. Eu tinha alguns momentos de fraqueza, mas fui me conhecendo. Amo os cursos de liderança e de autoconhecimento. Pelo menos três vezes ao ano faço algum curso de neurolinguís-tica; gosto de xamanismo, e de tudo que é para se conhecer”.

Acreditar...

Adriana é do tipo de pessoa que não desanima na primeira derrota. Diante de uma dificuldade, ela respira e segue firme. Quando fala, demonstra tran-quilidade e sabedoria. A palavra que considera forte é “acreditar”. “Você tem que acreditar! Quando me dão um desafio, eu falo: ‘Está bem, eu consigo!’”.

Quando fica triste, se tranca no quarto, chora tudo o que tiver para chorar e vira a página. “Sei quan-do chega o momento em que é preciso começar de novo; renascer sempre para o novo e morrer para o velho”.

“Sou uma pessoa que vive o hoje. Se não quero mais determinada situação, quem tem que mudar sou eu, e não os outros. Acho que toda e qualquer ferida que tem dentro de você, quanto mais fala, mais você a cura. Sou a favor de conversar. Muitas vezes converso comigo mesma até resolver o prob-lema”. E virar a página foi algo que Adriana precisou apren-der a fazer cedo. Aos vinte anos, teve uma gravidez não planejada. Precisou encarar os problemas. Foi necessário subir um degrau de cada vez. Para ela, ter o Mateus foi um despertar. “Meu filho foi um abridor de águas para mim, ele é a minha vida. Se sou o que sou hoje, é por ele... Ele me faz ver as coisas de outra forma, é um amor que não tem como explicar. Ele é muito carinhoso e maduro. O Mateus é minha vida! Eu respeito muito meu filho, ele é um companheiro. Conversamos de igual para igual”.

Além de se dedicar a Mateus, que tem 7 anos, quando está fora da empresa, Adriana gosta de ir à praia, meditar, ler, e também de ficar sozinha com seus pensamentos.

Durante a semana, faz yôga e caminha na praia. “Não acho que seja difícil administrar a vida pessoal e a profissional, mas se a escolha é você ter em-presa e estar à frente dos negócios, da forma como eu escolhi, não vejo como um problema; não acho difícil ter as duas vidas...”.

E finaliza: “Nós somos responsáveis por nossas escolhas.”

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Signo: Escorpião.Livro: Profecia Celestina, de James Redfield.Filme: Antes de Partir. Música: Til Kingdom Come, do Coldplay. Desafio: Caminho de Santiago de Compostela. Trabalho: É a minha alma.Felicidade: Ser intensa.

“Você tem que acreditar! Quando me dão um desafio, eu falo:

‘Está bem, eu consigo!’”

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Rafael MartinsCaminhar com disciplina e determinação

Uma das colaboradoras se aproxima de Rafael para tirar uma dúvida. Ele se levanta e vai ajudá-la a solucionar o problema. “É assim. Eu faço de tudo um pouco”.

Rafael Martins tem 25 anos e é o responsável por fazer as lojas da Ótica Martins funcionarem. Mas ele ressalta: “Eu ajudo meu pai!”.

Rafael cresceu influenciado pela rotina de trabalho da família. E, por isso, as tarefas e responsabili-dades que adquiriu não o assustam. Ele até gosta. Formou-se em Administração de Empresas, e, quan-do completou 21 anos, foi trabalhar na empresa de seu pai, Mário Augusto Varelas Martins.

No começo, percebeu que a faculdade lhe ofereceu muito pouco para o que precisa realizar no mercado de trabalho. “No curso, você aprende muita teoria, e, quando chega ao mercado, passa a enxergar as coisas de maneira diferente. Acredito que a gradu-ação é apenas 10% de tudo; o resto é prática”.

Rafael acredita que as escolhas de hoje foram feitas sob a influência que teve quando pequeno. “Desde cedo eu ficava na loja, vinha brincar... Eu respirava esse clima. Meu pai e minha mãe vieram de famílias de comerciantes. Foi natural”.

Depois de passar pelas etapas iniciais, ele já su-perou algumas dificuldades, e agora participa de quase todas as tarefas desenvolvidas na empresa. Para isso, costuma chegar por volta das 10 horas, horário em que as lojas do shopping abrem. “Você acaba participando de tudo, desde a escolha dos produtos, até se quebrar um computador. Aí me ligam perguntando o que fazer. Compro um novo ou mando consertar? Participo desde decisões mais im-portantes, até as do tipo: ‘Está faltando um tapete na loja de Vicente de Carvalho’”, brinca.

Muitas das decisões da empresa já são tomadas por ele, mas salienta que, quando tem alguma dúvida, recorre ao pai. “O que eu não quero fazer é errar”.

Ele comenta que a relação com seu Mário é tranqui-la, mas que, às vezes, tem momentos de estresse, como toda relação de trabalho. “Há discussões, um discorda do outro, um fala mais alto... Lógico, em qualquer relação existe isso. Mas a gente se dá muito bem”.

O jovem empresário acredita que, para o bom de-senvolvimento da empresa, é primordial entender e lidar com as pessoas. Por isso, cuida da melhor maneira possível dos funcionários, pois são eles que o representam em sua ausência. “Se eles estiverem infelizes, vão transparecer isso para o cliente. Pro-curo chamá-los pelo nome; alguns até acham isso estranho. Às vezes alguém me liga e se identifica: ‘Olha, eu sou a fulana da loja tal’. E eu respondo: ‘Sim, eu sei, te conheço...”.

“Quando se lida com pessoas, na verdade, você está lidando com sentimentos, frustrações, alegrias... É preciso saber que o funcionário pode estar bravo, porque teve um dia ruim, ou aconteceu algo, e você tem que relevar. O ser humano não é um programa de computador”.

Às vezes, pelo jeito sério de Rafael, alguns acabam ficando mais receosos. Mas ele diz que, na verdade, é só a cara de bravo, pois gosta de fazer piada, brin-car e tirar uma onda.

Além de ajudar o pai na administração da empre-sa, Rafael pratica Karatê. Começou aos 11 anos, e hoje é faixa preta e Tricampeão Pan Americano, Campeão Brasileiro e Campeão Paulista. Ele treina todos os dias à noite.

E foi graças ao esporte que acabou conhecendo Luiza, que namora há seis anos.

Nem sempre é fácil conciliar a vida de atleta e em-presário. Muitas vezes, precisa se ausentar da em-presa por dias para competir em outros países.

“Acredito que a graduação é apenas 10% de tudo; o resto é prática”

“O dia da sorte é como o dia da colheita. Temos que trabalhar bastante quando o grão está maduro”

(Goethe)

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A disciplina do esporte fez com que Rafael pautasse sua vida de maneira regrada. Foi no Karatê que aprendeu, desde cedo, a encarar bem os desafios. “No esporte, você convive com sucessos, frustra-ções, contusões... Aprendi a lidar bem com isso. Tenho que treinar muito. Não bebo - não que seja uma proibição, é que não gosto mesmo. Acho que acaba havendo algumas regras, afinal, minha vida é assim desde os 11 anos. Por que mudar agora?”.

“É difícil, porque, às vezes, fico 6 ou 7 dias fora para competir. Tem vezes que estou passeando no do-mingo e me ligam para resolver coisas da empresa”.

As diferentes atividades o agradam, pois não gosta de rotina. “É muito maçante fazer a mesma coisa todo dia. Ter essa mobilidade me motiva muito. Se me perguntarem o que vou fazer amanhã, eu não sei responder. Cada dia é um dia”.

Nem todo mundo que convive com Rafael sabe de suas atividades e com o que de fato trabalha. Ele evita comentar sobre isso com as pessoas. “Tem gente com quem tenho contato há dois anos, e que ainda nem sabe o que eu faço, ou o que sou. Até para minha namorada eu demorei um tempo para falar o que eu fazia”.

Quando está fora do tatame e da empresa, gosta de passear no shopping, ir a um bom restaurante, mas fica longe de baladas. “Nem sei há quantos anos não vou a uma balada”.

Seu ídolo, sua inspiração

De repente, seu Mário Martins atravessa a loja às pressas: “Olha lá meu pai. Está vendo? É sempre assim, correndo. Ele nem viu que estou aqui. Daqui a pouco ele vai sair correndo de novo”, brinca Rafael.

O pai é um exemplo. Foi nele que o jovem viu como trilhar os caminhos rumo à vitória. Quando iniciou o trabalho, aos 21 anos, seu jeito tranquilo foi in-terpretado por muitos como o garoto que vai para o negócio do pai apenas para se distrair. “Mas depois o pessoal foi vendo que eu vim para trabalhar mes-mo. Acho que mostrei que sou uma pessoa séria”.

