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1 SUMÁRIO 1. Identificação.....................................................................................................................2 2. Responsabilidades institucionais....................................................................................3 3. Estratégia de atuação......................................................................................................4 4. Gestão de programas e ações........................................................................................87 4.1. Programas...............................................................................................................87 4.1.1.1. Dados Gerais...............................................................................................87 4.1.1.2. Principais Ações do Programa..................................................................88 4.1.1.3. Gestão das ações.........................................................................................88 5. Desempenho operacional............................................................................................102 6. Conteúdos específicos por UJ ou grupo de unidades afins (conforme Anexos II e X da DN-TCU-85/2007).................................................................................................103

SUMÁRIO - portalarquivos.saude.gov.brportalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/06/Relatorio... · do Sistema Único de Saúde (SUS) e o ordenamento de responsabilidades

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1

SUMÁRIO

1. Identificação.....................................................................................................................2

2. Responsabilidades institucionais....................................................................................3

3. Estratégia de atuação......................................................................................................4

4. Gestão de programas e ações........................................................................................87

4.1. Programas...............................................................................................................87

4.1.1.1. Dados Gerais...............................................................................................87

4.1.1.2. Principais Ações do Programa..................................................................88

4.1.1.3. Gestão das ações.........................................................................................88

5. Desempenho operacional............................................................................................102

6. Conteúdos específicos por UJ ou grupo de unidades afins (conforme Anexos II e X

da DN-TCU-85/2007).................................................................................................103

2

1. IDENTIFICAÇÃO

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), órgão da

Administração Direta do Poder Executivo, vinculada ao Ministério da Saúde e constituída

pelo Decreto nº 5.974, de 29 de novembro de 2006, publicado no Diário Oficial da União de

30 de novembro de 2006.

CNPJ: 00.394.544/0127-87

Nome e Código no SIAFI: Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES) - 250100

Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco G, sala 705 – CEP: 70058-900

Fone: 61 – 3315 2224

Endereço na Internet: www.saude.gov.br/sgtes

Situação da Unidade quanto ao funcionamento: em funcionamento

Função de Governo Predominante: SAÚDE

Tipo de Atividade: FIM

3

2. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS:

I – promover a ordenação de recursos humanos na área da saúde;

II – elaborar e propor políticas de formação e desenvolvimento profissional para a

área da saúde e acompanhar a sua execução, bem como promover o desenvolvimento da Rede

de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde;

III – planejar, coordenar e apoiar as atividades relacionadas ao trabalho e à educação

na área da saúde, bem como a organização da gestão da educação e do trabalho em saúde, a

formulação de critérios para as negociações e o estabelecimento de parcerias entre os gestores

do Sistema Único de Saúde (SUS) e o ordenamento de responsabilidades entre as três esferas

de governo;

IV – promover a articulação com os órgãos educacionais, entidades sindicais e de

fiscalização do exercício profissional e os movimentos sociais, bem assim com entidades

representativas da educação dos profissionais, tendo em vista a formação, o desenvolvimento

e o trabalho no setor da saúde;

V – promover a integração dos setores da saúde e da educação no sentido de

fortalecer as instituições formadoras de profissionais atuantes na área;

VI – planejar e coordenar ações, visando à integração e ao aperfeiçoamento da

relação entre as gestões federal, estaduais e municipais do SUS, no que se refere aos planos de

formação, qualificação e distribuição das ofertas de educação e trabalho na área da saúde;

VII – planejar e coordenar ações, destinadas a promover a participação dos

trabalhadores de saúde do SUS na gestão dos serviços e a regulação das profissões de saúde;

VIII – planejar e coordenar ações, visando à promoção da educação em saúde, ao

fortalecimento das iniciativas próprias do movimento popular no campo da educação em

saúde e da gestão das políticas públicas de saúde, bem como à promoção de informações e

conhecimentos relativos ao direito à saúde e ao acesso às ações e aos serviços de saúde; e

IX – fomentar a cooperação internacional, inclusive mediante a instituição e a

coordenação de fóruns de discussão, visando à solução dos problemas relacionados à

formação, ao desenvolvimento profissional, à gestão e à regulação do trabalho em saúde,

especialmente as questões que envolvam os países vizinhos do continente americano, os

países de língua portuguesa e os países do hemisfério sul.

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) é estruturada

em dois departamentos: da Gestão da Educação na Saúde (DEGES) e da Gestão e da

Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS).

Esta SGTES vem desenvolvendo ações que buscam assegurar o acesso universal e

igualitário às ações e serviços de saúde, impondo à função da formação e da gestão do

trabalho, a responsabilidade pela qualificação dos trabalhadores e pela organização do

trabalho em saúde, constituindo novos perfis profissionais com condições de responder à

realidade de saúde da população e das necessidades do SUS.

Este Relatório apresenta as principais ações desenvolvidas pela SGTES, no exercício

de 2007.

4

3. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO

3.1. AÇÕES DESENVOLVIDAS NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) é responsável pela

definição e desenvolvimento de políticas relacionadas à formação de pessoal da saúde, tanto

no nível superior como no nível técnico-profissional.

Cabe ao Departamento coordenar a implantação da Política de Educação

Permanente para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde e planejar, acompanhar e

avaliar estas ações que envolvem as três esferas do governo, na perspectiva do fortalecimento

do Sistema Único de Saúde.

Visando o cumprimento da sua missão institucional de promover o fortalecimento

do sistema formador e do sistema de saúde, o DEGES também promove ações no sentido de

articular e integrar órgãos educacionais, entidades de classe e movimentos sociais.

Para implantar as políticas de formação e desenvolvimento dos profissionais do

setor, o Departamento tem intensificado parcerias com os Ministérios da Educação, de

Ciência e Tecnologia, das Comunicações, além das demais Secretarias do Ministério da

Saúde.

O DEGES desenvolve suas ações por meio de duas Coordenações Gerais:

Coordenação Geral de Ações Estratégicas e Coordenação Geral de Ações Técnicas em

Educação na Saúde. Possui ainda políticas transversais que se organizam em um eixo

estruturante, promovendo maior integração e sustentabilidade às políticas das duas

Coordenações Gerais.

De uma maneira sintética, listam-se as principais atividades do DEGES e na seqüencia

desenvolvem-se as ações executadas em 2007.

A - Eixos Estruturantes

- Educação Permanente em Saúde

- Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde

- TELESSAÚDE BRASIL – Programa Nacional de Telessaúde

B - Coordenação-Geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde

- Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – Pró-Saúde

- Projeto FAIMER

- Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE)

5

- Avaliação como Indutora de Mudanças nos Cursos de Graduação na Área da Saúde -

Oficinas e Seminários com os Coordenadores e Avaliadores da Educação Superior da

Área da Saúde

- Capacitação de Coordenadores de Cursos e Docentes da Educação Superior para

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Área da Saúde (Projeto

SGTES/OPAS/FNEPAS)

- Novas Perspectivas para Autorização, Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento

de Cursos de Graduação na Área da Saúde

- Articulação com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec / MEC

- Certificação de Hospitais de Ensino

- Residências

- Revalidação de Diplomas

Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica Brasil-Cuba

- Programa de Direito Sanitário

- Avaliação de Diretrizes Clínicas

- Oficinas para Aperfeiçoamento do Processo Interno de Trabalho no DEGES

- Oficina de Alinhamento Estratégico das Ações do DEGES

- Articulações como Estratégia de Gestão – Parcerias, Participação e Apoio a Eventos

Nacionais e Internacionais

C Coordenação-Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde

- Ações Profae

- Escolarização e Profissionalização

- Proposta de Formação Docente na Área da Saúde

- Fortalecimento e Modernização das Escolas Técnicas do SUS

- Sistema de Certificação de Competências - SCC

- Mestrado Profissional

- Formação na Área de Odontologia

- Formação do Agente Comunitário de Saúde

- Educação Permanente para os ACS

6

- Formação dos Técnicos em Vigilância

- Cuidador de Idoso com Dependência

A - Eixos Estruturantes

1 - Educação Permanente em Saúde

Em 22 de agosto de 2007, foi publicada a Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto

de 2007, que dispõe sobre novas diretrizes e estratégias para a implementação da Política

Nacional de Educação Permanente em Saúde.

Destacamos como principais avanços na implementação da Política de Educação

Permanente em Saúde, em relação às estratégias anteriores:

ênfase na descentralização (nos processos de aprovação, na execução e

financiamento dessa política);

desenho de uma gestão participativa para as decisões e ações da educação na

saúde;

fortalecimento do papel da instância estadual na gestão, coordenação e

acompanhamento da política;

foco nas especificidades e necessidades locais e regionais;

fortalecimento dos compromissos presentes no Pacto pela Saúde 2006;

agregação do planejamento e do plano de Educação Permanente em Saúde aos

instrumentos já existentes de planejamento do SUS (planos de saúde, relatório de

gestão, etc), assegurando a participação do controle social na construção das

diretrizes para a política, nas diferentes esferas de gestão do SUS, até o controle da

sua execução;

As novas diretrizes apontam que a condução regional da Política se dará por meio

dos Colegiados de Gestão Regional, com a participação das Comissões Permanentes de

Integração Ensino-Serviço (CIES), que são instâncias intersetoriais e interinstitucionais

permanentes, previstas no Artigo 14 da Lei nº. 8080/90 e na NOB/RH - SUS. As CIES estão

vinculadas aos Colegiados de Gestão Regional e devem elaborar Planos de Ação Regional de

Educação Permanente em Saúde, coerentes com os Planos de Saúde estadual e municipais, da

referida região, no que tange à educação na saúde.

A Portaria nº 1996/2007 reforça, portanto, a importância estratégica da

descentralização e da regionalização do Sistema. Os recursos financeiros para a

implementação da política deixam de estar centralizados no Ministério da Saúde e passam a

ser transferidos de forma regular e automática, por meio de repasses do Fundo Nacional de

Saúde aos respectivos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, conforme resultado do

processo de pactuação estadual nas CIBs. Ressalta, também, que o desenvolvimento da

função de gestão da educação na saúde é uma responsabilidade tripartite, e que avanços e

7

compromisso precisam ser feitos, por todas as esferas de gestão do SUS, para efetivar o

financiamento desta área.

Como estratégia para agilizar a implementação das novas diretrizes e o repasse dos

recursos financeiros, fez-se constar nesta Portaria um artigo que desvincula o repasse dos

recursos financeiros referentes ao ano de 2007 à assinatura dos Termos de Compromisso de

Gestão das respectivas esferas de governo. Contudo, para o ano de 2008 e demais

subseqüentes, o Termo de Compromisso de Gestão assinado é condição essencial para o

repasse, visto que a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde está intrinsecamente

associada ao Pacto de Gestão/Pacto pela Saúde.

O montante de recursos financeiros aplicados no ano de 2007, repassados com base

nos Planos Regionais de Educação Permanente em Saúde para a implementação das novas

diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e o desenvolvimento de

ações de formação e qualificação dos trabalhadores do SUS é da ordem de R$ 85 milhões,

assim distribuídos:

R$ 35 milhões voltados para as ações de Educação Permanente em Saúde;

e

R$ 50 milhões para as atividades de formação profissional de nível técnico.

A transferência de recursos para as esferas estaduais e municipais foi feita por meio

de repasse Fundo a Fundo, em parcela única, conforme quadro abaixo:

UF

EDUCAÇÃO

SUPERIOR

(R$)

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

(R$)

Acre 1.456.732,13 2.081.045,90

Alagoas 1.423.197,96 2.033.139,94

Amapá 1.100.604,28 1.572.291,82

Amazonas 907.796,20 1.296.851,71

Bahia 1.516.774,69 2.166.820,98

Ceará 1.467.782,86 2.096.832,65

Distrito Federal 508.148,44 -

Espírito Santo 866.411,56 1.237.730,79

Goiás 910.000,33 1.300.011,90

Maranhão 1.460.090,70 2.082.547,85

Mato Grosso 989.502,20 1.414.912,96

Mato Grosso do Sul 955.924,30 1.365.606,18

Minas Gerais 1.707.026,91 2.438.609,88

Pará 1.049.393,00 1.499.132,00

Paraíba 1.449.428,90 2.070.612,72

Paraná 1.205.900,30 1.722.714,00

Pernambuco 1.261.259,25 1.801.798,92

8

Piauí 1.358.316,03 1.940.451,47

Rio de janeiro 1.496.673,83 2.138.146,00

Rio Grande do Norte 1.510.872,56 2.158.389,38

Rio Grande do Sul 1.196.530,06 1.709.328,68

Rondônia 944.592,01 2.075.901,82

Roraima 1.453.131,27 1.349.417,18

Santa Catarina 991.540,46 1.416.486,37

São Paulo 2.871.103,37 4.101.576,24

Sergipe 1.742.827,75 2.489.753,92

Tocantins 1.186.217,05 1.694.595,79

TOTAL 34.987.778,40 49.254.707,05

Para o repasse dos recursos destinados em 2007, as CIBs encaminharam à CIT, para

homologação, Resoluções/Deliberações referentes à pactuação no âmbito estadual com a

definição da região de abrangência para a qual fariam a gestão e o montante a ser repassado a

cada ente federado, até o limite do teto de recursos financeiros para o estado. Após a

homologação pela CIT, o Ministério da Saúde publicou as Portarias SGTES nº 37/2007, nº

43/2007 e nº 48/2007 instruindo o repasse do Fundo Nacional de Saúde aos respectivos

Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, conforme Resoluções/Deliberações das CIBs.

Os recursos da educação profissional foram direcionados, quase na sua totalidade, para

execução dentro das Escolas Técnicas do SUS - ETSUS.

As principais ações da Educação Profissional estão concentradas nos processos de

formação de técnicos, com duração estabelecida por lei (1200 horas). Os principais cursos

demandados são: Técnico em Radiologia (8), Técnico em Vigilância em Saúde (9), Técnico

em Enfermagem (9), Técnico em Enfermagem para a área indígena (1), Técnico em Higiene

Dental (10), Complementação do Auxiliar para Técnico de Enfermagem (9), Informação em

Saúde (2), Gestão (2), Patologia Clínica (3), e Citologia (1).

Cursos de especialização para técnicos também foram contemplados, como na área de

Atenção Básica para apoio à Estratégia Saúde da Família e na de Saúde do Idoso. Muitas

capacitações de curta duração também estão presentes nos planos apresentados.

Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento desta política, o DEGES/SGTES está

desenvolvendo uma metodologia de acompanhamento solidário aos estados, às CIBs e às

CIES, com a oferta de apoio técnico para a execução desta política nas respectivas bases

territoriais. Por sua vez, o monitoramento da política, no âmbito nacional, no ano de 2008, irá

ter como base alguns marcadores-chave, como:

Definição da regionalização para a Educação na Saúde, seguindo os mesmos

princípios da regionalização apresentada no Pacto pela Saúde;

Instituição dos Colegiados de Gestão Regional e das Comissões de Integração

Ensino-Serviço;

Elaboração dos Planos Regionais de Educação Permanente em Saúde;

Termo de Compromisso de Gestão Estadual e Municipal; e

9

Relatórios Estaduais de Gestão.

2 - Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde

No primeiro semestre de 2.007 tivemos um avanço significativo no sentido de

efetivação das ações conjuntas implementadas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério

da Saúde, com a assinatura do Decreto de 20 de junho de 2.007. Este Decreto instituiu a

Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde, regulamentando o disposto no

Artigo 200 da Constituição Federal brasileira, no que se refere à ordenação da formação dos

profissionais da saúde, em conformidade com as políticas nacionais de educação e saúde, e

com os princípios e diretrizes do SUS.

A Comissão Interministerial é composta por membros da Secretaria de Educação

Superior (SESu), Secretaria de Educação a Distância (SEED) e Secretaria de Educação

Profissional e Tecnológica (SETEC), do Ministério da Educação, e da Secretaria de Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) e

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde,

além de representantes do CONASS e CONASEMS.

Desempenha o importante papel de estabelecer as diretrizes para a formação de

recursos humanos para a saúde no Brasil, em especial no que diz respeito aos critérios para a

autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos superiores na saúde e

ao provimento e fixação de profissionais em áreas prioritárias, conforme necessidades

regionais. Há um claro desafio para que possam ser efetivadas políticas públicas sólidas e de

longo prazo, com o objetivo de que a formação em saúde venha atender, efetivamente, as

necessidades da população brasileira.

A seguir, destacamos as atribuições da Comissão Interministerial:

I - subsidiar a definição de diretrizes para a política de formação profissional,

tecnológica e superior, incluindo a especialização na modalidade residência médica,

multiprofissional e em área profissional da saúde;

II - subsidiar a definição de critérios para a autorização, o reconhecimento e a

renovação de reconhecimento de cursos superiores na área da saúde;

III - subsidiar a definição de critérios para a expansão da educação profissional,

tecnológica e superior, incluindo a pós-graduação lato sensu nas modalidades de

especialização, residência médica, multiprofissional e em área profissional na área da saúde;

IV - identificar, periodicamente, a demanda quantitativa e qualitativa de profissionais

de saúde no âmbito do SUS, de forma a subsidiar políticas de incentivo à fixação de

profissionais de saúde, conforme as necessidades regionais;

V - identificar, periodicamente, a capacidade instalada do SUS, a fim de subsidiar a

análise de sua utilização no processo de formação de profissionais de saúde; e

VI - estabelecer diretrizes para a educação na promoção da saúde, prevenção de

doenças e assistência à saúde na rede pública de educação básica.

10

O Ministério da Saúde tem expressado em vários fóruns de discussão que a formação

de especialistas com recursos públicos, nos aspectos quanti e qualitativos, deve atender às

necessidades de saúde e ao perfil sócio-epidemiológico da população brasileira. Neste sentido,

os Ministérios da Saúde e da Educação têm promovido ações e reflexões conjuntas, sendo a

instituição da Comissão Interministerial, parte da consolidação deste trabalho intersetorial

para o desenvolvimento da educação na saúde.

Desta forma, em 18 de setembro de 2007, os ministros da saúde, José Gomes

Temporão, e da educação, Fernando Haddad, instalaram a Comissão Interministerial da

Educação na Saúde, em sua primeira reunião.

Conforme previsto no Artigo 4º, inciso 1º, do referido Decreto, a Portaria Conjunta nº

1, de 23 de outubro de 2007, instituiu a Subcomissão de Estudo e Avaliação das

Necessidades de Médicos Especialistas no Brasil. A proposta de trabalho inicial desta

Subcomissão abrange estimativas de necessidades de médicos especialistas para o sistema de

saúde do Brasil, estudos sobre o perfil de competências de especialistas, qualificação e

acompanhamento dos programas de formação, além de estratégias de incentivos à fixação de

especialistas em regiões de difícil acesso.

3 - TELESSAÚDE BRASIL – Programa Nacional de Telessaúde

O Programa Nacional de Telessaúde inicia-se com a implantação de um Projeto Piloto

contemplando nove Núcleos de Telessaúde em universidades do Amazonas, Ceará,

Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do

Sul. Cada Núcleo estará conectado a 100 pontos em Unidades Básicas de Saúde e Escolas

Técnicas, totalizando 900 pontos, buscando qualificar 2.700 equipes de Saúde da Família.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO EM 2007

1. A partir de janeiro de 2007, os Núcleos do Telessaúde e a BIREME/OPAS - Centro

Latinoamericano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, deram início ao

processo de implantação das ações.

2. Assinatura do convênio entre a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP do Ministério

da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Saúde, destinando 32 pontos de conexão em

instituições, visando apoiar o Projeto Piloto de Telessaúde. Dessa forma, foi viabilizada a

instalação de até dois pontos nos estados que não foram contemplados no Projeto Piloto,

beneficiando especialmente Universidades, Hospitais Universitários e Secretarias

Municipais de Saúde.

3. Articulação com as Escolas Técnicas do SUS – ETSUS, visando promover sua integração

com os Núcleos de Telessaúde, por meio de uma Nota Técnica que formaliza a inserção

11

das ETSUS. Após contato com os Núcleos que fazem parte do Projeto Piloto Nacional de

Telessaúde, ficou acordado que os Núcleos do AM, CE, PE, MG, RJ, cederiam um de

seus pontos às ETSUS do estado.

4. Inserção das Escolas Técnicas do SUS, nos estados de AL. MS, RR, MT e SE, por meio

do convênio com a RNP.

5. Apresentação do Projeto Telessaúde na Reunião Anual das ETSUS, realizada no primeiro

semestre de 2007.

6. Encontro dos Coordenadores dos Núcleos e os Diretores das Escolas Técnicas, com

objetivo de traçar as estratégias para a implementação do Projeto Telesssaúde nas Escolas

Técnicas do SUS, no dia 05 de dezembro de 2007.

7. Criação de um projeto piloto em 04 estados da região norte do País para implantação de

pontos, por meio do Projeto de Cooperação e Integração MS/MEC para Implantação do

GESAC/Telessaúde, visando interação com o Programa Nacional de Telessaúde, em

conexão com as Unidades Básicas de Saúde, via GESAC. Foram realizadas 03 (três)

reuniões, com os representantes do MEC, no período de setembro a dezembro, com a

seguinte pauta:

Elaboração da Proposta para o Projeto de Cooperação e

Integração MEC/MS;

Definição dos pontos para implantação do projeto piloto;

8. Constituição da equipe do MS para assessorar o Programa Nacional de Telessaúde, na

utilização dos pontos GESAC

9. Criação e lançamento do portal do Telessaúde Brasil e do Espaço Colaborativo

Telessaúde Brasil, mediante parceria com a BIREME, com objetivo de facilitar a

comunicação e a interação entre os Núcleos de Telessaúde e os Grupos de Trabalho do

Programa. Além de ser um espaço de discussão, também possibilita a gestão do Programa

e dos documentos gerados no âmbito do Projeto Piloto, como informes das reuniões,

apresentações, informes dos Núcleos e dos grupos de trabalho, etc.

10. Elaboração e divulgação do Folder Telessaúde Brasil, distribuído aos Núcleos de

Telessaúde e as demais instituições parceiras do projeto.

11. Foram criados 04 grupos de trabalho: conteúdo, tecnologia, avaliação e regulação,

descritos a seguir:

GT CONTEÚDO:

1) Construção dos conteúdos com base no método que permite oferecer qualificação a partir

das evidências científicas, de acordo com a realidade de saúde do SUS, alinhado com as

políticas de saúde do Ministério da Saúde. O método passou pelas seguintes etapas:

a) definição das competências desejáveis para cada grupo profissional;

b) elaboração do conteúdo baseado nas evidências científicas;

12

c) adequação do material científico com as características da prática clínica em atenção

primária e com a infra-estrutura de saúde do SUS;

d) desenvolvimento de material iconográfico de apoio (Homem Virtual) e unidades de

conhecimento;

e) adequação do estilo de comunicação do material educacional por uma equipe de

jornalistas;

f) criação da avaliação de conhecimento e competências; e

g) submissão do material para aprovação pelo Ministério da Saúde.

2) O desenvolvimento dos multimeios de comunicação está sendo aprimorado, contando com

as áreas de medicina, enfermagem e odontologia, com os seguintes temas:

Diabetes,

Hipertensão,

Câncer de Colo,

Câncer de Mama,

Desnutrição infantil,

Hanseníase,

Malária,

Diagnóstico Oftalmológico,

Doenças respiratórias,

Eletrocardiógrafo,

Tuberculose,

Procedimentos Básicos em Cirurgia Ambulatorial,

Orientações sobre Saúde e Higiene Oral.

3) Na área de desenvolvimento de novos recursos para capacitação das Equipes da Saúde da

Família, o Núcleo São Paulo finalizou o desenvolvimento de 20 seqüências do Projeto

Homem Virtual (uso de computação gráfica 3D), visando capacitação nos seguintes

temas:

Fisiopatologia da Hanseníase

Fotoproteção e câncer da pele (melanoma, câncer Basocelular, câncer de

Espinocelular)

Anatomia Pélvica e musculatura do períneo Feminino

Ciclo Mentrual

Método Contraceptivo Hormonal

Fisiopatologia do Diabetes

Aparelho Urogenital Masculino

Fisiatria – Membros Inferiores e Ciclo da Marcha normal

Fisiatria – Amputação dos membros Inferiores e marcha através de próteses

Articulação Têmporo Mandibular

Estrutura dos dentes

13

Emergências

Fisiopatologia da Aterosclerose

Fisiopatologia da Asma

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Olho Virtual – Anatomia do Olho

Olho Virtual – Erros de Refração

Ouvido Virtual

Fonação I

Fonação – Fisiologia da Fonação

4) Estruturação e disponibilização, pela Universidade de São Paulo - USP, de um

Curso de Formação em Telemedicina e Telessaúde, com os seguintes objetivos:

Fornecer uma visão sobre a telemedicina no mundo, eventos e revistas científicas.

Fornecer um panorama da telemedicina no Brasil, grupos de pesquisa e agências de

fomento.

Treinar sobre tipos de videoconferências (videoconferências dedicadas, baseadas em

microcomputador, de alto desempenho x baixo custo), formas de comunicação e

aspectos relacionados com qualidade e segurança.

Treinar a sistemática de uso da videoconferência para fins educacionais e assistenciais

(media training em videoconferência).

Habilitar em critérios de escolha tecnológica, e forma para análise do custo benefício.

Treinamento em Teleducação Interativa abordando os recursos tecnológicos

(Cybertutor, Tutor Online, Lista de Discussão e Vídeo Streaming).

Habilitar em métodos para desenvolvimento de teleducação interativa e criação de

cursos mediados por tecnologia.

Habilitar em métodos de certificação de conhecimento.

Treinamento em teleassistência à distância de alto desempenho e baseada em Internet.

Treinamento em fotografia digital e telepropedêutica.

Capacitar na sistemática para realizar discussão clínica online, métodos de

documentação eletrônica e recursos tecnológicos de apoio (câmera auxiliar, câmera de

documentos, microcâmeras, entre outros).

Familiarizar sobre tecnologias sem fio e voz sobre IP.

Familiarização com Objetos de Aprendizagem (Homem Virtual) e suas aplicações na

educação.

Familiarização com Objetos de Aprendizagem Clínico – Cirúrgico e edição de vídeo.

Treinamento em métodos para avaliação de aprendizado usando teleducação interativa

(avaliação de satisfação do docente e aluno, memória imediata e memória residual,

mudança comportamental de aluno, entre outros).

Familiarização com aspectos de uso de telemedicina e videoconferência para a

humanização de assistência e educação.

Capacitação em organização de atividades de teleducação interativa baseada em

internet.

