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sumário Sumário Conferência Nacional das Cidades Espírito Santo na Conferência Nacional das Cidades ................... 5 Entrevista Arquiteta Ermínia Maricato, Ministra Adjunta das Cidades .... 6 e 7 Notícias do Crea Projeto da nova sede do Crea exposto em Bienal Internacional .... 8 Qualifor começa a mudar as rotinas das empresas ..................... 9 Engenheira ganha prêmio na Feira do Verde ............................. 10 Seminário Interestadual de Georeferenciamento ....................... 11 Novo sistema de informática dinamiza rotinas de trabalho ....... 12 Entidades AEFES, IAB, IBAPE, SEE, SEEA, SENGE, SINTEC ............................ 13 Matéria de Capa Sistema portuário capixaba acompanha o crescimento da economia regional .......................................................................... 14 a 17 Matéria Especial Patente: instrumento necessário aos inventores ............... 18 e 19 Prodesan Obras são entregues à população ............................................ 20 Eleição na Ufes Engenheiro e Arquiteto disputam a Reitoria ............................. 21 Pesquisa e Conhecimento Aluno de Geografia da Ufes representa o ES na França .............. 22 Estudantes de Arquitetura lançam livro de poesias ................... 23 Boa Idéia Engenheiro Florestal desenvolve projeto em área indígena ....... 24 Comunicação Site do Crea supera expectativas de acesso ............................. 25

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sum

árioSumário

Conferência Nacional das CidadesEspírito Santo na Conferência Nacional das Cidades................... 5

EntrevistaArquiteta Ermínia Maricato, Ministra Adjunta das Cidades .... 6 e 7

Notícias do CreaProjeto da nova sede do Crea exposto em Bienal Internacional.... 8Qualifor começa a mudar as rotinas das empresas ..................... 9Engenheira ganha prêmio na Feira do Verde ............................. 10Seminário Interestadual de Georeferenciamento ....................... 11Novo sistema de informática dinamiza rotinas de trabalho ....... 12

EntidadesAEFES, IAB, IBAPE, SEE, SEEA, SENGE, SINTEC ............................ 13

Matéria de CapaSistema portuário capixaba acompanha o crescimento da economiaregional.......................................................................... 14 a 17

Matéria EspecialPatente: instrumento necessário aos inventores ............... 18 e 19

ProdesanObras são entregues à população ............................................ 20

Eleição na UfesEngenheiro e Arquiteto disputam a Reitoria ............................. 21

Pesquisa e ConhecimentoAluno de Geografia da Ufes representa o ES na França .............. 22Estudantes de Arquitetura lançam livro de poesias ................... 23

Boa IdéiaEngenheiro Florestal desenvolve projeto em área indígena ....... 24

ComunicaçãoSite do Crea supera expectativas de acesso ............................. 25

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editorial

Senhor presidente,Acusamos orecebimento daRevista Tópicos -Ano V nº 24, naoportunidadeagradecemos,parabenizamos erenovamos osnossos protestos deelevada estima edistintaconsideração.

Atenciosamente

Admª Maria Luizados Santos Vellozo

PresidenteCRA/ES nº 1481

Embora conte com uma boainfra-estrutura portuária e estejamsendo feitos investimentos em meiosalternativos de navegação decabotagem para o escoamento da pro-dução, como o transporte marítimo demadeira por barcaças e empurradoresfeito pela Aracruz Celulose, o Espíri-to Santo precisa urgente e continua-mente de investimentos na tecnologiaportuária.

O sistema portuário do Estado,formado pelos portos de Vitória,Praia Mole, Barra do Riacho, Tubarão,Ubu e Regência, respondeu em 2002,pelo escoamento de 29% das merca-dorias que passaram pelos portos dopaís. A receita financeira gerada poresse escoamento gira em torno de 9%de tudo o que foi arrecadado no paísnaquele ano.

Esses bons resultados, é bom quese diga, foram conseguidos com por-

Tópicos

CREA-ESDIRETORIA

PRESIDENTE:Engº Eletricista Silvio Roberto Ramos

VICE-PRESIDENTE:Engº Civil Paulo Roberto Santos

1º TESOUREIRO:Arquiteta Patrícia Cordeiro

2º TESOUREIRO:Téc. Agrícola Dario Antonio de Almeida

1º SECRETÁRIO:Engº Civil Marco Antonio Barbosa da Silva

2º SECRETÁRIO:Engº Agrônomo Paulo César da Silva Lima

CÂMARASENGENHARIA CIVIL

Engº Civil Radegaz Nasser JuniorENGENHARIAAGRONÔMICA

Engº Florestal Álvaro GarciaARQUITETURA

Arquiteto Alexandre Cypreste AmorimENGENHARIAINDUSTRIAL

Engº Ind. Mecânico José Carlos de AssisENGENHARIA

ELÉTRICAEngº Eletricista Antonio Carlos

Camara de BakkerCOMISSÃO DE ÉTICA

Arquiteto Alexandre Cypreste Amorim

INSPETORIASCachoeiro de Itapemirim (28) 3522-2373

Colatina (27) 3721-0657Linhares (27) 3264-1781

POSTOS DE ATENDIMENTOVila Velha (27) 3239-3119

São Mateus (27) 3763-5929

REVISTA DO CREACONSELHO EDITORIALSilvio Roberto Ramos

Ronaldo OakesAlcione VazzolerFábio Pimentel

Alexandre Cypreste AmorimÁlvaro Garcia

José Antonio do Amaral FilhoPaulo Roberto Santos

Ruth Reis

GERENTE DE COMUNICAÇÃO IMAGEM ERELACIONAMENTOS

Jornalista Ronaldo Oakes de OliveiraCONSULTORA DE COMUNICAÇÃO IMAGEM

E RELACIONAMENTOSJornalista Alcione Vazzoler

REPORTAGEM:Alcione Vazzoler, Ruth Reis,

Izabella Salazar, Fabrício Ribeiro,Paula Stange, Iara Bragato,

Raiany Brito, Flávio Gonçalves,André Taquetti, Cláudio Castro

FOTO DA CAPAArquivo CodesaEDITORAÇÃO

Equipe de Comunicação do CREA-ESFOTOLITO

Gráfica ResplendorGRÁFICA

Gráfica ResplendorTIRAGEM

17 mil exemplares

REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DEENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA DO ESPÍRITO SANTOEndereço: Av. Cesar Hilal, 700, 1º andar,

Bento Ferreira, Vitória-ES - CEP29052.232 - Tel. (27) 3334-9900

Fax: (27) 3324-3644E-mail: [email protected]

www.creaes.org.br

Investimentos necessáriosInvestimentos necessáriosInvestimentos necessáriosInvestimentos necessáriosInvestimentos necessários

CARTA DO LEITOR

tos cujos berços de atracação vão de 7a 11 metros de profundidade hoje emdia, o que inviabiliza o recebimentode grandes navios. Para sanar essa di-ficuldade, é imperativo que se invistaem dragagem dos portos, para aumen-tar o seu calado, como a que já estáprevista para o porto de Barra do Ria-cho, que está estimada em R$ 56 mi-lhões, e que poderá aumentar a pro-fundidade máxima de 11,8 metrospara 16,5 metros.

Com medidas como essa, o Espí-rito Santo poderia aumentar aindamais a sua participação no bolo naci-onal e adquirir competitividade comportos mais modernos, como o de San-tos, que é o primeiro em movimenta-ção de mercadorias do país. Esse in-vestimento representaria um salto dequalidade ainda maior para o Espíri-to Santo, o estado campeão de cresci-mento industrial no Brasil, em 2002.

Prezado Sr. Pres. doCrea-ES, Eng. EletricistaSílvio Roberto Ramos,

Agradeço a lembrança doenvio da Revista Tópicos,ano V, nº 23 (março/abril). Com boasmatérias informativas ebem editoradas, a revistacumpre um importantepapel de divulgação daexemplar atuação que oCrea-ES vemapresentando asociedade capixaba.

Votos de contínuosucesso,

Vereadora Neuza deOliveiraCãmara Municipal deVitória

À Equipe de Comunicaçãodo Crea-ESEm nome da Associaçãodos Ex-Alunos da EscolaAgrotécnica Federal deSanta Teresa-ES,agradecemos ao CREA-ES,através de sua Equipe deComunicação, pela atençãoe dedicação, quando dadivulgação do 6º Encontrode Ex-Alunos no Site eRevista do Crea-ES -TÓPICOS, de nº 24, o quecom certeza muitocontribuiu para o sucessode nosso evento.

Atenciosamente

Jussara Maria DalcolmoTononi - PresidenteJosé Luiz Pôncio Tristão -Secretário

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -3

Já está definida a delegação doJá está definida a delegação doJá está definida a delegação doJá está definida a delegação doJá está definida a delegação doEspírito Santo que representará o estado naEspírito Santo que representará o estado naEspírito Santo que representará o estado naEspírito Santo que representará o estado naEspírito Santo que representará o estado naConferência Nacional das Cidades, de 23 aConferência Nacional das Cidades, de 23 aConferência Nacional das Cidades, de 23 aConferência Nacional das Cidades, de 23 aConferência Nacional das Cidades, de 23 a26 de outubro, em Brasília.26 de outubro, em Brasília.26 de outubro, em Brasília.26 de outubro, em Brasília.26 de outubro, em Brasília.

A equipe foi escolhida durante a IConferência Estadual das Cidades, reali-zada nos dias 11 e 12 de setembro emVitória (ES). O Espírito Santo foi o esta-do do país em que houve o maior nú-mero de conferências municipais. Esti-veram presentes na ConferênciaEstadual 637 delegados e 317 observa-dores, representando 63 municípios.

Durante os trabalhos, os participan-tes debateram questões relacionadas àcriação de uma política urbana para oEstado e fizeram propostas para o docu-mento nacional de política urbana, a serelaborado na Conferência Nacional.

O ministro das Cidades, OlívioDutra, que esteve presente à abertura daConferência Estadual, definiu a situaçãodas cidades brasileiras: “precisamos inver-ter a lógica da construção injusta e desi-gual das cidades, que exclui milhares depessoas de uma vida digna”, afirmou.

Segundo ele, o governo federal,através do Ministério das Cidades, tem

como objetivo suprir a carência de 6,6milhões de moradias do país. Desse to-tal, 84% serão destinadas a famílias querecebem até 3 salários mínimos, sendoos recursos necessários distribuídos atra-vés da Caixa Econômica Federal.

O documento referencial distribu-ído aos participantes da conferência edisponível no site www.ipes.es.gov.br foielaborado pelos técnicos do Instituto deApoio a Pesquisa e ao DesenvolvimentoJones dos Santos Neves – IPES, Cohab,Ceturb, Detran, Cesan e Iema.

O documento forneceu subsídiospara a formulação das propostas aprova-das pelos participantes, evidenciandoparticularidades demográficas, econômi-cas e espaciais da rede estadual das cida-des, divididas em cinco eixos temáticos:Programas Urbanos; Habitação; Sanea-mento Ambiental; Trânsito; Transporte eMobilidade Urbana.

Para o Secretário de Desenvolvi-mento, Infra-Estrutura e Transportes doEstado e presidente do CREA-ES, Enge-nheiro Eletricista Silvio Ramos, a con-tribuição dos profissionais do SistemaCONFEA/CREA foi fundamental para

enriquecer os debates. “Os conselheiros,inspetores, inspetores adjuntos e de-mais profissionais estiveram presentesem todos os espaços da Conferência eisso mostra a nossa importância para odesenvolvimento da sociedadecapixaba”, destacou Ramos, que foi elei-to durante a plenária da ConferênciaEstadual e será um dos delegados doestado na Conferência Nacional das Ci-dades.

O Engenheiro Civil Luiz FernandoFiorotti, presidente do Sindicato dos En-genheiros do Espírito Santo, destacou aimportância da participação do Crea-ES,Senge-ES e da Sedit na organização daConferência. “Nós conseguimos contri-buir com informações que puderam de-finir as questões centrais para cada umdos eixos debatidos”, afirmou.

Durante a plenária final da confe-rência estadual foram aprovados princí-pios, diretrizes e prioridades de ação,tanto para o governo estadual quantopara o governo federal, em relação aspolíticas urbanas. Abaixo, a relação dosdelegados do Espírito Santo para a Con-ferência Nacional das Cidades.

ES está preparado para ConferênciaES está preparado para ConferênciaES está preparado para ConferênciaES está preparado para ConferênciaES está preparado para ConferênciaNacional das CidadesNacional das CidadesNacional das CidadesNacional das CidadesNacional das Cidades

Lista dos Delegados eleitos na plenária final da Conferência Estadual das Cidades e que representarão o estado naConferência Nacional das Cidades, em Brasília, nos dias 23 a 26 de outubro.

Delegados Capixabas para Conferência Nacional das Cidades

Edis Antônio Laurindo

Edson Wander Resende

Eliomar Correa de Jesus

José Stein

Jurandir Alves Pedroso

Luiz Carlos TemporimMaria Clara da Silva Pereira

Maria da Gloria Rosa Miranda

Paulo Robson Neves Netto

Paulo Sérgio Brandão

Rodolfo Daniel Braga

Sebastião Vicente de Oliveira

José Luiz Pazito

Augusto Alvarenga

Christine Valpassos Renter Rocha

Maxwel Assis de Souza

Aristóteles Passos C. Neto

Patrícia Marques GazolaAdaison Freire da Costa

Erci Carlos Nicolau

Ilka Rodrigues Barcelos

José Carlos Nunes da Silva

José Geronimo Brumatti

Silvio Roberto Ramos

Hermes Afonso Guimarães

José Carlos Oliveira

Carlos Casteglione

Janete de Sá

Antonio Manoel Barros Miranda

Dâmaso Mendes Rangel

Hélio Pettene

Luiz Carlos Marques dos Santos

Magno Pires da Silva

Moacir Durães da SilvaLilian de Oliveira Balardino

João Antônio Nunes Loureiro

Delurdes Costa Miranda

Genivaldo José Lievore

Antônio C. Brandão de Alencar

Arilson da Luz Mendes

Carlos Fernando Martinelli

Marcelo Ferraz Goggi

Guerino Dalvi

Ildeu Linhares Jr .