E para alcançar os objetivos, foi sugando o que cada um tinha de bom para lhe oferecer. Mas quem realmente lhe serviu de exemplo foi seu pai. “Com certeza meu pai é um exemplo para mim, porque

ele foi a pessoa em quem eu mais me inspirei,a quem eu mais ouvi e tentei sugar para ter bom desenvolvimento”.

Seu Mário é o tipo de homem que não se amedron-ta com as dificuldades. Começou a trabalhar muito cedo, e seus pais sempre tiveram comércio. “Meu pai é português, chegou aqui e trabalhou bastante em várias coisas... É bem comerciante, aquele cara que vende areia no deserto. Se ele, um dia, perder tudo, vai inventar alguma coisa para con-quistar tudo novamente”.

Com muito esforço e dedicação, Rafael alcançou a posição de líder, e é com prazer que, todos os dias, se levanta rumo ao trabalho. “No fundo, você está tratando de uma coisa sua; estou trabalhando em algo que é meu e da minha família. Então é claro que trabalho com amor... O mais legal de estar no papel de liderança é não poder se desmotivar, porque, se desanimar, estará perdendo para si mesmo”.

“É uma responsabilidade, mas estou acostumado, talvez até pela questão do Karatê. Na hora que você vai entrar para lutar, você é você. Tem que se vi-rar, tem que sair dali e ganhar sozinho. Acho que liderar é a mesma coisa. Eu estou acostumado com pressão, até acho que atuo melhor assim. Prefiro ter pressão, mas quem quer ser grande tem que aceitar responsabilidades e se mostrar feliz por elas. Muitos gostariam de estar nesse lugar, querendo ter essa responsabilidade, e não podem”.

Rafael não se vê fazendo outra coisa. Seu plano é permanecer na empresa e buscar melhorar diari-amente. “Não pretendo sair. É algo de que gosto e me faz sentir bem, não tenho porque abandonar”.

Mesmo com apenas 25 anos, mostra-se maduro e sabe muito bem aonde quer chegar. Reconhece que teve sorte, mas ressalta: “Olha, eu sou filho do dono da loja, então é uma coisa que, literalmente, caiu do céu. Mas, se eu não estivesse preparado, ou não fosse uma pessoa competente no que eu faço, ao invés de somar, estaria subtraindo”.

“Quando você quer o melhor, você cuida...”

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Signo: Virgem.Livro: Livros de história em geral.Filme: O poderoso chefão.Música: Os clássicos do rock. Família: Sustentação de tudo.Sonho: Continuar feliz para o resto da vida. Desafio: Melhorar em tudo.Trabalho: 30% da minha vida.Felicidade é: Acordar com vontade de viver.

“Se eu não estivesse preparado, ou não fosse uma pessoa competente

no que eu faço, ao invés de somar, estaria subtraindo”

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Daniela SerraVisualizar aquilo que deseja

Dani chegou à Cotton Republic da Rua Lobo Viana por volta das 11 horas de uma quinta-feira. Subiu para o primeiro andar, e, assim que desceu, viu uma cliente entrando na loja. Ela começou a olhar algumas peças. Dani a observava, e logo se aproximou: “Bom dia, tudo bem? A senhora deseja alguma coisa?”.

Eram cenas como essa que a empresária Daniela Serra, de 32 anos, costumava imaginar quando criança. Ela sempre quis ser proprietária de lojas de roupa. O sonho foi se alimentando durante a ado-lescência, e, quando completou 23 anos, decidiu, junto com sua irmã, Cristiane Serra, fazer do sonho uma realidade.

Com muita coragem, as duas arregaçaram as mangas e, sem a ajuda financeira de ninguém, começaram a planejar o negócio. Foram ao banco, resolveram documentações, procuraram o espaço. De repente, nascia a primeira Cotton Republic.

“Era uma lojinha pequena no Super Centro Bo-queirão. Parcelamos e fomos pagando aos pou-cos. Nós éramos super inexperientes no comér-cio, ninguém acreditava no futuro do negócio. Foi tudo com a cara e com a coragem mesmo. Mas em nenhum momento eu pensei que não fosse dar certo”.

Quando decidiram abrir a primeira loja, os pais de Dani e Cristiane haviam acabado de se separar. E o que era motivo para desestruturá-las impulsionou-as ainda mais rumo ao trabalho.

Mesmo sabendo que o comércio em Santos sempre foi muito competitivo, não desanimaram, e coloca-ram como peça principal a valorização dos clientes.

E Dani tinha razão. Deu certo, e, hoje, após nove anos, as irmãs possuem três lojas da Cotton Republic: duas no Super Centro Boqueirão e uma na rua Lobo Viana.

“O principal do nosso negócio sempre foi o atendi-mento e o carisma com os clientes. Como já esta-mos na área há nove anos, só de batermos o olho, já sabemos o que vai vender, e o que vão gostar”.

Dani comenta que as dificuldades de ter uma em-presa são enormes, mas nunca pensou em desis-tir. Quando olha pra trás e relembra a história, e cada dificuldade, Dani se emociona; seus olhos se enchem de lágrimas.

Na divisão de tarefas, ela gosta de ficar na linha de frente, atendendo os clientes. “O que me dá mais prazer é quando você veste uma roupa na pessoa e ela adora. Não gosto de vender nada que não fique bem, não forço a venda. Acho que a sinceridade é fundamental. Porque assim o cliente confia em você, e, quando precisar, ele volta”.

Já Cris cuida da parte financeira e administrativa. Recentemente, Patrícia, a irmã mais nova, também passou a ajudar nos empreendimentos das irmãs.

Para ela, é importante participar de tudo, para dar identidade ao lugar. “Acho que isso é fundamental. Loja tem que estar sempre inovando, mudando al-guma coisa. A cada coleção, a gente sempre troca algum detalhe, cortinas, sacolas...”.

Além da atenção aos detalhes, Dani acredita que a união entre ela e Cris é o segredo para que tudo tenha dado certo. “Acho que, desde que começa-mos, somos muito unidas. A gente não briga! Só de olhar, já sei o que ela quer, e ela, o que eu quero. Acho que essa união é que fez a gente crescer e chegar aonde chegamos”.

Dani comenta que quem não conhece a história dela e de sua irmã deve pensar que são duas meninas patricinhas, cuja família montou a loja. “E não teve nada disso, muito pelo contrário”.

Sempre se mostrou muito positiva e entusiasmada com tudo o que faz. “Sou eufórica, acho que tudo vai dar certo. A minha irmã é um pouco mais pé no chão. Eu já sou mais sonhadora”.

“Em nenhum momento eu pensei que não fosse dar certo”

“É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada”

(William Shakespeare)

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Para Dani, a maior dificuldade foi quando a Cotton Republic começou a crescer. “Quando era uma loja pequena, conseguíamos fazer tudo sozinhas. Agora nós conseguimos implantar um sistema em todas as lojas, para termos um controle geral”.

Em suas três lojas, possui 12 funcionários. A maioria é composta de mulheres, e, por isso, Dani costuma ter uma relação de igual para igual, sempre tentan-do compreender o universo delas. “As mulheres são muito mais sensíveis. Um dia, uma pode não estar bem porque brigou com o namorado, e isso tudo a gente procura administrar. Por elas terem essa liberdade, não precisam inventar alguma coisa para não ter que vir trabalhar. Sempre jogam limpo”.

Nunca parar

Durante esses nove anos, as irmãs Daniela e Cristiane formaram uma base, e, assim, seguem em frente nas conquistas. “Agora, não podemos parar nunca. A gente procura decidir sempre tudo juntas, uma pergunta a opinião da outra”.

“São nove anos, mas parece que foi ontem”. Duran-te esse tempo, contaram com a força da mãe, que, para Dani, é a pessoa que sustenta. “Nossa, minha mãe... Fico até sem palavras. Ela sempre pergunta se almoçamos. E manda almoço pra gente quase todos os dias”.

Agora Dani quer fazer faculdade de Moda, pois a Cotton Republic também está confeccionando roupas. “Temos a nossa marca própria”.

Mais um sonho realizado

A história começou com uma conversa de boteco. “Ah, eu queria ter um bar!”. Até que, um dia, uma amiga de Dani ligou, avisando que tinha um ponto no centro da cidade. Ela, acompanhada do marido e de um amigo, foram ver o espaço. “Assim que entra-mos, pensamos: ‘Nossa, é isso!’. Fomos atrás de lo-cação e de contrato. E assim surgia o Bar Balacobaco.

“Engraçado, mas, quando nós entramos no lugar, também já imaginamos como tudo seria”.

Durante a semana, além da Cotton Republic, Dani cuida da parte administrativa do bar. E, aos finais de semana, vai para curtir com amigos. “Criamos uma identidade: quinta-feira é sertanejo universi-tário, que está super em alta, e foi uma inovação que nós trouxemos para Santos. Nós acreditamos nisso e deu certo”.