14

GT TECNOLOGIA:

O Grupo de Tecnologia foi criado com o objetivo de subsidiar a aquisição dos recursos

tecnológicos a serem adquiridos pelos Núcleos. Foram discutidas e analisadas as

especificações computacionais adequadas para serem utilizadas na implementação dos pontos,

forma para encaminhamento em processos de licitação e estratégia para formação de uma

equipe com objetivo de oferecer suporte técnico e treinamento.

Como parte das discussões, foram feitas avaliações técnicas dos diversos tipos de

softwares para as interações online (Cloudmeeting, Polycom PVX, Sametime, Breeze,

Presence, Elluminate, Flash e VRVS).

A rede de comunicação para videoconferência por IP, foi viabilizada por meio de uma

parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência e Tecnologia, para

disponibilização de infra-estrutura à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e de um Movimento

Circular Uniforme - MCU para a realização de eventos multicêntricos. Este recurso

tecnológico foi importante, pois possibilitou compartilhamento de experiência dos núcleos

para a implantação do projeto e a integração com as diretrizes do Ministério da Saúde.

O conjunto tecnológico é constituído por microcomputador com leitor DVD, webcam de

alta definição, impressora jato de tinta, máquina fotográfica com recurso de função macro e

recurso para acoplar adaptadores para dermatoscópio, e aparelho oftalmológico e ocular de

microscópio. Cada núcleo ficou com a responsabilidade de implantação de 100 pontos, tendo

sido considerado um ponto para cada 3 equipes de Saúde da Família.

Para atendimentos dos pontos das ESF, foi criado, em cada um dos núcleos, um

ambulatório virtual (cyberambulatorio), datacenter com microcomputadores, servidores para

prover recursos de vídeo streaming, webconferência, ambiente de teleducação interativa e

comunidade virtual, além do armazenamento dos objetos de aprendizagem (Homem Virtual).

Como apoio para a clínica, foram destinados recursos para laudos de ECG à distância,

destinados à aquisição de aparelhos portáteis de ECG digital e servidores.

GT AVALIAÇÃO:

O produto das discussões do GT Avaliação e norteador do trabalho do grupo é o

documento que traz a proposta dos “Eixos de Avaliação Telessaúde Nacional”. Este

documento foi desenvolvido e aperfeiçoado por discussões assíncronas e por

videoconferências (VC) periódicas entre os membros do GT. A avaliação de linha de base e o

monitoramento (avaliação do processo) são de caráter obrigatório. A avaliação ampliada

(ensaio ecológico de impacto e ensaio de custo-efetividade) é sugerida aos núcleos de forma

opcional. Ao fim da construção da proposta de avaliação de linha de base, houve discussão

em VC aberta a todos os núcleos, abordando a implementação do Projeto e estratégias para

superação das dificuldades regionais.

Foram desenvolvidos os seguintes instrumentos para avaliação de linha de base:

1) Formulários dos diferentes profissionais da Estratégia de Saúde da Família:

a) enfermeiros e médicos

15

b) cirurgiões-dentistas

c) técnicos e auxiliares de enfermagem

d) auxiliares de consultório dentário

e) técnico de higiene dental e agentes comunitários de saúde

2) Formulários dos coordenadores de equipe;

3) Formulário do gestor municipal (coordenador da ESF municipal ou secretário de saúde

municipal).

Também foi adaptado o formulário de avaliação da presença e extensão dos atributos

de atenção primária à saúde (PCATool-Brasil). Anexo aos formulários, foi produzido manual

de aplicação dos formulários.

Outro importante instrumento para avaliação de linha de base foi o Manual de Busca

nos Sistemas de Informação, que inclui orientações para levantamento de todos indicadores

definidos na avaliação de linha de base.

Atualmente está em curso a produção de roteiro para vídeo de orientação e estímulo

aos profissionais da ESF e núcleos do projeto quanto à importância da avaliação do projeto.

Paralelamente, o GT está discutindo os indicadores e instrumentos para avaliar a etapa

de monitoramento do projeto, com plano de fechamento da proposta para março de 2008.

GT REGULAÇÃO:

Em fase de estruturação, o GT de Regulação terá a função de garantir que a 2ª opinião

aos casos apresentados pelos profissionais que atuam na estratégia de saúde da família, seja

mediada por especialistas da atenção básica, que irão, conforme sua avaliação, referenciar

casos selecionados, para especialistas focais. O objetivo do trabalho a ser desenvolvido por

este grupo será o de garantir que as teleconsultas atendam à lógica e ao modelo da atenção

básica, validados pelas diretrizes da política nacional de saúde.

Eventos realizados durante o exercício de 2007 :

Workshop de Telemediciana e Telessaúde dos Conselhos Regionais de Medicina dos

Estados do Norte - 01.03.2007

Congresso Med-e-Tel – Apresentação do Programa Nacional de Telessaúde em

Luxemburgo - 16 a 21.04.2007

I Workshop de Telemedicina e Telessaúde dos Conselhos Regionais de Medicina da

Região Nordeste - 23.05.2007

Visita técnica à Universidade Federal do Pará, para apoio a implantação do Projeto no

estado

Reunião da Comissão Permanente de Telessaúde – Brasília - 04.07.207

16

Seminário - Hospitais Universitários e Integração da Educação, Saúde e Ciência e

Tecnologia, que contou com a participação de representantes das instituições onde

serão instalados os 32 pontos do convênio RNP - 01 e 02 de agosto de 2007

Lançamento do Projeto Piloto Nacional de Telessaúde na Universidade Federal do

Ceará - 06.08.2007

Lançamento do Projeto Piloto Nacional de Telessaúde – Universidade Federal de

Minas Gerais - 24.08.2007

I Seminário de Telemedicina e Telessaúde – Salvador (BA), em 26.10.2007

III Congresso Brasileiro de Telemedicina – CBTMS e I Workshop Telessaúde – Rio

de Janeiro – 08. a 10.11.2007

O Programa de Telessaúde fechou o ano de 2007 com os seguintes resultados:

Municípios selecionados Pontos em funcionamento Pontos em implementação

608 85 258

B - COORDENAÇÃO-GERAL DE AÇÕES ESTRATÉGICAS EM EDUCAÇÃO NA

SAÚDE

Esta Coordenação se ocupa especificamente das políticas e ações relacionadas ao

ensino superior e aos profissionais com formação de nível universitário que atuam no SUS.

As ações desenvolvidas no decorrer de 2007 compreendem estratégias que

articulam formação, atenção, gestão e controle social em saúde, sistematizadas a seguir.

Por meio da Coordenação-geral de Ações Estratégicas em Educação na Saúde, o

DEGES/SGTES vem apoiando, técnica e financeiramente, ações que se potencializam criando

sinergia, e que contemplam a ligação entre educação e trabalho, com a integração ensino -

SUS, caracterizada por estratégias que têm em perspectiva:

A mudança das práticas de formação e de atenção à saúde, do processo de

trabalho e da construção do conhecimento, a partir das necessidades dos

serviços;

O incentivo e apoio às mudanças nos cursos de graduação na área da saúde e

implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN;

O fortalecimento da Atenção Básica em Saúde;

A Educação Permanente dos trabalhadores da área da saúde;

A relevância social da formação;

O aperfeiçoamento da atenção integral à saúde;

A qualificação da gestão;

17

O conceito ampliado de saúde;

A utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem; e

O trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar.

1 - PROGRAMA NACIONAL DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO

PROFISSIONAL EM SAÚDE - PRÓ-SAÚDE

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

na Saúde (SGTES) e o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Superior

(SESU) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP),

instituíram, por meio da Portaria Interministerial n 2.101 de 03 de novembro de 2005, o

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). A

estrutura do Programa contempla uma Comissão Executiva, uma Comissão Assessora e um

Conselho Consultivo. Cabe à Comissão Executiva administrar o programa e criar mecanismos

para garantir o adequado apoio técnico e avaliação do desenvolvimento dos projetos

aprovados. A Comissão Assessora tem como atribuição selecionar, acompanhar e avaliar o

desenvolvimento desses projetos e o Conselho Consultivo atua como instância consultiva.

Inicialmente, três áreas foram contempladas no Pró-Saúde – Medicina, Enfermagem e

Odontologia, considerando a Estratégia Saúde da Família. Foram selecionados, por meio de

edital público, 90 cursos, com impacto sobre aproximadamente 46 mil estudantes de

graduação da área da saúde.

O objetivo geral do Programa é apoiar as transformações do processo de formação,

geração de conhecimentos e prestação de serviços à população, para uma abordagem integral

do processo de saúde-doença. O Pró-Saúde desenvolve-se na perspectiva de que a

reorientação da formação ocorra simultaneamente em distintos eixos (orientação teórica,

cenários de prática e orientação pedagógica) rumo à integração entre IES e serviço público de

saúde, com reflexos na formação dos trabalhadores de saúde, na produção do conhecimento e

na prestação de serviços, com vistas ao fortalecimento do SUS.

As primeiras visitas da Comissão Assessora às Instituições de Educação Superior e

Serviços Públicos de Saúde que tiveram cursos selecionados encerraram-se no 1º semestre de

2007. As visitas tiveram o objetivo de promover a articulação entre todos os atores envolvidos

na execução do projeto. Durante as visitas foi enfatizada a importância da constituição da

Comissão Local de Acompanhamento com representantes do coordenador do projeto e

representantes dos docentes, discentes, gestores, profissionais dos serviços e do Conselho

Municipal de Saúde.

18

Projetos (Universidades e Serviços Públicos de Saúde) visitados pela Comissão Assessora

no ano de 2007

Data Instituição Cidade UF

21 e 22/03 Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho Botucatu SP

26 e 27/03 Universidade Estadual do Vale do Acaraú Sobral CE

29 e 30/03

Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e

Mucuri Diamantina MG

29 e 30/03 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Sorocaba SP

12 e 13/04 Faculdade de Medicina de Marília Marília SP

23 e 24/04 Universidade Federal do Piauí Teresina PI

19 e 20/04 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

São José do Rio

Preto SP

03 e 04/05 Universidade de São Paulo Ribeirão Preto SP

08 e 09/05 Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Mossoró RN

14/05 Universidade de Santa Cruz do Sul Santa Cruz do Sul RS

14 e15/06 Universidade Comunitária Regional de Chapecó Chapecó SC

21 e 22/06 Universidade do Vale do Itajaí Itajaí SC

Em 20 de junho de 2007 foi realizada a 1ª reunião do Conselho Consultivo do Pró-

Saúde. Durante a reunião ocorreu a apresentação do Programa (processo de seleção, eixos

norteadores, objetivos) e dos aspectos mais relevantes encontrados durante as visitas da

Comissão Assessora às escolas e serviços, a saber:

compreensão limitada do eixo da orientação teórica no que diz respeito ao conceito

biológico-social ampliado do processo saúde-doença;

baixo grau de participação interdisciplinar e de integração entre os conteúdos da área

básica e da clínica;

inserção do aluno incipiente nos novos cenários propostos, com insuficiente carga

horária para propiciar participação ativa nas atividades dos serviços básicos de saúde

ao longo do curso;

discreta diversificação de cenários de prática, com pouca inclusão de outras

possibilidades tais como Policlínicas, Pronto-Atendimentos, Hospitais de Atenção

Secundária, Casas de Parto, CAPS e equipamentos sociais (creches, escolas, asilos,

entre outros);

poucas experiências de aprendizado conjunto entre os três cursos;

necessidade de romper com a expectativa de que abordagens pedagógicas inovadoras

possam, por si só, ser o eixo central da transformação.

Nos dias 18 a 21 de julho de 2007 foi realizado, em Brasília, o “Seminário

Internacional: Os desafios do Ensino da Atenção Básica na Graduação em Medicina.”

Esse Seminário reuniu cerca de 500 participantes entre professores, estudantes, gestores,

profissionais do serviço e lideranças comunitárias, e objetivou ampliar o debate nacional

sobre a reorientação da formação profissional em saúde, especificamente na área de medicina,

19

bem como apresentar a experiência internacional que vem sendo desenvolvida nesse sentido.

Contamos com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, dentre estes,

convidados de Genebra, EUA, Noruega, China, Canadá, Austrália, Inglaterra, Eslovênia e

Argentina.

No segundo semestre de 2007 foi lançada uma nova publicação: “Pró-Saúde -

Objetivos, Implementação e Desenvolvimento Potencial” e entre 13 de agosto a 04 de

setembro, ocorreram os primeiros encontros regionais dos Projetos participantes do

Programa.

Objetivo dos Seminários Regionais: apresentar e analisar os sucessos e dificuldades de

cada projeto e intercambiar idéias sobre a próxima etapa de desenvolvimento do

Programa.

Participantes: representantes dos docentes e discentes, representantes das Secretarias

Municipais de Saúde e dos Conselhos Municipais de Saúde e também os membros da

Comissão Assessora do Programa.

Duração: 2 (dois) dias para cada Seminário.

Projetos Pró-Saúde participantes dos Seminários Regionais

Seminários Regionais Projetos Pró-Saúde

1. Seminário Regional I

Região Centro Oeste

Brasília/DF

13 e 14/08/2007

I. UFG – Enfermagem; Medicina e Odontologia;

II. UFMS – Enfermagem

III. UFTM – Medicina

IV. UFU – Medicina e Odontologia

2. Seminário Regional II

Regional Sudeste II

20 e 21/08/2007

Rio de Janeiro/RJ

I. UERJ – Enfermagem, Medicina e Odontologia;

II. UFES – Enfermagem e Odontologia;

III. UFJF – Enfermagem, Medicina e Odontologia;

IV. UBM – Enfermagem.

4. Seminário Regional IV

Regional Nordeste II

23 e 24/08/2007

Recife/PE

I. Faculdade de Caruaru – Odontologia;

II. UPE – Enfermagem e Medicina;

III. UFBA – Medicina;

IV. UFPB – Enfermagem, Medicina e Odontologia;

V. UFAL – Enfermagem e Medicina;

VI. UFPE – Medicina.

5. Seminário Regional V

Regional Sudeste III

I. Faculdade de Petrópolis – Medicina

II. Faculdade da Serra dos Órgãos/Teresópolis –

20

23 e 24/08/2007

Petrópolis/RJ

Enfermagem, Medicina e Odontologia;

III. U.Severino Sombra – Enfermagem e Odontologia;

IV. UNIGRANRIO Souza Herdy – Odontologia.

6. Seminário Regional

VI

Regional Sudeste IV

27 e 28/08/2007

Campinas

I. Faculdade de S. J. do Rio Preto – Medicina;

II. PUC- Campinas – Medicina;

III. PUC- São Paulo-Sorocaba – Medicina;

IV. FAMEMA – Enfermagem e Medicina;

V. Universidade Est. de Campinas – Enfermagem,

Medicina e Odontologia.

VI. UNESP – Botucatu - Medicina

7. Seminário Regional VII

Regional Sul I

27 e 28/08/2007

Porto Alegre

I. PUC-RS – Enfermagem;

II. U. Comunitária de Chapecó – Enfermagem;

III. U. Caxias do Sul – Medicina;

IV. U. Passo Fundo – Medicina;

V. U. de Sta. Cruz do Sul – Odontologia;

VI. UFRS – Medicina e Odontologia;

VII. FURG – Medicina;

IX. U. do Vale do Itajaí – Medicina e Odontologia.

8. Seminário Regional VIII

Regional Sudeste V

30 e 31/08/2007

São Paulo

I. UNIFESP – Enfermagem e Medicina;

II. USP - São Paulo - Enfermagem, Medicina e

Odontologia;

III. USP/Ribeirão Preto – Enfermagem e Odontologia;

IV. Faculdade Santa Casa de SP – Medicina;

V. Faculdade ABC – Medicina.

9. Seminário Regional IX

Regional Sul II

30 e 31/08/2007

Curitiba/PR

I. PUC-PR – Odontologia;

II. U. Evangélica do Paraná – Medicina;

III. UEL – Medicina e Odontologia;

IV. UEM - Medicina e Odontologia;

V. UFSC - Enfermagem, Medicina e Odontologia.

10. Seminário Regional X

Região Sudeste I

03 e 04/09/2007

Belo Horizonte/MG

I. UFMG – Enfermagem, Medicina e Odontologia;

II. PUC-MG –Enfermagem (Betim) e Odontologia;

III. UNIFENAS – Medicina;

IV. UFVJM – Enfermagem;

V. UNIMONTES – Medicina e Odontologia.

21

Durante a pactuação do Pró-Saúde no Conselho Nacional de Saúde (CNS) e na

Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em que participam Ministério da Saúde, Conselho

Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional dos Secretários

Municipais de Saúde (CONASEMS), no ano de 2006, foi destacada a necessidade de

ampliação do Programa para outros cursos da área da saúde. Na perspectiva de atender às

recomendações do CNS e CIT, especificamente no que diz respeito à ampliação do edital para

outros cursos da área da saúde, o DEGES realizou reuniões, em agosto de 2007, com o

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) da Secretaria de

Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE). Na segunda reunião estiveram presentes

representantes da Associação Brasileira de Ensino da Farmácia (ABENFAR), Federação

Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Foram

realizadas também reuniões com o Grupo de Trabalho “Gestão do Trabalho e da Educação na

Saúde” da CIT para discutir a revisão da Portaria e o novo edital do Pró-Saúde.

No dia 27 de novembro de 2007 foi publicada no Diário Oficial da União – DOU a

Portaria nº 3.019 que amplia o Pró-Saúde para os demais cursos de graduação da área da

saúde, além dos cursos de Medicina, Enfermagem e Odontologia e em 12 de dezembro de

2007 foi publicado o Edital nº 13, ambos pactuados e aprovados na CIT preliminarmente. A

SGTES destinou cerca de R$ 39.833.627,21 (trinta e nove milhões, oitocentos e trinta e três

mil, seiscentos e vinte sete reais e vinte e um centavos) até o ano 2007 para o financiamento

dos Projetos selecionados e para esta nova fase do Programa destinará mais R$40.000.000,00

(quarenta milhões de reais) por ano.

2 - Projeto FAIMER

No sentido de apoiar os projetos de mudança na graduação, ao lado do esforço

central do PRÓ-SAÚDE, a SGTES buscou parcerias internacionais com centros de

desenvolvimento da educação superior em ciências da saúde. Obteve-se êxito no

estabelecimento da parceria com a Fundação para o Aprimoramento da Educação Médica,

vinculada à Comissão para Graduados no Exterior dos Estados Unidos da América

(FAIMER/ECFMG). O ECFMG é a maior referência mundial em avaliação de egressos de

educação médica, pelo papel que possui na certificação para as práticas profissionais de

médicos nos Estados Unidos. O ECFMG adotou uma postura de que não deveria ser apenas

certificadora, mas contribuir no desenvolvimento da educação médica no mundo,

estabelecendo para este fim uma Fundação, a FAIMER.

O programa desenvolvido pela FAIMER, em colaboração com a Universidade

Federal do Ceará, com o apoio do Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão

do Trabalho e Educação na Saúde/SGTES e da Organização Pan-Americana de Saúde –

OPAS/OMS destina-se a docente de escolas médicas do Brasil e de outros países da América

Latina, que apresentem potencial para desempenhar papéis importantes na melhora da

educação médica nas escolas em que atuam. O programa oferecido proporciona aos seus

participantes o desenvolvimento de habilidades que os tornarão referências para seus colegas,

instituições, comunidades locais e comunidade internacional. Prioriza não apenas

22

metodologias de ensino-aprendizagem e de avaliação, mas também desenvolvimento pessoal

e profissional, liderança e planejamento, elementos essenciais para atuar em processos de

mudança. Os participantes terão como foco durante o programa, temas e os projetos por ele

escolhidos para serem desenvolvidos em suas instituições de origem e com o apoio das

mesmas. Os processos de mudança por eles vivenciados durante e após o período de estudo

constituem valiosos modelos de trabalho que aportam relevante contribuição à melhora

contínua da educação médica.

O Programa de Desenvolvimento Docente para Educadores Médicos - Instituto

Regional de Educação Médica FAIMER Brasil é desenvolvido em dois anos e, no primeiro

deles, ocorrem duas sessões presenciais intercaladas pelo desenvolvimento do projeto de

inovação curricular na escola de origem do participante. O segundo ano é de atuação como

mentor de um participante da nova turma e de envolvimento ativo no grupo de discussão pela

Internet. A concepção do programa proporciona, assim, o conhecimento de metodologias

educacionais e o desenvolvimento de habilidades de liderança, possibilitando também o

desenvolvimento de fortes elos profissionais entre educadores médicos do país e de todo o

mundo.

No ano de 2007 participaram do programa 25 alunos que, além de uma atividade

presencial de imersão de 12 dias, foram acompanhados e desenvolveram atividades utilizando

e-mail para comunicação e desenvolvimento de tarefas. Estes 25 alunos têm outro encontro

presencial ocorrendo em fevereiro de 2008 durante 12 dias. O programa dura dois anos e o

encontro do mês de fevereiro encerra a fase presencial do programa e agenda as atividades

para o ano de 2008.

A primeira turma concluirá sua formação em fevereiro de 2009. Foram incluídos nas

atividades de 2008 mais 25 alunos selecionados no final de 2007, totalizando 50 médicos

participantes deste Programa de desenvolvimento docente no Brasil.

3 - Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-SAÚDE

Inspirado no Programa de Educação Tutorial, do Ministério da Educação, que existe

desde 1979, e instituído pela Portaria Interministerial nº. 1.507, de 22 de junho de 2.007, o

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-SAÚDE é destinado a fomentar

grupos de aprendizagem tutorial nas práticas do SUS. O Programa é uma parceria da

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES e da Secretaria de

Atenção à Saúde – SAS, do Ministério da Saúde e Secretaria de Educação Superior – SESU,

do Ministério da Educação.

Caracteriza-se como um instrumento para viabilizar programas de aperfeiçoamento e

especialização em serviço, bem como de iniciação ao trabalho, estágios e vivências, dirigidos,

respectivamente, aos profissionais e aos estudantes da área da saúde, de acordo com as

necessidades do SUS. A Portaria Interministerial nº 40, de 11 de janeiro de 2008, retifica a

Portaria 1.507, e amplia o alcance do Programa no oferecimento das bolsas para:

23

I - iniciação científica destinada a estudantes de graduação regularmente matriculados em

Instituições de Educação Superior - IES integrantes do programa com o objetivo de produzir

conhecimento relevante na área da atenção básica em saúde;

II - tutoria acadêmica destinada a professores das IES integrantes do programa que produza

ou oriente a produção de conhecimento relevante na área da atenção básica em saúde;

III - preceptoria destinada a profissionais pertencentes às equipes do Programa Saúde da

Família, que realizem orientação a alunos de graduação de enfermagem, medicina ou

odontologia das IES integrantes do programa; e

IV - preceptoria destinada a profissionais pertencentes às equipes do Programa Saúde da

Família, que realizem orientação em serviço de residentes de Medicina de Família e

Comunidade de programas credenciados junto à Comissão Nacional de Residência Médica.

O Programa tem caráter complementar a outras políticas que visam à integração entre

a graduação e os serviços/sistema de saúde, com ênfase na atenção básica. Por um lado, ele

preenche uma lacuna existente, já que é crescente o número de convênios entre Secretarias

Municipais de Saúde e IES, cuja limitação é o incentivo para que o docente e o profissional

do serviço acumulem mais uma função, além das que já exercia respectivamente na docência

e assistência. Por outro lado, tem o caráter indutivo, incentivando esta parceria, onde não

existe.

Está sendo firmado um Termo de Cooperação entre o Ministério da Saúde – MS e o

Ministério da Educação – MEC e o edital deverá ser publicado no primeiro semestre de 2008.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES/MEC ficará

responsável pelo pagamento das bolsas aos docentes, estudantes e profissionais dos serviços

(preceptores) selecionados.

4 - Avaliação como Indutora de Mudanças nos Cursos de Graduação na Área da Saúde

Foram realizadas Oficinas e Seminários com os Coordenadores e Avaliadores da

Educação Superior da Área da Saúde.

A avaliação, como um dos eixos centrais do programa de governo, consolida-se com a

implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES,

operacionalizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(INEP/MEC), por meio da Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior

(DEAES). Como mecanismo fundamental de regulação e melhoria da qualidade, representa

também um papel indutor fundamental para o processo de mudanças na formação profissional

em saúde, de acordo com interesses e necessidades da população.

Coloca-se assim o desafio do sistema federal de educação superior brasileiro, de fazer

com que o processo de avaliação seja capaz, na prática, de identificar e valorizar, nos cursos

da área da saúde, os elementos que levam à formação de profissionais aptos a prestar atenção

à saúde de forma resolutiva e integral.

24

Como parte integrante deste processo, iniciou-se, em 2.007, o 2º ciclo do Exame

Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, que contemplou primeiramente a área da

saúde, além das ciências agrárias. Neste sentido, a SGTES/MS e o Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC realizaram, em 2007, uma

série de 5 (cinco) Seminários Regionais com coordenadores e avaliadores de cursos de

graduação da área da saúde do País:

Coordenadores de cursos de graduação das Regiões Norte e Centro-Oeste

Brasília: 30 e 31 de maio de 2007

Coordenadores de cursos de graduação da Região Nordeste

Recife: 14 e 15 de junho de 2007

Coordenadores de cursos de graduação da Região Sul

Florianópolis: 19 e 20 de junho de 2007

Coordenadores de cursos de graduação da Região Sudeste

Belo Horizonte: 25 e 26 de junho de 2007 (cursos do RJ, MG e ES)

São Paulo: 28 e 29 de junho de 2007 (cursos do estado de SP)

Os objetivos dos Seminários foram os seguintes:

sensibilizar os coordenadores quanto à importância das avaliações;

divulgar os dados produzidos pelo Censo da Educação Superior e pelo

ENADE, visando otimizar e ampliar sua utilização, na perspectiva da

qualificação do sistema da educação superior;

envolver maior número de atores comprometidos com as ações estratégicas do

MEC e do MS, orientadas para mudanças na graduação e implementação das

Diretrizes Curriculares Nacionais, com vistas à integralidade da atenção à

saúde;

orientar os coordenadores de cursos quanto aos procedimentos do ENADE

2007 e da avaliação externa dos cursos de graduação.

Os temas debatidos foram:

processos formativos em consonância com os princípios e diretrizes do SUS;

fortalecimento da Atenção Básica;

Diretrizes Curriculares Nacionais para a área;

Pacto pela Saúde;

estratégias articuladas visando à integração educação-trabalho em saúde; e

processos avaliativos do INEP, como indutores de mudanças na formação

profissional em saúde.

