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StudioBox Ed.33 Jovens Destaques 2013

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Edição especial com os Jovens Destaques

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Vivemos em uma época de inversão de valores e de consumo desenfreado, mas será que não está claro o quanto isso está fazendo mal ao mundo e,

principalmente, o quanto toda esta loucura está fazendo mal a cada novo cidadão que nasce e cresce em meio às ofertas de tantos produtos, um mais inútil do que o outro? Onde ficaram aqueles pedidos que eram guardados para o Natal, aniversário e Dia das Crianças?

Tenho pouca idade, mas lembro de um tempo onde estas datas eram aguardadas com furor, pois se sabia que após um período de bom comportamento, boas notas e boa educação com o próximo, o prêmio viria. Muitas vezes, podia não ser aquilo que esperávamos, mas algum prêmio viria e seria o suficiente para acalentar nosso próximo sonho, desejo ou meta.

Será que sou só eu que tive vontades e fui obrigado a ouvir “não” algumas vezes? Será que fui só eu que tive que conviver com a dura realidade de que o mundo não é meu e que eu não sou o centro dele?

Já é certo que os valores foram invertidos, mas será que ninguém percebe que está tudo errado?

Nessa edição, fomos no âmago deste e de muitos outros problemas do tão aguardado século XXI. Conversamos com filósofos, médicos, terapeutas, educadores e com pessoas comuns, do dia a dia, para tentar descobrir de onde vem esta falta. Mas, espere... Falta de quê? Alguém sabe?

Para mim falta um pouco de “não pode”, de “não vai”. Limites, vocês se lembram disto? Não aqueles da conta corrente cinco estrelas, nem do cartão black, mas dos limites morais.

Outro dia estava na praia e um menino de uns quatro anos, sem querer, lançou um frisbee que acabou caindo ao lado do pé de uma amiga, enquanto conversávamos.

Em segundos, surge uma senhora trazendo a criança pela mão, dizendo ao menino: “vai, meu querido, peça desculpas à moça e ao rapaz pelo incômodo e pergunte se não machucou!”.

É isto que falta, um pouco menos de teoria e um pouco mais de prática. Chega de livros que ensinam como fazer ou deixar de fazer. Seres humanos são únicos e merecem atenção, regras e respeito.

Não se deixem iludir. É impossível desenvolver uma fórmula que consiga padronizar a educação. Lá na frente, isso tudo terá um reflexo e, provavelmente, toda essa falta de broncas, brigas e chamadas de atenção vão fazer tanta falta, que seu filho vai sentir mais saudade da babá do que de você. Então, meus queridos, fiquem atentos. Filhos não são desejos de consumo para um passeio no clube.

Nossa capa homenageia jovens destaques e, pelo que conheço de cada um, todos tiveram papais e mamães muito presentes, devem ter ouvido muitos sermões e proibições e nem por isso se tornaram revoltados ou psicóticos. Ao contrário, hoje sabem viver em sociedade e trilhar seus caminhos.

Parabéns a estes jovens que entenderam que a vida não é tão fácil quanto achamos, nem tão difícil quanto nossos mestres dizem ser. Viva a geração que saiu do 8 e do 80, descobrindo no 40 o caminho para a felicidade, o meio termo que soluciona muitas aflições.

Boa leitura.

Maycow MontemorDiretor

“ Eles dizem que é impossível encontrar o amorSem perder a razãoMas pra quem tem pensamento forteO impossível é só questão de opinião

E disso os loucos sabemSó os loucos sabem

Toda positividade eu desejo a vocêPois precisamos disso nos dias de lutaO medo segue os nossos sonhos

Alexandre Magno Abrão (Chorão)“

Carta ao leitor //

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Maycow Montemor Diretor

José Carlos dos Santos Tesoureiro

Léya Santana Logística

Silvia Souza Veiga Executiva de Contas

JornalistasDaphine Machado

Érika FreireMariana Rio

Paula Paparelli

Revisão Juliana Justino

DiagramaçãoJuliana Reis

Fotografia Rafael Vaz (Capa)

Bill Rodrigues (Social)

Capa André Calafiori

Editorial de Moda Tyaro Propaganda

Fernando Braga (fotografia)Marcus Aquino (direção de arte)Matheus Fernandes (redação)

Renata Piróla (produção e cenografia)Jonathan Coutinho (cabelo)

Alessandra Napolitana (maquiagem)Jéssica Neuhaus (modelo)

Agradecimentos especiais Kartell Santos (cadeiras da cenografia)

I/Dea (layout de capa)Tyaro Propaganda (editorial de moda)ELEVECE (desenvolvimento de artes)

Distribuição Dimare

Tiragem 15 mil exemplares

Impressão COAN

M. Editora de Publicações CorporativasM. Montemor dos Santos Editora - ME

CNPJ 09.400.313/0001-01 IE 633.675.615-111 Av. Ana Costa, 482, cj.509 - Gonzaga - Santos-SP

[email protected]

(13) 3028-1530

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Renata BalaBlogueira de moda e fashion lover

Alexandre PratesMaster coach, especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional

Beth TeaniGastrônoma e apresentadora de TV

Clara MonforteAdvogada, colunista social e escritora

Claudia OliveiraSommelière

Diego MartinsCEO do Whatever, gestor de redes sociais na empresa I/SOCIAL e palestrante Facebook para negócios

Eduardo VirtuosoRadialista e fotógrafo

Fernanda VenturaConsultora de etiqueta e comportamento

Dr. Guilherme ColomboMédico oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos

Juliana GóesJornalista e blogueira

Dra. Karina AbbudNutricionista, especializada em nutrição funcional e esportiva

Márcia AtikPsicóloga especializada em terapia sexual e familiar

Mariana CamargoConsultora de estilo masculino

Paulo ConsentinoArtista plástico

Renata PierryJornalista e organizadora de eventos

Renata MoreiraEmpresária e cronista

Dra. Renata CavassaDentista

Rita MartinsProfissional de marketing, professora universitária e empresária

Dra. Roseli AndradeMédica dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia

Taylor MatosGraduado em Ciências Jurídicas, consultor-executivo do município de Golden Beach, na Flórida

Backstage // Colaboradores

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“A edição Platinum da StudioBox abordou temas que inspiram, informam e podem transformar quem

tem a mente livre.”

Samanta Louzada

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simplesmente mandar aquela bronca, estamos aqui para lhe

ouvir. Basta enviar um e-mail para [email protected]

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Opinião do leitor

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Buffet & Salão

A arte de um bom churrasco.

Santos

. De frente para o mar

. Rodízio de carnes e cortes nobres

. Adega nacional e

internacional climatizada

. Buffet de saladas, frios

e pratos quentes

. Bar, drinks, chopp e happy hour

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com manobrista

Av. Bartolomeu de Gusmão, 187 - Ponta da Praia - Santos Tel.: (13) 3261.1641 - [email protected]

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Realize seu evento no salão da Tertúlia ou leve toda qualidade que você já conhece para onde quiser, de maneira completa, personalizada e privativa.

Fotos: Paulo H. Farias

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Índice //

20. Sabedoria popularMaturidade descrita em poesia popu-lar e ilustrada com arte

22. Vida realO século da sobrecarga. A jornalista Érika Freire foi buscar dicas para vi-ver com mais qualidade de vida numa fase de tantas exigências

28. Olhos nos olhosClara Monforte e o modismo do santo guerreiro São Jorge

30. Sem neurasDe forma bem humorada, Renata Moreira filosofa sobre a vida

32. DivãA psicóloga Márcia Atik fala um pou-co mais sobre diversidade sexual

34. Gente que fazConheça a história do Dr. Renato Oli-veira, um médico que viajou o mundo para tratar de pessoas que necessitam de cuidados especiais

36. AtualidadePaula Papareli mostra aos leitores uma realidade muito discutida e pouco so-lucionada: educação.

42. DermatologiaA dermatologista Dra. Roseli Andra-de fala sobre os benefícios e atenções com a pele em períodos ensolarados

44. OdontologiaDra. Renata Cavassa traz em sua colu-na informações importantes sobre os implantes dentários.

46. OftamologiaDr. Guilherme Colombo Barbosa atenta para os cuidados com a visão das crianças

48. NutriçãoA dieta detox e suas variações explica-das pela Dra. Karina Abbud

50. Eu conseguiConheça Thais Moraes, uma ex-gor-dinha que, com muita determinação, se tornou uma belíssima mulher

55. Jovens destaquesConheça quem são e o que fazem os dez jovens escolhidos pelo nosso edi-tor para representar a nova geração

70. Moda femininaSaiba como usar os maxi acessórios com dicas incríveis da blogueira Re-nata Bala

72. Moda masculinaEntenda melhor o uso dos diversos ti-pos de calças com Mariana Camargo

74. BelezaJuliana Góes, explica como montar o nécessaire perfeito para todos os dias

76. EditorialInspirado em O mágico de Oz, Fer-nando Braga e sua equipe produziram um belíssimo editorial de moda para a loja de sapatos D.OZ.

84. MarketingRita Martins explica de maneira des-complicada o real sentido do setor de marketing nas empresas

86. CarreiraComo construir uma carreira brilhan-te é o tema abordado pelo master coa-ch Alexandre Prates

88. HashtagA revolução digital e o uso das mídias sociais para empresas é o tema princi-pal da coluna de Diego Martins

90. PolíticaTaylor Matos aborda um assunto ain-da velado por muitos: a presença da mulher na política brasileira

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92. TurismoUm olhar brasileiro no destino mais cobiçado atualmente: a Turquia.

100. AdegaClaudia Oliveira explica mais sobre o mundo dos vinhos e nesta edição os brancos foram o tema principal

102. GastronomiaMistura, a maior feira de gastronomia da América Latina foi visitada por Beth Teani.

106. EtiquetaFernanda Ventura traz dicas valiosas de etiqueta empresarial

108. Dica de viagemEduardo Virtuoso traz dicas descola-das para quem quer conhecer Milão

110. Coluna socialConfira a cobertura da festa que cele-brou a chegada dos 50 anos de Carlos Virtuoso e a troca de coleção da loja Planeta Água.

114. Fim de papoPara encerrar a edição, convidamos o polêmico artista plástico Paulo Con-sentino para expor sua opinião

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“Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata.Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói.

Há certas coisas que não podem ser ajudadas. Tem que acontecer de dentro para fora.”

Rubem Alves

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soReflexão // Sabedoria popular

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Como viver melhor em meio a tantas exigências

O século da

sobrecargapor Érika Freire

Com as diversas obrigações de uma vida tão exacerbada, onde o tempo parece diminuir a cada

dia, você já se perguntou o que busca? Entramos recentemente no 13º ano do século XXI, período novo, mas que já trouxe mudanças expressivas em todos os setores. Umas das curiosidades deste século são os frequentes males atribuídos ao período. São tantos que, de fato, qual seria o mal do século XXI? A depressão? Ou também pode ser a falta de amor, a fome, a indiferença, o preconceito...

Para conquistarmos bem-estar,

precisamos estar em paz conosco e nas

nossas relações

““Ivete Costa

terapeuta especialista em psicossíntese

Vida real //

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O momento histórico certamente está exigin-do muito de nós. E um dos caminhos para compreender o que acontece ao nosso redor é, primeiramente, buscar o equilíbrio e o bem--estar.

Para a terapeuta Ivete Costa, especializada em psicossíntese, terapia cognitivo-compor-tamental e life coaching, determinados tipos de comportamentos tem tornado a vida ainda mais complicada.

Ela explica que “é a busca incessante pelo consumismo. Esta fome consumista nos leva a passar por cima de valores, pessoas, e até de nós mesmos. Estamos vivendo robotizados, nos afastando do simples, da natureza, vendo uns aos outros como ameaça. Isolando-nos e criando fortalezas externas e internas”.

Ela ressalta que, é claro, não é errado querer-mos coisas boas e buscar o melhor. Porém, não precisamos abrir mão dos relacionamentos, do contato, dos nossos valores e do bem comum. E, afinal, dá para viver melhor em um período que aparentemente só traz dificuldades?

Saber o que se busca, notar onde se está errando e procurar evoluir são princípios que devem orientar nosso caminho, independen-temente do tempo em que se vive. Afinal, o século XXI está nos trazendo também desco-bertas importantes, novos estilos de pensar o mundo e tecnologias que, indubitavelmente, facilitam o dia a dia.

Para Ivete, a qualidade de vida é uma combi-nação de responsabilidade pessoal com o bem comum. “Para conquistarmos um bem-estar, precisamos estar em paz conosco e nas nossas relações”.

Outro fator característico dos dias atuais é a falta de tempo. Quantas vezes não adiamos um compromisso, mudamos um plano, deixa-mos de lado aquela ida ao cinema? O tempo está nos encurralando e causando certo deses-pero e estresse. Será possível reverter isso?

“Creio que o tempo está ligado à importância que damos para cada coisa. Talvez a frase “eu não tenho tempo” possa ser substituída por “eu não tenho interesse”. Não dá para fazer tudo, precisamos fazer escolhas”, alerta a terapeuta.

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Após ter realizado trabalho voluntário por dois anos com pessoas carentes, a assistente social Adriana Bispo pôde observar o brilho que as pessoas vão readquirindo ao longo do processo. “Este foi o meu salário afetivo, o que me mobilizou a seguir um novo caminho profissional”, conta. Ela explica que o fio condutor do tra-balho realizado nestas comunidades é o resgate da autoestima através de en-contros vivenciais. Foi por meio desta vivência que Adriana decidiu montar seu próprio método de trabalho e abriu a microempresa “Elã Vital - De-senvolvimento Pessoal e Profissional”. A proposta, segundo ela, é trabalhar junto às pessoas e grupos interessa-dos, com o tripé autoconhecimento, autoestima e autocuidado. “É uma busca pessoal e constante. Cada um faz as escolhas de acordo com as prioridades que elege para si.Vivemos um momento de inversão de valores, onde o ter vem em detrimen-

to do ser. Se paga um alto custo na saúde e nas relações por conta deste avesso”.Adriana observa que a sobrecarga vem, principalmente, dos estímulos diários: a que você assiste, o que escuta, o que fala, o que lê e o que come. “Deve haver uma reeducação dos sentidos, pois acredito que o bem-estar vem do que nos alimenta-mos física, emocional, intelectual e afetivamente”. E para a sua própria qualidade de vida, Adriana conta que faz o que denomina de “bússola pessoal”, um exercício que realiza para planejar as ações e dar sentido à caminhada. “O tempo está pulsando rápido e isso dá uma sensação geral de insuficiência, porque estamos na era das multi-competências, somos e nos sentimos demasiadamente cobrados”.

Em suas experiências com os grupos, Adriana também nota que as pessoas

Em busca do auto-conhecimento

Um dos presentes que o século XXI nos trouxe foi a percepção do indi-vidualismo, onde cada um passou a notar que é preciso se enxergar como um único ser e que, por isso, precisa criar suas próprias maneiras de viver bem e não esperar mais pelos outros.

O psicanalista Flávio Gikovati vê com bons olhos esta questão. Em um artigo publicado em dezembro de 2012, denominado “Individualismo não é egoísmo”, ele explica que a individualidade nos faz consciente de nossa condição de solitários, de que todos os contatos que estabelecemos com “os outros” é um tanto precário e que nem sempre somos tão bem entendidos como gostaríamos, já que o modo de pensar de cada cérebro é único e a comunicação nem sempre se estabelece.

Ainda de acordo com Gikovati, “o egoísta é gregário, ele sempre vai querer tirar proveito das situações, sempre buscará um jeito de se dar bem à custa dos outros. Este é um erro que as pessoas cometem, ver o individualismo como uma coisa ruim, quando na verdade é um avanço, é começar a se reconhecer como uma unidade, e não como membro de um grupo”.

É notável que a forma com que nos relacionamos com os outros e com nós mesmos mudou. Os relaciona-mentos amorosos, por exemplo, pare-

Individualismo, um ponto positivo?

desejam muito conhecer melhor a si próprias. “Já constataram que quanto mais se conhecem, melhor podem li-dar com as adversidades do caminho. Se fortalecem e ficam mais con-fiantes. A sensibilização faz emergir uma série de informações sobre suas origens, seus valores, sentimentos reprimidos. Sempre digo que investir no autoconhecimento é um retorno garantido”, conclui.

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cem acompanhar a loucura da época. Desape-go, rapidez, falta de responsabilidade, medo de se envolver. Será que existe uma solução?

Ivete observa que temos uma dificuldade em in-cluir, agregar, somar. Quando algo novo surge, abrimos mão do que era, subtraímos, excluímos.

A terapeuta salienta que, mesmo com as mu-danças e com a tendência do individualismo, todos querem amar e ser amados. Mas, abrem mão disso para não correr riscos, ficar na super-fície e viver tudo de uma vez, como se o mundo fosse acabar a qualquer momento. Exageros, compulsões e egoísmo. Mas, acima de tudo, o medo. Medo de amar.

De acordo com Ivete, estamos vivendo a era do autoconhecimento. “Estamos em busca do significado da vida, do propósito pessoal, trans-pessoal e espiritual da nossa existência”.Pelo visto a história atual está nos encaminhan-do para um “mundo do eu” e, se o correto é aproveitarmos para nos conhecermos melhor, talvez estejamos no caminho certo, mesmo com as aparentes adversidades.

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Dicas para viver melhor

“Conheça-te a ti mesmo”, para viver em paz com a sua consciência e escolhas. Quando estamos bem, promovemos o bem e vivemos melhor.

Comece a planejar. A mudança que queremos precisa começar dentro de cada um de nós.

Reserve um tempo para você. Afinal, o tempo está ligado à importância que damos a cada coisa em nossa vida.

Tenha foco. Lembre-se que não dá para fazer tudo, precisamos fazer escolhas.

Não abra mão do contato físico e pessoal. A internet é uma ferramenta útil. Porém, não substitui o abraço, o calor humano.

Sensibilize-se. A sensibilização faz emergir uma série de informações sobre suas origens, seus valores e sentimentos reprimidos.