José Eduardo Kossatz de Berredo

Luciano TravagliaManoel Wanderley de Oliveira

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos SociaisMovimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Movimentos Sociais

Entidades Profissionais / ONG

Entidades Profissionais / ONG

Entidades Profissionais / ONGEntidades Profissionais / ONG

Entidades Profissionais / ONG

Trabalhadores

Trabalhadores

Trabalhadores

Trabalhadores

Trabalhadores

Executivo Estadual

Executivo Estadual

Executivo Estadual

Legislativo Estadual

Legislativo Estadual

Executivo Municipal

Executivo Municipal

Executivo Municipal

Executivo Municipal

Executivo Municipal

Executivo MunicipalExecutivo Municipal

Legislativo Municipal

Legislativo Municipal

Legislativo Municipal

Concessionário Público

Concessionário Público

Concessionário Público

Concessionário Público

Concessionário Público

Empresário

Empresário

EmpresárioEmpresário

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T ó p i c o s -4 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003

O que significa a criação do Ministé-rio das Cidades para as políticas urba-nas do Governo Federal ?

A criação do Ministério não temimplicação apenas para as políticas urbanasdo ponto de vista da administração federal.A idéia é que nós consigamos unificar osesforços dos entes federativos - municípios,estados e governo federal - e mais asociedade civil, com os setores sociaisorganizados, empresas, universidades etc,para que consigamos alguns rumosunificados para a Política deDesenvolvimento Urbano para o Brasil.Trata-se de uma unificação dos esforçosnum mesmo sentido, respeitando,evidentemente, a diversidade regional eurbana no Brasil.

O Brasil tem 82% da população resi-dindo nas cidades, uma carência de 6,6milhões de moradias, 15 milhões demoradias inadequadas. Diante dessequadro, o que o Ministério pretende fa-zer nesses quatro anos?

Essa carência tem causa e esta é umadas questões que o Ministério está

enfrentando. Não, simplesmente,construindo novas moradias, o que éfundamental, mas também recuperandoáreas degradadas, regularizando áreasocupadas irregularmente e recuperandoáreas de risco. Mas é fundamental,também, reverter o modelo de produçãodessa exclusão, que é a produção de favelas.Estamos elaborando um novo sistemanacional de habitação, com novosprogramas, partindo dos já existentes, masque não poderá ser desvinculado dapolítica imobiliária e fundiária urbana, queé de competência estritamente municipal,de acordo com a Constituição de 1988. Nóspretendemos fazer uma articulação entrea produção de moradia, a política fundiáriae imobiliária, por meio de um planodiretor, que aplique o Estatuto das Cidadese a infra-estrutura, especialmente nas áreasde saneamento e transportes urbanos.

O orçamento do Ministério das Cida-des para este ano é suficiente para a re-alização de todos os projetos? Quais osprincipais projetos?

O orçamento do Ministério parainvestimento em 2003 é de R$ 310 milhões.É evidente que não é suficiente, mas temostambém recursos a fundo perdido. Sesomarmos todos os recursos parahabitação, incluindo os fundos – FAR, FGTS,FAT – são R$ 5,3 bilhões. No caso dosaneamento, R$ 1,4 bilhão. Mas, além dodinheiro, é preciso concentrar essesinvestimentos na população onde seconcentra o déficit habitacional, que éaquela com renda de até três saláriosmínimos. Nossa proposta é fazer um “mix”de recursos entre os fundos que sãoonerosos e os recursos a fundo perdido.

Qual a importância e como funcionao Plano de Subsídio à Habitação de Inte-resse Social – PSH-, que pretende benefi-ciar as famílias que recebem até 3 salá-rios-mínimos ?

Esse programa nasceu na Secretaria doTesouro do Ministério da Fazenda e nósestamos tentando negociar um novoentendimento sobre ele. Quando ele foiformulado, o Ministério das Cidades nãoexistia e realmente nós queremos levar asério a nossa competência na formulaçãoda política urbana: habitação, saneamentoe transportes. Por isso estamos em umasituação de revisão do PSH.

Segundo números do Censo 2000,existem em todo país mais de 5 milhõesde imóveis vazios ou fechados. Em queconsiste o Programa de Reabilitação deÁreas Urbanas Centrais, lançado em ju-lho deste ano?

Nós firmamos uma parceria com aCaixa Econômica Federal, solicitando aoIBGE uma pesquisa mais “fina” sobre essesimóveis vazios em áreas centrais. Nósgostaríamos muito de conhecê-los, saberpor que eles estão vazios, quais são osproblemas? O que fazer, na verdade, comopolítica para devolvê-los ao mercado?Evidentemente, em algumas cidades onúmero é tão grande, que o impacto éigualmente grande sobre o custo damoradia e o mercado imobiliário. OPrograma de Reabilitação de Áreas UrbanasCentrais pretende trazer, como o próprionome diz, uma vida nova para as áreascentrais urbanas com a diversidade de uso,mas garantindo a moradia, para que essasáreas não se esvaziem à noite. Temos aquiuma parceria com o Programa

“““““VVVVVamos unificaramos unificaramos unificaramos unificaramos unificaresforços para dar novoesforços para dar novoesforços para dar novoesforços para dar novoesforços para dar novorumo às cidades”rumo às cidades”rumo às cidades”rumo às cidades”rumo às cidades”

A Secretária Executiva e MinistraA Secretária Executiva e MinistraA Secretária Executiva e MinistraA Secretária Executiva e MinistraA Secretária Executiva e MinistraAdjunta do Ministério das Cidades ArquitetaAdjunta do Ministério das Cidades ArquitetaAdjunta do Ministério das Cidades ArquitetaAdjunta do Ministério das Cidades ArquitetaAdjunta do Ministério das Cidades Arquitetae Urbanista Ermínia Maricato falou come Urbanista Ermínia Maricato falou come Urbanista Ermínia Maricato falou come Urbanista Ermínia Maricato falou come Urbanista Ermínia Maricato falou comexclusividade no dia 29 de setembro àexclusividade no dia 29 de setembro àexclusividade no dia 29 de setembro àexclusividade no dia 29 de setembro àexclusividade no dia 29 de setembro àRevista Tópicos sobre as políticas urbanasRevista Tópicos sobre as políticas urbanasRevista Tópicos sobre as políticas urbanasRevista Tópicos sobre as políticas urbanasRevista Tópicos sobre as políticas urbanasdo governo federal. Ermínia Maricato édo governo federal. Ermínia Maricato édo governo federal. Ermínia Maricato édo governo federal. Ermínia Maricato édo governo federal. Ermínia Maricato éprofessora da Faculdade de Arquitetura eprofessora da Faculdade de Arquitetura eprofessora da Faculdade de Arquitetura eprofessora da Faculdade de Arquitetura eprofessora da Faculdade de Arquitetura eUrbanismo da USP e ex-Secretaria deUrbanismo da USP e ex-Secretaria deUrbanismo da USP e ex-Secretaria deUrbanismo da USP e ex-Secretaria deUrbanismo da USP e ex-Secretaria deHabitação e Desenvolvimento Urbano daHabitação e Desenvolvimento Urbano daHabitação e Desenvolvimento Urbano daHabitação e Desenvolvimento Urbano daHabitação e Desenvolvimento Urbano daPrefeitura de São Paulo. Desde janeiro destePrefeitura de São Paulo. Desde janeiro destePrefeitura de São Paulo. Desde janeiro destePrefeitura de São Paulo. Desde janeiro destePrefeitura de São Paulo. Desde janeiro desteano, faz parte do Ministério das Cidadesano, faz parte do Ministério das Cidadesano, faz parte do Ministério das Cidadesano, faz parte do Ministério das Cidadesano, faz parte do Ministério das Cidadesque promove entre os dias 23 e 26 deque promove entre os dias 23 e 26 deque promove entre os dias 23 e 26 deque promove entre os dias 23 e 26 deque promove entre os dias 23 e 26 deoutubro a Conferência Nacional dasoutubro a Conferência Nacional dasoutubro a Conferência Nacional dasoutubro a Conferência Nacional dasoutubro a Conferência Nacional dasCidades.Cidades.Cidades.Cidades.Cidades.

Arquiteta Ermínia Maricato, Ministra

Adjunta do Ministério das Cidades

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -5

Monumenta, do Ministério da Cultura,porque, nas áreas urbanas centrais, opatrimônio histórico, artístico earquitetônico é, em geral, significativo.

O Presidente Lula anunciou um in-vestimento para área da habitação novalor de R$ 5,3 bilhões para este ano.Como estão sendo feitos esses investi-mentos? Quantas unidades habitacionaisjá estão em construção?

De acordo com nosso levantamentomais recente, de 14 de setembro, o volumede contratações chegou a R$ 2,596 bilhões,com cerca de 170 mil unidades emconstrução e estimativas de beneficiar umapopulação de 1,2 milhão e geração de 470mil empregos. As tendências aindacontinuam as mesmas anteriores, comalguma reversão. Conseguimos fazeralgumas modificações nos programas,como, por exemplo, ampliar o contrato deimóveis na planta e, principalmente,ampliar o contrato de imóveis para asfamílias com renda abaixo de quatrosalários mínimos. Nos anos anteriores 80%do FGTS foram aplicados junto àpopulação de maior renda, acima de 5salários mínimos. Este ano os dados jámostram uma pequena inflexão destatendência e nós pretendemos,evidentemente, uma reversão muitomaior. Nós vamos fazer uma revisãogrande da aplicação do FGTS dissociandoos subsídios, que hoje são diluídos emtodos os programas, na maior parte dasfaixas de renda.

Mais de 60 milhões de pessoas emtodo o país não têm acesso ao esgota-mento sanitário. O que o Ministério pre-tende fazer com relação a essa questão?

O Ministério está revendo toda apolítica nacional de saneamento, atravésde um grupo de trabalho interministerial,sob nossa coordenação. O grupo tambémtrabalha a formulação de um novo marcoregulatório na área de saneamento.Enquanto isso, nós formulamos, para opróximo PPA, uma racionalização dasações do governo federal na área desaneamento, que se espalham por váriosministérios e outros órgãos,especialmente os ligados às áreas daSaúde, Meio Ambiente e IntegraçãoNacional, junto com BNDES e CaixaEconômica Federal.

O país tem um outro sério problemaambiental que é o destino do lixo produ-zido nas grandes cidades. Quais as polí-ticas do Ministério para amenizar esseproblema?

Nossa política de resíduos sólidospretende mudar o modelo de gestãovigente, com a erradicação total doslixões e a promoção de aterros sanitários,através de ajuda aos municípios nas açõesfísicas, mas também com ênfase para ainclusão social do catador de lixo, atravésde sua formação como trabalhador nacoleta seletiva e na reciclagem do lixo. Oprojeto piloto envolve 10 municípios:Belford Roxo (RJ), Olinda (PE), Timóteoe Coronel Feliciano (MG), Aracaju, Natal,Campina Grande (PB), Aguazinha (BA),Cururupu (MA) e Manicoré (AM). Outrapolítica importante é a realização, pelaprimeira vez, do mapeamento do setorde resíduos sólidos, a fim de inseri-lodentro do SNIS, o Sistema Nacional deInformações em Saneamento. A coletadas informações referente ao ano de 2002já foi realizada e o primeiro diagnósticosai no ano que vem.

A cada ano ocorrem em todo o país300 mil acidentes automobilísticos querepresentam um custo de R$ 10 bilhões.Qual o objetivo do Programa de Educa-ção de Cidadania no Trânsito, lançadoem julho deste ano ?

O programa é dirigido pelo Denatran,que neste governo está sob nossa alçada.Quando se trata de acidentes de trânsitoo que temos são números de guerra civil,que se aproximam das mortes porhomicídios: são 300 mil acidentesautomobilísticos, com cerca de 30 milmortos por ano. Há muito poucaconsciência na sociedade sobre o quesignifica o perigo de andar pelas ruas e odo mau uso do automóvel. A idéia éampliar o nível de consciência, mudarprocedimentos e, especialmente,comportamentos. Nós temos o objetivode trabalhar junto às crianças nas escolas.

O ES tem um déficit habitacional de135 mil moradias. Quais projetos doMinistério poderão contribuir para solu-cionar este problema?

Principalmente os voltados para apopulação de baixa renda, como oPrograma de Subsídio à Habitação de

Interesse Social (PSH), e o HabitarBrasil-Bid.

Quais projetos e recursos já foram ouserão destinados ao Estado do EspíritoSanto ainda este ano?

O Ministério das Cidadesreempenhou, em 2003, R$ 1,490 milhãorelativos a 19 obras paradas em 2001, eR$ 3,199 milhões relativos a 15 obrasparadas em 2002. Todas são obras de sa-neamento e habitação, realizadas dentrodos programas já existentes do Ministé-rio, com orçamento próprio. O total de-sembolsado com recursos próprios foide R$ 4,689 milhões. No âmbito do FGTS,foram gastos R$ 67,937 milhões, dos quaisR$ 46,607 milhões com habitação e R$21,330 milhões com saneamento. O Pro-grama de Subsídio à Habitação de Inte-resse Social (PSH) está investindo R$2,421 milhões e beneficiará 691 famíli-as; o PAR - Programa de ArrendamentoResidencial - investiu R$ 76,1 milhões ebeneficiará 3.498 famílias.

Qual a importância da participaçãodos profissionais do Sistema Confea/Creana Conferência Nacional das Cidades enos demais projetos do Ministério dasCidades ?

