22
Entrevista João Coser, prefeito de Vitória: “Há problemas que exigem soluções conjuntas” .......................... 5 Notícias do CREA Diretoria do Crea-ES reeleita para 2005 ......................................... 6 Telecentro de Informações e Negócios para profissionais .......... 7 Site mais completo .......................................................................... 8 Recuperação de rio em Cariacica .................................................... 9 Câmaras e Comissões Comissão quer retirada de pára-raios radioativos ...................... 10 Entidades AEFES, IAB-ES, IBAPE-ES, SEE, SEEA, SENGE ............................. 11 PEC Mudanças em 2005 ...................................................................... 12 Matéria de capa Gigantes em crescimento ............................................................. 14 Especial Técnicos em alta ........................................................................... 18 Pesquisa e conhecimento R$ 4 milhões para C&T em 2005 ................................................ 20 Boa Idéia Caçamba térmica mais econômica ............................................ 23 SUMÁRIO

SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

EntrevistaJoão Coser, prefeito de Vitória:“Há problemas que exigem soluções conjuntas” ..........................5

Notícias do CREADiretoria do Crea-ES reeleita para 2005.........................................6Telecentro de Informações e Negócios para profissionais ..........7Site mais completo ..........................................................................8Recuperação de rio em Cariacica ....................................................9

Câmaras e ComissõesComissão quer retirada de pára-raios radioativos...................... 10

EntidadesAEFES, IAB-ES, IBAPE-ES, SEE, SEEA, SENGE............................. 11

PECMudanças em 2005 ...................................................................... 12

Matéria de capaGigantes em crescimento............................................................. 14

EspecialTécnicos em alta ........................................................................... 18

Pesquisa e conhecimentoR$ 4 milhões para C&T em 2005 ................................................ 20

Boa Idéia Caçamba térmica mais econômica ............................................ 23

SUMÁRIO

Page 2: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

entr

evis

ta

editorial

Tópicos

CREA-ESDIRETORIA

PRESIDENTE:Eng. Eletricista Silvio Roberto Ramos

VICE-PRESIDENTE:Arq. Anderson Fioreti de Menezes

1º TESOUREIRO:Eng. Mecânico Sebastião da Silveira Carlos

Neto2º TESOUREIRO:

Téc. Agrimensura Aloísio Carnielli1º SECRETÁRIO:

Eng. Civil Marco Antonio Barboza da Silva2º SECRETÁRIO:

Eng. Florestal Álvaro Garcia

CÂMARASENGENHARIA CIVIL

Eng. Civil José Maria Cola dos SantosENGENHARIAAGRONÔMICA

Eng. Agrônomo Valter José MatieloARQUITETURA

Arquiteta Patrícia CordeiroENGENHARIAINDUSTRIAL

Eng. Ind. Mecânico José Carlos de AssisENGENHARIA

ELÉTRICAEng. Eletricista Ivan Pierozzi

INSPETORIASCachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373

Colatina (27) 3721-0657Linhares (27) 3264-1781

POSTOS DE ATENDIMENTOVila Velha (27) 3239-3119

São Mateus (27) 3763-5929

REVISTA DO CREACONSELHO EDITORIAL

Jornalista Alcione VazzolerJornalista Ronaldo Oakes

Jornalista Ruth ReisArquiteto Alexandre Cypreste AmorimEng. Mecânico Aristóteles Alves Lyrio

Téc. em Eletrotécnica Délio Moura do CarmoEng. Civil José Antônio do Amaral FilhoEng. Agrônomo Rosembergue BragançaEng. Eletricista Silvio Roberto Ramos

GERENTE DE RELACIONAMENTOSJornalista Ronaldo Oakes de Oliveira

CONSULTORA DE COMUNICAÇÃOJornalista Alcione Vazzoler

REPORTAGEM:Adriana Machado, Alcione Vazzoler,

Ana Paula Sant’Anna, André Taquetti,Charlene Machado, Claudia Vilarinho,

Kleber Amorim, Márcio Scheppa,Priscila PerovanoFOTO DA CAPASérgio CardosoEDITORAÇÃO

Equipe de Comunicação do Crea-ESFOTOLITO E GRÁFICA

Gráfica ResplendorTIRAGEM

17 mil exemplares

REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DEENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA DO ESPÍRITO SANTOEndereço: Av. Cesar Helal, 700, 1º andar,

Bento Ferreira, Vitória-ESCEP: 29052.232 - Tel.: (27) 3334-9900

Fax: (27) 3324-3644E-mail: [email protected]

www.creaes.org.br

De 28 a 30 de novembro de 2005o Confea e o Crea-ES, junto comas entidades do Sistema e outrosparceiros, estarão promovendo a62ª SOEAA (Semana Oficial da En-genharia, da Arquitetura e da Agro-nomia), em Vitória (ES), no Cen-tro de Convenções. Este é o maiorevento dos profissionais do Siste-ma Confea/Crea no país e a expec-tativa de público é de cerca de doismil participantes durante aquelestrês dias. Os trabalhos de organi-zação da 62ª SOEAA já estão bemadiantados e contam com uma co-missão organizadora local (doCrea-ES) e outra nacional(CONSOEAA). Nos dias 1º e 02 deabril as duas comissões estiveramreunidas no auditório do Crea-ESe já definiram o tema da Semanae uma grade de programação pre-liminar. Como tema, essa Semanaterá “Compromisso Social: Desafio

e Oportunidade Profissional”, e aprogramação deverá ter pelo menosdois painéis e duas plenárias, alémde visitas técnicas em dois dias. Jáo Crea-ES deverá organizar uma sé-rie de atividades culturais e do Sis-tema em paralelo para comemoraros seus 45 anos de fundação e fun-cionamento. Fazem parte da pro-gramação dos 45 anos do Crea-ESexposição fotográfica dos marcosda Engenharia e da Arquitetura noES; Plenária Solene para lançamen-to da 62ª SOEAA (em 1º de julho);concurso de monografia sobre a im-portância da Engenharia no desen-volvimento econômico do Estado;ciclo de palestras temáticas; reuni-ões locais das câmaras nacionais,etc., terminando com a realizaçãoda 62ª SOEAA, em novembro. Vocêé nosso convidado para todas es-sas atividades e contamos com suaparticipação!

Bem vindos à 62ª SOEAA!

Page 3: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

entr

evis

ta

Quais são os planos da prefeiturapara projetos relacionados às áreas deEngenharia, Arquitetura e Agronomia?

Durante a campanha nós discutimosmuito com a sociedade um programaabrangente, trata tanto da infra-estrutura dacidade, como das ações de sustentação dodesenvolvimento para garantir a qualidadede vida da população, e também dos progra-mas das áreas sociais.

A conclusão das obras da orla de Camburi,uma obra do governo anterior que conside-ramos importante por ser um pólo de atraçãodo turista (apesar de ela ter apresentado vári-os problemas, como a inexistência de proje-to executivo). Ela irá melhorar a qualidadede vida do cidadão e ampliar os negócios deexploração do turismo.

Há também a duplicação da Av. FernandoFerrari – obra que é um eixo estruturante dacidade – que vamos concluir em parceria como governo do Estado. Outro compromisso,para o qual nós já estamos desenvolvendoprojetos, estudos e buscando recursos e par-cerias, é a despoluição da baía de Vitória paravoltarmos a ter balneabilidade. Já iniciamos odebate sobre o Plano Diretor de Macrodrena-gem, que sempre foi um problema grave eque ninguém solucionou porque não há so-lução simples e barata, mas é um projeto quenós queremos estudar e, pelo menos depoisde termos um plano, que possamos iniciarainda nesta gestão algumas intervenções.Também não podemos esquecer os projetosrelacionados à construção de escolas e ginási-os poliesportivos. Esses projetos serão decisi-vos para o desenvolvimento da cidade, poiscriam condições para a instalação de empre-sas de base tecnológica.

Qual o fórum adequado para ele-ger as prioridades e parcerias entre osmunicípios da região metropolitana?

Existem problemas na região que só terãosoluções se forem tratados conjuntamente.Será formado o Conselho Metropolitano deDesenvolvimento da Grande Vitória(Comdevit), que irá gerir um fundo (FundoMetropolitano de Desenvolvimento da GV -Fundevit) com recursos para solucionar os gran-des problemas que afetam mais de um muni-cípio, como fornecimento de água, coleta deesgoto, destinação final de resíduos sólidos, se-gurança, saúde, transporte coletivo, entre ou-tros. Este conselho será constituído por umrepresentante de cada município da RegiãoMetropolitana (Vitória, Serra, Vila Velha,Cariacica, Viana e Guarapari), pelo Governodo Estado (sete representantes) e pela socie-dade civil (três) e terá a incumbência de for-mular as soluções dos problemas considera-dos prioritários.

O metrô vai aparecer nas priorida-des deste ano?

Esta é uma discussão que na campanhacolocamos como uma necessidade da RegiãoMetropolitana e que está no PPA (PlanoPlurianual) do Governo do Estado. Precisa-mos de um transporte de massa eficaz até ofinal da década. Nós entendemos que o mu-nicípio que mais sofre com os problemas vi-ários do Estado é Vitória, porque é o corredorentre Cariacica e Serra e Vila Velha e Serra, etambém porque é o local para onde conver-gem as grandes decisões políticas e as gran-des negociações empresariais do ES. Já inici-amos os estudos para a implantação do me-trô, mas esse é um processo que Vitória sozi-nha não desenvolve. É preciso oenvolvimento dos outros municípios da Re-gião Metropolitana, do Governo Estadual eFederal, e, também, precisamos formalizarparcerias com a iniciativa privada, com em-presas nacionais e internacionais. Sabemosque isso não se resolve em pouco tempo,

por isso nosso planejamento é de que nofinal desta década o projeto esteja efetivado.

Quais as questões metropolitanasque o sr, elegeu como prioritárias paraeste ano e para os próximos de suagestão?

A prioridade é na área da segurança. Des-de o primeiro dia de mandato, nós convida-mos o governo do Estado e as outras prefeitu-ras da Região Metropolitana, para que, juntos,possamos definir ações no combate à violên-cia. Dentro de nossa equipe de governo, cadasecretaria irá desenvolver um projeto com otema segurança. Nós queremos ser uma cida-de com ótima qualidade de vida e sair doranking de uma das cidades mais violentas dopaís. Essa é questão central, as outras quefazem parte de nossa meta são: melhoria dotransporte coletivo, despoluição da baía deVitória, ampliação das ações de saneamentobásico, oferecimento de saúde de qualidade àpopulação dos municípios metropolitanos, en-tre outros.

Que papel deve ter o Governo doEstado na gestão dos municípios e daRegião Metropolitana?

Todos os municípios, do ponto de vistada Federação, têm o mesmo grau de impor-tância. O que existe entre eles é diferençapolítica e econômica. É preciso que tenhaum agente federado com mais responsabili-dade institucional e com maior capacidadede mobilização que é o Estado. O Estado temo papel aglutinador e dirigente, de trazer parasi a condução da Região Metropolitana e dosoutros municípios, além de colaborar na ela-boração de alternativas de solução para osproblemas municipais com sua capacidadede buscar recursos junto ao Governo Federale à entidades internacionais. Tem um papelpolítico muito importante e um papelinstitucional fundamental. André Taquetti

João Coser, prefeito de Vitória

A revista Tópicos começa com o prefeito de Vitória, João Coser, a série deentrevistas que fará com os prefeitos eleitos dos municípios que compõem aRegião Metropolitana de Vitória para conhecer seus projetos e de que forma

conduzirão a parceria entre esses municípios.

