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SUMÁRIO · conclusivas: logo, pois (após o verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. e) explicativas: que, porque, pois, porquanto. As conjunções

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  • SUMRIO

    PORTUGUS PROF. DCIO TERROR..................................................................................... 2

    REGIMENTO INTERNO DO STJ PROF. PAULO GUIMARES E FABRCIO RGO ................................. 13

    TICA PROF. PAULO GUIMARES ..................................................................................... 44

    SUSTENTABILIDADE PROF. ROSENVAL JNIOR .................................................................... 46

    DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICINCIA PROF. RICARDO TORQUES ......................................... 67

    DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. RICARDO VALE E NDIA CAROLINA ........................................ 77

    DIREITO ADMINISTRATIVO PROF. ERICK ALVES ................................................................ 113

    DIREITO CIVIL PROFA. ALINE SANTIAGO ......................................................................... 148

    DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROF. RICARDO TORQUES ....................................................... 246

    DIREITO PENAL PROF. RENAN ARAJO ........................................................................... 283

    DIREITO PROCESSUAL PENAL PROF. RENAN ARAJO ........................................................... 359

    DIREITO PREVIDENCIRIO PROF. ALI JAHA...................................................................... 424

    DIREITO TRIBUTRIO PROF. FBIO DUTRA ...................................................................... 476

    DIREITO EMPRESARIAL PROF. GABRIEL RABELO ................................................................ 545

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  • PORTUGUS PROF. DCIO TERROR

    Primeiro assunto a ser observado a interpretao de texto, acumulando um

    ndice de quase 20% das mais de 200 provas analisadas.

    Para interpretar textos:

    a) Leia o texto, no mnimo, duas vezes.

    b) Na primeira leitura, observe qual a ideia principal defendida, atente ao ttulo, quando houver.

    c) Na segunda leitura, aprofunde no modo como o autor aborda o tema: verifique os

    argumentos que fundamentam a opinio defendida por ele. d) Ao trmino da segunda leitura, observe se voc realmente entendeu o ttulo: ele

    vai dar a voc a ideia principal do texto. e) Num texto, temos ideias explcitas (o que literalmente se v escrito no texto) e

    implcitas (o que se abstrai, subentende, nas entrelinhas do texto). Procure sempre, ao tentar resolver a interpretao, marcar o que est explcito no texto que confirme

    a sua resposta. O que est implcito marcado por vestgios: no se fala diretamente, mas se sugere uma interpretao. Ex: Eu posso indicar que uma pessoa

    estressada no dizendo claramente esta palavra, mas citando os atos dela, a forma agitada diante dos problemas na vida etc. Isso nos leva a ler as entrelinhas.

    f) A banca CESPE caracteriza-se por deixar bem explcitas as ideias que confirmam a interpretao do texto.

    Tipos de texto

    Narrativo: conta uma histria ficcional (inventada) ou real (o que realmente ocorreu,

    fato). So elementos principais: personagens, aes, cenrio, tempo, narrador.

    Destaca-se pela evoluo das aes no tempo. Descritivo: enumera aes, caractersticas, elementos. Muitas vezes est dentro de

    outra tipologia textual para elencar caractersticas e aes de personagens ou enumerar argumentos de um texto dissertativo.

    Dissertativo: falar sobre algo, um tema, um assunto. Divide-se em argumentativo/opinativo (quando h opinio do autor) ou expositivo/informativo

    (apenas retransmite um conhecimento sobre algum assunto, sem opinio).

    Elementos de coeso

    Coeso referencial: o recurso em que se usa uma palavra que faz referncia a

    uma anterior (recurso anafrico) ou a uma posterior (recurso catafrico).

    Conheo a cidade A. Ela linda. (recurso anafrico)

    Cidade linda mesmo esta: Rio de Janeiro. (recurso catafrico)

    A banca CESPE cobra a quem a palavra se refere. Praticamente toda prova tem

    uma questo desse tema. Ento, muita ateno!!!!

    Coeso recorrencial: quando h reiterao de vocbulos para enfatizar e sustentar argumentos: Estudar envolve vontades: vontade de melhorar de vida, vontade de se

    testar, vontade de vencer, vontade de sobrepujar outras vontades.

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  • Coeso sequencial: o uso das conjunes e dos chamados operadores

    argumentativos, ou seja, palavras ou expresses que ligam os argumentos dando-lhe

    coerncia. Veja algumas:

    Conjunes

    As conjunes so muito importantes nas provas da banca CESPE.

    Normalmente, pede-se para substituir uma conjuno por outra de igual valor ou se

    pergunta o sentido de determinada conjuno, normalmente as conjunes coordenativas adversativas mas, porm, contudo, entretanto, as explicativas

    porque, porquanto, pois e as subordinativas adverbiais concessivas embora, conquanto. Veja as mais importantes:

    As conjunes coordenativas podem ser:

    a) aditivas: e, nem, no s..., mas tambm...

    b) adversativas: mas, todavia, porm, contudo, no entanto, entretanto c) alternativas: ou, ou... ou, j...j. quer...quer, ora...ora, seja...seja, nem...nem.

    d) conclusivas: logo, pois (aps o verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. e) explicativas: que, porque, pois, porquanto.

    As conjunes subordinativas adverbiais podem ser:

    a) causais: porque, como, j que, uma vez que, visto que, visto como, porquanto,

    pois, na medida em que, etc. b) comparativas: que, do que (relacionados a mais, menos, maior, menor,

    melhor, pior), qual (relacionado a tal), quanto (relacionado a tanto), como

    (relacionado a tal, to, tanto), como se, assim como etc. c) concessivas: ainda que, apesar de que, embora, posto que, mesmo que, quando mesmo, conquanto, nem que, se bem que, ainda quando, sem que, etc.

    d) condicionais: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, desde que, exceto

    se, a no ser que, a menos que, sem que, etc. e) conformativas: como, conforme, consoante, segundo.

    f) consecutivas: que (relacionado a to, tal, tanto, tamanho) de modo que, de maneira que, de sorte que, de forma que, de tal forma que, de tal jeito que, de tal

    maneira que. g) finais (finalidade): para que, a fim de que, que, porque (= para que: hoje

    raro). h) proporcionais: medida que, proporo que, ao passo que, quanto

    maior...mais, quanto mais... mais, quanto mais... tanto mais, quanto mais...menos, quanto mais...tanto menos, quanto menos...menos, etc.

    i) temporais: quando, antes que, depois que, at que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, mal, que (= desde que),

    enquanto, seno quando, ao tempo que, agora que.

    Pontuao

    a. Casos em que no se usa vrgula 1) Entre sujeito e predicado; entre verbo e seus objetos; entre nome (substantivo,

    adjetivo ou advrbio) e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal: Aos servidores recm-empossados o Presidente desejou sucesso.

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  • 2) Entre a orao principal e a subordinada substantiva:

    necessrio que Vossa Senhoria esteja presente.

    b. Casos em que se usa a vrgula

    Entre termos da orao 1) Para isolar o aposto explicativo: O criador de Capitu, Machado de Assis, um dos

    maiores escritores brasileiros. 2) Para isolar expresses de natureza explicativa, retificativa, continuativa, conclusiva

    ou enfticas: digo, em suma, enfim, isto , isto sim, ou antes, ou melhor, ou seja, por assim dizer, por exemplo, realmente, sim, vale dizer:

    3) Para isolar o vocativo: A palavra, Deputado, est agora com Vossa Excelncia.

    4) Para separar o predicativo deslocado: Os manifestantes, lentos e tristes, desfilaram em frente ao palcio.

    5) Para separar o adjunto adverbial deslocado: No momento da exploso, toda a cidade estava dormindo.

    Tratando-se de adjunto adverbial deslocado de curta extenso, pode-se omitir a vrgula: Amanh tarde no haver sesso.

    6) Para isolar conjunes coordenativas adversativas ou conclusivas que aparecem no

    meio da orao: Ele estudou; ela, porm, no fez o mesmo.

    7) Para indicar a elipse (supresso) de uma palavra, geralmente um verbo: Faa o seu trabalho; eu, o meu.

    8) Para separar o complemento verbal pleonstico: O tcnico da seleo, s vezes a imprensa o critica injustamente.

    9) Para separar entre si termos coordenados dispostos em enumerao: O Presidente, o Lder, o Relator ressaltaram a importncia da matria.

    10) Quando as conjunes e, ou e nem aparecem repetidas vezes (geralmente, para efeito de nfase):

    Neste momento, devem-se votar os requerimentos, e o parecer, e as respectivas emendas.

    Nem a promessa, nem o discurso feito em plenrio, nem a apresentao de emenda. 11) Para separar as locues tanto mais ... quanto mais (quanto menos), tanto

    menos ... quanto menos (quanto mais):

    Parece que quanto menos nos preocupamos, (tanto) mais os problemas so 12) Para separar os nomes de lugar nas datas e nos endereos:

    Braslia, 1 de outubro de 2004. Rua Joo Batista, 150. 13) Entre oraes coordenadas no unidas por conjuno:

    Subiu tribuna, comeou a falar, fez um lindo discurso. 14) Para separar oraes iniciadas por conjunes coordenativas adversativas (mas,

    porm, contudo, etc.), conclusivas (logo, portanto, etc.): A sesso comeou tarde, mas foi muito produtiva.

    J esgotamos a pauta, portanto podemos encerrar a sesso.

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  • 15) Antes da conjuno e, quando inicia orao cujo sujeito diferente do sujeito da

    orao anterior (para evitar leitura incorreta): O Presidente chamou tribuna o homenageado, e o Deputado iniciou seu discurso.

    16) Antes das conjunes e, ou e nem, quando se repetem no incio de cada orao:

    Ou vota-se, ou discute-se, ou encerra-se a apreciao da matria.

    No apareceu, nem telefonou, nem mandou recado. 17) Para separar as oraes adverbiais deslocadas, inclusive as reduzidas:

    Quando o professor entrou, os alunos se levantaram. Ao entrar o professor, os alunos se levantaram.

    18) Para isolar as oraes adjetivas explicativas: Lembre-se de ns, que sempre o apoiamos.

    19) Para isolar frases intercaladas ou parentticas:

    As leis, no custa lembrar, so feitas para ser cumpridas.

    c. Casos em que a vrgula facultativa

    Relembre aqui que, nas intercalaes, ou se empregam duas vrgulas, ou no se

    emprega nenhuma. A vrgula opcional:

    1) Antes da conjuno nem, quando usada uma s vez: No achou nada(,) nem ningum.