O retorno do público é o que a deixa mais feliz. “A gente recebe e-mails, mensagens no Orkut, e isso é muito gratificante. Não tem preço. Essa é a melhor parte, saber que está agradando. A parte mais gos-tosa é o reconhecimento”.

Persistir

Garra, determinação e amor pelo que faz são funda-mentais para essa jovem empresária. “Acredito que tudo é possível. Tudo que você faz e faz bem feito dá certo. Não penso em nada que não possa dar”.

Dani confessa que sempre foi muito tímida. Mas que evoluiu muito com o passar do tempo. “É engraçado como o dia-a-dia vai fazendo com que você cresça e perca os medos. Cada dia é um desafio, a gente nunca sabe o que vai acontecer.”

Quem pensa que não sobra tempo em meio a tan-tas atividades, engana-se. Apesar da correria, Dani procura se organizar e arrumar um tempo para se divertir, ir à academia e à praia, seu lu-gar preferido. “Tem que administrar, porque a vida não é só trabalho. Senão você pira!”, brinca.

Dani é casada há três anos, e alimenta, como muitas mulheres, o sonho de ser mãe. “Eu adoro criança. É uma coisa que quero, sim. Acho que toda mulher quer ser mãe, ter sua família...”.

Enquanto aguarda por mais realizações, Dani con-tinua a agradecer sempre a Deus, e o coloca acima de tudo. E segue sua vida, sempre com muita inten-sidade e sensibilidade. “Sou muito intensa, muito emoção. Choro até em comercial de margarina. Tudo me emociona, eu vi-bro com a história das pessoas, com as conquistas... Adoro ouvir histórias, acho muito bacana quando alguém consegue alguma coisa. Pode até ser uma história triste, mas você sempre aprende”.

“Eu me vejo como uma guerreira, uma pessoa realizada, e que ainda está conquistando coisas, que tem sonhos, e que ainda não parou...”.

Ping pong

Signo: Capricórnio.Livro: O Caçador de Pipas.Filme: Efeito Borboleta. Música: Ouço tudo. Eu não vivo sem música, é o tempo todo. É engraçado, porque música marca, marca a história. Família: É a base! A minha família é muito unida.Sonho: Não parar nunca.Desafio: O desafio é diário.Trabalho: É a minha vida.

“A parte mais gostosa é o reconhecimento”

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bem-estar

Equilibre corpo e mente através da Ayurveda

Como você se alimenta? Quais são suas condu-tas morais? Quais são seus pensamentos e suas intenções?

Todos os seus hábitos e a maneira como vive estão, neste momento, influenciando a sua saúde. Assim diz a filosofia Ayurveda, desenvolvida há cerca de 7 mil anos na Índia.

A Ayurveda é baseada, principalmente, no conheci-mento da vida (Ayur = vida / Veda = conhecimen-to). Preocupa-se com o bem-estar e o equilíbrio en-tre corpo e mente.

Para isso, várias atividades fazem parte desta filo-sofia, como dieta, exercícios, massagens corporais e até meditação.

A nutricionista e especialista em Ayurveda Ingrid Miria Frare explica que todos os aspectos do pa-ciente são levados em conta - desde a alimentação, até a forma como ele pensa.

Por isso, sempre que um paciente chega para se consultar, é necessário aplicar um questionário, que Por isso, sempre que um paciente chega para se consultar, é necessário aplicar um questionário,

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que vai identificar qual é o Dosha que predomina naquela pessoa.

Mas o que são Doshas? Segundo a Ayurveda, o uni-verso interage conforme os cinco elementos, que são: Éter, Ar, Fogo, Água e Terra. Esses elementos atuam sobre três princípios energéticos que estão presentes na natureza: Vata, que é regido por Ar e Éter; Pitta, por Fogo e Água; e Kapha, regido por Terra e Água.

É preciso ressaltar que os três Doshas estão pre-sentes em todas as pessoas, só que de diferentes maneiras. Eles nada mais são do que forças criadas pela natureza para permitir a existência da vida cor-pórea. Essas três energias devem ser mantidas em equilíbrio - quando elas se desequilibram, surgem as doenças.

“Na medicina tradicional, o paciente é visto através dos seus órgãos, como partes isoladas. Nem sem-pre são levados em consideração o modo de vida e o ambiente em que o paciente vive. Na chamada medicina tecnológica, o contato humano é muitas vezes substituído por exames laboratoriais e pro-cedimentos técnicos”, explica Ingrid.

Por considerar principalmente o meio e os hábitos do paciente, são analisadas, durante a consulta, as características físicas e fisiológicas, além das queixas da pessoa. “A ênfase do atendimento é a atenção no paciente como um todo, e não apenas aos sintomas que ele traz”.

Ingrid comenta que começou a estudar a filosofia depois que percebeu que a ciência e o modo de lidar com a saúde no ocidente não lhe davam as respos-tas para a complexidade da vida e os cuidados com a saúde.

Após ler um livro sobre Ayurveda, sentiu que era um bom caminho. Hoje, ela costuma atender em média 60 pacientes por mês, além de participar de workshops, aulas e palestras.

Segundo a nutricionista, através desta prática, é possível manter uma aproximação mais humanista com o paciente. “Essa é a razão pela qual se diz que a Ayurveda lida de um modo muito especial com as pessoas, e não apenas com a doença”.

“Os pilares da Ayurveda são: dieta correta, medita-ção, uso de ervas, técnicas de desintoxicação, ioga e rotina diária. Existem ainda outros métodos que podem ser utilizados, como a cromoterapia, as pe-dras preciosas e semi preciosas, as práticas espiri-tuais e os cuidados com o ambiente”.

Além disso, trabalha-se principalmente com a prevenção, e não apenas quando já existe uma doença. “Perceber a saúde em plenitude - esta é a ideia do rejuvenescimento: desfrutar da exuberân-cia e do nosso potencial físico, que se manifesta pelo vigor do corpo, pele, cabelos, dentes, olhos, perfeito funcionamento da digestão, com eliminação adequada.

Trabalhando os pilares da saúde, mantemos afasta-das as doenças e podemos nos dedicar ao desenvol-vimento das faculdades intelectuais e espirituais”.

A nutricionista salienta que muitos pacientes, após aplicarem os ensinamentos da Ayurveda, como respeitar os horários, escolher alimentos adequa-dos ao seu Dosha, e a prática da meditação e do recolhimento, tiveram uma melhora no bem-estar. “Cessaram as queixas e sentem-se mais felizes”.

Trabalhando com emoções

O aparecimento de algumas doenças pode estar relacionado ao tipo de Dosha que o paciente apre-senta. Para se ter uma ideia, pessoas com Dosha Pitta têm probabilidade de desenvolver gastrite, úlcera e até crises de fúria e ciúmes. Ingrid explica que esses pacientes apresentam características de eficiência e precisão, e são or-denados tanto mental quanto fisicamente. São pessoas decididas e, com frequência, inconsciente-mente, tratam de impor sua vontade ao próximo, e encantam-se em comer e competir. “Como são facilmente irritáveis, tendem a ser intolerantes com os desacordos e os desejos dos demais; são impa-cientes com o que é lento e ineficiente. São pessoas enérgicas e tão obsessivas com aquilo que fazem bem, que podem sacrificar qualquer coisa pelo êxito. Quando estão equilibradas, seu calor natural é um ânimo. Em desequilíbrio, seu calor se converte em raiva”.

No caso de Pitta, as reações emocionais de dese-quilíbrio são raiva e impetuosidade, e, por isso, as pessoas que apresentam esse Dosha tendem a se descontrolar e ter crises de nervoso. “Tenho uma cliente que, ao entender que o marido era Pitta, passou a ‘desconsiderar’ as críticas dele. Assim que ele ‘descarregava sua raiva’, as coisas voltavam ao normal, e não era necessário tomar nenhuma ati-tude. Não era uma queixa genuína, mas sim uma necessidade de descarregar a raiva por alguma coi-sa. Nesse caso, não foi necessário nenhum medica-mento, pois o ‘remédio’ utilizado foi a compreensão do funcionamento da pessoa”.

Ela ressalta que, somente estando em desequilíbrio, os Doshas causam problemas e enfermidades. Mas cada Dosha tem “preferência” por algum órgão ou parte do corpo. “Mas quando o desequilíbrio se instala, é necessário avaliar o que o causou, e apli-car procedimentos que restabeleçam o equilíbrio, assim como eliminar a causa”.

Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a filosofia Ayurveda, há atividades gratuitas no grupo de meditação para iniciantes. As aulas ocorrem toda quinta-feira, às 7 da manhã. O endereço é Rua Assis Correia, nº60.