Seja bom para você. Para conquistarmos uma boa qualidade de vida, precisamos estar em paz conosco, nas nossas relações e com as nossas escolhas. Invista em autoconhecimento.

Não se esqueça de sua singularidade. A individualidade nos personaliza, remete à essência, àquilo que somos e que é único, um milagre de Deus que não se repete.

É possível ter qualidade de vida. Precisamos conquistá-la!

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Independente de credo ou reli-gião: “que os meus inimigos não tenham pernas para me alcançar,

mãos para me pegar, olhos para me ver e, nem em pensamento, eles pos-sam me fazer mal”. É assim parte de sua oração. Ele é forte e poderoso.

Sobre o seu cavalo, para ele não há distância. Ultrapassa os obstáculos, as chuvas, os ventos e combate os inimigos, por certo, os invejosos. “Defender” para ele é muito fácil, é o de menos. Afinal, é dono de uma coragem extrema, a ponto de matar com sua lança o enorme dragão e, então, tornar-se São Jorge. Por puro merecimento!

Como não abdico da minha inata transparência, confesso: amo São Jor-ge e diariamente rezo para ele, entre outras tantas orações. Faz parte.

Agora, a dúvida: santo também entra

na moda? Justifico. Jamais ouvi falar tanto sobre ele, jamais eu soube de tantos devotos. Recuso-me a acreditar que o fato do Corinthians (Deus me abençoe...) ter ganhado o Campe-onato Mundial tenha a varinha de condão de levar São Jorge ao auge. Por outro lado, é fato que a arte imita a vida e, sem dúvida, no momento em que Glória Perez trouxe para a novela global o abençoado santo em Salve Jorge, o seu prestígio aumentou muito. A abertura da teledramaturgia com aquele poderoso cavalo branco galopando como se fosse atravessar a tela das TVs e entrar em nossas casas é, no mínimo, empolgante. Salve Jorge!

Claro que os enredos das escolas de samba não se criam em uma semana, mas sim em um ano. Mal acaba o Carnaval, os foliões-mor unem-se num só objetivo: ser o melhor no pró-

ximo ano, no Carnaval vindouro. Por que este comentário? Porque a rica escola de samba Beija-Flor de Nilópo-lis despontou na Marquês de Sapucaí com 30 mil penas de ganso e 50 mil pedras coloridas que adornavam pedacinho por pedacinho das lindas fantasias com o tema da história do santo guerreiro.

Mais uma vez, quero usar da minha costumeira sinceridade para confes-sar: sou mangueirense “de corpo e alma”. Digo de “corpo” porque já tive o prazer de “sofrer” a emoção de defender a verde e rosa duas vezes, na passarela do samba, no Rio de Janeiro. Digo de “alma” porque torço ano a ano para ver a sua vitória.

Uma coisa, porém, não tem nada a ver com a outra. O fato de gostar do verde não elimina o dever de dar valor ao azul. Apesar de a Mangueira ter 18 vitórias e a Beija-Flor, 12, não lhe tira o brilho de, neste ano, ter explodido homenageando São Jorge.

Daí, novamente, eu me questiono: São Jorge está na moda? Talvez, sabe-se lá. Mas que ele é lindo e majestoso, que ele cuida, protege e abençoa aqueles que nele creem. Isso é verdade. Curiosa, penso eu, agora: por que a minha vontade de escrever sobre São Jorge? Influência do desfile das escolas de samba ou da minha fé? Que coisa paradoxal! Por outro lado, que máximo! Que oportunidade... Que bom! Assim, posso honrá-lo, imaginando de quantas situações difíceis ele já me salvou, me reergueu e me abençoou.

Por isso, Salve São Jorge!

O santo da moda por Clara Monforte

Reflexão // Olhos nos olhos

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O U TO N OI N V E R N O

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Síndrome de Sherlock Holmes

Nada de neura, mas do jeito que as coisas andam é sempre bom lembrar que a moeda tem

dois lados

Encerramos a grande temporada anzal das feiras nacionais e interna-cionais de objetos para a casa. Ando por elas faz muito tempo e visito centenas de expositores a cada edição. Este ano, enquanto percorria infinitos corredores buscando novos parceiros e novidades para os meus clientes, senti que havia algo diferente no ar.

Era evidente a grande quantidade de acessórios de decoração baseados em mensagens positivas. Adesivos para janelas, paredes e azulejos. Letras em resina de todos os tamanhos e cores, feitas para montar palavras e frases que vão ficar em destaque nas pra-teleiras. Os tags de mensagens, com

seus versos e orações, pendurados em todos os estandes. Placas, almofadas, louças e tapetes. Todos surfando na mesma onda.

Como quem trabalha com o desejo tem que estar ligado nas nuances do comportamento, acabei me deixando levar por uma longa reflexão. Afinal, por que estamos precisando de tanto estímulo para achar que a vida é boa e que tudo pode dar certo? Para descobrir o que se passa na cabeça do pessoal que frequenta a Relicário, fui vasculhar algumas referências no meu próprio cotidiano.

Sem ser pessimista, fiz um levanta-mento rápido nas rasteiras incorpora-das ao nosso dia-a-dia. Confere! Você pede a entrega da carne em domicílio e quando o pacote chega à sua casa vem aquela certeza: “aqui não tem

meio quilo, nem por decreto!”. Aí, você descobre que o posto de gasolina onde você abastece há anos resolveu batizar o combustível. O pedreiro, que recebeu antecipado, sumiu e deixou o entulho no meio da sua sala. Exames trocados quase te matam de susto. O dono do restaurante, por acaso, incluiu 15 refrigerantes na sua conta. A vizinha está de olho no marido da sua prima. Compras a um preço justo, só depois de um tour pelos supermercados de todo o esta-do. O extrato do banco mostra que a soma das taxas é mais alta do que o seu saldo. Os juros do cartão de cré-dito estão comendo as suas pernas e o cheque especial já venceu a batalha. A sua manicure favorita mudou para o Piauí. A sua calça mais confortável saiu de moda.

A última conversa com o mecânico... Nem vale a pena lembrar. A casa ao lado coleciona mosquitos da dengue. Você ia sair de férias, mas a compa-nhia aérea cancelou justamente o seu voo. Fora chegar no teatro e ver que o cara da fila Z se mudou para os dois lugares da fila B, que são seus.

Ufa! Ainda bem que as marcas e os designers jogaram a corda. Graças a eles, podemos deixar as desconfian-ças da porta pra fora e estampar pela casa os signos e símbolos da paz, do amor, lealdade, amizade, esperança, confiança, fé, coragem... Enfim, de tudo o que nos faz feliz.

por Renata Moreira

Reflexão // Sem neuras

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Nos dias de hoje, falamos muito em diversidade. Segundo o dicionário

Aurélio, diversidade é “o caráter do que, por determinado aspecto, não se identifica com algum outro; multiplicidade de coisas diversas”.

Mas o termo está em voga quando falamos sobre, vemos ou discutimos as diferenças do desejo sexual. Entre aquele que consideramos “normal” e os diversos caminhos que os desejos podem tomar.

Creio ser importante trazer este tema para reflexão, pois, como terapeuta familiar e sexual, percebo o quanto as famílias e os próprios jovens estão perdidos quando o assunto é não satisfazer expectativas internalizadas.

Em função das dificuldades que enfrentam aqueles que, por sua natureza, não fazem o caminho da

maioria, me permito transcrever e comentar um e-mail que recebi de um jovem.

“Eu vi ontem na TV uma reportagem sobre casamentos homossexuais e fiquei constrangido, pois a minha família estava na sala e aqui em casa todo mundo faz de conta que não percebe que sou gay. Meu pai começou a criticar essa história de casamento gay e minha mãe disse que preferia um filho morto a um filho gay. Eu sei que era um recado para mim e isso só aumenta o meu pavor de abrir o jogo com eles, pois sei que nunca aceitarão a minha opção”.

Assim como este jovem que me escreve, vários jovens gays se deparam com situações como esta, e algumas até mais agressivas. Sei que isso não é consolo, mas é importante entender a negação de seus pais para, a partir desta dificuldade deles, passar por

este processo de revelação com menos traumas.

Apesar de saber que uma reportagem na TV sobre um assunto tão delicado dentro de algumas famílias pode criar constrangimento, como você disse, é importante trazer para a sala de visitas um assunto que sempre existiu e ficou escondido entre os segredos familiares. Como se fosse uma grande vergonha ter um filho que não satisfaz as expectativas e não realize os sonhos dos pais.

Não podemos negar que, desde quando estão na barriga das mães, as crianças já têm um futuro sonhado e desenhado pelos pais. Mas este futuro pertence tão somente a este ser que quando chega à adolescência percebe que sua orientação, e não opção sexual, não é o dito “normal”.

Sendo uma orientação do seu desejo e, portanto, assunto de sua vida íntima e pessoal, é importante que seja tratado com o respeito que merece e dentro de uma construção de vida social íntegra e realizada.

Cabe a você ter muita paciência e provar aos seus pais, no dia a dia, que o filho amado é uma pessoa respeitável, promissora e feliz, independente de sua relação homoafetiva. Eu sei que isso demanda tempo e muitas situações aflitivas, mas o que deve imperar e dirigir este momento de angústia para você e sua família é o afeto que os liga e une.

Diferenças por Márcia Atik

Reflexão // Divã

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Viajar pelo mundo é um passatempo que muitos leitores adoram, e viajar

pelo mundo para tratar pessoas que necessitam de cuidados especiais é o que o Dr. Renato Oliveira e Souza fez durante muitos anos. O santista, hoje com 40 anos de idade, tem um currículo com muitas conquistas. Entre elas destacam-se os trabalhos humanitários realizados nas organizações Médicos Sem Fronteiras (MSF) e na Cruz Vermelha (CV). O médico é graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especializações em Psiquiatria no Hospital das Clínicas e Psiquiatria Forense e Epidemiologia pela Universidade de Londres.

Saber escutar, desenvolver um raciocínio analítico e, principalmente, ter contato com pacientes que diferem totalmente

por Daphne Machado

no amorUma carreira com base

ao próximo

“Aprendi a importância de várias coisas que tenho em minha vida”

uns dos outros foram as razões que motivaram o profissional a seguir na carreira. Em Santos e São Paulo, trabalhou em consultório particular, no sistema de saúde pública e em empresas de saúde privada. Querendo alçar novos voos, o especialista partiu para o exterior em busca de sucesso e aprendizado. Foi quando entrou para a carreira humanitária.

De 2005 a 2009, Dr. Renato esteve na organização Médicos Sem Fronteiras, onde trabalhava no escritório central em Genebra, na Suíça. Prestar socorro médico em favor de populações que vivem em regiões de risco é a principal função da MSF.

Profissionais de diversas áreas são enviados a locais onde o sistema de saúde não é satisfatório, onde há conflitos, epidemias, catástrofes naturais e desnutrição. Dr. Renato foi um dos escolhidos. Entre as missões em que participou, ele destaca a ida à Indonésia, logo após um tsunami, e à Angola, onde se dedicou ao tratamento de pessoas infectadas com o vírus da AIDS.

Sempre em contato próximo com o

sofrimento humano, o doutor revela que o trabalho contribui para o seu crescimento, seja ele pessoal ou profissional. “Em constante reflexão, aprendi a importância de várias coisas que tenho em minha vida”, assegura.

Ainda em Genebra, o médico passou outros dois anos e meio no Comitê Internacional da Cruz Vermelha, onde coordenava projetos de saúde mental em países que passavam por conflitos armados e programas de saúde mental para vítimas de violência sexual. O especialista também fez visitas a prisioneiros de guerra com o intuito de garantir os direitos à proteção e à assistência, conforme as Convenções de Genebra, ou seja, bases que definiram os Direitos Humanos Internacionais, protegendo os civis especialmente em tempos de guerra.

O santista relata que devido às experiências vividas, pode dizer que o Brasil tem um sistema de saúde estruturado na maioria dos lugares em que trabalhou.

Entretanto, ele destaca que a violência armada destrói os serviços

Gente que faz //

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Av. Floriano Peixoto, 314Pompéia - Santos

13 3205-3636

O médico explica que o que difere a Médicos Sem Fronteiras da Cruz Vermelha é a postura política. A CV preza o princípio da neutralidade, ou seja, ajuda a quem precisa sem divulgar o que o aconteceu. Já a MSF tem obrigação de divulgar o que ocorre. Parte do princípio de que testemunhar o sofrimento é essencial para a ajuda comunitária.

“Tal diferença levou alguns médicos e um grupo de jornalistas que trabalhavam para a Cruz Vermelha a fundarem a Médicos Sem Fronteiras”, esclarece.

Entenda

médicos, afasta os profissionais de saúde e elimina os poucos recursos existentes à disposição das comunidades. “A falta de serviços de saúde, em áreas de violência armada, afeta tanto ou mais as pessoas como o próprio conflito”, explica.

Após 10 anos fora do Brasil, o doutor está de volta por achar que este era o momento certo de seu retorno. “Eu consegui aprender bastante, mas ainda tenho muito a aprender”, diz Dr. Renato. Em processo de adaptação, ele continua trabalhando para a Médicos Sem Fronteiras e no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, cuidando especialmente de crianças e adolescentes vítimas de negligência e maus tratos.

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Todo início de ano é a mesma coisa, depois da correria das compras de Natal a volta às aulas é a bola da vez e vira assunto na mídia. A impren-

sa faz a parte dela e traz reportagens de todos os tipos, desde as mais comuns; que falam sobre como economi-zar na compra de material escolar, dos cuidados com o peso das mochilas, sobre como manter a alimentação balanceada de crianças e adolescentes; até assuntos um pouco mais complexos, como a escolha da metodologia de ensino mais adequada para a educação dos filhos. Enfim, pautas não faltam quando o tema em questão é educação. Só que o que vamos tratar aqui vai um pouco além, seguiremos um caminho que envolve a realização pessoal e profissional dos pais e dos filhos, a falta de tempo e a culpa por essa ausência.

Segundo especialistas, os pais assumem cada vez mais responsabilidades profissionais no dia a dia atrás de uma realização individual, e o resultado disso são pais ausentes e filhos com valores deturpados. Por isso, cabe a pergunta: com quem ficou a difícil tarefa de educar, com os pais ou com a escola? E quem mais faz parte desta relação conturbada entre pais, filhos e escola? A internet é a grande vilã? Ou a televisão que acompanha todo o crescimento do filho? Leia a reportagem e tire suas próprias conclusões.

por Paula Paparelli

Educação versus Ensino

Todo início de ano é a mesma coisa, depois da correria das compras de Natal a volta às aulas é a bola da vez e vira assunto na mídia. A impren-

sa faz a parte dela e traz reportagens de todos os tipos, desde as mais comuns; que falam sobre como economi-zar na compra de material escolar, dos cuidados com o peso das mochilas, sobre como manter a alimentação balanceada de crianças e adolescentes; até assuntos um pouco mais complexos, como a escolha da metodologia de ensino mais adequada para a educação dos filhos. Enfim, pautas não faltam quando o tema em questão é educação. Só que o que vamos tratar aqui vai um pouco além, seguiremos um caminho que envolve a realização pessoal e profissional dos pais e dos filhos, a falta de tempo e a culpa por essa ausência.

Segundo especialistas, os pais assumem cada vez mais responsabilidades profissionais no dia a dia atrás de uma realização individual, e o resultado disso são pais ausentes e filhos com valores deturpados. Por isso, cabe a pergunta: com quem ficou a difícil tarefa de educar, com os pais ou com a escola? E quem mais faz parte desta relação conturbada entre pais, filhos e escola? A internet é a grande vilã? Ou a televisão que acompanha todo o crescimento do filho? Leia a reportagem e tire suas próprias conclusões.

Atualidade //

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Antropólogo há 25 anos, Darrell Champlin tem opinião formada sobre o assunto. Ele explica de maneira curiosa como vem acontecendo a mudança da família, da escola e da sociedade quando o tema é educação. Para Darrell, tudo teve início com a globalização. “A degeneração das ins-tituições começou com um processo de mudança de valores na década de 60 e 70 e talvez até um pouco antes, com a globalização e a Segunda

mulheres passaram a ter um acesso muito maior ao mercado de trabalho por causa da pílula anticoncepcional. Elas não estão mais atreladas aos desejos do marido e podem controlar quando e como vão ter um filho, o que antes não dava para fazer com tanta eficiência. Então, as mulheres se tornaram mais livres e entraram para o mercado de trabalho, mas e quem fica com os filhos? A televisão, onde os filhos foram criados por valo-

área da educação, traz ainda outros fatores que envolvem o aprendiza-do da humanidade. “Eu não diria que a responsabilidade de educar está apenas entre os pais e a escola, existe ainda outro fator entre eles que também educa, que é a vida. Nós vi-vemos numa sociedade que interfere diretamente na vida do ser humano e essa sociedade tem um modelo que é individualista, competitivo e mate-rialista, e esse ser humano tem que corresponder a este modelo, senão ele fica marginalizado. Por esse mo-tivo é que as pessoas estão preocupa-das apenas com a própria realização, isto é reflexo do individualismo. Elas traçam uma meta com o objetivo de alcançar determinado posto ou status na sociedade e tiram do caminho tudo o que for atrapalhar, nem que para isto seja necessário colocar o filho em período integral na escola, ou deixá-lo o dia todo com uma babá, e desta forma ter a liberdade para se realizar. Mas, na verdade ela esta correspondendo a um modelo de sociedade que é imposto”, conta psicopedagoga.

Para ela, hoje a opção dos pais de terem menos filhos faz parte desta sociedade individualista. “As justi-ficativas para estes pais não faltam: “a vida é muito cara e eu quero dar para o meu filho o melhor”, ou “eu estou abrindo mão de ter outros filhos porque eu quero dar pra esse o que eu não tive”. São inúmeras as justificativas para os pais que hoje vivem nesta sociedade materialista que transformou a chegada do filho em alguns cifrões. Então, veja que a colocação aí é outra quando se compara a gerações bem anteriores em que o filho vinha coroar um casamento, o filho vinha porque o casal estava desejando um elo maior, algo que herda não só o que se tem de material, mas principalmente o que o casal tem em relação a valores. Tudo isso foi transformado em dinheiro, em investimento”, explica Maria Regina.