    2) Com as expresses pelo menos e no mnimo:

    Pode-se dizer(,) no mnimo(,) que sua reao foi imprudente. 3) Nos adjuntos adverbiais que se encontram na ordem direta (no esto antepostos,

    nem intercalados): Ele saiu (,)ontem pela manh. Nos adjuntos adverbiais deslocados de pequena extenso:

    Aqui(,) so elaboradas as leis federais. 4) Com o perodo na ordem direta, diante de oraes subordinadas adverbiais:

    O Presidente considerou os requerimentos antirregimentais e inconstitucionais(,) quando foram apresentados Mesa.

    5) Antes das conjunes explicativas (pois, porque, etc.): Chega de barulho(,) pois muito estrago j foi feito.

    6) Aps as conjunes conclusivas (logo, portanto, etc.) e as adversativas, com exceo de mas (entretanto, no entanto, todavia, etc.), quando iniciam a orao:

    Todos trabalharam muito; portanto(,) merecem descanso. Provei o equvoco. No entanto(,) o erro no foi corrigido.

    Observao: Sempre cai nas provas da banca CESPE a possibilidade de substituio

    da dupla vrgula por duplo travesso ou parnteses nos termos explicativos intercalados:

    Anita, amiga da escola, passou em primeiro lugar. Anita amiga da escola passou em primeiro lugar.

    Anita (amiga da escola) passou em primeiro lugar.

    7) Orao subordinada adjetiva restritiva: restringe, limita a significao do seu

    antecedente (substantivo ou pronome). No separada por vrgula. H alunos que praticam esporte. Esses so os alunos que estudam.

    Orao subordinada adjetiva explicativa: a caracterstica bsica do

    antecedente. Acrescenta uma informao que pode ser eliminada sem causar prejuzo

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  • para a compreenso lgica da frase. Vem sempre separada da orao principal por

    vrgula.

    O Brasil, que o maior pas da Amrica do Sul, tem milhes de analfabetos.

    A escola, que o bero do saber, deve ser valorizada.

    Quase toda prova pede o motivo da vrgula (separar orao de natureza

    explicativa) ou pergunta se a vrgula pode ser retirada sem mudana de sentido.

    Sempre que se inserir vrgula para separar a orao adjetiva, o seu sentido passa a explicativo. Sempre que se pedir para retirar a vrgula da orao adjetiva, o sentido

    passa a restritivo. Assim, o sentido muda SEMPRE.

    Concordncia verbal (com base nos tipos de sujeito)

    1. Determinado (aquele que se pode identificar com preciso). Divide-se em:

    a) Simples: constitudo de apenas um ncleo (palavra de valor substantivo).

    O valor das mensalidades do curso preparatrio para a carreira jurdica subiu muito no ltimo semestre.

    b. Sujeito composto: formado por mais de um ncleo:

    Manuel e Cristina pretendem casar-se. ncleo conjuno

    aditiva ncleo predicado

    Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poder concordar com todos

    os ncleos (plural) ou com o mais prximo (concordncia atrativa): Discutiram muito o chefe e o funcionrio. Discutiu muito o chefe e o funcionrio.

    Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural: Estimam-se o chefe e o funcionrio.

    2. Indeterminado: aquele que no est identificado:

    a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto:

    Falaram bem de voc. Colocaram o anncio. Alugaram o apartamento.

    b) Com o ndice de indeterminao do sujeito se + verbo transitivo indireto (VTI) ou intransitivo (VI) ou de ligao (VL), no singular:

    Trata-se de casos delicadssimos. (verbo transitivo indireto)

    Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo) -se muito pretensioso na adolescncia. (verbo de ligao)

    3. Orao sem sujeito: quando a orao tem apenas o predicado, isto , o verbo impessoal. importante saber quando uma orao no possui sujeito, tendo em vista que o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular:

    I - Verbos que exprimem fenmenos da natureza: Venta muito naquela cidade. Amanh no chover.

    II - Verbo haver significando existir, ocorrer: Havia muitas pessoas na sala. H vrios problemas na empresa.

    Quando esse verbo for o principal numa locuo verbal, seu verbo auxiliar no pode se

    flexionar. Veja:

    Deve haver vrios problemas na empresa. (vrios problemas apenas objeto direto)

    Tem havido vrios problemas na empresa. (vrios problemas apenas objeto direto) Est havendo vrios problemas na empresa. (vrios problemas apenas objeto direto)

    III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenmeno natural:

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  • J faz meses que no viajo com ele. ( a primeira orao que no tem sujeito) H trs anos no vejo minha famlia. ( a primeira orao que no tem sujeito)

    IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicao de tempo. So trs horas. Hoje so dez de setembro. Hoje est muito frio.

    O verbo ser tem concordncia peculiar e o nico que, mesmo no possuindo sujeito,

    concorda com o indicador de tempo.

    A concordncia utilizando o pronome apassivador se:

    Agora, veremos o pronome se com o verbo transitivo direto (VTD) ou com o verbo

    transitivo direto e indireto (VTDI). Esse se chamado de pronome apassivador. Isso fora a seguinte estrutura:

    VTD + se + sujeito paciente

    VTDI + se + OI + sujeito paciente

    Alugam-se casas.

    VTD + PAp + sujeito paciente

    Enviaram-se ao gerente pedidos de aumento. VTDI + PAp + OI + sujeito paciente

    A estrutura-padro da crase

    preposio

    verbo a a substantivo feminino

    ou + aquele, aquela, aquilo nome a a (=aquela)

    a qual (pronome relativo)

    Quando um verbo ou um nome exigir a preposio a e o substantivo posterior admitir artigo a, haver crase. Alm disso, se houver a preposio a seguida dos pronomes

    aquele, aquela, aquilo, a (=aquela) e a qual; ocorrer crase. Veja as frases abaixo e procure entend-las com base no nosso esquema.

    1. Obedeo lei. 2. Obedeo ao cdigo. 3. Tenho averso atividade manual. 4. Tenho averso ao trabalho manual. 5. Refiro-me quela casa. 6. Refiro-me quele livro.

    7. Refiro-me quilo. 8. Esta a casa qual me referi. 9. No me refiro quela casa da esquerda, mas da direita.

    Na frase 1, o verbo Obedeo transitivo indireto e exige preposio a, e o substantivo lei feminino e admite artigo a, por isso h crase.

    Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposio, porm o substantivo posterior

    masculino, por isso no h crase. Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo averso exigiu a preposio a e o

    substantivo atividade admitiu o artigo feminino a. Na frase 4, averso exige preposio a, mas trabalho substantivo masculino,

    por isso no h crase.

    Nas frases 5, 6 e 7, Refiro-me exige preposio a, e os pronomes demonstrativos aquela, aquele e aquilo possuem vogal a inicial (no artigo), por isso h crase.

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  • Na frase 8, me referi exige preposio a, e o pronome relativo a qual iniciado por artigo a, por isso h crase.

    Na frase 9, me refiro exige preposio a, aquela possui vogal a inicial (no artigo) e a tem valor de aquela, por isso h duas ocorrncias de crase. Muitas vezes o substantivo feminino est sendo tomado de valor geral, estando no

    singular ou plural, e por isso no admite artigo a. Outras vezes esse substantivo recebe palavra que no admite artigo antecipando-a, por isso no haver crase. Veja os exemplos

    abaixo em que o verbo transitivo indireto exige o objeto indireto:

    Obedeo a leis.

    Obedeo a lei e a regulamento.

    Obedeo a uma lei. Obedeo a qualquer lei.

    Obedeo a toda lei. Obedeo a cada lei.

    Obedeo a tal lei.

    Obedeo a esta lei.

    Regncia com pronomes oblquos

    Os pronomes pessoais oblquos tonos so me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, os lhes. Os

    pronomes o, a, os, as sero os objetos diretos.

    Ana comprou um livro (comprou-o). Ana comprou uns livros (comprou-os).

    Quando esse verbo transitivo direto terminar com r, s ou z, o pronome tono o

    e suas variaes recebero l. Veja:

    Vou cantar uma msica. VTD + OD

    Vou cant-la. VTD+ OD

    Vou vender o carro. VTD + OD

    Vou vend-lo. VTD+ OD

    Vou compor uma msica. VTD + OD

    Vou comp-la. VTD + OD

    Note, agora, com verbo terminado em ir. A retirada do r no faz com que

    haja acento, pois no se acentua oxtona terminada em i:

    Vou partir o bolo. Vou parti-lo. VTD + OD VTD + OD

    Porm, acentua-se a palavra que possua hiato em que a segunda vogal seja i.

    Veja:

    A prefeitura vai construir uma ponte. A prefeitura vai constru-la. VTD + OD VTD + OD

    Vamos agora a exemplos com s e z:

    Solicitamos o documento. Solicitamo-lo. VTD + OD VTD + OD

    Os substantivos leis, lei esto em sentido geral, por isso no recebem artigo as, a e no h crase. Na segunda frase, o que

    ratificou o sentido geral foi o substantivo masculino regulamento no ser antecedido do artigo o.

    O artigo uma indefinido, os pronomes qualquer, toda, cada so indefinidos. Como eles indefinem, no admitem artigo definido a.

    Os pronomes tal e esta so demonstrativos. Por eles j especificarem o substantivo lei, no admitem o artigo a. Por isso no h crase.

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  • Refiz o documento. Refi-lo. VTD + OD VTD + OD

    Quando o verbo transitivo direto terminar com m ou sinal de nasalizao (~),

    recebe n:

    Cantam a msica. Cantam-na. Pe a msica! Pe-na! VTD + OD VTD + OD VTD + OD VTD + OD

    Os pronomes lhe, lhes ocupam as funes sintticas de objeto indireto, complemento nominal, alm de poder possuir valor de posse.

    Objeto indireto:

    Paguei ao msico. Paguei-lhe. VTI + OI VTI + OI

    Complemento nominal: Sou fiel a voc. Sou-lhe fiel. VL + predicativo+CN VL+CN+

    predicativo

    Valor de posse:

    As pernas dela doem. Sujeito + VI

    Doem-lhe as pernas. VI + sujeito

    Roubaram a sua bolsa. VTD + OD

    Roubaram-lhe a bolsa. VTD + OD

    Colocao pronominal

    Primeiro, devemos nos lembrar de que os pronomes oblquos tonos o, a,

    os,as cumprem a funo de objeto direto (comprei-o.), e os pronomes lhe, lhes podem ser objeto indireto (Obedeo-lhe), complemento nominal (Tenho-lhe

    obedincia) e ainda podem ter valor de posse (Doem-lhe as penas).