25

Em 21 de agosto de 2007 foi realizada reunião de avaliação desta ação, com a

presença do Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Francisco Eduardo de

Campos, da Diretora do DEGES/SGTES, Ana Estela Haddad e do então diretor do

DEAES/INEP/MEC, Dilvo Ristoff, em que se manifestou a preocupação com a qualidade dos

cursos de medicina. Definiu-se pelo desenvolvimento de um estudo dos 10 (dez) melhores e

dos 10 (dez) piores cursos, segundo a avaliação do ENADE 2004, para o estabelecimento de

análise comparativa dos resultados de 2004, com os de 2007. Deverão ser utilizadas as

seguintes fontes, para implementação deste trabalho, em 2008:

ENADE (conceito do curso e Indicador de Diferença entre os Desempenhos

Observado e Esperado - IDD);

Questionário dos Estudantes;

Questionário dos Coordenadores de Curso;

Relatório de curso do ENADE;

Cadastro de docentes;

Censo da Educação Superior

Outra ação acordada nesta reunião é a realização de capacitação para os avaliadores

dos cursos de graduação em medicina, no sentido de que eles incorporem, em suas avaliações,

as necessidades, princípios e diretrizes do SUS.

Em recente documento, ainda a ser consolidado, mas apresentado em versão

preliminar por representantes do MEC à Comissão Intersetorial de Recursos Humanos -

CIRH/CNS, novas diretrizes foram elaboradas para autorização de cursos de graduação em

medicina, incorporando critérios de regulação e princípios gerais constantes na Resolução nº.

350/2005 do CNS. Após a validação pelo Ministro da Educação, serão enviadas ao Ministério

da Saúde. O instrumento já foi aplicado em caráter experimental, mostrando-se mais rígido

nos resultados, que aquele anteriormente utilizado.

5 - Capacitação de Coordenadores de Cursos e Docentes da Educação Superior para

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Área da Saúde (Projeto

SGTES/OPAS/FNEPAS)

O projeto de cooperação técnica entre o DEGES/SGTES, a OPAS/OMS e o

Fórum Nacional de Educação das Profissões na Área da Saúde - FNEPAS visa potencializar

as mudanças propostas pelo Pró-Saúde, somando-se também ao trabalho iniciado com os

docentes avaliadores da Educação Superior na Saúde e com o curso de especialização em

Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde (2005 –

2006). Todas estas ações somadas institucionalizam e consolidam a proposta da mudança nos

currículos dos cursos de graduação na área da saúde, com vistas à implementação das DCN e

à aproximação entre a formação e o sistema público de saúde vigente, no intuito de melhorar a

qualidade da atenção e sintonizá-la com as necessidades da população.

Neste sentido, cada entidade profissional participante do FNEPAS apresentou ao

DEGES seu projeto, para a realização de oficinas regionais, em todo Brasil (o público-alvo

26

são os coordenadores, docentes e estudantes de cursos de graduação da área da saúde) e

produção de documentos com a sistematização de experiências inovadoras, a fim de contribuir

para as mudanças propostas.

No decorrer de 2.006, a maioria das associações de ensino solicitou prorrogação

da vigência do contrato até o final do ano, para o término de suas ações, tendo algumas delas

já encaminhado relatórios parciais. Os relatórios finais, com as devidas prestações de contas,

foram analisados pelo Departamento, no decorrer de 2007, com o objetivo de avaliar a

eficácia e eficiência das atividades implementadas.

As associações integrantes do projeto são:

- Associação Brasileira de Ensino de Psicologia - ABEP

- Associação Brasileira de Ensino Odontológico - ABENO

- Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS

- Associação Brasileira de Educação Médica – ABEM

- Associação Brasileira de Ensino de Fisioterapia – ABENFISIO

- Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

- Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM

6 - Novas Perspectivas para Autorização, Reconhecimento e Renovação de

Reconhecimento de Cursos de Graduação na Área da Saúde

A transição demográfica e epidemiológica vem alterando as necessidades e demandas

populacionais por atenção à saúde, indicando a urgente necessidade de articulação entre a

formação profissional e a organização do sistema de saúde. É necessário diminuir os

desequilíbrios regionais, tanto para incentivar a abertura de vagas, quanto para criar postos de

trabalho, observando-se a capacidade instalada e desejada.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) retomou, em 2007, a emissão de pareceres para

abertura de novos cursos na área da saúde, a princípio, para análise de processos de

autorização e reconhecimento de cursos de psicologia, odontologia e medicina (em

conformidade com a Portaria MEC nº. 147, de 2 de fevereiro de 2007, que dispõe sobre a

complementação da instrução dos pedidos de autorização de cursos de graduação em Direito e

Medicina; e do Decreto nº. 5.773, de 9 de maio de 2006). Este Decreto dispõe sobre o

exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação

Superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. Em seu

Art. 28, § 2º consta “a criação de cursos de graduação em direito e em medicina,

odontologia e psicologia, inclusive em universidades e centros universitários, deverá ser

27

submetida, respectivamente, à manifestação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados

do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde”.

Os pareceres do CNS estão sendo elaborados à luz da sua Resolução nº. 350, de 09 de

junho de 2005. Esta Resolução aprova critérios de regulação da abertura e reconhecimento de

novos cursos da área da saúde, basicamente em função de que os projetos desses cursos

estejam coerentes quanto às necessidades sociais da região e demonstrem relevância social.

Neste processo, são ouvidos representantes dos Conselhos Federais dos cursos de graduação e

associações ligadas à educação na área da saúde, e o DEGES/SGTES, vem contribuindo

tecnicamente nas discussões, elaborando Notas Técnicas que subsidiaram os pareceres da

Comissão Intersetorial de Recursos Humanos – CIRH/CNS. Foram realizados 45 pareceres ao

longo de 2007 relacionados a processos de autorização, reconhecimento e renovação de

reconhecimento de cursos de psicologia, odontologia e medicina. As Instituições de Educação

Superior que tiveram processos de abertura de cursos avaliados pelo CNS, em 2007, foram:

1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA

2. INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS

3. FACULDADE SUL FLUMINENSE – FASF

4. CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCO DO PARANÁ – UNIFAE

5. FACULDADE SANTO ANTONIO – FSA

6. FACULDADE SÃO SALVADOR

7. FACULDADE RELIGARE TEOLÓGICA – FRT

8. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (dois campi)

9. CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA - IPA

10. CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

11. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC

12. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ – CEUMAR

13. CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA

14. INSTITUIÇÃO UNIFICADA EUROPEU DO BRASIL IUNE – BRASIL

15. FACULDADE NORDESTE – FENOR

16. CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO – UNISAL

17. FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS PORTO

ALEGRE

18. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

19. FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS – FIP

20. CENTRO UNIVERSITÁRIO CERRADO- PATROCÍNIO – UNICERP

21. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS (dois campi)

22. FACULDADE DE TEIXEIRA DE FREITAS – FACTEF

23. FACULDADES INTEGRADAS SÃO PEDRO

24. FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA – FAMENE

25. FACULDADE ESTÁCIO DE ASÁ DE SANTA CATARINA – FESSC

26. FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS

27. UNIÃO DAS ESCOLAS DO GRUPO CERES DE EDUCAÇÃO – FACERES

28

28. CENTRO UNIVERSITÁRIO GRANDE DOURADOS – UNIGRAN

29. ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS - AESB

30. FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS DE SINOP – FACISAS

31. FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E BIOLÓGICAS DA SAÚDE

32. FACULDADE INTEGRADA – FASIPE

33. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE JUIZ DE FORA

34. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS – FCMMG

35. INSTITUTO UNIFICADO EUROPEU IUNE – BRASIL – IUNEBRASIL

36. FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS

37. CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPUS DE ANDRADE – UNIANDRADE

38. FACULDADE NOVO MILÊNIO

39. FACULDADE INTEGRADA DO RECIFE

40. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

41. FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DO CESCARELLI

42. FACULDADE SÃO LUCAS

43. FACULDADE PITÁGORAS DE MONTES CLAROS

Consideramos que o processo de abertura de cursos superiores na área da saúde deve

decorrer de ação intersetorial entre a educação e a saúde, envolvendo estes dois ministérios e

seus conselhos nacionais, com a necessária participação das instituições sociais envolvidas

com as profissões da saúde, como seus conselhos profissionais. As decisões que buscam

assegurar a qualidade da graduação no país devem ocorrer de forma articulada com os

conselhos setoriais da saúde e da educação.

7 - Articulação com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC/MEC

=> Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia

O cenário atual no país, com relação aos Cursos Superiores de Tecnologia, demonstra

um crescimento desordenado, apontando a necessidade do estabelecimento de critérios para

sua regulação. O Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia organiza e orienta a

oferta destes cursos. É um documento direcionado a estudantes, Instituições de Educação

Superior, sistemas de ensino e público em geral, que reúne denominações de cursos superiores

de tecnologia consolidadas, descrições sintéticas do perfil do egresso, carga horária mínima

estabelecida e infra-estrutura recomendada para o funcionamento desses cursos.

Na construção deste Catálogo, lançado em julho de 2006, a SETEC/MEC buscou

articulações com as áreas afins e, no caso da saúde, com a SGTES, do Ministério da Saúde.

Desta forma, as discussões sobre as graduações tecnológicas mereceram várias reuniões entre

os ministérios, permitindo troca de experiências para o aprimoramento das ações educativas e

produção de documentos acadêmicos e legais sobre o tema.

Cabe ressaltar que o Catálogo tem caráter dinâmico, obedecendo a uma sistemática de

constante atualização. Assim, anualmente, nos meses de agosto e setembro, a Secretaria de

29

Educação Profissional e Tecnológica, a quem compete mantê-lo atualizado, analisa propostas

de inclusão e de alteração de denominações de cursos superiores de tecnologia nesse

documento.

Na área de Tecnologia da Saúde, a versão atual consolidada do Catálogo inclui os

seguintes cursos e respectivos perfis profissionais: (1) Radiologia; (2) Segurança do Trabalho;

(3) Gestão Hospitalar; (4) Sistemas Biomédicos; e (5) Oftálmica.

=> Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos

Lançado no segundo semestre de 2007, também com envolvimento de técnicos do MS

na sua construção, e em continuidade ao processo de regulação iniciado no ano passado com o

Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. A SETEC/MEC realizou um

levantamento dos cursos técnicos atualmente em oferta e, após uma análise inicial, os

trabalhos envolveram o ensaio de positivar "o que faz", "onde trabalha", "o que estuda", carga

horária e infra-estrutura mínima.

Como a área de saúde representa praticamente 30% da oferta atual, os trabalhos foram

iniciados por esta área e, em continuidade à parceria já firmada entre os dois ministérios, a

SGTES indicou técnicos do próprio DEGES e de outras áreas do MS, para compor a comissão

técnica, juntamente com especialistas da SETEC e do banco de avaliadores do INEP/MEC. A

primeira reunião ocorreu em Porto Alegre nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2007. Nessa

oportunidade, iniciou-se o desenvolvimento dos perfis para as sub-áreas de radiologia,

enfermagem, prótese dentária, nutrição, ótica, farmácia, análises clínicas e segurança no

trabalho.

8 - Certificação dos Hospitais de Ensino

Tendo em vista a estruturação de um sistema efetivamente único e integrado em cadeia

de cuidado progressivo à saúde, o Ministério da Saúde busca, por meio de um trabalho

conjunto com o Ministério da Educação, a reestruturação dos hospitais de ensino. Essa

reestruturação realiza um trabalho junto aos gestores e instituições de ensino superior

objetivando a definição do papel desses hospitais de ensino em relação ao perfil assistencial,

no desenvolvimento de pesquisa e tecnologias para a área de saúde, na formação de

profissionais e na qualificação do processo de gestão.

Busca-se também efetivar a inserção dos hospitais de ensino no SUS, definindo seu

papel de referência assistencial e de suporte técnico à rede, estabelecendo compromissos e

serviços de acordo com a realidade regional e definindo nova metodologia de certificação de

hospitais de ensino.

A reestruturação dos hospitais de ensino coloca essas instituições como participantes

ativos da Política de Educação Permanente; promovendo programas institucionais de

desenvolvimento de docentes, preceptores, profissionais técnico-assistenciais, gerentes e

profissionais de nível técnico (por iniciativa própria ou por meio de convênio com instituição

de ensino superior); estimulando-os a participar das políticas prioritárias do SUS e a colaborar

ativamente na constituição de uma rede de cuidados progressivos à saúde e estabelecendo

30

relações de cooperação técnica no campo da atenção e da docência com a rede básica, de

acordo com as realidades locorregionais.

O papel da SGTES nesse processo está centrado na divulgação e consolidação da

política de educação permanente junto aos gestores e as instituições, fomentando ações como

a elaboração e implementação da política de educação permanente para os profissionais da

rede de serviços e para os trabalhadores das unidades hospitalares visando o trabalho

multiprofissional, a diminuição da segmentação do trabalho e a implementação do cuidado

integral.

Durante o ano de 2007, técnicos do DEGES/SGTES realizaram, em parceria com

técnicos de outras Secretarias do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, as

seguintes visitas para avaliação in loco, visando certificação de hospitais como hospital de

ensino:

Hospital Universitário Dona Francisca Mendes / Universidade Federal do Amazonas,

em Manaus – Amazonas - 25 e 26 de outubro de 2007;

Hospital Santo Antônio - Obras Sociais Irmã Dulce em Salvador – Bahia - 23 e 24 de

outubro de 2007;

Hospital Universitário Professor Edgard Santos - Universidade Federal da Bahia -

Salvador – Bahia - 25 e 26 de outubro de 2007;

Hospital Universitário de Brasília - 30 e 31 de novembro de 2007;

Hospital das Clínicas – UFG em Goiânia - Goiás - 30 e 31 de outubro de 2007;

Hospital Guilherme Álvaro em Santos – São Paulo - 09 e 10 de outubro de 2007;

Hospital Adriano Jorge – recertificação em Manaus – Amazonas - 22 e 23 de outubro

de 2007.

9 - Residências

Residência é uma modalidade de educação profissional pós-graduada lato sensu,

desenvolvida em ambiente de serviço, cujas atividades são supervisionadas por profissionais

de elevada qualificação ética e profissional. O DEGES/SGTES vem apoiando Residências

Multiprofissionais em Saúde e a Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade

31

como potencialmente indutoras de transformações nas práticas dos profissionais da saúde,

assim como na atenção e gestão do SUS.

O Departamento é também responsável pela representação do Ministério da Saúde

na Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM, vinculada à Secretaria de Educação

Superior (SESu) do Ministério da Educação. A representação do MS na CNRM esteve

presente nas reuniões plenárias e extraordinárias, realizadas durante o ano de 2007. Em 2006,

foi deflagrada uma greve dos médicos residentes, sob o comando da Associação Nacional dos

Médicos Residentes, que pleiteavam o reajuste do valor da bolsa de Residência Médica. O

Ministério da Saúde teve uma participação ativa no desencadeamento de um amplo processo

de debate e estabelecimento de consenso, envolvendo todos os atores implicados na resolução

do impasse, a saber, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Secretários de Saúde -

CONASS e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS, além do

movimento dos médicos residentes. Nesse sentido, após ter sido firmado um Protocolo de

Intenções entre todas as partes e os devidos estudos de impacto orçamentário do reajuste,

estabeleceu-se consenso e encaminhamento do Projeto de Lei que concedeu o reajuste a partir

de 1º de janeiro de 2007.

O DEGES/SGTES tem financiado programas de Residência em Medicina de Família e

Comunidade e defendido o credenciamento deles na CNRM. No início havia uma

incompreensão destes programas, pois eram vistoriados conforme o modelo de programas

hospitalares. A CNRM entendia que alguns eram programas de pouca qualidade por

ocorrerem dentro e em grande articulação com os serviços e em particular na Estratégia Saúde

da Família. O Departamento, como membro permanente da CNRM, tem defendido que os

programas devem sim ocorrer nos serviços onde os residentes vão atuar depois e que isto não

leva necessariamente a uma perda da capacidade didática.

Em 2007, houve grande ampliação do financiamento da residência multiprofissional e

em medicina de família e comunidade. Foi possível exigir que os programas estivessem

vinculadas aos serviços de saúde evitando a criação de centros de saúde escolas descolados da

realidade local. A ampliação de deu principalmente em estados do Norte e Centro-Oeste, bem

como em alguns estados do Nordeste onde não havia estes programas.

Atividades desenvolvidas em 2007 junto à Comissão Nacional de Residência Médica -

CNRM:

Participação nas 7 (sete) Reuniões Plenárias da Comissão Nacional de Residência

Médica - CNRM, como representação do Ministério da Saúde. A participação do

Ministério da Saúde na CNRM busca sempre defender a necessidade de que a política

de educação na saúde, e em especial, o credenciamento de novas vagas e o aumento da

duração dos programas de residência, que se dá com financiamento público, considere

as necessidades do SUS. Defende também a necessidade de participação na CNRM

das três instâncias de gestão do SUS.

Apresentação da proposta dos Ministérios da Educação e da Saúde de constituição da

Comissão Interministerial de Gestão da educação na Saúde

32

Realização de reunião específica com membros da CNRM para analisar as

contribuições da CNRM à minuta do Decreto.

Apresentação dos resultados da participação do Ministério da Saúde na reunião da

Subcomissão de exercício e Desenvolvimento Profissional na Saúde do MERCOSUL,

ocorrida em maio no Paraguai. Foi definida a formação de um GT com participação da

CNRM, do Conselho Federal de medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira

(AMB) com o objetivo de preparar um documento apresentando, no que se refere às

especialidades médicas básicas, o modelo de formação, contendo informações

específicas para cada especialidade sobre: competências, pré-requisitos, duração em

anos, carga horária teórica e prática, locais de prática, conteúdo programático. Essas

informações, a serem apresentadas por cada país membro, deverão subsidiar a

construção dos critérios a serem estabelecidos para o exercício profissional do médico

no âmbito do Mercosul.

Apoio, em parceria com o Departamento de Residências e projetos Especiais na Saúde

(DEREM) do Ministério da Educação, na construção da programação e participação

em uma das mesas temáticas do Seminário Comemorativo dos 30 anos da Residência

Médica no Brasil, que abordou, entre outros, a formação por competência e as

conseqüentes propostas de mudanças no processo de avaliação, e a inserção da

Residência Médica na política nacional de educação na saúde.

Realização de reunião com o DEREM, e a CAPES para construir uma proposta de

articulação entre a Residência Médica e o Mestrado Profissional, em programas

selecionados, que apresentem excelência nos critérios de qualidade estabelecidos.

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - RMS

Resultado de ampla articulação e intenso trabalho junto às diversas entidades e

instituições representativas da área da saúde desde 2005, em 12 de janeiro de 2007, foi

publicada a Portaria Interministerial nº45 que dispõe sobre a Residência Multiprofissional em

Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde e institui a Comissão Nacional de

Residência Multiprofissional em Saúde, elencando suas principais atribuições

As representações que compõem a CNRMS enviaram a indicação de seus

representantes e suplentes e, em 19 de julho de 2007 foi publicada a portaria interministerial

MEC/MS nº 698, que nomeia a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em

Saúde- CNRMS.

A CNRMS conta com a representação do Ministério da Saúde, Ministério da

Educação, Conass, Conasems, Fórum Nacional de Residentes, coordenadores de programas

de residência multiprofissional, tutores e preceptores, FENTAS, FNEPAS, Fórum das

Executivas de Estudantes dos Cursos da Área da Saúde e Instituições de Ensino Superior.

33

A CNRMS, desde sua instalação, realiza reuniões mensais e no ano de 2007 foram

realizadas quatro reuniões Plenárias, em que foram tratados os seguintes temas:

O papel da Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde na

formação e desenvolvimento dos trabalhadores do SUS e sua influência sobre

as mudanças nos cursos de graduação na área da saúde;

Elaboração da Portaria de Regimento Interno da CNRMS, em fase de

publicação, com a organização em 05 órgãos a saber: Plenário, Coordenação-

Geral, Secretaria Executiva, Subcomissões e Câmaras Técnicas;

Elaboração de critérios para credenciamento e financiamento dos Programas de

Residência, a partir da análise do cadastro dos Programas;

Implantação de sistema informatizado e convocatória prevista para o período

de março a junho de 2008, para amplo cadastramento dos Programas de

Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, em todo o

Brasil;

Início do processo de construção do perfil de Competências para a equipe de

saúde;

Proposta de realização do 3º Seminário Nacional de Residência

Multiprofissional em Saúde no ano de 2008.

Elaboração de proposta de seleção e capacitação de visitadores para realização

de visitas no segundo semestre de 2008 aos programas de Residência

Multiprofissional e em Área Profissional para credenciamento com base em

critérios a serem elaborados pela CNRMS.

Em 22 de agosto de 2007 aconteceu em Brasília uma reunião que contou com a

presença de representantes estaduais de coordenadores de Programas de Residência

Multiprofissional em Saúde, representantes do Fórum Nacional de Residentes, além de

representantes da gestão na área da atenção básica para apresentação de proposta do

DEGES/SGTES para os novos programas de residência multiprofissional de 2008. A

discussão se deu em torno da proposta de conformação dos projetos de residência

multiprofissional a partir de um trabalho de matriciamento e apoio como referência das

equipes básicas de saúde da família. A proposta prevê a entrada das outras profissões da

saúde, da forma como vem sendo construída a estratégia dos Núcleos de Apoio à Saúde da

Família – NASF’s do DAB/SAS/MS.

Embora em funcionamento e bem sucedidos, os programas de residência

multiprofissional em saúde não eram, até então, reconhecidos como residência, e os residentes

recebiam o certificado de um curso de especialização, que na prática, tem uma carga horária

de atividades muito menor. A criação da Comissão Nacional de residência Multiprofissional

permite regular esta questão, e outras relativas ao credenciamento e avaliação dos Programas

de Residência Multiprofissional em Saúde. Os novos e os já existentes programas de

Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde, que tiveram o seu início a

partir da data da publicação da Portaria Interministerial nº. 45 poderão ser credenciados pela

Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde.

34

Importante ressaltar que o fortalecimento do processo de regulamentação das

Residências Multiprofissionais em Saúde deu-se a partir da promulgação da Lei 11.129 de

2005, que criou a Residência em Área profissional da Saúde e institui a Comissão Nacional de

Residência Multiprofissional em Saúde- CNRMS. Nesse sentido, O Ministério da Saúde,

cumprindo o seu papel de gestor federal, elaborou através do DEGES/SGTES as Portarias que

regulamentam a lei e subsidiam o financiamento das Residências Multiprofissionais em

Saúde, a saber: Portaria nº 1.111/2005, Portaria nº 1.143/2005 e Portaria Interministerial nº

2.117/2005.

Na seqüência segue quadro demonstrativo das residências multiprofissionais

empenhadas em 2007 para início de execução em 2008:

UF Instituição Projeto Meta

Física

Valor do

Contrato

AL

Universidade Estadual de

Ciência da Saúde de

Alagoas

Residência multiprofissional

em saúde da família 10 851.080,61

BA Universidade do Estado da

Bahia

Residência multiprofissional

em saúde 38 1.469.880,00

CE Prefeitura Municipal de

Sobral

Projeto do Curso de

Especialização na Modalidade

de Residência

Multiprofissional em Saúde da

Família - Turma VII

30 2.575.895,04

CE Prefeitura Municipal de

Sobral

Residência médica em

medicina da família e

comunidade do Ceará

12 789.993,00

CE Prefeitura Municipal de

Sobral

Projeto do Curso de

Especialização na Modalidade

de Residência

Multiprofissional em Saúde da

Família - Turma VI

30 2.575.895,04

CE Prefeitura Municipal de

Fortaleza

Residência multiprofissional

em saúde da família 66 3.742.900,71

CE Prefeitura Municipal de

Fortaleza

Residência médica de

medicina da família e

comunidade

70 2.660.131,00

MA Universidade Federal do

Maranhão

Residência multiprofissional

em saúde 20

1.444.320,00

MA Prefeitura Municipal de

São Luiz

Residência médica em

medicina da família e

comunidade do Maranhão

05 370.707,78

35

MG Universidade Federal de

Juiz de Fora

Residência multiprofissional

em saúde da família 21

1.728.643,68

MG Hospital Municipal Odilon

Behrens

Residência multiprofissional

em saúde 26

1.363.121,10

MG Universidade Estadual de

Montes Claros

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

48 2.902.838,40

MT

Sociedade de Proteção a

Maternidade e a Infância

de Cuiabá

Residência em cirurgia e

traumatologia buco-maxilo-

facial

02

131.425,30

MT Universidade Federal do

Mato Grosso

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

05 211.890,96

MT Universidade Federal de

Mato Grosso

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

04 379.371,36

MT Associação Matogrossense

de Combate ao Câncer Residência buco-maxilo-facial 02

128.949,60

PE Fundação Universidade de

Pernambuco

Residência integrada em saúde

da família 34

2.115.552,10

PE Universidade Federal de

Pernambuco

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

08 396.028,80

PE Universidade Federal de

Pernambuco

Residência multiprofissional

em saúde da família 20

1.891.903,68

PE

Instituto Materno Infantil

Professor Fernando

Figueira

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

03 253.208,16

PE

Instituto Materno Infantil

Professor Fernando

Figueira

Residência multiprofissional

em saúde 24

1.402.761,60

PI Fundação Universidade

Estadual do Piauí

Residência multiprofissional

em saúde da família 08

1.482.467,00

PR Núcleo de Estudos em

Saúde Coletiva

Residência multiprofissional

em saúde da família 30

2.132.820,00

PR Fundação Universidade

Estadual de Maringá

Residência em cirurgia e

traumatologia buco-maxilo-

facial

02

128.949,60

PR Universidade Federal do

Paraná

Residência multiprofissional

em saúde da família 20

1.771.641,66

RJ Fundação Oswaldo Cruz Residência em saúde da 21

36

família 401.623,20

RJ Prefeitura Municipal do

Rio de Janeiro

Residência em saúde mental e

enfermagem 70

4.162.529,40

RO Fundação Universidade

Federal de Rondônia

Residência multiprofissional

em saúde da família 20

1.408.154,44

RS Prefeitura Municipal de

Santa Rosa

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

04 371.555,70

RS

Fundação Universidade

Federal do Rio Grande do

Sul

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

08 396.028,80

RS Fundação Universitária de

Cardiologia

Residência multiprofissional

integrada em saúde 34

695.439,36

RS

Fundação de Apoio da

Universidade Federal do

Rio Grande do Sul

Residência em saúde mental 12

926.932,90

RS Fundação Universitária de

Cardiologia

Residência multiprofissional

integrada em saúde 102

2.533.386,24

SC Fundo Municipal de Saúde

de Blumenau

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

04 316.509,95

SC Prefeitura Municipal de

Lajes

Residência multiprofissional

em saúde da família 16

1.321.234,56

SC Universidade Federal de

Santa Catarina

Residência integrada em saúde

da família 26

3.374.496,66

SP Universidade Federal de

São Paulo

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

11 303.572,00

SP

Fundação de Apoio ao

Ensino, Pesquisa e

Assistência ao Hospital

das Clínicas da faculdade

de Medicina de Ribeirão

Preto

Residência médica em

medicina da família e

comunidade

20 496.743,84

SP

Instituto de Assistência

Médico ao Servidor

Público Estadual

Residência em cirurgia e

traumatologia buco-maxilo-

facial

02

128.949,60

SP Hospital Municipal Dr

Mario Gatti Residência multiprofissional 12

648.000,00

SP Universidade Estadual

Paulista Julio de Mesquita

Residência em cirurgia e

traumatologia buco-maxilo-02

128.949,60

37

Filho facial

SP

Universidade Estadual

Paulista Julio de Mesquita

Filho

Residência multiprofissional

em saúde da família 14

1.061.806,56

SP Fundação Universidade

Federal de São Carlos

Residência multiprofissional

em saúde da família 41

3.314.466,72

TO SES de Tocantins Residência multiprofissional

em saúde da família 24

1.893.265,92

44 projetos 981 58.786.021,69

10 - Revalidação de Diplomas

Estas atividades visam a colaborar outros órgãos de Governo no que se refere à

questão da revalidação de diplomas no Brasil no marco do Ajuste Complementar ao Acordo

de Cooperação Técnica Brasil-Cuba.