Mais informações podem ser obtidas pelos tele-fones (13) 3013-6337 e (13) 8138-8470, ou pelo e-mail da especialista Ingrid Miria Frare, [email protected].

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Home StoreViver e dormir com qualidade

Nada como entrar em um espaço diferenciado que proporcione todo o conforto do lar. Um lugar onde é possível encontrar artigos de cama, mesa e banho com qualidade e beleza.

Viver e dormir bem é o conceito da Home Store, que chega a Santos trazendo produtos de uma das mar-cas mais respeitadas do ramo, a Altenburg.

A responsável por trazer esse novo conceito para a cidade é a empresária Raquel Margarido, que teve a ideia do empreendimento ao visitar a loja Altenburg, em Santa Catarina.

Assim que entrou no estabelecimento, Raquel achou tudo muito bonito e bem organizado. Então, pensou que seria ótimo se Santos tivesse um espaço assim, onde fosse possível encontrar produtos variados e com bons preços. Foram cerca de seis meses de planejamento para que tudo ficasse pronto. E en-tão, no dia 4 de novembro, surgia a Home Store.

Raquel conta que 90% dos itens são da Alterburg Collection, mas que também agregou à loja um mix de presentes, como aromatizadores, almofadas, chinelos, protetores de colchão, entre outros. “O car-ro chefe são os utensílios para cama. Temos várias linhas de lençóis, diversos tamanhos, desde solteiro até king size. O padrão da Altenburg é muito vasto, tem para todos os gostos e grupos de pessoas”.

Uma das preocupações da empresária foi com o valor dos utensílios. “Meu desejo é que a Home Store se firme como uma loja bonita, mas com qualidade e preço bom”.

Raquel veio da área de educação, onde administra-va com suas sócias a Casa Branca Idiomas. “É claro que a saudade da escola e das ex-sócias existe, mas foi uma mudança de segmento que me fez bem. Gosto de coisas bonitas, de casa arrumada, de uma cama bem feita, uma mesa bem posta... E acho que os produtos da Alterburg se aliaram à minha ideia e têm um ótimo custo benefício”.

A empresária conta que prioriza o bom atendimento. “Estou com uma equipe muito unida, no sentido de atender bem e apresentar todo o produto. Tudo para fidelizar os clientes e deixá-los à vontade para voltar a qualquer hora. O ambiente foi pensado para que a pessoa se sinta realmente em casa”.

Em breve, na parte superior da loja, a Home Store vai disponibilizar materiais da Altenburg que saíram de linha. “O cliente poderá encontrar produtos des-continuados, e com preços mais acessíveis”.

Para quem quiser conhecer, a Home Store fica na Rua Azevedo Sodré, nº 151, e o telefone é o (13) 3349-4440. Há também o website da loja: www.homestoresantos.com.br.

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Bikkini BaristaNovo conceito em qualidade

Boa música, ambiente com decoração minimalista, cafeteria, restaurante, bar, bookstore, tudo isso em um só lugar. A noite santista agora conta com uma nova atração, o Bikkini Barista, que chega para agregar e valorizar ainda mais o centro histórico de Santos. Prova disso é que o prédio onde está loca-lizado o empreendimento foi restaurado respeitando os parâmetros do projeto Alegra Centro.

O empresário Rasmus Wolthers, do Grupo Wolthers Entertainment, dona do Bikkini Barista, explica que os sócios Luis Campedelli e Arnaldo La Fuente re-solveram instalar o primeiro empreendimento em Santos por serem da cidade e acreditarem muito no progresso do centro histórico.

“A secular ligação da cidade com o Café e todo mo-vimento de surf que sempre existiu na região tam-bém motivaram a implantação do negócio”.

Wolthers comenta que outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, já estão nos planos do Grupo Wolthers Entertainment. Há também terceiros in-vestidores interessados em fazer parte do Projeto Cosmopolitan, que é a franquia de licenciamento do Bikkini Barista.

“O conceito da casa é ser o Primeiro Multiplex Club do mundo, ou seja, ser o que seu cliente quiser e precisar: cafeteria, restaurante, bookstore, espaço para eventos, palestras, convenções e casa noturna. A intenção é fornecer cultura; seja moda, café, arte, música e literatura, a todos os frequentadores”.

Para isso, a casa conta com três andares, sendo um coffee bar e restaurante para reuniões e almoços diários no térreo. No primeiro andar, fica o bar e a pista de dança, e, no último andar, um grande lounge e um moderno centro de convenções.

Essas opções foram pensadas para atingir diversos públicos com gostos diferentes. Os apreciadores do café, por exemplo, podem se acomodar no Bikkini Barista Coffee.

Lá, uma equipe formada pela escola de baristas es-candinavos segue o padrão de qualidade existente nas casas mais conceituadas do mundo. E ainda, há a melhor máquina de café espresso, a La Marzocco.

Para quem quer apreciar uma boa gastronomia, tem o Bikkini Barista Restaurant, sob o comando do chef Arnaldo Lafuente. O restaurante oferece o melhor da culinária contemporânea internacional.

E para ficar completo, o Bikkini Barista Clubbin é o espaço reservado para receber as pessoas que que-rem se divertir e dançar ao som dos melhores DJs.

O Clubbin possui pista de dança, dois bares, área vip com acesso exclusivo, som e iluminação para re-ceber DJs nacionais e internacionais - além de toda a estrutura e cuidado com a decoração.

O conceito de clubbin é aproximar e unir seus fre-quentadores através de ferramentas de tecnologia, inovação, conveniência e comunicação integrada.

Aberta desde 29 de outubro, o Bikkini Barista já está fazendo a cabeça dos santistas. O grupo Wolthers espera que o Bikkini vire uma referência no turismo de entretenimento no Brasil como o primeiro multi-plex club do mundo.

“O mercado santista já está maduro para absor-ver esse empreendimento, e, com as facilidades de acesso de São Paulo e a vinda de novos projetos para Santos, cada vez mais teremos público para esse tipo de investimento”, finaliza Rasmus.

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arquitetura e decoração

Cristina CamposCada projeto, um desafioSensibilidade para criar e captar o que o cliente deseja. A arquiteta Cristina Campos fica atenta a tudo: as necessidades, o modo de viver, o estilo... São detalhes que colaboram para que faça um tra-balho criterioso e honesto. “Esse sempre foi o meu objetivo. Mas acredito na intuição para compreender o que o cliente espera e o que ele sonha para a sua casa, e é isto que diferencia o bom profissional dos demais”.

Cristina resolveu seguir os caminhos da Arquitetura devido à facilidade que tem para desenhar. Ela co-menta que sempre se interessou por edificações, e teve a oportunidade de acompanhar o trabalho de seu pai, que era engenheiro civil. Por isso, não pensou duas vezes na hora de escolher o curso de Arquitetura e Urbanismo da UMC – Universidade de Mogi das Cruzes.

Hoje, aos 50 anos, segue firme na profissão, e com uma rotina de trabalho intensa. Mas ela não reclama, pois acredita que o importante na vida é fazer do trabalho um prazer, se dedicando ao que mais gosta.

E é por amar o que faz que encara todos os projetos como um desafio. “Procuro ter interesse no que eu produzo e fazer do trabalho uma realização”.

Sempre que possível, costuma fazer cursos liga-dos à sua área, e está sempre atenta a todas as novidades que surgem, principalmente relativas ao tema de decoração e design.

Seus projetos possuem características modernas: espaços claros, linhas retas, iluminação bem dimen-sionada, que valoriza qualquer ambiente.

Projeto residencial de cozinha

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Não importa o tipo de projeto, comercial ou resi-dencial, o que ela prioriza são o conforto e o bem estar. Cristina comenta que, para ela, todos os tra-balhos que faz são únicos e, por isso, se dedica com a mesma intensidade e interesse. “Observo todas as alternativas, para que o produto final agrade a mim e meus clientes”.

Para ela, o profissional de Arquitetura tem que es-tar sempre renovando e buscando se atualizar a cada dia, não só na procura de novos materiais e

tendências, mas surpreendendo com soluções no-vas e criativas.

“Como toda virginiana, eu gosto de detalhes, e pro-curo participar de todos eles, sempre mostrando a minha preocupação com as normas, medidas e or-ganização dos espaços”.

E assim, a arquiteta vai harmonizando seus am-bientes e vivendo o hoje, que, para ela, é o mais importante.

Sala de estar - SantosArquidecor 2007

Projeto residencial de um Home Theater

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comportamento

Amarà distância

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Ele invade os pensamentos nas primeiras horas do dia, não deixa que você estude para a prova de matemática, e muito menos permite que alguém do mundo real se aproxime. Quem nunca viveu um amor assim? Idealista, perfeito, sem brigas...