    Os pronomes oblquos tonos so me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

    Em funo da posio do pronome em relao ao verbo, classifica-se em:

    prclise - antes do verbo (Nada se perde) mesclise - no meio do verbo (Dirigir-lhe-emos a palavra)

    nclise - depois do verbo (Fugiram-nos as palavras) A regra geral diz que se deve colocar o pronome encltico, desde que no haja palavra

    atrativa que levar o pronome para antes do verbo (prclise).

    So fatores de prclise:

    a) palavra negativa, desde que no haja pausa entre o verbo e as palavras de negao: Ningum se mexe / Nada me abala.

    Obs.: se a palavra negativa preceder um infinitivo no-flexionado, possvel a nclise: Calei para no mago-lo

    b) conjuno subordinativa. Ex.: Preciso de que me responda algo. / O homem produz pouco, quando se alimenta

    mal.

    c) pronome ou palavras interrogativas

    Ex.: Quem me viu ontem? / Queria saber por que te afliges tanto.

    d) pronome indefinido, demonstrativo e relativo

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  • Ex.: Algum me ajude a sair daqui / Isso te pertence / Ele que se vestiu de verde

    est ridculo.

    e) advrbio (no seguido de vrgula) e numeral ambos

    Ex.: Aqui se v muita misria. Aqui, v-se muita misria / Ambos se olharam profundamente.

    f) em frases exclamativas (comeadas por palavras exclamativas) e optativas

    (desejo): Deus te guie! / Quanto sangue se derramou inutilmente!

    Uso de mesclise:

    Respeitados os princpios de prclise, h mesclise caso o verbo esteja nos tempos

    futuros do indicativo.

    Ex.: dar-te-ia = daria + te / dar-te-ei = darei + te

    Diante da plateia, cantar-se-ia melhor. / Os amigos sinceros sentir-nos-o saudades.

    Princpios da correspondncia oficial

    (somente para cargos de nvel superior)

    A redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos e

    comunicaes. O texto deve seguir o rigor formal, com linguagem objetiva, clara (isto , sem dupla interpretao: cuidado com o pronome seu, sua, que normalmente

    leva a uma dupla interpretao), impessoal (isto , sem impresses pessoais), concisa (um mximo de informaes com um mnimo de palavras, evite detalhes

    desnecessrios, excesso de explicao atrapalha) e respeitando a norma culta.

    A linguagem deve primar pelo fcil entendimento.

    No caso da redao oficial, quem comunica sempre o Servio Pblico (este

    ou aquele Ministrio, Secretaria, Departamento, Diviso, Servio, Seo); o que se comunica sempre algum assunto relativo s atribuies do rgo que comunica; o

    destinatrio dessa comunicao ou o pblico, o conjunto dos cidados, ou outro

    rgo pblico, do Executivo ou dos outros Poderes da Unio.

    As comunicaes que partem dos rgos pblicos federais devem ser

    compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. O jargo

    burocrtico, como todo jargo, deve ser evitado, pois ter sempre sua compreenso limitada. A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em situaes que a

    exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadmicos, e mesmo o vocabulrio prprio a determinada

    rea, so de difcil entendimento por quem no esteja com eles familiarizado. As comunicaes oficiais devem ser sempre formais, isto , obedecem a certas

    regras de forma (que diz respeito polidez, civilidade no prprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicao).

    Para que se redija com qualidade, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o

    texto depois de pronto.

    Os pronomes de tratamento levam o verbo e os pronomes possessivos a eles

    referenciados terceira pessoa do singular.

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  • Vossa Senhoria nomear seu substituto (e no Vossa Senhoria nomeareis vosso...).

    J quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e no com o substantivo que compe

    a locuo. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto Vossa Excelncia est atarefado, Vossa Senhoria deve estar satisfeito; se for mulher, Vossa Excelncia

    est atarefada, Vossa Senhoria deve estar satisfeita.

    Quando esses pronomes esto na funo de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposio a, no recebem crase, pois no admitem artigo:

    Refiro-me a Vossa Senhoria.

    Usa-se Vossa Excelncia, para as seguintes autoridades:

    a) do Poder Executivo: Presidente da Repblica; Vice-Presidente da Repblica; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do

    Distrito Federal; Oficiais-Generais das Foras Armadas; Embaixadores; Secretrios-Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

    Secretrios de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.

    b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do

    Tribunal de Contas da Unio; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos

    Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais.

    c) do Poder Judicirio: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de

    Tribunais; Juzes; Auditores da Justia Militar.

    O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder

    Excelentssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

    Excelentssima Senhora Presidenta da Repblica,

    Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

    Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    As demais autoridades sero tratadas com o vocativo Senhor, seguido do

    cargo respectivo:

    Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador,

    Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento dignssimo (DD). Vossa Senhoria empregado para as demais autoridades e para particulares. O

    vocativo adequado : Senhor Fulano de Tal,

    Fica dispensado o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades que

    recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do

    pronome de tratamento Senhor.

    Fechos para Comunicaes

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica:

    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

    Atenciosamente,

    Ficam excludas dessa frmula as comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras,

    que atendem a rito e tradio prprios, devidamente disciplinados no Manual de

    Redao do Ministrio das Relaes Exteriores.

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  • Identificao do Signatrio

    Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, todas as demais comunicaes oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,

    abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificao deve ser a seguinte: (espao para assinatura)

    NOME

    Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica

    (espao para assinatura)

    NOME Ministro de Estado da Justia

    O Padro Ofcio

    H trs tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que

    pela forma: o ofcio, o aviso e o memorando.

    Aviso e ofcio so modalidades de comunicao oficial praticamente idnticas. A nica diferena entre eles que o aviso expedido exclusivamente por Ministros de

    Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofcio expedido para e pelas demais autoridades. Ambos tm como finalidade o tratamento de assuntos

    oficiais pelos rgos da Administrao Pblica entre si e, no caso do ofcio, tambm com particulares.

    O memorando a modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo rgo, que podem estar hierarquicamente em

    mesmo nvel ou em nveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicao eminentemente interna.

    Pode ter carter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposio de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor

    do servio pblico. Sua caracterstica principal a agilidade. Exposio de motivos o expediente dirigido ao Presidente da Repblica ou

    ao Vice-Presidente para: a) inform-lo de determinado assunto; b) propor alguma

    medida; ou c) submeter a sua considerao projeto de ato normativo. Em regra, a exposio de motivos dirigida ao Presidente da Repblica

    Lembre-se:

    a) Voc deve estar relaxado(a), tranquilo(a) no dia da prova. Ento evite comidas pesadas no dia anterior.

    b) Leve este material para ser lido tambm nos minutos antes da prova. c) No perca tempo em uma questo. Se voc no sabe ou observa que muito

    extensa e complicada, pule para a prxima, isso o(a) deixar mais gil e confiante. d) Separe pelo menos 10 minutos para marcar o carto de resposta com calma.

    e) Determine o tempo para a realizao de cada parte da prova e CUMPRA. f) Lembre-se: A PROVA DIFCIL PARA TODO MUNDO! TENHA CALMA E BOA

    SORTE!!!

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    https://www.instagram.com/decioterror/https://www.facebook.com/ProfessorDecioTerror/https://www.youtube.com/channel/UCu5mMewoQZGIjsbgM6UanLg
  • REGIMENTO INTERNO DO STJ PROF. PAULO GUIMARES E FABRCIO RGO

    Aula 00

    INFORMAES BSICAS DO STJ

    SEDE Capital Federal

    JURISDIO Todo o territrio nacional

    COMPOSIO 33 Ministros

    ORGANIZAO DOS RGOS FRACIONRIOS DO STJ

    QUANTIDADE DE

    MEMBROS TURMAS SEES

    5 Ministros 1a Turma 1a Seo

    5 Ministros 2a Turma

    5 Ministros 3a Turma 2a Seo

    5 Ministros 4a Turma

    5 Ministros 5a Turma 3a Seo

    5 Ministros 6a Turma

    A Corte Especial ser integrada pelos quinze Ministros mais antigos e presidida

    pelo Presidente do Tribunal.

    O Conselho da Justia Federal integrado pelo Presidente, Vice-Presidente, e trs Ministros do Tribunal, eleitos por dois anos, e pelos Presidentes dos cinco Tribunais

    Regionais Federais.

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  • Aula 01

    A competncia da Corte Especial no est sujeita especializao.

    COMPETNCIA DOS RGOS FRACIONRIOS

    MATRIA FEITOS SEO TURMAS

    DIREITO

    PBLICO

    I - licitaes e contratos administrativos

    II - nulidade ou anulabilidade de atos administrativos;

    III - ensino superior;

    IV - inscrio e exerccio profissionais;

    V - direito sindical;

    VI - nacionalidade;

    VII - desapropriao, inclusive a indireta;

    VIII - responsabilidade civil do Estado;

    IX - tributos de modo geral, impostos, taxas, contribuies e emprstimos compulsrios;

    X - preos pblicos e multas de qualquer natureza;

    XI - servidores pblicos civis e militares;

    XII - habeas corpus referentes s matrias de sua competncia;

    XIII - benefcios previdencirios, inclusive os decorrentes de acidentes do trabalho;

    XIV - direito pblico em geral.

    Primeira Primeira e

    Segunda

    DIREITO

    PRIVADO

    I - domnio, posse e direitos reais sobre coisa alheia, salvo quando se tratar de desapropriao;

    II - obrigaes em geral de direito privado, mesmo quando o Estado participar do contrato;

    III - responsabilidade civil, salvo quando se tratar de

    responsabilidade civil do Estado;

    IV - direito de famlia e sucesses;

    V - direito do trabalho;

    VI - propriedade industrial, mesmo quando envolverem arguio de nulidade do registro;

    VII - constituio, dissoluo e liquidao de sociedade;

    VIII - comrcio em geral, inclusive o martimo e o areo, bolsas de valores, instituies financeiras e mercado de capitais;

    IX - falncias e concordatas;

    Segunda Terceira e

    Quarta

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  • X - ttulos de crdito;

    XI - registros pblicos, mesmo quando o Estado participar da demanda;

    XII locao predial urbana;

    XIII- habeas corpus referentes s matrias de sua competncia;

    XIV- direito privado em geral.

