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nº 1610 – 11 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Regionalização da Emater/RS-Ascar
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 2, 11 jun. 2020
Palavra da Casa
Câmara Temática é criada para ampliar área irrigada no Estado
Neste mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente e se dá início à divulgação da
Semana da Água 2020, a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária
e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e preocupada com as questões ambientais e de sustentabilidade
produtiva das propriedades rurais, destaca a execução de diversas ações e programas para reduzir o
déficit hídrico nas áreas de produção e, consequentemente, o impacto da estiagem no Estado.
São programas como o Mais Água Mais Renda, o Segunda Água e o de Infraestrutura Rural que
viabilizam a construção de açudes, a perfuração de poços e a distribuição de kits de irrigação para as
pequenas propriedades, além de promover a proteção de nascentes.
Dos 1.158 açudes construídos em propriedades da agricultura familiar do ano passado até maio
deste ano, 500 foram realizados pelo Programa Segunda Água, do Departamento de Agricultura Familiar e
Agroindústria (Dafa) da Seapdr. O programa também distribuiu neste período 294 kits de irrigação, que
garantem a melhoria do cultivo de hortaliças, feijão, milho e frutíferas, entre outras. O investimento total
do programa é de R$ 26,2 milhões, que vão beneficiar 2,7 mil famílias de 68 municípios gaúchos.
Já o Programa Mais Água Mais Renda (2019/20), gerenciado pelo Departamento de Políticas
Agrícolas, investiu R$ 1,5 milhão este ano para subsidiar equipamentos de irrigação para 92 produtores
rurais. No ano passado, foram 165 projetos, com 3.560 hectares irrigados e 111 açudes regularizados ou
construídos. O programa, que teve sua licença expirada em março, teve a prorrogação autorizada pela
Fepam por mais um ano. Ele tem como objetivos incentivar, fomentar e facilitar a expansão da área
irrigada no Rio Grande do Sul.
Mesmo diante desses exemplos de algumas ações e investimentos, é preciso fazer muito mais,
tendo em vista o diagnóstico feito pela Seapdr dos três principais problemas na área da irrigação: trâmites
burocráticos para conseguir as licenças ambientais, deficiências no fornecimento de energia elétrica e
falta de linhas de crédito atrativas para novos projetos. São esses entraves que resultam em apenas 2,9%
de área irrigada no plantio de sequeiros, como soja, milho, trigo e feijão, enquanto o estado de São Paulo
chega a 34%.
No intuito de ampliar a área irrigada no Estado, a Seapdr criou a Câmara Setorial da Irrigação, em
22 do último mês, que realizou sua primeira reunião na segunda-feira passada (08/06), por
videoconferência, na qual o titular Covatti Filho apresentou os principais objetivos e como se dará o
trâmite dos pleitos do setor produtivo. Neste primeiro encontro ficou deliberada a realização de uma
reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, para pensar uma forma de
simplificar a emissão de licenças ambientais para projetos de irrigação e outra, com as empresas
fornecedoras de energia elétrica, para rever os gargalos deste setor.
Os programas já existentes atendem uma importante demanda dos produtores gaúchos,
principalmente quando enfrenta-se uma seca como a deste ano. Mas é preciso ampliar os investimentos
para aumentar cada vez mais a área irrigada no Estado, porque a irrigação é o futuro e a garantia da
manutenção da produção de alimentos.
Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar
DESTAQUES
Avança o preparo de áreas e plantio de inverno.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 3, 11 jun. 2020
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 04 A 10/06/2020
O período entre 04 e 10 de junho apresentou chuvas expressivas no RS. Entre a
quinta-feira (04) e o sábado (06), o deslocamento de uma área de baixa pressão provocou
chuva em todo Estado, com registro de temporais isolados e altos volumes acumulados. No
domingo (07), o ingresso de ar seco afastou a nebulosidade da maior parte das regiões, mas
ainda ocorreram pancadas de chuva, fracas e isoladas, nas faixas Leste e Norte. Entre a
segunda (08) e a quarta-feira (10), a propagação de áreas de instabilidade provocaram chuva
em diversas localidades.
Os valores observados oscilaram entre 25 e 50 mm na maioria das áreas do RS. Na
Fronteira Oeste, nas Missões, no Alto Vale do Uruguai e no Planalto, os totais variaram entre
60 e 80 mm e superaram 100 mm em alguns municípios. Os volumes mais elevados
registrados na rede de estações meteorológicas INMET/SEAPDR ocorreram em São Borja (68
mm), Quaraí (70 mm), Lagoa Vermelha e Vacaria (73 mm), Alegrete (76 mm), Santo Augusto
(81 mm), Tramandaí (82 mm), Erechim (86 mm) e Santiago (104 mm).
A temperatura mínima ocorreu em Serafina Corrêa (1,0°C) em 04/06 e a máxima foi
registrada em Torres (23,6°C) em 06/06.
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 10/6/2020.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 4, 11 jun. 2020
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 11 A 17/06/2020
A próxima semana ainda terá muita umidade e temperaturas baixas em todo RS. Na
quinta-feira (11) o ar úmido manterá a nebulosidade e ocorrerão pancadas isoladas de
chuva. Na sexta (12) e sábado (13), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na
maior parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na
Campanha e Zona Sul. No domingo (14), o ingresso de ar seco e frio manterá o tempo firme,
com declínio das temperaturas. Na segunda (15) e terça-feira (16), o ingresso de ar úmido
favorecerá o aumento da nebulosidade e a ocorrência de pancadas isoladas de chuva. Na
quarta-feira (17), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de
temporais isolados.
Os volumes esperados deverão oscilar entre 30 e 60 mm na maioria das regiões, e
somente na Zona Sul os valores oscilarão entre 65 e 80 mm.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 5, 11 jun. 2020
Grãos
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
CULTURAS DE VERÃO
Milho
Na maior parte das regiões do Estado, durante a semana predominou a alta umidade
no solo devido às chuvas ocorridas, atrasando a conclusão da colheita que já alcança 98%.
Fases da cultura no Rio Grande do Sul
Milho 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 11/06 Em 04/06 Em 11/06 Em 11/06
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%
Floração 0% 0% 0% 0%
Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%
Em Maturação 2% 3% 5% 6%
Colhido 98% 97% 95% 94%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
As solicitações de vistorias de Proagro seguem ocorrendo nas lavouras que utilizam a
política de crédito rural no Estado. Até 09/06 foram realizadas 6.549 vistorias de Proagro em
lavouras de milho por técnicos da Emater/RS-Ascar. Ao todo, já foram realizadas 18.506
vistorias desde 01 de dezembro de 2019, em virtude dos danos provocados pela estiagem.
Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, 94% das lavouras já
foram colhidas. O rendimento atual é de 2.810 quilos por hectare. Se, por um lado, as
lavouras tardias em fase de enchimento de grãos e em maturação fisiológica se beneficiam
com a disponibilidade de umidade dos solos, por outro, as recorrentes quedas na
temperatura têm retardado o ciclo e atrasado a finalização da safra na região.