Estes valores, aos quais os especialis-tas se referiram, estão diretamente ligados ao que aprendemos em casa e que colocamos em prática no

Guerra Mundial, que incluiu vários processos econômicos ou emocionais, entre eles a satisfação instantânea dos desejos, tudo para agora e muito rápido. Grande parte disto foi estimu-lada pela publicidade que levou ao cliente, dentro da casa dele, o desejo de ter um produto para arrumar o cabelo, outro para mudar a cor da pele e outro que faz a pessoa se sentir melhor se engolir aquela pilulazinha. Este foi um dos grandes momentos da modificação da história econômica da sociedade, onde as pessoas passaram a ter mais acesso às coisas”, explica o especialista.

Outros fatores deram sequência a este processo, entre eles a liberdade feminina através do anticoncepcional e a abertura do mercado profissional para as mulheres. “Este é o segun-do grande estágio da mudança, as

res que não foram os instituídos para a família e religião. Foram valores tra-zidos pela publicidade e pelo impul-so de compra, ou seja, uma geração em que os filhos foram criados sem pais e com os valores alterados para a necessidade de ter para ser. E para os pais compensarem a ausência, a falta de suporte e de apoio, mimaram ao extremo os menos filhos que tiveram, porque cada vez mais os pais têm uma menor quantidade de filhos. E estes foram mais mimados, afinal os pais não estiveram presentes na hora em que a criança quebrou o dente, por exemplo. Logo, todas estas coisas atuando em conjunto levam a uma sociedade onde não se tem mais a estrutura e a raiz que se tinha há três gerações”, constata o antropólogo.

A psicopedagoga Maria Regina Ribeiro Jacob, atuante há 46 anos na

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convívio com a sociedade, seja na escola, na casa dos amigos, no futuro local de trabalho e, mais para frente, com a nova família que se constrói. É quando vem a preocupação com as novas gerações. Como elas estão se comportam fora do ambiente familiar?

Andrea Sá é professora há 20 anos, sendo 15 deles dedicados à institui-ção particular em Santos. A expe-riência profissional não evitou que ela passasse pelo pior momento da carreira, quando foi agredida por um aluno de 15 anos que cursava o Ensi-no Médio e que não concordou com uma nota que recebeu da professora. “Hoje é comum em sala de aula os professores serem agredidos verbal-mente, mas partir para uma agressão física foi a primeira vez.

É lógico que isso foi algo que me afetou muito, mas diante do que eu tenho de vivência pessoal ao longo desses anos vejo que muitas coisas superam o que aconteceu, tanto que eu continuo dando aula”, comenta Andrea, que três meses depois do acontecido foi convidada por muitos dos seus ex-alunos para participar da formatura deles como uma forma de homenageá-la diante do acontecido.

Logo após a agressão que aconteceu em setembro de 2012, a professo-ra foi afastada do trabalho, mas já retornou às aulas no início do ano letivo. Já o aluno, foi expulso do colégio depois de uma reunião de

conselho realizada entre professores da instituição.

“Eu sempre busquei fazer algo de diferente, nunca fui de ficar parada, e após este episódio na minha vida eu comecei a participar de eventos e mo-bilizações do setor, estive com órgãos que atuam junto a educação e aos professores e também conheci muitos casos de colegas de trabalho que foram agredidos, um deles aconteceu um mês depois do meu, quando um aluno deu um soco no rosto do pro-fessor que teve que reconstruir o na-riz. É um absurdo! Até com políticos eu falei depois que soube que existe um projeto que defende a segurança dos professores e que foi arquivado”, conta a professora, que no início deste ano participou de um ato público em Santos repudiando a violência nas escolas.

Para Andrea tudo isso faz parte de uma inversão de valores. “Hoje, os pais cada vez mais se preocupam em ter os filhos para satisfazer a si próprios, como uma satisfação individual. Eles não pensam que ter um filho vai refletir em muitos outros aspectos, como na vida profissional, por exemplo, e não querem abrir mão de nada disso. Resultado: o filho fica em segundo plano. Hoje é comum os alunos combinarem o que vão “aprontar” nas classes em grupos fechados nas redes sociais. Houve uma vez em que eles combinaram de abaixar a cabeça assim que o professor entrasse na sala e só pararam quando

souberam que perderiam nota por mau comportamento. Quando a escola chamou os responsáveis, no lugar de repreenderem os filhos pela atitude em classe, estes pais questio-naram a capacidade e a qualidade do ensino daquele professor.

O mesmo acontece com o aluno que dorme durante a aula, os pais criti-cam os professores e não se dão conta de que os filhos estavam dormindo porque passaram a madrugada na internet”, afirma a Andrea.

Para o antropólogo, que também é professor universitário, mesmo se tratando de alunos com mais ida-de e que já escolheram a profissão que querem exercer, a situação é semelhante. Ele também passa por situações complicadas em sala de aula dentro das universidades. “Eu vejo hoje que os alunos estão cada vez menos interessados na leitura, cada vez menos preocupados com as notas e não se importam se realmente vão aprender aquilo que o professor ensi-na. Outro dia eu passei um vídeo para 30 alunos, 17 dormiram. Isto não teria acontecido 15 anos antes, jamais.

O telefone celular virou um proble-ma dentro da classe, tocam a todo instante ou os alunos ficam enviando mensagens. Veja que este é mais um aspecto da informatização da socieda-de. A internet também tem um papel, quase que o mesmo da televisão.

Hoje, o professor tem que pedir para que o aluno feche o computador dele

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ou que ele vá utilizá-lo na biblioteca, até porque a última coisa que ele vai fazer hoje na bibliote-ca é ler um livro”, conta Darrell.

Com tantos problemas fica difícil visualizar um futuro para as crianças e adolescentes nas esco-las, para futuros profissionais pouco interessados nas universidades e professores desrespeitados por esses alunos, pelos pais e até mesmo pelas próprias instituições, sejam elas públicas ou privadas.

Para a psicopedagoga, a escola, a instituição educacional como um todo, não estava prepa-rada para dividir a responsabilidade de educar com os pais e, com isso, fica difícil de imaginar para onde a sociedade realmente caminha com essas transformações ao longo das novas gera-ções. “Coisas básicas eram feitas dentro de casa, como trocar a fralda do bebê na hora certa, en-sinar a comer de boca fechada e com a própria mãozinha, a dizer obrigado e por favor.

Eram coisas que as crianças chegavam na escola já sabendo fazer porque os pais ensinavam, acompanhavam pelo menos os primeiros anos da criança, o que não acontece atualmente. Hoje, a escola é que faz isso, o que inclui tam-bém os valores. Com isso, são poucos os grupos que vejo que estão realmente preocupados e interessados em dar conta dessa responsabilida-de”, explica Maria Regina.

“Recentemente, eu li uma revista na qual um especialista falava que o medo dele não é apenas que as pessoas tenham uma formação inferior, mas que as pessoas sejam incapazes intelectualmente de cumprir com o mínimo necessário para poderem se envolver com qualquer atividade pessoal ou profissional. Em outras palavras, os empregos existirão, mas não vai existir pessoa qualificada, não apenas porque teve uma formação ruim na universidade, mas

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porque não teve capacidade de ter a formação, não teve estrutura intelec-tual suficiente para ter esta formação, onde lá atrás o abismo foi tão profun-do que chegou numa fase irreparável, e eu vejo isso todos os dias em sala de aula”, comenta o antropólogo.

Essa falta de estrutura emocional pode ser encontrada já nos dias atuais, quando o número de diagnósticos de pessoas jovens que desenvolve um quadro de síndrome do pânico aumenta cada vez mais.

Para Darrell isto já é resultado desta lacuna. “As pessoas não sabem o que fazer, não sabem como lidar com as coisas por causa da falta de estrutura

lá de trás, então entram em pâni-co. Basta observar sociedades onde existem uma educação mais rígida como a Coréia, a Coréia do Sul e o Japão, culturas asiáticas que têm uma formação que eles chamam de For-mação de Tigres. É só comparar na matemática e na ciência, por exem-plo, porque eles estão disparados na frente até mesmo dos Estados Unidos, porque eles têm um tipo completa-mente diferente de cultura social que leva a esta educação, e eu não vejo melhoras para o lado ocidental”, diz o especialista.

“Há um movimento grande no sen-tido de querer resgatar os valores que foram perdidos ao longo dos anos, e

é um trabalho que já começa com as crianças bem pequenas, ainda na educação infantil, para que esses va-lores sejam cultivados. Existe um en-contro chamado Educação Moral e Psicologia, que acontece a cada dois anos, na Unicamp, em Campinas, onde especialistas se reúnem para discutir a educação através de novas pesquisas realizadas por estudiosos nesta área, que mesmo recente já apresentaram resultados positivos. Só que isso será um trabalho constante”, afirma Maria Regina.

A triste realidade para os professo-res está em uma das últimas frases que o antropólogo colocou ao final da entrevista: “Muitos professores dirão para você que um sinônimo da profissão hoje é cansaço pessoal e intelectual, porque o professor faz mestrado e doutorado, mas vendendo suco de laranja na praia ele ganha mais”, conclui Darrell.

“Ser professor é um sacerdócio, ou seja, é estabelecer uma relação positiva e esperançosa com os alunos, apesar do mundo ser completamente diferente, correndo o risco de ser vis-to como um visionário, um idealista, mas se o professor não acreditar nisso ele não volta para sala de aula. É isso que eu tento passar para os meus alunos, seja na faculdade de peda-gogia, seja nas aulas que eu dou na pós-graduação”, acrescenta a psicope-dagoga.

De acordo com dados da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do pânico é um dos trans-tornos de ansiedade que afeta entre 2% e 4% da população mundial (aproximadamente 350 milhões de pessoas). Ela se desenvolve princi-palmente em adultos jovens, por volta dos 25 anos, mas pessoas de qualquer idade podem apresentar o problema. As maiores vítimas são as mulheres, que recebem três vezes mais diagnósticos do que os ho-mens. Ainda não há uma confirma-ção científica que relacione a maior incidência às mulheres.

Alguns casos no sexo masculino podem ser subdiagnosticados pelos homens buscarem menos auxílio médico e profissional. Um estudo do National Comorbidity Survey (NCS), dos Estados Unidos, aponta que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e apenas 29%, homens.

Não há uma causa específica para a síndrome de pânico. Existem apenas algumas hipóteses. Uma delas trata dos fatores genéticos, uma vez que 35% dos familiares de primeiro grau de pacientes com transtorno de pâni-co também desenvolvem o problema. Embora isso aconteça, nem todos que

têm ataques de pânico podem vir a adquirir a síndrome, e ela pode ser herdada. Antes que venha a piorar é necessário que o indivíduo passe por tratamentos que irão ajudá-lo a vencer as desordens que a doença provoca no organismo.

Uma boa dica de leitura é “O mestre do seu sistema – o caminho de volta para a ansiedade e a sín-drome do pânico”, que fala sobre as possibilidades de tratamento para a ansiedade e a síndrome, da fisioterapeuta e acupunturista Máe-ra Moretto.

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os índices de estados depressivos na população. Portanto, devemos aproveitar os benefícios que o sol nos proporciona.

O verão acabou. O outono começa, mas mesmo com temperaturas mais amenas,

a intensidade do sol se mantém, com dias claros e ensolarados.

Nesta época, os consultórios derma-tológicos começam a receber pacien-tes que querem tratar os estragos oca-sionados pelo excesso de exposição solar, como manchas e ressecamentos da pele, cabelo e unha.

Outros querem iniciar tratamentos de estrias, cicatrizes de acne, enfim, tudo que foi deixado de lado durante o verão.

É nesta época que iniciamos o uso de produtos com ácidos mais fortes e programamos tratamentos como peelings, lasers e tecnologias mais agressivas.

Porém, o sol continua firme e brilhando. Um dia claro e ilumina-do nos deixa mais animados e bem dispostos. Estudos mostram que em dias nublados e cinzentos aumentam

O sol é também fundamental para nossa produção de vitamina D, responsável pela absorção do cálcio e fortalecimento dos ossos.

Como dosar esta exposição benéfica e evitar o câncer de pele?

Esta é uma dúvida comum, princi-palmente para os indivíduos acima de 50 anos que precisam aumentar seus níveis de vitamina D para prevenir a osteoporose e não querem desenvol-ver um câncer de pele.

A Sociedade Brasileira de Dermato-logia preconiza uma exposição de 10 a 15 minutos de sol, três vezes por semana, na área de braços e dorso das mãos, sempre antes das 10 horas da manhã e sem filtro solar. Depois destes 15 minutos, a aplicação do protetor solar é necessária.

O uso do protetor solar deve ser feito diariamente em crianças, adultos e idosos e, principalmente, nos pacien-tes que querem iniciar seus tratamen-tos de pele neste outono.

Então, vamos aproveitar este outono iluminado para consertar os estragos, tratar os problemas, receber a energia do astro-rei e não se esquecer do nosso protetor solar.

Trarei mais dicas quando o inverno estiver chegando. Até lá!

Solaliado ou vilão? por Dra. Roseli Andrade

O uso do protetor solar deve ser feito diariamente em crianças, adultos e idosos e, principalmente, nos pacientes que querem iniciar seus tratamentos de pele neste outono.

Saúde // Dermatologia

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por Dr. Guilherme Colombo

Com a volta das crianças à escola, pais e professores de-vem ficar atentos ao compor-

tamento dos filhos e alunos quanto à visão. Enxergar bem na infância pode ser crucial para o desempenho nos estudos e para uma vida plena e saudável no futuro. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar sofrem de problemas de visão, o que pode ainda interferir na autoestima e na socialização.

No fundo, o motivo de desatenção, desinteresse e da dificuldade em aprender pode ser um distúrbio na visão que ainda não foi descoberto. Daí a importância de levar a criança ao oftalmologista anualmente, já a partir do primeiro ano de vida. A Agência Internacional de Prevenção

à Cegueira, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta que 33 mil crianças ficam cegas no Brasil por causa de doenças oculares, que podem ser evitadas ou tratadas precocemente, e pelo menos 100 mil têm alguma deficiência visual.

Os problemas oculares mais comuns entre os pequenos são: miopia (afeta a visão à distância), astigmatismo (visão distorcida de perto e de longe), hipermetropia (dificuldade para enxergar objetos próximos e de lei-tura), ambliopia (olho preguiçoso) e estrabismo (desvio nos olhos).

Como forma de prevenção e para proporcionar o crescimento saudável do aparelho visual, os professores têm um papel importante, assim como os pais e familiares, na descoberta de possíveis doenças nos olhos.

Merecem ser considerados com-portamentos como demora para copiar as atividades, falta de atenção, necessidade de sentar muito perto da lousa, dor ou coceira nos olhos e dores de cabeça após a leitura, aproximar livros e cadernos para ler e escrever, assistir televisão muito próximo ao aparelho e testa franzida para focar imagens.

Quanto mais cedo for detectada a deficiência, maiores são as chances de correção ou cura, que podem ser a prescrição de óculos nos casos dos erros refracionais, fechamento momentâneo do olho normal para forçar o funcionamento do preguiço-so, uso de colírios específicos, óculos ou cirurgia para o estrabismo.

É fundamental a descoberta precoce do problema para não comprometer o desempenho nos estudos e assegurar a qualidade visual para toda a vida, uma vez que o olho humano adquire sua forma definitiva aos sete anos de idade.

O motivo de desatenção, de-sinteresse e da dificuldade em aprender pode ser um distúrbio na visão que ainda não foi descoberto

Visão e desempenho escolar: tudo a ver

Saúde // Oftamologia

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Os implantes dentários surgiram no século passado, criando, desde então, um

paradigma que revolucionou o tratamento protético reabilitador, especialmente para os indivíduos que usam próteses totais e removíveis.

O aumento da longevidade do ser humano é uma realidade observada atualmente nas populações mundiais.

Segundo a Associação Médica Americana, os cidadãos idosos estão vivendo mais e em condições mais saudáveis do que em qualquer tempo passado da humanidade.

No Brasil, à semelhança de diversos países, o número de idosos está crescendo rapidamente. A média de idade da população brasileira vem aumentando dede o início da década de 50, quando a queda da fecundidade

e outros fatores de influência na longevidade começaram a alterar, progressivamente, a estrutura da pirâmide populacional brasileira.

Do ponto de vista odontológico, cáries, doença periodontal, câncer bucal, problemas oclusais, hipossalivação e ausência de elementos dentários são observados nos idosos e relacionam-se diretamente com as condições sistêmicas e com o grande número de fármacos ingeridos, salientando a importância da prevenção e manutenção de uma saúde geral e oral adequadas nesta faixa etária, uma vez que não é possível separar a cavidade bucal do organismo como um todo.

Dentre as alterações ocorridas na cavidade oral do idoso, a perda de elementos dentários é a que implica em maiores consequências para os demais órgãos do corpo humano. A falta dos dentes implica em mastigação deficiente, que pode gerar perda de peso, problemas estomacais, problemas sociais e constragimento do idoso. Tudo isso é facilmente resolvido com a instalação de quatro implantes inferiores e seis superiores.

As próteses são fixadas sobre estes implantes, conhecidos como protocolos. Um procedimento relativamente simples, permitindo ao paciente, já tão debilitado, conforto e segurança. Os aspectos nutricional e social são resgatados nestes pacientes com os implantes.

Uma fase da vida que merece muito respeito e cuidado por todos nós, que certamente chegaremos lá.

por Dra. Renata Cavassa

Implantes reabilitando pacientes da terceira idade

Uma fase da vida que merece muito respeito e cuidado por todos nós, que certamente chegaremos lá.

Muitos destes idosos apresentam doenças crônico-degenerativas, além de diabetes mellitus, osteoporose, neoplasias, artrite, doença de Alzheimer, doença de Parkison e problemas psiquiátricos, que frequentemente afetam a qualidade de vida desses indivíduos e alteram a normalidade de um tratamento, seja ele de saúde geral ou de saúde bucal.