    DIREITO

    PENAL

    Feitos relativos matria penal em geral, salvo os

    casos de competncia originria da Corte Especial e os habeas corpus de competncia das Turmas que compem a Primeira e a Segunda Seo.

    Terceira Quinta e

    Sexta

    COMPETNCIA DO PLENRIO

    I - dar posse aos membros do Tribunal;

    O Plenrio o rgo mximo do STJ, e por

    isso o responsvel por dar posse aos

    novos Ministros.

    II - eleger o Presidente e o Vice-

    Presidente do Tribunal, os Ministros

    membros do Conselho da Justia

    Federal, titulares e suplentes, e o Diretor

    da Revista do Tribunal, dando-lhes posse;

    Lembre-se de que na composio do CJF

    temos o Presidente do STJ (que tambm

    preside o Conselho), o Vice-Presidente e

    outros 3 Ministros eleitos para ocupar os

    assentos por 2 anos, alm dos Presidentes

    dos cinco Tribunais Regionais Federais.

    III - eleger, dentre os Ministros do

    Tribunal, os que devam compor o Tribunal

    Superior Eleitoral, na condio de

    membros efetivos e substitutos;

    Entre os Juzes que compem o TSE h 2

    Ministros do STJ, que devem ser eleitos

    pelo Plenrio.

    IV - decidir sobre a disponibilidade e

    aposentadoria de membro do Tribunal,

    por interesse pblico;

    V - votar o Regimento Interno e as suas

    emendas;

    O Regimento Interno uma norma que

    precisa ser aprovada pelo Plenrio.

    VI - elaborar as listas trplices dos Juzes,

    Desembargadores, Advogados e membros

    do Ministrio Pblico que devam compor o

    Tribunal (Constituio, art. 104 e seu

    pargrafo nico);

    A Constituio determina que um tero dos

    Ministros do STJ no ser composto por

    Magistrados de carreira, mas sim por

    advogados e membros do Ministrio Pblico

    Federal, Estadual, do Distrito Federal e

    Territrios. Quando uma dessas vagas for

    aberta, caber respectiva instituio (OAB

    ou ramo especializado do MP) indicar um

    lista com seis candidatos. Essa lista ser

    reduzida pela metade pelo Plenrio do STJ.

    A escolha dos demais membros do STJ se

    d de maneira semelhante, com o STJ

    elaborando uma lista trplice com nomes de

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  • membros dos Tribunais Regionais Federais

    ou dos Tribunais de Justia.

    VII - propor ao Poder Legislativo a

    alterao do nmero de membros do

    Tribunal e dos Tribunais Regionais Federais,

    a criao e a extino de cargos, e a fixao

    de vencimentos de seus membros, dos

    Juzes dos Tribunais Regionais e dos Juzes

    Federais, bem assim a criao ou extino

    de Tribunal Regional Federal e a alterao

    da organizao e diviso judicirias;

    A Constituio determina que o STJ deve ter

    pelo menos 33 Ministros. Esse nmero,

    portanto, pode ser ampliado por meio de

    lei, que deve ser proposta pelo Plenrio.

    Alm disso, cabe ao Plenrio propor leis que

    tratem de outros temas relevantes ao Poder

    Judicirio.

    VIII - aprovar o Regimento Interno do

    Conselho da Justia Federal.

    IX eleger, dentre os Ministros do Tribunal,

    o que deve compor o Conselho Nacional

    de Justia, observada a ordem de

    antiguidade;

    Na composio do CNJ h um membro que

    um Ministro do STJ, eleito pelo Plenrio.

    X indicar, na forma do inciso XXXII e do

    pargrafo nico do art. 21, um juiz federal

    e um juiz de Tribunal Regional Federal para

    as vagas do Conselho Nacional de Justia e

    um juiz para a vaga do Conselho Nacional

    do Ministrio Pblico.

    Alm do Ministro do STJ que faz parte do

    CNJ, tambm cabe ao STJ indicar outros

    componentes. A mesma lgica se aplica

    composio do CNMP.

    COMPETNCIA DA CORTE ESPECIAL

    PROCESSAR E JULGAR...

    I nos crimes comuns, os Governadores

    dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes

    e nos de responsabilidade, os

    Desembargadores dos Tribunais de Justia

    dos Estados e do Distrito Federal, os

    membros dos Tribunais de Contas dos

    Estados e do Distrito Federal, os dos

    Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais

    Regionais Eleitorais e do Trabalho, os

    membros dos Conselhos ou Tribunais de

    Contas dos Municpios e os do Ministrio

    Pblico da Unio que oficiem perante

    Tribunais;

    Essas pessoas contam com o chamado foro

    privilegiado. Na realidade o mais correto

    dizer foto por prerrogativa de funo. Isso

    significa basicamente que, quando essas

    pessoas so acusadas de crimes, elas so

    julgadas diretamente pelo STJ, e no por

    Juzes ordinrios.

    Para fins de prova, o importante aqui

    diferenciar as pessoas que so julgadas

    pelo STJ nos crimes comuns daquelas que

    so julgadas por crimes comuns e tambm

    por crimes de responsabilidade.

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  • II os habeas corpus, quando for

    paciente qualquer das pessoas

    mencionadas no inciso anterior;

    O habeas corpus uma ao constitucional

    que tem por finalidade garantir o direito

    liberdade de locomoo. Paciente o nome

    dado pessoa cuja liberdade est sendo

    restringida.

    III - os mandados de injuno, quando

    a elaborao da norma regulamentadora for

    atribuio de rgo, entidade ou autoridade

    federal, da administrao direta ou indireta,

    excetuados os casos de competncia do

    Supremo Tribunal Federal e dos rgos da

    Justia Militar, da Justia Eleitoral, da

    Justia do Trabalho e da Justia Federal;

    O mandado de injuno tem por finalidade

    garantir o exerccio de um direito quando a

    Constituio prev a necessidade de uma

    norma regulamentadora, e o rgo

    responsvel por editar essa norma no o

    faz. Quando o rgo fizer parte da

    administrao pblica direta ou indireta, a

    competncia para julgar o mandado de

    injuno ser, em regra, do STJ.

    IV - os mandados de segurana e os

    habeas data contra ato do prprio Tribunal

    ou de qualquer de seus rgos;

    O mandado de segurana uma ao que

    tem por finalidade assegurar um direito

    lquido e certo, ou seja, cuja prova j se

    encontra constituda. O habeas data, por

    sua vez, serve para garantir o acesso do

    cidado a informaes sobre a sua pessoa

    que constem em bancos de dados de

    carter pblico, ou a retificao desses

    dados.

    V - as revises criminais e as aes

    rescisrias de seus prprios julgados;

    As revises criminais e as aes rescisrias

    tm por finalidade rever decises que j

    foram proferidas pelo Tribunal. A diferena

    que a primeira trata de uma condenao

    criminal, enquanto a outra trata de uma

    deciso de natureza cvel. Quando a deciso

    que se deseja rever tiver sido proferida pela

    prpria Corte Especial, ela julgar a ao.

    VI - o incidente de assuno de

    competncia quando a matria for comum

    a mais de uma seo;

    Trata-se de incidente com o objetivo de

    unificar as decises do Tribunal, levando o

    julgamento do processo para a Corte

    Especial.

    VII - a exceo da verdade, quando o

    querelante, em virtude de prerrogativa de

    funo, deva ser julgado originariamente

    pelo Tribunal;

    A exceo da verdade um tipo de defesa

    admissvel quando algum est sendo

    acusado de ter cometido crime contra a

    honra. O ru ento tem a oportunidade de

    provar que o fato imputado verdadeiro.

    VIII - a requisio de interveno

    federal nos Estados e no Distrito Federal,

    ressalvada a competncia do Supremo

    Tribunal Federal e do Tribunal Superior

    Eleitoral (Constituio, art. 36, II e IV);

    A requisio para interveno federal nos

    Estados e no Distrito Federal por parte do

    STJ pode ocorrer quando houver

    desobedincia a ordem ou deciso do

    Tribunal.

    IX - as arguies de

    inconstitucionalidade de lei ou ato

    No estamos aqui falando de aes de

    inconstitucionalidade, que so de

    competncia do STF, mas sim da arguio

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  • normativo suscitadas nos processos

    submetidos ao julgamento do Tribunal;

    de inconstitucionalidade surgida num

    processo de competncia do STJ. Nesses

    casos a inconstitucionalidade da norma no

    o objeto principal do processo, mas sim

    uma espcie de argumento.

    X - as reclamaes para a preservao de

    sua competncia e garantia de suas

    decises;

    A reclamao cabe quando uma deciso do

    STJ no estiver sendo cumprida.

    XI - as questes incidentes, em

    processos da competncia das Sees ou

    Turmas, as quais lhe tenham sido

    submetidas (art. 16);

    Em alguns casos possvel que questes

    que no so as principais do processo

    sejam decididas nos rgos fracionrios e,

    por fora de recurso, venham a ser

    apreciadas pela Corte Especial.

    XII - os conflitos de competncia entre

    relatores ou Turmas integrantes de Sees

    diversas, ou entre estas;

    XIII - os embargos de divergncia, se a

    divergncia for entre Turmas de Sees

    diversas, entre Sees, entre Turma e

    Seo que no integre ou entre Turma e

    Seo com a prpria Corte Especial;

    Esse uma espcie de recurso que cabe

    quando h divergncia entre Turmas,

    Sees e at mesmo entre Turma e Seo

    com a Corte Especial..

    XIV - revogado

    XV - as suspeies e impedimentos

    levantados contra Ministro em processo de

    sua competncia.

    Suspeies e impedimentos so

    circunstncias que comprometem a

    imparcialidade do Ministro.

    XVI o recurso especial repetitivo O recurso repetitivo um dispositivo

    jurdico que representa um grupo de

    recursos que possuem teses idnticas, ou

    seja, tm fundamento em idntica questo

    de direito.

    O processo fica suspenso no tribunal de

    origem at o pronunciamento definitivo do

    STJ sobre a matria.

    OUTRAS ATRIBUIES...

    I - prorrogar o prazo para a posse e o incio

    do exerccio dos Ministros, na forma da lei;

    II - dirimir as dvidas que lhe forem

    submetidas pelo Presidente ou pelos

    Ministros, sobre a interpretao e execuo

    de norma regimental ou a ordem dos

    processos de sua competncia;

    III - conceder licena ao Presidente e aos

    Ministros, bem assim julgar os processos de

    verificao de invalidez de seus

    membros;

    IV - constituir comisses, bem como

    aprovar a designao do Ministro

    As comisses so grupos que se ocupam de

    temas especficos dentro do Tribunal.