João Coser, prefeito de VitóriaJoão Coser, prefeito de Vitória“Há problemas que exigem

soluções conjuntas”

Page 4: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-4

notíc

ias

do c

rea

Foram reeleitos durante a primeirasessão plenária de 2005, no dia 18/01,todos os membros da diretoria do Crea-ES, que serão responsáveis por conduziros trabalhos até o final do ano. Os cincomembros que formam a diretoria foramreconduzidos aos cargos com 27 votos afavor, um contra, um nulo e um branco.

O presidente do Crea-ES, EngenheiroEletricista Silvio Roberto Ramos, conti-nua à frente da instituição até o final des-te ano, quando acontecerá eleição diretapara a presidência do Conselho.

Durante a sessão também tomaramposse os novos conselheiros e os novosmembros das comissões temporárias epermanentes, eleitos por unanimidadepelos componentes do plenário.

Em novembro do ano passado o Crea-ES iniciou a discussão do orçamentoparticipativo para o ano de 2005 emreunião realizada em sua sede. Opresidente, Eng. Eletricista SilvioRoberto Ramos, conduziu o encontro efalou do exemplo que o Conselhocapixaba dá aos demais Creas do Brasil eda importância das experiênciasparticipativas, que deveriam ser cada vezmais utilizadas. “A discussão é feita emrelação aos custos variáveis, ou seja, deinvestimento e manutenção. Será umaevolução significativa quando o Creapuder discutir seus custos fixos” disse opresidente na abertura do encontro.

Para o próximo ano o orçamento to-tal previsto é da ordem deR$7.017.421,02. A forma como esse valorserá distribuído foi discutida pelos geren-tes, líderes de equipe, conselheiros e re-presentantes de entidades de classe.

Para facilitar o diálogo, os gerentesde cada unidade apresentaram suasplanilhas com a previsão de custos parao ano de 2005 e explicaram as deman-das específicas de suas áreas, sempre

Diretoria do Crea-ES reeleita para 2005Como funcionam as

eleições:Diretoria – É escolhida anualmente através

de votação realizada pelo Plenário do CREA-ES.

Plenário – Todo ano é renovado um Terço doPlenário. Compete à Comissão de Renovação do Terçoelaborar o estudo de proporcionalidade darepresentação das Entidades de Classe Registradasno Conselho e Instituições de Ensino na Renovação doTerço do Plenário do Crea-ES.

Comissões – Seus membros são eleitos peloPlenário do CREA-ES na primeira reunião de cada ano.

Câmaras – São formadas pelos membros doplenário de acordo com sua modalidade. Todo ano osmembros de cada câmara elegem um coordenador eum secretário para representá-los.

Orçamento participativo

evidenciando que as decisões de cadaunidade refletem em melhorias para ainstituição como um todo.

Antes de avaliar o orçamento dasCâmaras, o Presidente destacou a impor-tância dos conselheiros terem revisadoe reduzido os custos antes da reunião, elembrou que o orçamento de 2004 foirespeitado pela maioria das câmaras eque em 2005 isso deve se repetir.

Ao final da reunião, chegou-se aosvalores pretendidos e à constatação deque o processo de orçamento participa-tivo não se encerra com a sua elabora-ção, sendo necessário acompanhar osnúmeros durante todo o ano.

Durante a reunião que aconteceu nasede foram marcados mais três encontrospara definir como seriam utilizadas asverbas destinadas às inspetorias do Crea.

As cidades escolhidas foram Linhares,Cachoeiro de Itapemirim e Colatina –por possuírem inspetorias do Crea.Assim foi possível democratizar esse im-portante espaço de discussão e facilitar aparticipação de conselheiros e inspetoresdas regiões abrangidas.

Cada inspetoria receberá um valorproporcional a sua representatividade,que é medida pelo número de ARTs ede empresas e profissionais registrados.Durante a reunião em Linhares, porexemplo, ficou definido que parte daverba destinada à inspetoria em 2005será utilizada na realização de uma pes-quisa de opinião para traçar o perfil e asnecessidades dos profissionais do nortedo Estado.

Linhares, Cachoeiro deItapemirim e Colatinatambém participam

Crea discute destino dos recursos para 2005

O presidente do CREA, Silvio Ramos,explica itens do orçamento

Kleber Amorim

A diretoria reeleita (a partir daesquerda): Téc. Agrimensura Aloísio

Carnielli (2º tesoureiro); Eng. MecânicoSebastião da Silveira C. Neto (1º

tesoureiro); Arq. Anderson Fioreti deMenezes (vice-presidente); Eng.

Eletricista Silvio Ramos (presidente);Eng. Civil Marco Antonio Barboza daSilva (1º secretário); Eng. Florestal

Álvaro Garcia (2º secretário)

Márcio Scheppa

Page 5: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-5

notíc

ias

do c

rea

O Crea-ES irá inaugurar até o finalde abril o seu Telecentro de Informa-ções e Negócios, voltado para osprofissionais do Sistema Confea/Crea.

A projeto é resultado de umconvênio entre o Conselho Federal deEngenharia, Arquitetura e Agronomia(Confea) e o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e ComércioExterior.

Os profissionais receberãotreinamentos, informações e serviçospara que possam ter acesso a novasoportunidades de negócios e linhasde financiamento.

O Telecentro vai proporcionar,também, o ingresso no espaço digitalpara aqueles que ainda não têmacesso às novas Tecnologias daInformação e Comunicação (TIC).

O Telecentro do Crea-ES contarácom computadores conectados àInternet, instalados na sala de atendi-mento ao profissional, que fica nasede do Conselho, e a orientação deinstrutores treinados pelo Confea.

Informações sobre os Telecentrosde Informação e Negócios podem serobtidas no site do Crea-ES(www.creaes.org.br), acessando aopção Telecentro.

Instituído pela Portaria nº015-R, de 20/03/2002, o Con-selho Técnico do Centro deAtividades Técnicas do Cor-po de Bombeiros Militar doEspírito Santo (CT/CAT/CBMES) tem por finalidade,analisar edificações licencia-das ou construídas antes davigência do Decreto 2.125-N,de 12/09/1985, que regula-mentou o Código de Seguran-ça Contra Incêndio e Pânico (Coscip).

Segundo o representante do Crea-ESno conselho, Eng. Civil Marco Antoniode Oliveira, o CT/CAT propõe medidasque melhoram as condições de seguran-

Telecentro de Informações eNegócios para profissionais

Crea participa do Conselho Técnico dos Bombeiros Militaresça das pessoas e dos seus benscontra incêndio e pânico. “Umexemplo foi a recente atualiza-ção da norma referente ao Sis-tema de Proteção por Extinto-res, que já está em execução”disse.

O Major Bombeiro Militare Chefe do CAT, Paulo CesarCorrêa Lima, declarou que “oengenheiro membro do CT/CAT representa os profissionais

das áreas de Engenharia e Arquitetura edeve servir de interlocutor entre o CBMESe o Crea, não só trazendo à baila osquestionamentos dos profissionais, comotambém levando os surgidos no CBMES”.

Marco AntônioOliveira é o

representante doCREA no CT/CAT

No dia 30 de dezembro de 2004 foi realizado oEncontro da Turma de 1974 da Escola Superior deAgronomia do Espírito Santo – Esaes. O Centro deCiências Agrárias da Ufes recebeu 15 dos 23 alunosformados há 30 anos.

Em uma simulação da Colação de Grau, os ex-alunos foram chamados na mesma seqüência de 1974,agora com direito a gritos e aplausos das esposas,filhos e netos.

Histórias divertidas e emocionantes da turma, doreconhecimento do Curso de Agronomia, da criação efederalização da Esaes (transformando-a em Caufes- Centro Agropecuário da Ufes) entre outros momentos

Encontro de ex-alunos da primeira turma de Engenheiros Agrônomos do ESinesquecíveis, foram comprovados pelos relatos eálbuns de fotografias.

A programação contou ainda com odescerramento da placa comemorativa dos 30 anosde formatura da turma e de um almoço com apresença de familiares, ex-professores e ex-servidores.

O Crea-ES parabeniza a turma pelos 30 anos dehistória e profissionalismo e também os organizadoresdo Encontro - professor Francisco Brandão Torres,Engenheiro Agrônomo Renato José Arleu do Incaper, asecretária Ana Costa Starling e o Vice-Diretor do CCA-Ufes Rosembergue Bragança.

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-5

Arq

uivo

Cre

a-E

S

Már

cio

Sch

eppa

Arquivo Engenheiro Agrônomo Rosembergue Bragança

Page 6: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-6

notíc

ias

do c

rea

O endereço na internet doConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia - Crea/ES - foi reformuladoe ganhou um novo layout este ano. Alémde mais bonito e agradável, o site ofere-ce maior segurança e melhor navegabi-lidade. As mudanças foram desenvolvi-das e executadas pela empresacontratada Powermidia, sob coordena-ção das consultorias de Comunicação ede Informática do Crea-ES.

Na última pesquisa de opinião re-alizada pelo CREA-ES em janeiro, o site

SITE MAIS COMPLETOaparece como segundoveículo de comunicaçãomais lembrado pelosprofissionais entrevista-dos, perdendo apenaspara a Revista Tópicos.

O número de aces-sos mensais já chegou aatingir a marca de 30 milusuários em dezembro

de 2004, atraídos por um conteúdo reple-to de notícias, eventos e serviços de qua-lidade. Para uma maior comodidade, épossível ainda preencher um cadastro ereceber diariamente o Informativo Ele-trônico do Crea-ES com as notícias e pu-blicações do dia e a relação de cursos eeventos promovidos pelo Programa deEducação Continuada.

CHAT E FÓRUMO Crea-ES apresenta, a partir deste

mês, dois novos serviços no seu site: umChat (bate-papo) e um Fórum de discus-sões. Neles, os profissionais e interessa-

Sancionado em dezembro de 2004,pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va, o Decreto de nº 5.296 regulamentouas Leis nº 10.048 e 10.098, que beneficiampessoas portadoras de deficiência físicaou com mobilidade reduzida.

Ambas publicadas em 2000, elas pre-vêem atendimento prioritário em siste-mas de transporte(lei 10.048) e o direitoà acessibilidade aos sistemas de comuni-cação e informação, de transporte, de aju-das técnicas e ao meio físico como edifí-cios, vias públicas, mobiliário e equipa-mentos urbanos (Lei 10.098).

A regulamentação dessas leis possi-bilita a efetivação dos direitos e a equi-paração de oportunidades para as pesso-as com deficiência. Um dos pontos im-portantes e muito aguardados é a pro-gressiva substituição dos veículos detransporte coletivo que hoje circulam porveículos acessíveis. Além disso, o decre-

Regulamentadas leis que beneficiam portadores de deficiência física

O texto completo do decreto que regulamenta as leis sobre acessibilidade de pessoas com deficiência pode ser encontrado emwww.presidencia.gov.br/casacivil/site/static/arquivos.cfm?cod=1036&tip=ato

to estabelece que tudo o que for construi-do a partir de sua publicação seja acessí-vel às pessoas com deficiência ou commobilidade reduzida.

No campo das ajudas técnicas, o de-creto avança no apoio à pesquisa científi-ca e tecnológica para desenvolvimentodestes equipamentos, instrumentos eprodutos, no intuito de reduzir os custosde aquisição. A elaboração do decretoresultou de um processo de diálogo com

a sociedade civil e de um trabalho inter-setorial.