Em 2007, foi instituído Grupo de Trabalho Interministerial, constituído por

representantes do Ministério da Saúde, por meio do DEGES/SGTES, Ministério da Educação

e Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes

das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, a Associação Brasileira dos

Reitores das Universidades Estaduais e Municipais - ABRUEM, os Reitores e Diretores dos

Cursos de Medicina de várias universidades públicas brasileiras, o Conselho Federal de

Medicina - CFM, a Associação Médica Brasileira - AMB e a Associação Brasileira de

Educação Médica - ABEM. Participa também do Grupo de Trabalho a Deputada Federal pelo

estado do Amazonas, Vanessa Grazziotin.

O Grupo de Trabalho dedicou-se, em 2007, à organização dos critérios de elaboração e

aplicação dos termos do Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Cultural e

Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de

Cuba, no que tange ao reconhecimento dos diplomas da Escola Latino Americana de

Medicina – ELAM. O governo brasileiro prevê que esta ação seja estendida, no médio

prazo, para todos os médicos brasileiros que obtiverem seus diplomas no exterior.

11 - Programa de Direito Sanitário

Desde 2006, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,

juntamente com a Secretaria Executiva, coordenam as atividades do Grupo de Trabalho de

Direito Sanitário, instituído no Ministério da Saúde pela Portaria MS nº 2.647/2006.

38

Em 2007, o Grupo de Trabalho se fortaleceu, com a participação e efetiva de

todas as representações e estabeleceu diversas cooperações técnicas na construção de uma

política pública de defesa e garantia do direito à saúde.

Um dos avanços foi a elaboração de um Plano de Ação, em consonância com as

bases estruturantes do Programa “Mais Saúde”, e para o atendimento estratégico e a

orientação executiva do Grupo de Trabalho, definindo a sua metodologia de trabalho, seu

campo de ação e atuação, os produtos, metas e prazos para a realização das suas ações e

atividades, com enfoque nas seguintes questões:

- Enfrentamento das medidas judiciais (a chamada “judicialização” na saúde) na matéria de

direito à saúde e defesa do SUS;

- Fortalecimento e ampliação do sistema de Auditoria do SUS, estabelecendo cooperação

técnica com os Tribunais de Contas e os Ministérios Públicos de Contas;

- Regulação da saúde, medicamentos, novas tecnologias em saúde e apoio às políticas de

fomento, por exemplo, às pesquisas sobre a capacidade produtiva e inovação nas indústrias

privadas nacionais de medicamentos, e patentes;

- Participação popular, controle social e direitos dos usuários do SUS, com ações de garantia

dos direitos dos usuários e com ações de estruturação dos conselhos estaduais e municipais de

saúde;

- Implementação e fortalecimento de sistemas de ouvidoria e construção de informações em

direito sanitário;

- Organização, desenvolvimento e disseminação científica da produção em Direito Sanitário,

produzidas pelo setor saúde e direito, como Leis, Portarias, Tratados Internacionais, Julgados,

Jurisprudências, Doutrinas, entre outros.

- Educação para formação em direito à saúde para gestores e profissionais do SUS, Juízes,

Promotores e Procuradores, Advogados da União e da OAB, Defensores Públicos, e o

controle social – educação popular;

- Informação qualificada para tomada de decisão em direito à saúde, e a inserção na discussão

da temática, nos países de língua portuguesa, em especial os países africanos, em cooperação

técnica com o CPLP e o do programa E-Portuguese/OPAS/OMS;

- Articulação interinstitucional entre os Poderes do Estado, órgãos públicos, instituições

públicas e particulares para a construção técnica-jurídica e social do direito sanitário e defesa

do SUS.

39

Na elaboração do Plano de Ação, delineou-se a atuação do GTDS com base

nos seguintes eixos estruturantes:

EIXO

DESCRIÇÃO

1

O DIREITO SANITÁRIO

NA POLÍTICA DE

EDUCAÇÃO

PERMANENTE NA

SÁUDE

- Inserção do Direito Sanitário na Política de Educação

Permanente na saúde, como a reorientação para mudança nos

currículos dos cursos de direito e saúde de forma compartilhada

e harmônica, no processo pedagógico na promoção de

metodologias e estratégias como o ensino à distância, a

educação popular, e os cursos, seminários e eventos temáticos

para o fortalecimento da matéria;

- Cooperação técnica com os Ministérios da Educação e Justiça

e com as Escolas dos Ministérios Públicos, da Defensoria

Pública, da Advocacia da União e dos Tribunais de Justiça para

inserção do Direito Sanitário nos cursos.

2

ARTICULAÇÃO

INTERINSTITUCIONAL

PARA

FORTALECIMENTO

DO SUS

-Articulação técnico-político nacional, para estabelecimento de

cooperação e desenvolvimento e implementação de ações e

instrumentos de defesa da saúde e do SUS, com:

* Governos dos Estados e Municípios, e respectivas Secretarias

Estaduais e Municipais de Saúde;

* CONASS E CONASEMS

* Os Ministérios Públicos dos Estados e da União;

* Os Tribunais de Justiça dos Estados, Tribunais Superiores e

Tribunais Federais;

* A Defensoria Pública e Advocacia da União;

* As Instituições de Ensino Superior e Centros de Estudos e

Pesquisas;

* Os Ministérios da Educação, das Relações Exteriores, da

Justiça, da Defesa, da Ciência e Tecnologia, Secretaria Especial

de Direitos Humanos, entre outros;

- Articulação técnico-político internacional com os Organismos

Internacionais e Instituições de interesse para estabelecimento

de cooperação, desenvolvimento e implementação de ações e

instrumentos de defesa da saúde e do SUS.

40

3

FORTALECIMENTO

INSTITUCIONAL DO

DIREITO SANITÁRIO

NO MS E ENTIDADES

VINCULADAS

- Constituição da Comissão Permanente de Direito Sanitário

(início oficial com a instituição do Grupo de Trabalho de

Direito Sanitário no MS – Portaria MS nº 2.647/06), para

instituir o Programa de Direito Sanitário no Ministério da

Saúde, com representação de todas as Secretarias do Ministério

da Saúde e Entidades vinculadas: ANS, ANVISA, FUNASA E

FIOCRUZ.

- Promover a discussão qualificada, entre os profissionais da

saúde e do direito, de questões temáticas imprescindíveis para

o fortalecimento do SUS, tais como:

* A regulamentação da EC29 e o Projeto da Lei de

Responsabilidade Social/Sanitária;

* A instituição e a legalização das Fundações Estatais

de Direito Privado;

* Apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público na

consolidação das políticas de promoção e atenção à saúde,

como o planejamento familiar, a saúde do idoso, saúde do

homem e da mulher, saúde e direitos da criança e do

adolescente, saúde e direitos dos portadores de necessidades

especiais e saúde prisional, entre outras;

* Acompanhamento dos contratos de desempenho com

as unidades federativas e dos hospitais filantrópicos;

* Discussão das soluções para qualificação e o

redimensionamento das medidas judiciais em saúde;

* Harmonização e disseminação da Legislação em

Saúde;

* Apoio à consolidação da Rede Nacional de Ciência e

Tecnologia em Saúde, assim como à metodologia da Medicina

Baseada em Evidência e sua otimização na produção técnico-

científica nas questões que envolvam decisões jurídicas em

saúde;

* A Internacionalização do Direito Sanitário, com a

cooperação internacional em saúde, na área da educação e

pesquisa para a formação de docentes em saúde e direito,

notadamente com os países africanos de língua portuguesa e a

Rede Latino-Americana de Direito à Saúde, entre outros.

41

4

COMUNICAÇÃO E

INFORMAÇÃO

- Desenvolvimento e produção de materiais instrucionais,

livros e de instituição de uma biblioteca virtual de Direito

Sanitário, assim como a informação por meio da rádio e TV

Justiça.

- Organização, desenvolvimento e disseminação da produção

científica em Direito Sanitário, produzidas pelo setor saúde e

direito, como Leis, Portarias, Tratados Internacionais, Julgados,

Jurisprudências, Doutrinas, entre outros,

Quadro demonstrativo das principais ações e atividades realizadas em 2007

EIXO RESPONSÁVEIS RESULTADOS

ARTICULAÇÃO

INTERINSTITUCIO

NAL PARA

FORTALECIMENT

O DO SUS

MS: Gab. Ministto

SE, SGTES e SGEP/

SES e SMS/Ministérios

Públicos/Tribunais de

Justiça / Instituições de

Ensino

Superior/Organismos

Internacionais/CONASS

e CONASEMS

1º)Termos de Cooperação Técnica

assinados entre o Ministério da Saúde e o

Ministério Público do Espírito Santo o

Tribunal de Justiça do Espírito Santo

2º) Elaboração de Plano de Execução do

Termo de Cooperação Técnica MS e

MPBA;

3º) Articulação com o CONASS e

CONASEMS para fortalecimento do

Direito Sanitário;

4º) Participação do Ministério da Saúde,

em outubro/2007, no 15º Colloquium

Mundial, organizado pelo Centro

Cochrane do Brasil, em São Paulo, com a

inserção do GTDS em Sessão Especial

acerca do DS e da Medicina Baseada em

Evidências;

5º) Realização de Seminário de Direito

Sanitário entre o MS e a SES/RS(dez)

lançamento do livro (MS) “Direitos dos

Usuários dos Serviços e das Ações de

Saúde no Brasil”, e articulação para

assinatura de Termos de Cooperação

Técnica;

6º) Apoio ao projeto: “Capacitação em

Planejamento e Desenvolvimento de

42

O DIREITO

SANITÁRIO NA

POLÍTICA DE

EDUCAÇÃO

PERMANENTE NA

SÁUDE

Políticas de saúde: construindo uma rede

colaborativa para favorecer a

participação popular”

7º) Planejamento do Projeto do “Curso

Nacional de Gestão Social, com módulo

especializado em Direito Sanitário”,

para formação de gestores nacionais em

gestão social e direito sanitário, em

parceria com o Instituto Interamericano

de Desenvolvimento Social-INDES, do

Banco Interamericano de

Desenvolvimento-BID, e com a

OPAS/OMS.

8º) Reunião extraordinária com os

Ministérios Públicos dos Estados e da

União e Comissão Nacional de

Procuradores-Gerais - CNPG na 13ª

Conferência Nacional de Saúde

COMUNICAÇÃO E

INFORMAÇÃO

Ministério da Saúde:

SGTES e SE

Discussão para implantação da

Biblioteca Virtual em Direito Sanitário-

BVS

12 - Avaliação de Diretrizes Clínicas

O processo de avaliação das Diretrizes Clínicas, inicialmente das Diretrizes elaboradas

pela Associação Médica Brasileira – AMB, iniciou-se em 2007, com o trabalho desenvolvido

pelo Departamento de Atenção Básica - DAB, da Secretaria de Atenção à Saúde – SAS/MS,

em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES/MS,

visando identificar Diretrizes Clínicas prioritárias para o Ministério da Saúde.

Nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2007, foi realizada Oficina de avaliação de

instrumento para análise crítica dessas diretrizes clínicas / terapêuticas da AMB, com

participação de consultores da Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos –

SCTIE/MS, da SAS e SGTES. O objetivo foi avaliar a qualidade e a aplicabilidade do

AGREE INSTRUMENT na análise de recomendações / diretrizes / normatizações. Esse

instrumento é validado internacionalmente e recomendado pela OMS. Na ocasião, foram

analisadas duas Diretrizes Clínicas: Diabetes Mellitus - tratamento medicamentoso e

Assistência pré-natal.

O AGREE INSTRUMENT foi considerado aplicável para o objetivo proposto, porém

com algumas observações e recomendações elaboradas pela equipe de trabalho.

43

Ressaltamos que este processo de trabalho deve ocorrer em sintonia com a AMB, visto

que muitas das diretrizes estão atualmente em processo de revisão por essa Associação, e

considerando os possíveis encaminhamentos, caso o resultado do trabalho aponte diretrizes

clínicas avaliadas como insatisfatórias / não recomendadas.

A proposta do Ministério da Saúde é que as diretrizes tenham como foco a

resolubilidade na Atenção Básica, seu fortalecimento, na perspectiva do modelo de atenção da

Estratégia Saúde da Família (permitindo, desta forma, melhor funcionamento também da

média e alta complexidade).

Destacamos, ainda, que a iniciativa possibilita articulação entre três importantes

Secretarias do Ministério da Saúde, o que, por si só, configura-se em um avanço no

estabelecimento de diálogo e alinhamento das ações implementadas por suas áreas técnicas.

13 - Oficinas para Aperfeiçoamento do Processo Interno de Trabalho no DEGES

“Fazendo a SGTES acontecer como política de consolidação do SUS: o nosso

trabalho de todos os dias”

Em junho de 2007 foram realizadas Oficinas para aperfeiçoamento do processo

interno de trabalho no DEGES/SGTES, envolvendo todos os técnicos do Departamento, sob

coordenação da consultora Maria Auxiliadora Córdova Christófaro.

O propósito foi indicar as bases e estratégias para o melhor desenvolvimento do

trabalho no DEGES considerando suas interfaces e “lugar” na estrutura e no programa de

trabalho da SGTES e tendo como referência os propósitos/prioridades da política do MS.

Os objetivos da Oficina foram:

1. discutir os fundamentos e dinâmica do trabalho, em especial na produção de serviços

e, como esse trabalho se conforma quando realizado no âmbito de setores da

superestrutura da sociedade;

2. caracterizar o trabalho desenvolvido no âmbito do DEGES (o quê está sendo feito,

quem faz, o como se faz);

3. identificar e analisar as bases da organização do trabalho realizado: relações e

articulações internas e externas (setores do DEGES e da SGTES);

4. identificar, no trabalho do DEGES, processos e atividades de restrição e impasses (nós

críticos) e de expansão e efetividade (marcadores-chave);

5. indicar necessidades e melhores relações, interações entre pessoas, meios e recursos

para potencializar o desenvolvimento do programa de trabalho em andamento e

proposto.

Como produto final da Oficina foi redigido documento indicando as bases e estratégias

para o melhor desenvolvimento do trabalho no DEGES, acordadas pelo grupo.

44

14 - Oficina de Alinhamento Estratégico das Ações do DEGES

“Agenda Estratégica 2007-2008 do Ministério da Saúde – Eixo de

Intervenção: Educação na Saúde”

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde/SGTES, realizou, em 07 de

dezembro de 2007, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS/OMS, em

Brasília (DF), Oficina de discussão da Agenda Estratégica 2007-2008 do Ministério da

Saúde – Eixo de Intervenção: Educação na Saúde.

O evento foi destinado aos principais colaboradores/consultores do Departamento,

com o objetivo de socializar e debater as ações estratégicas em educação na saúde

implementadas em 2007, e construir propostas integradoras para 2008.

Os temas discutidos foram:

A Política de Formação de Recursos Humanos na Área da Saúde e sua inserção na

Agenda Estratégica do Ministério da Saúde

Cooperação Técnica OPAS / MS

Rede de Escolas Técnicas do SUS - RET-SUS

Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem - PROFAE

Programa de Formação Profissional na Área da Saúde - PROFAPS

Perfil de Competências e Sistema de Certificação de Competências

Formação Docente em educação profissional na área da saúde

Articulação MS / MEC

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde - Pró-Saúde

Programa Nacional de Telessaúde - TELESSAÚDE BRASIL

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - Pet-Saúde

Universidade Aberta de Educação Permanente em Saúde - UNAEPS

Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

15 - Articulações como Estratégia de Gestão – Parcerias, Participação e Apoio a Eventos

Nacionais e Internacionais

Em 2007, o DEGES/SGTES teve as seguintes participações, dentre outras:

Articulação DEGERTs/SGTES – ProgeSUS – implementação do Curso de

Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

Congresso Anual da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde

Coletiva – ABRASCO – 13 a 18 de julho de 2007

45º Congresso Brasileiro de Educação Médica – COBEM – 20 a 23 de outubro

de 2007

I Fórum de Ensino Farmacêutico da Bahia – 14 de abril de 2007

I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica - 13 a 14 de dezembro de 2007

45

6ª e 7ª Reunião Plenária da Comissão Nacional de Monitoramento e Avaliação

da Implementação do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e

Neonatal – realizadas respectivamente em 28 de maio de 2007 e 06 / 07 de

dezembro de 2007

3ª Reunião do Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de

Medicamentos – 27 a 28 de novembro de 2007

VI Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde – 15 a 17 de novembro de

2007

IV Fórum Brasileiro de Relação Médico-Paciente – 08 a 10 de novembro de

2007

XV Congresso Paulista de Farmacêuticos e VII Seminário Internacional de

Farmacêuticos – 20 a 23 de outubro de 2007

Seminário dos Coordenadores de Cursos de Psicologia – 11 a 13 de dezembro

de 2007

Visita técnica ao Centro Regional de Treinamento do Instituto Comemorativo

Gorgas de Estudos da saúde, do Hospital Santo Tomas na cidade do Panamá –

República do Panamá - 11 a 15 de novembro de 2007

Seminário de Integração Ensino-Serviço de Saúde de Santa Maria – RS – 18 de

outubro de 2007

I Simpósio Internacional de Políticas e Práticas em Saúde Coletiva na

perspectiva da Enfermagem - I SINPESC – 03 de setembro de 2007

18º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro – CIORJ – 04

de setembro de 2007

42ª Reunião da Associação Brasileira de Ensino Odontológico e 33º Encontro

Nacional dos Dirigentes de Faculdades de Odontologia – Salvador (BA) – 26 a

28 de julho de 2007

Congresso Nacional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

- CONASEMS – Joinville (SC) – 27 a 30 de junho de 2007

I Congresso Nordestino da Associação Brasileira de Educação Médica – Recife

(PE) – 09 de junho de 2007

XI Encontro Nacional das Entidades Médicas - Conferência: A Importância da

Carreira do Médico na Consolidação do SUS – Brasília (DF) – 07 de junho de

2007

III Ciclo de Debates: Conversando sobre Estratégia de Saúde da Família - Rio

de Janeiro (RJ) – 18 de maio de 2007

C - Coordenação-Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde

46

Este relatório apresenta as principais ações executadas na Coordenação de Ações Técnicas

em Educação na Saúde – Educação Profissional, de janeiro a dezembro 2007. As atividades

realizadas tiveram por base as Diretrizes para a Educação Profissional abaixo relacionadas:

Profissionalização dos trabalhadores do SUS por meio dos itinerários formativos;

Educação permanente para profissionais de nível médio;

Fortalecimento das ETSUS;

Especialização pós técnico;

Elevação da escolaridade dos trabalhadores – PROEJA;

Desenvolvimento de metodologias de formação e avaliação baseadas em

competência;

Incentivo à formação docente – EAD;

Avaliação e monitoramento das ações de Educação Profissional;

Desenvolvimento de estudos e pesquisas ;

Fortalecimento das instâncias formadoras e reguladoras nos estados e municípios

por meio da educação permanente.

Dentre as ações implementadas nesse período estão ainda o Mestrado Profissional, a

conclusão do Projeto de Pesquisa nas ETSUS, a Formação Pedagógica para os docentes

das demais categorias profissionais, o Sistema de Certificação de Competências,

Complementação de estudos de Auxiliares para Técnicos de Enfermagem e projeto piloto

para Cuidadores de Idosos.

1 - Ações PROFAE (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de

Enfermagem)

1.1 - Escolarização e Profissionalização

Complementação de Estudos de Auxiliar para Técnico de Enfermagem

No primeiro semestre de 2007, negociou-se com o BID o remanejamento de recursos

referentes ao Plano Estadual, para atender à complementação de estudos de 8.540

Auxiliares para Técnicos de Enfermagem. Não foi possível cumprir o cronograma de

execução das obras das ETSUS de GO, BA, PB, SC (Blumenau e Florianópolis), SP

47

(Araraquara) RR e ES, constantes do Plano Estadual, por morosidade dos trâmites junto

aos Estados tanto na Secretaria de Saúde como na Secretaria de Obras, Prefeitura, etc.

Foi então aberto um novo processo licitatório para contratação de empresas/instituições

para a prestação de serviços educacionais de Complementação da Qualificação Profissional

de Auxiliar de Enfermagem para Técnico de Enfermagem (CQP) para trabalhadores da

área de enfermagem cadastrados no PROFAE nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá,

Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Sergipe, Rondônia, Roraima e Tocantins. O

processo licitatório teve início no dia 23 de maio de 2007, data em que ocorreu a

publicação dos editais no sítio do Ministério da Saúde, finalizando no dia 20 de agosto de

2007.

Abaixo é apresentado um quadro com a situação do referido processo.

Resultado da Licitação

Edital

Unidade

da

Federaçã

o

Data de

Abertura

Nº de

Empresas

participa

ntes

Nº de

Empresas

credenciad

as (2ª fase)

Nº de

empresas

contratadas

Nº de

alunos do

contrato

001/2007 Amazonas

09/07/2007

03 03 01 800

002/2007 Tocantins 01 01 01 600

003/2007 Acre 01 01 01 500

004/2007 Amapá 03 03 01 500

005/2007 Pará 03 02 01 1000

006/2007 Rondônia 02 02 01 800

007/2007 Roraima 02 02 01 140

008/2007 Mato

Grosso Deserta Deserta Nenhuma 0

009/2007 Maranhão

10/07/2007

10 07 01 1000

010/2007 Sergipe 04 03 01 800

011/2007 Piauí 07 06 01 800

012/2007 Paraíba 02 02 01 800

TOTAL 38 32 11 7740

Fonte: Projetos apresentados pelos Estados

Após a homologação e adjudicação do certame, foi realizada a contratação das instituições

credenciadas nos primeiros lugares em cada estado. A etapa de formação das turmas está

programada para acontecer nos meses de janeiro e fevereiro de 2008 e a emissão da Ordem

de Serviço (OS) para início das aulas deverá ocorrer em março de 2008.

48

Supervisão, Monitoramento e Avaliação:

Com a abertura de um novo processo para contratação de empresas/instituições para a

prestação de serviços educacionais de Complementação da Qualificação Profissional de

Auxiliar de Enfermagem para Técnico de Enfermagem (CQP) nos estados citados

anteriormente, houve a necessidade de retomar as atividades de supervisão, monitoramento e

avaliação dos cursos. Sendo assim, foi desencadeado um processo seletivo para contratação

de supervisores, com experiência de 01 (um) ano de atuação na área de educação e/ou saúde,

nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Sergipe, Rondônia,

Roraima e Tocantins.

Foram selecionados 35 supervisores e nos dias 10, 11 e 12/12/2007 foi realizado a

primeira capacitação destes supervisores em Brasília. Ressalta-se que tal medida foi

necessária devido ao encerramento dos contratos com as Agências Regionais (AR), ficando a

cargo dos técnicos do Profae/Ministério da Saúde, até a finalização da execução das novas

turmas, a condução das atividades de supervisão, monitoramento e avaliação dos cursos.

1.2 - Proposta de Formação Docente na Área da Saúde

O projeto do Curso de Formação Docente em Educação Profissional na Área da

Saúde é decorrente da ação política do Ministério da Saúde e visa complementar o itinerário

educativo dos profissionais graduados nas diversas subáreas da saúde indispensável tanto na

promoção da qualidade de vida quanto do cuidado prestado pelo SUS prevendo a estruturação

técnica e pedagógica necessária à construção do Projeto Político-Pedagógico do referido

Curso a partir dos referenciais teórico-metodológicos, eixos temáticos, procedimentos e

estratégias pedagógicas para atender aos graduados na área da saúde.

Trata-se de um curso de pós-graduação lato sensu, com duração de 09 meses e

carga horária de 540h, a ser implementado sob a coordenação do Ministério da Saúde e da

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz

(FIOCRUZ), na modalidade de Educação a Distância (EaD).

Reconhecendo a necessidade de promover a formação docente para outras

categorias profissionais – odontólogo, nutricionista, farmacêutico, biólogo, médico,

enfermeiro, fisioterapeuta, entre outros – como requisito à efetiva implementação da política

de formação e fortalecimento das Escolas Técnicas de Saúde do SUS é que se optou pela

implementação do Projeto Piloto do Curso de Formação Docente que será desenvolvido nos

Estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Bahia, destinando-se à formação de 40 alunos

por UF, perfazendo um total de 160 profissionais que já atuam na educação profissional em

Saúde, sem a requerida qualificação docente, indicados pelas ETSUS a partir de edital

específico.

A atual proposta formativa tem característica interdisciplinar e é estruturada na

interface Saúde/Educação, sendo inovadora em vários aspectos: destina-se a diferentes

categorias profissionais, com experiências e expectativas diversas, poucas vezes reunidas em

49

torno de uma só proposta; tem como desafio gerar uma nova configuração do processo de

trabalho em Saúde, no âmbito do SUS e, ainda, busca fortalecer outro modelo de produção do

cuidado, comprometido ética e politicamente com a radical defesa da vida dos usuários.

Tais características inovadoras justificam a implementação de uma experiência de

validação (Piloto) com a finalidade de indicar a pertinência da organização curricular, do

processo pedagógico mediatizado, dos recursos metodológicos, do material didático, do

processo de avaliação, do sistema de acompanhamento e de gestão acadêmica e de formação

de tutoria. Igualmente, pretende-se que o Piloto subsidie a construção de outras estratégias

formativas desenvolvidas no âmbito do SUS.