Nas de Bagé, Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas, a colheita das lavouras avançou
lentamente na semana devido às condições de umidade do solo, alcançando 98% dos
cultivos. A produtividade média variou entre as regiões: na de Bagé, é de 1.600 quilos por
hectare; na de Porto Alegre, 2.170 quilos por hectare; na de Caxias do Sul, 5.090 quilos por
hectare; e na de Pelotas, o rendimento alcançou 1.435 quilos por hectare. Nessa última, a
colheita foi encerrada nas lavouras comerciais destinadas à produção de grãos,
permanecendo somente áreas destinadas ao consumo.
Na região de Santa Maria, a colheita avançou na semana e chegou a 97%, restando
somente as áreas de plantio mais tardios realizados pós-cultivo do tabaco.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 6, 11 jun. 2020
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do
milho chegou a R$ 43,61/sc. no Rio Grande do Sul, com aumento de 1,14% em relação ao da
semana passada.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o preço está cotado a R$ 45,60/sc.;
em Bagé, tem variado entre R$ 42,00 e R$ 55,00; na regional de Pelotas, entre R$ 42,00 e R$
50,00; em Ijuí, foi cotado a R$ 42,40; em Caxias do Sul, a R$ 40,50. E na regional de
Soledade, a R$ 41,60/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2131, de 11 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Milho silagem
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as últimas áreas de milho estão
evoluindo lentamente nos seus estádios fisiológicos, fato associado à diminuição das
temperaturas e do período de insolação. Os grãos apresentam elevada umidade,
dificultando a colheita.
Na de Pelotas, a colheita do milho para silagem está concluída. Muitas das áreas do
milho que eram para grãos foram aproveitadas para elaboração de silagem, a qual é de
qualidade inferior e apresenta rendimentos bastante baixos. A produtividade média chegou
a 10.857 quilos por hectare. Em São Lourenço do Sul, com a maior área na região destinada
à elaboração de silagem, com 6.500 hectares, o rendimento foi de 8.750 quilos por hectare
de massa verde ensilada, com perdas tanto na quantidade quanto na qualidade do produto.
Feijão 2ª safra
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semana se caracterizou pela
espera da melhoria do tempo para concluir a colheita que ainda não está finalizada. O
rendimento médio tem se mantido em 1.340 quilos por hectare.
Na de Frederico Westphalen, a colheita chegou a 95% da área plantada; a
produtividade atual é de 1.110 quilos por hectare. As lavouras em maturação se apresentam
desuniformes e prejudicadas na formação de grãos.
Nas regionais de Soledade e Porto Alegre, a colheita chegou a 96% da área. Na de
Soledade, o tempo chuvoso e frio das últimas semanas predispôs as lavouras às doenças,
aumentando as perdas da cultura, cujo rendimento tem chegado a 350 quilos por hectare.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 7, 11 jun. 2020
Na regional de Porto Alegre, as lavouras que ainda não foram colhidas também
apresentam problemas na formação de grãos, remanescentes dos efeitos da estiagem, o que
reduziu a produtividade para 750 quilos por hectare.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do feijão no Estado ficou em R$ 210,00/sc., com aumento de 4,51%
em relação ao da semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da
Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço da saca varia entre R$ 210,00
e R$ 230,00/sc.; na de Soledade, é de R$ 180,00; na de Ijuí, R$ 207,50; na de Porto Alegre,
chegou a R$ 297,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2131, de 11 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
CULTURAS DE INVERNO
Trigo
Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul e Passo Fundo, segue intenso o
preparo das áreas. Em Caxias do Sul, os produtores nos Campos de Cima da Serra estão
dessecando as plantas de cobertura - semeadas logo após a colheita da soja - para semear
trigo no período entre 20 de junho e 10 de julho. Na de Passo Fundo, produtores finalizam o
preparo das primeiras áreas de plantio que inicia em 10 de junho e se estende até 10 de
julho; há perspectiva de ampliação da área em 30% em relação à safra passada.
Nas de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Erechim, Bagé, Ijuí, Pelotas
e Soledade, a semana foi de ampliação das áreas de plantio. Na de Frederico Westphalen, as
áreas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo; a perspectiva de tempo favorável
e de bons preços tem mantido a tendência de elevação de 15% na área plantada em relação
a 2019. Na de Santa Maria, a área de plantio está aumentando devido às condições
favoráveis de umidade no solo. Em Cachoeira do Sul, já alcançou dois mil hectares e 10 mil
hectares em Tupanciretã. As lavouras estão em germinação e iniciam o desenvolvimento
vegetativo. Na regional de Santa Rosa, as condições favoráveis da semana à realização da
dessecação permitiram o avanço do plantio, que já chega a 142 mil hectares. As lavouras
estão com excelente estande, boa germinação e ótimo desenvolvimento inicial. Na de Bagé,
as condições do tempo favorável e da umidade de solo permitiram na Fronteira Oeste
intensificar a semeadura e iniciá-la na Campanha, chegando a 12 mil hectares. Na regional
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 8, 11 jun. 2020
de Ijuí, a semeadura ocorre em ritmo lento devido ao acúmulo generalizado de umidade no
solo. Em geral, as lavouras implantadas estão com excelente estabelecimento inicial,
emergência uniforme, crescimento rápido e baixa incidência de pragas e doenças. Nas
regiões de Erechim e Pelotas, na semana foram iniciados os plantios, com sinalização de
aumento de área em relação à safra passada. Na regional de Soledade, as áreas plantadas já
atingem 13,5 mil hectares e apresentam bom desenvolvimento inicial, favorecidas pelo
retorno das condições de umidade do solo com as precipitações ocorridas na semana e a
boa radiação solar.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do trigo no Estado ficou em R$ 52,45/sc., com aumento de 1,25% em
relação ao da semana passada, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-
Ascar. Na regional de Caxias do Sul, o preço é de R$ 54,00; na de Erechim, R$ 51,00; na de
Santa Maria, R$ 51,60; na de Bagé, R$ 53,00; na de Soledade, R$ 52,30; na de Ijuí, R$ 52,20;
na de Santa Rosa, R$ 50,40/sc. Na de Frederico Westphalen, a cotação está variando entre
R$ 50,00 e R$ 52,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2131, de 11 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Canola
Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí e Santa Rosa, é intenso o ritmo de
implantação da cultura. Na de Ijuí, as lavouras apresentam uniformidade de emergência; nas
mais adiantadas, há bom estádio de desenvolvimento vegetativo (entre duas e quatro
folhas) e bom estande. Na de Santa Rosa, os dias secos predominantes até quarta-feira
favoreceram a ampliação da área de plantio, que já alcança 13.600 hectares. As primeiras
lavouras semeadas apresentam bom estande de plantas, sendo possível observar as linhas
bem definidas de semeadura. Devido às condições de menor insolação, não houve grande
avanço do crescimento das plantas; a alta umidade preocupa diante da possível ocorrência
de doenças, principalmente em locais mais baixos. Assim que as condições climáticas forem
favoráveis, em algumas áreas já será aplicada adubação nitrogenada.
O preço médio da canola na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí é de R$ 87,50; na de
Santa Rosa, é de R$ 93,90/sc.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 9, 11 jun. 2020
Cevada
Nas regionais de Erechim e Ijuí, a cultura está em implantação. Na de Erechim,
chegou a 1.350 hectares. A perspectiva de aumento na área plantada está na dependência
dos contratos entre os produtores e a empresa cervejeira. Na de Ijuí, segue a semeadura da
cultura nos municípios onde os produtores têm experiência com a cultura, e nos quais as
cerealistas e/ou cooperativas têm programas de fomento e recebem o produto. A área
implantada já chega a 1.540 hectares, e as lavouras apresentam estabelecimento inicial
satisfatório e boa sanidade.