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  • Coordenador do Centro de Solues

    Consensuais de Conflitos do Superior

    Tribunal de Justia;

    V - elaborar e encaminhar a proposta

    oramentria do Superior Tribunal de

    Justia, bem como aprovar e encaminhar as

    propostas oramentrias dos Tribunais

    Regionais Federais, da Justia Federal de

    primeiro grau e do Conselho da Justia

    Federal;

    A proposta oramentria do Tribunal

    enviada todos os anos ao Poder Executivo

    para compor o oramento anual, que deve

    ser aprovado pelo Poder Legislativo. O STJ

    tambm aprova e encaminha as propostas

    dos outros Tribunais da Justia Federal e do

    CJF.

    VI - deliberar sobre a substituio de

    Ministro, nos termos do art. 56;

    VII - sumular a jurisprudncia

    uniforme comum s Sees e deliberar

    sobre a alterao e o cancelamento de suas

    smulas;

    Sumular significa inscrever certos

    posicionamentos na smula do Tribunal.

    VIII - apreciar e encaminhar ao Poder

    Legislativo propostas de criao ou

    extino de cargos do quadro de

    servidores do Tribunal e a fixao dos

    respectivos vencimentos, bem como do

    Conselho da Justia Federal e da Justia

    Federal de primeiro e segundo graus;

    IX - apreciar e encaminhar ao Poder

    Legislativo projeto de lei sobre o regimento

    de custas da Justia Federal e do Superior

    Tribunal de Justia.

    O Regimento de Custas a norma que trata

    das custas

    COMPETNCIA DAS SEES

    PROCESSAR E JULGAR...

    I - os mandados de segurana, os

    habeas corpus e os habeas data contra

    ato de Ministro de Estado;

    Voc j sabe o que so essas aes, mas

    lembre-se de que elas so julgadas pelas

    sees somente quando seu objeto for ato

    de Ministro de Estado.

    II - as revises criminais e as aes

    rescisrias de seus julgados e das Turmas

    que compem a respectiva rea de

    especializao;

    Cada rgo julga as revises criminais e

    aes rescisrias contra seus prprios

    julgados. Essa regra se aplica Corte

    Especial e s Sees, mas quando as aes

    impugnarem os julgados das Turmas, a

    competncia para julgamento ser das

    Sees.

    III - as reclamaes para a preservao

    de suas competncias e garantia da

    autoridade de suas decises e das Turmas;

    IV - os conflitos de competncia entre

    quaisquer tribunais, ressalvada a

    competncia do Supremo Tribunal Federal

    (Constituio, artigo 102, I, o), bem assim

    O STF competente para julgar os conflitos

    de competncia entre o STJ e quaisquer

    tribunais, entre Tribunais Superiores, ou

    entre estes e qualquer outro tribunal. O STJ

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  • entre Tribunal e Juzes a ele no vinculados

    e Juzes vinculados a Tribunais diversos;

    (por meio das sees), por sua vez,

    competente para julgar os conflitos entre

    quaisquer outros Tribunais, ou entre um

    Tribunal e Juiz vinculado a outro Tribunal,

    ou ainda entre Juzes vinculados a

    diferentes Tribunais.

    V - os conflitos de competncia entre

    relatores e Turmas integrantes da Seo;

    Esses so conflitos que ocorrem dentro da

    seo, ou seja, entre as turmas que a

    compem.

    VI - os conflitos de atribuies entre

    autoridades administrativas e judicirias da

    Unio, ou entre autoridades judicirias de

    um Estado e administrativas de outro, ou

    do Distrito Federal, ou entre as deste e da

    Unio;

    A principal diferena entre os conflitos de

    competncia e os conflitos de atribuies

    que estes envolvem autoridades

    administrativas, enquanto aqueles

    envolvem apenas autoridades judicirias.

    VII - as questes incidentes em

    processos da competncia das Turmas da

    respectiva rea de especializao, as quais

    lhes tenham sido submetidas por essas;

    Este o caso de haver necessidade de

    decidir questo incidente em processo que

    est sendo analisado pela turma, e esta

    submeter a questo deciso da Seo.

    VIII - as suspeies e os impedimentos

    levantados contra os Ministros, salvo em se

    tratando de processo da competncia da

    Corte Especial;

    Se os processos forem de competncia da

    Corte Especial, ela decidir a respeito de

    impedimento e suspeio de Ministros.

    IX - o incidente de assuno de

    competncia quando a matria for restrita

    a uma Seo

    Se a matria for de competncia comum

    das Sees, a competncia da Corte

    Especial.

    X - o recurso especial repetitivo.

    OUTRAS ATRIBUIES...

    I - julgar embargos de divergncia,

    quando as Turmas divergirem entre si ou de

    deciso da Seo que integram;

    II - julgar feitos de competncia de

    Turma, e por esta remetidos (art. 14);

    III - sumular a jurisprudncia

    uniforme das Turmas da respectiva

    rea de especializao e deliberar

    sobre a alterao e o cancelamento de

    smulas.

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  • COMPETNCIA DAS TURMAS

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) os habeas corpus, quando for coator

    Governador de Estado e do Distrito Federal,

    Desembargador dos Tribunais de Justia

    dos Estados e do Distrito Federal, membro

    dos Tribunais de Contas dos Estados e do

    Distrito Federal, dos Tribunais Regionais

    Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais

    e do Trabalho, dos Conselhos ou Tribunais

    de Contas dos Municpios e do Ministrio

    Pblico da Unio que oficie perante

    Tribunais;

    b) os habeas corpus, quando o coator for

    Tribunal cujos atos estejam diretamente

    subordinados jurisdio do Superior

    Tribunal de Justia.

    No processamento do habeas corpus,

    chamamos de coator a pessoa a quem

    atribuda a restrio da liberdade do

    paciente. A depender de quem o coator

    ou de quem o paciente, o Regimento

    designa rgos diferentes do STJ para

    julgar.

    II - julgar em recurso ordinrio:

    a) os habeas corpus decididos em nica

    ou ltima instncia pelos Tribunais

    Regionais Federais ou pelos Tribunais dos

    Estados, do Distrito Federal e Territrios,

    quando denegatria a deciso;

    b) os mandados de segurana decididos

    em nica instncia pelos Tribunais

    Regionais Federais ou pelos Tribunais dos

    Estados, do Distrito Federal e Territrios,

    quando denegatria a deciso.

    Nesses casos a competncia do STJ se

    resume ao julgamento de recursos de

    decises proferidas por outras instncias

    em habeas corpus e em mandado de

    segurana.

    III - julgar os recursos ordinrios e os

    agravos nas causas em que forem partes

    Estado estrangeiro ou organismo

    internacional de um lado e, do outro,

    Municpio ou pessoa residente ou

    domiciliada no pas;

    Recursos Ordinrios e agravos so

    espcies de recursos.

    IV - julgar, em recurso especial, as

    causas decididas em nica ou ltima

    instncia pelos Tribunais Regionais Federais

    ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito

    Federal e Territrios, quando a deciso

    recorrida:

    a) contrariar tratado ou lei federal, ou

    negar-lhes vigncia;

    b) julgar vlida lei ou ato de governo local

    contestado em face de lei federal;

    c) der lei federal interpretao divergente

    da que lhe haja atribudo outro

    Tribunal.

    Esta a definio legal de recurso especial,

    que o recurso clssico de competncia

    do STJ.

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  • NO SE CONFUNDA!

    CORTE ESPECIAL SEES TURMAS

    habeas corpus

    Quando o paciente for uma das seguintes pessoas:

    - Governadores dos Estados e do DF;

    - Desembargadores dos TJ;

    - Membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;

    - Membros dos TRF, dos TRE e dos TST;

    - Membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios;

    - Membros do MPU que oficiem perante Tribunais.

    Contra ato de Ministro de Estado.

    Quando for coator:

    - Governador de Estado e do Distrito Federal;

    - Desembargador dos TJ;

    - Membro dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;

    - Membro dos TRF, TRE, e TRT;

    - Membro, dos Conselhos ou

    Tribunais de Contas dos Municpios;

    - Membros do MPU que oficiem

    perante Tribunais.

    Quando o coator for Tribunal cujos atos estejam diretamente subordinados jurisdio do Superior Tribunal de Justia.

    Apenas em recurso ordinrio: os habeas corpus decididos em nica ou ltima instncia pelos Tribunais

    Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando

    denegatria a deciso.

    Mandado de Segurana

    Contra ato do prprio Tribunal ou

    de qualquer de seus rgos.

    Contra ato de Ministro de

    Estado.

    Apenas em recurso ordinrio: os

    mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso.

    habeas data Contra ato do prprio Tribunal ou de qualquer de seus rgos.

    Contra ato de Ministro de Estado.

    Revises Criminais e

    Aes Rescisrias

    De seus prprios julgados.

    De seus julgados e das Turmas que compem a

    respectiva rea de especializao.

    Reclamaes Para a preservao de sua competncia e garantia de suas

    decises.

    Para a preservao de suas competncias e garantia da autoridade de suas decises e das Turmas.

    Questes incidentes

    Em processos da competncia das Sees ou Turmas, as quais lhe tenham sido submetidas.

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  • Conflitos de Competncia

    Entre relatores ou Turmas integrantes de Sees diversas, ou entre estas.

    - Entre quaisquer tribunais, ressalvada a competncia do STF (CF, art. 102, I, o), bem assim entre Tribunal e Juzes a ele no vinculados e Juzes vinculados a Tribunais diversos;

    - Entre relatores e Turmas integrantes da Seo

    Conflitos de Atribuies

    Entre autoridades administrativas e judicirias da Unio, ou entre autoridades judicirias de um Estado e administrativas de

    outro, ou do Distrito Federal,

    ou entre as deste e da Unio.

    Suspeies e Impedimentos

    Levantados contra Ministro em processo de sua competncia.

    Levantados contra os

    Ministros, salvo em se tratando de processo da competncia da Corte Especial.

    Aula 02

    ELEIO PARA OS CARGOS DE PRESIENTE E VICE-PRESIDENTE

    MANDATO 2 anos a contar da posse, sendo vedada a reeleio.

    DATA DA ELEIO

    30 dias antes do fim do binio. Se a data no

    recair em dia til, a eleio ser transferida para o primeiro dia til

    seguinte.