O Curso será desenvolvido a distância, com momentos presenciais, com apoio de

tutoria, tendo o aluno/docente como centro do processo educativo, com vistas à construção

crítica e autônoma do conhecimento. Para as atividades à distância, o processo pedagógico

será mediatizado por diferentes meios, entre eles os materiais impressos, a fim de atender os

objetivos propostos.

Os materiais impressos têm a função de organizar os componentes de cada

Complexo Temático – CT, de modo a facilitar o auto-estudo, criando o hábito da descoberta

de outras fontes de estudo, da auto motivação para o aprender autônomo e contínuo, assim

como para a busca de novos métodos próprios de aprendizagem. Sua qualidade didática reside

na intenção de oferecer, além das bases conceituais, oportunidades e estímulos para a reflexão

crítica sobre as interfaces entre Saúde, Trabalho e Educação, interpretação de situações

concretas, em estudos de casos, em textos legais, na classificação ou identificação de

conceitos, propondo discussões, elaboração de textos e propostas sobre as temáticas

trabalhadas.

Para viabilizar a implantação do Piloto do Curso de Formação Docente em

Educação Profissional foram realizadas as seguintes ações, no período de janeiro a

dezembrode 2007:

Elaboração do Projeto Gráfico e Diagramação dos Complexos Temáticos,

Caderno do Aluno e Caderno do Tutor;

Elaboração da proposta de Acompanhamento Pedagógico e de Orientação de

Aprendizagem;

Seleção de tutores nos Estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Bahia;

Elaboração do edital de Chamada Pública para a seleção dos alunos/docentes nos

Estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Bahia ;

Elaboração de Plano de Avaliação para o Piloto do Curso de Formação Docente.

Publicação do material didático a ser usado pelos alunos/docentes no projeto

piloto;

Realização de oficina de trabalho com os docentes e coordenadores pedagógicos

das ETSUS selecionadas para o piloto e lançamento do programa nos

respectivos estados.

50

1.3 Fortalecimento e Modernização das Escolas Técnicas do SUS

A Política de Educação Profissional que vem sendo desenvolvida tem no seu eixo

central as ações de apoio ao desenvolvimento das Escolas Técnicas do SUS - ETSUS

incentivando a geração de atividades de extensão, produção de conhecimento e estímulo à

criação de processos metodológicos inovadores

Os resultados acumulados em 2007 para o Fortalecimento e Modernização das Escolas

Técnicas de Saúde do SUS, no âmbito do PROFAE, foram os seguintes:

Aquisição de equipamentos e serviços para as 9 ETSUS que compõem o Plano

Estadual que visa reforma e ampliação na rede física das escolas.. Dessas, 6

tiveram os convênios assinados e a ETSUS/UNIMONTES e de Araraquara (SP)

já fizeram a licitação no modelo de concorrência pública.

Aquisição de equipamentos referentes ao Convênio MEC/PROEP e MS para as

ETSUS: TO, RN, PR, MS, MG, AC, DF e MA.

Construção de softwares de gestão escolar para as 26 ETSUS que não foram

contempladas na primeira fase. Esse sistema foi apresentado às ETSUS e há um

projeto piloto em andamento na PB, GO, RN, MS, BA, Blumenau e município de

São Paulo.

A ETSUS do estado do Pará teve seu Projeto de Investimento elaborado,

aprovado e o recurso referente a primeira parcela para execução das ações

descentralizadas já foi repassado;

A ETSUS do estado do Piauí elaborou seu Projeto de Investimento e aguarda

aprovação porque a estrutura física do prédio ainda não foi reparada conforme

negociação com a Secretaria de Educação;

A ETSUS do estado do Rio Grande do Sul elaborou seu Projeto de Investimento e

aguarda análise para sua aprovação. Apesar de ter ultrapassado o prazo de

apresentação para que o mesmo fosse executado ainda neste exercício de 2007, a

SGTES está estudando a possibilidade de atender ao estado por meio de seu

orçamento;

As Escolas Técnicas do SUS de Blumenau. Araraquara (SP) e de Goiás que

também tiveram seus convênios assinados com o Ministério da Saúde através do

Plano Estadual estão aguardando análise junto ao Fundo Nacional de Saúde das

pendências de documentação e reformulações necessárias;

Os estados da Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina (EFOS) contempladas com o

Plano Estadual de Fortalecimento e Modernização que tiveram seus convênios

assinados, estão com seus processos em trâmite nas respectivas Secretarias

Estaduais de Saúde para providências necessárias e não foi possível atender no

ano de 2007;

Apoio técnico e político para a reestruturação da escola técnica do SUS no estado

do Amapá;

51

Das 36 escolas técnicas, 30 apresentaram projetos de pesquisa, dos quais 21 já

tiveram seus contratos assinados e estão em execução; as que ainda não

apresentaram seus projetos para financiamento, não terão suas pesquisas

financiadas face ao prazo vencido.

O quadro a seguir ilustra as ETSUS que estão com seus projetos de pesquisa em

andamento:

Projetos de Pesquisa nas ETSUS

PROJETOS PESQUISA

Item UF Mantenedora ETSUS Valor Contratado

1 AC

Instituto Estadual de Desenvolvimento

da Educação Profissional Dom Moacir

Grechi

ETSUS Maria Moreira da

Rocha 37.825,00

2 AM Centro de Educação Tecnológica do

Amazonas - CETAM

ETSUSl Enf.ª Sanitarista

Francisca Saavedra 45.000,00

3 BA Centro de Estudos e Projetos em Saúde -

CEPS ETSUS Prof.º Jorge Novis 45.000,00

4 CE Escola de Saúde Pública do Ceará Escola de Saúde Pública do

Ceará 39.980,00

5 GO SES CEP Saúde 45.000,00

6 MG FADENOR ETSUS UNIMONTES 45.000,00

7 MG Fundação Ezequiel Dias - FUNED ESP – MG 45.000,00

8 MT Fundo Estadual de Saúde ESP Mato Grosso 45.000,00

9 PE SES ETSUS Pernambuco 45.000,00

10 PB SES CEFOR 45.000,00

52

11 RN SES CEFOR Dr. Manoel da

Costa Souza 45.000,00

12 SC Fundo Municipal de Saúde de Blumenau ETSUS 45.000,00

13 SC SES EFOS 43.500,00

14 SP SMS ETSUS 45.000,00

15 MG FHEMIG Escola de Formação

Profissional 45.000,00

16 MS SES ETSUS Prof. Ena de Araújo

Galvão 45.000,00

17 PI SES Centro de Ed. Monsenhor

José Luiz Barbosa 45.000,00

18 RR Fundo Estadual de Saúde do Estado de

Roraima ETSUS 45.000,00

19 RO SES CETAS 38.490,00

20 SE Fundo Especial de Manutenção da

ETSUS - FUNDETSUS/SE ETSUS 40.000,00

21 TO SES ETSUS 44.970,00

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Os produtos e resultados obtidos demonstram que as escolas aumentaram sua

capacidade de resposta às demandas do setor saúde em relação à formação técnica, ampliaram

a oferta de cursos e tiveram um real incremento de tecnologias educacionais. Os cursos de

formação do Agente Comunitário de Saúde e de Técnico de Higiene Dental, necessários ao

fortalecimento das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) do qual estes

profissionais técnicos fazem parte estão sendo implementados na maioria dos estados até se

alcançar todas as unidades federadas.

As 11 novas ETSUS criadas na região estão respondendo de forma satisfatória,

sendo que a do AP e RS estão ainda em fase de estruturação e aprovação pelo sistema de

ensino.

53

Embora as ETSUS ainda tenham dificuldade em captar e gerir recursos devido ao

modelo de gestão adotado elas têm apresentado alternativas que minimizam tal problema,

como por exemplo, parceria com fundações.

Participação em Eventos:

• 6ª Reunião Geral da RET-SUS realizada no período de 25 a 27 de abril de 2007 em

Vila Velha/ES;

• Participação na oficina “Cooperação Internacional no Continente Africano:

fortalecimento e ampliação da formação de técnicos em saúde” realizada nos dias 13 e

14 de julho de 2007, durante o IV Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e

Humanas em Saúde/ X Congresso Latino Americano de Medicina Social / XIV

Congresso da Associação Internacional de Políticas de Saúde, em Salvador/BA;

• II Seminário de Pesquisa sobre a Educação Profissional na Saúde realizado nos dias 30

e 31/08/2007 em Goiânia/GO;

• Reuniões Regionais das ETSUS:

Sudeste – 04 e 05/09/2007 em Belo Horizonte/MG;

Norte - 18 e 19/09/2007 em Palmas/TO;

Centro Oeste – 25 e 26/09/2007 em Cuiabá/MT;

Sul – 27 e 28/09/2007 em Porto Alegre/RS;

Nordeste – 18 e 19/10/2007 em São Luiz/MA.

• Participação no IV Encontro da Rede BiblioSUS no período de 22 a 25/10/2007 em

Brasília/DF

1.4 - Sistema de Certificação de Competências - SCC

A construção do SCC envolveu várias etapas de trabalho, com produção de dois

grandes resultados: (1) o perfil de competências profissionais do auxiliar de enfermagem; (2)

uma proposta metodológica para avaliação formativa de competências profissionais.

Uma vez identificado o perfil de competências profissionais dos auxiliares de

enfermagem e para cumprir as finalidades de desenvolver, testar e validar um processo de

avaliação dessas competências, o SCC desenvolveu uma proposta metodológica de avaliação,

adotando estratégias que possibilitam a expressão e demonstração não apenas dos

conhecimentos adquiridos pelos egressos dos cursos, mas fundamentalmente, o saber em

ação. Desta forma, buscou-se uma maneira de auferir visibilidade social ao processo ensinar e

aprender e, simultaneamente, ao trabalho do auxiliar de enfermagem.

Ressalta-se que a opção de construir uma proposta metodológica de avaliação de

competências de natureza formativa, intenta possibilitar sua incorporação aos processos de

educação profissional, no intuito de qualificar a própria formação.

Assim, com o objetivo de dar continuidade e concluir as ações do SCC/Profae,

tornou-se imprescindível realizar esta validação, que é considerada um requisito indispensável

para a obtenção de informações sobre sua viabilidade política e pedagógica para o alcance das

54

finalidades expressas acima, uma vez que se trata de uma oportunidade de monitoramento dos

instrumentos, técnicas e estratégias de avaliação propostos. Além disso, a validação apontará

possibilidades e limites às demais ações pertinentes à futura implantação de processos de

certificação profissional na área da saúde.

Para esta validação foram definidas, inicialmente, oito cenários/regiões

metropolitanas situadas nas cinco regiões do país: Rio Branco, Salvador, Recife, Natal,

Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.

No entanto, após análise estratégica e logística da operacionalização nacional da

validação e, considerando os prazos definidos, optou-se pela redução dos cenários, mantendo-

se apenas uma cidade/região metropolitana de cada região do país.

Assim, a metodologia de avaliação de competências proposta será validada em

cinco cenários que correspondem as capitais e suas regiões metropolitanas, situadas nas cinco

regiões geo-políticas do país. Os cenários foram definidos segundo critérios de

representatividade regional na produção dos cursos Profae, distribuição percentual dos

egressos por região, existência e atuação das escolas técnicas do SUS. Foram definidas:

Região Norte: Rio Branco.

Região Nordeste: Natal.

Região Centro-Oeste: Brasília1

Região Sudeste: Belo Horizonte.

Região Sul: Curitiba.

O processo de avaliação a ser validado está voltado para egressos dos cursos de

qualificação profissional de auxiliares de enfermagem implementados pelo Profae. Foi

estruturado conjugando estratégias e instrumentos que incorporam, simultaneamente, as três

dimensões dos saberes que compõem as competências: saber-saber, saber-fazer e saber-ser

ético-profissional.

Do ponto de vista metodológico, a avaliação proposta utiliza diferentes

procedimentos e instrumentos que possibilitam ampliar a análise específica do alcance das

competências avaliadas. Para tanto, será desenvolvida em 04 fases:

A – Avaliação objetiva de conhecimentos.

B – Avaliação do saber-ser ético-profissional.

C – Avaliação de procedimentos em ambiente virtual.

D – Avaliação de procedimentos em laboratório – prática simulada.

A amostra dos auxiliares de enfermagem egressos dos cursos Profae convidados

para participar da validação seguiu os seguintes critérios de amostragem aleatória simples, a

partir do cadastro de egressos dos cursos de auxiliares de enfermagem promovidos pelo

Profae:

egressos que moram na capital ou região metropolitana do cenário, sendo esta

considerada até 30 km de distância da capital;

egressos que se encontram em exercício da atividade profissional.

1 Local onde será realizado o teste piloto da validação.

55

10% do total de egressos dos cenários participarão das avaliações de

conhecimento, do saber-ser ético-profissional e de procedimentos em ambiente

virtual. Destes, 30% participarão da avaliação de procedimentos em laboratório

– prática simulada, cujo critério é de adesão voluntária;

a participação é voluntária em todas as fases da validação.

Com estes critérios, o quadro a seguir mostra o quantitativo e a origem dos

auxiliares de enfermagem participantes da validação.

Quantitativo e origem dos auxiliares de enfermagem que participarão da

validação

R Estado Cenário Amostra

Avaliações

Teórica

Procedimentos -

ambiente

virtual

Saber-ser

ético-

profissional

Prática

simulada

NE RN Natal 119 119 119 119 36

SE MG

Belo

Horizonte 261 261 261 261 78

N AC Rio Branco 82 82 82 82 25

S PR Curitiba 290 290 290 290 87

CO DF Brasília* 40 40 40 40 15

TOTAL 792 792 792 792

* Local onde será realizado o teste-piloto da validação, abrangendo todos os

municípios do entorno.

Ações realizadas em 2007:

• Finalização do roteiro para construção do ambiente virtual da avaliação.

• Renderização do homem virtual – objetos de aprendizagem da avaliação virtual.

• Filmagem dos takes selecionados dos sete procedimentos que comporão os objetos de

avaliação virtual.

• Elaboração do espelho da prova virtual e das questões que comporão a avaliação.

• Definição da interface do ambiente de avaliação virtual.

• Planejamento das estratégias e da logística para a realização da validação em cada

cenário onde ocorrerá o processo e definição dos assessores locais.

• Elaboração do Manual de Orientação para os participantes da validação da

metodologia de avaliação de competências propostas pelo SCC/PROFAE.

56

• Realização da capacitação para os enfermeiros avaliadores que participarão do

processo de validação da metodologia de avaliação de competências propostas pelo

SCC/PROFAE – 04 módulos de capacitação, com carga horária total de 80 horas.

• Reuniões para discussão dos critérios de ponderação dos níveis de alcance das

competências – proposição das rubricas de avaliação.

• Seleção da amostra de auxiliares de enfermagem que participaram do teste piloto da

validação, em Brasília.

• Encaminhamento da carta-convite e da ficha de inscrição para os auxiliares de

enfermagem que compõem a amostra para o teste piloto.

• Reuniões para planejamento e organização da logística do teste piloto da validação da

metodologia de avaliação de competências propostas pelo SCC/PROFAE. Aplicação

de metodologia de avaliação de competências profissionais – subsídios para a

avaliação formativa e para a implementação de processos de certificação profissional

na área da saúde.

• Realização de pesquisa qualitativa para elaboração do instrumento de avaliação do

saber-ser ético-profissional e montagem do banco de questões para esta avaliação.

• Elaboração dos marcadores do saber-ser ético-profissional e do instrumento de

avaliação.

• Construção do ambiente de avaliação virtual: objetos de aprendizagem e objetos de

avaliação (vídeos clínicos e homem virtual).

• Definição das estratégias de implementação da validação da metodologia de avaliação.

• Realização de oficinas para o planejamento local da validação – três oficinas em cada

cenário de validação: Natal, Rio Branco, Curitiba e Belo Horizonte.

• Elaboração do Manual de Orientação da Validação da Metodologia de Avaliação de

Competências.

• Elaboração de material instrucional para a capacitação de enfermeiros-avaliadores.

• Realização da capacitação de enfermeiros para atuarem como avaliadores no processo

de avaliação de prática simulada – 4 módulos de capacitação (teórica e prática); 50

enfermeiros capacitados oriundos dos seguintes cenários: ET SUS/RN; ET SUS/AC;

ET SUS/PR; ET SUS/DF; Escola Técnica de Enfermagem da UFMG/MG.

• Realização do teste-piloto da validação, no Distrito Federal.

• Contratação de instituição para operacionalização nacional da validação da

metodologia de avaliação de competências.

57

Validação

Estado/

cidade

Participantes

Provas ABCD

Período

(a prova prática será sempre

no 2º dia)

Nº de Avaliadores

capacitados

AC - Rio Branco

89/35

10 e 11 de nov/20072

07

RN-Natal

135/50

08 e 09 de dez/2007

09

MG-Belo Horizonte

128/82

08 e 09 de dez/2007

14

PR-Curitiba

76/70

01 e 02 de 12/07

15

DF- Brasília3

40/15

11 e 12/08/07

05

TOTAL

468/252

50

Outras atividades realizadas:

• Elaboração do perfil de competência para o Cuidador de Pessoas Idosas.

• Início da elaboração de perfis de competência para:

- Técnico de Vigilância Epidemiológica

- Técnico de Vigilância Ambiental

- Técnico de Vigilância Sanitária

• Apresentação de trabalhos na IX Conferencia Iberoamericana de Educación en

Enfermeria y I Encuentro Latinoamérica-Europa, realizada no período de 02 a 05

de outubro de 2007. Foram apresentados os seguintes trabalhos:

Formação e qualificação de trabalhadores de nível médio de

enfermagem no Brasil: a experiência do Profae.

Perfil de competências profissionais do auxiliar de enfermagem: relato

de experiência brasileira.

A tele-educação aplicada à avaliação de competência: construindo a

certificação profissional de trabalhadores da saúde no Brasil.

• Apresentação da experiência do Profae no Fórum Internacional de Certificação de

Pessoas, realizado em 25 e 26 de setembro, em São Paulo.

2 O processo de validação no Acre foi repetido em janeiro de 2008 devido a problemas operacionais.

3 Em Brasília foi realizado o teste piloto da validação.

58

• Apresentação da experiência do Sistema de Certificação de Competências no

Simpósio Internacional de Práticas em Saúde Coletiva, realizado pela Escola de

Enfermagem da USP, no período de 03 a 05 de setembro.

• Apresentação no 59º Congresso Brasileiro de Enfermagem: O paradigma da

competência: aplicações na educação profissional de nível técnico, em 04 de

novembro.

1.5 - Mestrado Profissional

O Mestrado Profissional, objetiva promover a qualificação dos dirigentes e equipes

técnicas das Escolas Técnicas de Saúde – ETSUS e gestores de recursos humanos das

secretarias estaduais de saúde, responsáveis principais pelos processos educativos para o

Sistema Único de Saúde. Visa, ainda, atuarem como formadores e indutores de processos de

mudança em seus espaços de trabalho, mediante a adoção de novos conceitos e práticas,

desenvolvendo produtos de alta aplicabilidade ao desenvolvimento do Sistema Único de

Saúde.

Durante o ano de 2007, as ações desenvolvidas neste âmbito podem ser assim

expressas:

Reunião em abril e junho de 2007 para pactuação da execução do mestrado com a

Instituição vencedora no 1º estágio da Concorrência Pública nº. 179/2006 –

Universidade Vale do Itajaí da qual ficou acordado o cronograma de atividades; a

elaboração do edital de seleção dos candidatos; oficina com os docentes para

discussão do mestrado sendo abordados os temas: educação profissional, perfil de

conclusão dos egressos, importância dos conteúdos e metodologia a ser abordada,

áreas prioritárias da formação.

Constituição de Comissão para avaliação das propostas apresentadas no 2º estágio da

Concorrência Pública nº. 179/2006, Carta-Convite nº. 700/2007, referente à reabertura

da segunda etapa da licitação para contratação de Instituições de Ensino Superior já

pré-qualificadas, para ministrar o Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde,

Elaboração de proposta para avaliação e monitoramento dos cursos de mestrados

oferecidos pelas instituições de nível superior.

Contratação de instituição universitária vencedora na primeira etapa da licitação do

mestrado profissional em gestão da educação e do trabalho em saúde para

gestores/docentes das ETSUS e de Recursos Humanos das SES.

Análise da proposta da instituição vencedora na segunda fase.

Aprovação da proposta e lançamento de Edital de Convocação para os

gestores/docentes das ETSUS e de Recursos Humanos das SES

59

2 - Formação na Área de Odontologia

A formação técnica em saúde bucal é prioritária para o SUS, visto que a

estratégia Saúde da Família indica como necessária a equipe de saúde bucal no atendimento

integral à saúde da população. O DEGES/SGTES desde 2004 tem financiado projetos de

formação de Técnicos em Higiene Dental (THD) e de Auxiliares de Consultório Dentário

(ACD).

No ano de 2007 foram implantados cursos de Técnico em Higiene Dental e

Auxiliar de Consultório Dentário em 5 estados conforme tabela abaixo:

Projetos de Técnico de Higiene Dental e Auxiliar de Consultório Dentário com início de

execução no ano de 2007

UF Instituição executora Nº vagas Recursos

MG ESP 1043 R$ 3.050.775,00

ETSUS UNIMONTES 560 R$ 1.789.188,00

PI SES/ ETSUS 390 R$ 1.029.834,00

RJ ETSUS 928 R$ 3.712.000,00

RR ETSUS 200 R$ 900.000,00

SE ETSUS 440 R$ 1.554.300,00

TOTAL 3561 R$ 12.036.097,00

3 - Formação do Agente Comunitário de Saúde

A formação inicial de 400 horas do Agente Comunitário de Saúde deu-se a partir

da Portaria n˚ 2 474/GM de 2004 que possibilitou o financiamento dos cursos por meio do

repasse fundo a fundo. Hoje temos algumas situações que demonstram projetos financiados

com alunos em sala de aula ou formados, em quase todos os estados da federação, sendo as

exceções o Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Dentre os estados com projetos financiados,

alguns irão iniciar novas turmas ainda no primeiro trimestre de 2008, no caso os estados do

AC, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, PA, PB e SP, de modo a atingir o total de alunos

financiados.

Ressalta-se que os estados de AC, CE, PE, PI, RN e SP já executaram um primeiro

projeto, com atendimento da quase totalidade da demanda estimada. Ainda não apresentaram

projetos para financiamento da formação do Agente Comunitário de Saúde o estado do Rio

Grande do Sul e o Distrito Federal.

O quadro a seguir demonstra o quantitativo de ACS financiados, formados e em

formação, com dados atualizados até dezembro de 2007

60

3.1 - Situação da formação dos Agentes Comunitários de Saúde

Fonte: SGTES/DEGES/MS

Estado Nº de ACS

financiados

Nº de ACS

formados

Nº de ACS em

formação

Acre 1.283 441 256

Alagoas 4.611 4.611 0

Amazonas 5.394 4.316 1.116

Amapá 1.370 350 700

Bahia 21.338 1.691 3.049

Ceará 14.070 5.281 5.223

Espírito Santo 4.369 3567 802

Goiás 5.027 2.296 2.522

Maranhão 13.069 0 0

Minas Gerais 23.207 10.467 9.124

Mato Grosso do Sul 3.531 3.170 0

Mato Grosso 4.138 0 2.690

Pará 10.244 0 0

Paraíba 7.717 2.284 4.984

Pernambuco 12.975 14.435 0

Piauí 6.915 6.386 0

Paraná 12.128 3.972 7.049

Rio de Janeiro 5.427 1.221 2.059

Rio Grande do Norte 5.192 5.311 0

Roraima 618 178 440

Rondônia 2.410 120 757

Santa Catarina 3.083 3.083 0

Sergipe 3.455 757 1.078

São Paulo 17.123 10.097 2.600

Tocantins 3.269 3.202 0

TOTAL 193.000 87.236 44.449

61

3.2 - Educação Permanente para os ACS

Alimentação e Nutrição

Face à necessidade de aprofundar o tema na formação dos ACS, a SAS e a

SGTES estabeleceram uma parceria no sentido de elaborar um Programa de Capacitação em

Alimentação e Nutrição, incluindo conteúdos de Vigilância Alimentar, para os ACS.

Para tal, em julho de 2007 foi realizada uma oficina de trabalho para a elaboração

de uma proposta de qualificação dos ACS tendo como conteúdo básico ações que se referem

ao campo da Alimentação e Nutrição. O evento ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará

Prof. Marcelo Martins Rodrigues em Fortaleza / CE e contou com a presença dos

Coordenadores Estaduais dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição /CECANs,

das 05 Regiões, dos Diretores/Coordenadores Pedagógicos das Escolas que comporão o

Projeto Piloto (AM, AL, PE, CE, MS, PR, SP) e ainda com os Coordenadores da Atenção

Básica desses estados.

A partir do produto da oficina, realizou-se uma série de reuniões internas (SAS

/SGTES) para elaborar o Manual de Orientação (no prelo) e as estratégias de pactuação com

os gestores municipais para a implementação do Programa.

Está prevista para março de 2008 uma Oficina para apresentação do material e

capacitação dos coordenadores da ETSUS e dos CECANs

Projeto Olhar Brasil

Criado como um Programa de Governo, o Projeto Olhar Brasil, desenvolvido em

parceria com o MEC, tem por objetivo reduzir a evasão e repetência escolar em alunos

matriculados na educação fundamental, na educação de jovens e adultos e melhorar a

qualidade de vida da população de 60 anos ou mais.

Para tal, foi criado um Grupo de Trabalho com representantes do MEC e das

Secretarias de Atenção à Saúde e a de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, responsáveis

por elaborar um manual de orientação, que será utilizado pelos professores na identificação de

desvios de refração nos alunos e, pelos ACS, que serão responsáveis pela população de 60

anos ou mais.

O Projeto foi estruturado de forma que as Escolas Técnicas do SUS realize as

capacitações dos ACS, podendo, de acordo com a pactuação com os gestores locais, capacitar

também os professores da educação básica e da educação de jovens e adultos.

Ao longo do ano realizamos várias reuniões de trabalho com vistas a criação do

Manual de Orientações para Triagem do Projeto Olhar Brasil (no prelo) e está previsto para

março de 2008 o início das capacitações.

62

4 - Formação dos Técnicos em Vigilância

A formação dos profissionais da área de Vigilância Sanitária, Epidemiológica,

Ambiental e Saúde do Trabalhador, vem se dando em muitas das ETSUS, cada uma delas

buscando fazer a formação mais próxima de sua realidade de acordo com as necessidades

apresentadas pelos municípios.