O preço médio da cevada na regional de Erechim é de R$ 87,50/sc.
Aveia branca
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura está com a semeadura finalizada,
atendendo as orientações do período recomendado no zoneamento de risco climático.
Todas as lavouras estão emergidas, com estabelecimento inicial satisfatório, tamanho e
número de plantas uniformes e desenvolvimento rápido.
Hortigranjeiros
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
OLERÍCOLAS
Na regional de Ijuí, após o período de estiagem no final do verão e outono e a
redução da procura nas feiras em tempo de pandemia, a produção das olerícolas está em
lenta recuperação, e ainda não atinge patamares do ano anterior. Com umidade no solo
elevada, não foi possível realizar o preparo de novos canteiros. Produtores priorizaram a
semeadura e o transplantio nas áreas já preparadas. Folhosas cultivadas a céu aberto
apresentam excelente desenvolvimento, e segue o escalonamento de transplantio. Nas
culturas em ambiente protegido, aumenta a incidência de míldio devido à alta umidade no
ar durante a semana, principalmente na alface americana. A cultura da cebola, de baixa
expressão, está em fase final de implantação. Diminui a procura de mudas pelos agricultores
que cultivam para subsistência. A cultura do tomate segue com bom desenvolvimento e
produção satisfatória.
Na regional de Santa Rosa, as boas condições climáticas contribuíram para o bom
desenvolvimento das hortaliças e olerícolas em geral; canteiros implantados em março e
abril apresentam bom aspecto geral e boa produção. Ervilha em desenvolvimento
vegetativo; foi plantada em pequenas áreas, aproveitando pequenos espaços onde é
possível o estaqueamento. A produção em ambiente protegido continua normal e
constante. Na semana houve boas condições para o plantio de novas áreas a campo; em
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 10, 11 jun. 2020
andamento, o transplante de mudas e o controle de pragas, doenças e ervas daninhas. Em
colheita alface, couve, rúcula, couve-flor, brócolis, salsa e cebolinha. Produtores comerciais
que usam sementes profissionais estão com excelente produção e boa rentabilidade nas
vendas. As lavouras de brócolis Avenger, a grande maioria plantada com mudas compradas,
estão com excelente produção, e a cabeça chega a ser vendida a R$ 3,00. As vendas direto
ao consumidor com entrega a domicílio seguem crescentes. Produtores que necessitam
realizar a rastreabilidade de seus produtos para comercialização vêm sendo acompanhados
pelos técnicos e extensionistas da Emater/RS-Ascar.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas foram favoráveis à reposição de
mananciais e à umidade no solo, mas prejudicaram as operações de semeadura e cultivo;
nas áreas em que as precipitações foram mais intensas, ocorreram danos em algumas
folhosas. As temperaturas na semana apresentaram quedas mais acentuadas, com mínimas
abaixo de zero e formação de geadas, incrementando a utilização de túneis baixos de
plástico para a proteção das culturas. Na feira de Bagé, produtores informaram que, com a
queda da temperatura, aumentou procura por mostarda, couves, brócolis e tempero verde.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, níveis favoráveis de umidade no solo
propiciam condições para o crescimento e desenvolvimento das culturas implantadas a
campo, além de permitirem a implantação de novas remessas de cultivos. No entanto, a alta
umidade relativa do ar favorece o desenvolvimento de doenças fúngicas e bacterioses. A
redução da temperatura média e da incidência de radiação solar são fatores desfavoráveis a
cultivos de verão em estufas plásticas.
Na regional de Erechim, segue intenso o plantio a céu aberto. É boa a qualidade de
produtos, com boa oferta; bom desenvolvimento de repolho, brócolis e couve-flor, com
redução da incidência da hérnia das crucíferas. Melhorou o desenvolvimento de radiche,
salsa e tempero.
Preços na feira do produtor de Erechim Produto Unidade Preço (R$)
Alface pé 2,50
Beterraba molho 3,00
Cenoura kg 3,00
Brócolis cab. 3,00
Couve molho 2,50
Couve-flor cab. 3,50
Feijão de vagem kg 10,00
Pepino conserva kg 5,00
Rabanete molho 2,50
Repolho cab. 4,00
Rúcula e Radiche pé 2,50
Tempero verde molho 2,50
Tomate Gaúcho kg 4,50
Tomate longa vida kg 3,50
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Municipal de Erechim
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 11, 11 jun. 2020
Na regional de Passo Fundo, com a reabertura da Feira do Produtor de Passo Fundo
no parque público da Gare, após mais de 60 dias, a preocupação do momento é ter produtos
suficientes para abastecer a feira, já que muitos diminuíram a produção em virtude do
isolamento social. Os plantios devem voltar à normalidade, pois os produtores poderão
negociar seus produtos. A feira tem 61 produtores cadastrados.
Abóbora híbrida Japonesa
Na regional de Pelotas, a área cultivada é de 1.752 hectares, estabelecendo-se como
a maior região produtora de abóboras do Estado. A colheita encaminha-se para o
encerramento. Em Herval, a produtividade das lavouras é de apenas cinco toneladas por
hectare em virtude da seca. Os preços de comercialização seguem estáveis; em Pelotas e
Herval, entre R$ 0,80 e R$ 1,00/kg. Alguns produtores aguardam melhora de preço para
comercialização, armazenando nas propriedades.
Alface
Em Bom Princípio, na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, o valor comercial da
cultura apresentou queda significativa, e com isso produtores estão deixando de plantar. Os
produtores de alface comercializam a valores na faixa de R$ 6,00/dz. ou até menos, e muito
produto volta sem ser comercializado.
Na regional de Soledade, é bom o desenvolvimento das espécies folhosas. As
condições ambientais são favoráveis e propiciam condições para produção e qualidade
satisfatórias. Há boa oferta de produtos no mercado; destaque para alface, mas também
agrião, rúcula e temperos (salsa e cebolinha).
Batata (safrinha)
Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, a colheita foi intensificada,
impulsionada pela demanda e pela valorização do produto. O preço das batatas branca e
rosa varia de R$ 150,00 a R$ 160,00/sc. de 50 quilos.
Berinjela
Em São Sebastião do Caí, na regional de Lajeado, segue a colheita. O preço
melhorou; o produto é comercializado a R$ 38,00/cx. de 10 quilos.
Brássicas
Na regional de Lajeado, em Linha Nova, os cultivos de brássicas se desenvolvem
normalmente. As precipitações das últimas semanas não foram suficientes para
reestabelecer os níveis dos reservatórios, mas mantiveram a umidade no solo, melhorando
as condições de produção/implantação das lavouras, que foi robusta no período;
temperaturas mais amenas, com queda abrupta das mínimas nos últimos dias. Lavouras sem
problemas fitossanitários significativos, com eventuais ocorrências de insetos-praga sem
intensidade preocupante. Destaque para a boa qualidade da produção colhida. Ainda assim,
se enfrenta dificuldade de comercialização. Neste período foi observada uma queda
significativa dos preços praticados, devido a fatores que incluem o aumento da oferta local e
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 12, 11 jun. 2020
da entrada de produção vinda de outros lugares, em especial da Serra, e a demanda
reprimida por conta das restrições impostas pela pandemia, principalmente daqueles
produtos com padrão intermediário de tamanho e formação de cabeça que
costumeiramente eram absorvidos pelos restaurantes e cozinhas industriais.