Segundo dados do IBGE de 2000, exis-tem no Brasil 24 milhões de pessoas por-tadoras de deficiência, excluídas destenúmero as pessoas com mobilidade re-duzida (gestantes, pessoas com criançasde colo, pessoas com idade igual ou su-perior a 60 anos, obesos, entre outros),que também serão beneficiados pela le-gislação.

dos poderão se comunicar, trocar idéiase apresentar questões e sugestões relaci-onadas às áreas de Engenharia, Arquite-tura e Agronomia.

Os links estão associados diretamen-te à home page do Conselho Federal deEngenharia, Arquitetura e Agronomia. NoChat, pessoas de todo o país podem con-versar sobre vários assuntos, ou apenas“espiar” se desejarem. No Fórum, os temasabordados têm sido lançados pelo Confeae discutidos pelos interessados. Atualmen-te o assunto em questão é “Inclusão Digi-tal”, e qualquer pessoa pode participar dadiscussão, deixando o comentário.

O site também apresenta um espaçopara consulta de protocolos, que permiteacompanhar a tramitação de processos denotificação e autos de infração e, ainda, umasérie de opções (por meio de link “outros”)como: registros, certidões, acervos, baixas deARTs e outros documentos. Para acompanhar,é necessário ter em mãos o número e o anoda entrada no protocolo do CREA.

Már

cio

Sch

eppa

Sérgio Cardoso

Page 7: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-7

notíc

ias

do c

rea

Durante a Semana Mundial da Água, de 15 a 22de março, foi lançado oficialmente, no bairro Bubu,em Cariacica, o projeto Águas do Rio Bubu (fotoacima), que tem como finalidade revitalizar e recupe-rar este rio de grande importância para o município.

Foram realizadas atividades de limpeza do rio e oplantio de mudas de mata ciliar. O projeto sobre orio foi exposto no stand do Movimento de Cidada-nia Pelas Águas (MCPA) na Feira do Verde, emsetembro do ano passado.

A tradicional descida do Rio Jucu, palestras sobreo meio ambiente e outras atividades também foramrealizadas na semana da água.

O Dia Mundial da Água foi criado em 1993 deacordo com as recomendações da Conferência dasNações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-mento - Rio 92 e é comemorado todo dia 22 demarço. É uma data reservada para a realização deatividades que promovem a conscientização pública,através de publicações e difusão de documentários ea organização de conferências, mesas redondas,seminários e exposições relacionadas à conservaçãoe desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou aimplementação das recomendações da Agenda 21.

Em abril está prevista a criação de mais trêscentros de referência do MCPA: um em Guarapari,um em Santa Maria de Jetibá e outro em Pancas. Jáem maio, o Movimento participa da semana domeio ambiente e em setembro da Feira do Verde.

Recuperação de rio em Cariacicatem início na Semana da Água

ÉticaO Confea está distribuindo de

graça, primeiro para os conselhei-ros e dirigentes do sistemaprofissional, o Código de ÉticaProfissional Comentado, livroescrito pelo eng. eletricista EdisonMacedo e pelo arquiteto JaimePusch. Desde a evolução docódigo até os fundamentados doatual, analisado ponto a ponto, atéas resoluções tomadas e que

resultaram no novo trabalho estão registradosna publicação de 248 páginas.

Para obtê-lo, basta enviar um e-mail [email protected] solicitando o envio einformando o endereço convencional.

ParticipaçãoParticipante do Fórum Social Mundial desde

a primeira edição, o Sistema Confea/Crearealizou três oficinas este ano em Poto Alegre.Acessibilidade, Ética e Tecnologia foram ostemas. O Sistema participou ainda de mais 11oficinas, fazendo parcerias com outrasentidades. Das discussões, sete propostasapresentadas pelo Confea foram aprovadas.Confira no site confea.org.br.

SIC implantadoDepois de quase três anos de estudos,

montagem, desenvolvimento e treinamento, oSIC (Sistema de Informações Confea/Crea), jáestá em funcionamento em dois regionais – RSe ES – atendendo os recém formados querecebem sua carteira profissional dentro dosnovos padrões adotados.

O trabalho agora é acompanhar a finalizaçãoda implantação do SIC em âmbito nacional,processo que deve estar concluído em julho,quando os recém formados de todo o país serãoregistrados já com base no novo modelo deidentificação profissional e os profissionais jáatuantes serão convocados para orecadastramento junto ao Sistema Confea/Crea.

Luci Simone Ribeiro Alves

Page 8: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-8

entid

ades

A Comissão de Engenharia de Segu-rança do Trabalho do Crea-ES realizouem outubro de 2004 uma série de inspe-ções técnicas em prédios antigos domunicípio de Vitória e constatou aexistência de pára-raios radioativosainda em uso.

Como não existe legislação munici-pal ou estadual que determine a retira-da desses equipamentos, esta Comissãoapresentará à Câmara de Vereadores deVitória uma documentação técnica soli-citando a criação de lei pertinente.

A utilização de pára-raios radioativosé proibida desde abril de 1995, segundoo Decreto nº 33.132/93 emitido pela Co-missão Nacional de Energia Nuclear -CNEN. O motivo é a existência de fon-

Comissão de Engenharia de Segurança do Trabalhoquer retirada de pára-raios radioativos

tes radioativas (Amerício e Rádio) nacomposição desses equipamentos.

Para reconhecer o pára-raio radioati-vo, verifique a existência de pratosempilhados - geralmente três - na ex-tremidade superior da haste do equipa-mento. Devido a corrosão, esses pára-raios antigos podem cair e liberar mate-rial radioativo prejudicial à saúde huma-na e que permanecem no meio ambi-ente por até 400 anos. Os equipamen-tos desativados devem ser encaminha-dos para a CNEN e nunca despejadosem lixo comum.

Mais informações sobre a retirada eentrega de fontes radioativas no endere-ço www.ien.gov.br/produtos/recrej.phpou pelo telefone (21) 2209-8064.

Tipo de pára-raios

radioativosainda existente

em Vitória

As Câmaras Especializadas têm atri-buições, conforme artigos 45, 46 e 47 daLei 5.194/66, de julgar assuntos de regis-tro e fiscalização pertinentes às respecti-vas modalidades e habilitações afins einfrações ao Código de Ética em primei-ra instância.

A fiscalização tem por objetivo de-fender a sociedade dos riscos causadospelo mau desempenho das atividadespraticadas por profissionais habilitadose por leigos.

Cada Câmara é constituída por ummínimo de três conselheiros pertencen-tes à modalidade profissional, acresci-do de um conselheiro eleito pelo plená-rio, representando as demais categoriasprofissionais. Esses conselheiros são re-presentantes de entidades e instituiçõesde ensino. Cada uma delas tem um nú-mero de vagas na Câmara, proporcio-nal à quantidade de profissionaisregistrados no Crea.

O papel das Câmaras especializadas

A importância daComissão de Ética

A Comissão de Ética e Mérito é um espaçopara discussão e estabelecimento de princípios,deveres e direitos dos profissionais, priorizando

a defesa da sociedade.A Comissão não é punitiva, ela é responsá-

vel pela análise e instruções preliminares dosprocessos instalados. “Entendemos que cabe aComissão de Ética e Mérito ser a mais diligente

possível nesta preparação dos processos,atendendo todas as suas fases” disse omembro da Comissão, Eng. Civil Radegaz

Nasser Júnior.No exercício da profissão é importante estar

atento à conduta moral e ética, recorrendosempre que necessário ao Código de Ética

Profissional.

Câmaras e seus CoordenadoresCivil: Eng. Civil José Maria Cola dos Santos; Elétrica: Eng. Eletricista IvanPierozzi; Industrial: Eng. Mecânico José Carlos de Assis; Agronômica: Eng.Agrônomo Valter José Matielo; Arquitetura: Arquiteta Patrícia Cordeiro

Page 9: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-9

entid

ades

SEEAPlano de trabalho

O ano começou movimentado para a categoria. Com um extenso Plano de Traba-lho, a direção da Sociedade Espíritossantense de Engenheiros Agrônomos prometemanter a campanha pela política salarial, defesa de seus profissionais perante omercado e a reconquista de espaço político e nos centros de decisões perdidos nosúltimos anos. Além disso, serão promovidas feiras e cursos, como o tão esperadocurso prático de GPS – Garmim 12xL, de 30 de março a 1º de abril, no Auditório doCrea-ES. A SEEA realizará eleições para sua nova diretoria ainda no primeiro semes-tre de 2005. O presidente Hélder Carnielli convida a categoria a participar das açõesda Entidade. Informe-se pelos telefones 3223-1441 e 3233-0101.

IBAPE-ESAvaliações e Perícias

O Instituto de Avaliações e Perícias de Engenharia do Espírito Santo (Ibape-ES)realizará de 08 a 10 de junho, no Hotel Pathernon Pasárgada, na Praia da Costa, emVila Velha, o VI Simpósio Capixaba de Engenharia de Avaliações e Perícias (Siceap).O evento contará com cursos na parte da manhã e palestras no período da tarde ereunirá profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Informações e inscri-ções podem ser obtidas na MS Eventos pelo tel.: 3200-3776 ou [email protected]

IAB-ESCursos e palestras

O IAB-ES realizará em 2005 uma sériede cursos, palestras, mesas redondas eseminários que contribuirão para a atua-lização profissional. Esses espaçosservirão para o aprofundamento dadiscussão dos assuntos pertinentes àprofissão e sua atuação. Dentre as váriasatividades, será realizado um concursode desenho de mobiliário e umseminário sobre a aplicação de PlanoDiretor dos municípios, conforme deter-mina o Estatuto das Cidades. Os traba-lhos referentes à Campanha de Valoriza-ção Profissional iniciada em 2004 terãocontinuidade. Informe-se na Entidade eparticipe!

AEFESNova diretoria

A Associação dos Engenheiros Flo-restais do Espírito Santo (Aefes) elegeunovos diretores e presidente no dia 28de fevereiro.

O presidente eleito, Naelson LimaAlmeida, que estará à frente da Aefesdurante o biênio 2005/2006, disse quecontinuará as ações desenvolvidas pelagestão anterior, destacando

• o apoio ao curso de EngenhariaFlorestal ministrado no Centro de Ciên-cias Agrárias da Ufes em Alegre;

• a realização de cursos e treinamen-tos em conjunto com outras instituições,visando ao desenvolvimento dos profis-sionais da área que atuam no estado;

•a atuação consistente da entidadedefendendo os interesses da classe.

O Sindicato dos Engenheirosno Estado do Espírito Santo, quecompleta 25 anos de fundação em2005 programou diversas mani-festações durante este ano paramarcar a data. Entre os eventosprogramados estão uma exposi-ção de fotos contando a históriado Sindicato, homenagens a ex-presidentes entre outros aconte-

cimentos que objetivam manter viva a história de lutas do Sindicato, que marcoupresença na vida dos capixabas. O aniversário será comemorado no dia 03 de setem-bro e, até lá, o SENGE realizará, além das comemorações, campanhas de sindicalizaçãoe fortalecimento do sindicato.

SEE55 anos

No último dia 17 de fevereiro, o Secretário e oPresidente da Sociedade Espírito-Santense deEngenheiros (SEE), Engenheiros Civis José MariaCola dos Santos e José Antonio do Amaral Filho,assumiram respectivamente a coordenação e asecretaria da Câmara Especializada de EngenhariaCivil do Crea-ES. Essa é mais uma conquista daSEE, que no próximo dia 25 de setembrocompletará 55 anos de trabalho voltado paravalorização profissional da engenharia capixaba.