Tudo criado pela nossa mente. Pois o ser amado é inalcançável. É alguém que não se pode ter. Geral-mente, esse alguém nem sabe de seus sentimentos. Isso é o que conhecemos por amor platônico.

A psicóloga Tosca Amieiro explica que o amor platônico é o ideal que fazemos de alguém. É uma faceta da personalidade que a pessoa desvela, seja bom humor ou inteligência.

“O que ocorre é que o apaixonado dá uma propor-ção muito maior para aquilo, e acaba acreditando que o outro vive sempre daquela maneira”.

Revestido de fantasias, esse tipo de amor geral-mente aparece pela primeira vez na adolescên-cia. Afinal, atire a primeira pedra quem nunca se apaixonou por um professor. Aquele ser que ficava diante da sala de aula, cheio de sabedoria, bonito, perfeito...

É que tudo que está “longe” parece mais belo. É praticamente impossível enxergar os defeitos, e é exatamente isso que ocorre quando se ama platonicamente.

“O amor platônico passou a ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealiza-ção. Foge do real, e mistura-se com o mundo de sonhos”.

E, por ser perfeito, demora-se mais para esquecê-lo. Ele fica sempre ali. Às vezes, adormece um pou-co, e, de repente, volta em doses explosivas. É mais fácil esquecer um ex-namorado do que esquecer al-guém que se ama e nunca se teve, pois os defeitos de um ex-namorado foram conhecidos de perto.

A psicóloga explica que a fantasia toma uma propor-ção enorme, e é por isso que demora a passar. “No amor platônico, tudo é bom!”.

Apesar de aparecer normalmente na adolescência, o sentimento de amor platônico pode acontecer em qualquer idade e com qualquer um: jovem, adulto, homem, mulher...

“Ocorre principalmente nos indivíduos mais tími-dos, introvertidos, que sentem uma maior dificul-dade de se aproximar do objeto de amor, por inse-gurança, imaturidade ou inibição do ponto de vista emocional”.

Na maioria das vezes, o ser amado não tem conhecimento de que existe alguém apaixonado por ele, pois não há uma aproximação. E quando o acesso acontece, acabou. Aquilo que foi criado pela mente vai sendo desmistificado. “Mas é claro que também existe a possibilidade de ser até melhor”, ressalta.

Essa ilusão também ajudar a amadurecer. “Esse sentimento é positivo, pois é preciso ir ao encontro daquilo que se sonha, porque só viver no desejo é muito mais fácil. É preciso buscar, sair do mundo da fantasia e viver daquilo que o mundo é feito, ou seja, de alguém que pega, que abraça, e que diz: ‘Vamos viver um romance!’”.

O perigo de ficar no mundo das ideias é criar uma depressão. As mulheres acabam sendo as principais vítimas do amor platônico, porque mulher é mais emoção e fantasia. “Ela cresce vendo a Branca de Neve, e aí tudo termina bem, e o príncipe faz tudo para que ela não sofra. O homem, por outro lado, cresce pilotando carrinho de guerra.”

Tosca comenta que a mulher, mesmo estando casa-da, ou namorando e amando de verdade, ainda tem sonhos com aquele tipo de homem, muitas vezes inalcançável. “Costumo dizer em terapia que é pre-ciso matar esses sonhos que o homem não pode te dar, mas ressalto que é possível que ele dê outros. Por exemplo, tem mulher que gostaria que o marido a elogiasse todos os dias, mas ele não é do tipo que faz isso. Então, digo que é isso que precisa acabar, porque se ela for viver esperando coisas desse tipo, de certa forma vai ficar vivendo um sonho platôni-co; não percebe que ele pode fazer outras coisas positivas, além de um simples elogio”.

“Quando a gente sonha, sonha sozinho dentro das nossas preferências de mundo. Mas e o outro? O que ele pensa? Será que é possível ele abarcar o que eu desejo? Às vezes é cobrar demais do amor”.

“Muitas vezes, o que para um é a realização de um sonho, para outro, é uma grande bobagem. Você diz para seu namorado: ‘Queria tanto ganhar uma flor vermelha no dia do meu aniversário, e você nunca me deu!’. Aí ele vira e responde: ‘Nossa, mas que bobagem, flor morre’. É como correr atrás de um chapéu de palha no vento. Em um relacionamento, sempre haverá o sofrimento de um e a frustração do outro”. Ou seja, percebemos que, dentro de um relaciona-mento real, existe também o sentimento platônico - o desejo inalcançável de que a pessoa seja perfeita. “O anseio platônico não é algo que se vive somente em uma determinada época; ele está dentro de uma contextualização de amores”.

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É possível amar alguém que nunca tivemos?

“É possível amar, sim, porque o amor nasce através de idealizações. É a liberdade que o outro me deu, de ser quem sou. Então, começa um amor através da imaginação. Até a internet trouxe essa possibili-dade de amar à distância”.

Falar de amor abrange muitos outros assuntos. En-volve maneiras diferentes de amar e outros tipos de sentimento. Nada é concreto. Não se chega a um resultado final. É algo que enlouquece, assim como a paixão.

“A paixão é algo que faz a pessoa sair de si. Ela perde a razão, faz coisas que jamais imaginou fazer, mas, mesmo assim, todo ser humano precisa dela. A paixão é aquela pela qual você arrisca tudo, não mede esforços para viver aquilo. O amor é mais co-medido, é mais maduro. É algo do qual você já pon-dera os riscos. Mas primeiro é preciso se apaixonar, para depois amar”. O triste é que a paixão acaba. Talvez o ideal para que um amor dure seja equilibrar paixão e roman-tismo. “Mas a paixão é algo que não permanece por muito tempo, porque até quimicamente é ruim, pois é tanta adrenalina... É muita loucura o sentimento de um apaixonado”.

E o amor platônico, apesar de durar bastante, acaba no momento em que você se aproxima do outro. Não somente no sentido físico, mas quando passa a conviver e se dá conta da existência dos defeitos. “Quando você se aproxima, e fica com a pessoa, não é mais platônico. O amor platônico sempre parte do pressuposto de se apaixonar por algo que não é palpável”.

Como sair das sombras e subir para a realidade?

Tosca comenta que é fundamental se aproximar do problema. “Conforme o tempo, talvez a pessoa que ama platonicamente nem vá à busca desse amor, porque, antes mesmo de criar coragem, pode se desmistificar. Quando se aproxima das dificuldades, o assunto se esgota”.

Ela ressalta que esse sentimento é benéfico, prin-cipalmente para os adolescentes, pois faz parte do desenvolvimento e da maturidade. “Eles precisam dessa fantasia; é bom, é necessário. Mas é muito fácil viver em um mundo que não é real. Por isso, quando esse sentimento se manifesta em um adul-to, é preciso saber o que está acontecendo, por que essa pessoa só quer viver o sonho do amor no mun-do da fantasia, ao invés de concretizar? Se ela tem idade e amadurecimento para tornar o amor real e não o faz, é porque algo está errado”.

Todo ser humano precisa ir ao encontro daquilo que deseja. Por isso, é preciso soltar as amarras da in-segurança, sair do sonho e buscar a realidade. Afi-nal, nada nesse mundo pode ser tão inalcançável assim.

Onde Platão entra nessa história?

Em seu livro “O Banquete”, o filósofo Platão fala sobre o amor como um algo natural e muito mais profundo. Não apenas desejar alguém que não se pode tocar, e muitos menos sair de mãos dadas com aquele gatinho.

É por isso que muitos intelectuais acreditam que a expressão “amor platônico” esteja relacionada com a filosofia de Platão de maneira equivocada. Para Platão, o amor é algo cósmico. É como uma es-cada que possui sete degraus, e que correspondem desde o amor por alguém, até aquele que se sente por seres superiores. Por isso, é preciso evoluir de-grau por degrau para se alcançar o amor, o conheci-mento. Para Platão, permanecer no primeiro degrau é ficar estagnado e não se abrir para o que de fato a pessoa pode representar para você. É preciso ressaltar que, em nenhum momento, o filósofo nega o amor físico. E, sim, fala da necessi-dade de ampliar os sentimentos.

Platão afirma que o amor “é uma loucura, é uma dá-diva divina, fonte das principais bênçãos concedidas ao homem”.

Em uma entrevista com Renée Weber, extraída do livro “A visão espiritual da relação Homem & Mulher”, a filósofa explica a concepção do amor em Platão, e comenta que, para ele, “a alma anseia tanto pelo contato com a outra pessoa, que perde o juízo. Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado no ser amado. Isso não é necessariamente falso. Ao amar alguém, você está amando o universo e vice-versa”.

Se você se permitir subir as escadas, sairá em bus-ca da multiplicidade, e passará a ver não só a beleza física, mas a da mente também. Segundo Renée, “Platão afirma que você se apaixona pela qualidade da mente de uma pessoa, mesmo que sua forma física não seja tão graciosa”.