Preços praticados para brássicas na região Produto Unidade Preço (R$) mercado local Preço (R$) para Ceasa
Brócolis dz. 14,00 20,00
Couve dz. de molhos 5,60 a 7,00 8,00 a 10,00
Couve-flor dz. 14,00 20,00
Repolho verde unid. 1,05 – médio
1,40 – grande
1,50 – médio
2,00 – grande
Repolho roxo dz. 14,00 20,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Municipal de Lajeado.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, aumentou a oferta de couve e
repolho produzidos nos cultivos da Encosta da Serra e do Litoral, com restabelecimento de
fluxo de mercado.
Cebola
Na regional de Caxias do Sul, a semeadura está finalizada. Algumas áreas com
plantio direto também já foram semeadas. Essa prática da semeadura direta vem ganhando
mais adeptos e ampliando a área na região serrana, ainda que na safra passada tenham
ocorrido diversas dificuldades inesperadas; entre elas, destacam-se a necessidade de uma
rigorosa e trabalhosa prática de desbaste de mudas e a dificuldade de controle químico de
ervas espontâneas latifoliadas. Alguns cebolicultores recorreram à tradicional capina manual
para poder salvar as lavouras. A maioria das sementeiras implantadas com variedades
tardias, como a Crioula, ainda não evidenciam a emergência das plântulas; porém, mesmo
assim, está sendo realizado o controle químico das plantas invasoras. Nas de cultivares
precoces semeadas em abril, vêm sendo efetuados os primeiros tratamentos fitossanitários
preventivos. De modo geral, a cultura está com bom desenvolvimento e boa sanidade. As
áreas destinadas ao cultivo da cultura recebem os primeiros cuidados, como coleta e
encaminhamento de amostra para análises do solo e incorporação de calcário.
Na regional de Pelotas, a semeadura da cebola para produção de mudas atingiu 95%
da área prevista e deverá ser concluída na próxima semana. Produtores realizam compra de
insumos e contratação de custeio da safra.
Cenoura
Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, iniciou a implantação de áreas que
estavam atrasadas. O restabelecimento da umidade do solo impulsiona o ritmo. No entanto,
ainda há insegurança em realizar plantio pela falta de água das fontes de irrigação. No
Litoral, 100% das lavouras encontram-se em fase vegetativa.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 13, 11 jun. 2020
Mandioca/Aipim
Na regional de Lajeado, em Cruzeiro do Sul, segue a colheita. A produtividade é de
12 toneladas por hectare, com produção de raízes de ótima sanidade, porém mais finas. O
preço está entre R$ 22,00 e R$ 24,00/cx. de 20 quilos, pago ao produtor na propriedade. Na
Ceasa, a caixa de 20 quilos foi comercializada a R$ 30,00, valor considerado muito bom para
este período, no qual normalmente a oferta é elevada. A precificação reflete provavelmente
a redução da oferta geral, em decorrência da forte estiagem ocorrida.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a cultura está em plena colheita.
Com a entrada de frentes frias e a ocorrência das primeiras geadas do ano, agricultores
começam a cortar e guardar as ramas para o próximo cultivo. O preço pago ao produtor
permanece em R$ 20,00/cx. de 25 quilos. Já o produto descascado é comercializado a
valores entre R$ 4,00 e R$ 4,80/kg.
Milho verde
Na de Lajeado, a colheita se encaminha para o final. O preço pago ao produtor
permaneceu estável: em Cruzeiro do Sul, R$ 0,40/unid.; em São Sebastião do Caí, RS
2,50/bandeja com três unidades. Produtores de Bom Princípio que conseguiram fazer uma
safrinha antes do inverno colhem boas espigas, comercializadas a R$ 0,45/unid.
Moranga Cabotiá
Em Cruzeiro do Sul, também na regional de Lajeado, a moranga Cabotiá foi cultivada
em áreas de várzea na safrinha. A produtividade média ficou em 7,5 toneladas por hectare.
Há produto para comercializar até julho. Produtores receberam R$ 15,00/sc. de 20 quilos.
Em São Sebastião do Caí, reduziu para R$ 18,00/sc. de 20 quilos.
Pimentão
Em Bom Princípio, na mesma regional, a produção de pimentão está boa, e o preço
segue atraente aos produtores. Muitos fazem investimento em mudas enxertadas; se, por
um lado, isso aumenta o preço da muda de R$ 0,40 para R$ 1,60/unid., por outro, mudas de
enxertia têm produção maior por planta, são mais resistentes às pragas (nematoides) e
doenças, diminuindo outros custos de produção. O preço do pimentão verde segue a R$
35,00/cx. de 10 quilos, e o colorido fica entre R$ 45,00 e R$ 50,00/cx. de 10 quilos. Em São
Sebastião do Caí, segue a colheita de pimentão cultivado em ambiente protegido, com
redução de volume. Não há registro de problemas fitossanitários significativos. Melhorou o
preço do pimentão verde, sendo comercializado ao valor médio de R$ 42,00/cx. de 10 quilos.
Tomate
Na regional de Caxias do Sul, as condições climáticas da metade final da semana que
passou foram bastante desfavoráveis para o desenvolvimento e à manutenção da sanidade
da cultura, tanto para os cultivos a campo quanto para os conduzidos sob plasticultura.
Ausência de insolação, alta umidade do solo e ar e temperaturas baixas interferiram
fortemente na fisiologia da planta, deixando-a praticamente estacionada; como reflexos
diretos, ocorre a paralisação do crescimento e da maturação das frutas. Lavouras conduzidas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 14, 11 jun. 2020
a campo vão se encaminhando para o final do ciclo vegetativo, sendo colhidos os últimos
tomates, tradicionalmente chamados de ponteiros. No ambiente protegido, muitas lavouras
foram implantadas mais tarde e ainda se encontram em fases fenológicas de plena
produção, encontrando-se livres do ataque de pragas e com alguma incidência de fitopatias.
Em termos comerciais, fluxo e cotações se mantêm estáveis, e a precificação média na
propriedade para caixa de 22 quilos é a seguinte: grupo longa vida, a R$ 40,00; grupo
Saladete (Italiano), a R$ 50,00; Gaúcho, a R$ 60,00.
Na de Santa Maria, o preço pago ao produtor está em R$ 80,00/cx. de 24 quilos; na
de Porto Alegre, em R$ 45,00/cx. de 20 quilos para tomate tipo extra.