Considerando a demanda apresentada às ETSUS, os cursos Técnicos em

Vigilância já ofertados, a Emenda Constitucional 51 e a elaboração da carta consulta do

PROFAPS, a Coordenação de Ações Técnicas financiou uma pesquisa em todo o território

nacional, para identificar, a partir do processo de trabalho, as ações que os profissionais de

nível técnico realizam nessas áreas, com o objetivo de identificar as atribuições dos

trabalhadores da área de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental e da saúde do

trabalhador. Essa pesquisa foi realizada em duas etapas a saber:

Etapa I: Realização de survey por meio de Entrevista Telefônica Assistida por

Computador (ETAC) em uma amostra de 416 municípios do país, estratificada por

porte populacional e por regiões.

Etapa II: Realização de Grupos Focais, com grupos representativos das 5 regiões

do país e de 2 faixas populacionais (até 100 mil e acima de 100 mil ).

Os principais resultados dessa pesquisa demonstram a distribuição dos técnicos

por escolaridade, tempo de serviço e no cargo atual, a distribuição dos municípios segundo a

profissão do técnico entrevistado, a área de vigilância onde há concentração na atuação do

técnico e outros resultados interessantes que estão dando subsídio à construção do perfil de

competências para o técnico dessa área.

Para tanto, várias atividades foram realizadas no ano de 2007 sob a coordenação

de um grupo de trabalho composto por profissionais da SGTES, SVS, ANVISA, NESCON,

OPAS e da Escola Politécnica Joaquim Venâncio:

Análise do banco de dados e definição das variáveis de análise dos resultados da

pesquisa;

Elaboração dos quadros demonstrativos das vigilâncias;

Análise dos quadros referente à caracterização de cada vigilância;

Reunião para apresentação da súmula;

Reunião de planejamento das atividades que serão realizadas no ano de 2008.

5 - Cuidador de Idoso com Dependência

A prioridade de capacitação de pessoal para a área do Cuidador do Idoso tornou-se

imprescindível a criação de uma rede formal de apoio, acompanhamento e orientação

formalizada por meio da Portaria nº 05/2003, onde o Ministério da Saúde e o Ministério da

63

Assistência Social e de Combate a Fome, instituem uma Comissão Especial para implementar

a rede de apoio.

O Departamento de Gestão da Educação na Saúde – DEGES/SGTES Coordenação

Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde e a Coordenação Técnica da Saúde do Idoso

- SAS, Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social,

realizaram em Blumenau/SC em abril de 2007, uma oficina de trabalho com o objetivo de

discutir com profissionais e estudiosos da área de gerontologia e geriatria, assistência social,

associações e conselhos estadual e municipal da pessoa idosa uma proposta de Perfil de

Competência do Cuidador de Pessoa Idosa com Dependência.

O objetivo do curso é capacitar cuidadores de pessoas idosas com dependência

nas cinco regiões do país utilizando o perfil de competências profissionais construído pelo

grupo e validando este perfil para que ele possa se tornar diretriz para outras escolas técnicas

do SUS.

A meta inicial desse projeto piloto, prevê a capacitação de 210 cuidadores

distribuídos em 6 turmas de 35 alunos cada, sendo 01 turma em cada uma das escolas abaixo

relacionadas:

1. Alagoas - Escola Técnica de Saúde Profª Valéria Hora

2. Acre - Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha

3. Minas Gerais - Centro de Ensino Médio e Fundamental/ Escola

Técnica/Unimontes

4. Rio de Janeiro - Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio

5. Mato Grosso do Sul - Escola Técnica do SUS "Professora Ena de Araújo

Galvão"

6. Santa Catarina, Blumenau - Escola Técnica de Saúde de Blumenau

Todas as ETSUS estarão iniciando os cursos em 2008, excetuando-se a escola

Politécnica Joaquim Venâncio, que iniciou suas atividades em novembro de 2007. Ao final

deste projeto espera-se ter validado o perfil profissional de competências do Cuidador de

Pessoas Idosas com Dependência, compreendendo quais as melhores estratégias para o

desenvolvimento desta formação e a partir deste ponto apoiar em todas as ETSUS outras

iniciativas para esta qualificação, ampliando assim a oferta de pessoas qualificadas para o

trabalho do cuidar de pessoas idosas.

3.2 - AÇÕES DESENVOLVIDAS NA GESTÃO E REGULAÇÃO DO TRABALHO EM

SAÚDE - DEGERTS

O Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde – DEGERTS é

responsável pela condução das políticas relacionadas às questões do trabalho em saúde,

objetivando introduzir uma cultura de negociação dos ambientes de trabalho como maneira de

redução dos conflitos, fortalecimento do processo de desprecarização do trabalho, atuando

64

junto a outros órgãos governamentais na regulação do trabalho em saúde e participando do

fórum permanente do mercosul para o trabalho em saúde.

O DEGERTS desenvolve suas ações por meio de duas coordenações gerais: a

coordenação–geral da gestão do trabalho em saúde e a coordenação-geral da regulação e

negociação do trabalho em saúde.

3.2.1 - Desprecarização do trabalho no SUS

O Comitê Nacional Interinstitucional de Desprecarização do Trabalho no SUS,

criado pela Portaria GM/MS 2.430 de 23 de dezembro de 2003 é um fórum institucional –

constituído por gestores e trabalhadores – com objetivo de elaborar políticas e formular

diretrizes que qualifiquem as relações e vínculos de trabalho no âmbito do SUS. Em 2007, o

Comitê realizou três reuniões e uma oficina:

19ª Reunião - 12 de abril de 2007

Objetivos: 1) Apresentação e debate da Pesquisa encomendada pela SGTES ao

NESCON/ UFMG: “Pesquisa e Qualidade do Emprego no Programa de Saúde da

Família”. Esta pesquisa constatou que houve uma diminuição significativa de

contratos precários no PSF, em especial em relação aos Auxiliares de Enfermagem e

ACS; e 2) Apresentação e debate da minuta de Protocolo de Desprecarização a ser

pactuado na MNNP-SUS. Este protocolo pretende fortalecer a política de

desprecarização dos vínculos do trabalho no SUS nos estados e municípios, com a

ampliação do debate e a busca de soluções para essa questão. Encaminhamentos da

reunião. Divulgar e apresentar a pesquisa realizada pelo NESCON no âmbito do

Ministério da Saúde; levar o debate do protocolo para Mesa Nacional de Negociação

Permanente do SUS.

20ª Reunião - 7 de agosto de 2007

Objetivos: Discussão sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal e suas implicações para

o setor saúde. Síntese da Reunião. O debate foi proposto para que se conseguisse

alcançar um consenso sobre o entendimento da Lei e construir alternativas com os

órgãos responsáveis pela aplicação e fiscalização desta, a Secretaria do Tesouro

Nacional do Ministério da Fazenda e o Tribunal de Contas da União. Participaram

da Mesa: Lenir Santos, representando o CONASEMS, que apresentou o ponto de

vista do Gestor Municipal; Paulo Seixas, representante do CONASS, que apresentou

o ponto de vista do Gestor Estadual com o tema Desprecarização e Lei de

Responsabilidade Fiscal – algumas perspectivas; Selene Nunes, representante da

Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, que realizou a

apresentação Aspectos da Contabilização das Despesas com Pessoal na Lei de

Responsabilidade Fiscal, colocando a visão do Governo Brasileiro sobre a

65

importância do equilíbrio das contas públicas; Luciene Pereira da Silva,

representante do Tribunal de Contas da União, que apresentou o papel do TCU na

fiscalização do repasse de recursos federais a Estados e Municípios; Miraci Astun,

CNTSS, que expôs o ponto de vista dos trabalhadores em relação à LRF para a área

da Saúde e Valdemar Rodrigues, pesquisador da Rede Observatório de Recursos

Humanos em Saúde/UNB, que realizou a apresentação da pesquisa Despesa com

Pessoal e Lei de Responsabilidade Fiscal: uma análise da situação na União, nas

Unidades Federadas e nos Municípios. A moderação da Mesa foi realizada pela

Diretora do DEGERTS, Maria Helena Machado.

Oficina sobre Desprecarização do Trabalho no SUS - 16 e 17 de outubro.

Local: Aracaju (SE). Participantes: Membros do Comitê de Desprecarização,

Gestores Estaduais e Municipais convidados, membros da Comissão Intergestora do

ProgeSUS (CIP), entidades sindicais, representantes de ACS e ACE. Objetivos: 1)

Apresentação e debate da pesquisa encomendada pela SGTES ao NESCON/UFMG:

Pesquisa e Qualidade do Emprego no Programa de Saúde da Família. 2) Debate

sobre o impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal e a Gestão do Trabalho no SUS,

tendo como palestrante convidado o Coordenador de Finanças do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Edson Ronaldo do

Nascimento; 3) Apresentação da proposta de publicação sobre legislação comentada

para a Área de Recursos Humanos em Saúde; 4) Debate sobre Fundação Estatal e a

Gestão do Trabalho no SUS. Nesta mesa foi apresentada a experiência da Bahia, pelo

Diretor da Atenção Básica da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia, Hêider

Aurélio Pinto. Encaminhamentos da oficina: a) Divulgar a pesquisa realizada pelo

NESCON/UFMG no site do Ministério da Saúde, do Comitê de Desprecarização, do

CONASS e do Conasems; b) Divulgar o artigo sobre a referida pesquisa; c) Realizar

novos estudos com foco em questões tais como as alternativas de contratações e as

formas de contabilização na LRF (se entram como despesas de pessoal ou não); d)

Discutir propostas de alterações da LRF no Comitê de Desprecarização; e e) Publicar

a coletânea de leis e jurisprudência existentes sobre o assunto.

21ª Reunião - 29 de novembro de 2007.

Objetivos: 1) Avaliação da Oficina realizada em Aracaju; 2) Avaliação/ balanço das

atividades do Comitê em 2007; 3) Construção/ Sugestão de agenda positiva para

2008; 4) Proposta de cronograma de atividades para 2008.

Documento publicado em 2007: “Orientações Gerais para elaboração de editais –

processo seletivo público” – Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate

às Endemias.

66

3.2.2 - PCCS-SUS

A Equipe Técnica realizou a análise da versão preliminar dos planos de carreiras das

SES de Goiás e Amazonas e das SMS de Natal-RN e Serra-ES. Com a edição da Portaria nº

1318/2007, de 5 de junho de 2007, que publica as Diretrizes Nacionais para a Instituição ou

Reformulação de Planos de Carreiras, Cargos e Salários e da Portaria nº 1963/2007, de 14 de

agosto de 2007, que institui Comissão para assessorar os órgãos e as instituições integrantes

do SUS na elaboração ou na reformulação de planos de carreiras, pretende-se dar

continuidade ao trabalho de apoio aos municípios na constituição de seus planos de carreiras.

3.2.3 - Regulação do trabalho em saúde

A Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde realizou, no ano de 2007, quatro

reuniões ordinárias, que contaram, em média, com a presença de 20 participantes. Foram elas:

8ª Reunião (07/03/07) - Planejamento das atividades do ano de 2007.

9ª Reunião (15 e 16/05/07) - Políticas de Educação na Saúde implementadas

pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; Debates sobre:

PL 3844/04 do (Define o Ato de Enfermagem); PL 480/03 (Regulamenta o

exercício de Acupuntura, autoriza a criação do Conselho Federal de

Acupuntura e dá outras providências); PL 4199/01 (Quiropraxia) e Exercício

da Optometria.

10 ª Reunião (15/08/07) - Discussão sobre: PL 6367/05 (Institui o dia do

Intensivista); PL 6286/05 (Institui o dia nacional do Esteticista); PL 1310/07

(Institui o dia nacional dos trabalhadores da área da saúde); PL 375/07 (Dispõe

sobre a obrigatoriedade da exibição nos hospitais e postos de saúde da rede

pública, de informações sobre profissionais de saúde); PLS 26/07 (Altera a Lei

nº 7.438/86, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem e dá outras

providências, para estabelecer prazo para a concessão de registros aos

atendentes, auxiliares e técnicos de enfermagem e às parteiras, bem como para

assegurar a esses profissionais acesso diferenciado aos cursos de graduação de

nível superior em enfermagem); Mesa Redonda: “Acupuntura e Exercício

Profissional”.

11ª. Reunião (17 e 18/12/07): Discussão sobre: PL 7.531/07 (Dispõe sobre o

exercício da atividade de Parteira Tradicional); PL 2.145/07 (Regulamenta a

atividade de Parteira Tradicional); PL 6.042/05 (Dispõe sobre o exercício da

profissão de Podólogo e dá outras providências); PLS 437/07 (Altera o art. 22

da Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, que dispõe sobre os Conselhos de

Medicina e dá outras providências, para estabelecer novas penas disciplinares);

Oficina: “Acupuntura e Exercício Profissional”.

67

3.2.4 - Notas técnicas elaboradas:

PL nº 5.635/05 – Dep. Onyx Lorenzoni (Regulamenta o exercício da

Profissão de Protesista/Ortesista);

PL nº 5203/05 – Dep. Gerson Gabrielli (Regulamenta o exercício da

Profissão de Instrumentador Cirúrgico);

PL nº 1444/03 – Dep. Alberto Lupion (Altera a Lei nº 6.316, de 17/12/75,

a fim de dispor sobre o exame de suficiência para o exercício das profissões

de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional);

PL nº 6459/02 (PLC113/05) - Deputado José Carlos Coutinho (Fixa a

jornada de trabalho semanal à categoria profissional de farmacêutico);

PL nº 642/07 – Dep. George Hilton (Dispõe sobre a regulamentação da

profissão de instrumentador);

PL nº 2.192/03 - Deputado Carlos Sampaio (Dispõe sobre a jornada de

trabalho do Fonoaudiólogo);

PL nº 650/2007 - Deputado Ribamar Alves (Acrescenta alínea “l” ao art.

15 da lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, que “dispõe sobre os

Conselhos de Medicina, e dá outras providências”);

PL nº 1549/03 - Deputado Celso Russomano (Disciplina o exercício

profissional de Acupuntura e determina outras providências);

PLS nº 480/2003 - Senadora Fátima Cleide (Regulamenta o exercício

profissional de Acupuntura, autoriza a criação do Conselho Federal de

Acupuntura e dá outras providências);

PLS nº 26/2007 - Senador Tião Viana (Altera a Lei nº 7.438/86, que dispõe

sobre o exercício da enfermagem e dá outras providências, para estabelecer

prazo para a concessão de registros aos atendentes, auxiliares e técnicos de

enfermagem e às parteiras, bem como para assegurar a esses profissionais

acesso diferenciado aos cursos de graduação de nível superior em

enfermagem);

PL nº 3844/2004 - Deputado Max Rosenmann (Define o ato de

enfermagem);

PL nº 1.892/2007 – Deputado Mauro Nazif (Acrescenta dispositivo à Lei

nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, para dispor sobre a duração do trabalho

do Biomédico);

PL nº 1.506/2007 – Deputado João Dado (Altera o art. 29 da Lei nº 5.764,

de 16 de dezembro de 1971, para impedir a exigência de exclusividade de

vínculo do profissional médico integrante de cooperativa de trabalho);

68

PL nº 4.556/1994 – Deputado Virmondes Cruvinel (Dispõe sobre o piso

salarial de médicos e cirurgiões-dentistas, alterando dispositivos da Lei nº

3.999, de 15 de dezembro de 1961 (Substitutivo do Senado);

PL nº 6.286/2005 – Deputado Válber Loubet (Institui o Dia Nacional do

Esteticista);

PLS nº 249/2006 – Senador Paulo Paim (Altera a Lei nº 8.234, de 17 de

setembro de 1991, para dispor sobre a jornada e condições de trabalho dos

Nutricionistas);

PL nº 7.531/2006 – Deputado Henrique Afonso (Dispõe sobre o exercício

da atividade de Parteira Tradicional);

PL nº 6.042/2005 – Deputado José Mentor (Dispõe sobre o exercício da

profissão de Podólogo e dá outras providências);

PLS nº 437/2007 – Senadora Maria do Carmo Alves (Altera o art. 22 da

Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, que dispõe sobre os Conselhos de

Medicina e dá outras providências, para estabelecer novas penas

disciplinares); e

PL nº 5.170/2005 – Deputado Givaldo Carimbão (Altera a Lei nº 7.394 de

29 de outubro de 1985, que regula o exercício da profissão de Técnico em

Radiologia e dá outras providências).

3.2.5 - GT dos técnicos em imobilização ortopédica.

Criado pela Portaria nº 6, de 11 de maio de 2007, tem como objetivo elaborar

alternativa de proposta de regulação da atividade profissional de Técnico em Imobilização

Ortopédica ou justificar a desnecessidade de regulação da ocupação, com prazo de 180 (cento

e oitenta) dias, contados a partir de sua instalação, para concluir os trabalhos. Em 27 de

novembro de 2007 foi publicada nova Portaria, prorrogando por até mais 180 dias os

trabalhos do GT (Portaria nº 41/MS – SGTES, de 27 de novembro de 2007) O GT é composto

por dois representantes do DEGERTS/SGTES/MS; um representante do DEGES/SGTES/MS;

um representante da SAS/MS; um representante do INTO (Instituto de Traumatologia e

Ortopedia); dois representantes dos Técnicos em Imobilização Ortopédica; um representante

do CONASS; um representante do CONASEMS; e dois representantes da Câmara de

Regulação do Trabalho em Saúde. Em 2007, o GT realizou três reuniões:

14/06/07 – Instalação do GT

05 e 06/07/07 – 1ª. Reunião Ordinária

16 e 17/08/07 – 2ª. Reunião Ordinária

Foram também realizadas reuniões com representações específicas do GT,

objetivando aprofundar o debate e se buscar o consenso sobre a questão, destacando-se

69

apresentação sobre o tema em Reunião da Câmara Técnica de Traumato-Ortopedia do INTO,

em 19 de dezembro, no Rio de Janeiro

3.2.6 - Fórum Permanente do MERCOSUL/AMÉRICA LATINA para o Trablaho

em Saúde

a) Organização de quatro reuniões do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em

Saúde

14ª Reunião Ordinária do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em

Saúde - 24/04/2007. Principais pontos abordados: 1) Preparativos da XXVIII

Reunião Ordinária da SGT nº 11 “Saúde”/MERCOSUL em Assunção, de 21 a 25 de

maio de 2007 - Agenda da próxima reunião; Programa de trabalho; proposta de

atualização da pauta negociadora; 2) Ata da XXVII Reunião Ordinária do SGT nº 11,

em Buenos Aires, 2006; 3) Proposta de calendário para as reuniões do Fórum em 2007;

4) Declaração Final da Cúpula Social do MERCOSUL; 5) Carta do Rio de Janeiro –

Declaração Conjunta das Ministras e Ministros da Saúde do MERCOSUL e Estados

associados.

15ª Reunião Ordinária do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em

Saúde - 26/06/2007. Principais pontos destacados: 1) Informes da XXVIII Reunião

Ordinária do SGT nº 11 “Saude”/MERCOSUL (22 a 25 de maio de 2007, em

Assunção/Paraguai); 2) Informes sobre reuniões realizadas entre o Ministério da Saúde

e o MEC, nos dias 4 e 18 de junho – MERCOSUL Educacional; 3) Apresentação do

tema “Mecanismo experimental de Acreditação dos cursos de graduação (MEXA), no

MERCOSUL” – Regina Estela (DEGES/SGTES/MS)

16ª. Reunião Ordinária do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em

Saúde - 26/09/2007. Principais pontos destacados: 1)Informes sobre o Fórum

Odontologia e Mercosul, realizado em 1º de setembro de 2007; 2) Preparativos para a

XXIX Reunião do SGT nº 11 “Saúde”/MERCOSUL (a realizar-se no período de 22 a

26 de outubro de 2007, em Montevidéu/Uruguai); 3) Relatório da Oficina Internacional

sobre Matriz Mínima de Exercício Profissional, realizada em maio de 2007, em

Assunção/Paraguai); 4) Relatório da reunião sobre análise dos mecanismos de

formação das especialidades médicas priorizadas no MERCOSUL, realizada nos dias 03

e 04 setembro de 2007 em São Paulo; 5) Relatório da Reunião GT Enfermagem,

realizada em 03 de agosto de 2007, em Brasília; 6) Preparação da reunião prévia dos

GTs das especialidades médicas e de enfermagem, a se realizar nos dias 18 e 19 de

outubro, em Montevidéu.

17ª. Reunião Ordinária do Fórum Permanente MERCOSUL para o Trabalho em

Saúde - 26/06/2007. Principais pontos destacados: Informes sobre a XXIX Reunião

do SGT nº 11 em Montevidéu; 2) Balanço das atividades do Fórum Permanente em

2007 e apresentação de Calendário das reuniões e proposta de trabalho para 2008; 3)

70

Viabilização dos mecanismos de financiamento da Subcomissão do Exercício

Profissional; 4) Projetos de pesquisa para construção de diagnóstico da situação atual

dos Recursos Humanos em saúde no MERCOSUL (educação e exercício profissional);

5) Proposta de estreitar relações do Fórum Permanente com o Parlamento MERCOSUL

b) GT Enfermagem. Reunião em 03/08/07 com a participação de representantes da ABEn,

COFEN e FNE, com o objetivo de analisar os mecanismos de formação, reconhecimento e

especialidades da Enfermagem de grau universitário, em continuidade aos debates iniciados a

partir da definição das profissões comuns priorizadas pelo SGT nº. 11 “Saúde” /MERCOSUL.

c) Especialidades médicas priorizadas no âmbito do MERCOSUL. Oficina realizada em

São Paulo (03 e 04/09/07) com a participação de representantes da Sociedade Brasileira de

Pediatria, Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Brasileira de Medicina de

Família e Comunidade, FENAM, Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB),

FEBRASGO e Associação Brasileira de Educação Médica, com o objetivo de discutir a

questão de forma mais aprofundada, oferecer subsídios para a posição do governo brasileiro,

bem como assegurar a participação das representações da área nos debates que serão

realizados.

d) Participação no Fórum “Odontologia e MERCOSUL” (01/09/07). Congresso

Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro, promovido pela Associação Brasileira de

Odontologia.

e) Participação de reuniões do Conselho Nacional de Imigração – CNIg/TEM. Elaboração

de diagnóstico preliminar da situação dos estrangeiros que trabalham no Brasil.

3.2.7 - Qualidade do trabalho e humanização da gestão

O tema indicado requer a integração entre diferentes áreas do Ministério, e esta

articulação foi buscada ao longo do ano junto à Política Nacional de Humanização, à Área

Técnica de Saúde do Trabalhador e à Coordenação de Atenção Integral à Saúde do Servidor.

As principais ações desenvolvidas foram as seguintes:

Reuniões de trabalho com a participação de gestores e trabalhadores das diferentes

esferas de governo, para discussão e redação final do relatório da Oficina Nacional – Ações

para a Melhoria da Saúde do Trabalhador do SUS, ocorrida em novembro de 2006.

Reuniões intraministeriais, envolvendo DEGERTS, CGRH, PNH e COSAT, cujos

representantes compõem o Grupo de Valorização e Cuidado ao Trabalhador da Saúde, para

definição de estratégias visando a Saúde do Trabalhador da Saúde. Levantamento e análise

sobre as políticas já existentes, fontes de dados, procedimentos, propostas de enfrentamento

da questão, para posterior articulação institucional em uma proposta de Política de Saúde do

Trabalhador da Saúde. Proposta de formalização do Grupo. Reuniões de trabalho com o

Grupo de Trabalho de Saúde do Trabalhador, da MNNP-SUS, com proposta de trabalho

integrado.

71

Reuniões do Grupo de Trabalho de Saúde do Trabalhador da Mesa Nacional de

Negociação do Trabalho no SUS – GTST/MNNP-SUS. Discussão entre trabalhadores e

gestores da saúde das três esferas de governo e gestor privado, para levantamento de

prioridades, discussão de pautas de negociação entre entidades sindicais e gestores,

levantamento de prioridades e acordos para elaboração de protocolos referentes à saúde do

trabalhador da saúde.

Reuniões do Coletivo HumanizaSUS/MS, para elaboração e organização da 4ª

Semana HumanizaSUS/MS, inclusive com parceria entre UnB - Ministério da Saúde para

participação do pesquisador francês Christophe Dejours em palestra no MS sobre

Psicodinâmica do Trabalho.

Participação em Seminário de Divulgação dos Resultados da Aplicação do Programa

Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde. Perspectiva: participação para alterações no

questionário sobre condições e relações de trabalho. Perspectiva de trabalho de análise com os

dados levantados.

Participação da Conferência Governamental de Políticas para as Mulheres,

preparatória para a II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.

Participação na organização do 1º Simpósio sobre Condições de Saúde e Trabalho no

Setor Saúde, realizado no período de 7 a 9 de novembro, em Belo Horizonte, com o objetivo

de conhecer e divulgar os resultados de pesquisas sobre o tema da Saúde do Trabalhador da

Saúde, bem como contribuir para a promoção do intercâmbio científico e tecnológico tendo

como foco as CST/Saúde. Participação em apresentação de trabalhos: comunicação oral e

pôster e coordenação de sessão de apresentação de trabalhos.

3.2.8 - NEGOCIAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE

O eixo Negociação do Trabalho em Saúde atua com o objetivo de propor, incentivar

e acompanhar ações que visem a democratizar as relações de trabalho, dar tratamento aos

conflitos inerentes às relações de trabalho e garantir o pleno exercício dos direitos de

cidadania aos trabalhadores da saúde.

Como estratégia para desenvolver a política de democratização das relações do

trabalho, em 2003 foi reinstalada a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS

(MNNP-SUS), representando um espaço democrático de discussão e de pactuação entre

gestores públicos e privados e trabalhadores de saúde, sobre as questões referentes às relações

de trabalho. A MNNP-SUS já realizou até o momento vinte e nove reuniões, sendo que seis

foram realizadas em 2007.

As decisões da MNNP-SUS são registradas em protocolos, que consolidam as

pactuações realizadas. Foram aprovados, até o momento, sete protocolos: Regimento Interno

(2003), Implantação das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação Permanente do SUS

(2003), Sistema Nacional de Negociação Permanente do SUS – SiNNP-SUS (2005), Processo

72

Educativo em Negociação do Trabalho no SUS (2005), Cedências no âmbito do Sistema

Único de Saúde (2006) e PCCS-SUS (2006) e o de Instalação de Comitês Estaduais de

Desprecarização do Trabalho (2007).