Pelo visto, o amor é algo tão complexo, que está longe do simples fato de correr de mãos dadas ou dizer “eu te amo” da boca pra fora. Amar, seja pla-tonicamente, seja uma simples paixão, ou um amor romântico, é algo que transcende o mundo físico. É como se fosse um caminho, no qual é preciso passar por fases para se chegar ao ápice.

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cinema

A CaixaDuas escolhas, um destino

De repente você abre a porta de sua casa e se de-para com uma caixa. Dentro dela, há um botão. Ao apertá-lo, duas coisas acontecem: primeiro, uma pessoa, que pode estar em qualquer lugar do mun-do, morre. Em seguida, você recebe um valor em dinheiro que certamente mudará sua vida: 1 milhão de dólares. Mas o tempo é curto, e você tem apenas 24 horas para fazer a escolha. E agora? Vale a pena tirar a vida de alguém, mesmo que nem conheça a pessoa, para ficar milionário?

Essa é a trama de A Caixa, filme de Richard Kelly, estrelado por Cameron Diaz. Preparem-se, pois Cameron, desta vez, não se aventura em amores bonitinhos, como em suas comédias românticas.

A Caixa é um suspense com ritmo eletrizante, que promete agradar, principalmente, os fãs de efeitos especiais.

No filme, Cameron Diaz é Norma, casada com Arthur Lewis (James Marsden). Juntos, moram em um bairro suburbano norte-americano com o filho pequeno.

Norma trabalha como professora, e seu marido é um engenheiro da NASA. Uma família comum que tem suas dificuldades para pagar contas - até pensam em mudar de casa. Para piorar a situação, Arthur é demitido do emprego.

Até que, certa noite, uma caixa misteriosa é coloca-da na porta da família. No dia seguinte, um senhor de aparência esquisita e um tanto assustadora visi-ta Norma e lhe pergunta se recebeu a caixa. Ele lhe dá as informações necessárias e vai embora. Então, começa uma caça para descobrir o mistério. Com isso, muita coisa pode sair do controle dessa famí-lia, e podem perceber que não é apenas uma for-tuna e um destino que estão por trás de tudo isso.

Richard Kelly chegou a comentar que tentou fazer um filme que agradasse a todos, e não algo que fosse apresentado apenas em salas alternativas.

O roteiro é ambientado nos anos 70, e o diretor chegou a comentar que a fotografia principal já es-tava pronta desde março de 2008, e a cópia final foi entregue à Warner em dezembro. Devido aos vários efeitos especiais, foram necessários cerca de oito meses para a pós-produção.

Gênero: Suspense Ano: 2009 Duração: 115 min. Distribuidora: Imagem Filmes Origem: EUA Direção: Richard Kelly Elenco: Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella, Michael Zegen, Gillian Jacobs, James Rebhorn, Deborah Rush, Celia Weston, Holmes Os-borne, Lisa K. Wyatt, Andrew Levitas, Jenna Lamia, Michele Durret Estreia no Brasil: 04/12/2009

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cruzeiros

Oasis of the SeasGarantia de diversão

Viajar é bom em qualquer época do ano, afinal, nada melhor do que conhecer lugares diferentes e se abrir a novas culturas. Passeios assim são garan-tia de mandar o estresse embora e voltar para casa totalmente renovado.

Muitos aproveitam as festas de fim de ano, e até mesmo os meses de janeiro e fevereiro, para via-jar com a família e amigos. E como esse período é recheado de dias quentes e muito sol, os cruzeiros acabam sendo a opção preferida.

O gerente comercial da Mendes Tur, Alex Andrade, explica que os cruzeiros são os preferidos dos cli-entes por oferecer a melhor relação custo benefício, pois, além de toda gastronomia e entretenimento a bordo, o turista tem a possibilidade de visitar vários lugares sem precisar fazer e desfazer suas malas.

Uma boa dica também é conhecer o maior navio do mundo, o Oasis of the Seas. Alex comenta que a Mendes Tur já possui pacotes para navio. “Dispo-mos de opções de datas de cruzeiros de sete noites pelo leste do Caribe”.

O luxuoso navio demorou três anos para ficar pronto, possui 225 mil toneladas e 361 metros de comprimento. Seu custo foi de 1 bilhão de euros (US$ 1,5 bilhão), e tem capacidade para 6.300 passageiros e e 2.160 tripulantes, além de contar com 16 andares.

O gerente comenta que há muitas atrações den-tro do Oasis of the Seas. “O turista poderá pegar onda no primeiro simulador de surf em um navio, experimentar a divertida tirolesa com altura de nove andares, teatro a céu aberto com espetáculos e acrobacias aquáticas”.

E para quem quer embarcar no maior navio do mundo e ter um Réveillon inesquecível, a Mendes Tur tem opções para o Caribe. No Carnaval, o navio partirá de Fort Lauderdale, na Florida, e passará por St. Thomas, St. Maarten e Bahamas. “Além disso, temos outras opções de navios que. farão cruzeiros pelo Brasil, Argentina e Uruguai”, salienta o gerente.

Para quem se programou, mas resolveu viajar de última hora, Alex dá as dicas: “O fato de termos parceria com todas as armadoras e dispormos de sistema de reserva online facilita na hora de realizarmos uma pesquisa para nossos clientes. Assim, temos mais agilidade para atendê-los”.

Segundo Alex, a Mendes Tur dispõe de opções de roteiros para cada tipo de cliente. “E é justamente em cima do que a pessoa deseja que procuramos orientá-la na hora de sua compra”.

Para quem quer aproveitar os momentos especi-ais que um cruzeiro oferece, é possível obter mais informações na Mendes Tur, através dos telefones (13) 3208-9000 e (13) 3279-9000.

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Oasis of The Seas

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vida real

Lei da AtraçãoSua mente pode fazer muito por você

retrata no livro - uma nova maneira para alcançar os objetivos.

Aquele emprego maravilhoso com um salário ótimo, a casa dos sonhos, o carro do ano, aquela viagem e até mesmo o relacionamento ideal são possíveis.

Mas dizer apenas “Eu quero, eu posso, eu consigo” soa muito fácil. O problema é persistir na ideia e não desanimar quando seu desejo demorar um pou-co para ser concretizado.

Um dos ensinamentos da Lei é não duvidar que seus sonhos podem se tornar realidade. “Seu desejo é uma ordem” é a frase que permeia entre aqueles que praticam O Segredo. Portanto, se você quer, mas duvida que seja possível, o primeiro passo para fazer com que a Lei da Atração dê certo é eliminar essa dúvida.

Há dias em que permanecer na cama é o que mais desejamos. Falta ânimo, os pássaros pararam de cantar, o céu não está mais azul, seu emprego é ruim e a pessoa que você quer não está ao seu lado.

Todos esses sentimentos e o desânimo que parece contaminar a atmosfera apenas contribuem para que as situações piorem. Se os pensamentos con-tinuam negativos, mais coisas ruins você atrairá. Mas se pensar em coisas boas, mais coisas boas chegarão até você. Pelo menos é o que rege a Lei da Atração.

Quando o livro “O Segredo”, de Rhonda Byrne, foi lançado, frases como “Pedir, acreditar e receber”, ou “Eu quero, eu posso, eu consigo”, foram se difund-indo e fazendo a cabeça de várias pessoas, que vi-ram na Lei da Atração o famoso Segredo que Byrne

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Não importa o que deseja e nem o momento em que se encontra atualmente. Rico ou pobre, feliz ou infeliz, amado ou rejeitado: se-gundo a Lei, é necessário acreditar no impossível. Basta pedir!

É preciso solicitar e ter um pouquinho de paciência. Nem sempre tudo vem de imediato; depende da maneira como você se comporta com o universo, pois a Lei trabalha conforme a intensidade de cada um.

E isso não é nenhum segredo novo. Especula-se que a Lei exista desde o princípio da existência humana. O que está por trás da Lei da Atração é que nossos desejos e pensamentos têm o poder de vi-brar, e que, por isso, ao colocar os sentimentos para fora, o universo traz aquilo que você deseja. É como se você fosse um imã.

Mas a ciência anda torcendo o nariz para o tal Segredo tão difundido depois do livro de Rhonda Byrne. O físico Ali Alouse comentou, certa vez, que não se pode comprovar cientificamente a Lei da Atração. Ele chegou a questionar se os pensamentos realmente podem influ-enciar a vida das pessoas dessa maneira.

O fato é que o livro de Byrne caiu nas graças de muitos. A autora já vendeu mais de um milhão de exemplares.

Depois de O Segredo, muitos entraram na onda. Afinal, se é cientí-fico ou não, ter um pensamento positivo não faz mal a ninguém.