FRUTÍCOLAS
Na regional de Ijuí, aumentaram as áreas cultivadas com morango e nogueira-pecã, e
há redução gradativa dos cultivos de rosáceas e citros. O de morango é impulsionado pela
demanda ainda forte e o da nogueira-pecã, pelos programas municipais de incentivo à
cultura. Há tendência de diminuição das frutíferas perenes e de aumento das anuais, como é
o caso do morango no inverno. O aumento da umidade provocou maior incidência de
antracnose na cultura do morangueiro. A concentração da produção de citros – bergamotas
Caí, Ponkan, comum e laranja de umbigo – provoca muita oferta destas frutas no período,
impactando na redução do preço recebido pelo produtor. O período é de manutenção e
recuperação dos pomares domésticos, com substituição de plantas, retirada de ramos
doentes e defeituosos e realização de tratamentos fitossanitários com caldas. O preço médio
da bergamota caiu para R$ 2,00/kg e o da laranja para R$ 1,05/kg; o do morango aumentou
para R$ 20,00/kg.
Na regional de Santa Rosa, as condições climáticas vêm colaborando com as
frutíferas em geral, especialmente com o fornecimento de umidade no solo e temperaturas
adequadas para a floração das frutíferas invernais. Em andamento, os tratamentos de
inverno e as podas, com limpeza de pomares e tratamento de caldas para prevenção de
pragas e doenças; tais atividades contam com assistência de técnicos da Emater/RS-Ascar,
que também auxiliam na encomenda de mudas frutíferas que serão plantadas neste
período, e orientam produtores sobre espaçamento, preparo de covas e cuidados no
momento de plantio com o sistema radicular. Em andamento a colheita de laranja variedade
Navelina, que apresenta boa produção, com frutos de bom tamanho e coloração amarela
intensa; provavelmente devido a sua precocidade, escapou do período mais seco, pois os
frutos já tinham se desenvolvido bem quando a falta de umidade se tornou significativa. Em
colheita também limão Taiti, lima comum, bergamotas comuns e Ponkan e laranjas das
variedades comuns e de umbigo. Entretanto, a produtividade está abaixo da normalidade,
visto o período de estresse hídrico que fez com que as plantas abortassem boa parte da
carga e reduzissem o tamanho dos frutos. Há incidência de doenças de origem fúngica nos
citros, principalmente a pinta preta, e ataque de ácaros, principalmente o ácaro vermelho,
da falsa ferrugem. Abacates ainda garantem frutificação tardia.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 15, 11 jun. 2020
Na regional de Bagé, seguem os tratamentos fitossanitários de entressafra e os
tratos culturais em oliveiras, videiras, pessegueiros, pereiras e nogueiras-pecã. Em São
Gabriel, a cultura da bergamota está em desenvolvimento dos frutos e colheita; já foram
colhidos 20% dos 47 hectares cultivados. Há menor oferta de laranja; no mercado, apenas as
cultivares Salustiana e Bahia; foram colhidos 10% dos 22 hectares de laranja no município.
Banana
Na regional de Porto Alegre, segue a colheita. O preço de comercialização da banana
está estável há 18 semanas: caixa de 20 quilos da banana Prata de primeira a R$ 44,00 e de
segunda a R$ 22,00; a banana Caturra de primeira a R$ 20,00 e a de segunda a R$ 10,00. Esta
situação é atípica pelo padrão histórico, que geralmente apresenta queda. Os preços de
venda direta ao consumidor, nas feiras do produtor, se mantiveram e variam entre R$ 3,00 e
R$ 4,50/kg. Esta via de comercialização ainda está ressentida com a situação de fechamento
de feiras e tendas.
Citros
Na regional de Soledade, citros em fase de maturação. Com as temperaturas mais
amenas, o processo de maturação de todas as espécies cítricas é acelerado, adquirindo a
tonalidade/cor característica.
Na de Erechim, bergamotas Clemenules, Decupon e Caí são comercializadas para
suco devido à dificuldade de venda; Montenegrina e laranjas de ciclo médio em fase de
desenvolvimento dos frutos.
Na regional de Passo Fundo, segue a colheita de laranjas de mercado e indústria das
variedades Salustiana (Rubi e Iapar) e as variedades de umbigo, Céu e laranja-lima. A
colheita de bergamota é de Ponkan e Caí. Os produtores mantêm a realização de tratos
culturais, o monitoramento e o controle de doenças e pragas – no caso, a mosca-das-frutas.
Os preços permaneceram estáveis.
Na regional de Caxias do Sul, as condições climáticas foram favoráveis à recuperação
e ao desenvolvimento da cultura da bergamota. Na primeira metade da semana, houve dias
de intensa insolação e temperaturas medianas; na segunda, precipitações em vários dias e
temperaturas mais baixas. Seguem os tratamentos fitossanitários para o controle da pinta
preta e para a prevenção do cancro cítrico, bem como a adubação de cobertura nos
bergamoteirais de variedades mais tardias, como Montenegrina e Murcott. Sob a alternância
de um período bastante seco e agora com seguidas precipitações, as frutas vêm
demonstrando diversas características: há considerável percentagem de frutos com
rompimento da casca; o calibre pouco recuperou, deixando as bergamotas com
tamanho/peso bem abaixo do potencial; rápida troca de coloração, haja vista que a
maturação está bastante atrasada. Colheita da Okitsu já encerrada; em plena colheita a Caí e
Ponkan. Preços médios na propriedade a R$ 1,30/kg.
Na de Frederico Westphalen, os preços de comercialização estão estáveis: a laranja
umbigo – Navelina e Bahia, de R$ 0,90 a R$ 1,25/kg; variedades precoces de bergamota,
como a Satsuma Okitsu, de R$ 1,10 a R$ 1,50/kg; Iapar 73, Rubi e Salustiana variam de R$
12,00 a R$ 16,00/cx. de 25 quilos.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 16, 11 jun. 2020
Figo
Com área de cultivo de 37,10 hectares, na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim
ainda há pequena produção em Jacutinga, com preços de R$ 12,00/kg de figo in natura.
Morango
Com o tempo ensolarado e temperaturas baixas na regional de Lajeado, a cultura do
morango apresenta bom desenvolvimento. Em Bom Princípio, com a baixa umidade do ar
nos dias frios, há aparecimento de pequenas reboleiras de ácaros rajados que requerem
atenção. O preço de venda do morango segue bom, e a caixa com quatro bandejas
(aproximadamente um quilo), está em torno de R$ 18,00. Em Cruzeiro do Sul, mudas
implantadas nesta safra se encontram em fase inicial de floração; áreas conduzidas
mediante poda para o segundo ciclo estão em floração e produção. Foi registrada ocorrência
de ácaros e da doença gnomonia em algumas áreas novas, que requerem atenção neste
momento. Pequena oferta de produção, comercializada a valores que oscilam entre R$
15,00 e R$ 25,00/kg para produto convencional e orgânico, respectivamente.
Na regional de Santa Rosa, morangos cultivados em estufas se desenvolvem;
lavouras do ano passado passam por poda de limpeza e tratamentos de inverno.
Noz-pecã
Na regional de Erechim, a área implantada com a cultura vem crescendo. Produtores
preparam o produto colhido para a venda. O preço é de R$ 15,00/kg.
Em Cachoeira do Sul, na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, a colheita da
safra foi concluída em 90% dos pomares. Na região, são cultivados 1.743 hectares de
nogueira-pecã.