É muito grande, pois nós temos quecriar no Brasil um novo profissional, semdúvida nenhuma, e as entidadesprofissionais têm um papel muitoimportante. As universidades não estãototalmente preparadas para formarprofissionais que consigam trabalhar, porexemplo, com as áreas degradadas, Nósnão temos recursos para fazer a remoçãode todas as famílias que estão nessas árease nas favelas, que estão se adensandofortemente. Este novo profissional, não vaiser só mais versátil, menos especializadoem alguma área muito específica, ele vaiter que saber trabalhar com a população,vai ter que trabalhar soluções econômicas,porque nós precisamos reduzir o custo daprodução das cidades e da recuperação,também, da cidade degradada. É muitoimportante que a gente trabalhe naformação de um novo profissional. Euacho que o CONFEA e os Creas estão nosajudando muito na Conferência Nacionaldas Cidades, que vai exatamente nestesentido, o de criar um debate na sociedade,formar essa consciência de conhecimento.

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T ó p i c o s -6 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003

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O projeto para a nova Sede do O projeto para a nova Sede do O projeto para a nova Sede do O projeto para a nova Sede do O projeto para a nova Sede do CREACREACREACREACREA-ES, de autoria-ES, de autoria-ES, de autoria-ES, de autoria-ES, de autoriados Arquitetos André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília edos Arquitetos André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília edos Arquitetos André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília edos Arquitetos André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília edos Arquitetos André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília eHumberto Hermeto, esteve exposto na mostra coletiva deHumberto Hermeto, esteve exposto na mostra coletiva deHumberto Hermeto, esteve exposto na mostra coletiva deHumberto Hermeto, esteve exposto na mostra coletiva deHumberto Hermeto, esteve exposto na mostra coletiva deprojetos de arquitetura da 5ª Bienal Internacional deprojetos de arquitetura da 5ª Bienal Internacional deprojetos de arquitetura da 5ª Bienal Internacional deprojetos de arquitetura da 5ª Bienal Internacional deprojetos de arquitetura da 5ª Bienal Internacional deArquitetura de São Paulo.Arquitetura de São Paulo.Arquitetura de São Paulo.Arquitetura de São Paulo.Arquitetura de São Paulo.

O painel, montado no Parque do Ibirapuera, emSão Paulo (SP), expôs através de imagens, maquete etexto como foi elaborado o projeto vencedor do con-curso realizado para a nova sede do Conselho.

No dia 30 de setembro, os arquitetos assina-ram o contrato para execução do anteprojeto e doprojeto executivo arquitetônico, bem como de todosos projetos complementares, que têm o prazo de 150dias para serem concluídos.

A pedido da Diretoria do Crea-ES, e consentidopelos autores, os projetos complementares serão ela-borados por profissionais capixabas.

Resgatar e proporcionar um fórum deResgatar e proporcionar um fórum deResgatar e proporcionar um fórum deResgatar e proporcionar um fórum deResgatar e proporcionar um fórum dediscussão para o cultivo do mamoeiro nodiscussão para o cultivo do mamoeiro nodiscussão para o cultivo do mamoeiro nodiscussão para o cultivo do mamoeiro nodiscussão para o cultivo do mamoeiro noBrasil, destacando o Espírito Santo como umBrasil, destacando o Espírito Santo como umBrasil, destacando o Espírito Santo como umBrasil, destacando o Espírito Santo como umBrasil, destacando o Espírito Santo como umdos principais produtores da fruta é odos principais produtores da fruta é odos principais produtores da fruta é odos principais produtores da fruta é odos principais produtores da fruta é oobjetivo do Instituto Capixaba de Pesquisa,objetivo do Instituto Capixaba de Pesquisa,objetivo do Instituto Capixaba de Pesquisa,objetivo do Instituto Capixaba de Pesquisa,objetivo do Instituto Capixaba de Pesquisa,Assistência Técnica e Extensão RuralAssistência Técnica e Extensão RuralAssistência Técnica e Extensão RuralAssistência Técnica e Extensão RuralAssistência Técnica e Extensão Rural(Incaper) e da Sociedade Espiritossantense(Incaper) e da Sociedade Espiritossantense(Incaper) e da Sociedade Espiritossantense(Incaper) e da Sociedade Espiritossantense(Incaper) e da Sociedade Espiritossantensede Engenheiros Agrônomos (SEEA) aode Engenheiros Agrônomos (SEEA) aode Engenheiros Agrônomos (SEEA) aode Engenheiros Agrônomos (SEEA) aode Engenheiros Agrônomos (SEEA) aorealizarrealizarrealizarrealizarrealizar, entre os dias 19 e 21 de novembro,, entre os dias 19 e 21 de novembro,, entre os dias 19 e 21 de novembro,, entre os dias 19 e 21 de novembro,, entre os dias 19 e 21 de novembro,o Simpósio do Papaya Brasileiro, no Hotelo Simpósio do Papaya Brasileiro, no Hotelo Simpósio do Papaya Brasileiro, no Hotelo Simpósio do Papaya Brasileiro, no Hotelo Simpósio do Papaya Brasileiro, no HotelPorto do Sol, em Vitória.Porto do Sol, em Vitória.Porto do Sol, em Vitória.Porto do Sol, em Vitória.Porto do Sol, em Vitória.

A cultura do mamão está presentena maioria dos estados brasileiros, abran-gendo uma área de aproximadamente 30mil hectares e produção estimada de 1,6milhão de toneladas por ano. Isso tornao país o maior produtor mundial de ma-mão Carica papaya L. Espírito Santo eBahia são os produtores mais importan-tes, respondendo por mais de 70% da áreacultivada e da produção nacional.

O presidente da comissãoorganizadora do Simpósio, Eng. Agrôno-mo David Martins, informa que embora

o mamão tenha aumentado significativa-mente sua participação na exportaçãobrasileira de frutas secas nos últimos anos,estando entre as seis mais importantescom 21,6 milhões de dólares, represen-tando cerca de 10% do total de frutas fres-cas exportadas. O volume ainda é peque-no, menos de 4,3% do total exportado einferior a 2% do que o país produz.

“Os temas relacionados àcomercialização, logística de transportee distribuição da fruta, fatores de produ-ção que interferem na qualidade e con-servação do fruto e ampliação de merca-dos serão abordados no Simpósio.Haverá também um espaço para apre-sentação de trabalhos técnico-científicos,que vêm sendo desenvolvidos nas dife-rentes instituições de pesquisa do país”,explica Martins.

As Informações estão disponíveis no

site http://www.incaper.es.gov.br/papayabrasil

ou nos telefones (27) 3137-9872 / 3223-

1441.

Simpósio do papayaSimpósio do papayaSimpósio do papayaSimpósio do papayaSimpósio do papayacoloca ES comocoloca ES comocoloca ES comocoloca ES comocoloca ES comoreferência nacionalreferência nacionalreferência nacionalreferência nacionalreferência nacional

Tomaram posse no dia 19 deagosto os Inspetores Adjuntos doCrea-ES, que irão representar o Con-selho junto aos Poderes Legislativo,Executivo e Judiciário, aos profissio-nais e às comunidades de várias loca-lidades do Espírito Santo. O Crea-ESé o primeiro Conselho Regional deEngenharia, Arquitetura e Agrono-mia do país a adotar a representaçãoregional de profissionais.

Os Inspetores Adjuntos terão afunção de orientar os profissionais eempresas em relação à regulamenta-ção e o cumprimento da legislaçãoprofissional; repassar ao Crea infor-mações de demandas e necessidades;representar institucionalmente oConselho junto aos poderes instituí-dos, aos movimentos sociais, aos pro-fissionais e à sociedade; acompanhara atuação dos profissionais na região,repassando ao Crea as demandas dosprofissionais e da comunidade; rea-lizar periodicamente reuniões na Ins-petoria Regional para discutir os pro-blemas de cada cidade.

A criação da figura do InspetorAdjunto foi uma proposta apresenta-da pelo atual presidente do Conse-lho, Eng. Eletricista Silvio Ramos, emseu programa de trabalho quando doprocesso eleitoral, visando integraràs ações do Crea os profissionais queexercem suas atividades fora da Gran-de Vitória e das sedes das Inspetori-as Regionais.

CCCCCrea-ES é o único dorea-ES é o único dorea-ES é o único dorea-ES é o único dorea-ES é o único dopaís a ter inspetorespaís a ter inspetorespaís a ter inspetorespaís a ter inspetorespaís a ter inspetoresadjuntosadjuntosadjuntosadjuntosadjuntos

ANDRÉ LUIZ PRADO

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -7

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aQualifor já apresentaQualifor já apresentaQualifor já apresentaQualifor já apresentaQualifor já apresentaresultados positivosresultados positivosresultados positivosresultados positivosresultados positivos

O Programa de Qualificação deO Programa de Qualificação deO Programa de Qualificação deO Programa de Qualificação deO Programa de Qualificação deFornecedores da Construção Civil (Qualifor),Fornecedores da Construção Civil (Qualifor),Fornecedores da Construção Civil (Qualifor),Fornecedores da Construção Civil (Qualifor),Fornecedores da Construção Civil (Qualifor),um projeto do Crea-ES, realizado emum projeto do Crea-ES, realizado emum projeto do Crea-ES, realizado emum projeto do Crea-ES, realizado emum projeto do Crea-ES, realizado emparceria com o Sindicato das Indústrias daparceria com o Sindicato das Indústrias daparceria com o Sindicato das Indústrias daparceria com o Sindicato das Indústrias daparceria com o Sindicato das Indústrias daConstrução Civil (Sindicon), já está dandoConstrução Civil (Sindicon), já está dandoConstrução Civil (Sindicon), já está dandoConstrução Civil (Sindicon), já está dandoConstrução Civil (Sindicon), já está dandobons resultados.bons resultados.bons resultados.bons resultados.bons resultados.

Segundo, a coordenadora doPrograma, Cristina Sampaio, as em-presas apresentam, de modo geral,bom desempenho no cumprimentodas tarefas e estão conscientes de queeste é o caminho mais seguro paraatrair e manter seus clientes. “Os par-ticipantes têm valorizado a iniciativado Crea-ES e do Sindicon de implan-tar um programa de qualificação dasempresas do setor”.

Em outubro, o Qualifor completasete meses de trabalho. Neste período,foram realizados um seminário de lan-çamento do programa e oito treinamen-tos de oito horas cada um, sobre os con-ceitos e práticas da norma ISO9001:2000, além de dois diagnósticos detodas as empresas e seis visitas deconsultoria.

No dia 25 de setembro, as empre-sas participantes visitaram a empresaDacaza Incorporação e Construção CivilLtda para conhecer a experiência decertificação do seu Sistema da Qualida-de. “Foi um momento muito rico, umavez que a Dacaza é uma referência dequalidade de padrão construtivo e aten-dimento a clientes, além de ter comofoco estratégico o desenvolvimento deseus colaboradores”, ressalta CristinaSampaio.

O Qualifor está promovendo acapacitação, o desenvolvimento e a qua-lificação de micro e pequenas empresasdo Espírito Santo, registradas no Crea-ES, visando à melhoria da qualidade deseus produtos e serviços e ao fortaleci-mento de sua cadeia produtiva.

DEPOIMENTOSO representante da Agrolab Análi-

ses e Controle de Qualidade Ltda, EricScardini, garante que o programa estáajudando a organizar os processos inter-nos, utilizando instrumentos técnicos daqualidade. “A empresa está implantan-do o sistema de gestão da qualidade combase na Tecnologia de Informação, emformato de Intranet, que o torna maisconsistente e flexível”, disse.

Segundo o representante da JBMServiços e Representações Ltda, DaltonRomeiro Júnior, a certificação beneficiaas empresas que participam do progra-ma, principalmente em situações em queo cliente requeira certificação de quali-dade. Isso é um diferencial na participa-ção em concorrências. O mercado estácada vez mais exigente, inclusive os ór-gãos públicos”.

O representante da Cricaré Enge-nharia e Construções, Jones Cassoli, estáconfiante que, ao final do Qualifor, aempresa esteja em condições de reque-rer a certificação da qualidade segundoas normas ISO. Cassoli destaca a motiva-ção dos funcionários. “Eles já estão no-tando as melhorias trazidas pela implan-tação do programa, o que os valoriza emotiva para desempenhar melhor suasfunções”, constata.

O programa está qualificando dezempresas das áreas de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia do Estado. Naspróximas edições da Revista Tópicos, asoutras empresas participantes apresen-tarão seus estágios de implantação doprojeto.

De acordo com sorteio, ocronograma será o seguinte: na edição26 serão ouvidos representantes dasempresas Equilibrium EngenhariaAmbiental Ltda, Domus ArquiteturaLtda e Concena Construções e Serviços;e na edição 27, as empresas VitóriaAmbiental Engenharia e Tecnologia S/A, J Veiga Engenharia Ltda, Módulo En-genharia Ltda e Pró Engenharia e Ar-quitetura Ltda.

No dia 23 de setembro, o Crea-No dia 23 de setembro, o Crea-No dia 23 de setembro, o Crea-No dia 23 de setembro, o Crea-No dia 23 de setembro, o Crea-ES, dando continuidade ao programaES, dando continuidade ao programaES, dando continuidade ao programaES, dando continuidade ao programaES, dando continuidade ao programaGrandes Empresas, reuniu-se comGrandes Empresas, reuniu-se comGrandes Empresas, reuniu-se comGrandes Empresas, reuniu-se comGrandes Empresas, reuniu-se comgerentes da Samarco Mineração S.A.,gerentes da Samarco Mineração S.A.,gerentes da Samarco Mineração S.A.,gerentes da Samarco Mineração S.A.,gerentes da Samarco Mineração S.A.,em Anchieta - ES.em Anchieta - ES.em Anchieta - ES.em Anchieta - ES.em Anchieta - ES.

O Gerente da Unidade de Fisca-lização do Conselho, EngenheiroMecânico Flavio Lobato La Rocca,ressaltou a importância da exigêncialegal de contratação exclusiva de pro-fissionais e empresas de Engenhariadevidamente registrados no Crea-ES,para a execução de atividades demanutenção, montagens e demaisserviços abrangidos pela regulamen-tação.

La Rocca destacou a responsa-bilidade e importância que a Samar-co Mineração dispensa à fiscalizaçãoprofissional da Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia, firmando ocompromisso de exigir dos presta-dores de serviços destas atividadesa apresentação da Certidão de Re-gistro e Quitação de Profissionais eEmpresas para a participação de con-corrências, bem como da Anotaçãode Responsabilidade Técnica na as-sinatura dos contratos.