SENGE-ES25 anos

Uma das inúmeras reuniões que o Senge járealizou em seus 25 anos de existência

Descerramento daplaca comemorativados 50 anos da SEE

no auditório doCrea-ES, em 2000

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-9

entid

ades

Arquivo SEE

Arquivo Senge-ES

Page 10: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-10

notíc

ias

do c

rea

O Programa de Mobilização da In-dústria Nacional de Petróleo e Gás Na-tural (Prominp) aprovou 15 projetospara o ES, sendo três de autoria do Con-selho Regional de Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia do Espírito Santo(Crea-ES) e do Centro de Desenvolvi-mento Metal Mecânico do Espírito San-to (CDMEC) destinados à qualificaçãoprofissional.

A discussão e aprovação dos proje-tos foi feita no primeiro workshop or-ganizado pelo Fórum Regional do Es-pírito Santo, acontecido em dezembrode 2004. Os projetos apresentados con-templavam diversos aspectos do ramoda exploração e produção de petróleoe gás natural, mas a falta de mão-de-obra especializada para o setor foi con-siderada uma das principais dificulda-des encontradas.

O Ministério das Minas e Energiainforma em seu site que pretende in-vestir mais de 50 bilhões de dólares noPrograma até 2010, o que aumentará anecessidade de mão de obra especi-alizada. Ciente disto, o Crea-ES e o

Crea e Cdmec aprovam projetos decapacitação em petróleo e gás natural

Cdemec, sob coordenação do Enge-nheiro Eletricista Edivaldo SoaresSposito, formularam projetos que pri-vilegiam a capacitação profissional.

PROMINPCriado pelo Ministério das Minas

e Energia (MME), o Prominp temcomo objetivo possibilitar que os in-vestimentos do setor de petróleo e gásnatural gerem oportunidades de cres-cimento para a indústria nacional debens e serviços.

Os Fóruns Regionais são espaçosde discussão de idéias, oportunidadese sugestões que, a partir da identifi-cação da demanda nacional da indús-tria de petróleo e gás natural, identi-ficará oportunidades de desenvolvi-mento locais, contribuindo para am-pliar a abrangência do Programa noBrasil.

Além do Fórum Regional do Espí-rito Santo, existem outros quatro: noRio Grande do Norte, em Minas Ge-rais, no Rio de Janeiro (Bacia de Cam-pos) e na Bahia.

O Crea-ES analisa a possibilidade deterceirizar, ainda em 2005, os serviçosprestados pelo Programa de EducaçãoContinuada – PEC, visando ao melhordirecionamento das atividades do pro-grama. Deste modo, a organização decursos no interior do Estado, a promo-ção de cursos abrangendo especializaçõesem ascensão no Espírito Santo - comopor exemplo, as áreas de petróleo erochas - além de cursos em EngenhariaElétrica, Arquitetura e outros campospouco explorados até hoje, terão maisdedicação do PEC.

mudanças em 2005P E COs convênios com as entidades Senac-

ES, IEL-ES e a Virtuall Cursos nãosofrerão mudanças. Ao participarem doscursos oferecidos por esses órgãos, osprofissionais e seus dependentes pode-rão receber descontos de aproximada-mente 20% de desconto.

No ano de 2004 foram realizados 27eventos que contaram com um total de1117 participantes. Por meio de relatórios,o PEC pôde avaliar os aspectos positivos enegativos apontados pelos participantesem cada evento e também relacionar su-gestões de outros temas para os cursos,

palestras e seminários e as sugestões para amelhoria contínua do Programa. O índicede aprovação do PEC recebeu média de66,83 de aceitabilidade.

Os profissionais que quiserem acom-panhar as atividades do PEC podem obterinformações pelo Site do Crea(www.creaes.org.br) ou pelo InformativoEletrônico. Nesses meios, as informaçõessão atualizadas diariamente. Para recebero Informativo Eletrônico do Crea, bastase cadastrar no site do Conselho.Maisinformações: [email protected] ou tel.:3334-9925.

Para mais informações, acesse www.prominp.com.br

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DE INTERAÇÃOENTRE MEIO AMBIENTE NATURAL & URBANO E AINDÚSTRIA DO PETRÓLEO E GÁS NATURAL

Objetivo: capacitar profissionais de nível su-perior para interagirem nas situações relaciona-das com o meio ambiente natural, urbano e aindústria do petróleo e gás natural, nos aspec-tos tecnológicos, biológicos, econômicos, soci-ais e legais.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EMTECNOLOGIA DO PETRÓLEO

Objetivo: capacitar os profissionais do setormetal mecânico do Estado para que desenvol-vam habilidades e conhecimentos dos detalhestécnicos de toda a cadeia do petróleo.

As disciplinas abordarão assuntos relacionadosa geologia geral e do petróleo, métodos deprospecção, perfuração, refino, transporte, dis-tribuição entre outros.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EMTECNOLOGIA DO GÁS NATURAL

Objetivo: capacitar os profissionais do setormetal mecânico do Estado para atuarem em todacadeia do gás natural. As disciplinas abordarãoassuntos relacionados ao processamento, trans-porte, geração de energia elétrica, gestão de se-gurança, planejamento e estudo de viabilidadede projetos de gás natural entre outros.

Propostas aprovadas

Page 11: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-11

notíc

ias

do c

rea

Eventos já confirmados parao 1º Semestre de 2005

Pela primeira vez, um EngenheiroFlorestal assume a direção do Centro deCiências Agrárias da Universidade Fede-ral do Espírito Santo (CCA-Ufes). Trata-se do professor José Eduardo MacedoPezzopane, que iniciou seu mandato emnovembro de 2004. A eleição foimarcada pela grande participação dosprofessores, servidores e estudantes.Dos 692 eleitores aptos a votar, 638 com-pareceram às urnas.

O cargo de vice-diretor ficou com oEngenheiro Agrônomo Dirceu Pratissoli,que junto com Pezzopane e sua equipepretendem fortalecer o CCA ao por emprática várias ações que atendam as ex-pectativas e demandas da sociedadecapixaba.

Graduado pela Universidade Federalde Viçosa, Pezzopane é mestre emAgrometereologia pela USP, doutor emCiências Florestais pela UFV e profes-sor da Ufes desde 1994. Sobre a contri-buição que sua formação oferece para ocargo de diretor ele acredita que “o maisimportante ao se assumir a direção deum centro de ensino com a importânciado CCA seja a experiência, disposição eequilíbrio para enfrentar desafios”.

DESAFIOSOs desafios não são poucos. As difi-

culdades são comuns à maioria das uni-versidades públicas brasileiras como acarência de recursos humanos e finan-ceiros. “A solução passa por captação derecursos financeiros junto ao Ministé-rio da Educação (MEC), Ministério da Ci-

Engenheiro Florestal é novodiretor do CCA-Ufes

ência e Tecnologia (MCT) e também pe-las agências financiadoras como aFinanciadora de Estudos e Projetos(Finep) e o Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq). Outra alternativa é o desenvol-vimento de projetos com a parceria deempresas privadas” garantiu o professor.

Ele salienta que os cursos deZootecnia, Engenharia Florestal e Me-dicina Veterinária oferecidos pelo CCAjá foram devidamente reconhecidospelo MEC e já ultrapassaram a fase maisdifícil da instalação de novos cursos.“Houve a contratação de professores,doutores em sua maioria, para as prin-cipais áreas profissionalizantes de cadacurso, além da construção de alguns la-boratórios e outras estruturas específi-cas” esclareceu Pezzopane.

Pezzopane: “Os desafiosnão são poucos”

Divulgação Ufes

Coopttec completa quatro anos

Tel.: [email protected]

A Cooperativa de Trabalho dos Técnicos Industriaise Tecnólogos do Estado do Espírito Santo -Coopttec-ES– está comemorando quatro anos de existência.Atuando nas áreas de meio ambiente,telecomunicações, informática, fundição, segurança dotrabalho e treinamentos, a Coopttec-ES conta hoje comuma carteira de clientes fiéis. Um dos grandesdiferenciais da Coopttec-ES é sua ampla rede de

contatos e parcerias com diversas instituições eempresas, bem como a participação em fóruns dediscussões e entidades. Buscando ampliar seu quadrosocial, a cooperativa está aberta a novas adesões. Osproponentes a sócio-cooperados devem atender aosrequisitos estatutários, além ter espírito deempreendedorismo cooperativo e de passarem porcurso de cooperativismo antes da adesão.

Mais informações: www.coopttec.coop.br [email protected] 3042-0155 / 9952-4140

MARÇOCurso de Pós- Graduação em Gestão de

Auditoria e Perícia AmbientalCurso de Pós-Graduação em Engenharia de

Custos e Gestão de EmpreendimentosCurso: Princípios e Aplicações do uso do GPS no

Agronegócio e no Meio AmbienteCurso: “Como captar recursos para projetos e

empreendimentos”

ABRILCurso de Pós- Graduação em Engenharia e

Gestão de Petróleo e GásCurso: Gerenciamento Ambiental de Resíduos

SólidosPalestra: “Telefonia Móvel – Nova Geração”

Curso: Avaliação de Imóveis Urbanos –Tratamento por Fatores

MAIOCurso: Sistemas de Proteção contra Descargas

Atmosféricas (pára-raios) e aterramentos -SPDA

Curso: Recursos HídricosCurso: Resíduos de Serviços de Saúde

Curso: Cabeamento Estruturado-VoIP-Wlan

JUNHOCurso: Estudos e Avaliações de Impacto

AmbientalCurso: Recursos Atmosféricos

Curso: Gerenciamento de Resíduos SólidosIndustriais

IV Feira do Agronegócio Hortícola no ES - IVHortifeira

Curso: Avaliação de Imóveis Urbanos –Inferência Estatística

Page 12: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-12

mat

éria

de

capa

O Espírito Santo não é mais o “pati-nho feio” da Região Sudeste. Os índiceseconômicos dos últimos anos transfor-maram o Estado em um garboso “cis-ne”. Comparando os dois últimos balan-ços econômicos (2003/2004), as expor-tações cresceram 14,7%, as importações,39,5%, as vendas e os postos de traba-lho também aumentaram (média de5%), e, ainda por cima, a Petrobras en-controu reservas gigantescas de “ouronegro” no litoral capixaba, ampliando ohorizonte de investimentos e cresci-mento.

No entanto, um olhar um poucomais apurado sobre esses índices reve-la que esse crescimento é movido pelosmesmos grandes empreendimentosaqui sediados (nas áreas de celulose,minério de ferro, placas de aço, mármo-re e granito, e café), que há anos vêmgarantindo bons números – só no anopassado, o comércio exterior gerou US$5,7 bilhões.

Com isso, a distribuição da rendaadvinda do crescimento econômico doEstado permanece concentrada somen-te no universo dos grandes empreendi-

mentos. Nos demais setores, a realidadeé ainda a carência de incentivos e financi-amentos.

O cenário das micro e pequenas em-presas do Estado (principalmente nasáreas da construção civil, moveleira, con-fecção e bebidas, dentre outras) ainda épouco alvissareiro ante aos colossos danossa economia, e micros e pequenosquerem urgentemente partilhar domacrocrescimento.

IDH BAIXOEste contexto é responsável por ou-

tros índices nada agradáveis. O Estadoé responsável somente por 2% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) do país – estepercentual poderia ser bem mais acen-tuado, se houvesse um forte mercadointerno. Além disso, o Índice de Desen-volvimento Humano (IDH) do EspíritoSanto está em torno de 0,75 (se fosseum país, o Estado poderia ser compara-do à Jamaica).