Saúde // Odontologia

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A dieta detox, também conhecida como dieta detoxificante, auxilia a faxina geral no organismo, potencia-

lizando a eliminação de toxinas e restaurando o seu equilíbrio. Com isso, ajuda até a eliminar alguns quilos extras.

Um plano detox bem feito te traz resultados incríveis, mas um detox mal feito pode ser mil vezes pior. Na detoxificação, o objetivo prin-cipal é fazer com que estas toxinas tornem--se hidrossolúveis e possam ser eliminadas pelo suor, urina e fezes. Acontece que este processo é composto por três fases e, se você não garantir que todas elas aconteçam de forma eficiente, pode produzir compostos mais prejudiciais que os iniciais, como alguns compostos oxidantes ou cancerígenos. Uma alimentação correta e uma suplementação adequada são muito importantes neste período. O recomendado é ter a orientação de um nutricionista (de preferência funcional e familiarizado com a bioquímica), que irá te auxiliar neste processo.

Já que é quase impossível blindar o corpo deste contato, as mudanças devem estar presentes diariamente na sua vida. Inserir hábitos saudáveis, melhorar a saúde do nosso fígado e otimizar estas fases de detoxificação têm que estar presentes todos os dias. Por causa da vida sedentária que se leva hoje em dia, da falta de exercícios físicos, da alimenta-ção desequilibrada e do consumo aumenta-do de produtos industrializados, agrotóxicos e contaminantes plásticos, nossos mecanismos precisam de limpeza.

Fazer um detox de uma semana vai diminuir o que estava acumulado, mas não resolve o problema. Você precisa também diminuir sua exposição a estes fatores xenobióticos.

O ideal é começar com um plano alimentar mais restritivo destes agentes nocivos, tentar anular a ingestão dos mesmos e depois, sem precisar viver numa bolha, se reeducar, “alimentarmente” falando.

Os sintomas de um organismo intoxicado podem ser físicos e mentais, tais como cansa-ço, sono durante o dia, falta de concentração, má digestão, mau funcionamento intestinal, enfraquecimento do sistema imunológico, alergias, inchaço, dificuldade em perda de peso e irregularidades do ciclo menstrual, entre tantos outros problemas.

O cardápio de um plano detox não consiste em dietas líquidas e muito restritas de ali-mentos, então a primeira dica é esquecer um pouco as calorias. Se se elas realmente fossem de extrema importância, conse-guiríamos corpos lindos e saudáveis com refrigerantes zero e alimentos light.

Na nutrição funcional preconiza-se a dieta de detoxificação, após uma anamnese nutricional detalhada, para que o profissional possa identificar quais os alimentos que precisam ser retirados.

Vale lembrar que um dos principais órgãos do corpo humano, que possui importante função no processo de biotransformação de toxinas e substâncias biologicamente ativas, é o fígado, logo, cuidar dele é algo funda-mental.

O profissional nutricionista irá determinar o tempo de duração da dieta, fazendo um acompanhamento rigoroso, e supervisionar e orientar a alimentação após este período, fazendo a reintrodução gradual dos alimen-tos retirados enquanto acompanha os sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

Assim, a dieta de detoxificação, quando seguida adequadamente, promove impor-tantes efeitos benéficos à saúde. Chega de dietas de revistas. Comece a praticar mudan-ças no seu estilo de vida. Com certeza você terá benefícios incontestáveis.

por Dra. Karina Abbud

Mudando atitudes e balanceando prioridades

Saúde // Nutrição

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Mudançade hábitos

por Daphine Machado“Antes, eu acreditava

que era feliz comigo. Hoje, eu sou e vivo

feliz! E tudo só melhora desde

então”.

Essa frase foi dita por Thaís Moraes, hostess da casa Bikkini Barista Coffee &

Clubbin, no centro de Santos, sobre sua vitória por ter emagrecido 37 quilos. Aos 21 anos, a balança chegou a marcar 98 quilos e hoje, nove anos depois, ela se diz feliz e realizada com o número que o ponteiro marca: 61 quilos.

Com 30 anos de idade e muito bem humorada, a jovem relembra de sua época de faculdade, quando sua vida era muito desregrada. Como estudava em São Paulo e era necessário partir cedinho de Santos, retornando só

à noite, as refeições, que deveriam ser feitas nos horários certos, não aconteciam devido à correria. O mesmo valia para os exercícios. Nesta época, aos 21 anos, Thaís não imaginava o estrago que esta vida iria lhe causar tempos depois. O resultado chegou rápido. Com 23 anos, não se olhava mais no espelho e percebeu que mudanças deveriam ser feitas, pois o peso estava afetando seu modo de viver.

Questionada sobre a vida amorosa, ela diz brincando: “Oi? O que é isso? Nesta época foi zero mesmo, total”. Ela relembra de um episódio

no qual passeava com um rapaz e, quando passaram por outros caras, eles a chamaram de gorda. Na hora se mostrou forte, não ligou para os comentários e até riu deles, mas logo depois percebeu que para atrair mais olhares algo deveria ser feito. “Esta situação foi, na verdade, o meu gás inicial para mudar”, revela.

Escolher a roupa certa e adequada ao seu tipo físico não era uma tarefa fácil para a jovem. Afinal, que mulher não sente aquele desespero em querer se arrumar e não se considerar bonita com o modelo escolhido? Thaís se recorda e, ao mesmo tempo, ri de momentos em que nem o pretinho básico a fazia parecer mais magra. “Na verdade, meu peso não era um problema na minha vida social, sempre fui rodeada de amigos. Afinal, os gordinhos sempre são os mais divertidos e estão sempre sorrindo”, afirma.

Risadinhas e comentários, no início, passavam despercebidos por ela. No entanto, com o passar do tempo, eles começaram a incomodar e a machucar, principalmente por estar insatisfeita com si mesma. “Eu achava que estava bem, aliás, muitos gordos são felizes e não pensam em perder peso, o que é admirável”, explica. Entretanto, Thaís concluiu que precisava parar de se refugiar atrás de roupas largas e comidas gordurosas, pois no fundo todas as pessoas sabem o que faz e o que não faz bem.

Eu consegui //

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Entre as diversas dietas seguidas, estão: a do sopão, a da USP (método que promete emagrecer em pouco tempo), a detox e das frutas. Os medicamentos que prometiam fazer perder gordura também foram usados, porém nenhuma das tentativas dava certo e os tratamentos eram interrompidos. Thaís diz que ter força de vontade, equilíbrio emocional, saber balancear as refeições e comer bem são atitudes que resultam na perda de gordura. “É difícil, mas comecei a emagrecer e manter o peso quando aprendi a ser regrada e chata com minha alimentação.

“Sempre respeitando meu corpo e meus limites”.

Em seu cardápio não entram frituras, alimentos industrializados, álcool e refrigerantes. Chocolate, só se for de soja ou meio amargo. As refeições são feitas a cada três horas, equilibrando a mistura de proteínas e a quantidade de carboidratos com saladas, legumes, sucos naturais, iogurtes, alimentos integrais e, no mínimo, dois litros de água por dia.

Em sua rotina também está a prática de exercícios três vezes por semana, além de seguir alegre e de bom humor. Tudo para ajudá-la nessa incansável batalha.

“Eu consegui educar a minha cabeça para que ela me ajudasse a manter uma alimentação saudável. Com isso, descobri que tenho muita força de vontade e que, se consegui perder 37 quilos, consigo realizar quaisquer objetivos de vida”, afirma com otimismo. Mesmo seguindo uma rotina para que o número da balança não se altere com frequência, Thaís diz que ninguém nunca está 100% satisfeita. A única coisa da qual tem certeza é que hoje gosta do que vê no espelho e dos elogios que recebe.

“Prefiro usar manequim 38, roupa tamanho 52 nunca mais”, enfatiza.

A jovem deixa um recado àqueles que desejam alcançar o mesmo objetivo - mudar o número indicado na balança: “Fazer dieta não é um bicho de sete cabeças. Sei que começar é o mais difícil, mas sem foco não há recompensa. É um trabalho que merece ser seguido com carinho e sabedoria, para sempre”.

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Capa // Entrevista

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JOVENSTalentosEles já somam mais de 1,5 milhão de brasileiros

empreendedores. São jovens que têm entre 16 e 24 anos de idade. Em muitos dos casos, suas

aptidões são visíveis desde a infância. Outros decidiram mais tarde, antes ou até mesmo depois da universidade. Na verdade, a ordem dos fatores não altera o produto, e o resultado é um índice cada vez maior de jovens que buscam e alcançam o sucesso cada vez mais cedo, quando comparados às gerações anteriores às deles.

Estes dados foram apontados em uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular e divulgada em janeiro de 2013. Ela mostra ainda que, destes jovens empreende-dores, 52,6% fazem parte da classe média, 37,6% são de baixa renda e 10,1% de alta renda. Quando separados por regiões do Brasil, o Nordeste é o que possui o maior índice, 36%, seguido do Sudeste com 29%, do Sul com 16%, do Norte com 12% e do Centro-Oeste com 7%.

O instituto, através da pesquisa, afirmou também que 22 milhões de jovens brasileiros, entre 16 e 24 anos têm o desejo de abrir o seu próprio negócio, sendo 58,7% do sexo feminino e 41,5% do masculino. Ainda de acordo com o Data Popular, quase metade destes jovens acre-ditam que a grande vantagem de trocar um emprego tradicional por uma empresa própria é poder fazer o que realmente gostam.

A StudioBox conversou com dez jovens talentos da nossa região, com idade média entre 24 e 16 anos, e po-demos afirmar que o grande segredo deles terem dado certo é o amor pelo que fazem. Todos os entrevistados foram categóricos nesta afirmação.

Nas reportagens a seguir, o leitor pode observar que estes talentosos jovens, além de apaixonados pelo traba-lho, respeitam demais os clientes e cultivam a vontade de serem profissionais cada vez melhores, para alcança-rem a tão sonhada realização profissional.

por Paula Paparellifotos Rafael Vaz

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FABIOMAKE-UP & HAIRCARNEIRO

Jovem, bonito, simples e um pouco tímido, mas o sorriso simpático surgiu no desenrolar da entrevista. Fabio Carneiro, aos 27 anos de idade, é um dos maquiadores e cabeleireiros mais conceituados na cidade. Mas, nem sempre foi assim. Começou a trabalhar cedo e, até partir para atual profissão e se descobrir no que mais gosta de fazer.

“Meu último trabalho foi no setor administrativo. Eu não gostava daquela rotina de ficar mexendo em papel o dia todo. Com o dinheiro da rescisão me matriculei em um curso de cabeleireiro por indicação de um amigo, que tinha escolhido esta área e estava bem profissionalmente. Eu comecei o curso e gostei desde o primeiro instante.

Aprendia com facilidade, tanto que com dois meses de curso comecei a trabalhar.”, conta Fabio.

Hoje, ele quase não tem hora livre e conversou com a StudioBox em ple-no horário de almoço, tamanha é a vida corrida. Durante o bate papo foi

fácil perceber o prazer ea realização pela profissão. “É como um ditado, que é mais ou menos assim: quando-você trabalha com o que gosta, você nunca vai trabalhar. E é o que acon-tece comigo,vou super feliz para o salão, pois é uma profissão na qual eu me realizo, que dá o meusustento e que eu aprendi a amar. Me faz muito bem”, explica.

Fabio aos poucos se solta na conversa, e nem parece que teve que superar um dosmaiores desafios, ainda no iní-cio da carreira. Ele chegou a perder uma oportunidadede trabalho por causa da timidez. “Eu já sabia como fazer as coisas, mas minha timidezme impedia de falar com as pessoas. Eu fui duas vezes ao salão, onde eu sabia que eles precisavam de profissionais, mas acabei indo embora, e perdendo a chance. Hoje tudo é completa-mente diferente!”, disse Fabio, que foi contratado como maquiadore assistente de cabelereiro aos 19 anos e aos 21 já estava entre os principais-cabeleireiros do salão. Este ano, ele completa oito anos de profissão e con-tinua no salão onde tudo começou, a Shape Estética e Saúde, em Santos.

Aos poucos, a segurança profissional

surgiu e ele viu a chance de participar de um dos mais concorridos concur-sos do ramo, o Trend Vision Award.

“É onde eles procuram descobrir novos talentos. Depois eles juntam os melhores de cada país na etapa mundial do concurso para encontrar o melhor do mundo. Eu participei de quatro edições deste evento aqui no Brasil. Em 2012 eu tive a honra de ser o grande campeão brasileiro. Isso era algo que eu já vinha buscando e não desistia. Pra mim, foi uma gran-de conquista. Foi a oportunidade de representar o nosso país em um con-curso mundial, em Madri.”, conclui o cabeleireiro. Outra experiência fora do Brasil foi o curso em Londres, em setembro do ano passado. Fabio fez especialização em corte e cor na Aca-demia Tony & Gui Hairdressing, dos irmãos Mascolo, donos de uma rede com mais de 400 salões no mundo.

Sempre atrás de novos desafios, Fabio estreia em abril um blog no site do Jornal A Tribuna, chamado Beauty By Fabio, onde ele traz tutoriais de beleza. Ainda para este próximo mês, ele traz a segunda edição da festa Plano B, na Rosa Marinho Lounge, no centro histórico de Santos.

Iluminar o ambiente, sonorizar o evento,

transformar um espaço, intensificar cada momento.

São essas sensações que a Brenno Som e Luz

proporciona ao seu evento social e corporativo.

/ BRENNOSOMELUZ

Av. Afonso Pena, 314 sl. 11 Embaré | Santos 13. 3877-4467 | 13. 9723-9599 brenno

som e luz

Faça brilhar seus momentos

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transformar um espaço, intensificar cada momento.

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proporciona ao seu evento social e corporativo.

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Av. Afonso Pena, 314 sl. 11 Embaré | Santos 13. 3877-4467 | 13. 9723-9599 brenno

som e luz

Faça brilhar seus momentos

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Bonito, simpático, elegante, inteligente e casado. O médi-co endocrinologista Thiago

Ferreira Lima, de 29 anos, é um jovem talento. Ele sempre gostou de cuidar das pessoas e por isso quis ser médico. Hoje, ele atende pacientes de todo o Brasil e fora dele também. Thiago está prestes a inaugurar novas instalações das clínicas de Santos e de São Paulo, e estuda possibilidades de abrir outras unidades pelo país.

“Sempre quis fazer medicina. Desde criança me encantei pela profissão, por poder cuidar das pessoas. Com 19 anos passei na faculdade de Medicina na Gama Filho, no Rio de Janeiro, onde morei durante seis anos. Identi-fiquei-me com a medicina primitiva e com a endocrinologia. Me formei em 2009 e fui convidado para trabalhar numa clínica que é a maior referên-cia da América Latina em estética. Mas surgiu a possibilidade de montar uma clínica ou em Santos ou em São Paulo.”, conta o doutor.

Pesquisador do Antienvelhecimento e da Fisiologia da Longevidade Huma-na, o médico acredita no diferencial do seu trabalho. “Não cuidamos do paciente apenas, tratamos da preven-ção. É isso que me motiva, me faz querer obter melhores resultados. Todos os dias levo fichas para casa, para estudar cada caso e desenvolver o melhor método para cada um.”, explica Thiago.

Depois que a clínica focou na prevenção de doenças e no emagreci-

MÉDICO

THIAGOFERREIRA LIMA

mento, o crescimento foi inevitável. “Nossa estrutura hoje abrange todos os segmentos que um bom tratamen-to necessita. Nesses últimos 2 anos, houve um crescimento tão acentuado de pacientes que precisamos de uma estrutura maior. Nos próximos meses vamos para uma casa na Rua Assis Correa, no Gonzaga. A inauguração está prevista para maio. Outra novida-de, é que como também me dedico a pacientes em São Paulo, recentemen-te fechei um contrato para lançar-mos uma unidade da nossa clínica nos Jardins, que deve inaugurar no mesmo período”, divulga o médico empreendedor.

O dia a dia do jovem médico é corri-do. Diante de tantos pacientes, como ele cuida da vida pessoal? “Minha mulher administra tudo pra mim. Aqui no consultório eu tenho uma es-trutura de alimentação porque passo o dia aqui. Eu conheci minha mulher na clínica, casamos e trabalhamos juntos.”, comenta o médico que valo-riza demais o apoio da família.

Tanto sucesso tem um segredo: muito estudo, amor pela profissão e sempre buscar algo diferente. “O segredo é que eu sempre quis fazer tudo diferente de todo mundo, eu sem-pre nadei fora do tumulto. Acredito demais no meu trabalho, nos trata-mentos que eu desenvolvo. E quando os meus pacientes ganham, os meus funcionários trabalham felizes com verdade e honestidade. E eu só tenho a agradecer pela vida que eu tenho e que escolhi ter”, conclui Dr. Thiago.

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DESIGN DE MODA

SILVIAMOREL

Silvia Morel é uma daquelas pessoas que desde pequena já mostrava indícios de que

“quando crescesse” se tornaria uma profissional do mundo da moda. E foi o que aconteceu. Formada há seis anos no curso de Moda da Anhembi Morumbi, aos 26 trabalha como Designer da marca ByNv.

Tudo começou quando aos 17 anos e com personalidade forte, Silvia se inscreveu no vestibular sem que o pai soubesse. “Esta situação foi bem engraçada. Prestei vestibular escondido do meu pai porque ele sempre falava que Moda não era faculdade, que eu deveria fazer algo mais certo para depois trabalhar nessa área. Mas assim que descobri que eu havia passado no vestibular, liguei para ele aos prantos. Contei que tinha realizado um dos sonhos da minha vida e já fui pedindo o dinheiro da matrícula. Com minha mãe foi diferente. Ela apoiou 100% a minha opção, apesar de saber que o mercado da moda é bem difícil”, explica a designer.