Na região de Lajeado, a área de cultivo de nogueira-pecã no Vale do Taquari é de 810
hectares, envolvendo 424 famílias no cultivo desta frutífera. Está em Anta Gorda a maior
área de cultivo no Vale do Taquari e segunda do Estado, com 530 hectares, a maior
concentração de produtores do Estado. A pecanicultura está em franca expansão na região.
Nos últimos três anos, a área de cultivo passou de 670 hectares para os atuais 810 hectares,
um aumento de 21% na área, e o número de produtores passou dos 385 para os atuais 424,
agregando mais 39 produtores à atividade. No município, a produção desta safra foi
fortemente afetada por fatores adversos do tempo. Primeiro, pelo excesso de chuvas no
período de floração, que prejudicou a polinização; depois, devido à estiagem ocorrida na
fase de formação da amêndoa. A produção será de apenas 20% em relação à safra anterior,
e estima-se que a produtividade dos pomares adultos chegue em média a 100 quilos por
hectare. Além da baixa produtividade, haverá problema de qualidade reduzida, com nozes
pequenas, muitas com amêndoas incompletas e falhadas. A colheita praticamente já foi
finalizada. O preço recebido pelos produtores está entre R$ 9,00 e R$ 14,00/kg de pecã em
casca, de acordo com a qualidade do produto.
Em Encantado, estão implantados 30 hectares de nogueira-pecã, sendo 20 hectares
em produção e 10 hectares em formação. Os pomares em produção apresentam idade
variável entre 15 e 25 anos. A produção foi bastante comprometida: primeiramente, pelas
chuvas intensas em meados de setembro e outubro, durante a floração; posteriormente,
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 17, 11 jun. 2020
pela estiagem de dezembro em diante, durante o enchimento de frutos. Com base na
produtividade média dos pomares, estima-se que a produção do pomar gire em torno de
nove toneladas. A produção local abastece especialmente agroindústrias locais, pizzarias,
padarias e mercados locais. Houve um incremento no preço da pecã em função da redução
da oferta do produto. O preço médio recebido pelo produtor gira em torno de R$ 25,00/kg
em casca.
Em Cruzeiro do Sul, há apenas dois produtores com pomares comerciais de nogueira-
pecã. Um deles atua em agroindústria própria para a venda do produto descascado e
explora área de 20 hectares, entre área própria e arrendada. As plantas têm
aproximadamente 45 anos, e neste ano houve uma grande queda na produção, sendo que a
estimativa é de cerca de mil quilos no total da área. A agroindústria comercializa a produção
descascada, recebendo R$ 45,00/kg e concentrando a maior parte da venda em Lajeado. O
outro produtor do município cultiva dois hectares; as plantas estão com idade de 40 anos, e
a produção total estimada para este ano é de aproximadamente 300 quilos; o produto com
casca é vendido no município, e o produtor recebe R$ 15,00/kg.
A produção regional é basicamente comercializada para padarias, confeitarias e para
agroindústrias familiares que fazem o processamento, descascando a pecã e vendendo
inteira, partida ou transformando em pecã caramelizada, salgada ou outras formas. Depois
de seca, a noz-pecã pode ser armazenada por um longo período, e como ocorre uma
evolução dos preços durante a entressafra, os produtores que não têm necessidade
imediata de comercializar a produção estocam o produto e aguardam a valorização
inevitável, já que a produção nesta safra foi muito pequena.
Pêssego
Na regional de Caxias do Sul, foi intensificada nos pomares a prática cultural da poda
seca ou de inverno, mesmo em altitudes medianas para a região serrana, ou seja, de 600 a
800 metros. Nos locais de mesoclima mais quente – como os vales de rios, as variedades
superprecoces já evidenciam as primeiras flores. Com a ocorrência de precipitações
frequentes, de médios a altos volumes, e a consequente recuperação da umidade do solo,
persicultores efetivam a semeadura de plantas de cobertura do solo, embora um tanto
avançado no período recomendado. Tal prática tem por objetivo evitar perda de solo e
fertilidade, incrementar a matéria orgânica e impedir a germinação de plantas de
surgimento espontâneo nos pomares concorrentes dos pessegueiros. Inicia também o
plantio de mudas em áreas novas ou de reconversão, sendo duas cultivares bastante
tradicionais as mais substituídas: Eragil e Chimarrita. Há forte preferência por variedades
mais precoces, no intuito de reduzir os problemas com a podridão parda, principal fitopatia
na região, e o ataque da mosca-das-frutas, praga de maior importância na cultura.
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, 22 produtos ficaram estáveis em preços, oito apresentaram alta e cinco, baixa.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 18, 11 jun. 2020
Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos
que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto se
destacou em alta ou em baixa.
A primeira semana do mês apresentou demanda aquecida no mercado, devido ao
período de recebimento dos salários. A oscilação nos preços praticados se mantém estável,
conforme a lei da oferta e da procura. A safra gaúcha se encaminha para o final,
principalmente no segmento de hortaliças-fruto. Além deste segmento, também a cebola e a
batata, principalmente, estão sendo comercializadas com preços acima dos níveis
tradicionais, visto que, em âmbito nacional, a produção foi bastante afetada pelo clima
adverso ao longo do ciclo.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 02/06/2020
(R$)
09/06/2020
(R$)
Aumento
(%)
Abacate kg 2,78 3,00 +7,91
Batata kg 4,00 4,80 +20,00
Batata-doce kg 1,50 1,67 +11,33
Cenoura kg 1,94 2,00 +3,09
Chuchu kg 2,00 2,25 +12,50
Moranga Cabotiá kg 1,16 1,31 +12,93
Ovo branco dz. 4,00 4,17 +4,25
Tomate-caqui longa vida kg 2,50 3,06 +22,40
Produtos em baixa Unidade 02/06/2020
(R$)
09/06/2020
(R$)
Redução
(%)
Beterraba kg 1,78 1,67 -6,18
Brócolis unid. 1,67 1,50 -10,18
Manga kg 5,00 4,72 -5,60
Repolho verde kg 0,93 0,85 -8,60
Vagem kg 5,50 5,00 -9,09
Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Outras Culturas
Cana-de-açúcar
Na regional de Porto Alegre, a cana-de-açúcar madura vem sendo utilizada para
alimentação animal. A cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo e tratos
culturais; com as chuvas, apresentou recuperação, mas o prejuízo causado pela seca no seu
desenvolvimento não foi reparado, com perda de tamanho e rendimento; consequente, o
fornecimento da cana ficou prejudicado. O valor pago aos produtores varia de R$ 110,00 a
R$ 180,00/t de cana na lavoura. Algumas agroindústrias estão comercializando com
compradores de Santo Antônio da Patrulha a um preço de R$ 4,50/kg. O melado é
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 19, 11 jun. 2020
comercializado a R$ 6,00/L; o açúcar a R$ 5,00/kg e a cachaça, ao preço médio de R$ 10,00
pela embalagem de dois litros.
Na regional de Santa Rosa, cultura em desenvolvimento vegetativo. Produtores
realizam corte de cana nova e da de dois anos para as agroindústrias de melado, açúcar
mascavo e de cachaça. Antes abaixo do esperado em função da estiagem, o
desenvolvimento da cultura agora está normalizado. O preço muito baixo do álcool continua
preocupando a indústria. O preço médio pago aos produtores está em R$ 82,00/t de cana.