Segundo dados da Federação das In-dústrias do Estado do Espírito Santo(Findes), existe uma previsão de cresci-mento do PIB para 5% nos próximos cin-co anos, que será resultado de investimen-

tos na ordem de US$ 18 bilhões.Só que metade deste montante será

revertido em empreendimentos ligadosao gás e ao petróleo, e os outros 50% se-rão aplicados na ampliação da Compa-nhia Siderúrgica Tubarão (CST), na cons-trução da oitava usina de pelotização daCompanhia vale do Rio Doce (CVRD), e noAeroporto de Vitória, dentre outros em-preendimentos. Nenhuma parte deste to-tal a ser investido está voltada para os mer-cados das pequenas e médias indústrias.

DISTRIBUIÇÃO E RETENÇÃO“O modelo de desenvolvimento no

Espírito Santo, do ponto de vista do cres-cimento econômico, aponta na direçãocorreta, mas do ponto de vista da distri-buição de renda, da redução das desigual-dades, aponta para o caminho errado.Geração de emprego por si só não ésuficiente. É preciso ver a qualidade dessesempregos”, disse Silvio Ramos, presidentedo Conselho Regional de Engenharia eArquitetura do Estado (Crea-ES).

Para Ramos, o grande assunto a serdebatido pela sociedade são os instrumen-tos utilizados pelo Governo do Estado eoutras entidades financeiras para atrair e

ESESESESES

Adriana Machado

GIGANTES EM CRESCIMENTO

Tópicos-12 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

mat

éria

de

capa

O crescimento econômico doEspírito Santo é evidenciado em

vários índices, mas éconcentrado somente nos

grandes empreendimentos.

Sér

gio

Car

doso

Page 13: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-13

mat

éria

de

capaincentivar as pequenas e médias empre-

sas. A expectativa dele é que essa discus-são trará diretrizes econômicas que re-sultarão numa melhor distribuição derenda e investimentos.

“Este governo ‘arrumou a casa’, masele é essencialmente desenvolvimentis-ta. Não tem contornos sociais e não tempolítica que desconcentre os investi-mentos da região metropolitana comvigor”, afirmou. O presidente do CREAquestiona: “Quem é que vai se benefi-ciar desse momento econômico? Osmesmos grupos econômicos de sempre,aliados a grupos econômicos de outrosestados e até países”.

DESENVOLVIMENTOOs grandes setores da economia

capixaba não precisam de políticas de

as entidades governamentais responsá-veis pelos financiamentos. Mas o Bandestem se esforçado para criar esse diálogopara tentar trabalhar uma forma de fi-nanciamento possível”, disse.

A falta de políticas públicas adequa-das prejudica um total de 200 milmicronegócios informais sediados noEstado, afirma o presidente do Findes,Lucas Isoton. “Os segmentos industri-ais que dependem muito do mercadointerno estão tendo dificuldades, comoo moveleiro e o da construção civil. To-dos esses setores têm, inclusive, ociosi-dade, ao contrário dos produtos volta-dos para a exportação, que já estão noseu limite”, disse

EIXO ALTERNATIVOCom a intenção de ser o interlocutor

deste segmento de mercado, o Bandes temcomo meta atualmente desenvolver li-nhas de financiamento e crédito volta-das para o mercado de pequenas e médi-as empresas fora do eixo abrangido pelaRegião Metropolitana – cujas bases nomercado já estão consolidadas.

“A missão do banco é oferecer umconjunto de serviços de financiamentospara as pequenas e médias empresas,que permitam que elas sejam competi-tivas e que tenham capacidade de so-breviver sozinhas. Com isso, estamosvoltados a atrair menos investimentose a fortalecer mais a empresa capixaba.(...) Há três anos, dois terços do nossodesembolso é para o interior do Estado.Espírito Santo não é só Grande Vitória.Tem um conjunto de setores no interi-or altamente dinâmico”, disse o diretorde Operações do Bandes, José AntônioBuffon.

Ele informou que o banco desenvol-veu uma linha de microcrédito para osetor informal, atualmente disponívelsomente para quatro municípios, masaté o final do semestre deverá contem-plar 17 cidades capixabas. “Temos R$ 4milhões para investir neste setor”,

disse.

O diretor do Bandes revelou aindaque o banco está desenvolvendo duas no-vas linhas de financiamento, que atende-rão à demanda dos profissionais liberaise de grupos de produção organizada.“Essa linha não se restringirá somente àscooperativas. Pode ser uma associação ouum grupo, desde que esteja capacitadopara a gestão de seus pequenos negóciose articulados com seus clientes. O exem-plo piloto foi a Cooperativa de Costurei-ras de Ibiraçu.

Outra linha será para o profissionalliberal que queira estabelecer o seu con-sultório ou escritório. “Nós, inclusive,queremos chamar o Crea para formaruma parceria, com intuito de trabalharcom seus associados”, antecipou.

Boa parte das ações do banco, se-gundo Buffon, estarão voltadas para aexportação. Para ele, o Estado tem queaproveitar a sua vocação para o comér-cio exterior para projetar seus produ-tos no mercado nacional e internacio-nal, aumentando o crescimento e for-talecendo a indústria interna. “A gen-te apóia a exportação. Nós financiamosno ano passado R$ 10 milhões de ex-portações de pequenas e médias em-presas. Apoiar a exportação é apoiar acapacidade de nossas empresas de com-petir”, disse.

Silvio Ramos: “Este governo‘arrumou a casa’, mas ele é

essencialmentedesenvolvimentista.

crescimento, e sim as pequenas e médiasempresas, segundo explicou o coordena-dor da área de economia e desenvolvi-mento do Instituto de Apoio à Pesquisa eDesenvolvimento Jones dos Santos Ne-ves, Flávio de Oliveira Bueno.

“Esses grandes setores não precisamde políticas de crescimento, já que aprodução deles depende das decisõesdas empresas. Não há ações que pos-sam estimulá-los a crescer mais. No en-tanto, parte do crescimento, responsá-vel pelas pequenas e médias empresas,não tem sido capturado pelos sistemasde informação. Existem empresas pe-quenas e médias crescendo em diver-sos setores, só que, para estimular ocrescimento deles, precisa de políticasregionais”, disse.

Embora ressalte que o Banco de De-senvolvimento do Estado do EspíritoSanto (Bandes) tenha se esforçado nabusca de políticas que estimulem ou-tros mercados, Bueno afirma que aindaexiste falta de diálogo entre as empre-sas privadas e as entidades governamen-tais para definirem formas de financia-mento.

“Há dificuldades de comunicação, delinguagem, entre as empresas privadas e

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-13

mat

éria

de

capa

Sér

gio

Car

doso

Page 14: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-14

mat

éria

de

capa

Os royalties gerados pelo petró-leo poderão ser aplicados em outrasáreas da economia capixaba, fortalecen-do o mercado interno.

A exploração do petróleo nas baciasrecém-descobertas pela Petrobrás pode-rá trazer novos investimentos no mer-cado interno, melhorando o cenário daspequenas e médias empresas. Osroyalties que a exploração do “ouro ne-gro” gerará poderão ser aplicados na for-ma de incentivos e qualificação da mão-de-obra, fortalecendo a economia e aimagem do Estado.

ESTUDOS DO CREA ALERTAMEm 2002, o Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia(Crea-ES) elaborou o Plano deDesenvolvimento Tecnológico eRegional - PDTR para o Espírito Santo,no qual se destacam os impactos dopetróleo no Estado. O trabalhoabordou diversas vertentes, como arenda per capita, problemas sociais eurbanos, e distribuição de renda. Umadas principais preocupações diziarespeito à contrapartida que o mercadodo petróleo daria à sociedade.

“No projeto, falamos dacontrapartida da qualidade. O setorpetrolífero será beneficiado com aredução de impostos, com a construçãode uma infra-estrutura que permita oseu desenvolvimento. Mas temos quever quantos empregos serão gerados equal a qualidade deles em termos deremuneração e formação do profissio-nal”, disse Ramos. O presidente doCrea adiantou que um novo estudoestá sendo contratado pela entidadepara uma nova avaliação.

“Na cadeia de petróleo e gás, um levan-tamento mostra que até 2010 o Brasil pre-cisará de aproximadamente 45 mil profis-sionais especializados, sendo que atual-mente nós temos apenas 15.300. Nos pró-ximos seis anos, teremos que formar mais5 mil profissionais para atender somentea demanda do Espírito Santo. É um mer-cado em constante ascensão”, disse.

Isoton explicou que a expectativa de

crescimento deste mercado se refere à ca-pacidade de produção de barris de petró-leo no Estado, que poderá aumentar sig-nificativamente nos próximos anos. “OEspírito Santo tende a ser, nos próximos15 anos, o maior produtor de petróleo dopaís. Ainda somos o quinto produtor,com 45 mil barris diários, mas podere-mos elevar essa capacidade para 1 mi-lhão”, disse.

5 mil profissionais para atender ao ES

Produção45 mil barris/dia

Posição no ranking nacional 5º lugar

Nos próximos cinco anos, estemercado receberá US$ 9bilhões em investimentos

A previsão em de que nospróximos 15 anos o Estadoseja o principal produtor do

país, produzindo um milhão debarris/dia

Atualmente, existem 15.300profissionais neste setor,enquanto que o mercado

necessita de 45 mil .

Fonte: Bandes.

Petróleo promete fortalecer mercado interno“O impacto do petróleo pode gerar

uma demanda urgente de planejamen-to. Se os royalties forem usados paraminimizar as desigualdades dos muni-cípios, isso diminuirá o impacto provo-cado por este segmento. O crescimen-to, que favorece um acesso maior a ren-da, só acontece se a propriedade adqui-rida fica fracionada, estimulando as pe-quenas e médias empresas a buscar omercado interno”, analisa o coordena-dor da área de economia e desenvolvi-mento do Instituto de Apoio à Pesquisae Desenvolvimento Jones dos SantosNeves, Flávio de Oliveira Bueno.

As reservas descobertas colocam oEspírito Santo em lugar de destaque nocenário petrolífero nacional e interna-cional. Mas existe ainda um vácuo deprofissionais qualificados para atuarneste setor, segundo explicou o presi-dente da Federação das Indústrias do Es-pírito Santo (Findes), Lucas Isoton.

Tópicos-14 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

mat

éria

de

capa

arqu

ivo

Cre

a-E

S

Sérgio Cardoso

Page 15: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-15

mat

éria

de

capaAgricultura espera sua cota

O café, segundo ele, continua sen-do o principal produto agrícola do Esta-do e a principal atividade econômica demuitas localidades capixabas. “O Esta-do é realmente um grande produtor decafé; é o segundo maior produtor detodo o país, perdendo apenas para Mi-nas Gerais. (...) Em mais de 50 municí-pios do Estado, entre todos os setoresda economia, o café é a principal ativi-dade econômica. Estamos tentando fa-zer com que estes agricultores entremna rota dos cafés especiais”, disse ÊnioCosta.

O presidente do Incaper admite queem relação ao comércio exterior aindahá concentração de produtos. “Em 2004,dos US$ 4 bilhões gerados pelas expor-tações, US$ 975 milhões são produtosde agronegócios. Mas existe a concen-tração de praticamente três produtos:café, celulose e mamão, que ocupam91% deste montante. Os outros setoressomam apenas 9%”, disse o presidenteda Incaper.