    QURUM PARA

    VOTAO

    Necessria a presena de dois teros dos Ministros, inclusive o

    Presidente. Ministros que estejam licenciados no podem votar.

    REGRA DE

    ELEIO

    Voto secreto.

    Maioria absoluta. Se nenhum candidato atingir a maioria, ser

    feita nova votao entre os dois mais votados. Se houver empate

    na segunda colocao, concorrero todos os empatados para o

    segundo escrutnio. Se ainda assim no houver maioria absoluta,

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  • ser considerado eleito o mais votado. Se houver empate, ser

    considerado eleito o Ministro mais antigo.

    POSSE DOS

    ELEITOS

    ltimo dia do binio. Se a data no recair em dia til, a posse

    ser transferida para o primeiro dia til seguinte.

    ATRIBUIES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL

    I - representar o Tribunal perante os

    Poderes da Repblica, dos Estados e dos

    Municpios, e demais autoridades;

    O Presidente responsvel por

    representar o Tribunal, ou seja, quando o

    Tribunal precisar fazer-se presente em

    eventos, solenidades ou outas ocasies,

    essa atribuio caber ao Presidente.

    II - velar pelas prerrogativas do Tribunal,

    cumprindo e fazendo cumprir o seu

    Regimento Interno;

    III - dirigir os trabalhos do Tribunal,

    presidindo as sesses plenrias e da Corte

    Especial;

    Lembre-se de que o Presidente do Tribunal

    tambm preside a Corte Especial, e por isso

    deve estar presente nas sesses.

    IV - convocar as sesses extraordinrias

    do Plenrio e da Corte Especial;

    Sesses ordinrias so as normais,

    regulares, enquanto as extraordinrias

    so aquelas convocadas para apreciar

    questes urgentes. Perceba que o

    Presidente apenas exerce essas atribuies

    em relao ao Plenrio e Corte

    Especial.

    V - designar dia para julgamento dos

    processos da competncia do Plenrio e da

    Corte Especial;

    VI - proferir, no Plenrio e na Corte

    Especial, o voto de desempate;

    Quando a votao nesses rgos estiver

    empatada, caber ao Presidente definir.

    VII - relatar o agravo interposto de seu

    despacho;

    O papel de relator envolve a apresentao

    de um relatrio ao rgo responsvel pela

    deciso, de forma a subsidiar os votos dos

    demais Ministros.

    VIII - manter a ordem nas sesses,

    adotando, para isso, as providncias

    necessrias;

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  • IX - submeter questes de ordem ao

    Tribunal;

    Questes de ordem so aquelas que

    precisam ser decididas antes de o Tribunal

    conhecer a questo principal.

    X - determinar as providncias necessrias

    ao cumprimento das ordens e das decises

    do Tribunal, ressalvadas as atribuies

    dos Presidentes das Sees, das

    Turmas e dos relatores;

    XI - assinar, com o relator, os acrdos da

    Corte Especial, bem assim as cartas de

    sentena e as rogatrias;

    Acrdo o nome que se d deciso de

    um rgo judicial colegiado.

    XIII - decidir:

    a) as peties de recursos para o

    Supremo Tribunal Federal, resolvendo os

    incidentes que se suscitarem;

    b) os pedidos de suspenso da

    execuo de medida liminar ou de

    sentena, sendo ele o relator das

    reclamaes para preservar a sua

    competncia ou garantir a autoridade das

    suas decises nesses feitos;

    c) durante o recesso do Tribunal ou nas

    frias coletivas dos seus membros, os

    pedidos de liminar em mandado de

    segurana, podendo, ainda, determinar

    liberdade provisria ou sustao de ordem

    de priso, e demais medidas que reclamem

    urgncia;

    d) sobre pedidos de livramento

    condicional, bem assim sobre os

    incidentes em processos de indulto,

    anistia e graa;

    e) sobre desero de recursos no

    preparados no Tribunal;

    f) sobre a expedio de ordens de

    pagamento devido pela Fazenda Pblica,

    despachando os precatrios;

    g) sobre o sequestro, no caso do art. 731

    do CPC;

    h) os pedidos de extrao de carta de

    sentena;

    i) revogado;

    j) as reclamaes, por erro da ata do

    Plenrio e da Corte Especial, e na

    publicao de acrdos.

    Essas so decises proferidas apenas pelo

    Presidente, e no por rgo colegiado. Se

    voc no tem muito contato com as regras

    processuais pode estar achando estranho

    que haja decises tomadas por apenas um

    Ministro, mas isso bastante comum, e na

    grande maioria das vezes h recursos

    disponveis, que ento sero julgados pelos

    rgos colegiados correspondentes.

    No vale a pena entrar em detalhes sobre

    todas as figuras processuais mencionadas,

    mas chamo sua ateno para a prerrogativa

    de proferir decises durante o recesso do

    Tribunal. Nesse perodo o Presidente fica

    responsvel por resolver questes

    urgentes, que no poderiam aguardar o

    retorno das atividades do Tribunal. O

    mesmo ocorre com a posse de novos

    Ministros e a transferncia entre rgos

    fracionrios.

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  • k) revogado;

    l) sobre dvidas suscitadas pela Secretaria do Tribunal relacionadas a distribuio de

    feitos e a incidentes referentes

    redistribuio disciplinada no art. 72;

    m) sobre os pedidos de suspenso de

    processos em incidente de resoluo de

    demandas repetitivas;

    n) sobre a necessidade de determinar, na

    autuao do feito, a identificao do nome

    da parte apenas por suas iniciais, nas

    hipteses em que, expressamente, a lei

    indicar ser indispensvel a restrio

    publicidade de seu nome como meio para a

    proteo de bem objeto de sigilo no

    processo.

    XIV - proferir os despachos do

    expediente;

    Esses despachos so atos sem contedo

    decisrio, que servem para impulsionar o

    processo. o que ocorre, por exemplo,

    quando o Presidente determina que um

    processo seja tramitado de uma rea para

    outra.

    XV - dar posse aos Ministros durante o

    recesso do Tribunal ou nas frias, e

    conceder-lhes transferncias de Seo ou

    Turma;

    XVI - conceder licena aos Ministros ad

    referendum da Corte Especial;

    Ad referendum significa que a Corte

    Especial posteriormente ter que ratificar

    essa deciso.

    XVII - criar comisses temporrias e

    designar os seus membros e ainda os

    das comisses permanentes, bem

    como designar o Ministro Coordenador

    do Centro de Solues Consensuais de

    Conflitos do Superior Tribunal de Justia,

    com aprovao da Corte Especial;

    XVIII - determinar, em cumprimento de

    deliberao do Tribunal, o incio do

    processo de verificao da invalidez de

    Ministro;

    O processo de verificao de invalidez serve

    para as situaes em que um Ministro no

    tem mais condies de exercer o cargo.

    Uma vez considerado invlido ele ser

    aposentado.

    XIX - nomear curador ao paciente, na

    hiptese do item anterior, se se tratar de

    incapacidade mental, bem assim praticar os

    demais atos preparatrios do

    procedimento;

    Caso o Ministro esteja acometido de

    incapacidade mental, dever ser nomeado

    um curador para representa-lo.

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  • XX - baixar as resolues e instrues

    normativas referentes deliberao do

    Plenrio, da Corte Especial ou do Conselho

    de Administrao, bem como as que digam

    respeito rotina dos trabalhos de

    distribuio;

    Estas so normas inferiores, que detalham

    os procedimentos seguidos pelos diversos

    rgos nas suas decises.

    XXI - baixar os atos indispensveis

    disciplina dos servios e polcia do

    Tribunal;

    XXII - adotar as providncias necessrias

    elaborao da proposta oramentria

    do Tribunal e encaminhar pedidos de

    abertura de crditos adicionais e especiais;

    Cada Tribunal elabora sua prpria

    proposta oramentria a cada ano. Essa

    proposta ser posteriormente encaminhada

    ao Poder Executivo, responsvel por

    apresenta-la ao Congresso Nacional.

    XXIII - resolver as dvidas suscitadas na

    classificao dos feitos e papis

    registrados na Secretaria do Tribunal,

    baixando as instrues necessrias;

    A classificao dos feitos (aes, recursos,

    incidentes) e documentos que chegam ao

    Tribunal muito importante, pois permite

    que sejam seguidas as normas adequadas,

    e que as informaes no se percam.

    XXIV - rubricar os livros necessrios ao

    expediente ou designar funcionrio para

    faz-lo;

    XXV - assinar os atos de provimento e

    vacncia dos cargos e empregos da

    Secretaria do Tribunal, dando posse aos

    servidores;

    Quando voc for aprovado no concurso do

    STJ, o Presidente ser responsvel por

    assinar o ato da sua nomeao, e tambm

    por dar posse a voc...!

    XXVI - assinar os atos relativos vida

    funcional dos servidores;

    XXVII - impor penas disciplinares aos

    servidores da Secretaria;

    Ateno! O Presidente competente para

    aplicar sanes disciplinares aos servidores

    do Tribunal, mas no aos Ministros, ok!?

    XXVIII - delegar, nos termos da lei,

    competncia ao Diretor-Geral da Secretaria

    do Tribunal, para a prtica de atos

    administrativos;

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  • XXIX - velar pela regularidade e exatido

    das publicaes dos dados estatsticos

    sobre os trabalhos do Tribunal a cada ms;

    XXX - apresentar ao Tribunal, no ms de

    fevereiro, relatrio circunstanciado dos

    trabalhos efetuados no ano decorrido, bem

    como mapas dos julgados;

    XXXI - praticar todos os demais atos de

    gesto necessrios ao funcionamento dos

    servios administrativos.

    XXXII fixar a data de incio do

    procedimento de escolha e indicao de

    um juiz federal e de um juiz do Tribunal

    Regional Federal para as vagas do Conselho

    Nacional de Justia e de um juiz para a vaga

    do Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    O provimento dessas vagas dos respectivos

    conselhos de responsabilidade do STJ,

    mas a escolha deve recair sobre classes

    especficas, e no sobre seus prprios

    Ministros.

    A respeito desse procedimento o Regimento

    traz mais detalhes no pargrafo nico do

    art. 21.