Em 2007, as ações do eixo voltaram-se especificamente para as seguintes pautas e

temas de trabalho da MNNP-SUS, assessoradas e monitoradas pelo DEGERTS:

a) Saúde do Trabalhador: o Grupo de Trabalho (GT) da MNNP que elaborou pautas

para a discussão sobre a inclusão dos servidores públicos à aplicação da Norma

Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimento de Assistência à

Saúde NR-32; discussão e proposta de organização de trabalhadores por locais de trabalho

nas instâncias do SUS. As demandas desta temática são polêmicas e densas, sendo que foi

realizada uma Oficina Nacional “ações para a melhoria da saúde do trabalhador do SUS”,

da qual membros da MNNP fizeram parte e teve como encaminhamento a reinstalação do

GT da Saúde do Trabalhador da Saúde. Foram realizadas 3 reuniões do GT durante o ano

de 2007.

b)Implementação do Sistema Nacional de Negociação do Trabalho em Saúde –

SiNNP-SUS e implantação das Mesas Estaduais e Municipais de Negociação

Permanente do SUS. Definição de estratégias a serem adotadas para sensibilizar gestores

e trabalhadores do SUS a participarem dos processos de instalação de Mesa Estaduais e

Municipais de Negociação. Para monitorar o SiNNP-SUS, está sendo criada a Sala de

Situação e realizada a migração da Sala Virtual de Apoio à Negociação do Trabalho no

SUS do sítio eletrônico, da Escola Nacional de Saúde Pública, para o Ministério da Saúde,

o qual qualificará o monitoramento do SiNNP. A previsão para o início de funcionamento

da Sala Virtual é até março de 2008. O Grupo de Trabalho de Divulgação e

Monitoramento das Mesas tem se reunido regularmente ao longo de 2007, com atribuições

de construir estratégias de divulgação e para o acompanhamento das Mesas.

O quadro da página seguinte apresenta as Mesas de Negociação instaladas e em processo

de instalação por Regiões, Estados e Municípios.

73

MESAS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS

INSTALADAS

EM PROCESSO DE

INSTALAÇAO

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

SUL RIO GRANDE DO SUL

SANTA CATARINA

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

SÃO PAULO SÃO PAULO - SP Maceió/AL

OSASCO/SP

SUDESTE VITÓRIA/ES

MINAS GERAIS BELO HORIZONTE / MG

JUÍZ DE FORA / MG

RIO DE JANEIRO

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

CENTRO OESTE MATO G. SUL DOURADOS/MS

CAMPO

GRANDE/MS

CUIABÁ/MT

GOIAS GOIANIA/GO

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

NORTE AMAZONAS PARÁ

AMAPA

ACRE

ESTADUAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS MUNICIPAIS

PERNAMBUCO RECIFE/PE MARANHÃO

JOÃO

PESSOA/PB

CEARA FORTALEZA/CE PIAUI

NORDESTE BAHIA SALVADOR/BA

RIO GRANDE DO NORTE

c) Principais temas levados à discussão na Mesa Nacional de Negociação

Permanente do SUS

- Discussão sobre Fundações Estatais. Durante a Reunião Extraordinária dos dias 14

e 15 de maio de 2007, foi debatido o tema das Fundações Estatais, com a presença de

representantes do grupo que elaborou o projeto. Após explanação da proposta e amplo

debate, foi ressaltada a importância de aprofundar as pautas, especificamente me

relação à gestão do trabalho e a riqueza desse debate na construção do Projeto de Lei

Complementar, que precisa ser votado em quórum qualificado. Seguramente, esse é

um primeiro momento de debate. O tema foi definido como ponto de pauta

permanente na MNNP.

74

- Discussão sobre EC 51. Durante a Reunião Extraordinária dos dias 14 e 15 de maio

de 2007, o tema foi apresentado pela Dra. Marli, da SE/MS e debatido por todos os

participantes. Ficou evidente a necessidade de aprofundamento dos debates sobre o

tema que tornou-se ponto de pauta permanente na MNNP.

- Processo Educativo em Negociação do Trabalho no SUS. O Processo Educativo

em Negociação do Trabalho no SUS é uma das ações definidas e vinculadas à MNNP-

SUS. Esse projeto tem caráter formativo e informativo. É dirigido às bancadas de

gestores, trabalhadores e prestadores de serviço envolvidos no processo de negociação

no âmbito do SUS. Foi elaborado em parceria com Escola Nacional de Saúde Pública -

ENSP/FIOCRZ e Organização Pan-americana de Saúde - OPAS. Formará 80 tutores e

2000 alunos na área da Negociação do Trabalho no SUS. Os tutores e alunos já estão

selecionados, o material didático finalizado e o início das atividades do curso estão

previstas para o início de 2008.

- Encontro Nacional das Mesas de Negociação do SUS. A MNNP-SUS organizou,

em conjunto com o DEGERTS, o Encontro Nacional das Mesas de Negociação do

SUS, nos dias 19 e 20 de setembro de 2007. Compareceram ao evento, representantes

26 Mesas, Estaduais e Municipais – gestores e trabalhadores – o que propiciou uma

rica troca de experiências e o levantamento de propostas para ação conjunta, para

fortalecimento e enriquecimento do processo nacionalmente. Na ocasião, ocorreu o

lançamento, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, de Selo Comemorativo

alusivo aos 5 anos de funcionamento ininterrupto da MNNP-SUS.

D) desafios no campo da negociação do trabalho em saúde

Os desafios que se colocam no campo da negociação do trabalho em saúde

apresentam-se no âmbito da consolidação de ações que já vêm sendo realizadas:

Implementação e fortalecimento do SiNNP- SUS

Implementação das Mesas Estaduais e Municipais

Seminário Nacional das Mesas de Negociação

Discussão sobre Jornada de Trabalho

Elaboração de Protocolo relativo à Saúde do Trabalhador: NR-32, COLSATs

3.2.9 - QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO NO SUS

As estruturas responsáveis por operacionalizar as políticas voltadas para a gestão do

trabalho e desenvolvimento dos trabalhadores que atuam na saúde, formam atualmente um

conjunto importante de órgãos nas esferas federal, estadual e municipal, caracterizadas pela

grande assimetria de objetivos, vocações, condições de funcionamento e de desenvolvimento.

75

Com o objetivo de melhor qualificar as áreas de Gestão do Trabalho no SUS, o

Degerts/SGTES/Ministério da Saúde, em parceria com o CONASS e CONASEMS e

cooperação técnica com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), vem

desenvolvendo diversas ações de fortalecimento da área.

O ano de 2006, no campo da gestão do trabalho, caracterizou-se pela transformação

de um projeto de qualificação das estruturas de Recursos Humanos nos Estados e Municípios,

em um importante Programa – o Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do

Trabalho e da Educação no SUS (ProgeSUS), cujos conteúdos, componentes e

desenvolvimento foi pactuado na Comissão Intergestores Bipartite e formalizado por

intermédio da Portaria GM/MS nº. 2.261/2006, de acordo com as diretrizes para o setor,

contidas no Pacto de Gestão e inscritas na Portaria Nº 399/GM de 22 de fevereiro de 2006.

Com o propósito de operacionalizar o referido Programa, foi criada a Comissão

Intergestores do ProgeSUS para o acompanhamento de sua implementação e convidados

núcleos de ensino e pesquisa vinculados à instituições formadoras na área da saúde pública –

mais precisamente no terreno dos recursos Humanos – com o objetivo de que estes

contribuíssem na formulação do material e da metodologia a serem adotados na execução do

componente dedicado à capacitação dos setores de Recursos Humanos.

A Portaria nº. 2.261/2006, publicada em 26 de setembro de 2006, principiou a ação

de cooperação financeira para a modernização dos setores de gestão do trabalho e da

educação. Este componente, como fixado na portaria supra, tem como propósito o

provimento ou modernização dos recursos tecnológicos necessários a um adequado

funcionamento dos setores de Recursos Humanos. Em seguimento à Portaria, foram

publicados os Editais nº. 03 e 04/2006/SGTES, que convocaram as Secretarias de Saúde dos

Estados, do DF e das Capitais a apresentarem projetos com vistas ao credenciamento de seus

setores de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (Recursos Humanos) no ProgeSUS, isto

é, sua habilitação no componente I (cooperação financeira) do ProgeSUS resulta no aporte de

recursos financeiros para a aquisição de equipamentos e mobiliários para uso exclusivo das

estruturas de gestão e educação do trabalho no SUS. Posteriormente, através dos Editais nº 01

e 02/2007/SGTES, foram convocadas as Secretarias Municipais de saúde constantes das

Etapas II e III, cujo processo de análise e homologação dos Projetos ainda está em

andamento.

No que se refere à capacitação de gestores das áreas de Gestão do Trabalho e

Educação na Saúde (Recursos Humanos), através de componente de qualificação dos

profissionais para a melhoria das ações técnicas, administrativas e institucionais, foi

realizado, em 2007, Curso de Atualização em Informação e Informática para a Gestão do

Trabalho no SUS (Rio Branco/Acre, 16 a 20 de abril), com a participação de técnicos das

Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde da Região Norte, contempladas nas Etapas I, II e

III do ProgeSUS. Em novembro de 2007 teve início o Curso de Especialização em Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde, com três turmas de 40 alunos cada, sendo uma no Rio de

Janeiro (gestores de Recursos Humanos das Secretarias de Saúde das Regiões Sudeste e Sul),

76

uma em Recife (gestores de Recursos Humanos das Secretarias de Saúde da Região

Nordeste) e uma em Brasília (gestores de Recursos Humanos das Secretarias de Saúde das

Regiões Norte e Centro-Oeste), totalizando 120 alunos. Da mesma forma e concomitante ao

Módulo I do Curso de Especialização, foi realizado Curso de Atualização em Informação e

Informática para a Gestão do Trabalho e Educação na Saúde – três turmas de 20 alunos em

cada turma, totalizando 60 alunos – estando previstas outras nove turmas, onde serão

abordados temas específicos de Gestão do Trabalho e Educação no SUS. Tanto os cursos de

Especialização quanto os de Atualização estão sendo realizados em parceria com a Escola

Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ e o Instituto de Medicina Social/UERJ,

responsáveis pela condução do processo de elaboração e desenvolvimento dos mesmos.

Com o objetivo de avaliar avanços e dificuldades para a implementação do

ProgeSUS, bem como o de apresentar e discutir estratégias para a consolidação do Programa,

foi realizado, no período de 18 a 20 de setembro, o Encontro Nacional do ProgeSUS, com a

participação de 53 gestores das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde das Capitais.

A passo igual, a Comissão Intergestores do ProgeSUS definiu as variáveis para

compor o Sistema Nacional de Informações para a Gestão do Trabalho no SUS (o referido

Sistema será finalizado este ano e servirá de precioso instrumento para subsidiar os gestores

da área na tomada de decisões referentes a implementação de políticas para a Gestão do

Trabalho no SUS), bem como os critérios para convocação dos Municípios a participarem do

Componente I – Etapa IV do ProgeSUS (municípios não contemplados nas Etapas II e III do

Programa).

Também encontram-se em fase de elaboração novos manuais técnicos da Série

Cadernos do ProgeSUS, versando sobre temas específicos para a gestão do trabalho, como

Manual de Legislação para a Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Será também

publicado, no próximo número de Cadernos RH Saúde, estudo sobre o perfil dos dirigentes

de Recursos Humanos das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde habilitadas no

Componente I do ProgeSUS.

BALANÇO DO PROGESUS

Total de Municípios contemplados nas Etapas I, II e III do Componente I –

Estruturação do ProgeSUS

I Etapa:

52 Projetos homologados, sendo 27 Projetos de Secretarias Estaduais de Saúde

e 25 projetos de Secretarias Municipais de Saúde (Capitais).

II Etapa:

44 Projetos homologados: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus,

Camaçari, Caucaia, Vila Velha, Serra, Imperatriz, Contagem, Uberlândia,

Uberaba, Juiz de Fora, Montes Claros, Santarém, Campina Grande, Londrina,

77

Maringá, Cascavel, Paulista, Caruaru, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói,

Petrópolis, Volta Redonda, Macaé, Mossoró, Pelotas, Santa Maria, Rio

Grande, Guarulhos, Campinas, Santo André, Sorocaba, São José do Rio Preto,

Diadema, Bauru, Sumaré, Marília, Americana, Itapecerica da Serra, Itu,

Botucatu e Lins.

6 Projetos em pendência: Anápolis, Santos, Mauá, Piracicaba, São Vicente e

Ferraz de Vasconcelos.

III Etapa:

54 Projetos homologados: Arapiraca, Juazeiro, Jequié, Lauro de Freitas,

Barreiras, Porto Seguro, Paulo Afonso, Candeias, Serrinha, Itaberaba, Iguatú,

Maracanaú, Maranguape, Quixeramobim, Rio Verde, Planaltina de Goiás,

Itumbiara, Jataí, Dourados, Divinópolis, Poços de Caldas, Teófilo Otoni,

Ananindeua, Castanhal, Cametá, Foz de Iguaçu, Apucarana, Camaragibe,

Belford Roxo, Teresópolis, Carmo, Caxias do Sul, Canoas, Passo Fundo,

Vilhena, Blumenau, Chapecó, Itajaí, Cubatão, Jundiaí, Guarujá, Embu, Praia

Grande, Taboão da Serra, Jacareí, São Caetano do Sul, Mogiguaçu, Ribeirão

Pires, Catanduva, Itanhaém, Bebedouro, São José do Rio Pardo, Casa Branca e

São Carlos.

29 Projetos pendência: Coari, Santana, Crateús, Crato, Joazeiro do Norte,

Sobral, Linhares, São Mateus, Aparecida de Goiânia, Luziânia, Itabira, Patos

de Minas, Santa Luzia, Sete Lagoas, Varginha, Várzea Grande, Cabo de Santo

Agostinho, Guaranhuns, Igarassu, Palmares, Salgueiro, Floriano, Parnaíba,

Picos, Araucária, Ponta Grossa, Parnamirim, São José de Mipibú e Santa Cruz.

Balanço Geral: das 287 Secretarias de Saúde previstas à habilitação no Componente I do

ProgeSUS, 191 Secretarias enviaram projetos, sendo que destes projetos, 150 foram

homologados, 6 não foram homologados e os demais estão em exigência, com prazo para

envio dos documentos. A SGTES reabrirá novo prazo para apresentação dos projetos das três

primeiras etapas do ProgeSUS, bem como procederá à convocação de Municípios para

participarem do Componente I – Etapa IV do ProgeSUS.

3.2.10 - OUTRAS ATIVIDADES REALIZADAS

XXIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) – 27 a

30 de junho de 2007. Participação na Oficina Pré-Congresso sobre “Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde” – Objetivos: divulgação das políticas de gestão do

trabalho e de gestão da educação. Encaminhamentos: necessidade de discussão sobre a

Lei de Responsabilidade Fiscal (realização de estudos); consolidação de uma política

78

solidária, com a participação das três esferas de governo, no processo de

desprecarização dos vínculos do trabalho no SUS.

IV Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (ABRASCO) – 13

a 18 de julho de 2007. Participação da equipe técnica do DEGERTS no Curso Pré-

Congresso sobre “Abordagens Metodológicas para Pesquisas em Gestão do Trabalho e

da Educação na Saúde” – Objetivo: conhecer as principais linhas e metodologias de

pesquisa na área de gestão do trabalho e da educação na saúde; Apresentação de 7

Posters no Congresso, sendo que um deles recebeu Menção Honrosa por parte da

Comissão Julgadora.

Sistema S na Saúde. Foram iniciados estudos sobre a instituição do Sistema S na

Saúde. Contato com Presidente da Confederação Nacional de Saúde, que manifestou

apoio à iniciativa. Levantamento dos projetos de Lei em tramitação na Câmara de

Deputados e Senado Federal, que cria o Sistema S na Saúde. Com a instituição da

Comissão Interministerial de Gestão e Regulação do Trabalho e Emprego na Saúde,

pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego (Portaria Interministerial nº

3.241, de 5 de dezembro de 2007), a mesma terá, como uma das primeiras questões a

serem tratadas, formular substitutivo aos projetos citados que devam tratar, sobretudo,

do sistema de gestão que inclua presença decisiva do Governo Federal e controle

social.

Criação de “Força Nacional” em Saúde com vistas à formulação de políticas

específicas e contratação, pelo governo federal, de 2000 médicos e 1000 enfermeiros

para lotação em municípios que enfrentam severas dificuldades no provimento destes

profissionais.

Instalação, em 18 de dezembro de 2007, das atividades do Grupo de Trabalho

Interministerial Ministério da Saúde-Ministério da Defesa (Portaria Interministerial nº

3.319, de 5 de dezembro de 2007) para, prioritariamente, elaborar diagnóstico sobre a

prestação de serviços de atenção à saúde em áreas longínquas, inóspitas e de difícil

acesso.

3.3 - AÇÕES TRANSVERSAIS À GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA

SAÚDE

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde coordena duas redes de

instituições acadêmicas que apóiam as atividades de gestão do trabalho e da educação na

saúde: Rede de Observatórios de Recursos Humanos (ROREHS) e a Rede de Ensino para a

Gestão Estratégica do SUS (REGESUS).

79

3.3.1 - REDE OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE

A ROREHS, coordenada pelo Ministério da Saúde com cooperação técnica da

Organização Pan-Americana da Saúde/OPAS, tem o objetivo de produzir estudos e pesquisas

propiciando o amplo acesso a informações e análises sobre a área de recursos humanos de

saúde do país, facilitando melhor formulação, acompanhamento e avaliação de políticas e

programas setoriais. Em 2006, o Ministério da Saúde estimulou o desenvolvimento da Rede

de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde a partir do fomento de sua qualificação e

ampliação de suas estações, proporcionando maior eficácia da pesquisa na área, bem como a

estruturação de uma rede apoio aos gestores do SUS.

Em 2007, a ROREHS investiu na qualificação das Estações de Trabalho, apoiando

iniciativas de produção do conhecimento na área de Recursos Humanos com vistas à melhor

atender às necessidades dos Gestores do SUS. Outra ação consolidada foi a participação

efetiva em Seminários Internacionais solidificando a cooperação internacional da ROREHS,

para os países africanos de língua portuguesa, bem como para os países do MERCUSUL e da

Região Andina, dando continuidade à política que havia começado em 2006 a partir da visita

de delegação peruana interessada em adotar em seu país experiência semelhante à da Rede

Observatório.

Apesar da ROREHS contar com Estações de Trabalho que disponibilizam

informações em seus sites, surgiu a necessidade de se criar uma Home Page que agregasse

essas informações e que fosse gerenciada pela Coordenação Nacional da Rede. A idéia é

divulgar informações atualizadas acerca de Recursos Humanos, estudos e pesquisas

desenvolvidas pelas Estações de Trabalho de modo que, através de uma divulgação eficiente,

essas informações propiciem aos Gestores um melhor cenário na área de Recursos Humanos.

Atualmente a Home Page está em fase de criação.

Foram incorporadas à Rede Observatório duas novas Estações de Trabalho: “Saúde,

Trabalho e Cidadania” do Núcleo de Desenvolvimento em Saúde da Universidade Federal do

Mato Grosso e o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da UNICAMP, perfazendo assim

um total de 22 estações de trabalho que são instituições de ensino, pesquisa e serviço com

acumulação na área de Recursos Humanos de Saúde.

No ano de 2007 foram apoiadas as seguintes produções acadêmicas por instituição:

ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA/ENSPSA/FIOCRUZ

- Pesquisa “Diagnóstico dos Recursos Humanos em Saúde nos Estados e Municípios

fronteiriços com a América do Sul e MERCOSUL”.

- Pesquisa “Cooperativas de Trabalho Médico no Setor Saúde: Um Estudo

Exploratório”.

- Publicação da Pesquisa “Tendências da Oferta da Graduação em Saúde no Brasil”.

80

- Pesquisa “Variáveis e Indicadores para análise de Recursos Humanos em Saúde no

Brasil”.

- Pesquisa “Formação dos Enfermeiros no MERCOSUL: Estudo Comparativo

Curricular”.

- Pesquisa “Mapeamento do Processo de Regulação do Trabalho e da Educação das

Profissões de Saúde de Nível Superior no Âmbito do MERCOSUL”.

- Pesquisa “Análise da Força de Trabalho no Setor Saúde no Brasil”.

- Projeto: “Traçar a situação das 14 profissões de Saúde no Brasil”.

- Diagnóstico da situação das sete categorias profissionais prioritárias nos cinco Estados

partes do MERCOSUL.

- Mapeamento da Gestão do Trabalho em Saúde no Brasil e no MERCOSUL.

- Atualização e Manutenção do ObservaRH – ENSP/FIOCRUZ.

- Projeto: “Perfil do Corpo Clínico da Santa Casa de Belo Horizonte”.

OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE DO NESP/CEAM/UNB

- Pesquisa “Conjuntura do Emprego em Saúde na Primeira Metade da Década de 2000”.

- Pesquisa “Caracterização dos Recursos Humanos nas Práticas Alternativas de Saúde

adotadas no Distrito Federal”.

- “Caracterização do Processo de Trabalho em Atenção Básica/Saúde da Família nos

Setores Públicos e Privados nas capitais das Regiões Centro-Oeste (Goiânia, Campo

Grande e Cuiabá) e Norte (Palmas)”.

- Pesquisa “Relações de Trabalho em Saúde: Aspectos Jurídicos e Estatísticos”.

- Estruturação e Implantação de Sala de Telepesquisa

- Atualização e Manutenção do novo Sítio Web ObservaRH.

- “Vínculos de Trabalho no SUS e na Administração Pública: tendências no período

2001-2005”.

- “A Hermenêutica do Trabalho Administrado: o singular e o comum na ambiência

favorável è produtividade e à racionalização técnica do trabalho assistencial em saúde

bucal no PSF”.

- “Caracterização do Processo de Trabalho em Atenção Básica/Saúde da Família:

aspectos institucionais, do emprego e da atividade do médico em capitais da Região

Norte (Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus, Porto velho e Rio Branco)”.

- “O Perfil dos Recurso Humanos nas Práticas Alternativas de Saúde: a confluência das

racionalidades”.

- “Movimentação dos Profissionais de Saúde no Brasil: fluxos das migrações internas”.

81

OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE – CETREDE/UFC

- “Diagnóstico da Situação dos Trabalhadores de Saúde de Nível Superior e Técnico do

Sistema Único de Saúde na Macrorregião de Sobral - Ceará”.

- “Análise das Condições organizacionais e de seu Impacto sobre a Saúde dos

Trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial do Ceará”.

- “O Multiprofissionalismo em Saúde e a Interação das Equipes do Programa de Saúde

da Família no Ceará - CAPS”.

- “Em Busca do Humano: Avaliação do humaniza SUS em Ações Municipais de

Saúde”.

- “As parteiras Cearenses: Memórias da Arte Tradicional do Ofício de Fazer Parto”.

- O Enfermeiro no Programa Saúde da Família: Percepções, Possibilidades de Atuação,

Fronteiras Profissionais e Espaços de Negociação”.

- Avaliação do Processo de Implantação e Operacionalização dos Pólos de Educação

Permanente em Saúde no Estado do Ceará”.

- Estresse Ocupacional em Profissionais de Saúde Lotados em Emergência da Rede de

Unidades Hospitalares de Referência do Estado do Ceará”.

OBSERVATÓRIO DE RECURSOS HUMANOS – NESC/UFRN

- Pesquisa “O Trabalho na Estratégia Saúde da Família e a Cultura Humanística”.

- Pesquisa “Análise dos Projetos de Cooperação Técnica entre o Ministério da Saúde e a

OPAS”.

- Pesquisa “Dinâmica do Mercado de Trabalho em Enfermagem no Rio Grande do

Norte”.

- Pesquisa “Avaliação da implantação dos Planos de Cargos e Salários em dois Estados

da Federação”.

- Pesquisa “Avaliação do Processo de Instalação das Mesas de negociação Permanente e

a Implementação das mesmas”.

- Relatório sobre a realização do concurso “Prêmio Rosália Moura – Experiências em

Recursos Humanos em Saúde”, contendo a divulgação dos resultados.

- Relatório do Seminário “Estudos e Pesquisas em Recursos Humanos em Saúde”.

- Relatório contendo as iniciativas desenvolvidas para incremento da divulgação das

atividades do Observatório.

82

ESTAÇÃO DE TRABALHO OBSERVATÓRIO DOS TÉCNICOS EM SAÚDE DA

EPSJV/FIOCRUZ

- Cadastro de Estabelecimentos e Banco de Dados da Educação Profissional em Saúde.

- Banco de Teses e Dissertações sobre os Trabalhadores Técnicos em Saúde.

- Dicionário da Educação Profissional em Saúde.

- Livro “Memórias da Formação profissional, das Políticas Públicas e da Organização

do Trabalho Técnico em Saúde”.

- “Metodologia de Avaliação e Acompanhamento da Política de Educação Permanente

em Saúde no Estado do Rio do Janeiro”.

- “As Ocupações Técnicas nos Estabelecimentos de Saúde: um estudo a partir dos dados

da Pesquisa AMS/IBGE”.

- “Dinâmica da formação tecnológica em saúde no Brasil”.

- Material Multimídia de Educação profissional em Saúde.

- “Qualificação dos Agentes Comunitários de Saúde: dinâmica e determinantes”.

ESTAÇÃO DE TRABALHO DO IMS/UERJ

- Pesquisa “Avaliação do Processo e da Organização da Gestão do Trabalho em Saúde

em Grandes Centros Urbanos”.

- Sistema de Informação das Graduações em Saúde e de Pós-Graduação em Saúde

Coletiva.

- Desenvolvimento do Sistema de Informação e Gestão de Recursos Humanos em

Saúde – SIG-RHS em ambiente Web.

- Manutenção do sítio Web da Estação IMS/UERJ.

ESTAÇÃO DE TRABALHO DO CPQAM/FIOCRUZ

- Pesquisa “Fixação do Enfermeiro no Programa Saúde da Família nos Municípios do

Estado de Pernambuco”.

- Análise das repercussões da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre as formas de

contratação dos Médicos do Programa Saúde da Família no âmbito dos Municípios de

Pernambuco, por porte populacional.

- Oferecer a disciplina “Seminários Avançados de Pesquisa e Recursos Humanos em

Saúde: Campo de Pesquisa e de Ação”, no curso de mestrado e doutorado, ampliando

o debate sobre a temática dos Recursos Humanos em Saúde no Estado e na Região

Nordeste.

83

- Pesquisa “Fixação dos Médicos no Programa Saúde da Família no Estado de

Pernambuco”.

- Ampliação de fórum de discussão com gestores de recursos humanos de Estados e

Municípios da Região, visando a construção de processos de assessoria para os

mesmos, utilizando-se Kit de gestão produzido e do contato presencial, de acordo com

a demanda observada e induzida.

- Pesquisa “Satisfação com Atendimento Prestado pelos Profissionais de Saúde e sua

Participação na Definição da Qualidade da Assistência nas Unidades de Urgência e

Emergência do Recife”.