Setores como a fruticultura e a pro-dução de sucos no Estado têm crescido

nos últimos anos. Isso é bom, segundoÊnio Costa, pois descentraliza o foco daagroeconomia no café e surgem, de acor-do com o mercado, outras alternativasde culturas.

RECURSOSO número de financiamentos e

microcréditos para agricultores aumen-tou significativamente nos últimos doisanos. Os créditos, principalmente dosofertados pelo Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura (Pronaf),são para estimular o crescimento daagricultura no Estado, tanto nas cafei-culturas quanto nas demais culturas doEstado.

“Os agricultores estão pegando estesrecursos do Pronaf e conduzindo umaagricultura cada vez mais técnica e sus-tentada. Encerramos o ano com 32 milcréditos concedidos, que atendem àimensa maioria dos agricultorescapixabas, que são familiares. (...) OBandes e o Banestes também começarama operar com crédito rural. Ampliamos,em um ano, o crédito agroindustrial e mmais de 50%”, contou.

Café mantém liderança

A expectativa sobre a utilizaçãodos royalties do petróleo chega até a áreada agricultura. Segundo o presidente doInstituto de Pesquisa Capixaba, Assistên-cia Técnica e Extensão Rural (Incaper),Enio Bergoli da Costa, a renda geradanesse mercado, nos próximos anos, deveser aplicada em outros segmentos daeconomia capixaba, principalmente naagricultura, que, para ele, é o mercadoem que ocorre a melhor distribuição derenda.

“Onde o petróleo vai gerar renda? Vaigerar renda concentrada na Grande Vi-tória e ao longo do litoral. A agriculturadiversifica e distribui renda. É importan-te usar os royalties para aplicar em ou-tros setores da economia para que, quan-do o petróleo for embora, não fiquemosno caos. Devemos aplicar bem estas re-ceitas advindas do petróleo para diver-sificar a economia”, projetou.

A renda gerada pelo setor da agricul-tura é distribuída diretamente às famí-lias agrícolas, promovendo umautodesenvolvimento deste setor.

O agronegócio é o mercado que maisdistribui renda provinda de seu cresci-mento econômico. A maior parte da pro-dução é feita de forma tradicional e oslucros do crescimento de suas culturassão direcionadas diretamente às famíli-as produtoras agrícolas.

Segundo o presidente do Institutode Pesquisa Capixaba, Assistência Téc-nica e Extensão Rural (Incaper), EnioBergoli da Costa, a agricultura é o prin-cipal mercado do Estado pois se desen-volve em praticamente todos os muni-cípios do Estado. Ele explicou que, mes-mo com poucas políticas públicas, essesetor está crescendo porque as famíliasprodutoras são beneficiadas diretamen-te com a renda de suas produções.

“Talvez a agricultura seja o setor eco-nômico mais importante do EspíritoSanto, em termos de desenvolvimentosustentável. Isso porque não concentrarenda, dado o modo de produção fami-liar que leva a distribuição, enquantoque as indústrias fora do agronegócio,concentram renda ao extremo. Cerca de90% do que geramos de produtos agrí-colas vêm de pequenos agricultores”,disse.

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-15

mat

éria

de

capa

Eng

enhe

iro A

grôn

omo

Ros

embe

rg B

raga

nça

Page 16: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-16

espe

cial

Para o bom funcionamento dasindústrias, não basta contarcom profissionais de nível su-

perior. O trabalhador de nível técnico éfundamental para o crescimento da pro-dução. Cada indústria precisa de um cor-po técnico competente e bem qualificadopara dar suporte para a empresa. É o téc-nico que atua na base do serviço, na ma-nutenção, na produção. É ele que põe amáquina para funcionar.

A década de 70 presenciou um grandeavanço no mercado para o profissional denível técnico. A implementação de novasusinas e o aumento das exportações per-mitiram muitas contratações. Segundo oDiretor de Relações Empresariais e Comu-nitárias do Cefet-ES, Aluísio Carnielli, oES está vivendo novamente este momentoda profissão de técnico.

Alguns fatores proporcionam o cres-cimento da demanda de profissionaistécnicos. O primeiro são os projetos deexpansão das grandes empresas insta-ladas no ES, como a Companhia Side-rúrgica de Tubarão (CST), CompanhiaVale do Rio Doce (CVRD) e Aracruz Celu-lose. O segundo são os investimentos da

TÉCNICOS EM ALTA

Petrobrás na extração e produção de pe-tróleo no estado. Outra área em cresci-mento nmo ES é o setor de mármore egranito.

De acordo com Carnielli, as maioresdemandas das grandes empresas do es-tado são para as áreas de metalurgia,mecânica, elétrica e segurança do tra-balho.

REMUNERAÇÃOO piso salarial para o técnico indus-

trial, segundo o Sindicato dos TécnicosIndustriais de Nível Médio do EspíritoSanto (Sintec-ES), é de R$ 1.025,26 paraempresas com mais de 30 empregadose R$ 923,72 para empresas com menosde 30 empregados. De 2004 para 2005houve um aumento de 6,9% no piso.

As grandes empresas instaladas no es-tado costumam pagar um pouco acimadeste valor, além de fornecer diversosbenefícios. Um técnico operacional daCST ganha R$ 1.120,16, mais benefícios,como assistência médica, odontológica,hospitalar e farmacêutica; transporte, ali-mentação, uniforme, seguro de vida emgrupo, plano de previdência privada eparticipação nos resultados.

Ana Paula Sant’Anna

O Crea-ES mantém em seu site a relação dasInstituições de Ensino registradas e os respec-tivos cursos cadastrados, além de toda a docu-mentação necessária para o registro e cadastrodas Escolas e alunos no Conselho.

Todas as escolas que ministram cursosprofissionalizantes de Nível Médio (TécnicoIndustrial e Agrícola) e de Nível Superior(Tecnólogo, Engenharias, Arquitetura, Agrono-mia, Geologia, Bacharelado em Geografia eMetereologia) autorizados e reconhecidos peloMinistério da Educação, devem efetuar o regis-tro obrigatório no Conselho de sua jurisdição,uma vez que essa é uma condição preliminar

para que os alunos possam obter o registro deacordo com dispositivo da Resolução 289/93 e daLei 5.194/66 do Conselho Federal de Engenha-ria, Arquitetura e Agronomia - Confea.

O Sistema Confea/Crea concede as atribui-ções profissionais legais dos formandos por meiodo registro ou visto no Conselho onde atua.

Para mais informações sobre as Escolasregistradas e cursos cadastrados acesse o sitewww.creaes.org.br clique no menu Serviços, emAcesso Público e em Serviços Online. Já para seinformar sobre os procedimentos do cadastro,clique no menu Serviços, em Acesso Público eem Documentação e Formulários.

Escolas e cursos estão no site do Crea

Na década de 70 severificou um grande

avanço no mercado parao profissional de nível

técnico, com aimplementação de novasusinas e o aumento dasexportações. Hoje o ESestá vivendo novamente

este momento e aatividade de técnico de

nível médio ganha espaçoe apresenta melhorias no

seu perfil de renda

Tópicos-16 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

espe

cial

Sérgio Cardoso

Page 17: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-17

espe

cial

Um dos principais investimentos daPetrobras no ES é o Pólo Terra Água Rasa,com conclusão prevista para junho de 2005.Este pólo compreende a Estação de FazendaAlegre, o Terminal Norte Capixaba e a malhade 15 Km de dutos que liga um ao outro,localizados nos municípios de Jaguaré e SãoMateus.

A Estação de Fazenda Alegre permitirá otratamento do óleo com um maior teor deágua, decorrente da injeção de vapor. A par-tir da inauguração, haverá o bombeio de 12a 20 mil barris de óleo pesado por dia, daEstação para o Terminal Norte Capixaba, paraescoamento, via navios-tanque, do óleo pro-duzido nos campos terrestres.

Na fase de construção da Estação, foramgerados 1200 empregos diretos e indiretos. Aconstrução do Terminal gerou 1500 empregosdiretos e indiretos. Na fase de operação surgi-rão 70 empregos para a Estação de Fazenda Ale-gre e 130 para o Terminal Norte Capixaba.

A produção de gás natural do campo ma-rítimo de Peroá, localizado a cerca de 50quilômetros da costa de Linhares, deverá seriniciada em julho de 2005. O projeto incluiuma plataforma fixa de produção no campode Peroá e um gasoduto ligando a platafor-ma à Unidade de Tratamento de Gás de Ca-cimbas. Os investimentos são de US$ 278

P r i n c i p a i s o p o r t u n i d a d e s d e t r a b a l h o n o E s p í r i t o S a n t o

CST

Terceiro alto-forno enova coqueria

As obras do Alto-Forno 3 iniciaram-se em julho de 2004 e empregam hojemais de 980 profissionais entre contrata-dos e subcontratados, sendo 75% atravésdo SINE. O Alto-Forno 3 será um equipa-mento de grande porte, com volume in-terno de 3,6 mil metros cúbicos.

Ao ser finalizado e somado aos doisalto-fornos já existentes, a CST aumen-tará sua capacidade de produção para7,5 milhões de toneladas de aço ao ano.O início da operação do novo alto-fornoestá previsto para o segundo semestrede 2006.

A expansão da CST conta ainda comos projetos externalizados que incluema construção da Calcinação, da Unidadede Granulação de Escória e das Fábricasde Oxigênio 5 e 6. O investimento totalserá de US$ 1 bilhão em obras de ex-pansão.

NOVA COQUERIAEm 18 de agosto de 2004, foi assina-

do acordo para formação da Sol CoqueriaTubarão (SOL), a partir de associaçãoentre CST, Belgo Mineira e Sun Coal &Coke Company. A nova empresa seráresponsável pela implantação e opera-ção da nova coqueria. O equipamentocontará com tecnologia de recuperaçãode calor, que garante maior eficiência econtrole ambiental.

Petrobras

milhões e durante a sua construção serãogerados aproximadamente 2.900 empregosdiretos e indiretos. Na fase de operação, essenúmero será de 117.

A Unidade de Cacimbas também rece-berá gás do campo Golfinho, descoberto emjulho de 2003 em Aracruz, Por isso uma novaUnidade de Processamento de Gás Natural(UPGN) estará pronta no segundo semestrede 2006, tornando o Estado auto-suficienteneste derivado.

O campo de Golfinho irá produzir óleoleve. Os primeiros estudos apontam para ainstalação de uma plataforma com capacida-de para produzir aproximadamente 100 milbarris/dia. A Petrobrás prevê a criação de 3.600empregos diretos e indiretos no período deconstrução da Unidade Tratamento de Gás.

O campo de Jubarte iniciou sua produ-ção em outubro de 2002 através de um Tes-te de Longa Duração. A Fase I do projeto estáprevista para iniciar no segundo semestrede 2005, com a utilização da plataforma P-34. No prazo de 13 meses, as obras de refor-ma da P-34 deverão gerar cerca de 800 em-pregos diretos e 1500 indiretos.

Os campos de Cachalote, Baleia Franca,Baleia Anã e Baleia Azul ainda estão sendoestudados quanto à viabilidade de explora-ção e produção.

Nos próximos dois anos, se for apro-vado seu projeto, a Vale pretende implan-tar uma nova pelotizadora em Tubarão. Oinvestimento é estimado em R$ 1,5 bilhãoe adicionará 7 milhões de toneladas/anode pelotas à capacidade de produção daempresa, que é de 25 milhões t/a.