    Pargrafo nico. O procedimento previsto

    neste inciso ter incio at sessenta dias do

    trmino do mandato do conselheiro, ou,

    caso no cumprido integralmente, logo

    aps a vacncia do cargo, observadas as

    seguintes disposies:

    I os magistrados de primeiro e segundo

    graus interessados em ocupar uma das

    vagas disponveis devero apresentar seus

    currculos ao Superior Tribunal de Justia e

    sero convocados mediante:

    a) publicao no Dirio da Justia

    eletrnico;

    b) divulgao na pgina eletrnica do

    Superior Tribunal de Justia na rede

    mundial de computadores (internet);

    c) comunicao aos respectivos Tribunais,

    para que divulguem, por todos os meios

    disponveis, o prazo e a forma de inscrio

    aos juzes de primeiro e segundo graus a

    eles vinculados, informando Presidncia

    do Superior Tribunal de Justia as medidas

    efetivamente tomadas para a divulgao da

    convocao;

    II o prazo para encaminhamento dos

    currculos ser de dez dias, se outro no

    fixar a Presidncia, contados da data da

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  • publicao da convocao no Dirio da

    Justia eletrnico;

    III o currculo dever ser encaminhado

    ao Superior Tribunal de Justia por via

    eletrnica, e seu contedo dever ser

    preenchido em formulrio padronizado

    posto disposio na pgina eletrnica;

    IV encerrado o prazo, a Presidncia

    colocar os currculos disposio dos

    Ministros e convocar sesso do Plenrio

    para a escolha do nome;

    V a lista de magistrados inscritos, com

    links para os respectivos currculos, ser

    colocada disposio do pblico, inclusive

    na pgina eletrnica;

    VI a indicao ser definida em sesso do

    Plenrio, por votao secreta, cabendo a

    cada Ministro votar em um juiz ou em um

    desembargador por vaga;

    VII ser indicado o juiz ou o

    desembargador que obtiver a maioria

    absoluta dos votos;

    VIII no sendo alcanada a maioria

    absoluta de votos por nenhum juiz ou

    desembargador, seguir-se- um segundo

    sufrgio, em que concorrero os candidatos

    que tiverem obtido as duas maiores

    votaes na etapa anterior, sendo indicado

    o que obtiver a maioria simples dos votos;

    IX em caso de empate no segundo

    sufrgio, ser indicado o juiz ou o

    desembargador mais antigo na carreira e,

    persistindo o empate, o mais idoso;

    X o nome do juiz ou do desembargador

    escolhido ser publicado no Dirio da

    Justia eletrnico e divulgado na pgina

    eletrnica do Superior Tribunal de Justia.

    ATRIBUIES DO PRESIDENTE ANTES DA DISTRIBUIO (21-E)

    I - apreciar e homologar pedidos de

    desistncia, de autocomposio das partes

    e de habilitao em razo de falecimento

    de qualquer das partes;

    II - apreciar os pedidos de gratuidade da

    justia nos feitos de competncia

    originria;

    A gratuitade da justia deferido queles

    que no podem manter seu sustento e

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  • pagar as custas processuais

    simultaneamente.

    III - determinar o cancelamento do

    registro do feito se a parte, intimada na

    pessoa de seu advogado, no realizar o

    pagamento, em quinze dias, das custas e

    despesas de ingresso;

    IV - apreciar os habeas corpus e as

    revises criminais inadmissveis por

    incompetncia manifesta, encaminhando

    os autos ao rgo que repute competente;

    V - no conhecer de recurso inadmissvel,

    prejudicado ou que no tiver impugnado

    especificamente todos os fundamentos da

    deciso recorrida;

    VI - negar provimento a recurso que for

    contrrio a smula do Supremo Tribunal

    Federal ou do Superior Tribunal de Justia,

    a acrdo proferido em julgamento de

    recursos repetitivos ou a entendimento

    firmado em incidente de assuno de

    competncia;

    VII - dar provimento a recurso se a

    deciso recorrida for contrria a smula do

    Supremo Tribunal Federal ou do Superior

    Tribunal de Justia, a acrdo proferido em

    julgamento de recursos repetitivos ou a

    entendimento firmado em incidente de

    assuno de competncia;

    VIII - determinar a devoluo ao Tribunal

    de origem dos recursos fundados em

    controvrsia idntica quela j submetida

    ao rito de julgamento de casos repetitivos

    para adoo das medidas cabveis;

    Quando chega um recurso sobre um

    assunto j tratado no regime de

    julgamento de casos repetitivos, esse

    processo devolvido ao Tribunal de

    Origem, uma vez que o assunto j foi

    tratado.

    IX - remeter o processo ao Supremo

    Tribunal Federal aps juzo positivo de

    admissibilidade quando entender versar o

    recurso especial sobre matria

    constitucional, dando vista ao recorrente

    pelo prazo de quinze dias para que

    demonstre a existncia de repercusso

    geral e manifeste-se sobre a questo

    constitucional, bem como vista parte

    adversa para, por igual prazo, apresentar

    contrarrazes.

    Aqui se trata do envio do processo aps

    julgamento de admissibilidade, ou seja, se

    o processo possui os requisitos necessrios

    para ser enviado ao STF.

    dado ainda prazo para a parte recorrente

    demonstrar a repercusso geral.

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  • O Corregedor-Geral da Justia Federal integra o Plenrio e a Corte Especial

    tambm nas funes de relator e revisor.

    Aula 03

    A indicao, pelo Superior Tribunal de Justia, de Juzes, Desembargadores, Advogados e membros do Ministrio Pblico, a serem nomeados pelo Presidente da Repblica,

    para comporem o Tribunal, far-se- em lista trplice. No caso de indicao de advogados e membros do Ministrio Pblico, a lista trplice ser elaborada tomando por base a lista

    sxtupla enviada pelo respectivo rgo de representao de classe.

    Os Ministros recebero o tratamento de Excelncia e usaro vestes talares nas sesses solenes, e capas, nas sesses ordinrias ou extraordinrias. Alm disso, eles

    conservaro o ttulo e as honras correspondentes, mesmo depois da aposentadoria.

    CRITRIOS PARA AFERIO DA ANTIGUIDADE DOS MINISTROS

    No podem atuar na mesma Seo Ministros que sejam cnjuges ou parentes at terceiro grau. Nos julgamentos da Corte Especial, sempre que um deles proferir

    voto, o outro estar impedido de participar do julgamento.

    ATRIBUIES DO RELATOR

    I - ordenar e dirigir o processo;

    Essa atribuio inclui o contato com as

    partes e seus advogados, a conduo de

    audincias, a determinao da realizao

    de diligncias, etc.

    II - determinar s autoridades judicirias e

    administrativas, sujeitas sua jurisdio,

    providncias relativas ao andamento e

    instruo do processo, exceto se forem

    da competncia da Corte Especial, da

    Seo, da Turma ou de seus Presidentes;

    Data da posse

    Data da nomerao

    Idade

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  • III - delegar atribuies a autoridades

    judicirias de instncia inferior, nos

    casos previstos em lei ou neste Regimento;

    Geralmente essa delegao ocorre quando

    necessria a realizao de diligncias ou

    a produo e provas. Dependendo do caso,

    mais fcil que o juiz do local faa isso do

    que o Ministro do STJ, no mesmo?

    IV - submeter Corte Especial, Seo,

    Turma, ou aos Presidentes, conforme a

    competncia, questes de ordem para o

    bom andamento dos processos;

    Explicando de forma superficial, questes

    de ordem so aquelas que devem ser

    resolvidas antes da deciso principal do

    processo.

    V - submeter Corte Especial, Seo ou

    Turma, nos processos da competncia

    respectiva, medidas cautelares

    necessrias proteo de direito suscetvel

    de grave dano de incerta reparao, ou

    ainda destinadas a garantir a eficcia da

    ulterior deciso da causa;

    As medidas cautelares so justamente

    decises urgentes que precisam ser

    tomadas para evitar um dano irreparvel

    ocasionado pela demora na deciso

    principal. Em regra o relator no pode

    deferir essas medidas sozinho, devendo

    submeter a deciso ao respectivo rgo

    colegiado, mas em casos de urgncia ele

    pode deferi-las, submetendo sua deciso

    ratificao do colegiado.

    VI - determinar, em caso de urgncia, as

    medidas do inciso anterior, ad referendum

    da Corte Especial, da Seo ou da Turma;

    VII - decidir agravo interposto de deciso

    que inadmitir recurso especial;

    O agravo um tipo de recurso que, no caso

    aqui mencionado, serve para forar o

    recebimento de um recurso especial pelo

    STJ. Em regra os pressupostos do recurso

    especial so analisados pelo Tribunal de

    origem, e, se a deciso for no sentido de

    no remet-lo ao STJ, o interessado pode

    impetrar agravo contra essa deciso.

    VIII - requisitar os autos originais,

    quando necessrio;

    IX - apreciar e homologar pedidos de

    desistncia, de autocomposio das

    partes e de habilitao em razo de

    falecimento de qualquer das partes, ainda

    que o feito se ache em pauta ou em mesa

    para julgamento

    X - pedir dia para julgamento dos feitos

    que lhe couberem por distribuio, ou

    pass-los ao revisor, com o relatrio, se for

    o caso;

    Se o feito tem apenas relator, ao concluir

    seu trabalho ele deve pedir dia para

    julgamento. Se tambm houver revisor,

    caber ao relator repassar os autos a ele.

    XI - julgar prejudicado pedido ou

    recurso que haja perdido objeto;

    A perda de objeto ocorre, por exemplo,

    quando a deciso contra a qual houve

    recurso foi espontaneamente cumprida.

    XII - propor Seo ou Turma seja o

    processo submetido Corte Especial ou

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  • Seo, conforme o caso;

    XIII - decidir o pedido de carta de

    sentena e assin-la;

    XIV - apresentar em mesa para julgamento

    os feitos que independem de pauta;

    Em geral esses so feitos urgentes, como

    o habeas corpus, cujo julgamento no

    deve ficar aguardando incluso na pauta

    do colegiado.

    XV - redigir o acrdo, quando o seu voto

    for o vencedor no julgamento

    Quando o posicionamento defendido pelo

    relator for o vencedor no julgamento, a ele

    caber redigir a deciso do colegiado, que

    chamada de acrdo. Quando ele for

    derrotado, a redao caber ao primeiro

    Ministro que exps a tese vencedora, que

    pode ser o revisor (quando houver) ou

    outro membro do rgo julgador.

    XVI - determinar a autuao do agravo

    como recurso especial;

    Este o caso de uma pessoa impetrar um

    agravo, quando na realidade seria o caso

    de recurso especial.