Criações
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
PASTAGENS
Em todo o Estado, as pastagens perenes de verão e os campos nativos apresentam
baixa produção de forragem, com baixa qualidade alimentar e nutricional.
As pastagens cultivadas anuais de inverno, favorecidas pelo clima das últimas
semanas, vêm apresentando bom nível de crescimento e desenvolvimento. No entanto, boa
parte das áreas ainda não oferecem disponibilidade para o pastejo, por terem sofrido atraso
na implantação e no desenvolvimento durante a estiagem.
Muitos criadores aproveitam a umidade do solo para fazer adubação nitrogenada de
cobertura, a fim de acelerar o crescimento das pastagens e recuperar parte do atraso sofrido
no estabelecimento das forrageiras.
Em algumas áreas, ainda está sendo realizado o plantio de pastagens anuais de
inverno, que normalmente costuma ser feito de dois a três meses antes.
Em áreas onde o pastoreio está sendo realizado com altura dos pastos abaixo do
recomendado pelos técnicos e em áreas com excesso de umidade no solo, houve danos às
pastagens, causados por pisoteio e arranquio.
BOVINOCULTURA DE CORTE
Na maior parte das regiões do Rio Grande do Sul, os bovinos de corte apresentam
declínio do escore corporal, principalmente nas áreas onde os animais são mantidos
exclusivamente em campo nativo. Este quadro nutricional ficou estabelecido em decorrência
do período de estiagem, bem antes do que costuma ocorrer.
Em áreas onde as pastagens de inverno apresentam boas condições para o pastejo,
observa-se ganho de peso.
No manejo sanitário, são destaques o controle de parasitos internos e externos e a
vacinação contra as clostridioses e, em áreas específicas, contra a leptospirose.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 20, 11 jun. 2020
Na região de Bagé, em Lavras do Sul, estão ocorrendo surtos de carrapato resistentes
à aplicação de carrapaticidas com diferentes princípios ativos.
Comercialização
Nesta semana, os preços médios do boi e da vaca para abate no Estado continuaram
em alta. O do boi foi de R$ 6,67 para R$ 6,77/kg vivo, aumentando mais 1,50%; o da vaca
subiu mais 1,56%, passando de R$ 5,77 para R$ 5,86/kg vivo. Em comparação com valores
registrados há um ano, o preço atual do quilo vivo da vaca para abate teve um acréscimo de
22,34%, e o do boi está 24,22% maior.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2131, de 11 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria
(R$ por kg/cab.)
Região de
Bagé
Região de
Porto Alegre
Região de
Caxias do Sul
Bossoroca Região de
Pelotas
Boi gordo (kg) 6,60 6,80 7,00 7,15 6,60
Vaca gorda (kg) 5,80 5,90 5,80 5,95 6,00
Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 4,80 1.500,00 5,20 4,55 -
Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.200,00 - 2.950,00 -
Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,30 6,00 -
Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.600,00 6,40 6,40 -
Terneira (kg) - 6,50 - 6,75 -
Terneiro (kg) 7,00 7,40 7,00 7,00 7,50
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
BOVINOCULTURA DE LEITE
Na maior parte das áreas do Estado, a produção de leite bovino é
predominantemente à base de pasto, com suplementação alimentar à base de silagem.
Como legado da longa estiagem, o atual vazio forrageiro outonal é bem mais severo
que o normal, em função do encurtamento do ciclo das pastagens de verão, do atraso na
implantação das forragens de inverno e do baixo volume e da baixa qualidade da produção
de silagem neste ano.
Com a melhoria das condições climáticas, que propiciaram melhor desenvolvimento
das pastagens hibernais, e ampliação de áreas com disponibilidade para o pastoreio, já se
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 21, 11 jun. 2020
pode observar em algumas regiões uma gradativa recuperação do escore corporal dos
rebanhos e da produção leiteira, e a estabilização ou diminuição das perdas em outras.
As estimativas atualizadas de perdas na produção leiteira relatadas pelos escritórios
regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes:
regional de Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria – 25% (em
levantamento feito em parte da região).
OVINOCULTURA
Predomina nas diversas regiões produtoras de ovinos do Rio Grande do Sul a situação
de rebanhos apresentando condições físicas e sanitárias satisfatórias.
Na região da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, ainda não foi revertida a perda de
peso dos ovinos, estimada em cerca de 20%.
No manejo reprodutivo, os cuidados pré-parto são destaque na maioria das regiões,
e as primeiras parições da temporada começam a acontecer em propriedades que adotam o
encarneiramento em janeiro e fevereiro.
Comercialização
No Rio Grande do Sul, o preço médio do cordeiro para abate continua oscilando e
voltou a cair nesta semana, passando de R$ 7,27 para R$ 7,25/kg vivo; uma queda de 0,28%.
O valor atual é 8,37% mais alto que o registrado há um ano.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os preços médios de
comercialização de ovinos na semana foram os seguintes: ovelha de cria – R$ 300,00/cab.,
ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 6,00/kg, cordeiro – R$ 7,00/kg. Em São
Gabriel, os preços do quilo dos principais tipos de lã foram os seguintes: Merina – R$ 21,00;
Ideal – de R$ 17,00 a R$ 18,00; Corriedale – de R$ 8,50 a R$ 9,00; Romney Marsh – R$ 5,00;
raças de carne – R$ 4,00.
Na de Pelotas, os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha –
de R$ 5,50 a R$ 6,00/kg vivo; capão – de R$ 6,00 a R$ 7,00/kg vivo; cordeiro – de R$ 7,00 a
R$ 8,00/kg vivo.
APICULTURA
Nas diversas regiões do Estado, as atividades prioritárias nos apiários são o
monitoramento das colmeias e a suplementação alimentar, naquelas em que ela se faz
necessária para a manutenção de boas condições energéticas para que as abelhas
enfrentem os períodos de temperaturas mais baixas.
Comercialização
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 22, 11 jun. 2020
Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)
Bagé 5,00 24,00
Caxias do Sul 6,50 25,00
Erechim 12,00 22,00
Ijuí 15,00 21,00
Pelotas 4,00 a 15,00 13,00 a 25,00
Porto Alegre 6,00 22,00
Santa Rosa - 15,00 a 20,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
PISCICULTURA
Na maioria dos locais, após as últimas chuvas, os viveiros povoados recuperaram o
nível normal de água. No manejo, são prioritárias as práticas para manter um bom equilíbrio
alimentar e a qualidade da água.
Nos açudes que realizaram a despesca na semana da Páscoa, já foi concluído o
repovoamento com alevinos.
Comercialização
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, o quilo de peixe vendido
em feiras pelos piscicultores durante a semana obteve os seguintes valores: Carpa – de R$
10,00 a R$ 12,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$ 15,00; Traíra – R$ 13,00. O preço do filé de
Tilápia ficou em R$ 25,00/kg.
Na de Ijuí, os preços pagos pelo quilo vivo de peixe vendido na propriedade foram os
seguintes: Carpa – de R$ 6,40 a R$ 7,65; Tilápia – R$ 5,52; Jundiá – R$ 8,66.
Na de Santa Rosa, o quilo da Carpa eviscerada ficou entre R$ 10,00 e R$ 15,00.