A Vale também está investindo paraampliar a capacidade do Porto de Tuba-rão, viabilizando a operação de maio-res volumes de carga em menores es-paços de tempo. Atualmente, a CVRDproporciona 17.250 empregos diretosno Espírito Santo, sendo a maioria dos

Nova pelotizadoraem Tubarão

CVRD

seus empregados técnicos. Até 2010, aCompanhia planeja investir R$ 6,2 bi-lhões, gerando aproximadamente 1.700empregos diretos e a mesma quantida-de em empregos indiretos.

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-17

espe

cial

Fazenda Alegre e Terminal Norte Capixaba

Sérgio Cardoso

Sér

gio

Car

doso

Page 18: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-18

Os grupos de pesquisa locais podemcomeçar a comemorar, pois este ano de-verão ser os mais bem aquinhoados eminvestimentos em pesquisa científica etecnológica. Só do Estado e do municípiode Vitória vão jorrar R$ 4 milhões,destinados a diversos setores que poderãoser pleiteados por pesquisadores a partirde editais divulgados durante o ano.

O Governo do Estado vai destinareste ano R$ 3 milhões para o desenvol-vimento de pesquisas científicas etecnológicas. A informação é do Secre-tário de Ciência e Tecnologia Guilher-me Henrique Pereira, que irá iniciar aslicitações do Fundo Estadual de Ciênciae Tecnologia (Funcitec) ainda no primei-ro semestre de 2005. “Pretendemos comisso articular os setores da sociedadecapixaba envolvidos na área de ciência

e tecnologia e incrementar continuamen-te a captação recursos”, afirma.

O município de Vitória, o primeiro ainvestir em ciência e tecnologia, ao criaro Fundo de Ciência e Tecnologia - (Facitec),no ano de 1996, este ano prevê investircerca de R$ 1 milhão para o financiamen-to do conhecimento científico,tecnológico e artístico, informou o secre-tário de Desenvolvimento da Cidade,Kleber Frizzera.

O primeiro edital do Facitec de 2005foi lançado no dia 2 de março, destinan-do R$ 140 mil especificamente para pes-quisas na área de violência e segurança.

PRIMEIRO MUNDOMesmo com o compromisso assumi-

do pelo Governo Estadual de manterinvestimentos crescentes e constantes naárea de ciência e tecnologia, o Espírito

R$ 4 milhões paraC&T em 2005

Hoje as verbas estaduais destinadasà pesquisa científica e tecnológica estãoconcentradas quase que exclusivamenteno Instituto Capixaba de Pesquisa, As-sistência Técnica e Extensão Rural(Incaper), que é um centro de excelênciaem produção científica para oagronegócio e possui um orçamento deR$ 32 milhões.

O Incaper é um exemplo claro deque financiamento de pesquisa não égasto e sim investimento. Atualmenteo instituto possui cerca de 140 proje-tos de pesquisa, desenvolvimento einovação. Esses projetos estão ligadosa várias áreas como cafeicultura, fruti-cultura, hortaliças, silvicultura, entreoutros. Mas o grande destaque é o lan-çamento de variedades de café, princi-palmente o café conilon. “Somos o se-

Pesquisa eleva produtividade do cafégundo produtor de café do Brasil e oprimeiro produtor de café conilon. OIncaper detém a excelência mundial degeração de conhecimento e tecnologiapara café conilon”, afirma o diretor pre-sidente do instituto Enio Bergoli daCosta.

Em 20 anos de pesquisa com café, oIncaper já lançou seis variedades dife-rentes de café conilon. Além disso, gra-ças às pesquisas com o produto, o Espí-rito Santo deu um salto de produtivida-de nos últimos anos: enquanto a áreacultivada cresceu apenas 10%, a produ-ção de café cresceu mais de 180%. “Issosignifica que saímos de cerca de 2,4milhões de sacas para quase 7 milhõesde sacas produzidas por ano no Estado.Um incremento muito forte na produ-ção”, completou.

Enquanto a área cultivada cresceuapenas 10%, a produção de café

cresceu mais de 180%.

Facitec financia pesquisa sobreviolência, problema que tem

apavorado os capixabas

André Taquetti

Arquivo: Engenheiro Agrônomo Rosembergue Bragança

Arq

uivo

Cre

a-E

S

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

Tópicos-18 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

Page 19: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-19

Este ano o Cefet está completando90 anos de existência dedicados ao en-sino técnico de segundo grau. Mas ago-ra quer se transformar numa universi-dade tecnológica. Para isso, formalizaeste ano os primeiros grupos de pes-quisa, que já vinham sendo desenvolvi-dos desde 1999, quando a instituiçãorecebeu o aval do Governo Federal paraofertar cursos de nível superior.

“Atualmente contamos com cincocursos superiores de tecnologia, além doensino médio e dos cursos técnicos, osquais nos deram suporte para que, em ou-tubro do ano passado, o Cefetes se tor-nasse definitivamente uma InstituiçãoFederal de Ensino Superior (Ifes)”, dissePissinati. “Já estamos com um estatutoequivalente ao de um Centro Universitá-rio tramitando no Ministério da Educa-ção, com expectativa de aprovação até ojulho deste ano. Nossa perspectiva é a deque em 2010 o Cefetes se torne uma Uni-versidade Tecnológica”, completou.

Santo ainda está longe do ideal. “Nós ain-da estamos muito abaixo dos investimen-tos dos Estados mais desenvolvidos nes-sa área, que chegam a 1% do PIB. Isso re-presentaria investimentos de R$ 300 mi-lhões”, afirma o secretário de C&T,Guilheree Pereira. Quando comparamosesses números com os de países líderes emciência, como EUA, Japão e as nações euro-péias mais ricas, que destinam de 2% a 3%da riqueza nacional para o setor, podemosperceber como é grande nossa defasagem.

Se considerarmos os investimentosem outras áreas e também investimen-tos privados e de outras instituições, acifra chega a R$ 70 milhões. “Estamostrabalhando para que nos próximos cin-co anos os investimentos em pesquisascheguem a pelo menos 0,5% do PIB, oque representa R$ 150 milhões por ano”,disse o secretário.

Em pesquisa realizada recentementepelo World International PropertyOrganization, os Estados Unidos apare-cem como sendo responsáveis por trêsquartos das pesquisas publicadas no mun-do, das quais 79% são bancadas pela inici-ativa privada, ao passo que apenas 13%são realizadas nas universidades e outros7% em instituições sem fins lucrativos. NoBrasil, a proporção é inversa: 73% dos tra-balhos concentram-se no meio acadêmi-co, 11% são bancados pelo capital privadoe 16% por outras entidades.

Estes números revelam que a situa-ção do Espírito Santo é preocupante.Como a maioria das pesquisas é desen-volvida em universidades públicas, aprodução científica capixaba fica con-centrada basicamente no Incaper, naUniversidade Federal do Espírito Santo(Ufes) e, mais recentemente, no CentroFederal de Educação Tecnológica do Es-pírito Santo (Cefetes).

“Todos os Estados próximos ao ES têmuniversidades estaduais. Até mesmo al-guns Estados do Nordeste mantêm univer-sidades públicas, o que não ocorre no ES.Parece que nossos governantes não estãoentendendo que estamos vivendo a erada sociedade da informação, onde a uni-versidade exerce papel fundamental naprodução de conhecimento científico”,afirmou o Gerente de Pesquisa e Exten-são do Cefetes, Tadeu Pissinati.

Com a introdução dessa universida-de e a ampliação do financiamento cien-tífico, a expectativa é de que nos próxi-mos anos a produção capixaba cresçabastante, para assim podermos acompa-nhar a evolução dos grandes centros dedesenvolvimento de pesquisas do país.

O caminho para o Espírito Santo setornar uma referência no setor está ape-nas no início e, para isso, é necessárioo comprometimento dos governantesde fortalecer e desenvolver as institui-ções responsáveis pela produção de pes-quisas.

“Se o país quiser se tornar realmen-te competitivo no mercado globalizadoem termos de tecnologia, terá que in-vestir muito mais na produção científi-ca e tecnológica. Temos que entrar fir-me na eletrônica, na mecânica fina, nananotecnologia, na engenharia genéti-ca. Isso é fundamental para nos tornar-mos um país realmente desenvolvido”,concluiu Pissinati.

Cefet aposta na pesquisa e quervirar universidade tecnológica

Már

cio

Sch

eppa

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-19

Page 20: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-20

boa

idéi

a

Tópicos-20 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

Tópicos-20 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

Criada na época das privatizações dasempresas públicas brasileiras, a lei 9.991/2000 já resultou na destinação de R$7.959.793,18 em 45 projetos de pesquisa paraa geração de novos processos ou produtosde melhoria tecnológica da empresa deenergia elétrica no Espírito Santo. Osprojetos mobilizam recursos operados pelaEscelsa. Alguns já tiveram seus relatóriosfinais enviados à Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel).

O artigo 1º da Lei nº 9.991/2000 determi-na que as concessionárias do serviço públicode distribuição de energia elétrica apliquem,no mínimo, 0,75% da sua receita anual, emPesquisa e Desenvolvimento do SetorElétrico (P&D) e, no mínimo, 0,25% emProgramas de Eficiência Energética (E&E),voltados para o uso final da energia.

A lei não atinge as empresas que ge-ram energia, exclusivamente, a partir deinstalações eólicas, solares, de biomassae pequenas centrais hidrelétricas.

Pesquisa e Desenvolvimento -Abrange as atividades de geração, trans-missão, distribuição e comercialização deenergia elétrica no Brasil, visando a gera-ção de novos processos ou produtos paracapacitação tecnológica da empresa deenergia elétrica. A pesquisa pode ser exe-cutada isoladamente - pelas empresas deenergia elétrica - ou com a participaçãode instituições públicas ou privadas de

Pesquisa no setor elétrico no ESchega a R$ 7,9 milhões em 5 anos

O Gerente de Planejamento e Investi-mento da Escelsa e Coordenador de P&D, JoãoBosco Anicio, informou que R$ 3.744.817,42estão sendo aplicados neste momento em 25projetos de pesquisa para geração de novosprocessos ou produtos de melhoria tecnológicada empresa de energia elétrica no Espírito San-to. Alguns já tiveram seus relatórios finais en-viados à Aneel para avaliação.

Os 25 projetos de P&D no ES fazem partedos ciclos 2002/2003 e 2003/2004. “Temos pro-jetos na área de distribuição de energia elétri-ca que permitem a melhoria da qualidade dos

ensino, bem como de fabricantes de ma-teriais e equipamentos para o setor elé-trico e de empresas de consultoria.

A elaboração da proposta deve seriniciada com o preenchimento dos for-mulários eletrônicos obtidos no site daAneel: http://www.aneel.gov.br , no linkPesquisa e Desenvolvimento. A Aneel éresponsável pela análise, aprovação,acompanhamento e fiscalização dos Pro-gramas Anuais de P&D.

Eficiência Energética - Os projetosrelacionados a Eficiência Energética sãoaqueles voltados ao desenvolvimento denovas tecnologias ou métodos de geraçãoda energia elétrica e, principalmente, osrelacionados ao consumo de energia nossistemas ou equipamentos de uso final.

A produção, transporte e consumode energia elétrica afetam váriosaspectos do meio ambiente. Interferemna qualidade do ar e da água, no habitatda fauna e flora aquática e terrestre, navida humana devido à utilização dematerial perigoso, dos efeitoseletromagnéticos e de resíduos tóxicosentre outros, por isso a importância dapesquisa nessa área.