- Aperfeiçoamento do Sítio na WWW buscando sua permanente atualização e

desenvolvimento para atingir as metas fixadas.

- Criação de Banco de Dados Nacional de Recursos Humanos em Saúde, via web.

- “Lei de Responsabilidade Fiscal e formas de contratação dos trabalhadores nos

municípios de Pernambuco, para os anos de 2007/2008”.

- III Curso de Especialização em Gestão e Política de Recursos Humanos para o SUS.

- “Avaliar a qualidade do atendimento da rede municipal do Recife, nas unidades do

pronto-atendimento municipal, quanto ao trabalho dos profissionais e seus fatores

motivacionais, condições oferecidas e satisfação dos usuários para garantia dos

direitos das pessoas e acolhimento dos usuários”.

- “Analisar a compatibilidade entre as ações desenvolvidas pelos Agentes Comunitários

de Saúde e as atribuições preconizadas pelo Ministério da Saúde para estes

profissionais no Programa Saúde da Família”.

- “Avaliar os Cursos de Especialização em Saúde da Família, promovidos pelo

Município de Recife, no período de 2003 a 2006”.

- “Identificar possíveis associações entre o perfil sócio-demográfico, valorização e

motivação para o trabalho e a rotatividade dos médicos que compõem as equipes de

Saúde da Família por mesoregiões do estado de Pernambuco”.

- Realização do Curso Internacional de Especialização em Pesquisa na Área de

Recursos Humanos em Saúde para formar pesquisadores para a Rede Observatório de

Recursos Humanos em Saúde no Brasil e de Países da Região Andina.

ESTAÇÃO DE PESQUISA DE SINAIS DE MERCADO DO NESCON/UFMG

- Estudo das Competências Mobilizadas pelos Trabalhadores no Setor Saúde

- Projeto “Precariedade e Precarização do Trabalho no Setor Saúde.

- Projeto “Observatório de Recursos Humanos em Saúde: Uma Proposta de Avaliação”.

84

- “Pesquisa Nacional de Precarização e Qualidade do Emprego no Programa de Saúde

da Família”.

- Cadastro Nacional do Emprego de Agentes Comunitários de Saúde nos Municípios

Brasileiros e Estratégias de Implementação.

ESTAÇÃO DE TRABALHO DA SES/SP

- Estudo da Necessidade de Médicos Especialistas no Estado de São Paulo..

- Estudo da Migração de Médicos Egressos de Programas de Residência Médica no

Estado de São Paulo.

- Caracterização dos Programas de Residência de Medicina Preventiva e Social no

Brasil.

- Análise das Despesas e Formas de Vínculos Institucionais no Contexto Proposto pela

Lei de Responsabilidade Fiscal em Amostra Representativa dos Municípios do Estado

de São Paulo.

- Estudo das Licenças Médicas em Trabalhadores da Saúde vinculados à Gestão

Pública.

- Análise do Perfil de Cargos de Comando da SES/SP.

- Estudo sobre as Características e Expectativas dos Trabalhadores em Atenção Básica

em Saúde e PSF da Zona Norte e Central da Cidade de São Paulo.

- Investigação sobre os Agentes Comunitários de Saúde do Programa de Saúde da

Família em Grandes Cidades.

- Estudo sobre Trabalhadores em Saúde Bucal do PSF.

- Estudo sobre a Institucionalização das Parcerias no Setor Público de Saúde em

Atenção Básica, do Município de São Paulo.

ESTAÇÃO DE PESQUISA DA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DA UNIMONTES

- Pesquisa “Impacto do PROFAE na qualidade dos serviços de saúde: uma avaliação

pós-cursos ministrados pela Escola Técnica da Saúde do Centro de Ensino Médio e

Fundamental da UNIMONTES”.

- Pesquisa “Acompanhamento dos egressos da Escola Técnica de Saúde do Centro de

Ensino Médio e Fundamental da UNIMONTES”.

- Criação do site da Estação de Pesquisa da ETS/CEMF/UNIMONTES.

- Banco de dados sobre cursos profissionalizantes na área da saúde.

85

ESTAÇÃO DE TRABALHO DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER/INCA/MS

- Aguardando Plano Diretor

ESTAÇÃO DE PESQUISA DE RECURSOS HUMANOS EM SAÚDE BUCAL DA

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO/FOUSP

- “Características da força de Trabalho em Saúde Bucal no Brasil: tendências e situação

atual”.

- “Avaliação das estratégias pedagógicas da área de saúde bucal na Residência

Multiprofissional em Saúde da Família da Casa de Saúde Santa Marcelina”.

- “Análise do perfil do cirurgião dentista inserido na estratégia de Saúde da Família das

cidades pertencentes a DIR XII – Campinas – São Paulo”.

3.3.2 - REGESUS: REDE DE ENSINO PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DO

SUS

A rede visa estabelecer parcerias e apoiar os processos formativos das diversas

Escolas de Saúde Pública, Instituições Públicas de Ensino Superior com seus Institutos,

Departamentos e Núcleos de Saúde Coletiva e de Gestão em Saúde em praticamente todas as

Unidades Federadas do país, tendo como foco a gestão estratégica do SUS, nos aspectos de

formação de pessoal, cooperação técnica e pesquisa operativa no campo da gestão. Em 2006,

foi publicado o Termo de Referência, as 02 portarias instituindo a REGESUS e nomeando seu

comitê gestor, a convocatória para as instituições interessadas em participar e os modelos de

carta de intenção para adesão à rede.

Em 2007, a REGESUS encerrou o ano com 15 cartas-acordo formalizadas. Deste

total apenas 02 novas instituições ingressaram na Rede em 2007. As demais continuaram

desenvolvendo projetos iniciados em 2006.

PROJETOS DA REGESUS EM 2007

Instituição Ação

1 Fundação Cearense de Pesquisa e

Cultura - FCPC/UFC/NESC

Projeto Institucional de Reestruturação e Adequação

da Infra-Estrutura do NESC/UFC

2

Fundação de Apoio a Pesquisa da

Universidade Federal de Goiás -

FUNAPE/UFG

Projeto de Implantação do Laboratório de

Geoinformação em Saúde do Departamento de

Saúde Coletiva/IPTSP da Universidade Federal de

Goiás

3 Fundação De Desenvolvimento Da

Pesquisa - FUNDEP

Projeto Aprendendo e Ensinando a Construir o SUS

da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

86

4

Fundação de Apoio ao

Desenvolvimento do Ensino,

Pesquisa e Extensão – FADEPE/JF

Projeto de implantação da rede de ensino para a

gestão estratégica do SUS no Estado de Minas

Gerais

5 Fundação De Desenvolvimento Da

Pesquisa - FUNDEP

Projeto Desenvolvimento de Estratégias de

Formação Educativa: Saúde e Segurança no

Trabalho do Setor Saúde da Universidade Federal de

Minas Gerais – NESCON/UFMG

6

Fundação de Apoio ao

Desenvolvimento da Educação de

Mato Grosso do Sul - FADEMS

Implementação e Desenvolvimento do Projeto

Institucional da Escola de Saúde Pública “Dr. Jorge

David Nasser”-ESP, da Secretaria de Estado de

Saúde de Mato Grosso do Sul-SES/MS

7 Fundação de Apoio a Pesquisa e

Extensão/FUNAPE/UFPB/NESC

Projeto de Especialização em Política e Gestão de

Cuidado em Saúde

8

Fundação Para o Desenvolvimento

Científico e Tecnológico em Saúde -

FIOTEC

Projeto de Qualificação e Fortalecimento da Gestão

do SUS em Pernambuco do Centro de Pesquisas

Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz

9 Universidade Federal do Piauí -

UFPI

Projeto de implantação da rede de ensino para a

gestão estratégica do SUS no Estado do Piauí

10 Núcleo de Estudos em Saúde

Coletiva – NESCO

Programa de Qualificação e Fortalecimento da

Gestão Estratégica do SUS – Paraná

11

Fundação Para o Desenvolvimento

Cientifico e Tecnológico em Saúde -

FIOTEC

Projeto Implantação e Desenvolvimento do Projeto

Institucional “Inovações na Educação em Saúde

Pública Com Diálogo e Parceria”,

12 Fundação Norte Riograndense de

Pesquisa e Cultura - FUNPEC

Projeto Apoio Aos Processos de Educação

Permanente Para a Qualificação dos Sujeitos

Envolvidos na Gestão do SUS/RN

13

Fundação de Apoio da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul –

FAURGS

Projeto de Desenvolvimento institucional da estação

de trabalho vinculada à REGESUS na Escola de

Administração da UFRGS

14 Fundação de Desenvolvimento da

UNICAMP – FUNCAMP

Projeto Apoio ao Desenvolvimento da

Gestão,Avaliação e Análise da Situação de Saúde de

Sistemas Locais e Fortalecimento da Rede Docente

15 Fundação de Desenvolvimento da

Pesquisa - FUNDEP

Apoio ao Desenvolvimento do Programa Nacional

de Capacitação Gerencial

87

4 - GESTÃO DE PROGRAMAS E AÇÕES

Relacionamos, a seguir, as planilhas que evidenciam os objetivos e prioridades

definidos pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, em 2007,

destacando os resultados físicos e financeiros alcançados na implementação dos programas

sobre a responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

4.1. PROGRAMAS:

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde é responsável pela

implementação dos programs de educação permanente e qualificação profissional no sistema

único de saúde e do programa de gestão do trabalho no sistema único de saúde.

4.1.1 - PROGRAMA: 1311 – EDUCAÇÃO PERMANENTE E QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

4.1.1.1 – Dados Gerais

Tipo de programa Finalístico

Objetivo geral Promover a qualificação e a educação permanente

dos profissionais da saúde do Sistema Único de

Saúde

Gerente do programa Francisco Eduardo Campos

Gerente executivo Samara Rachel Vieira Nitão

Indicadores ou parâmetros utilizados Taxa de Cobertura de Capacitação dos Profissionais

de Saúde e Taxa de Qualificação de Profissionais da

Área de Enfermagem como Auxiliar de

Enfermagem

Público-alvo (beneficiários) Profissionais da saúde das três esferas de governo

88

4.1.1 - PROGRAMA: 1318 – GESTÃO DO TRABALHO NO SISTEMA ÚNICO DE

SAÚDE

4.1.1.1 – Dados Gerais

Tipo de programa Gestão de Políticas Públicas

Objetivo geral Promover a desprecarização dos vínculos de

trabalho da saúde e a qualificação da gestão do

trabalho no Sistema Único de Saúde

Gerente do programa Francisco Eduardo Campos

Gerente executivo Maria Helena Machado

Indicadores ou parâmetros utilizados Não há

Público-alvo (beneficiários) Gestores federal, estaduais e municipais,

trabalhadores da saúde, sindicatos e entidades

representantes dos trabalhadores de saúde.

4.1.1.2 – Principais ações do Programa

A seguir listamos as ações sob responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde referente aos programas listamos acima.

4.1.1.3. Gestão das ações

4.1.1.3.1. Ação 1311.2272 - Gestão e Administração do Programa

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Constituir um centro de custos administrativos

dos programas, agregando as despesas que não

são passíveis de apropriação em ações finalísticas

do próprio programa.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde e Secretaria de Gestão

do Trabalho e da Educação em Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

89

4.1.1.3.1. Ação 1311.6196 - Serviço Civil Profissional em Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Garantir a oferta de serviços de saúde às

populações de áreas com baixa densidade de

serviços (rurais e urbanas) com o fortalecimento

da capacidade local de gestão e da organização

da rede de atenção à saúde.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

4.1.1.3.1. Ação 1311.6488 - Apoio às Escolas Técnicas de Saúde, Escolas de Saúde

Pública, Centros Formadores e Centros Colaboradores

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Induzir a criação de estruturas qualificadas de

gestão do trabalho e da educação em saúde nos

municípios e estados.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

90

4.1.1.3.1. Ação 1311.6195 - Capacitação de Profissionais de Saúde e Agentes

Sociais a Distância

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Ampliar a capacidade de formação docente e dos

profissionais de saúde em grande número e em

áreas de difícil acesso do país.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

4.1.1.3.1. Ação 1311.6199 - Formação de Profissionais Técnicos de Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Melhorar a qualidade de atendimento nos

serviços de saúde e ampliar o acesso da

população aos serviços.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação

em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

91

4.1.1.3.1. Ação 1311.09GV - Estágio aos Estudantes das Áreas de Saúde na Rede

do Sistema Único de Saúde - VERSUS

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Proporcionar aos estudantes e profissionais das

áreas de saúde oportunidades de conhecer e

trabalhar nas diferentes realidades dos serviços

de saúde.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

4.1.1.3.1. Ação 1311.0847 - Apoio à Capacitação de Formuladores de Políticas em

Áreas Técnicas Específicas dos Estados, Distrito Federal e Municípios

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Ampliar a capacidade de estados e municípios

para o desenvolvimento de políticas específicas

nas áreas técnicas, de acordo com as realidades

locais e regionais.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

92

4.1.1.3.1. Ação 1311.0849 - Apoio à Mudança na Graduação e Pós-Graduação na

Área da Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Incentivar mudanças nos cursos das áreas de

saúde, aproximando o ensino das práticas e

necessidades de saúde da população e do SUS

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

4.1.1.3.1. Ação 1311.8541 - Formação de Recursos Humanos em Educação

Profissional e de Pós-Graduação Stricto e Lato Sensu em Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Formar e qualificar recursos humanos, com

ênfase em profissionais do SUS, voltados para

o desenvolvimento de tecnologias e práticas

de atenção à saúde, desde o nível médio,

incorporando também a pós-graduação em

regime de residência e outras programações

especiais, nas sedes de suas unidades e em

parcerias nacionais.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Samara Rachel Vieira Nitão

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

93

4.1.1.3.1. Ação 1318.6518 - Funcionamento da Mesa Nacional de Negociação do

Sistema Único de Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Estabelecer processo permanente de

pactuação.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Maria Helena Machado

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

4.1.1.3.1. Ação 1318.003H - Harmonização das Carreiras do Sistema Único de

Saúde no Âmbito dos Entes Federativos

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Regularizar as relações de trabalho dos

trabalhadores na saúde.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Maria Helena Machado

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

94

4.1.1.3.1. Ação 1318.0846 - Apoio aos Observatórios de Recursos Humanos em

Saúde

4.1.1.3.1.1. Dados gerais

Tipo Ação orçamentária

Finalidade Fortalecer o sistema de informações do

trabalho em saúde para subsidiar as ações de

gestão do trabalho e da educação na saúde.

Unidade responsável pelas decisões

estratégicas

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Unidades executoras Fundo Nacional de Saúde

Áreas responsáveis por gerenciamento ou

execução

Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação em Saúde

Coordenador nacional da ação Maria Helena Machado

Responsável pela execução da ação no

nível local (quando for o caso)

Não há

95

4.1.1.3.1.2 – Resultados Físicos

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizad

a

1311 – Educação Permanente e

Qualificação Profissional no

Sistema único de saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do Sistema

único de Saúde

Gestão e Administração do

Programa

10.122.1311.2272.0001 Sem Produto - -

Serviço Civil Profissional

em Saúde

10.122.1311.6196.0001 Profissional

Mantido

1.000

* Meta

anual

1.769 Por meio desta ação foram implementados projetos de residências e especializações nos estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia e mato Grosso bem como projetos de Telemedicina aplicada à educação na área da saúde com o objetivo de capacitar equipes de PSF através da telemática, considerando-se também a possibilidade de supervisão à distância para profissionais residentes em áreas de difícil acesso. Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no valor de 17 milhões de reais, mesmo assim conseguiu o alcance da meta física.

Apoio às Escolas Técnicas

de Saúde

10.122.1311.6488.0001 Instituição

Apoiada

42

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

44 Continuidade da execução de 6 convênios visando a modernização das escolas técnicas de Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Blumenau/SC, Florianópolis/SC e Araraquara/SP, encontra-se em andamento mais 3 projetos. Foi lançado o Programa de Incentivo à Pesquisa nas Escolas Técnicas em Saúde, que visa a realização de atividades de interesse mútuo, pelo prazo de 12 meses. As ETSUS receberam apoio referente a compra de equipamentos e infraestrutura.

96

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1311 – Educação Permanente e

Qualificação Profissional no

Sistema único de saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do Sistema

único de Saúde

Capacitação de

Profissionais de Saúde e

Agentes Sociais a Distância

10.128.1311.6195.0001 Profissional

Capacitado

2.500

* Meta

anual

2.500 Encontra-se em implementação projetos dos Núcleos do Tele Saúde, projetos da Rede inovaRH e projetos do REGESUS.

Formação de Profissionais

Técnicos de Saúde

10.128.1311.6199.0001 Profissional

Capacitado

200.000

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

568.708 Nesta ação estão sendo executados projetos que visam a formação de Profissionais Técnicos em Saúde como por exemplo o PROFAE, PROFORMAR, Técnico de Higiene Dental/Auxiliar de Consultório Dental (THD/ACD), Agente Comunitário de Saúde – ACS, como também a formação pedagógica. Abaixo segue lista referente a quantidade de profissionais capacitados nos respectivos projetos: ACS – 193.000; PROFORMAR - 16.810; THD/ACD – 19.743; PROFAE - 321.189; FORMAÇÃO PEDAGÓGICA - 17.966. Ainda em 2007, 3.561 profissionais deram início aos cursos de THD/ACD e 8.540 profissionais iniciarão curso de complementação da qualificação profissional de auxiliar de enfermagem para técnico de enfermagem. Vinte e sete projetos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde referente a Portaria GM/MS nº 1.996 e Portaria CM/MS nº 204 (Pacto da Saúde) foram atendidos por esta ação, totalizando o montante de 50 milhões de reais.

97

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1311 – Educação Permanente e

Qualificação Profissional no

Sistema único de saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do Sistema

único de Saúde

Estágio aos Estudantes das

Áreas de Saúde na Rede do

Sistema Único de Saúde

(VERSUS)

10.364.1311.09GV.000

1

Aluno Atendido 400

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

2.651 Atualmente 1424 estão realizando estágio nas áreas de saúde do SUS e outros 1.227 alunos pertencem a nova modalidade intitulada VER-SUS/Extensão, o qual é um componente do projeto VER-SUS que o Ministério da Saúde vem constituindo em parceria com as Pró-Reitorias de Extensão Universitária das Universidades Públicas para o desenvolvimento de dois programas específicos: Estágios Rurais Interprofissionais no SUS e Vivências em Educação Popular no SUS.

Apoio à Capacitação de

Formuladores de Políticas

em Áreas Técnicas

Específicas dos Estados e

Municípios

10.845.1311.0847.0001 Profissionais

Capacitados

20.000

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

84.282 São apoiados nesta ação: convênios, seminários, oficinas e cursos afim de atender as áreas técnicas do Ministério da Saúde. Foram implementados diversos projetos apresentados pelos Pólos de Educação Permanente em Saúde - PEPS, abrangendo diversas áreas estratégicas da saúde. Encontra-se em execução 172 projetos apresentados pelos PEPS capacitando 76.066 trabalhadores da saúde. Nesta ação também são executados os projetos do PROGESUS, até o momento já foram apoiados 28 projetos do PROGESUS abrangendo vários estados do país. Cinco projetos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde referente a Portaria GM/MS nº 1.996 e Portaria CM/MS nº 204 (Pacto da Saúde) foram atendidos por esta ação, totalizando o montante de 5 milhões de reais. Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no valor de 2 milhões de reais, mesmo assim a meta física foi alcançada.

98

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1311 – Educação Permanente e

Qualificação Profissional no

Sistema único de saúde

Promover a qualificação e a

educação permanente dos

profissionais da saúde do Sistema

único de Saúde

Apoio à Mudança na

Graduação e Pós-Graduação

na Área da Saúde

10.364.1311.0849.0001 Curso apoiado 220

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

220 Foram impelemtados 90 projetos do Pro-Saúde nos cursos de medicina, odontologia e enfermagem. Também está havendo articulações com as universidades e estudantes do país visando a elaboração e sensibilização da necessidade da implantação de mudanças na formação profissional na área de saúde; e discussão e formulação conjunta com o MEC para a proposta de mudança na graduação. Nove projetos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde referente a Portaria GM/MS nº 1.996 e Portaria CM/MS nº 204 (Pacto da Saúde) foram atendidos por esta ação, totalizando o montante de 11,5 milhões de reais. Esta ação sofreu um bloqueio orçamentário no valor de 12 milhões de reais, mesmo assim a meta física foi alcançada.

Formação de Recursos

Humanos em Educação

Profissional e de Pós-

Graduação Stricto e Latu

Sensu

10.364.1311.8541.0001 Profissional

Formado

39.000

* Meta

acumulativa

de acordo

com o PPA

2004-2007

87.206 Continuidade de projetos de residências multiprofissionais em saúde, formando 1.857 profissionais; Continuidade de 35 cursos de especialização em enfermagem obstrétrica, formando 1.095 profissionais; Continuidade de 26 cursos de especialização em saúde da família, formando 3.634 profissionais. Continuidade de 1.957 cursos em especialização em diversas áreas de saúde, formando 35.379 profissionais. Continuidade de 31 cursos de residências, iniciados em 2006, com expectativa de formação de 572 profissionais. Em 2007, foram apoiados 44 cursos de residências visando a capacitação de 981 profissionais e 22 cursos de especialização para 43.688 pessoas. Quatorze projetos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde referente a Portaria GM/MS nº 1.996 e Portaria CM/MS nº 204 (Pacto da Saúde) foram atendidos por esta ação, totalizando o montante de 18,5 milhões de reais.

99

Programa / Objetivo Ação Funcional

Programática

Produto Meta Física Observação

Prevista Realizada

1318 – Gestão do Trabalho no

Sistema Único de Saúde

Promover a desprecarização dos

vínculos de trabalho da saúde e a

qualificação da gestão do trabalho no

sistema Único de Saúde

Apoio aos observatórios de

Recursos Humanos em

Saúde

10.845.1318.0846.0001 Observatório

Apoiado

10

* Meta

anual

43 Continuidade no apoio a 18 Observatórios de Recursos Humanos em Saúde por meio de 43 projetos de estudos/pesquisas

Funcionamento da mesa

Nacional de Negociação do

Sistema Único de Saúde

10.122.1318.6518.0001 Mesa Apoiada - - Constituída a Mesa Nacional de Negociação do SUS, com reuniões bimensais e participação de gestores e trabalhadores para discussão dos temas atuais de conflito das relações de trabalho; Apoio à implantação de fóruns semelhantes no âmbito dos estados

Harmonização das Carreiras

do Sistema Único de Saúde

no Âmbito dos Entes

Federativos

10.122.1318.003H.0001 Plano Elaborado - - Grupo de trabalho constituído e aprovadas as diretrizes para o plano de carreiras, cargos e salários para o SUS.

100

4.1.1.3.1.3 – Resultados Financeiros

101

RECURSOS VINCULADOS A FINANCIAMENTOS EXTERNOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

Projeto de profissionalização dos Trabalhadores na Área de Enfermagem

Discriminação(Código do Projeto,descrição

finalidade e Organismo financiador

Custo Total Empréstimo Contratado (Ingresso Externo)

Contrapartida Nacional

Valor das Transferências de Recursos Em caso de não ter atingido a

conclusão total ou etapa

Motivo ** Valores em

2007

Valor acumulado do

Projeto

Motivo que inpediram ou inviabilizaram

Providencias adotadas para correção

Projeto 1215/OC-BR

Profissionalização dos trabalhadores na Área de Enfermagem

O Projeto encontra-se em vigência

O Projeto encontra-se em

vigência

Financiador : BID 315.720.988,98 157.860.494,49

157.860.494,49

Amortização 7.289.778,78 19.939.405,53

Juros 5.665.324,69 26.018.443,59

Comissão Comp. 17.283,33 2.490.642,18

Inspeção e Superv. 0,00 743.000,00

Agencias Regionais, Operadoras, Unesco

13.261.094,43 280.641.936,79

Totais 26.233.481,23 329.833.428,09 0 0

* Apresentar Individualmente por motivo. ** Amortização, pagamento de juros, comissão de compromisso, outros.

102

5 - DESEMPENHO OPERACIONAL

INDICADORES DE GESTÃO

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES utiliza dois indicadores para

avaliar o desempenho da gestão e alcance das metas físicas:

- Taxa de Qualificação de Profissionais da Área de enfermagem como auxiliar de enfermagem.

a) Utilidade:

Número de profissionais que concluíram o curso de qualificação de profissionais da área de

enfermagem como auxiliar de enfermagem, em relação ao número de matriculados no PROFAE.

b) Tipo: Eficácia

c) Formula de cálculo:

Relação percentual entre o número de treinados em auxiliar de enfermagem que iniciaram o curso no

ano t tendo-o concluído e o total destes treinados que iniciaram o curso no ano t.

d) Método de aferição:

Baseado no quantitativo de profissionais que concluíram o curso de auxiliar de enfermagem

e)Área responsável pelo cálculo e/ou medição

Coordenação geral de planejamento da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

f) Resultado do indicador no exercício:

100%

g) Descrição das disfunções estruturais ou situacionais que impactaram o resultado obtido neste

indicador

Não há

h)Descrição das principais medidas implementadas e/ou a implementar para tratar as causas de

insucesso neste indicador e quem são os responsáveis

Não há

-Taxa de Cobertura de Capacitação dos Profissionais de Saúde

a) Utilidade:

Indica o número de profissionais do SUS que foram capacitados ou qualificados por meio das

diversas ações oferecidas pelo programa de educação permanente e qualificação profissional do

Sistema Único de Saúde.

b) Tipo: Eficácia

c) Formula de cálculo:

Relação percentual entre o número de profissionais de saúde formados para o SUS e o total de

profissionais cadastrados no SUS.

103

d) Método de aferição:

Baseado no quantitativo de profissionais do SUS que receberam algum tipo de capacitação e em

informações do IBGE referente ao número de profissionais do SUS.

e)Área responsável pelo cálculo e/ou medição

Coordenação geral de planejamento da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

f) Resultado do indicador no exercício:

70%

g) Descrição das disfunções estruturais ou situacionais que impactaram o resultado obtido neste

indicador

Não há

h)Descrição das principais medidas implementadas e/ou a implementar para tratar as causas de

insucesso neste indicador e quem são os responsáveis

Não há

6 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE JURIDICIONADA

Com relação aos conteúdos específicos da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,

cabe informar que o Relatório de Gestão, referente ao exercício de 2006, foi aprovado sem ressalvas, sem

diligências e/ou recomendações formuladas pelo TCU e Controladoria-Geral da União.

A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde não utiliza Cartão de Crédito

Corporativo para realização de suas despesas.