Priscila Vocci, 27 anos, Secretária

“Decidi praticar a Lei da Atração logo depois que vi o documentário O Segredo. Sempre acreditei no poder da mente, mas não havia co-locado em prática como algo diário. Estava há quatro meses desem-pregada, mandava currículo todos os dias, incessantemente. Depois que assisti O Segredo, e comecei a praticá-lo, recebi várias ligações para entrevistas. Uma delas me agradou muito. Foquei toda minha vontade, todo o meu desejo de ter aquele emprego, e adivinhe! Consegui o que eu queria.

Claro que nem sempre é fácil. Às vezes as pessoas começam a prati-car o pensamento positivo, mas o fazem sem sentir, falam repeti-tivamente o que querem, mas não sentem aquilo. Para praticar O Segredo, você tem que querer muito, seja lá o que for, mas tem que vir de dentro, do coração, da alma. Quando surge um pensamen-to negativo do tipo ‘Ah, isso é muito difícil!’, eu já logo mantenho minha mente focada no que estava e penso: ‘Nada é impossível, tudo é possível quando se quer’. Começo a ler frases de grandes filósofos, empresários, homens que foram e são extremamente bem sucedidos e que praticavam ou praticam O Segredo. Ler essas frases é algo que me anima muito também, uma das coisas que não me deixa desistir, pois, se eles conseguiram, por que eu não con-seguiria? Sou capaz, todos somos. Eu não me permito desanimar por muito tempo. Aliás, esse é o grande segredo de O Segredo: não desanimar, não desistir nunca!

Sempre usarei a Lei da Atração para tudo em minha vida. Acredito que, quando queremos muito uma coisa, devemos lutar por ela, sempre. Eu sempre fui extremamente determinada, nunca desisti de nada. Agora, então, essa determinação e força multiplicaram-se infinitamente. Acredito que tudo é possível. Basta você querer, sen-tir, desejar de toda sua alma, e conseguirá”.

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As cores e as tendências do Brasil se destacaram no desfile da Sthill, uma das lojas que participaram do Praiamar Summer Show Verão 2010.

A Sthill levou para a passarela o som contagiante de uma escola de samba. Com isso, o público que apreciava as tendências da moda verão 2010 foi à loucura.

Nada melhor do que a musicalidade do samba para deixar o clima do desfile bem brasileiro. Como a Sthill era a loja que encerraria a programação do Praiamar Summer Show, a diretoria se preocupou em proporcionar ao público um desfile contagiante.

Presente no mercado há mais de 20 anos, a direto-ria da Sthill comenta que uma das primeiras lições que se aprende quando uma marca vai para um shopping é que as ações promocionais conjuntas são sempre positivas.

“Elas movimentam o ambiente, atraem novos consu-midores e trazem uma onda de entusiasmo para os

lojistas, como aconteceu no caso do Praiamar Summer Show, um evento amplo e bem organizado”.

Depois do sucesso e repercussão que teve o des-file da marca, a Sthill pretende participar de outras edições do evento.

“O importante é fortalecer cada shopping de forma institucional, para que o sucesso seja partilhado por todos os empresários que investem e acre-ditam no potencial do litoral paulista”, comenta a diretoria.

O evento, que aconteceu no estacionamento do Praiamar Shopping, contou com a presença do modelo Paulo Zulu, do ator Bruno Gagliasso e da atriz Thaila Ayala.

A suntuosidade do mega desfile, organizado por Márcio Barbuy, partiu de sua estrutura, de 1.300m², além das 14 toneladas de equipamentos e uma decoração espetacular.

Moda e sambacom a cara do Brasil

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Bruno Polengo tem apenas 26 anos e será o úni-co brasileiro a participar da exposição permanen-te sobre música, a partir da segunda quinzena de dezembro, no Tropenmuseum, em Amsterdam, na Holanda.

Polengo foi descoberto pelos curadores do Museu por acaso, quando buscavam imagens de fotógrafos de outros países pela internet. “Quando recebi um e-mail do Museu até achei que fosse vírus, spam. Depois, lendo com calma a mensagem, vi que real-mente era autêntica, e que teria uma oportunidade ímpar de divulgar meu trabalho no exterior”, conta.

A foto selecionada para a exposição é do vocalista do grupo “O Rappa”, Marcelo Falcão. Ela foi clicada em dezembro de 2008, em um show do grupo na Associação Atlética dos Portuários, em Santos. “Sou apaixonado por música, por isso me especializei em fotos de cantores, bandas e shows”, diz.

O jovem teve seus primeiros contatos com o mundo da fotografia aos 21 anos, quando trabalha-va como balconista de uma loja de revelação de fotos. Ao presenciar sua dedicação e habilidade, uma companheira de trabalho o aconselhou a tentar a sorte do outro lado do balcão. E isso o incentivou a começar a tirar suas próprias fotos.

Polengo afirma que a área de fotografia é concor-rida. “Aqui no Brasil o reconhecimento é bem com-plicado, e essa exposição vai com certeza ser muito positiva para a minha carreira”, conclui.

Quem quiser conhecer o trabalho do fotógrafo, é só acessar:

www.olhares.com/polengo/ www.flickr.com/polengo/ www.brunopolengo.com.br

Fotógrafo brasileiro é destaqueem exposição na Holanda Por Érica Amores

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coluna social

Por Renata Pierry

Fotos: Gilberto Branco - Tudo em Foto

1. Rafael Borba, Dudu Golzi, Oliver e Gustavo Fildzz

2. Lisandra e José Augusto Padeiro, com Fernando Candido Gomes

3. Renata Candido Gomes e Cecília Figueiredo

4. Mário Rogério e Flávia Esteves

5. Solange Martins Fontes

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6. Bruno Boturão

7. Renata Bala

8. Nina Santini

9. Stephanie Teixeira

10. Marcos do Valle

11. Natália Sansinetto e Marco Antonio Cunha

12. Ana Lúcia Boturão

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Inauguração Conceito Iriana

Por Renata Pierry | Fotos: Gilberto Branco - Tudo em Foto

1. Alexandre e Veridiana Ferreira

2. Carlinhos, Edu e Bernardo Virtuoso

3. Bia Mesquita, Silvia Mesquita, Eliana Rondon, Carolina Mesquita Lanza e Vanessa Pustiglione Abdalla

4. João Jean Sabino

5. Ângelo Silva

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6. Natasha Leong Lay

7. Flávia Cury

8. Melissa Cotrofe

9. Ana Lúcia Simões Cury

10. Iriana Bottene

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Pizzaria KokimbosNada melhor do que encontrar os amigos e apreciar com eles uma bela pizza. Esse é um dos programas preferidos de Simone Zanasi.

Ela costuma frequentar a Pizzaria Kokimbos da Ponta da Praia. E confessa: “Das três casas, acho essa a mais original. Adoro a pizza Lúcia e as casquinhas de alho poró como entrada”.

A escolha de Simone não poderia ser melhor. A Ko-kimbos é considerada uma das melhores pizzarias de Santos e, recentemente, ficou em 10º lugar na clas-sificação final da III Copa Brasileira de Pizzarias. Com essa classificação, foi a melhor colocada entre as piz-zarias que representaram o litoral Paulista.

A primeira unidade da pizzaria foi inaugurada em 1989, e hoje já são três ao total. Não só as pizzas são tradição, mas também a picanha que a casa prepara.

Quem quiser conhecer a Kokimbos tem três opções de endereço: Boqueirão: Rua da Paz, 61 - Santos/SP - Telefone: (13) 3284-7020 / Pompéia: Rua Euclides da Cunha, 284 - Santos/SP - Telefone: (13) 3252-5562 / Ponta da Praia: Av. dos Bancários, 64 - Santos/SP - Telefone: (13) 3227-9969.

Okumura - Temakeria & Fresh FishPara os amantes da comida japonesa, uma boa dica é a Okumura Temakeria, outro local que Simone adora frequentar. “Gosto pela praticidade. É bem pertinho de casa, e um lugar extremamente agradável. Adoro o ceviche de lá, e o temaki é delicioso”.

Sushi, sashimi, temaki, caipirinha de saquê e os famo-sos “pauzinhos”, tudo para você apreciar a gastrono-mia japonesa. Os pratos são sempre bem apresenta-dos, sob o comando do sushiman Marcio Okumura, que tem mais de 15 anos de experiência.

Inaugurada em 2008, a Okumura Temakeria vem agra-dando ao santista, que vive lotando o estabelecimen-to.

“Em ambos os lugares, sempre encontro alguns conhe-cidos, e os donos sempre me recebem super bem. Vou sempre pra relaxar, tomar uma cervejinha bem gelada e desfrutar de bons momentos em família”, finaliza Simone.