    XVII - determinar o arquivamento de

    inqurito, ou peas informativas,

    quando o requerer o Ministrio Pblico, ou

    submeter o requerimento deciso do rgo

    competente do Tribunal;

    Quando h um procedimento investigativo

    e o MP considera que no h elementos

    suficientes para, a partir dele, dar incio a

    um processo judicial, o pedido de

    arquivamento deve ser apreciado pelo

    Tribunal.

    XVIII - distribudos os autos:

    a) no conhecer do recurso ou pedido

    inadmissvel, prejudicado ou daquele que

    no tiver impugnado especificamente todos

    os fundamentos da deciso recorrida;

    b) negar provimento ao recurso ou pedido

    que for contrrio a tese fixada em

    julgamento de recurso repetitivo ou de

    repercusso geral, a entendimento firmado

    em incidente de assuno de competncia,

    a smula do Supremo Tribunal Federal ou do

    Superior Tribunal de Justia ou, ainda, a

    jurisprudncia dominante acerca do tema;

    c) dar provimento ao recurso se o acrdo

    recorrido for contrrio a tese fixada em

    julgamento de recurso repetitivo ou de

    repercusso geral, a entendimento firmado

    em incidente de assuno de competncia,

    a smula do Supremo Tribunal Federal ou do

    Superior Tribunal de Justia ou, ainda, a

    jurisprudncia dominante acerca do tema;

    Esses so casos em que o relator pode

    decidir sozinho, uma vez que j existem

    teses fixadas em julgamento de recurso

    repetitivo ou mesmo repercusso geral,

    alm de smulas e jurisprudncia

    dominante.

    XIX - decidir o mandado de segurana

    quando for inadmissvel, prejudicado ou

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  • quando se conformar com tese fixada em

    julgamento de recurso repetitivo ou de

    repercusso geral, a entendimento firmado

    em incidente de assuno de competncia,

    a smula do Superior Tribunal de Justia ou

    do Supremo Tribunal Federal, a

    jurisprudncia dominante acerca do tema ou

    as confrontar;

    XX - decidir o habeas corpus quando for

    inadmissvel, prejudicado ou quando a

    deciso impugnada se conformar com tese

    fixada em julgamento de recurso repetitivo

    ou de repercusso geral, a entendimento

    firmado em incidente de assuno de

    competncia, a smula do Superior Tribunal

    de Justia ou do Supremo Tribunal Federal,

    a jurisprudncia dominante acerca do tema

    ou as confrontar;

    XXI decidir o agravo de instrumento

    interposto com base no art. 1.027, 1, do

    CPC;

    So os processos em que so partes, de

    um lado, Estado estrangeiro ou organismo

    internacional e, de outro, Municpio ou

    pessoa residente ou domiciliada no pas.

    Nesses processos, cabe agravo de

    instrumento contra as decises

    interlocutrias.

    XXII - decidir o conflito de competncia

    quando for inadmissvel, prejudicado ou

    quando se conformar com tese fixada em

    julgamento de recurso repetitivo ou de

    repercusso geral, a entendimento firmado

    em incidente de assuno de competncia,

    a smula do Superior Tribunal de Justia ou

    do Supremo Tribunal Federal, a

    jurisprudncia dominante acerca do tema ou

    as confrontar;

    Da mesma forma que vimos, so situaes

    em que j h entendimento firmado sobre

    o assunto.

    XXIII - remeter o processo ao Supremo

    Tribunal Federal aps juzo positivo de

    admissibilidade quando entender versar o

    recurso especial sobre matria

    constitucional, dando vista ao recorrente

    pelo prazo de quinze dias para que

    demonstre a existncia de repercusso geral

    e manifeste-se sobre a questo

    constitucional, bem como vista parte

    adversa para, por igual prazo, apresentar

    contrarrazes;

    XXIV - determinar a devoluo ao Tribunal

    de origem dos recursos especiais fundados

    em controvrsia idntica quela j

    submetida ao rito de julgamento de casos

    So processos que j tiveram

    controvrsias idnticas julgadas no rito de

    julgamento de casos repetitivos.

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  • repetitivos para adoo das medidas

    cabveis;

    XXV - julgar recurso fundado em nulidade

    da deciso recorrida por vcio de

    procedimento

    XXVI - executar e fazer cumprir os

    despachos, as decises monocrticas, as

    ordens e os acrdos transitados em julgado

    nas aes penais, inquritos e demais

    procedimentos penais originrios de sua

    relatoria, bem como determinar s

    autoridades judicirias e administrativas

    providncias relativas ao andamento e

    instruo de processos, facultada a

    delegao de atribuies para a prtica de

    atos processuais previstos no art. 21-A

    deste Regimento a outros Tribunais e a

    juzos de primeiro grau de jurisdio,

    ficando as decises proferidas sujeitas a

    posterior controle do relator, de ofcio ou

    mediante provocao do interessado, no

    prazo de cinco dias da cincia do ato.

    Aqui temos uma srie de competncias

    bem genricas (executar e fazer

    cumprir...)

    REVISOR

    QUEM SER? O Ministro que se seguir ao relator na ordem de antiguidade. Em caso de substituio do relator, o revisor tambm ser substitudo.

    QUAIS FEITOS TM

    REVISOR?

    I - ao rescisria;

    II - ao penal originria;

    III - reviso criminal.

    Dos atos e decises do Conselho de Administrao no cabe recurso administrativo.

    ATRIBUIES DAS COMISSES PERMANENTES

    COMISSO DE

    REGIMENTO INTERNO

    I - velar pela atualizao do Regimento, propondo emendas

    ao texto em vigor e emitindo parecer sobre as emendas de

    iniciativa de outra comisso ou de Ministro;

    II - opinar em processo administrativo, quando consultada

    pelo Presidente.

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  • COMISSO DE

    JURISPRUDNCIA

    I - velar pela expanso, atualizao e publicao da smula

    da jurisprudncia predominante do Tribunal;

    II - supervisionar os servios de sistematizao da

    jurisprudncia do Tribunal, sugerindo medidas que facilitem a

    pesquisa de julgados ou processos;

    III - orientar iniciativas de coleta e divulgao dos trabalhos

    dos Ministros que j se afastaram definitivamente do Tribunal;

    IV - propor Corte Especial ou Seo que seja compendiada

    em smula a jurisprudncia do Tribunal, quando verificar que

    as Turmas no divergem na interpretao do direito;

    V - sugerir medidas destinadas a abreviar a publicao dos

    acrdos.

    COMISSO DE

    DOCUMENTAO

    I - supervisionar a administrao dos servios da biblioteca,

    do arquivo e do museu do Tribunal, sugerindo ao Presidente

    medidas tendentes ao seu aperfeioamento;

    II - acompanhar a poltica de guarda e conservao de

    processos, livros, peridicos e documentos histricos do

    Tribunal;

    III - manter, na Secretaria de Documentao, servio de

    documentao para recolher elementos que sirvam de

    subsdio histria do Tribunal, com pastas individuais

    contendo dados biogrficos e bibliogrficos dos Ministros;

    IV - deliberar sobre questes que excedam a esfera de

    competncia administrativa da Secretaria de Documentao.

    COMISSO DE

    COORDENAO

    I - sugerir ao Presidente medidas tendentes modernizao

    administrativa do Tribunal;

    II - sugerir aos Presidentes do Tribunal, das Sees e das

    Turmas, medidas destinadas a aumentar o rendimento das

    sesses, abreviar a publicao dos acrdos e facilitar a tarefa

    dos advogados;

    III - supervisionar os servios de informtica, fiscalizando a

    sua execuo e propondo as providncias para a sua

    atualizao e aperfeioamento.

    COMISSO GESTORA

    DE PRECEDENTES

    I - supervisionar os trabalhos do Ncleo de Gerenciamento de

    Precedentes Nugep, em especial os relacionados gesto

    dos casos repetitivos e dos incidentes de assuno de

    competncia, bem como ao controle e ao acompanhamento de

    processos sobrestados na Corte em razo da aplicao da

    sistemtica dos recursos repetitivos e da repercusso geral;

    II - sugerir ao Presidente do Tribunal medidas para o

    aperfeioamento da formao e da divulgao dos

    precedentes qualificados, conforme disposto no Cdigo de

    Processo Civil;

    III - sugerir aos Presidentes do Tribunal e das Sees

    medidas destinadas a ampliar a afetao de processos aos

    ritos dos recursos repetitivos e da assuno de competncia;

    IV - desenvolver trabalho de inteligncia, em conjunto com o

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  • Conselho Nacional de Justia, com os Tribunais Regionais

    Federais e com os Tribunais de Justia, a fim de identificar

    matrias com potencial de repetitividade ou com relevante

    questo de direito, de grande repercusso social, aptas a

    serem submetidas ao Superior Tribunal de Justia sob a

    sistemtica dos recursos repetitivos e da assuno de

    competncia;

    V - acompanhar, inclusive antes da distribuio, os processos

    que possuam matria com potencial de repetitividade ou com

    relevante questo de direito, de grande repercusso social, a

    fim de propor ao Presidente do Tribunal medidas para a

    racionalizao dos julgamentos desta Corte por meio de

    definies de teses jurdicas em recursos repetitivos ou em

    assuno de competncia;

    VI - deliberar sobre questes que excedam a esfera de

    competncia administrativa do Ncleo de Gerenciamento de

    Precedentes Nugep, alm de outras atribuies referentes a

    casos repetitivos e a incidentes de assuno de competncia.

    COMISSES DO TRIBUNAL QUADRO-RESUMO

    Quais so?

    As permanentes so:

    a) Comisso de Regimento Interno;

    b) Comisso de Jurisprudncia;

    c) Comisso de Documentao;

    d) Comisso de Coordenao; e

    e) Comisso Gestora de Precedentes.

    As temporrias podem ser criadas por ato da Corte

    Especial ou do Presidente do Tribunal.

    Quantos membros?

    As permanentes so formadas por 3 Ministros titulares e 1 suplente, salvo a de Jurisprudncia, que ser composta

    de seis Ministros efetivos, respeitada, em todos os casos, a paridade de representao de cada uma das Sees do

    Tribunal.

    As temporrias podem ter qualquer nmero de membros.

    Quanto tempo

    duram?

    As permanentes no tem data prevista para sua de extino.

    As temporrias extinguem-se quando for alcanado o fim ao qual se destinam.

    Como os membros

    so escolhidos?

    O Presidente designar os membros das comisses,