O difícil não foi impossível para quem lutou para fazer o que sempre sonhou. “Durante a faculdade, eu trabalhei numa loja de roupas com a atual estilista da Cia Marítima, que na época tinha uma marca chamada Marcella Santanna. Nesta fase fiz de tudo um pouco: criava peças de roupa, vendia, ajudava no controle de estoque e no atacado. Depois fiz uns trabalhos em sho-wrooms com Cris Barros e também com Marcelo Quadros – atual estilista da linha couture da Daslu (profissional que costura roupas per-sonalizadas e de alta costura). Até que entrei para a LOOL – uma loja de acessórios da herdeira do Banco

Itaú, Luiza Setubal, onde comecei como assistente de produção e me tornei buyer da marca (profissional que compra as peças que serão vendidas para os clientes na loja). Ao todo foram dois anos e meio na LOOL. No início de 2013, tudo mudou depois que me senti desa-fiada a trilhar um novo caminho, que tinha deixado pra trás há algum tempo: o da criação e desenvolvi-mento de coleção. Foi num jantar informal que uma grande amiga, Nati Vozza, dona da marca ByNv), me fez a proposta e eu aceitei”, conta Silvia.

Mesmo trabalhando em São Paulo, a santista faz questão de vir para a cidade natal aos finais de semana. “Minha família é de Santos e eu moro em São Paulo há 10 anos, mas sou totalmente apegada ao litoral paulista. Desço a serra todos os finais de semana e não abro mão de pegar uma praia e rever os parentes e amigos.”, disse.

É a mesma personalidade que a fez passar no vestibular anos atrás, só que mais madura, que a faz buscar sempre mais por um motivo perceptível, o amor pelo que faz: “Faço a única coisa que sei fazer, e faço bem. Só entrego um trabalho quando vejo que dei o meu melhor. Acredito que o talento seja impor-tante, mas só é imbatível quando combinado com muito esforço”, fala com grande convicção de que fez a escolha certa.

Quando o assunto é futuro, Silvia é bem firme: “Profissionalmente, quero só crescer. Aprendi muita coisa até hoje, e quero aprender infinitamente mais”, afirma a jovem designer.

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Aos 27 anos, Roberta Lopes é formada em Publicidade e Propaganda e Direito.

Trabalha nas duas áreas na Marinha do Brasil, acumula os cargos de Assessora Jurídica e Assessora de Imprensa no Porto de Santos. Além de lidar com toda a imprensa, ela cuida das investigações em casos de repercussão nacional. Roberta é mais uma jovem de sucesso de uma geração que desenvolve vários projetos ao mesmo tempo e consegue lidar com todo o tipo de pressão para chegar no sucesso profissional.

Para a publicitária e advogada, parece fácil lidar com esse tipo de responsabilidade. “Acumular as duas funções, apesar de ter muita demanda, é gratificante. Tanto a área jurídica como o Direito Militar e Direito Público são um aprendizado diário, por que lidamos com casos no Porto de Santos de repercussão nacional.”, conta.

“Depois da escola, com 17 anos, eu entrei para a faculdade de Publicidade e Propaganda. Decidi começar outra faculdade em paralelo, junto com o último ano de Publicidade. Fiz o primeiro ano de Direito e consegui conciliar as duas. Me formei em Comunicação Social e segui os estudos em Direito, onde me apaixonei e me encontrei. Foi uma grande surpresa”, explica com brilho nos olhos.

A vida militar surgiu de maneira inesperada. “No terceiro ano da faculdade surgiu um convite de estágio para a Marinha e a coordenadora do meu curso

ROBERTA MILITAR DA MARINHALOPES

perguntou se eu tinha interesse. Foi o meu primeiro contato com a vida militar, eu entrei para a Marinha e fiz o estágio de um ano. Quando estava preparando meu TCC, um oficial superior que tinha trabalhado comigo me ligou avisando que tinha aberto o processo seletivo para oficiais temporários da Marinha, mas para Comunicação Social. Comecei em abril de 2011. Então o assessor jurídico passou em um concurso e abriu a vaga, então acumulei as duas funções”, comenta Roberta.

Para os pais, é motivo de orgulho. “Eles viram que eu fui conquistando tudo sozinha, pelo meu próprio esforço e dedicação. Quando tem uma promoção eles choram. As cerimônias na Marinha são muito bonitas, emocionam mesmo.”, diz a militar.

Ela não tem tempo pra nada, passa o dia trabalhando no órgão público e ainda encontra tempo para se dedicar a cursos em São Paulo. “Em julho do ano passado eu terminei a pós-graduação, e esse ano concluo o mestrado. Eu sou assim, tenho essa vontade de querer fazer tudo ao mesmo tempo e de estudar. Tudo que implica num desafio eu faço. Em alguns momentos tudo isso cansa e você fica sem vida social, mas eu gosto dessa loucura.”, conta Roberta.

O que não surpreende é que a publicitária e advogada quer muito mais. “Eu aprendi com o tempo a não fazer muitos planos e sim observar as portas que se abrem para eu ver que caminho eu quero seguir.”, conclui Roberta.

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FOTÓGRAFO

EDUARDOVIRTUOSO

Viajar e conhecer a vida e os costumes de diferentes lugares do planeta, essa é uma das

paixões desse jovem santista. Registrar grandes momentos não apenas na memória, mas também através da fotografia, é algo que Eduardo Virtu-oso – Edu, como é conhecido entre os amigos – faz com excelência. Por isso, a máquina fotográfica é a grande companheira dele nessa experiência.

Eduardo Virtuoso se formou em Rá-dio e TV pela Faap-SP, em 2010, e se tornou empresário em 2011 quando abriu a TRIBO - uma produtora de vídeos institucionais, junto com mais dois sócios. No mesmo ano lançou o primeiro livro fotográfico e está pres-tes a publicar o segundo. Muita histó-ria para um jovem de apenas 24 anos? É por isso que ele também faz parte da nossa capa de jovens talentos.

Tudo começou com a paixão pela arte, quando ainda na adolescên-cia editava vídeos em casa. “Desde pequeno minhas brincadeiras eram tirar foto, gravar programas de rádio e de TV, e eu mesmo editava no vídeo cassete, dando play e rec. Por tudo isso, nunca tive dúvida da faculdade que eu iria fazer, mesmo sabendo que é um mercado difícil.”, conta Edu.

Durante o tempo em que morou em São Paulo ele fez o curso na Escola Panamericana de Arte. “Durante a faculdade eu comecei a tirar fotos, só que sentia falta da parte técnica Então fiz um curso de dois anos na escola Panamericana de Arte, que foi o que me fez evoluir muito no senti-do de composição e na parte técnica”, comenta Edu.

O profissional de audiovisual que faz parte daquele grupo de jovens que sonham em montar o seu próprio negócio e que, por gostarem tanto do que fazem, conquistam resultados expressivos. “A produtora fez um ano no final de 2012 e está indo bem porque estamos bem fo-cados no ramo empresarial, na área de vídeos institucionais para a web TV.”, acrescenta Edu.

Em paralelo aos vídeos da produto-ra existe a paixão por viagens, que traz outra paixão, a fotografia. Com apenas 21 anos, esse amor pela arte rendeu o convite para publicar um livro, “Destino”, lançado em 2011.

São fotos de oito lugares: Santos, Pa-narea, Paris, San Diego, Innsbruck, Londres, Trancoso e Brighton. “No livro, além das fotos, tem o relato da viagem, o que eu percebi da cidade, o que eu busquei naquele lugar e as características das regiões”, comen-ta o fotógrafo que já está prestes a lançar seu segundo livro, “O Muro”. Nessa obra Edu trabalhou com a também fotógrafa Isabel Carvalhaes, retratando os bastidores da pintura do muro do Centro de Treinamento Rei Pelé, do time de futebol da cida-de, o Santos Futebol Clube. O livro deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2013.

E quem ficou interessado nos traba-lhos que Eduardo desenvolve é só entrar no blog dele. Esse é mais um dos muitos trabalhos e que ele faz questão de manter sempre atualiza-do. Edu já se prepara para a próxima viagem. No mês de julho deste ano, ele irá visitar a Suécia e a Croácia.

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ARQUITETA

BIAPELLEGRINI

Alegre, muito simpática e sem-pre com um sorriso no rosto, Bia Pellegrini abriu as portas

da casa da família para contar um pouco da vida pessoal e profissional, repleta de sentimento. Apaixonada pela vida, a arquiteta aproveita o presente, preza por viver um dia de cada vez e se entrega completamente a cada trabalho que desenvolve.

Bia ficou conhecida na cidade pelo projeto do restaurante argentino Parrilla San Pablo, em Santos. “Esse projeto foi um marco na minha vida, foi quando eu tive grande visibilidade como arquiteta e eu me senti segura para seguir a carreira de autônoma.

Antes eu trabalhava na Prefeitura de Santos, no Departamento de Arqui-tetura da Prodesan. Era um trabalho fixo e não tinha como me dedicar a outros trabalhos em paralelo. Então veio a proposta do restaurante e eu encarei. Ao todo foram seis meses cui-dando de cada detalhe e o resultado é o reconhecimento até hoje”, conta a arquiteta santista.

Há 12 anos na profissão, sendo oito deles em órgão público, onde Bia desenvolveu e participou de impor-tantes projetos. “Participei de grandes projetos como o Aquário Municipal, as ciclovias, o Deck do Pescador e a Ponte Edgar Perdigão. Outros proje-tos eu cuidei pessoalmente, como o Orquidário Municipal e o Hospital da Zona Noroeste”, explica Bia.

Quando decidiu pela mudança no trabalho, a família deu todo o apoio. “Minha família é demais”, conta com lágrimas nos olhos e se cala por alguns segundos, antes decontinuar. “Desde quando escolhi a arquitetura até quando decidi sair da

prefeitura e seguir a minha carreira sozinha, tive todo apoio deles, assim como em outros momentos da minha vida. Meu pai e minha mãe disseram que eu poderia contar com eles, que me dariam todo o respaldo que eu precisasse, e isso faz toda a diferença. Eles são muito importantes na minha vida”, conta emocionada.

Hoje Bia soma quatro anos em carreira solo e comemora os bons resultados, que fazem com que se sinta realizada profissionalmente. “Eu faço o que eu gosto, já começo o dia animada e vou até tarde. Adoro acompanhar os projetos, ir às obras,cuidar de cada detalhe para que o cliente fique realmente satisfeito, e não sinto peso por isso, porque faço o que eu gosto”, diz a arquiteta.

Tanta dedicação fez com que um projeto se destacasse também por motivos pessoais.

“A minha realização está na realiza-ção do cliente, quando ele gosta do resultado final.

E teve um projeto que a cliente tinha o mesmo gosto que o meu, o que eu sugeria ela topava. Quando tudo ficou pronto, eu disse a ela que se um dia ela quisesse vender aquele apar-tamento que podia ser para mim”, comentou Bia.

Quanto aos sonhos, a jovem arquiteta diz que vive o hoje. “De quatro anos pra cá, desde quando eu comecei a trabalhar como autônoma, eu criei uma nova expectativa de vida. Tenho aproveitado mais as coisas, viajado mais, dividindo momentos com os amigos e curtindo o presente. Não tenho feito muitos planos a longo prazo. ”, conclui Bia Pellegrini.

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Quando iniciou a faculdade, fez em paralelo um curso de animação em 3D que o

fez iniciar a carreira mais cedo. O estudante se tornou empresário em poucos meses, e aprendeu na marra a administrar seu próprio negócio.

Desde pequeno Renan já mostrava suas habilidades. “Eu sempre tive muita habilidade com trabalhos manuais. Quando tive que decidir pela faculdade, eu já sabia que minha escolha seria por arquitetura, não fiz teste vocacional, eu já sabia o que eu queria”, conta.

Quando estava no terceiro ano da faculdade, o estudante fez o curso que mudou a vida dele, o de Animação em 3D, um programa de computador em que se desenvolve a arte gráfica através de animação. É muito usado em filmes, cinema, televisão (para abertura de novelas), programas de TV. Naquela época revolucionou todo um sistema de trabalho que, até então, eram manuais. Renan refez o curso duas vezes, uma em Portugal e outra na Argentina.

“O intercâmbio foi muito interessan-te, não só pela história arquitetônica característica de cada país, como no desenvolvimento dos projetos. Em Portugal, eles me davam total liber-dade para criar. Aqui no Brasil eu sempre fui vetado pelos professores, tinha até coisas que eu desenhava que eles falavam que nem ficaria de pé, não procuravam uma ideia junto para colocar em prática. E na Argentina era pior ainda, eles ficavam muito na questão de verba.”, explica Renan.

RENANARQUITETOMAZZARO

Depois que voltou ao Brasil e deu continuidade à universidade, o estu-dante só queria entregar aos profes-sores os trabalhos feitos em 3D. “Eu comecei a ser o único da classe que entregava os trabalhos em maquete eletrônica. Isso começou a chamar a atenção de todos, foi quando surgi-ram os trabalhos por fora. Aluguei uma sala e em poucos meses conse-gui juntar dinheiro para viajar para Dubai. ”, disse.

O primeiro trabalho de Renan como arquiteto veio quando ele ainda cursa-va o último ano da faculdade.

“Surgiu o projeto de um restaurante e eu tive que ir atrás dos meus amigos formados para me ajudarem com o orçamento e tudo mais. Mas encarei e fui até o fim.” comenta Renan.

Renan encarou vários desafios. Um deles foi um projeto que ele desenvol-veu para a Santos Arquidecor, onde transformou um corredor em uma moderna sala de jogos.

Naquele ano, o encontro de arquite-tos homenageava personalidades co-nhecidas da região e Renan escolheu o ambiente do cantor Chorão, da banda Charlie Brown Jr. “Eu liguei na casa do Chorão e falei que eu que-ria fazer a homenagem e ele disse que isso era novidade, porque já tinham homenageado ele com tudo, mas não dessa forma.”, conta.

Planos e projetos para o futuro estão a todo o vapor. “Nós acabamos de inaugurar nosso escritório aqui na Alexandre Herculano, o meu e do meu sócio, e estamos também com um projeto de uma nova casa notur-na, em Santos, que deve ser inaugura-da nos próximos 60 dias”, conclui.

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A jovem jornalista sempre foi muito focada no trabalho e quando o as-sunto é morar distante da família ela conta que isto não foi um problema.

“No começo da faculdade, eu descia quase todo fim de semana. Depois, com o tempo, passei a ficar mais tempo em São Paulo. Hoje, prestes a casar e já morando e namorando com um paulistano, passo a ficar muito mais tempo em São Paulo.”, disse.

Anita se considera privilegiada por suas conquistas. “Minha profissão me proporcionou experiências inesquecí-veis e muito enriquecedoras.

Pelo Glamurama, cobri vários SPFW (São Paulo Fashion Week, a Semana da Moda de São Paulo), carnavais em Salvador no Expresso 2222, de Flora. Já pela revista, pude cobrir o Cruzeiro do Rei, já que fui repórter da revista dos 50 anos de carreira do Roberto Carlos, que nós, da Editora Glamurama, publicamos há alguns anos. Entre as viagens mais bacanas estão a que eu fiz ano passado para a Espanha a convite da Zara, e outra para a França a convite do champa-nhe Perrier Jouet, na sua festa de 200 anos. Na mesa ao lado, estava Cathe-rine Deneuve.”, descreve a jornalista.

A única objeção é em falar do futuro. “Por ser impulsiva e ansiosa, não faço nem nunca fiz planos, vou esperando as coisas acontecerem.

Minha avó que sempre me diz uma frase: “o melhor da festa é esperar por ela”. Pensando nela, me lembro da importância de curtir o durante e outros momentos que a gente tende a diminuir por conta de uma ansiedade maior”, conclui Anita Pompeu.

Anita Pompeu, uma jovem jornalista natural de Santos, mora em São Paulo desde

2004, quando iniciou o curso de Comunicação Social pela PUC-SP. Formou-se jornalista em 2007. No mesmo ano entrou para a equipe de Joyce Pascowitch, a JP. “Em 2007, fui chamada para trabalhar no Glamura-ma Pop, o site jovem da JP, e em um ano me tornei editora-assistente do Glamurama, um dos principais sites de coluna social do país.

Em 2011 eu mudei de redação, fui trabalhar na revista Modo de Vida (que fala sobre estilo, decoração e arquitetura) e, depois de algumas mudanças, eu voltei para a JP já como editora-assistente, onde estou hoje. Escrevo perfis, costumo fazer re-portagens variadas e sou responsável por toda a seção Modo de Vida, que é a minha grande paixão”, conta Anita sobre as passagens dela na profissão.

A escolha pelo jornalismo teve todo o apoio e entendimento da família. “Sempre tive apoio e respaldo dos meus parentes. Meus pais sempre me deram total liberdade para escolher o caminho que eu queria seguir. E acredito que eles se orgulham de ter uma filha jornalista. Trabalho em um veículo respeitado e com uma jorna-lista bastante séria por trás”, comenta.

Ao longo dos quatro anos dedicados à equipe da Joyce Pascowitch, Anita fala da admiração que tem pela expe-riente jornalista. “A Joyce é a minha inspiração, é uma ótima referência. Um dos motivos que me fazem estar tanto tempo trabalhando com ela, aprendendo diariamente. Ela é cheia de ideias e faz revista como ninguém. Acho que tem na veia um talento nato para o jornalismo.”, explica .

ANITAJORNALISTAPOMPEU

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Nossa entrevista com Ana Carolina Muniz começa com uma passagem marcante

citada pela jornalista, editora de reportagem de moda da Revista Elle e que, junto a sua equipe da Editora Abril, entrevistou personalidades importantes do setor, como Rosita Missoni, fundadora da grife Missoni, graças ao jornalismo.

Como toda profissional, Ana sempre desejou conquistar o espaço dela, gostava de escrever e cursou a faculdade de Jornalismo na Universidade Católica de Santos. Na época, já começou a escrever sua própria história profissional. “Entrei na faculdade em 1998 e me formei em 2002. Em 2000, comecei a estagiar no jornal A Tribuna. Fui efetivada no jornal no mesmo ano em que saí da faculdade. Fui repórter da editoria Local por três anos. Assim que criaram a semanal AT Revista, fui remanejada novamente e participei da equipe desde o número 1. Era produtora de todas as fotos da revista, além de cuidar das seções Beleza, Tudo de Bom e Moda. Minha história de amor com a moda começou aqui”, conta Ana.