Fiscalização doCrea-ES visitaa Samarco

AGROLAB (ACIMA),JBM (AO LADO) E

CRICARÉ (ABAIXO):EMPRESAS

PARCITIPANTES DO

QUALIFOR

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Mais um Centro de RMais um Centro de RMais um Centro de RMais um Centro de RMais um Centro de Referência das Águaseferência das Águaseferência das Águaseferência das Águaseferência das ÁguasO município de Rio Bananal passou aO município de Rio Bananal passou aO município de Rio Bananal passou aO município de Rio Bananal passou aO município de Rio Bananal passou a

abrigar a partir de setembro o mais novoabrigar a partir de setembro o mais novoabrigar a partir de setembro o mais novoabrigar a partir de setembro o mais novoabrigar a partir de setembro o mais novoCentro de Referência do Movimento deCentro de Referência do Movimento deCentro de Referência do Movimento deCentro de Referência do Movimento deCentro de Referência do Movimento deCidadania pelas Águas do Espírito Santo.Cidadania pelas Águas do Espírito Santo.Cidadania pelas Águas do Espírito Santo.Cidadania pelas Águas do Espírito Santo.Cidadania pelas Águas do Espírito Santo.

A inauguração do núcleo contoucom uma solenidade de formalização naqual foram apresentados representantesda Associação Meio AmbientalistaRibanense - Bio-Mar, que coordenarão asatividades do Movimento na região.

“A Bio-Mar é uma Organização nãoGovernamental (Ong) que tem como mis-são conscientizar a comunidade sobre aimportância da preservação ambientalnas escolas, comunidades urbanas e ru-rais”, explicou o coordenador do Movi-mento pelo Sindicato dos Trabalhadores

em Água, Esgoto e Meio Ambiente noEstado do Espírito Santo - Sindaema,Adailson Freire da Costa.

Durante a exposição, Adailson falousobre a importância do papel do cidadãoem relação ao futuro da água no planeta,explicou para a comunidade como funcio-na, quem pode participar e quais as açõespromovidas pelos centros de referência.

A cerimônia também marcou o tér-mino dos trabalhos de limpeza do RioBananal e contou com plantio de árvo-res ao longo de suas margens, realizadopela prefeitura do município. Para darinicio às atividades, o novo Centro de Re-ferência recebeu materiais de divulgação,como transparências, filmes, cd-room,

além de panfletos, cartilhas e adesivos.A arquiteta e coordenadora do

Movimento pelo Crea, Clemir ReginaPela Meneghel, representou o presiden-te do Conselho, Silvio Ramos.

Compareceram à solenidade, oprefeito de Rio Bananal, JacintoCasagrande, vereadores e representantesdas Secretarias Municipais de Meio Am-biente e Agricultura.

O Centro de Referência do Movi-mento de Cidadania pelas Águas de RioBananal foi inaugurado no dia 21 de se-tembro.

Informações sobre o Movimento nessa

região podem ser obtidas na Bio-Mar pelo

telefone (27) 3265-1169.

Engenheira membro do Movimento dasEngenheira membro do Movimento dasEngenheira membro do Movimento dasEngenheira membro do Movimento dasEngenheira membro do Movimento dasÁguas ganha prêmio na FÁguas ganha prêmio na FÁguas ganha prêmio na FÁguas ganha prêmio na FÁguas ganha prêmio na Feira do Veira do Veira do Veira do Veira do Verdeerdeerdeerdeerde

A engenheiraA engenheiraA engenheiraA engenheiraA engenheiracivil, e M.Sc. emcivil, e M.Sc. emcivil, e M.Sc. emcivil, e M.Sc. emcivil, e M.Sc. emRecursos Hídricos,Recursos Hídricos,Recursos Hídricos,Recursos Hídricos,Recursos Hídricos,Maria Helena AlvesMaria Helena AlvesMaria Helena AlvesMaria Helena AlvesMaria Helena Alvesganhou, na XIV Feiraganhou, na XIV Feiraganhou, na XIV Feiraganhou, na XIV Feiraganhou, na XIV Feirado Vdo Vdo Vdo Vdo Verde, realizada noerde, realizada noerde, realizada noerde, realizada noerde, realizada nomês de setembro, emmês de setembro, emmês de setembro, emmês de setembro, emmês de setembro, emVitória, o Prêmio TiãoVitória, o Prêmio TiãoVitória, o Prêmio TiãoVitória, o Prêmio TiãoVitória, o Prêmio TiãoSá, na categoriaSá, na categoriaSá, na categoriaSá, na categoriaSá, na categoriaPesquisasPesquisasPesquisasPesquisasPesquisasAmbientais. AAmbientais. AAmbientais. AAmbientais. AAmbientais. AEngenheira éEngenheira éEngenheira éEngenheira éEngenheira é

Coordenadora Técnica do projeto “SistemasCoordenadora Técnica do projeto “SistemasCoordenadora Técnica do projeto “SistemasCoordenadora Técnica do projeto “SistemasCoordenadora Técnica do projeto “Sistemasde Informações Hidrológicas da Bacia do Riode Informações Hidrológicas da Bacia do Riode Informações Hidrológicas da Bacia do Riode Informações Hidrológicas da Bacia do Riode Informações Hidrológicas da Bacia do RioItapemirim”, que resultou em uma “radiogra-Itapemirim”, que resultou em uma “radiogra-Itapemirim”, que resultou em uma “radiogra-Itapemirim”, que resultou em uma “radiogra-Itapemirim”, que resultou em uma “radiogra-fia” dos recursos hídricos dos 17 municípiosfia” dos recursos hídricos dos 17 municípiosfia” dos recursos hídricos dos 17 municípiosfia” dos recursos hídricos dos 17 municípiosfia” dos recursos hídricos dos 17 municípiosda bacia do rio Itapemirim. O resultadoda bacia do rio Itapemirim. O resultadoda bacia do rio Itapemirim. O resultadoda bacia do rio Itapemirim. O resultadoda bacia do rio Itapemirim. O resultadoapresentado pelo projeto é uma referênciaapresentado pelo projeto é uma referênciaapresentado pelo projeto é uma referênciaapresentado pelo projeto é uma referênciaapresentado pelo projeto é uma referênciapara a captação de novos recursos a fim depara a captação de novos recursos a fim depara a captação de novos recursos a fim depara a captação de novos recursos a fim depara a captação de novos recursos a fim decorrigir os problemas diagnosticados.corrigir os problemas diagnosticados.corrigir os problemas diagnosticados.corrigir os problemas diagnosticados.corrigir os problemas diagnosticados.

“O projeto é a base para a constru-ção de um modelo de Gestão de Recur-sos Hídricos da Bacia do Rio Itapemirime contemplou duas grandes metas: a cri-ação de um cadastro de usuários, inclu-indo o cadastro de irrigantes, e o diag-nóstico qualitativo dos recursos hídricosda bacia”, explicou a engenheira.

O cadastro de usuários começoucom pesquisas em órgãos seguido de tra-balho de campo, com utilização de Siste-ma de Posicionamento Global (GPS). Emparalelo, foi gerada uma base cartográficaem ambiente SIG - Sistema de Informa-ções Geográficas (SIG), criando-se, em se-guida, um banco de dados a partir dadigitação de todas as informações.

O diagnóstico qualitativo dos re-cursos hídricos foi realizado com a im-plantação de uma rede de monitora-mento de qualidade da água, através daseleção de 41 pontos de amostragem.Foram realizadas cinco campanhas demonitoramento com a análise deparâmetros físicos, químicos e bacteri-ológicos, além da análise de grupos quí-micos de agrotóxicos. Essas informaçõestambém foram lançadas em SIG.

Todos os resultados foram forne-cidos aos municípios da bacia (16 doEspírito Santo e um de Minas Gerais) eaos parceiros do projeto.

O projeto foi desenvolvido pelaFundação PROMAR em convênio com oFundo Nacional de Meio Ambiente(FNMA), tendo como co-executores o

LCT/UFES e o INCAPER. Os parceiros doprojeto são a SEAMA, SEAG, o Consórcioda Bacia do Rio Itapemirim, o CCA-UFES,e as dezessete prefeituras municipais quecompõem a Bacia.

Além do Prêmio Tião Sá, o projetoSIHBRI, recebeu em 2002 o Prêmio MeioAmbiente da FINDES. Em outubro desteano ficou entre os dois melhores traba-lhos apresentados no II Seminário Espíri-to-Santense de Recursos Hídricos.

O STAND DO MOVIMENTO DE CIDADANIA PELAS

ÁGUAS FOI UM DOS MAIS VISITADOS NA FEIRA DO

VERDE, REALIZADA NO MÊS DE SETEMBRO, EM

VITÓRIA. FORAM REALIZADAS OFICINAS DE

TRANSFORMAÇÃO “FAÇA DO LIXO UM LUXO”,MINISTRADAS PELA PROFESSORA MARIA DE

FÁTIMA SANTOLINI MOTA

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Profissionais da área de Engenharia,Profissionais da área de Engenharia,Profissionais da área de Engenharia,Profissionais da área de Engenharia,Profissionais da área de Engenharia,Agrimensura e Cartografia estão com novas eAgrimensura e Cartografia estão com novas eAgrimensura e Cartografia estão com novas eAgrimensura e Cartografia estão com novas eAgrimensura e Cartografia estão com novas eboas perspectivas com relação ao mercadoboas perspectivas com relação ao mercadoboas perspectivas com relação ao mercadoboas perspectivas com relação ao mercadoboas perspectivas com relação ao mercadode trabalho. de trabalho. de trabalho. de trabalho. de trabalho. Uma lei assinada em outubroUma lei assinada em outubroUma lei assinada em outubroUma lei assinada em outubroUma lei assinada em outubrodo ano passado, criou o Sistema Público dedo ano passado, criou o Sistema Público dedo ano passado, criou o Sistema Público dedo ano passado, criou o Sistema Público dedo ano passado, criou o Sistema Público deTTTTTerras, um dos mais modernos instrumentoserras, um dos mais modernos instrumentoserras, um dos mais modernos instrumentoserras, um dos mais modernos instrumentoserras, um dos mais modernos instrumentospara regulamentação de Tpara regulamentação de Tpara regulamentação de Tpara regulamentação de Tpara regulamentação de Terras que prevêerras que prevêerras que prevêerras que prevêerras que prevêque todo imóvel rural deve apresentar asque todo imóvel rural deve apresentar asque todo imóvel rural deve apresentar asque todo imóvel rural deve apresentar asque todo imóvel rural deve apresentar ascoordenadas dos vértices definidores de seuscoordenadas dos vértices definidores de seuscoordenadas dos vértices definidores de seuscoordenadas dos vértices definidores de seuscoordenadas dos vértices definidores de seuslimites georeferenciados ao Sistema Geodésiolimites georeferenciados ao Sistema Geodésiolimites georeferenciados ao Sistema Geodésiolimites georeferenciados ao Sistema Geodésiolimites georeferenciados ao Sistema GeodésioBrasileiro.Brasileiro.Brasileiro.Brasileiro.Brasileiro.

Com a finalidade de preparar osprofissionais e as empresas do setor demapeamento do estado para atender essemercado, será realizado nos dias 04 e 05de dezembro, no Teatro do Cefetes, emVitória, o Seminário Interestadual deGeoreferenciamento Aplicado ao Siste-ma Público de Registros de Terras.

O seminário é importante para acomunidade ligada à geoinformação,uma vez que deixa claro que a identifica-ção do imóvel deverá ser obtido a partirde memorial descritivo assinado por

PPPPProfissionais derofissionais derofissionais derofissionais derofissionais degeoinformação têmgeoinformação têmgeoinformação têmgeoinformação têmgeoinformação têmnovo mercado denovo mercado denovo mercado denovo mercado denovo mercado detrabalhotrabalhotrabalhotrabalhotrabalho

profissional habili-tado no Crea e comdevida ART.

Serão aborda-dos no evento o usode ferramentascomo as imagens desatélites, o Sistema de PosicionamentoGlobal (GPS) e as Hortofotocartas - quesão fotografias tiradas de um avião semerros de deslocamento - para fazer análi-ses geográficas e planejamentos e apre-sentar soluções que contribuam porexemplo, para evitar problemas ambi-entais.

O Sistema Público de Terras foi cri-ado através de um decreto regulamenta-dor da Lei nº 10.267, assinado no dia 30de outubro de 2002. A nova legislaçãotambém dará maior transparência aosregistros cartoriais e imobiliários, garan-tindo aos proprietários a legitimidadequando ao domínio do imóvel.

O Seminário será realizado pelo

Crea, Instituto de Registros ImobiliáriosBrasileiro (Irib), Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária (Incra), Ins-tituto de Avaliações e Perícias do Espíri-to Santo (Ibape-ES), Centro Federal deEducação Tecnológica do Espírito Santo(Cefetes) e Instituto de DefesaAgropecuária e Florestal do Espírito San-to (Idaf), com patrocínio do Confea e daMútua - Caixa de Assistência dos profis-sionais do Espírito Santo e apoio da CST,Escelsa, Aracruz Celulose e outras enti-dades.

Informações sobre o evento podem ser

obtidas pelo tel.: 3200-3776 ou

[email protected]

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Sistema corporativoSistema corporativoSistema corporativoSistema corporativoSistema corporativodá mais agilidade adá mais agilidade adá mais agilidade adá mais agilidade adá mais agilidade aatendimentoatendimentoatendimentoatendimentoatendimento

O Crea-ES finalizou em julho desteano o processo de migração de seu siste-ma informatizado iniciado em janeirode 2002. O sistema é responsável pelocontrole cadastral de profissionais, em-presas e ART, gestão financeira, de fisca-lização e de protocolo. Também contro-la a geração de relatórios e certidões deacervo técnico e de registro e quitação.

O antigo sistema estava ultrapas-sado e foi substituído por uma soluçãomais moderna que possui uma interfacegráfica mais amigável. A equipe deinformática do Crea-ES empenhou-se emdesenvolver rotinas de migração paratransferir os dados do antigo banco dedados para o novo e, em paralelo, ade-quou o sistema para trabalhar de acordocom as rotinas do Conselho.