PESCA ARTESANAL
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a pesca artesanal
marinha foi marcada por dois momentos diferentes durante a semana. No primeiro, os
fatores climáticos foram favoráveis à atividade e, na sequência, com a mudança na direção
dos ventos e a ocorrência de temporais e mar agitado, houve dificuldade para a prática da
pesca. As espécies marinhas com maior captura na semana foram Abrótea, Corvina, Pampo,
Papa-terra, Pescadinha e Pescada-amarela. Em Cidreira, a pesca do Camarão-de-sete-barbas
teve boa produtividade.
Nas lagoas, houve o restabelecimento dos níveis de água proporcionado pelas chuvas
recentes e a melhora da captura de espécies próprias da água doce. As espécies mais
capturadas foram Biru, Cará, Cascudo, Jundiá, Pintado e Traíra. Na Lagoa do Peixe, houve
boa produção de Camarão-rosa.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 23, 11 jun. 2020
Na região de Pelotas, a elevação do nível da água da Lagoa Mirim contribuiu para
uma boa produção da pesca artesanal durante a semana.
Comercialização
Preços do pescado artesanal vendido inteiro na região de Pelotas Espécie R$/kg
Corvina de 2,50 a 4,00
Tainha de 2,50 a 5,00
Traíra de 3,75 a 5,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Na região de Pelotas, o Camarão com casca foi vendido a valores entre R$ 7,00 e R$
8,00/kg na Lagoa dos Patos, e a R$ 13,00/kg na Lagoa do Peixe.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, o preço do Camarão-rosa vendido
diretamente ao consumidor durante a semana ficou entre R$ 12,00 e R$ 15,00/kg com casca
e entre R$ 35,00 e R$ 70,00/kg descascado. O Camarão-de-sete-barbas com casca foi
comercializado a R$ 10,00/kg.
Preços do pescado artesanal na região de Porto Alegre Espécie R$/kg peixe eviscerado R$/kg filé
Abrótea - 17,00
Corvina 11,00 -
Jundiá 15,00 -
Linguado - 25,00
Pampo 8,00 -
Papa-terra - 16,00
Peixe-anjo - 20,00
Pescada - 18,00
Pescadinha - 16,00
Pintado 8,00 -
Tainha de 12,00 a 19,00 -
Traíra 15,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios
regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 24, 11 jun. 2020
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2131, 11 jun. 2020)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores da
Série Histórica –
2014/2018
11/06/2020 04/06/2020 14/05/2020 13/06/2019 GERAL JUNHO
Arroz 50 kg 61,77 61,45 56,26 45,64 49,47 48,70
Boi kg vivo 6,77 6,67 6,51 5,45 6,13 6,31
Cordeiro kg vivo 7,25 7,27 7,27 6,69 6,91 6,84
Feijão 60 kg 210,00 200,94 184,67 158,06 202,28 199,13
Milho 60 kg 43,61 43,12 44,17 32,12 36,83 37,82
Soja 60 kg 95,81 97,36 99,88 73,52 82,20 82,75
Sorgo 60 kg 36,20 36,20 36,20 25,24 30,28 31,57
Suíno kg vivo 4,16 4,13 3,81 3,61 4,30 4,39
Trigo 60 kg 52,45 51,80 51,06 41,64 41,20 43,64
Vaca kg vivo 5,86 5,77 5,62 4,79 5,38 5,58
08-12/06 01-05/06 11-15/05 10-14/06
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2131 (11 jun. 2020).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da
série histórica 2014-2018.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 25, 11 jun. 2020
Notas Agrícolas
Saiba as cultivares de milho disponíveis no mercado
Sementes de milho: nova safra, novas cultivares e continua a dominância dos transgênicos
Na fase de planejamento da semeadura do milho da safra de verão, a Embrapa Milho
e Sorgo (MG) acaba de publicar o documento “Sementes de milho: nova safra, novas
cultivares e continua a dominância dos transgênicos”. De autoria dos pesquisadores Israel
Alexandre Pereira Filho e Emerson Borghi, a publicação apresenta o levantamento das
cultivares de milho disponíveis no mercado, trabalho realizado há 13 anos pela Embrapa.
O objetivo, segundo os autores, é auxiliar o produtor na fase de planejamento deste
importante insumo agrícola, que é a semente. “Neste ano agrícola 2019/2020 são ofertadas
196 opções, para diferentes finalidades e regiões de cultivo”, resume um trecho. De acordo
com os pesquisadores, as informações foram organizadas para evidenciar as principais
características agronômicas das cultivares, assim como dados quanto ao comportamento
dos materiais genéticos em relação às principais doenças que podem ocorrer nas regiões
produtoras de milho no Brasil.A publicação chega em um momento em que o Brasil se revela
como recordista na produção de grãos. Segundo a Conab (Companhia Nacional de
Abastecimento), em seu último levantamento realizado em maio de 2020, a estimativa
nacional de semeadura do milho, considerando primeira, segunda e terceira safras, na
temporada 2019/20, está em 18,5 milhões de hectares e produção de 102,3 milhões de
toneladas. “Notadamente, esses resultados expressivos são produto dos avanços genéticos
por eras, em que se empregam modernas técnicas de manejo e melhoramento de plantas”,
interpretam os pesquisadores.
Ainda segundo os autores, a biotecnologia agrícola destaca-se como importante
ferramenta no desenvolvimento de híbridos de milho com genética superior, como o Bt e o
RR, que contribuem para a redução da pressão sobre os recursos naturais, permitindo
práticas agrícolas mais sustentáveis. “A expectativa é que esta publicação possa atender os
diferentes profissionais e públicos que cultivam este importante produto agrícola brasileiro,
cultivado em todos os biomas e estados, responsável por 41,5% de toda a produção de grãos
do país nesta atual safra”, afirma Frederico Ozanan Machado Durães, chefe-geral da
Embrapa Milho e Sorgo.
Predomínio dos transgênicos e otimismo cauteloso
Analisando as informações coletadas nos portfólios das empresas produtoras de
milho no Brasil, os pesquisadores reforçam que as cultivares de milho transgênico têm
dominado o mercado nas últimas safras, e que a adoção por parte do produtor está em nível
bastante elevado, principalmente no cultivo do milho após soja, chegando a 93% da área
cultivada. “A tendência no futuro é que a participação de cultivares transgênicas deve
aumentar ainda mais, com adição de eventos transgênicos em cultivares já existentes, o que
não implicará aumento no número de cultivares no curto prazo”, analisam.
Em relação ao cenário econômico para 2020, os pesquisadores revelam-se otimistas,
mas reforçam que a expectativa de produção na casa das 100 milhões de toneladas sofrerá
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1610, p. 26, 11 jun. 2020
ajustes ao longo dos próximos meses. Há uma série de interrogações que podem afetar
negativamente o mercado de milho no segundo semestre, na visão de Rubens Augusto de
Miranda, pesquisador da área de Economia, principalmente a questão da crise provocada
pela Covid-19, que tem afetado severamente vários setores da economia, inclusive a
produção de combustíveis. “No mercado externo, a expectativa de safra recorde nos Estados
Unidos pode afetar negativamente os preços internacionais do milho e, consequentemente,
as exportações brasileiras”, analisa.
Fonte: Agrolink (publicado em 08/06/2020).