Com toda a experiência que acumulou nos seis anos de trabalho no grupo A Tribuna, em Santos, tinha chegado a hora da jornalista cheia de sonhos dar mais um passo. Ana foi para São Paulo atrás de novos desafios. “Passei e comecei a trabalhar na Editora Abril em agosto de 2010. Comecei como repórter e, depois de um ano, já era editora-assistente. Agora sou editora de reportagem de moda.

Cuido de todos os textos da área publicados na revista”, explica.

CAROLINAJORNALISTAMUNIZ

Como em tudo na vida, temos que fazer escolhas e Ana teve que fazer a escolha dela. Precisou subir a serra por causa do trabalho e com o apoio da família alcançou seus objetivos. Hoje a jornalista é uma profissional realizada. “Eu me considero uma pessoa bem-sucedida, afinal, cheguei onde eu queria. É claro que no meio do meu caminho tive que passar por coisas que não eram exatamente a minha paixão. Mas que, definitivamente, contribuíram para o meu aprendizado. É importante ter determinação e tirar uma lição de tudo aquilo que passa por nós. O que também fez a diferença é que sempre tive apoio da minha família e recebi uma educação exemplar, que me fez aprender a andar com as próprias pernas. Conquistar a independência é muito importante, além de ser uma maneira de agradecer aos pais por tudo que fizeram por nós ao longo da vida e de recompensar aeducação e amor que nos deram”, disse.

Uma vez realizada, o que falta para a vida de uma profissional tão jovem e que tem conquistadotodos os objetivos? Ana Carolina responde: “A moda é muito mais do que as pessoas imaginam. Vaimuito além daquela roupa que você gosta em uma vitrine. É um mercado que movimenta milhões, que conta a história do mundo por meio das roupas e que diz muito sobre a personalidade de cada um. No meu trabalho, tenho alcance e acesso a pessoas, situações e lugares interessantes. Ser jornalista em um título internacional e renomado com a Elle é muito gratificante. Espero sempre continuar trabalhando com moda. É uma área que realmente me encanta”.

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Entrar na casa de um arquiteto é algo que sempre mexeu com a minha curiosidade. Afinal,

são eles que entram em nossa vida para transformar nossos ambientes. Leonel Fernandes nos recebeu de forma muito carinhosa e fez da nossa entrevista um bate papo.

Aos 36 anos de idade, 13 deles dedi-cados à arquitetura, Leonel conta que foi a mãe que percebeu a sensibilida-de dele, quando ele tinha apenas dez anos. “Com pouca idade eu já tinha facilidade para desenhar, tanto que minha mãe me colocou numa escoli-nha de desenho e pintura para jovens, pertinho de casa. Em um ano de curso eu fui promovido para a turma dos adultos devido a essa facilidade.”, conta Leonel.

O arquiteto faz uma análise da personalidade que ele tinha enquanto morava aqui em Santos e o quantomelhorou com a ida para a capital paulista. “Eu sempre fui um adoles-cente muito introspectivo, tímido,sem muitos amigos. E estudar em São Paulo, ir para outra cidade, foi uma espécie de uma nova chance, deme reinventar.”, disse o santista.

O último ano da faculdade trouxe o primeiro desafio como arquiteto. Por ter amigos em comum, ele recebeu uma proposta para um projeto da escola do diretor de teatro Wolf Maia. Foi um projeto grande e importante na carreira do ainda estudante de arquitetura, mas que se tornaria um marco na história profissional dele. “Ele queria um arquiteto jovem que fizesse um projeto para ele no Sho-pping Frei Caneca. Foi um projeto grande de quatro pavimentos e que me deu mais do que um status, me trouxe ainda mais segurança para

ARQUITETO

LEONELFERNANDES

realmente me jogar como autônomo e seguir carreira”, explicou.

O primeiro projeto da carreira abriu portas. Leonel ficou quatro anos tra-balhando como autônomo entre San-tos e São Paulo. Também atuou em projetos corporativos junto a conhe-cida cenógrafa Cris Ayrosa. “Foi um ano incrível. Com a Cris, eu trabalhei junto a empresas como Claro, Tim e Telefônica, em eventos de moda com Roberto Cavalli, lançamentos de produtos, festas corporativas. Foi uma experiência que durou um ano eagregou muito.”, comenta Leonel.

Trabalho parecido o arquiteto pôde desenvolver numa ousada temporada que passou em Londres, que agregou ainda mais tecnologia ao trabalho de Leonel. “Fiquei um mês com meus amigos e um ano e meio em Londres. Desenvolvi um projeto em parceria com eles. Criamos uma linha de produtos para casa, com objetos de decoração e louças. Vendemos muito bem para grandes lojas, deu super certo. Algumas dessas peças eu con-segui trazer pra minha casa”, conta com animação.

Mas a temporada em Londres acabou e Leonel voltou a morar no Brasil. Mais maduro, com a vivência fora do país, o arquiteto reencontrou a cidade de Santos completamente diferente da que ele deixou, um ano antes. Foi motivo suficiente para voltar pra casa. “Voltar pra Santos foi muito bom. Um fator fundamental foi o boom imobiliário que aconteceu nos últi-mos anos. Vi uma Santos em pleno desenvolvimento, e aposteinovamente.”, falou Leonel.

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Todos já estão habituados com os maxi acessórios. Adoro esta tendência, que é prática por

valorizar qualquer roupa básica e atemporal. Mas como tudo na vida tem seu preço, vou dar algumas dicas de como usá-los sem errar.

Quando usar uma peça como o maxi colar, evite looks carregados de infor-mação. Melhor escolher um visual minimalista e sem muitos detalhes. Fuja dos bordados, babados, volumes e cintos. E jamais combine com maxi brincos, pulseiras ou anéis. No máximo, um brinco ou correntinha bem pequenininhos. Mas nunca os use juntos!

Pode parecer óbvio, mas não custa lembrar. Embora seja uma questão de gosto e estilo, estamos falando de bom senso. Bom senso e equilíbrio são tudo na vida, na autoestima e na

hora de se vestir. Misturando com um look mais discreto, como uma calça jeans e uma camiseta branca, dá para apostar nos colares coloridos para quebrar o visual mais sério.

Diversos modelos estão disponíveis no mercado, mas o ideal para quem quer entrar na tendência com calma são os de metal. Feitos de correntes finas ou bem grossas, eles prometem ser o hit do inverno de 2013. Os modelos de metal são os meus preferidos por serem elegantes e facilmente coorde-nados com outras peças, diminuindo a chance de errar.

Mas se você é daquelas que adora cor... Voilà! Coordene as cores do seu maxi colar com as da sua produção. O colar não precisa ser de uma cor brilhante ou contrastante com o look e, sim, de uma cor correspondente. Assim, você cria uma linha longa,

contínua e alonga a silhueta. Para as mais “cheinhas” e não muito altas, os colares que terminam em “V” também dão este efeito. Já as ousadas podem misturar colares de vários comprimentos.

Quando o colar for supermaxi, prenda o cabelo. Faça um rabo de cavalo alto ou um coque para não competir com o acessório. Desta forma, o colar vira o centro das atenções. Se o colar ficar solto na pele, o ideal é que seja usado com os cabelos soltos para dar equilíbrio ao visual.

Use blusas sem muitos detalhes, para não poluir o visual. Muita informa-ção pesa no look e chega a emba-ralhar os olhos das pessoas. Com camisas de gola, a regra é simples. Se estiver abotoada, o colar vai por baixo da gola. Se estiver aberta, o colar vai por dentro. Procure usar tecidos mais firmes, já que os maxi colares normal-mente são pesados e podem enrugar o tecido. São detalhes mínimos, mas que fazem uma diferença enorme.

É bastante válido usar vários colares juntos até chegar ao volume deseja-do, desde que combinem entre si. As gargantilhas levantam qualquer look, até jeans com camisetinha básica, mas evite usá-las se você tem o pesco-ço curto ou o rosto muito redondo.

Os maxi acessórios são tendência, estão na moda... Mas nem tudo que aparece deve ser copiado. Crie o seu estilo, use seu bom senso e não seja apenas mais uma vítima da moda.

por Renata BalaTudo maxi

Vaidade // Moda feminina

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Sonhamos com uma pele bonita, bem cuidada, e temos ao nosso alcance um mar de tecnologia

cosmética. Bom? Nem sempre. A ver-dade é que, no meio de tanta infor-mação e tantos lançamentos, chega a ser difícil assimilar como os produtos funcionam ou até mesmo aprender a pronunciar o nome deles.

Andei pensando nisso porque escrevo sobre beleza e maquiagem, e estou sempre em busca de novidades. Vivo testando novos cosméticos, avaliando tratamentos e dividindo essas expe-riências com minhas leitoras. Até que, um dia, minha pele resolveu se virar contra a minha pessoa. Tive uma reação alérgica por usar tantos cosméticos ao mesmo tempo (o stress e a correria ajudaram). É, bem que a sabedoria popular já dizia: “demais faz mal”.

Foi quando minha dermatologista, a

Dra. Irina Afonso, me fez levar a sério a sabedoria popular e a sua sabedoria como médica. Resultado: parei com quase todos os meus testes laborato-riais caseiros e passei a ter uma rotina mais enxuta. Enxuta, porém disci-plinada, afinal eu precisava desinto-xicar minha pele dos excessos. Em números, podemos ver o tamanho da minha mudança de hábito:

Sabonete facial: de três (um para noi-te, um para o dia e um de reserva na casa do namorado), para apenas um, o Bel Col SoftClean com própolis, colágeno e polissacarídeos.

Adstringente facial: de quatro produ-tos (que eu variava de acordo com meu humor), eliminei todos e, por recomendação da Dra. Irina, comprei a famosa Loção Beatriz.

Cremes: hidratante, matificante, controlador de oleosidade... Parei com tudo. A solução foi usar durante

a noite um ácido leve e durante o dia vitamina C – Bel Col Fluido de Vitamina C Pura – e filtro solar – Adcos FPS30 fluido para pele oleosa e acneica.

Creme para área dos olhos: mantive minha rotina, afinal, usava um só, o Improve C Olhos da Dermage.

E a maquiagem? Exatamente, foi a maior causadora do estrago. Não era por vaidade, mas por motivos profissionais. Uso maquiagem para trabalhar e, por conta das gravações diárias do Programa JB, não pude me livrar totalmente da base, pó, blush etc. No entanto, tentei usar os produtos mais leves que eu tenho no nécessaire. O que me ajudou muito foram as borrifadas constantes de água termal, que contém ativos cal-mantes e antioxidantes, melhorando a irritação cutânea.

Moral da história, eu sempre achei que dedicação com a pele era algo totalmente positivo. Só que deixa de ser positivo quando o excesso existe. Por mais que você queira resultados, imediatismo é traiçoeiro. E isso não acontece somente em relação à pele, é uma regra de vida. A hora de começar, a hora de parar. Respeitar os limites e a si mesmo. No fim das contas, sabendo que a beleza vem de dentro, continuarei usando filtro solar e mantendo minha humilde rotina de cuidados faciais, mas cuidando do mais importante, meu estado de espírito. Melhor assim, a pele – e o bolso – agradecem!

Pele: cuidar demais ou de menos? por Juliana Góes

Vaidade // Beleza

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A moda masculina ainda é um campo pouco explorado pelas pessoas, mas que está em ascensão. Prova disso é a

street-style, que anda cada vez mais antenada nas tendências. É importante lembrar que nem tudo que é lançado no mercado faz com que você passe uma imagem adequada. Tudo vai depender do seu body shape e da maneira que você mescla o seu look.

Aproveitando a estação, resolvi falar um pouco das calças nas principais tendências do outono 2013.

Com a chegada da moda militar, muitas marcas se inspiraram em sua modelagem e cartela de cores. Não curto aquelas calças, todas estampadas com camuflagem de exército. Fica exagerado e, por mais que você combine com uma básica em cima, parece que você acabou de voltar da guerra.

Abuse do verde-oliva. É uma cor linda e que fica muito bem em todos, por ser escura. Combinar uma calça desta cor com uma camisa branca é chiquérrimo e, para fechar o look com chave de ouro, basta colocar um

mocassim marrom claro ou um dockside marrom-café.

Para os modernos, abusem das calças com bolsos laterais, mas jamais exagerem na parte de cima. Estas calças já têm informação demais. Por mais básica que seja a cor, com-binem com uma blusa branca básica.

Quando falo de blusas básicas, me refiro sempre à gola “V”, pois é o tipo de blusa que emagrece e fica bem para todos. A gola “ca-noa” vai te deixar com uma impressão mais redonda ou, no caso de quem malha demais, aumenta muito o tórax e o deixa despropor-cional com relação ao resto do corpo.

A calça color continua com tudo no outono, tanto nas cores mais fortes (minhas preferi-das, diga-se de passagem), quanto nas cores mais suaves (mais conhecidas como cores ice cream).

Evite looks monocromáticos, já que neste caso fica mais bacana o contraste da calça com a parte de cima. Lembre-se de que nesta moda o ponto focal deve ser sempre a

calça. Exagerar demais deixa o look over, que é o contrário da sofisticação.

Meu look preferido é a calça vermelha combinando com uma camisa jeans escura. Além de ficar superbacana, poucos homens sabem usar a camisa jeans elegantemente. É uma ótima pedida pra inovar ao sair para jan-tar ou até mesmo para ir para alguma balada. A cor vermelha é um dos hits da estação, o que faz com que este look seja, além de tudo, moderno. Nos pés, opte por um monk de camurça marrom ou preto.

As tradicionais calças chino continuam no mercado, tanto nos modelos mais básicos quanto nos mais modernos. É uma forma de fugir um pouco do jeans e montar um look casual bacana.

Combinar uma tradicional calça chino cáqui com uma camisa de linho verde fica extremamente chique. Neste caso, vale até um derby marrom, já que o look é mais sofisticado.

Quanto às calças curtas, que estão super em alta, a dica é dispensá-las se você for um homem de estatura baixa. Infelizmente, elas cortam o corpo e te fazem parecer ainda menor. Essa moda começou em decorrência da chiquérrima barra italiana e promete perdurar ainda por um tempo. Os mais altos podem abusar, e até mesmo dobrar a sua calça jeans de forma irregular. Fica superes-tiloso. Combinando com um mocassim, fica ainda melhor.

Qualquer que seja a tendência utilizada na parte de baixo da roupa, lembre-se sempre que ao colocar a camisa ou camiseta para dentro da calça, você faz com que seu look fique mais arrumado e, consequentemente, passe uma imagem melhor. Eu gosto ainda mais quando se coloca só a parte da frente da camisa para dentro, deixando a parte de trás solta.

por Mariana CamargoModa Masculina

Vaidade // Moda masculina

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Uma empresa, seja ela de pequeno ou grande porte, é dividida da mesma maneira: a área financeira

toma conta das finanças, a área de TI cuida da tecnologia e sistemas, a área de recursos humanos fica responsável pelas pessoas que trabalham na empresa, e a parte da comunicação, divulgação e vendas fica com a área comercial ou, caso a empresa tenha um foco maior na relação com o mercado, com a área de marketing.

Cada uma dessas áreas ou departamentos possui seus responsáveis específicos, com hierarquias bem definidas. Muitas vezes ouço com espanto “Não tenho nada a ver com essa coisa de construção da imagem da empresa. Isso é com o pessoal do marke-ting”, dizem. Fico arrepiada só de ouvir!

Quem pensa e age assim esquece uma pre-missa básica: todos fazem parte do mesmo grupo e representam a mesma organização. Então, não tem jeito. Todos que fazem parte

da empresa precisam desempenhar bem seus papéis. Cada um no seu quadrado? Sim, mas lembrando de que um lado do quadrado se liga e depende do lado de outro quadrado. Isso influencia diretamente na imagem que a empresa constrói.

De fato, o conceito de marketing não é único e está diretamente relacionado com o produto, ou serviço, que esta empresa oferece, com o preço do produto, com a distribuição e o ponto de venda deste e, prin-cipalmente, com a forma de promover este produto, através das ferramentas e estraté-gias de comunicação com o mercado.

A empresa quer ser bem sucedida e valoriza-da? Entre outras coisas, precisa ter uma boa imagem associada à marca. Isso é construí-do não só com propaganda pura e simples, mas também a partir da forma competente e de qualidade com a qual a empresa presta seu serviço ou disponibiliza seu produto ao mercado. E mais: não só as atividades-fim,

mas também as atividades-meio devem ser consideradas importantes nos processos da empresa. E o que isso tudo quer dizer? Que todas as atividades da empresa precisam ser bem feitas para que a empresa consiga êxito na quantidade e na qualidade das vendas, da produção e da prestação de serviços.

Um exemplo simples, daqueles que se vê muito por aí: a empresa investe no social, investe em cultura, em proteção ao meio ambiente... Mas atrasa salários ou não reco-nhece o bom resultado de seus profissionais com prêmios, presentes ou até simples elo-gios. Como as pessoas que fazem parte deste negócio podem trabalhar contentes, vestir a camisa e atender clientes sorrindo? Onde está o estímulo para isso? Cadê a motivação?

E se os equipamentos e a infraestrutura não estão adequados ou em bom estado, como a produção será bem feita?

Percebe então como é necessário que tudo esteja em sintonia para que o resultado exista e seja positivo?

A atividade de marketing é, sim, responsável pela direção da empresa no mercado, nas redes sociais, na relação com o cliente e na valorização e associação de imagem da marca.

Marketing não é só responsabilidade da área de marketing. Toda a empresa deve facilitar este processo.

De uma maneira ou de outra, esta história vai acabar no... Marketing! Disso depende a gestão da marca, a imagem dela no mercado e também o sucesso da empresa.

Na sua empresa todo mundo faz

marketing? por Rita Martins

Comportamento // Marketing

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Durante anos, muito se falou sobre empregabilidade, mas este termo tem se tornado cada vez mais

obsoleto.