Segundo o Consultor de Informá-tica do Crea-ES, Kleyson Musso, “a mi-gração de sistema é um processo difícil,pois envolve mudanças profundas nasrotinas de trabalho de todos, gerandomuita pressão na equipe de informática.Por esse motivo muitas empresas conti-

nuam com seus sistemasantigos, sem se arriscarnum processo comoesse”.

Com a migraçãopara o Sistema Corporativo,o Crea dinamizará ainda mais suas rotinasinternas, visando à qualidade da informaçãoe o desenvolvimento em seu site de serviçosonline para o profissional como ART on linee off line, atualização de endereço, emissãode certidão de registro e quitação, emissãode guias de anuidade e diferença de ART.

Durante o período de migração, osdois sistemas tiveram que funcionar emconjunto, o que gerou alguns problemasde dados desatualizados, e incompatibili-dade entre os bancos de dados, que utiliza-vam formas diferentes de armazenamentode informações.

Na fase atual, a equipe de informáticaestá trabalhando para corrigir os dados queforam transferidos incorretamente e me-lhorar o Sistema Corporativo, com roti-nas que agilizam a busca da informação e oatendimento ao profissional.

A partir de 2004, serão criadas roti-nas integradas do Sistema Corporativocom o correio eletrônico do profissio-nal cadastrado. Isso proporcionará aoprofissional estar constantemente infor-mado sobre as alterações relativas a ele.Serão também criados serviços online nosite para atender as empresas.

O Programa de Educação Continuada(PEC) está estudando propostas de parceriade organização de eventos para o ano de 2004com as empresas Lucio’s Rolamentos, repre-sentante da NSK no Estado; Weg; CentroCapixaba de Desenvolvimento Metalmecâni-co (CDMEC); e a Associação Brasileira de Ci-mento Portland (ABCP).

A Lúcio’s Rolamentos é uma empresaque importa e exporta mancais para todo opaís e o exterior e atua nas áreas de minera-ção, siderurgia, celulose, têxtil, automotiva,mármores entre outros. A empresa desenvol-ve um serviço especializado em rolamentos eequipou um moderno centro de capacitaçãotécnica para clientes e usuários finais, ondesão ministrados cursos teóricos e práticos.

Incentivados por essa parceria, a NSK,

Novas parcerias do PECNovas parcerias do PECNovas parcerias do PECNovas parcerias do PECNovas parcerias do PECfabricante de rolamentos e produtosmecatrônicos e automobilísticos ante-cipou sua programação de cursos para2003 onde realizará a palestra “Tecnolo-gia em Rolamentos para a Redução deCustos de Manutenção”, no dia 30 deoutubro, no auditório do Crea-ES.

A Weg, empresa fabricante de motorese também fornecedora de sistemas elétricosindustriais completos, deverá apresentar umcalendário com proposta de cursos a seremdesenvolvidos em cojunto com o PEC em 2004.A empresa está entre os cinco maiores fabri-cantes mundiais de motores elétricos.

Desenvolver a criação de instrumentosvoltados para o desenvolvimento tecnológicodo setor metalmecânico capixaba, abrangen-do setores importantes da economia, como

celulose, mineração, siderurgia, energia, pe-tróleo e gás é a principal atividade do CDMEC,que faz levantamentos e organização de infor-mações tecnológicas e a viabilização de novosempreendimentos, entre outras atividades.

A ABCP, que através do PEC já possuiuma parceria com o Dertes e o Crea-ES para arealização de um calendário de cursos técni-cos e específicos para funcionários do depar-tamento, reafirma esse compromisso em 2004.

“A expectativa é de aumentar as parceri-as do Crea-ES garantindo a qualidade nos cur-sos aplicados e o maior número de profissio-nais treinados em 2004. O Conselho está abertopara novos contatos, cumprindo assim, como papel do PEC”, concluiu Luis FernandoFiorotti, coordenador de Projetos Especiaisdo Crea-ES.

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Kleyson MussoKleyson MussoKleyson MussoKleyson MussoKleyson MussoLíder da Consultoriade InformáticaThaís MarinhoThaís MarinhoThaís MarinhoThaís MarinhoThaís MarinhoConsultoraJefferson CarvalhoJefferson CarvalhoJefferson CarvalhoJefferson CarvalhoJefferson CarvalhoConsultorManfredo GomesManfredo GomesManfredo GomesManfredo GomesManfredo GomesTécnico Operacional

ANDRÉ TAQUETTI

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -11

Entid

ades

SEEA

Premiação no Dia do Engenheiro AgrônomoA Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrô-

nomos - SEEA realizou uma grande comemoração ao Diado Engenheiro Agrônomo (12/10), no Clube Álvares Cabral,dia 11 de outubro. Estiveram presentes profissionais vete-ranos e recém formados.

Foram homenageados 15 profissionais que de algumaforma prestaram relevantes serviços a categoria agronômica ea comunidade Capixaba. São eles: Aymbiré Francisco Almeidada Fonseca, David dos Santos Martins, Dirceu Pratissoli, EnioBergoli da Costa, Francisco Alfredo Lobo Junger, João BatistaMachado Campos, José Aires Ventura, Luiz Carlos Brioschi,Luiz Carlos Careta Piassi, Moysés alvino Côvre, OsmanFrancischeto de Magalhães, Pedro de Faria Burnier, WellingtonSecundino e Wolmar Roque Loss.

Informações: 3223 1441/ 3233 0101

SENGE

Universitários e UrnasO Senge-ES, após deliberação de seu Conselho de Repre-

sentantes, está indicando o apoio e voto aos candidatos da chapanº 30, formada pelo Eng. Mecânico Rogério Queiroz e pelo Ar-quiteto Kleber Frizzera. O Sindicato estará empenhado em for-malizar alianças, trabalhando com as demais entidades de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia do nosso Estado e com oCrea-ES, objetivando eleger os colegas.

A abertura da Universidade Federal do Espírito Santo -UFES para a sociedade, através de um Conselho Deliberativo, acelebração de protocolos de intenções relacionados ao PEC eparcerias institucionais em geral são aspectos e compromissosfundamentais para a realização de uma perfeita sintonia.

Informações www.senge-es.org.br ou [email protected]

SEE

AtividadesO presidente da entidade, Engº Civil José Antonio do

Amaral Filho, recebeu medalha de Honra ao Mérito do Insti-tuto Brasileiro de Engenharia de Custos - IBEC durante a co-memoração dos 25 anos da entidade. O evento ocorreu no dia19 de agosto no clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.

Terá início a partir de 29 de novembro pela SEE e IBECo 2º curso em Engenharia de Custos (380 horas). Ao preenchersua ART, assinale o nº 001, no campo 24 (até 10% do valor pagoserá creditado à SEE).

Informações: (27) 3223-0322

IBAPE

Nota máximaO conselheiro do Crea-ES e presidente do IBAPE-ES,

Eng. Civil Radegaz Nasser Júnior, teve sua tese de mestradoaprovada na Universidade Politécnica de Valência, naEspanha. O trabalho, que teve como tema a “Aplicação deMetodologia de Avaliação a Jogadores de Clubes de Fute-bol”, foi aprovado com nota máxima pela banca examinadorado Mestrado Internacional de Avaliações da Universidade.

Informações: (27) 3345-6760

SINTEC

Palestras no Dia do Técnico IndustrialO Dia do Técnico Industrial (23/09) foi comemorado

no auditório do Cefet-ES no dia 26 de setembro, com aspalestras do inventor do bina celular, o Técnico em Teleco-municações Nélio José Nicolai e o Fundador e Presidentedo Sindicato dos Técnicos Industriais do Paraná, Sergio LuizChautard, que falou da criação e fundamento das escolastécnicas no Brasil.

O público estimado em mais de 250 pessoas,assistiu ao show de encerramento do evento com o cantorJoão Pimenta e banda. Estavam presentes à comemoração,o Presidente do Crea-ES, Eng. Eletricista Silvio RobertoRamos, o Presidente Nacional do Técnicos Industriais,Wilson Wanderley, o Presidente da CUT-ES, Tadeu Pigatti eo Diretor Geral do Cefet-ES, Ronaldo Jadir.

Informações: (27) 3223-0598

IAB

IAB-ES lança nova home-pageEstará na Internet a partir de outubro a nova página do IAB-ES, o mais novo canal de comunicação entre a entidade

representativa dos arquitetos e a sociedade. A nova página disponibilizará uma série de serviços importantes, como notícias,eventos, informações sobre concursos e fórum de discussões, entre outros. O destaque fica para a Tabela de Honorários, quepossibilitará o cálculo on-line da remuneração das diversas etapas dos serviços de Arquitetura e Urbanismo, facilitando otrabalho dos profissionais. Além disso, arquitetos que queiram se associar ao IAB-ES poderão cadastrar-se pela internet.

Informações: (27) 3223-0598

AEFES

Primeira turma de engenheiros florestais do ESA Aefes saúda os primeiros engenheiros (as) florestais for-

mados no Espírito Santo. É com muita satisfação que a Associa-ção parabeniza os futuros profissionais: SUMAMI REBONATOCOSTALONGA, VINÍCIOS CATANE VITOR, FERNANDO SOARESDE OLIVEIRA E HÉLIO MARCOS RAMOS BOLZAN.

O Engº Florestal Álvaro Feres Medina representa a Aefes noComitê da Biosfera, no qual são discutidos assuntos relacionadosao Corredor Ecológico da Mata Atlântica, como a atualização dolevantamento da cobertura florestal do Estado, a implantaçãodo Plano Integrado de Fiscalização e a implementação dePrograma de Proteção do Parque Estadual de Itaúnas.

Informações: (27) 3223-0598

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Dizer que o sistema portuário doEspírito Santo é um dos mais bemestruturados do País é redundância quenão pode ser evitada. Localizado numponto estratégico da costa brasileira, oEspírito Santo detém a soma que faz in-veja a muitos estados brasileiros: um li-toral de 8 mil km e um conjunto de insta-lações portuárias que ainda se coloca deforma digna entre as demais existentesno país e no mundo. Mas o salto para queo setor capixaba de logística dê as res-postas que os demais setores da econo-mia começam a exigir, precisa ser dado.

Os primeiros passos para isso jáforam elaborados pela Companhia Do-

cas do Espírito Santo - Codesa - quandoda definição, em 2001, do atual Plano deDesenvolvimento e Zoneamento Portuá-rio (PDZP), planejamento quadrienal queprojeta o futuro dos portos. Nele, aCodesa previu que a expansão do siste-ma portuário deveria se direcionar paraa região de Aracruz, onde se encontra oPorto de Barra do Riacho, em decorrên-cia das escassas condições de crescimen-to do sistema portuário na região daGrande Vitória, motivadas pelo cresci-mento urbano.

A expansão e modernização do ter-minal de Barra do Riacho, localizado nocentro do litoral do estado do Espírito

Santo, em Aracruz, prevê a instalação deum terminal de carga geral, dotado deberços de atracação de navios de grandecalado. Para viabilizar o acesso dos gran-des navios que hoje cortam os oceanos ejá não cabem mais nos caminhos entreos acidentes naturais da baía de Vitória,será necessário realizar uma dragagemno fundo do mar. Dessa maneira, se ga-nhará a profundidade de 16,5 metrosnecessária ao acesso das grandes embar-cações. Hoje, a profundidade média nocanal de acesso a Barra do Riacho é de11,8 metros. A área a ser dragada é esti-mada em 2,7 mil m3 e o custo previstoda obra é de R$ 56 milhões.

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Sistema porSistema porSistema porSistema porSistema portuário capixabatuário capixabatuário capixabatuário capixabatuário capixaba

HORA DE CRHORA DE CRHORA DE CRHORA DE CRHORA DE CR

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BARRA DO RIACHO: A ÁREA NO INTERIOR DO PIER

PRECISA SER DRAGADA PARA RECEBER NAVIOS DE

GRANDE CALADO. NA FOTO MAIOR OS PORTOS DE

PRAIA MOLE E TUBARÃO.

O desenho do que pode vir a ser oPorto de Barra do Riacho já está pronto efoi apresentado pelo diretor presidenteda Codesa, Engenheiro HenriqueGermano Zimmer ao ministro dos Trans-portes, quando da sua visita Vitória, nodia 16 de setembro. O ministro recebeua proposição, apresentada num docu-mento contendo fotos, projetos e infor-mações sobre o Porto de Barra do Ria-cho, mas não respondeu ainda sobre adisposição do governo em prover os re-cursos necessários para sua execução.

O presidente da Codesa está confi-ante na possibilidade de vir a receber oincentivo do governo na forma do cus-teio das obras, uma vez que a nova confi-guração de Barra do Riacho acrescentaráao complexo portuário capixaba maio-res possibilidades de atender aos Esta-dos de Minas Gerais e Goiás, criando-seassim um eixo mais consistente de mo-vimentação de produtos seja para impor-tação, seja para exportação. “Queremosfazer de Barra do Riacho o porto de Mi-nas Gerais e Goiás e o ministro deu maisum empurrão para que isso se concreti-

ze ao receber e encaminhar nossa pro-posição”, afirmou Zimmer à Revista Tó-picos.

A expansão de Barra do Riacho seráfeita numa área pública contígua ao caisexplorado pela Portocel, da Aracruz Ce-lulose. A idéia inicial era investir na cons-trução dos berços de atracação, mas hojea Codesa prioriza a realização dadragagem do canal de acesso, que é aparte mais onerosa da obra, em decor-rência das condições do solo no fundodo mar, constituído de argila associadacom arenitos. Feito esse trabalho, aCodesa espera atrair investimentos pri-vados para construção e operação dosberços de atracação.

O Engenheiro Henrique Zimmerespera que a expansão de Barra do Ria-cho e seu novo terminal de conteineresse realize até 2004. O impacto econômi-co, segundo ele, é muito significativo epode alçar o Espírito Santo aos padrõesde qualidade dos sistemas portuários doprimeiro mundo. “Podemos chegar aopatamar dos países desenvolvidos”, pro-jetou Zimmer.