Também são áreas de investimento:pesquisas referentes a geração de energiarenovável, qualidade da energia elétrica,transmissão de dados por redes elétricas,pesquisa estratégica entre outros.

serviços prestados aos clientes, reduzem cus-tos e dão melhor suporte ao planejamento daexpansão do sistema elétrico” disse.

Anicio informou também que existemprojetos de desenvolvimento e aperfeiçoa-mento de equipamentos e sistemas de medi-ção que possibilitam a detecção de fraudes edesvios de energia; controle e gerenciamentode energia em consumidores finais que utili-zam a própria rede elétrica como meio de co-municação entre o sistema central e as unida-des de medição, entre outros.

A Escelsa realiza projetos com a Ufes e

25 projetos estão em execução

Um dos projetos considerados maisinteressantes pela Escelsa é o Atlas

do Potencial Eólico do Estado doEspírito Santo em Resolução 1km x1km, que possibilita a realização domapeamento detalhado dos regimes

médios sazonais e anuais dasvelocidades e direções de vento emalturas de 30m e 50m. O Atlas e os

mapas resultantes do projeto definema distribuição geográfica dos regimes

de vento no Estado, servindo comoinstrumento fundamental para a

identificação de áreas maispromissoras para futuros estudos de

viabilidade na área de energiaproduzida pela força dos ventos.

Atlas do PotencialEólico do ES

Marcio Scheppa

pretende ampliar a participação de outras en-tidades. “Atingimos os valores e metas im-postos pela lei e, desde o início dos programas,em 1999, totalizanos 45 projetos e recursos to-tais de R$ 7.959.793,18, diretamente aplicadospela concessionária”, garantiu.

“O interesse maior é aplicar os recursos embenefício para a sociedade, por meio do inter-câmbio entre empresa e universidade, além deproporcionar inequívocos ganhos para as em-presas, que têm a oportunidade de resolverseus problemas tecnológicos” concluiu Anicio.

pesq

uisa

e c

onhe

cim

ento

Tópicos-20 JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO-2005

Page 21: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

2005-JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO Tópicos-21

boa

idéi

a

Patenteada no ano de 2002 pelaPaway- Pavimentação, Construções e Projetos Ltda, a caçam-

ba térmica de massa asfáltica, com aque-cimento proveniente dos gases do motordo veículo, tem capacidade de 4,000 m3 ealcança 80,00 m2 de aplicação de massaasfáltica por dia.

Este projeto ganhou o 1º lugar no 11ºconcurso Falcão Bauer na categoria denovas ferramentas com utilização naEngenharia Rodoviária. O equipamento foicriado pelo engenheiro Eudier Antônio daSilva, de Vitória, consultor técnico daPavway Ltda., e pelo engenheiro EmílioMarques Ferreira, de Porto Alegre - RS,sócio-gerente da Pavway Ltda.

Este modelo é utilizado na conserva-ção e restauração de vias danificadas, empontos localizados com excelente eficá-cia na operação de tapa-buracos e tem afinalidade de oferecer uma massaasfáltica em temperatura ideal de uso até12 horas após sua retirada da usina asfaltica.Para tal, a caçamba térmica é dotada deum sistema próprio de aquecimento pro-veniente da descarga do veículo. A massaasfáltica, ao sair da usina, tem que ter umatemperatura mínima de 150ºC.

A aplicação da massa asfáltica a tem-peratura inferiores ocasiona desperdí-cio, não só pela perda da adesividadecomo também pela redução na sua es-tabilidade. A operação de manutençãode pavimentos asfálticos de viasdanificadas é tradicionalmente realiza-da por caminhões tipo “caixa”, abertos,em que a massa asfáltica é transporta-da sem proteção. Nestas condições, amassa atinge temperaturas imprópri-as à sua aplicação em um períodocurto de tempo.

O engenheiro Eudier Antônio da Sil-va, que hoje exerce as funções de Superin-tendente de Engenharia e de ProjetosEspeciais da Prefeitura Municipal deLinhares, pretende implantar e divulgar autilização do caminhão em outras prefei-turas do Estado. O objetivo, segundo ele,é criar um sistema de tapa-buracos queatenda às normas e proporcione maiseconomia e qualidade às obras.

A caçamba térmica utiliza a calhavertedora em substituição da descargae espalhamento manual. A calhavertedora da caçamba térmica facilitaa aplicação do produto, uma vez quepropicia aplicação regular. Esse proce-dimento reduz a patrulha de manuten-ção de sete para quatro homens. Alémda redução de utilização de mão-de-obra, em aproximadamente 40% em ter-mos de horas-homem, a produtivida-de diária de uma patrulha tradicionalcom descarga e espalhamento manualé em média igual a 40,00 m² de aplica-ção de massa asfáltica. Com a utiliza-ção de caçamba térmica de 4,000m³, estevalor alcança 80,00 m². Isto constituium rendimento 100% superior aométodo tradicional.

Além da rapidez da execução comqualidade, também estaríamos colabo-rando muito com o meio ambiente, evi-tando o lançamento de monóxido decarbono na atmosfera, conclui o enge-nheiro Eudier Antônio da Silva.

Caçamba térmica mais econômica

O baú é totalmente fechado comchapas de aço duplas, forradas comlã de rocha. O calor é fornecidopelo gás CO2 (Monóxido deCarbono) expelido do motor doveículo.

Através de um cano metálicoacoplado ao cano de descargaoriginal do veículo, direciona-se ogás para dentro do túnel localizadonas paredes da caçamba. Atemperatura elevada do gás éresponsável pelo aquecimento daschapas de aço e, conseqüentemente,pela conservação da temperatura damassa asfáltica.

Para iniciar essa operação énecessário colocar o motor doveículo em funcionamento. Assim,todo o gás expelido será direcionadopara o interior da caçamba,mantendo-a sempre quente. Juntoao motor de funcionamento,existe uma tomada de força queaciona o sistema hidráulico, e esteaciona os comandos paradescarregar a massa asfaltica, alémde liberar emulsão para a pintura deligação antes da sua aplicação.

Como funciona:

Vantagens

Eudier, que recebeu o prêmio dopresidente da Falcão Bauer, quer

divulgar seu invento para asprefeituras

boa

idéi

aArquivo Eudier A. Silva

Arquivo Eudier A. Silva

Page 22: SUMÁRIO - creaes.org.br · Cachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373 Colatina (27) 3721-0657 Linhares (27) 3264-1781 POSTOS DE ATENDIMENTO ... de termos um plano, que possamos iniciar

Referências:

AFFONSO, N.S.; BADINI, C.; GOUVEA, F.(Coords). Mobilidade e cidadania. SãoPaulo: ANTP, 2003. 256 p.

GEIPOT – Empresa Brasileira dePlanejamento de Transportes. Avaliaçãopreliminar do transporte rural: destaquepara o segmento escolar. Brasília, 1995.

VARELA, G.C. Sintaxe espacial: uma novaabordagem para o entendimento dasrelações entre configuração espacial,transportes e uso do solo. Anais do VIIICongresso de Pesquisa e Ensino emTransportes, São Paulo, v.1, p. 69-79, 1993.

VILLAÇA, F. A. Segregação urbana. In:VILLAÇA, F.A. Espaço intra-urbano noBrasil. São Paulo: Studio Nobel, 1988. 297p.

Artig

o A Problemática da segregação espacial dosresidentes na zona rural

Rede de transportes e segregação sócio-espacial

Michela Sagrillo PegorettiArquiteta Urbanista (UFES/ES), Mestre em Engenharia Urbana (UFSCar/SP)

A rede de transporte está diretamenterelacionada com a segregação sócio-espacial,visto que o seu funcionamento e a suaconfiguração espacial podem incentivar asegregação e determinar o controle sobre amobilidade social de determinados grupospopulacionais.

Historicamente, os transportes têmcontribuído para as transformaçõesmorfológicas das áreas urbanas, não apenasem crescimento, mas também em relaçãoàs transformações físicas das cidades,caracterizadas por padrões de movimentode pedestres e veículos, localização espacialdas atividades urbanas, valorizaçãoimobiliária, entre outros (Varela, 1993).

As condições de transportes têm umarelação direta com o bem estar individual:de um lado a pobreza pode impedir aspessoas de usarem o transporte e de teremacesso aos destinos desejados, de outro; aspessoas são prejudicadas por não teremacesso a certos destinos, e por teremoportunidades limitadas de trabalho, deestudos e de uso de equipamentospúblicos (Affonso et al., 2003).

O transporte rural de passageiros noBrasil envolve milhões de pessoas,residentes ou não na área rural, sendoresponsável por várias demandas deviagens (Geipot, 1995). No entanto, o custo

para prover uma população pouco densa oudispersa de uma rede de transporte coletivoé muito alto, fato que resulta na ausênciaou ineficiência do sistema, principalmenteno Brasil, onde existem vários municípiossem condições financeiras para suprir asdemandas existentes.

Diante do contexto exposto, acredita-seque a implantação de uma Política deTransporte Rural Nacional, articulada comos governos municipais (que poderãointervir de acordo com as especificidadeslocais) e que tenha como objetivo básicogarantir o acesso dos moradores rurais àsatividades que desejem alcançar, poderásuprimir desvantagens sociais, acentuadaspela vulnerabilidade e pelo isolamento.

Para tal Política, algumas diretrizespodem ser citadas, tais como: criação e/oumelhoria dos serviços de transportes paraos estudantes e a população em geral(estudos de variáveis como roteirização,custos, freqüência, horários); melhoria e/ou manutenção da infra-estrutura existente(estradas, pontes); incentivo ao nãotransporte através da relocação para a árearural de algumas atividades que poderiamreduzir a necessidade de deslocamentos(postos de saúde, correios, escolas);incentivo ao uso de transporte alternativo(bicicleta, motocicleta, barcos ou até mesmo

carroças, dependendo da região); garantia dacomunidade envolvida nos processosdecisórios junto ao poder local.

Essas diretrizes são gerais e, para seremimplementadas, deveriam ser estudadas edesenvolvidas de forma mais específica. Oimportante é destacar a necessidade daformulação de políticas públicas para o setorde transporte rural do país, cujos estudossão insignificantes diante dos benefícios quepoderão ser adquiridos.

O crescimento dinâmico das cidades brasileiras, causado peloprocesso de urbanização, modificou o traçado urbano e as suas formasde expansão e trouxe problemas relacionados à configuração sócio-espacial das mesmas, resultando na chamada “segregação”.

Para Flávio Villaça, “segregação é um processo segundo o qualdiferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cadavez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros dametrópole” (Villaça, 1988). De forma geral, a segregação sócio-espacialocasiona, em uma cidade (principalmente de porte médio e grande),disparidades que abrangem duas situações distintas: uma delascaracterizada por espaços urbanos formados por pessoas com altopoder aquisitivo e de mobilidade, formando a “cidade legal” dotadade infra-estrutura. Na outra situação, estão os espaços urbanos

constituídos por pessoas de classe baixa (pobres e/ou miseráveis), combaixíssima condição de mobilidade, habitando as chamadas “cidadesilegais” desprovidas de equipamentos, serviços e de infra-estruturas.

Tomando como referência o contexto do município como umtodo (área urbana e rural), o campo vem se caracterizando comoespaço segregado. O seu próprio isolamento em termos físicos e aoferta irregular ou inexistente de transporte público, associados àsbaixas condições econômicas, à precariedade de infra-estrutura eequipamentos coletivos e aos poucos investimentos capazes degerar melhor qualidade de vida das pessoas, são fatores quepromovem a segregação social e espacial dos moradores, em especialdas crianças em idade escolar que deslocam-se diariamente até àsescolas da zona urbana.