Uma tendência tem se mostrado inevitável nos últimos tempos: a evolução das relações de trabalho. Isso já é uma realidade e, no futuro, muitos profissionais não serão empregados formais. Vão trabalhar dentro de uma rede de prestação de serviços, em uma relação que evoluirá de empregado-empregador para uma relação de parceria, onde os parâmetros serão claros e simples: a empresa oferece todos os recursos necessários para que o profissional consiga produzir com qualidade e eficiência e, por sua vez, o profissional garante resultados para a organização.

Para construir uma carreira brilhante, é preciso investir naquilo que verdadeiramente irá torná-lo um profissional desejado: reputação.

Para falar sobre isso, quero enfatizar uma grande lição do coaching: só existe uma pessoa responsável pela sua reputação, você! Uma empresa pode não ter lhe dado a oportunidade de ser promovido, mas não pode, nunca, lhe tirar a capacidade de produzir resultados e construir uma imagem profissional íntegra e admirável. A decisão é sua! Empresas são geridas por pessoas e as pessoas falham. Podem ser injustas, egoístas, distraídas, enfim, podem não oportunizar tudo o que você merece. No entanto, a sua reputação é gerida por você. A história profissional que você construirá depende da sua decisão: como você quer ser visto e lembrado?

Então lhe pergunto: qual é sua reputação? Para lhe ajudar a responder, vamos recorrer a uma fórmula simples:

R = (TC + RC + EA) + IV x IP

Reputação = (tempo de carreira + resultados conquistados + experiência

adquirida) + investimento em você x imagem pessoal

Analisando essa fórmula, podemos chegar a algumas conclusões.

Tempo de Carreira + Resultados conquistados + Experiência adquirida: Esses três elementos precisam, obrigatoriamente, andar juntos. Tempo de carreira não é sinônimo de boa reputação profissional. A qualidade do tempo é mais importante do que a quantidade. Ter dez anos de experiência em uma profissão, não garante que você seja muito bom no que faz.

Subir de cargo não depende de você, entregar resultados sim: Mais importante do que os cargos que você assumiu dentro de uma empresa são os resultados que você conquistou.

Investimento em você: As pessoas precisam compreender, que o plano de carreira de algumas empresas é um norteador das oportunidades, mas não substitui o investimento que o próprio profissional deve fazer em sua carreira.

Imagem pessoal: Nenhumas das opções anteriores valerão a pena se a sua imagem profissional não for preservada. Estou falando aqui sobre caráter, meus amigos. O único elemento sobre o qual não há meio termo – ou você tem ou não tem!

Percebam que o mais interessante dessa fórmula é que todos os elementos dependem somente de você!

Espero que sua carreira tome rumos inacreditáveis!

Carreira, a era da reputação por Alexandre Prates

Comportamento // Carreira

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Vivemos um tempo histórico, uma época que em breve fará parte dos livros de história,

chamada Revolução Digital. Os hábitos de consumo mudaram e atingiram diretamente o varejo e seu posicionamento.

O dinamismo das informações e a busca incessante por novas experiências fortaleceram uma das principais estrelas desta “revolução”: as redes sociais. Já é de conhecimento de todos que se você tem um negócio, seja em que ramo for, você deve ter pelo menos um site, um site mobile e uma fanpage no Facebook.

Em linhas gerais, você pode usar as redes sociais para várias finalidades. Isso evidencia que qualquer modelo de negócio deve estar nelas, dentre as finalidades citamos:

Exposição de marca: a navegação do

usuário mudou e que o internauta brasileiro é o que gasta mais tempo em redes sociais, fazer parte dela é estar disponível para consulta de seu endereço, telefone e produtos. É bem provável que seu potencial cliente procure você no Facebook e depois, caso não encontre, no Google. Mas neste hiato você pode perdê-lo.

Branding: o processo de concepção de marcas mudou. No chamado marketing 3.0 (era do marketing centrado no ser humano, definido por Philip Kotler), o consumidor exige experiências e a produção conjunta do objeto de consumo.

No ambiente das redes socias e com o apoio da geolocalização, sua marca gerará mais experimentações e seu consumidor não analisará o valor, mas o sentimento atrelado a ele.

Relacionamento: tão importante

quanto captar novos clientes é fidelizar os antigos. Assim as redes sociais são excelentes ferramentas de CRM (Customer Relationship Management ou gestão do relacionamento com o consumidor), permitindo saber aniversários, preferências de consumo (por meio de enquetes, interações, dados no perfil) ou simplesmente gerar promoções a clientes leais. Sim, tudo isso está disponível e de graça.

Vendas: a decisão de comprar ou não, segundo especialistas, é feita em 18 segundos. Mesmo que você não tenha um e-commerce, expor produtos/serviços e responder rapidamente a consultas vai gerar uma excelente experiência ao usuário e, com certeza, potencializar suas vendas. É fundamental entender que os outros itens (exposição de marca, branding e relacionamento) são ferramentas da venda. Muitas vezes escutamos: “eu nunca vendi nada pela rede social”. Você pode não ter efetivado a venda, mas se grande parte de seus clientes tiveram pelo menos um contato com sua marca on-line, isso poderá determinar comprar com você ou com o seu concorrente.

Afinal, a rede social dá resultado ou não?

Obviamente, dá. Mas a sua mensuração é burra e difícil. Por isso, leve contigo o que Einstein, sem conhecer as redes, já ecoava: “Nem tudo que pode ser contado, conta. E nem tudo que conta pode ser contado”.

por Diego Martins

Como as redes sociais podem

ajudar seu negócio

Comportamento // Hashtag

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Faz anos que eu escuto o clamor pelo aumento da participação feminina na política. Porém, o

que vejo é que quase tudo continua da mesma maneira. As mulheres são extremamente competentes por natureza, mas a maioria não parece querer utilizar o presente que lhes foi dado por Deus: a inteligência e a força que só elas têm. Com certeza, se estivessem em maior número na vida pública, fariam mais diferença ainda. Como sempre fazem quando ocupam posições de destaque tanto na iniciativa privada, quanto na pública.

Quero ressaltar também que existem setores que continuam sendo como “santuários” e que fogem às mulhe-res: o religioso, o militar e o político. São como três ordens da Idade Mé-dia, espaços que continuam quase inacessíveis às mulheres, consideran-

do a resistência histórica em integrar mulheres nestes redutos onde os ho-mens dominavam, e ainda dominam, plenamente.

Os anos passam e tudo continua prati-camente da mesma forma. Os índices estão aí para provar esta afirmação. Apesar do cargo máximo da república ser ocupado por uma mulher, a par-ticipação feminina brasileira nas es-feras do poder ainda é baixa. Em um ranking que avalia a penetração poli-tica por gêneros em 146 países, pre-parado pela União Interparlamentar, o Brasil ocupa o modesto 110º lugar. Atrás de nações como Togo e Serra Leoa. Pode isso? Com certeza, não!

Embora representem 51,7% dos elei-tores brasileiros, a participação das mulheres na Câmara dos Deputados é de 9%, número semelhante aos 10% registrados no Senado. São Pau-

lo, a maior cidade do país, possui os mesmos 9% de vereadoras na Câmara Municipal. No Poder Executivo, a si-tuação não é diferente: das 26 capitais, somente duas têm mulheres como prefeitas.

Agora, eu te pergunto: essa realidade tem ou não tem que mudar no Brasil?

Eu sei que algumas pessoas dirão que esse é um erro na legislação eleitoral, mas eu não concordaria, pois existe uma lei que foi elaborada simples-mente para tratar desta desigualdade de representação da mulher em rela-ção ao homem no poder.

A Lei Eleitoral é a 9.100, promulgada em 1995, justamente para atender à necessidade de aumentar a represen-tação feminina no legislativo. De acor-do com a lei, 20% dos postos deveriam ser ocupados pelas mulheres. Já em 1997, a mesma lei foi alterada para o mínimo de 30%.

Como vocês podem ver, mesmo exis-tindo tal legislação, ainda é muito difícil atrair as mulheres para a cena política no Brasil. O que é uma pena!

Mulheres acordem! Não permitam que em pleno século XXI estas atitu-des arcaicas cerceiem os seus direitos!

Como dizia Robert Frost, um dos maiores poetas do século XX, “as me-lhores coisas e as melhores pessoas nascem da diferença. Sou contra uma sociedade homogênea porque eu que-ro que a nata se eleve”.

Mulher versus homemna política por Taylor Matos

Comportamento // Política

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Turquiae seus encantos

Imagine escolher um roteiro de viagem, que além de um cenário de exotismo e muita história,

ofereça também um cartão postal ao vivo a cada direção que se olhe. Assim é a Turquia, um destino que inspira cultura e riqueza arqueológica, além da sua longa costa com numerosas praias.

Não é a toa que o número de turistas vindos do Brasil cresceu 67% nas estatísticas do ministério do turismo local. Parte desta demanda é graças à novela da Rede Globo “Salve Jorge”, da autora Glória Perez, que escolheu o território turco para ser o palco de sua trama.

O país surgiu a partir da fragmentação do Império Otomano, que foi arruina-do após a Primeira Guerra Mundial. Situa-se na parte leste do Velho Con-tinente e na parte oeste da Ásia, ou seja, parte do território se estabelece no continente europeu e a outra, no continente asiático. O país faz frontei-ra com a Bulgária a noroeste, Grécia a oeste, Geórgia a nordeste, Armênia e Irã a leste e Iraque e Síria a sudeste.

Além disso, a diversidade climática também se faz presente na região. No litoral sul e oeste o clima é mediter-râneo, em julho a temperatura média é de 29ºC. Ao norte os verões são agradáveis e os invernos são frios e com grande incidência de chuvas. No centro do país o clima é seco.

Turismo

por Mariana Rio

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A Capadócia é um dos principais destinos turísticos da Turquia por sua história rica em

cultura bizantina e arqueológica. A região já foi cenário do filme “Guerra nas Estrelas”, de George Lucas, e atualmente é exibida na novela da Rede Globo.

Situada em um planalto com aproximadamente mil metros de altitude, o clima da Capadócia é acentuadamente continental, com verões quentes e secos e os invernos frios e até com neve, o que a torna ainda mais exuberante.

“A Capadócia é uma região totalmente antiga onde as cavernas (ex-moradias) são o diferencial, com uma paisagem maravilhosa. A região é toda turística e dividida por pacotes com cores. Vale a pena reservar um dia para conhecer cada canto, em uns 3 dias dá para conhecer tudo. Mas ainda assim, prefiro a agitação de Istambul”, diz Rodrigo Maciel.

O Parque Nacional é a mais famosa área da pitoresca e popular região da Capadócia, onde se concentram dezenas de igrejas com construções religiosas trogloditas, todas elas tombadas como patrimônio Histórico Mundial pela Unesco junto com os Sítios Rupestres da Capadócia.

CapadóciaMas a principal atração da cidade com aspecto lunar são os vôos de balão às 6 horas da manhã. A 1.300 metros de altura, a paisagem árida de tons terrosos assume um visual dos sonhos, com montanhas e vales branco-lua alternando-se com serpentinas verdes e as inacreditáveis casas escavadas em rochas pontiagudas que ora se assemelham a cogumelos, ora lembram cupinzeiros humanos. Outra opção é o passeio a cavalo, requisitado por muitos brasileiros.

“Não consegui andar de balão porque no dia que fui não tinha vento. Mas se der sorte, aproveita. É fascinante. Vale a pena também comer a

Istambul é a principal cidade da Turquia, que reúne uma mistura incrível de ocidente e oriente com modernidade e beleza. Na parte antiga, concentra atrações históricas como o palácio Topkapi, a Mesquita Azul com suas cisternas, a basílica de Santa Sofia, que funciona como mu-seu, e o mercado egípcio. Do outro lado, há a cidade moderna, com seus edifícios contemporâneos, clubes, restaurantes, arranha-céus e organiza-ções internacionais.

Istambul

pida (um mix de pizza e esfiha) e o kebap, são muito saborosos”, sugeriu o turista.

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A brasileira Virginia Dolores de Lima Otero ficou três dias em Istambul, hospedada no hotel 4-estrelas Lady Diana e gostou bastante da vista panorâmica do local por ser localizado no centro da cidade, mas o que a deixou encantada foi a Mesquita Azul. “A grandiosidade da mesquita em todos os aspectos, como tamanho, arquitetura e relevância cultural fascinam. Além do passeio de barco que dá para visualizar a parte nova e antiga de Istambul. Não se pode deixar de conhecer também o Mercado Municipal, com as lojas de ouro, barracas de frutas e outras coisas mais”.

Mas para quem deseja economizar com hospedagem, existe também a opção do hostel. “Fiquei no Eurásia, muito bem situado, aconchegante, ótima recepção e limpeza com o café da manhã incluso”, sugeriu a professora Ana Maria Silva. Istambul é conhecida por seus pontos turísticos, como museus, palácios, igrejas, mercados e principalmente pelo Grande Bazar, o maior mercado do mundo, que abrange

Hospedagem

uma superfície de 1.300 m2 e é composto por mais de quatro mil lojas espalhadas por 50 ruas.

Lá se encontra qualquer tipo de mercadoria, em particular produtos tradicionais turcos, como tapetes, doces, café, antiguidades e uma grande variedade de lembranças. Sem falar nas lojas de jóias, artigos de couro, acessórios, roupas, tecidos elegantes e muitos outros produtos. O bazar é dividido em seções, para as pessoas poderem encontrar o que desejam com facilidade.

Fora do Grande Bazar, a sul da Ponte de Galata, existe uma série de mercados que vendem, principalmente, especiarias, mas também vários outros produtos, o famoso Bazar das Especiarias.

Outra área preciosa de Istambul é a Praça de Sultanahmet (Sultanahmet Meydani) onde a igreja de Hagia Sophia e a Mesquita Azul se encontram no lado leste, enquanto o grande Palácio de Topkapi fica a alguns metros a nordeste.

O publicitário Rodrigo Maciel contou que é preciso levar dinheiro a mais para as compras, pois lá as tentações falam mais alto. “Recomendo comprar as lembrancinhas no Bazar de Especiarias ao invés do Grande Bazar, pois é mais barato, e experimentar os doces do box 30, que são uma delícia”, indicou.

Outros lugares como a Rua Istiklal, a Hagia Sophia, o Palácio Topkapi e a Cisterna, um palácio subterrâneo, também fizeram parte do roteiro da professora de moda Camila Gonçalves, que ficou surpresa com a vaidade dos turcos.

“O pessoal turco é bem moderno, os homens são muito vaidosos e as mulheres mais ainda. Tem quem use burca (cobertura total do corpo, inclusive rosto e olhos – é proibido entrar em instituições públicas com esta veste), mas é o chador (cobertura total, exceto o rosto) e o niqab (cobertura total do corpo, mas que revela os olhos) que mais se vê pelas ruas”, conta.

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O outlet Star City, também é um dos preferidos dos brasileiros. Lá, o jeans claro masculino da Diesel custa 120 liras turcas. Um tênis New Balance, 100. E a camisa polo Tommy Hilfi-ger, 60 liras turcas.

A cozinha turca é famosa pela sua variedade e pelo uso abundante de especiarias e ervas. Além disso, foi eleita em 2008 pela revista Food and Wine a terceira melhor gastronomia do mundo. Destaque para o 360°, um restaurante de comida internacional, que possui uma vista deslumbrante da cidade.

Zuma - Tradicional e famoso res-taurante japonês com um toque de sofisticação, apesar da decoração sim-ples. Situado em Ortakoy, os clientes são servidos em um terraço de verão, onde podem visualizar a preparação dos pratos a serem servidos.

Bar do Hotel Nomade - É a melhor vista da cidade da Mesquita Azul. A dica é curtir a paisagem ao entardecer tomando um drink. Também tem vista para o Golden Horn. O lugar é pequeno, mas aconchegante.

Hamdi - É um dos mais recomenda-dos. Lá é possível encontrar o lahma-cun, uma espécie de pizza turca com massa fininha feita no forno à lenha.

Refik - Na movimentada Rua Soyiali, uma opção com boa comida, porém em pequenas porções como de imam bayildi (berinjela recheada com cebola, tomates e passas), de pimen-tão vermelho escalivado (cozido no forno com azeite de oliva) e de lulas empanadas (kalamari).

Gastronomia

ComprasEm Diliktas, tem ainda um outlet mais fino, a ponta de estoque da Beymen, multimarca local ao estilo Daslu. São dois andares de etiquetas famosas em coleções antigas que vêm das capitais da Europa quando encalham.

Mas para quem estiver com o tempo cronometrado, a melhor saída é encontrar achados na Rua Istiklal, que seria uma versão local da Avenida Paulista. Tem passagens como a Terkos, na altura do consulado sueco, onde são vendidas peças de malharia feitas na Turquia para grandes mar-cas, mas que têm pequenos defeitos. Há camisetas Abercrombie & Fitch e também de outras marcas, como Moschino e Prada.

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Embora a Turquia se estenda por uma área geográfica muito grande, é recomendado visitar os principais pontos e cidades com o auxílio de um guia, de preferência que fale português, para ter tour personalizado. Porque se tem gente que já se enrola no inglês, espanhol e alemão, imagina no idioma turco?

Aprenda o básico das expres-sões turcas para não passar vergonha!

Mérabá: oiBenim adim...: meu nome é...Gule: tchauEvet: simYok, yok: não, não Lütfen: Por favorTaman: tá bomSaal: obrigado (a)Ne kadar?: quanto custa?Saat kaç?: que horas são?Anedim: mãezinhaBabisko: paizinhoAbi: irmãoBey: senhorAllahalla: ô, meu DeusMarshallah: Deus o protejaÇok güzel: muito linda, bonita

vocabulárioE por se tratar de um local que oferece uma cultura diferenciada, é fundamental que o viajante estude os costumes e hábitos locais para evitar constrangimentos e gafes. Por isso, aí vão algumas dicas:

- Jamais, em hipótese alguma faça o gesto de figas com as mãos, ou use qualquer acessório com o símbolo, pois poderá provocar brigas e até morte. No Brasil, significa sorte, mas para os turcos é uma ofensa. Fazer figas significa querer ter relações sexuais com alguém casualmente, sem seguir os costumes.