Futuro do Porto de Vitória - A mu-dança do eixo de expansão do sistemaportuário para Aracruz não significa, se-gundo Zimmer, o abandono do Porto deVitória, onde as instalações para cargasdiversificadas estão distribuídas emambos os lados da baía, ocupando parteda cidade de Vitória e do município deVila Velha.

Ainda há um nicho de mercadomuito forte e que não foi ainda totalmen-te alcançado pelo Porto de Vitória e podecontinuar sendo explorado. O porto con-tinuaria recebendo embarcações de mé-dio calado ou inferior e as de grande ca-lado seriam todas destinadas a Barra doRiacho.

O Porto de Vitória é dotado de umainfra-estrutura que a Codesa nem cogitadeixar ociosa ou sub-utilizada. O cais co-mercial tem comprimento de 776m,contendo quatro berços, de profundida-des entre 7m e 10m. Ele dispõe de trêsarmazéns para carga geral, totalizando8.000m2, um pátio coberto para celulosecom 900m2, um pátio descoberto de30.000m2, utilizado para carga geral, eum silo horizontal, para trigo, de capaci-dade estática de 10.800t.

No lado de Vila Velha ficam os caisde Capuaba e Paul, somando 1.005m ecompreendendo cinco berços de atraca-ção com profundidades entre 9m e 11m.A extremidade norte de Capuaba contémuma rampa para o sistema roll-on roll-off. A área conta com um armazém de8.000m2, destinado a carga geral e pro-dutos siderúrgicos, dois silos para cere-ais, sendo um vertical e o outro horizon-tal, de capacidades de 48.000t e 40.000t,respectivamente, além de dois pátiosdescobertos para contêineres, granéissólidos e carga geral, num total de150.000m2.

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Além do Porto de Vitória, o con-junto que compõe o sistema portuáriocapixaba é formado pelos portos dePraia Mole, Barra do Riacho, Tubarão,Ubu e Regência. Estes incorporam ape-nas terminais de uso privativo,gerenciados por empresas privadas. EmPraia Mole, encontram-se o terminalde produtos siderúrgicos administra-do por um condomínio que reúne assiderúrgicas de Tubarão (CST),Usiminas e Açominas e o terminal paracarvão, administrado pela Cia. Vale doRio Doce (CVRD).

Em Barra do Riacho, fica o termi-nal controlado pela Portocel, de propri-edade da Aracruz Celulose S/A e da Ce-lulose Nipo-Brasileira S/A (Cenibra),especializado na movimentação de ce-lulose, atingindo cerca de 2 milhões detoneladas/ano. Hoje também desembar-ca sal e madeira e atende à navegação decabotagem para transporte de eucaliptovindo do sul da Bahia, matéria-primaque abastece a Aracruz Celulose.

O Porto de Tubarão é operadopela Companhia Vale do Rio Doce(CVRD) e tem uma capacidade de 80

milhões de toneladas por ano de miné-rio de ferro e pellets, e 1.500 toneladaspor hora de grãos e farelo. É por ele quesai, praticamente, toda a produção de sojaescoada pelo Estado.

O porto de Ubu, administrado pelaSamarco Mineração, dispõe de dois ber-ços de atracação e movimenta apenasminério de ferro e pellets. Há também oPorto de Regência, de uso privativo, ope-rado pela Petrobras com capacidade parareceber navios de até 30 mil.

O sistema porO sistema porO sistema porO sistema porO sistema portuário capixabatuário capixabatuário capixabatuário capixabatuário capixaba

PORTO DE PRAIA MOLE

Cabotagem - Uma alternativa paradar maior aproveitamento à infra-estru-tura portuária capixaba, é a navegaçãode cabotagem. Hoje, o Espírito Santo con-ta com duas linhas regulares que aten-dem principalmente ao setor de mármo-re e granito. Uma linha opera com umnavio de 15 em 15 dias e outra semanal-mente. A navegação de cabotagem res-ponde por cerca de 20% na movimenta-ção de mercadorias nos portoscapixabas. Zimmer acredita que esse tipode alternativa de transporte dinamiza aeconomia e reduz custos na distribuiçãodos produtos. “O governo precisa ser um

indutor deste tipo de projeto”, defende.Outra experiência de navegação de

cabotagem marítima vem sendo desen-volvida desde outubro de 2002 pelaAracruz Celulose, ao transportareucaliptos, matéria-prima para a produ-ção de celulose, pela costa situada entreo sul da Bahia e o município de Aracruz.O sistema de transporte marítimo demadeira por barcaças e empurradores,construídos especialmente para este fim,é o primeiro do Brasil. O investimentototal foi de de US$ 51 milhões.

“A navegação de cabotagem é im-portante para o Brasil, que tem 8 mil kmde costa, aproveitar o potencial onde hábaixa profundidade. É preciso que issose transforme num programa de gover-no, pois incentiva toda a cadeia produti-va, ao estreitar seus elos com a cadeialogística, reduzindo custos e dinamizan-do a economia”, propõe Zimmer.

HENRIQUE ZIMMER APOSTA

NA EXPANSÃO DO SISTEMA

PORTUÁRIO

AS CIDADES DE VITÓRIA EVILA VELHA E SUA ÁREA

PORTUÁRIA

ARQUIVO CODESA

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ARQUIVO CODESA

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O sistema portuário capixaba temhoje uma importância considerável no ce-nário nacional, ocupando o segundo lu-gar em movimentação de cargas (o pri-meiro é o Porto de Santos) tendorespondido por cerca de 29% da movimen-tação geral de mercadorias, em 2002.(98.049.880.808 kg para um total de295.562.529.222 kg em todos os portos).

Segundo Henrique Zimmer, a recei-ta financeira gerada pelo sistema portuá-rio capixaba corresponde a 9% do totalnacional, constituído por 30 portos. Sóem Vitória, o sistema portuário gera 180mil postos de trabalho de 6 horas/ano.

É através do sistema portuário deVitória que escoa a maior parte das ex-portações e importações capixabas. Osprodutos mais movimentados sãoconteineres, produto siderúrgico, már-more/granito, celulose, bobinas de papel,trigo, malte, arroz, algodão, açúcar, fer-tilizantes, automóveis, ferro gusa, granellíquido e tubos flexíveis. (veja quadro).

Os países fornecedores de produ-tos são Estados Unidos, Bélgica, Coreiado Sul, Itália e Japão. Os maiores com-pradores são Estados Unidos, Alemanha,Bélgica e Argentina.

Segundo lugar emSegundo lugar emSegundo lugar emSegundo lugar emSegundo lugar emmovimentação demovimentação demovimentação demovimentação demovimentação de

cargascargascargascargascargasOs armazéns do porto de Vitória

são objeto de cobiça dos urbanistaslocais num projeto de revitalização docentro de Vitória. A idéia de utilizar oarmazém cinco, localizado nas proxi-midades do terminal aquaviário, paraatividades de lazer e cultura, hoje en-contra acolhida da Codesa, que estu-da, junto com a Prefeitura de Vitória,a possibilidade de destinar sua partesuperior para lojas e restaurantes.

Para o engenheiro HenriqueZimmer a idéia de transformar um dosarmazéns em centro de cultura e lazersó se viabiliza se o porto mantiver suaatividade, pois é ela que se constituiem atrativo para quem o visita. Porisso, a idéia de utilizar a parte superi-

RRRRRevitalização em debateevitalização em debateevitalização em debateevitalização em debateevitalização em debateor dos armazéns que têm pé direito altoo suficiente para comportar no seu pisotérreo as atividades de armazenageme, num novo piso a ser instalado acima,as outras atividades. Zimmer cita comodois bons exemplos de revitalizaçãoutilizando-se as áreas portuárias o Por-to Madero, em Buenos Aires, Argenti-na, e o Porto de Belém (PA).

O prédio do armazém seria aces-sível ao público por meio da constru-ção de um anexo. “É importante queseja um projeto sustentável, arquiteto-nicamente compatível e de acordocom as normas de segurança”, afirmaZimmer. Ainda não há previsão dequando o projeto pode começar a serexecutado.

HistóricoHistóricoHistóricoHistóricoHistóricoO sistema portuário atual descende do pequeno Cais do Imperador, situa-

do logo abaixo da escadaria do Palácio Anchieta. O crescimento da cultura cafeeirana Província do Espírito Santo, a partir de 1870, tornou saturado o porto deItapemirim, então utilizado para escoamento agrícola, essencialmente de cana-de-açúcar.

Em 28 de março de 1906, o governo federal autorizou à Companhia Portode Vitória (CPV) a implantação de novas instalações no mesmo local, ficando acargo da empresa C.H. Walker & Co. Ltd. a execução de 1.130m de cais. As obras,no entanto, foram interrompidas em 1914.

A União encampou a concessão dada à CPV e a transferiu ao governo esta-dual pelo Decreto nº 16.739, de 31 de dezembro de 1924, A construção do portofoi retomada no início de 1925. Sua inauguração ocorreu em 3 de novembro de1940, assinalando o começo do atual complexo portuário.

A partir de 18 de setembro de 1978, com a edição do Decreto nº 82.279, aexploração comercial retornou, por encampação, ao governo federal. Em 21 defevereiro de 1983, foi criada a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), queatualmente funciona como autoridade portuária.

Ano Tonelagem1990 5,201,6451991 5,168,4331992 4,984,5271993 4,771,3161994 5,420,3581995 5,133,8341996 4,956,4391997 5,213,6731998 5,385,0611999 5,389,3572000 6,351,626

Movimentação de carga

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OS ARMAZÉNS DO PORTO, AO FINAL DA AV. REPÚBLICA, SÃO HOJE OCENTRO DAS ATENÇÕES DO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DE VITÓRIA

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A pesquisa e o desenvolvimento deA pesquisa e o desenvolvimento deA pesquisa e o desenvolvimento deA pesquisa e o desenvolvimento deA pesquisa e o desenvolvimento denovos produtos requerem, na maioria dasnovos produtos requerem, na maioria dasnovos produtos requerem, na maioria dasnovos produtos requerem, na maioria dasnovos produtos requerem, na maioria dasvezes, grandes investimentos. Proteger essevezes, grandes investimentos. Proteger essevezes, grandes investimentos. Proteger essevezes, grandes investimentos. Proteger essevezes, grandes investimentos. Proteger esseproduto através de uma patente significaproduto através de uma patente significaproduto através de uma patente significaproduto através de uma patente significaproduto através de uma patente significaprevenir-se de que outras pessoas ouprevenir-se de que outras pessoas ouprevenir-se de que outras pessoas ouprevenir-se de que outras pessoas ouprevenir-se de que outras pessoas ouempresas o copiem e vendam, sem arcarempresas o copiem e vendam, sem arcarempresas o copiem e vendam, sem arcarempresas o copiem e vendam, sem arcarempresas o copiem e vendam, sem arcarcom os custos da pesquisa e desenvolvimen-com os custos da pesquisa e desenvolvimen-com os custos da pesquisa e desenvolvimen-com os custos da pesquisa e desenvolvimen-com os custos da pesquisa e desenvolvimen-to do produto. A proteção dada pela patente éto do produto. A proteção dada pela patente éto do produto. A proteção dada pela patente éto do produto. A proteção dada pela patente éto do produto. A proteção dada pela patente éo instrumento necessário para que ao instrumento necessário para que ao instrumento necessário para que ao instrumento necessário para que ao instrumento necessário para que ainvenção se torne um investimento rentável.invenção se torne um investimento rentável.invenção se torne um investimento rentável.invenção se torne um investimento rentável.invenção se torne um investimento rentável.

A Lei 9.279 /96 estabelece que a pa-tente é um título de propriedade tempo-rário outorgado pelo Estado ao inventorou autor (pessoa física ou jurídica), paraqualquer invenção de produto ou de pro-cesso, em todos os setores tecnológicos,

ENTRE O DESAFIO DAENTRE O DESAFIO DAENTRE O DESAFIO DAENTRE O DESAFIO DAENTRE O DESAFIO DACRIAÇÃO E O DIREITOCRIAÇÃO E O DIREITOCRIAÇÃO E O DIREITOCRIAÇÃO E O DIREITOCRIAÇÃO E O DIREITO

À PROTEÇÃOÀ PROTEÇÃOÀ PROTEÇÃOÀ PROTEÇÃOÀ PROTEÇÃO

desde que seja de alguma forma nova epassível de utilização industrial. Não sepode conceder o título de patente paraidéias abstratas e inventos que não pos-sam ser industrializados.

O Instituto Nacional da Proprieda-de Industrial (INPI) é o órgão do gover-no federal que concede a exclusividadesobre o produto patenteado, dando aotitular da patente o direito, por determi-nado período, de ser único no mercadoa comercializar, fabricar e licenciar o pro-duto. Em contrapartida, o inventor seobriga a revelar todo o conteúdo técnicodo invento protegido pela patente.

Os inventores capixabas encon-tram inúmeras dificuldades para paten-tear seus inventos. O técnico em mecâni-ca Paulo Rangel desistiu de patentearduas invenções, pois não teria condições

de fabricar o invento em grande quanti-dade para comercializá-lo. Em 1993, de-senvolveu uma prancheta que, anexadaao monitor do computador facilita a lei-tura do texto pelo digitador e em 2000um gerador de energia elétrica atravésdas ondas do mar. Segundo Rangel, osempresários não apóiam os inventores.“Eles esperam o tempo do pedido depatente expirar para começar a produziro invento sem respeitar os direitos dosinventores”, denuncia.

O Engenheiro Eletricista AndersonPrado esbarrou na burocracia do proces-so ao patentear seu invento. Em junhode 2002, Anderson deu entrada ao pedi-do no INPI. “Acabei me desestimulandoe desistindo da patente, devido ao exces-so de burocracia”, afirma Prado.