A Okumura Temakeria & Fresh Fish fica na Rua da Paz, 17, em Santos. O telefone é o (13) 3877-9194.

eu vou com Simone Zanasi

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gastronomia

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e sobre como as coisas estavam difíceis para ela. Ela não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater, sem nenhum resul-tado. Quando parecia que um problema estava re-solvido, outro aparecia.

Seu pai, um “chef” de cozinha, levou-a a seu local de trabalho. Ali encheu três panelas com água, e colocou cada uma delas em fogo alto. Em uma, ele colocou cenouras; em outra, colocou ovos; na úl-tima, colocou pó de café. Deixou que tudo fervesse sem dizer uma só palavra. Olhava e sorria para sua filha enquanto esperava. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Cerca de 20 minutos depois, ele apagou as bocas do fogão. Retirou os ovos e colocou-os em um re-cipiente. Pegou as cenouras e as colocou em um prato e, finalmente, pegou o café com uma concha e os colocou em uma tigelinha. Virando-se para sua filha, perguntou:

- “Querida, o que vê?”- “Ovos, cenouras e café” foi sua resposta.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para ex-perimentar as cenouras.

Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam ma-cias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e quebrasse. Ela obedeceu e, depois de retirar a cas-ca, verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu para que tomasse um gole de café.

Ela sorria ao provar o aroma delicioso. Surpreen-dida e intrigada, a filha perguntou:

- “O que isto significa, pai?”

Ele falou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade. Só que haviam reagido de ma-neiras diferentes.

A cenoura entrara na água forte, firme e inflexível. Mas, depois de ter sido submetida à água fervendo, amoleceu e se tornara frágil.

Os ovos haviam entrado na água frágeis. Sua casca fina havia protegido seu líquido interior. Depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornou mais endurecido.

O pó do café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervendo, ele havia mu-dado a água.

Qual dos três elementos é você? Quando a adversi-dade bate à sua porta, como você responde?

Ele perguntou à sua filha:

- “Você é do tipo cenoura, ovo ou pó de café?”

Você é como a cenoura, que parece forte, mas mur-cha com a dor e a adversidade, se torna frágil e perde sua força? Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, com o espírito fluído, mas depois de alguma morte, uma doença, uma separação de alguém querido, você se torna mais difícil, duro e inflexível? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis?

Ou será que você é o pó de café?

O café muda a água fervente, o elemento que lhe causa a dor. Quando a água chega ao ponto máximo de fervura, ele consegue o máximo de seu sabor e aroma.

Que Deus o faça como o pó de café: quando as coi-sas ficarem ruins, que você possa reagir de forma positiva, se tornando melhor, sem se deixar vencer pelas circunstâncias, e fazendo com que as coisas em torno de você também se tornem melhores!

Que, diante da adversidade da vida, exista sempre uma luz que ilumine seu caminho e o de todas as pessoas que o rodeiam, para que possas sempre es-pelhar e irradiar, com tua força, otimismo e alegria, o doce aroma do café.

Feliz Natal!

(Autor desconhecido)

É tempo de NatalPeru iluminado www.feijaoecaviar.com.br

Por Beth Teani

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Peru Iluminado

Ingredientes:

- 1 peru limpo inteiro (4 kg);- 2 cebolas grandes cortadas em pedaços;- 5 dentes de alho picados;- 1/2 colher (sopa) de molho de pimenta;- 1 colher (sopa) de mostarda;- 1 garrafa de vinho branco seco;- 1/2 litro de suco de laranja;- 1 xícara de manteiga derretida;- sal e pimenta moída na hora.

Molho:

- 1 colher (sopa) de manteiga;- 1 colher (sopa) de farinha de trigo;- Fundo do assado do peru.

Decoração:

- 12 maçãs médias vermelhas;- 20 castanhas-do-pará inteiras.

Modo de Fazer:

Coloque todos os ingredientes no liquidificador, exceto a manteiga, o vinho, o suco de laranja e a pimenta. Despeje sobre o peru.

Acrescente a pimenta, o vinho e o suco de laranja, deixe marinar na véspera. No dia seguinte, coloque sobre o peru a manteiga derretida e leve ao forno por três horas (180º). Quando estiver pronto, re-serve o peru e o fundo do assado.

Modo de preparo do molho:

Leve ao fogo, mexendo sempre até engrossar. Coe e despeje sobre o peru.

Modo de preparo da decoração:

Lave as maçãs. Retire as sementes e faça uma cavi-dade com uma colher, retirando a polpa. Regue as maçãs e a polpa com suco de limão e reserve.

Leve a polpa das maçãs ao fogo baixo, cozinhe e bata com mixer ou passe pela peneira. Volte ao fogo para reduzir. Polvilhe canela a gosto. Espere esfriar.

Recheie as maçãs.

Afine a ponta das castanhas com uma faca. Coloque uma castanha sobre cada maçã, com a ponta fina para cima.

Acenda cada castanha como se fosse uma vela na hora de servir.

Por Chef Benê de Oliveira

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humor

Todo mito termina com uma situação embaraçosa.Natural que seja assim, afinal, não é fácil se des-vencilhar de um. Até hoje me lembro quando desco-bri a verdade sobre o Coelhinho da Páscoa. Trágico. Continuo comendo chocolate, mas todo aquele lance que envolvia redigir a cartinha para o coelhinho, a ansiedade do dia anterior, acordar cedo para pro-curar os ovos, competir com a minha irmã para ver quem achava os maiores... Perdeu o sentido. Princi-palmente quando, anos mais tarde, eu mesmo dis-putava no tapa os últimos ovos nos supermercados lotados.

Papai Noel foi igual. Lembro que sempre passá-vamos o Natal no Rio, na casa dos meus avós. Preparava as meias, cartinhas, visitava todos os shoppings, para garantir que o barbudo não iria me esquecer, e ficava a noite toda tentando adivinhar a hora em que ele apareceria. Um belo Natal minha irmã me acordou para espiar a porta com ela. Fla-gramos meu avô de pijamas e meias colocando os presentes em volta da árvore, armando todo o es-quema. Daí em diante, o Natal se transformou em amigo secreto. Aaargh!

Não tem jeito, mito sempre termina assim.

No entanto, pior do que mitos que te contam são os mitos que você cria. Aqueles que, por coincidências ou sequências repetitivas de eventos, te causam a sensação de que alguma coisa é verdade. Afirmo que são piores, porque ninguém te conta que eles não existem, até que um dia você se dá conta do ingênuo que foi, ou vive cheio de manias por toda sua miserável existência.

Em minhas épocas púberes, a escolha da cueca tinha um caráter completamente esotérico. Eu acreditava que o êxito da minha noitada como macho tinha uma correlação direta com a cueca es-colhida. Cueca pra mim tem que ser samba canção, do tipo que tenha uma abertura na frente, para que eu possa urinar sem ter que fazer malabarismos.

A estampa pode variar de toalha de mesa até de-senhos indianos. Aliás, eu tinha uma cueca muito parecida com aquele plástico quadriculado que en-capava meus livros quando guri.

Após algum tempo de observação, você se dá conta que algumas cuecas lhe proporcionaram maior êxito,as chamadas “cuecas-pega-mulher”, e outras, nem tanto. Estas últimas serão utilizadas para aulas de piano, ou para exame de sangue, ou seja, são neu-tras, são apenas e tão somente cuecas.

Dentre as “cuecas-pega-mulher”, você ainda tem as titulares e as de treino. A titular é aquela que você usa para ganhar uma pretê no terceiro encontro, por exemplo. Já as de treino são úteis quando o evento é uma incógnita ou uma preparação para o embate. É bom lembrar que, dependendo dos resultados ob-tidos, uma cueca treino pode vir a tornar-se uma titular, basta apenas que ela supere as expectativas do evento.

Muito bem, então você já sabe: está querendo se divertir? Coloque aquela cueca certa, e a noite está garantida. O problema é que, dependendo da ve-locidade da sua ajudante doméstica, você pode ficar sem sua “cueca-pega-mulher” na noitada de sába-do. Você já sai de casa cabisbaixo, desanimado e derrotado, e a noite ainda nem começou. Pode até ser que você logre sucesso sem ela, mas é como ser autodidata em cítara ou ser capaz de chupar o próprio cotovelo; é complexo.

Entretanto, acredito que esse mito também seja falso, como Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa. Se a fé move montanhas, imagine do que o seu tesão é capaz. Prefiro poupar-me das explanações de como cheguei a esta conclusão, porém acredito que esse mito sirva apenas para te proporcionar maior con-fiança no território “inimigo”. Contudo, se você tem logrado bons resultados, conserve seu mito, afinal, mitos que geram retornos devem permanecer vivos. Pergunte à gravadora Sun Records se Elvis morreu.

Mitos Por Murillo Valverde

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