- Também não se espante se vir garrafas no telhado, e nem ouse quebrá-las ou fazer qualquer tipo de brincadeira, pois estará encrencado. Toda família que coloca uma garrafa vazia no telhado é para anunciar que ali há uma moça solteira com interesse em casar. O candidato a marido tem que acertar a garrafa e, assim, ganhar o coração da noiva. Feito isso, com as famílias de acordo, começam os preparativos para a cerimônia.

Curiosidades- Antes de entrar na casa de alguém, assim como nas mesquitas, lembre-se: tire os sapatos! Provavelmente, os donos do lar vão te oferecer chinelos. Já no culto mulçumano pode ficar de meias. É comum também que alguns turcos andem descalços, tudo isso só para não ser “contaminado” com a sujeira da rua.

- É aconselhável que as mulheres usem roupas discretas e não muito curtas ou decotadas, especialmente ao visitar sítios religiosos, por se tratar de um país onde a população tem hábitos conservadores.

- Caso seja convidado para tomar um tchai, não estranhe. É um chá que não leva leite e é a bebida mais consumida pelos turcos. É como se fosse o café aqui no Brasil, a diferença é que lá, eles servem mesmo sem pedir.

- Beijo na boca? Só em casa! Nada de pegação e amasso no meio da rua. É proibido! E fique de olho nos taxistas, eles costumam cobrar preços abusivos pelas corridas.

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Há alguns anos, ainda no século passado, ousei escrever o meu primeiro

texto sobre o maravilhoso mundo do vinho. O fiz timidamente, na tentativa de ajudar a divulgar e popularizar esta bebida magnífica aqui em terras litorâneas.

Atualmente percebe-se uma mudança no interesse dos consumidores. O vinho está na mesa de muitos brasileiros, sendo apreciado de norte a sul e de leste a oeste nesse Brasil imenso e intenso. Claro que nas devidas proporções. Não temos a cultura do vinho arraigada em nossa história, mas a estamos adquirindo.

Ainda que o vinho esteja cada vez mais popular e mais presente na mesa dos brasileiros, a preferência pelos tintos é muito grande. Isso é ruim? Não, tudo bem. Desde que

não represente um desconhecimento, ou até mesmo um preconceito, com relação aos vinhos brancos. Partindo da lógica, os vinhos brancos, os espumantes e os rosés seriam os mais indicados para o nosso clima. Como então oferecer um vinho branco aos usuais apreciadores de tinto? Eis a questão! Vamos desvendar esse mistério?

Muitas pessoas recusam um vinho branco por jamais terem experimentado um “vinho branco correto”. Costumo recomendar ao iniciante um vinho branco seco leve, equilibrado e jovem, com um toque de doçura. Significa que terá a cor amarelo claro (palha), às vezes verdeal, com boa acidez, aromas de flores e/ou frutas cítricas ou mais maduras e um teor alcoólico de 11º a 12º. Na Argentina encontramos o típico vinho da uva autóctone (que

é natural da região ou do território em que ocorre) Torrontés, que tem todas essas características. Assim como um autêntico francês alsaciano, um italiano ou alemão da uva Guewürztraminer, eis o melhor debut para os que ainda não degustaram um delicioso e aromático vinho branco.

Opções secundárias seriam os já afamados brancos das uvas Chardonnay, típicos da região da Borgonha, na França, mas produzidos em vários terroirs pelo mundo. Em geral, estes têm aromas de maçã, abacaxi em conserva, manteiga e madeira, quando estagiam em barricas de carvalho. Os vinhos produzidos com a uva Sauvignon Blanc (originária de Bordeaux e Vale do Loire, na França) têm seus aromas mais evidentes no maracujá e em outras frutas cítricas, com toques herbáceos.

E como não recomendar o mais fino vinho branco da uva Riesling? Trata-se de uma casta nobre de origem germânica que nos envolve com exclusivos aromas florais, de mel, frutas, minerais e, imagine, petróleo!

Continuamos com brancos da casta Chenin Blanc, Sémillon, Viognier, Alvarinho, Verdejo, Vernaccia di San Gimignano, Trebbiano e tantas outras... Todos eles, degustados à temperatura de 7ºC a 10ºC são ideais para beber na praia, na piscina e nos barzinhos à beira-mar, com os mais variados quitutes do mar.

Até a próxima taça!

O que deseja beber? Vinho branco! por Cláudia Oliveira

Giro Cultural // Adega

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Há alguns anos, o Peru vem sendo reconhecido como um país importante para

o setor gastronômico. Misturando ingredientes típicos com influências da colonização espanhola e também da imigração de diversos países, a culinária peruana conseguiu ocupar um lugar de destaque e hoje recebe investimentos maciços por parte do governo para que se consolide cada vez mais.

De qualquer forma, o principal prato da culinária peruana é o ceviche, que mistura peixes e mariscos cozidos no limão. Aliás, o ceviche do Peru é tão famoso que existem, em Lima, várias cevicherias. Por isso, ir a uma cevicheria é visita obrigatória em uma viagem ao Peru. E mais do que isso: é indicado experimentar logo no primeiro dia de estada no país.

Também há outros pratos importantes

na culinária do país, que usa muitos tubérculos, milho, tomate e, é claro, peixes.

Assim, Lima é hoje conhecida como “a capital da gastronomia na América do Sul”, e o país todo conta com diversos chefs famosos e muito competentes.

Vale a pena conferir o festival no mês de setembro. Estive no Peru e vou falar um pouquinho sobre a feira gastronômica que acontece lá.

Feira Mistura

Mistura foi apontada como a feira mais importante da América Latina e adquiriu conhecimento internacional.

Não é só um festival de comidas, é muito mais do que isso.

É uma festa onde os peruanos de diversos setores e classes sociais, se reúnem para celebrar a tradição da sua culinária e diversidades culturais.

A feira reúne diversos chefes da cadeia gastronômica do Peru: pequenos agricultores, produtores de aguardente de uva produzidas no Peru e no Chile, cozinheiros, confeiteiros, restaurantes e empresas de alimentos.

Em cada um dos 42 restaurantes que estão na feira, percebe-se a preocupação e o apego aos ingredientes regionais num verdadeiro sacerdócio no uso da produção. Peixe, quinoa, porco, batata, milho, fava, pimenta e tantos outros elementos aparecem reinventados em técnicas contemporâneas, na mistura com novidades trazidas de outros lugares e na apresentação cuidadosa dos pratos.

O maior legado da Mistura, talvez seja realmente a beleza da persistência na preservação das raízes sem perder de vista as inovações tecnológicas. A cozinha fusion aparece com força total em casas que praticam as culinárias nikei (peruana-japonesa), chifa (peruana-chinesa) e afroperuana (creola), mas sem perder de vista os sabores marcantes e os temperos intensos.

E tudo isso está ao alcance de todos a preços populares e com toda a qualidade que se tem direito.

É possível observar que a estrutura montada oferece ao visitante, ainda, o conforto de um espaço pensado para proporcionar uma experiência gustativa adequada. Mesas grandes permitem que os grupos possam compartilhar as refeições e, dessa forma, experimentar mais sabores.

por Beth Teani

Misturafeira gastronômica

Giro Cultural // Gastronomia

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Nessa edição, vamos colocar informações sobre situações do dia a dia no ambiente de

trabalho e perceber como a etiqueta também é importante como código de conduta.

Almoço de negócios

- Evite restaurantes muito na moda e muito populares. Algo discreto e bom, que fique no meio do caminho de ambos para poupar tempo.

- Reserve a mesa e chegue antes.

- Na véspera, confirme o encontro.

- Se o convidado atrasou, o limite de espera é de 45 minutos. A não ser que seja de outra cidade.

- Se quem convidou desejar pagar a conta, deve combinar com o garçom antes. Assim, constrangimentos na hora de pagar são evitados.

- Não comece uma frase e logo coloque uma garfada na boca. É de bom tom esperar alguns minutos para que se possa comer e depois retomar o assunto.

- Pão se corta com os dedos.

- Só comece a comer depois que todos foram servidos ou até que o anfitrião seja gentil e peça que não espere por todos.

Recepção: Como anfitrião e convidado

Faz parte da estratégia de marketing das empresas promoverem essas festas e grandes negócios são feitos em torno disso. - Antes de marcar a data, verifique se há outra festa no mesmo dia.

- Mande os convites com antecedência.

- Sempre convide um número a mais de pessoas para ter a casa cheia.

- Cancelamentos de festas devem ser informados aos convidados por escrito. Em seguida, telefone para garantir que o aviso foi recebido.

- Duas horas é o ideal para recepção comercial.

- Prefira festas no fim da tarde a almoços, que podem prejudicar o resto da tarde.

- Quando um anúncio é feito à imprensa, nunca marque depois de 17h30, pois os jornais fecham. Evite também as sextas-feiras.

- Quando um produto for lançado, deve-se ter um número generoso de funcionários capazes de informar a todos sobre suas dúvidas e grande quantidade de material gráfico.

- Representantes da empresa que recebe devem ficar na porta. Estes representantes são igualmente responsáveis pelo êxito da festa e o bem-estar dos que ali estão.

- Em reuniões que tratam exclusivamente de negócios, as esposas não comparecem.

- Para terminar a festa, comece a rarear o serviço de bebida com espaços de 15 minutos ou mais até pararem totalmente. Uma boa dica é distribuir brindes dando idéia de encerramento da festa. Estes brindes devem estar na porta de saída.

- Hotéis têm tarimba para festas de maior porte. Em segundo lugar, um bom restaurante ou a sede da empresa, se houver um local adequado para o evento.

Etiqueta no mundo corporativo por Fernanda Ventura

Giro Cultural // Etiqueta

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Compra On-line: www.personalbus.com.br

ou consulte seu agente de viagens

aeroportos de São Paulo

O caminho mais curto entreSantos/Guarujá e os

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Para degustar O Obika é um mozzarella bar que está espalhado em diversas cidades do mundo. Mas em Milão é ainda mais especial, já que seus produtos são todos italianos e produzidos em diversos cantos do país e, reunidos nas unidades da cidade, dão ainda mais prazer em degustá-los. No cardápio aparecem embutidos, saladas, pastas, pizzas e, obviamente, diversas variações da deliciosa mozzarella di bufala Campana DOP. É o lugar perfeito para uma pausa rápida durante o dia, saboreando algo leve. (obika.it)

por Eduardo VirtuosoMilão

Visitar Milão é quase como visitar São Paulo. Sem boas dicas, não se conhece o melhor da cidade.

São restaurantes, bares, baladas e até pontos turísticos que se espalham pelas ruas e que só alguém que morou por lá pode te indicar! Recebi algumas dicas, vivenciei e agora repasso. Sem dúvidas são pontos que merecem sua visita!

Para ficar Hospede-se no Hotel Straf. Lá, você encontra um ambiente ultramoderno e sofisticado. Os quartos são personalizados, os recepcionistas são jovens e dentro do hotel existe um bar descolado, bem frequentado e movimentado. O preço é justo para todas as vantagens que o Straf oferece: conforto, serviço e localização. O hotel fica a apenas 50 metros da Piazza Duomo. (straf.it)

Para almoçar O Paper Moon é um restaurante pequeno que tem um cardápio simples, porém muito adequado para quem quer comer bem. Nele você irá saborear pratos típicos italianos, que acompanhados por um bom vinho se tornam ainda melhores. O lugar é ideal para quem pretende almoçar sem pressa. (papermoonmilano.com)

Segurança Como em qualquer viagem internacional, dinheiro em espécie é sempre algo perigoso de se andar, logo, antes de viajar, garanta um cartão de viagem Visa Travel Money na ARC Corretora de câmbio. Além de prático, ainda é mais econômico, pois as taxas praticadas são exelentes. Ah, vale lembrar que toda a solicitação é feita por internet e depois de concluída eles ligam pra ativar o cartão e entrega-lo em mãos. (arccorretora.com.br)

Para comprar Como Milão é a capital do design, nada mais justo do que conferir as no-vidades enquanto visita a cidade. Para isso, vá até o subsolo da gigante loja de departamentos La Rinascente. Ali você encontra o Design Supermar-ket, onde tudo o que você imagina para sua casa e para seu uso pessoal é estilizado. Da colher de café à ge-ladeira, todos os produtos possuem um design diferenciado e inovador. (designsupermarket.it)

Giro Cultural // Dicas

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Carlinhos Virtuoso comemorou a che-gada dos 50 anos, rodeado de amigos na Capital Disco. O convite, uma máscara com o rosto do aniversariante, pedia o traje no black, porque a noite era para se comemorar os “50 tons” dele. Uma alu-são ao livro mais comentado de 2012. A animação da festa ficou com a banda Faixa Nobre e o DJ Gustavo Gaia, que não deixaram ninguém parado até as 6 horas da manhã.

Flavia e Mario Rogerio Esteves

Giro Cultural // Social

Claudia Duarte com Osvaldo e Clara Monforte

Luiz Alca e Nina Santini

Bernardo, Carlos e Eduardo Virtuoso

Carlinhos Virtuoso50 anos

Thais Correa e Roberto SantiniIriana Bottene

por Renata Pierri

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A Give me 5 foi indiscutivelmente a loja mais criativa do Praiamar Fashion

Day. Karla e Edu Lellis montaram um estúdio de tatuagem na loja e

presentearam amigos e clientes com tattoos super estilosas.

Guta Virtuoso

Graziela Monforte de Souza Pinto e Veridiana Sá

Mayara Moran

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Claudia Silveira

Claudia Silveira recebeu muitos amigos e clientes em sua loja Planeta Água da Azevedo Sodré para brindar a nova coleção. Entre quitutes e muito champanhe, a empresária apresentou novas peças da coleção de outono/in-verno das marcas que trabalha.

Soraia Pereira, Karin Toledo e Malu Sanches

Planeta ÁguaOutono 2013

Priscilla Jonsson e Patrizia Roverato

Ricardo Silveira, João Luiz Mazzelli e Fernando Novaes

Vanessa Rodrigues, Cristine Adegas e Maristela Macedo

Wagner Moura dá um banho de atuação no emocionante filme nacional “A Busca”. Com uma história bem alinhavada e emocionante, é uma dica para os mais antenados.

Giro Cultural // Social

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Oswaldo Pires

Diana Marques Ismar Fonseca e Livia Ferreira

A Track & Field abriu a primeira loja da rede na cidade. Sofia Marques

Sasso é a empresária responsável pelo novo empreendimento que fica na

Ponta da Praia em Santos.

Vanessa Fonseca e Monica Cassimiro

Elsie Maria Macedo e Berenice dos Reis Castilho Silveira

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Aos arquitetos de obras prontas, estes tipos que insistem em se materializar aos montes, do

tipo que adoram dar pitaco e dizem que poderíamos ou deveríamos ter feito de outra forma aquilo que fizemos, a mensagem é: feliz 2013! Que vocês encontrem planos para si e deixem de viver a vida alheia. Que quando forem fazer algo, que o façam por si mesmos.

Aos fofos e fofas de plantão, que ado-ram detalhes da vida do próximo e se deleitam ao menor sinal de fumaça virtual ou real, aos que insistem em sondar furtivamente aquilo que ima-ginam ser um fato, algo que de fato nunca saberão o que é ao certo, mas mesmo assim não deixam de manter seus dedinhos invisíveis apontados: meus votos de feliz 2013! E que vocês encontrem seus próprios planos e deixem de viver à sombra da vida alheia.

A quem vive dando lição de humani-dade nas redes sociais, colecionando curtidas e compartilhamentos como troféus na sua estante do ego laque-ado, que contaminados por aquela imensa soberba autoindulgente não conseguem distinguir gentileza de adulação: meus votos de um feliz 2013. Que neste ano encontrem atividades que possam preencher o

tempo e afastar a maldição do ócio de suas vidas.

A quem vive trancado no armário, lembre-se de que, hoje em dia, a vida é uma cristaleira e o mundo pode te ver tentando se esconder aí dentro. Meus votos para que vocês se assu-mam, pois só falta vocês se aceitarem. Ninguém que realmente importa vai se importar. E lembrem-se: não dá mais pra esconder, né? 2013. Dois mil e treze!

Dito isso, mais votos de feliz ano novo vão aos que celebram a vida e aos que vivem de verdade, aos que tem coragem de quebrar os paradig-mas, aos que trazem diferença no mar da mesmice que insiste em nos fazer arrebanhar. Um salve aos que não se levam tão a sério a ponto de nunca verem graça em si mesmos e jamais rirem de suas próprias idiossincrasias.

Feliz 2013 para quem se descabela ao vento e transpira no calor, para quem tropeça na calçada da Azevedo Sodré, pisa no cocô na Washington Luís e chuta pedaço de pau na beira do mar.

Que em 2013 continuem no mesmo caminho os que praticam a busca do equilíbrio em detrimento da busca desenfreada do prazer imediato e da felicidade consumista e midiática. Aos que não se desesperam nas der-

rotas a ponto de perderem seu rumo e nem se deslumbram demais nas conquistas, aos que medem atos, mas não esforços, pra que possam realizar seus propósitos.

Que este ano que se inicia seja pródigo para quem não é barulhento, quem não “causa” no trânsito e não incomoda seu vizinho impondo sua música, invariavelmente ruim, e quem não usa o carro pra andar dois quarteirões. Para quem já se tocou que vivemos numa ilha e não cabe mais tanta coisa nela.

Que o ano de 2013 seja repleto para os que pensam! A quem age pensan-do no coletivo e se torna útil. Feli-cidades aos que têm ideias. A quem sabe seu valor, mas não se importa demais com sua relevância a ponto de ser escravo de seu sucesso. A quem re-conhece seus erros e àqueles que não se prendem no que deu errado e não agem como vítimas, deixando mar-gem pra que o futuro possa reparar o que não funcionou no passado.

Feliz ano novo para quem toma chu-va e para quem toma sol.

Feliz 2013 a quem sabe que educação se impõe em casa e que entende que ensino é uma coisa e, na real, educa-ção é vergonha na cara, e não escola cara! Feliz 2013, Santos City.

por Paulo ConsentinoComo se fosse fácil

Giro Cultural // Fim de papo

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