O técnico mineiro Nélio JoséNicolai desenvolveu o BINA - o aparelhoutilizado em todo mundo por milhõesde pessoas para identificar chamadas te-lefônicas, seja em telefonia fixa ou tele-fonia celular. Apesar de cumprir o queestabelece a Lei 9.279 /96, e tendo a carta-patente expedida pelo Instituto Nacio-nal de Propriedade Industrial desde1982, o que lhe garante os direitos sobrea utilização do BINA até 2012, Nélio ja-mais recebeu seus direitos de qualqueruma das diversas empresas de todo omundo que utilizam seu invento.

Nicolai já trabalhou na Ericsson doBrasil, na Telebrasília e hoje é dono daLUNE (Projetos Especiais em Telecomu-nicações Ltda), que é a titular e detento-ra dos direitos industriais, patente BINA.Durante anos, recorreu aos ministériosdo Poder Executivo e ao Poder Judiciá-rio na tentativa de assegurar seus direi-tos. Entretanto, os tribunais até hoje con-sideram a infração de direitos industriaiscomo uma causa cível, concedendoliminares aos infratores edesconsiderando a carta patente, o quecausa prejuízos incalculáveis ao inventor.

“Esse tipo de desrespeito empresa-rial só ocorre em países em que não exis-te uma política industrial, em que a men-talidade empresarial ainda peca pelacultura de desrespeitar as leis brasilei-ras”, afirma Nicolai.

Ele acredita no INPI e aponta o pro-blema dos inventores brasileiros do país.“Precisamos que o Poder Judiciário bra-sileiro, ao julgar uma causa envolvendo

INVENTORESINVENTORESINVENTORESINVENTORESINVENTORES

O TÉCNICO MINEIRO NÉLIO JOSÉ NICOLAI, QUE

DESENVOLVEU O BINA, JAMAIS RECEBEU QUALQUER

VALOR DAS DIVERSAS EMPRESAS DE TODO O MUNDO QUE

UTILIZAM SEU INVENTO.

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propriedade industrial (patentes) desig-ne juizes especializados com conhecimen-tos da lei 9.279/96. Atualmente, sãojulgadas como uma causa cível. Destemodo, a justiça acaba bloqueando todosos direitos da patente e ainda obriga oINPI a acatar as suas decisões, que, geral-mente, contrariam o que está estabeleci-do na lei e sempre prejudicam o inven-tor brasileiro”, afirma.

APOIOO Coordenador Estadual de Ciência

e Tecnologia Fernando Herkenhoff disseque o governo pretende articular o chama-do Sistema Estadual de Ciência e Tecnolo-gia para definir uma política única para osetor. O sistema seria constituído pelo jáexistente Fundo de Amparo à Ciência eTecnologia do Espírito Santo - FACITEC, epor mais três novos órgãos: um ConselhoEstadual, a Secretaria Estadual e a Funda-ção de Ciência e Tecnologia.

Um dos primeiros procedimen-tos, embora não obrigatório, para ob-ter uma patente é a realização de umabusca prévia pelo interessado antes deefetuar o depósito de um pedido depatente para verificar se não existe umpedido semelhante já registrado. Apesquisa pode ser realizada no Bancode Patentes Centro do Documentaçãoe Informação Tecnológica (Cedin), nasede do INPI, no Rio de Janeiro.

Esclarecido este ponto, segue-sea formalização do pedido de patente ede registro de desenho industrial, quedeverão ser solicitados através de for-mulário específico de Depósito de Pe-dido de Patente, na sede do INPI, nasDelegacias e Representações Regionaisnos outros Estados. A taxa de depósitode um pedido de patente é de R$ 109,00hoje, mas pode diminuir para R$ 43,60para pessoas físicas, instituições de en-sino e pesquisa e microempresas.

Os pedidos entregues devemconter: relatório descritivo (descrevede modo completo o objeto do pedi-do); reivindicações (devem conter so-mente os aspectos técnicos relaciona-dos à invenção ou modelo, não sendoadmitidas descrições genéricas quan-to ao mérito ou vantagens das mes-mas); desenhos (servem para facilitara compreensão do objeto do pedidoexposto no relatório descritivo); resu-mo (um sumário de descrição técnicado pedido de patente que permite umabreve avaliação da matéria cobertapelo mesmo) e solicitação de exame(necessário para que o pedido de pa-tente seja examinado e deve serprotocolizado dentro dos primeiros 36meses do depósito do pedido).

O pedido de exame de invençãodeve ser requerido até 24 meses conta-dos a partir da data de publicação dopedido de patente ou no prazo de 36meses contados da data do depósito,o que terminar por último. O pedidode exame com até 10 reivindicações é

VVVVValidade daalidade daalidade daalidade daalidade dapatentepatentepatentepatentepatente

Patente de InvençãoQuando uma invenção é consi-

derada nova, não compreendidapelo estado da técnica, o prazo devalidade é de 20 anosDesenho Industrial

Toda forma plástica que possaservir para fabricação de um produtoindustrial e ainda se caracterize pornova configuração ornamental ou todaa disposição ou conjunto novo de li-nhas ou cores que, com fim industrialou comercial, possa ser aplicado à or-namentação de um produto, por qual-quer meio manual, mecânico ou quí-mico, singelo ou combinado. Prazode validade: 10 anos (podendo reno-var por mais 15 anos)Modelo de Utilidade

Disposição ou forma nova, ob-tida ou introduzida em objetos co-nhecidos, desde que se prestem a umtrabalho ou uso prático. Prazo de va-lidade: 15 anos

O prazo de validade de umapatente depende damodalidade a ser requerida:

de R$ 310,00, podendo diminuir paraR$ 124.00 se solicitado por pessoas físi-cas, instituições de ensino e pesquisa emicroempresas. Ao final desse proces-so é expedida a Carta-Patente, median-te o pagamento de R$75,00. O titularde uma carta-patente está sujeito ao pa-gamento de anuidades.

O pedido de patente é mantidoem sigilo até o seu deferimento e pu-blicação na Revista de Propriedade In-dustrial - RPI, órgão oficial do INPI ondesão divulgados semanalmente todos osseus atos, despachos e decisões relati-vas ao sistema de propriedade indus-trial no Brasil. A revista pode ser con-sultada gratuitamente na sede do INPIe nas Delegacias, Representações Regi-onais e Postos Avançados.

Depois, é necessário esperar o pra-zo de 60 a 90 dias, contados do deferi-mento do pedido, para pagamento daretribuição, e respectiva comprovação,correspondente à expedição da Carta-Patente. Se o pagamento não for efetua-do, o INPI arquiva definitivamente o pe-dido. Após depositado o pedido, pode-seacompanhar o andamento processualatravés da Revista da Propriedade Indus-trial, do site www.inpi.gov.br ou peloteleatendimento 0 800 78 40 02. O telefo-ne da Delegacia Regional do INPI noEspírito Santo é (27) 3235-7788.

A anulação de uma patente pode-rá ser instaurada administrativamentedentro de no máximo seis meses con-tados da data de concessão da patente.A patente também poderá ser anuladaatravés de ação judicial própria, duran-te toda a vigência da dita patente, peloINPI ou por qualquer pessoa.

O Depósito de pedido de patentesem outros países pode ser feito direta-mente no país onde se deseja obter aproteção ou através do Tratado de Coo-peração de Patentes - PCT, para as in-venções e modelos de utilidade, sendoimportante que se conheça a legislação dopaís onde se deseja proteger a invenção.

Como fazer umComo fazer umComo fazer umComo fazer umComo fazer umpedido de patentepedido de patentepedido de patentepedido de patentepedido de patente

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T ó p i c o s -18 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003

O Secretário Estadual de Desenvolvi-O Secretário Estadual de Desenvolvi-O Secretário Estadual de Desenvolvi-O Secretário Estadual de Desenvolvi-O Secretário Estadual de Desenvolvi-mento, de Infra-Estrutura e dos Tmento, de Infra-Estrutura e dos Tmento, de Infra-Estrutura e dos Tmento, de Infra-Estrutura e dos Tmento, de Infra-Estrutura e dos Transportes eransportes eransportes eransportes eransportes epresidente do presidente do presidente do presidente do presidente do CREACREACREACREACREA-ES, Engenheiro-ES, Engenheiro-ES, Engenheiro-ES, Engenheiro-ES, EngenheiroEletricista Silvio Roberto Ramos, anunciouEletricista Silvio Roberto Ramos, anunciouEletricista Silvio Roberto Ramos, anunciouEletricista Silvio Roberto Ramos, anunciouEletricista Silvio Roberto Ramos, anunciouno dia 27 de agosto a conclusão das obrasno dia 27 de agosto a conclusão das obrasno dia 27 de agosto a conclusão das obrasno dia 27 de agosto a conclusão das obrasno dia 27 de agosto a conclusão das obrasdo Programa de Saneamento Ambiental dodo Programa de Saneamento Ambiental dodo Programa de Saneamento Ambiental dodo Programa de Saneamento Ambiental dodo Programa de Saneamento Ambiental doEspírito Santo - Prodesan, que atende aEspírito Santo - Prodesan, que atende aEspírito Santo - Prodesan, que atende aEspírito Santo - Prodesan, que atende aEspírito Santo - Prodesan, que atende aRegião Metropolitana de Vitória e a cidade deRegião Metropolitana de Vitória e a cidade deRegião Metropolitana de Vitória e a cidade deRegião Metropolitana de Vitória e a cidade deRegião Metropolitana de Vitória e a cidade deDomingos Martins.Domingos Martins.Domingos Martins.Domingos Martins.Domingos Martins.

O secretário informou ainda osnúmeros finais do investimento realiza-do durante os nove anos em que se es-tenderam as obras dos programasProdespol e Prodesan. O valor inicial doinvestimento era de U$ 308 milhões, maso custo final das obras realizadas foi deU$$ 178,8 milhões, devido à redução doempréstimo feito junto ao Banco Mun-dial - Bird.

Em junho de 2000 foram iniciadasas obras do Programa de SaneamentoAmbiental do Espírito Santo - Prodesan,no valor de U$$ 58,9 milhões, que servi-ram para complementar as obras doProdespol, através da construção de emis-sários, 25 estações elevatórias e 5 esta-ções de tratamento de esgoto.

Essas obras possibilitaram que373.600 metros de novas redes de coletade esgoto estivessem disponíveis paraoperação. Dessa forma, o serviço de co-leta e tratamento do esgoto passa a atin-gir 34% da população da região da Gran-de Vitória.

Segundo Silvio Ramos, o governo,

que assumiu o Estado em janeiro desteano, encontrou 90% das obras doProdesan executadas e definiu como pri-oridade a conclusão dos serviços. “Ape-sar dos erros iniciais do Projeto, o gover-no concluiu as obras por entender que ogrande investimento de recursos já rea-lizado precisava efetivamente refletir namelhoria da saúde da população”, afir-mou.

Dados da Organização Mundial daSaúde (OMS) indicam que cada dólar in-vestido no tratamento do esgoto, sig-nifica uma economia de quatro dólarespara o Estado no tratamento de doençascausadas pelas más condições sanitáriasem que vive a população.

“Foi uma irresponsabilidade o quefizeram no início dasobras. Deveriam tercomeçado as obras doprograma com a cons-trução das estações detratamento eelevatórias, e só depoisconstruir as redes”, cri-tica o Diretor Presiden-te da Cesan Engenhei-ro Civil Paulo RuyCarnelli.

A Cesan está in-vestindo R$ 4 milhões,em recursos próprios,na manutenção edesobstrução das re-

des, que ficaram inutilizadasdurante um longo tempo eacabaram se deteriorando. Aconclusão deste trabalho, ini-ciado em março, está previstao final deste ano.

Segundo Paulo Ruy,além de desobstruir as redes,esse serviço está sendo útilpara verificar o que realmen-te foi realizado. “Estamos ten-do a oportunidade de fazeruma espécie de auditoria nasobras realizadas”, conclui.

Dinheiro novo -Um novo empréstimo no va-

lor de U$$ 36 milhões foi solicitado pelogoverno do Estado ao Banco Mundial -Bird. Os recursos seriam utilizados naconstrução de mais 16 km de redes e paraconstrução de reservatórios, ampliandoa rede coletora e otimizando a utilizaçãodas estações. Essas obras, previstas paraterem início no primeiro semestre de2004, teriam como contrapartida do go-verno do Estado U$$ 24 milhões.

Após a execução dessa nova fase doprograma de saneamento ambiental, ogoverno do estado pretende despoluir omanancial dos rios Santa Maria e Jucu,os balneários de Serra, e ampliar o nívelde cobertura do serviço de coleta e trata-mento de esgoto para 58% da populaçãodo estado. Os bairros de Vitória benefi-ciados pelas futuras obras serão Ilha de

O SECRETÁRIO ESTADUAL DE TRANSPORTES, INFRA-ESTRUTURA EDESENVOLVIMENTO SILVIO RAMOS E O PRESIDENTE DA CESANPAULO RUY

APRESENTARAM A CONCLUSÃO DAS OBRAS

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Concluídas as obConcluídas as obConcluídas as obConcluídas as obConcluídas as obras doras doras doras doras do

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -19

O engenheiro mecânico e professorO engenheiro mecânico e professorO engenheiro mecânico e professorO engenheiro mecânico e professorO engenheiro mecânico e professorda Ufes, Rogério Queiroz, é um dosda Ufes, Rogério Queiroz, é um dosda Ufes, Rogério Queiroz, é um dosda Ufes, Rogério Queiroz, é um dosda Ufes, Rogério Queiroz, é um doscandidatos a reitor da Universidadecandidatos a reitor da Universidadecandidatos a reitor da Universidadecandidatos a reitor da Universidadecandidatos a reitor da UniversidadeFederal do Espírito Santo (Ufes). EleFederal do Espírito Santo (Ufes). EleFederal do Espírito Santo (Ufes). EleFederal do Espírito Santo (Ufes). EleFederal do Espírito Santo (Ufes). Eledisputa a eleição com outros doisdisputa a eleição com outros doisdisputa a eleição com outros doisdisputa a eleição com outros doisdisputa a eleição com outros doiscandidatos, o atual vice-reitor da Ufes, ocandidatos, o atual vice-reitor da Ufes, ocandidatos, o atual vice-reitor da Ufes, ocandidatos, o atual vice-reitor da Ufes, ocandidatos, o atual vice-reitor da Ufes, oodontólogo Rubens Rasseli e o médicoodontólogo Rubens Rasseli e o médicoodontólogo Rubens Rasseli e o médicoodontólogo Rubens Rasseli e o médicoodontólogo Rubens Rasseli e o médicoGercyr Baptista. A eleição acontecerá noGercyr Baptista. A eleição acontecerá noGercyr Baptista. A eleição acontecerá noGercyr Baptista. A eleição acontecerá noGercyr Baptista. A eleição acontecerá nodia 23 de outubro e envolverá mais de 22dia 23 de outubro e envolverá mais de 22dia 23 de outubro e envolverá mais de 22dia 23 de outubro e envolverá mais de 22dia 23 de outubro e envolverá mais de 22mil eleitores.mil eleitores.mil eleitores.mil eleitores.mil eleitores.

O engenheiro mecânico RogérioQueiroz informou à Revista Tópicosque entrou na disputa apoiado por umgrupo de professores, estudantes e ser-vidores da Ufes que questionam a atu-al administração da Ufes, porconsiderá-la excessivamente centralis-ta e desconectada com as aspirações dasociedade capixaba e da comunidadeuniversitária. O candidato a vice-reitorda Ufes, o arquiteto Kleber Frizzera, tam-bém integra o sistema Confea-CREA.

Em seu projeto para a Ufes, eleindica a necessidade de estabelecernovas relações com a comunidade ecom o setor produtivo e de ser maisincisivo na busca de recursos para fi-nanciar o ensino superior e suas no-vas demandas por crescimento.

No campo da pesquisa científi-ca, tecnológica e artística, ele propõe aadoção de estratégias mais elaboradase competentes na busca de novos re-cursos. “Hoje nossa universidade con-segue perder recursos para universi-dades menores quando vai disputá-losnos fundos setoriais de incentivo à ci-ência e tecnologia, porque não apre-senta projetos elaborados de formaconsistente”, afirmou Queiroz.

Ele também propõe o fortaleci-mento da interiorização da Ufes e oincentivo à diversificação de cursosarticulados com o desenvolvimentoregional, a exemplo do que vem ocor-rendo no Centro de Ciências Agrárias,que investiu nos últimos anos em cur-sos novos de graduação, contando hojecom quatro, e em um mestrado.

Outra forma de interiorizar aUfes, na opinião de Rogério Queiroz,é a por meio do ensino a distância.Este instrumento, segundo o candi-dato também é importante para asiniciativas no campo da educaçãocontinuada, a exemplo do PEC, quevem sendo desenvolvido peloCREA-ES.

“O PEC é uma iniciativa impor-tante para a manutenção dos profis-sionais já formados no mercado detrabalho e, principalmente, para quea população tenha acesso a serviçosde melhor qualidade prestados porprofissionais sempre em dia com osconhecimentos de sua área. Acredi-to que a Ufes pode oferecer uma cola-boração significativa neste campo,pois conta com recursos humanos etecnológicos para realizar parceriascom instituições como o CREA naárea de educação continuada”, afir-mou Queiroz.

Ele afirmou que seu projetoé o de discutir com todos os seg-mentos da sociedade para que aUniversidade Federal do EspíritoSanto se coloque como parceriaefetiva e articulada com o desen-volvimento local. O programa docandidato pode ser conhecido nosite www.revivaufes.cjb.net.

Engenheiro e arquitetoEngenheiro e arquitetoEngenheiro e arquitetoEngenheiro e arquitetoEngenheiro e arquitetodisputam direção da Ufesdisputam direção da Ufesdisputam direção da Ufesdisputam direção da Ufesdisputam direção da Ufes

Santa Maria, Jucutuquara, Tabuazeiro,Bairro de Lourdes e Maruípe.

De acordo com a Lei Estadual7.499/03, os moradores da região aten-dida pelo sistema de coleta de esgotodevem providenciar a ligação da saídade esgoto de suas residências as caixascoletoras disponíveis.

A Cesan iniciou no mês de setem-bro, em parceria com as prefeituras daGrande Vitória e de Domingos Martins,uma campanha junto à população como objetivo de esclarecer e incentivar autilização do serviço.

O valor da nova tarifa cobradapela prestação do serviço de coleta,poderá variar dependendo do volumedo esgoto coletado e tratado. O volu-me destes dejetos é estimado em cercade 80% do consumo de água da residên-cia. O valor da tarifa do consumo daágua não sofrerá nenhum reajuste.

O CASO PRODESPOL

Em 1994, uma parceria firmada entre oGoverno do Estado, a CompanhiaEspírito Santense de Saneamento(Cesan) e o Banco Mundial (Bird) deuinício ao Programa de Despoluição dosEcossistemas Litorâneos - Prodespol.As obras do Prodespol, iniciadas em1995, resultaram na construção de redescoletoras e ligações domiciliares,custando U$$ 119,8 milhões. Foramrealizados investimentos também nodesenvolvimento institucional eoperacional da Cesan e na supervisão egerenciamento de projetos. Em 1999,com 80% das obras previstas concluídas,os recursos do programa se esgotaram.O custo previsto das obras teve umaumento de 30% durante o seu períodode execução e as investigações quevisam comprovar a necessidade e odestino desses recursos continuamsendo feitas pelo Ministério Público epelo Tribunal de Contas do Estado.

ROGÉRIO QUEIROZ (FOTO MAIOR) EKLEBER FRIZZERA REPRESENTAM OS

PROFISSIONAIS DO SISTEMA NA

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T ó p i c o s -20 MAIO/JUNHO-2003

Construir uma ilha para minimizar osConstruir uma ilha para minimizar osConstruir uma ilha para minimizar osConstruir uma ilha para minimizar osConstruir uma ilha para minimizar osefeitos das constantes enchentes do rioefeitos das constantes enchentes do rioefeitos das constantes enchentes do rioefeitos das constantes enchentes do rioefeitos das constantes enchentes do rioSena. Essa foi a proposta do projeto “Ilha àSena. Essa foi a proposta do projeto “Ilha àSena. Essa foi a proposta do projeto “Ilha àSena. Essa foi a proposta do projeto “Ilha àSena. Essa foi a proposta do projeto “Ilha àMontante do Rio Sena”, apresentado peloMontante do Rio Sena”, apresentado peloMontante do Rio Sena”, apresentado peloMontante do Rio Sena”, apresentado peloMontante do Rio Sena”, apresentado peloestudante do 5º período do curso deestudante do 5º período do curso deestudante do 5º período do curso deestudante do 5º período do curso deestudante do 5º período do curso deGeografia da Ufes e de Geomática do Cefetes,Geografia da Ufes e de Geomática do Cefetes,Geografia da Ufes e de Geomática do Cefetes,Geografia da Ufes e de Geomática do Cefetes,Geografia da Ufes e de Geomática do Cefetes,Pablo Lira, durante a 21ª edição do AteliêPablo Lira, durante a 21ª edição do AteliêPablo Lira, durante a 21ª edição do AteliêPablo Lira, durante a 21ª edição do AteliêPablo Lira, durante a 21ª edição do AteliêInternacional de Cergy-Pontoise, realizadoInternacional de Cergy-Pontoise, realizadoInternacional de Cergy-Pontoise, realizadoInternacional de Cergy-Pontoise, realizadoInternacional de Cergy-Pontoise, realizadoentre 25 de agosto e 19 de setembro, ementre 25 de agosto e 19 de setembro, ementre 25 de agosto e 19 de setembro, ementre 25 de agosto e 19 de setembro, ementre 25 de agosto e 19 de setembro, emParis, na França.Paris, na França.Paris, na França.Paris, na França.Paris, na França.

O grupo, do qual o estudante faziaparte, conquistou o terceiro lugar noevento que teve como tema o “Desen-volvimento Sócio-Econômico da Regiãode Confluência do Rio Sena com o rioMarne”.

O projeto prevê ainda a constru-ção de uma universidade ou centros deformação, que renovarão a mão-de-obra da região. Caso seja posto em prá-tica, o projeto possibilitará a implanta-ção de indústrias modernas queaproveitarão os profissionais qualifica-dos da região.

Promovido por um organismofrancês que cuida do regime fundiáriourbano da região parisiense, com oapoio do Estado, da Prefeitura de Parise da Universidade Européia de Planeja-mento, o Ateliê visa promover estudosteóricos e empíricos sobre a prática ur-banista de pessoas de nacionalidadesdiferentes com especialização em váriasáreas relacionadas à urbanização, que in-tervém num aspecto da cidade e formu-lam soluções para os problemas.

Participaram do grupo de trabalho36 alunos de diversas partes do mundoe de diversas áreas como Engenharia, Ar-quitetura, Urbanismo, Sociologia, Geo-grafia, Direito, Economia, Design. Os

alunos foram divididos em seis equipesde seis integrantes cada. As equipes fo-ram formadas pela afinidade entre os es-tudantes. A única regra era que eles deve-riam ser de países diferentes.

Apesar de ter sido considerado poralguns especialistas do júri sem viabilida-de prática, o projeto vencedor, do grupo D,intitulado “Influências”, previa a implan-tação de áreas verdes às margens do rioSena. A proposta é criar canais para otransporte aquaviário, substituindo otransporte rodoviário, que polui mais omeio ambiente.

“A idéia do Ateliê é produzir proje-tos que tenham ‘os pés no chão’, mas quetenham também imaginação. Muitos ju-rados gostam de estimular o lado utópi-co de alguns trabalhos, pois quando ou-samos, produzimos coisas interessantes.Um projeto utópico não é necessariamen-te ruim”, ressalta Zanotelli.

Pablo Lira aprovou a experiência.“A contribuição dos especialistas tiran-do dúvidas, auxiliando, dando idéias foiexcelente. Nós aprendemos muito nesseprocesso. A quantidade de informação econhecimento adquirida nesse período éequivalente a pelo menos dois anos deum curso superior na França”, avalia Lira.

Segundo o universitário, o maiorprêmio do Ateliê foi o aprendizado pro-porcionado pela troca de informações,experiências com estudantes e especia-listas do mundo todo.

Zanotelli confirma a opinião do es-tudante. “Essa idéia de trabalhar o temaem cooperação é o principal objetivo doAteliê, discutindo empírica e praticamen-te as questões abordadas. Isso estimulaos profissionais e os estudantes”,

explica.Para participar do Ateliê, os es-tudantes tiveram que desenvolver umprojeto com similaridades à temáticafrancesa. Os projetos principais foramdesenvolvidos na França pelos grupos.“O primeiro projeto serve para osorganizadores saberem a capacidade dosestudantes de aprofundar e construir al-guma coisa”, explica Zanotelli.

Pablo Lira, orientado pelo profes-sor do Departamento de Geografia daUfes, Cláudio Zanotelli, elaborou o pro-jeto “O Direito à Cidade: A revitalizaçãodo espaço urbano”. Foram estudadas asregiões próximas a três rios nacionais: orio Santa Maria, do Espírito Santo e osrios Tietê e Pinheiros de São Paulo.

Experiências como essa do Ateliê,existem na Rússia e na Ásia. No Brasil,existe um projeto que pretende levar essaidéia para o Paraná ou São Paulo. “O pro-blema de um evento como esse é o altocusto e a complexidade de realizá-lo. Ojúri é formado por especialistas do mun-do todo e conseguir patrocínio para aspassagens de avião é muito complicadono Espírito Santo”, explica Zanotelli.

O professor participou pela tercei-ra vez consecutiva do Ateliê. No primei-ro ano, ele foi acompanhado de dois alu-nos de Arquitetura. No ano seguinte, foisozinho. Nenhum aluno teve condiçõesde participar. “O grande problema da par-ticipação dos alunos é a falta de apoio.Nenhum órgão público ou privado reco-nhece a importância de patrocinar a pas-sagem dos alunos. E como a viagem émuito cara, muitos alunos não têm con-dições de arcar com os custos. Sem ajudafica difícil levar mais alunos”, lamenta oprofessor.

Estudante representa ES na FEstudante representa ES na FEstudante representa ES na FEstudante representa ES na FEstudante representa ES na Françarançarançarançarança

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Pablo Silva Lira (Geografia)Pablo Silva Lira (Geografia)Pablo Silva Lira (Geografia)Pablo Silva Lira (Geografia)Pablo Silva Lira (Geografia)Universidade Federal do ES - BrasilMurat Oktem (Design Urbano)Murat Oktem (Design Urbano)Murat Oktem (Design Urbano)Murat Oktem (Design Urbano)Murat Oktem (Design Urbano)Gazi University - TurquiaAlessia Martina (Arquitetura)Alessia Martina (Arquitetura)Alessia Martina (Arquitetura)Alessia Martina (Arquitetura)Alessia Martina (Arquitetura)IUAV - ItáliaBlandine Franchon (Arquitetura)Blandine Franchon (Arquitetura)Blandine Franchon (Arquitetura)Blandine Franchon (Arquitetura)Blandine Franchon (Arquitetura)Ecole D’Architecture de Versailles - FrançaFang Deng (Paisagismo)Fang Deng (Paisagismo)Fang Deng (Paisagismo)Fang Deng (Paisagismo)Fang Deng (Paisagismo)SCUt - ChinaTTTTTetsuya Tetsuya Tetsuya Tetsuya Tetsuya Tatenami (Arquitetura)atenami (Arquitetura)atenami (Arquitetura)atenami (Arquitetura)atenami (Arquitetura)Kyoto University - Japão

PABLO SILVA

LIRA,ESTUDANTE ECLAUDIO

ZANOTELLI,PROFESSOR

ORIENTADOR

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MAIO/JUNHO-2003 T ó p i c o s -21

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A construção de Brasília inspirou oA construção de Brasília inspirou oA construção de Brasília inspirou oA construção de Brasília inspirou oA construção de Brasília inspirou osurgimento da poesia concreta, movimentosurgimento da poesia concreta, movimentosurgimento da poesia concreta, movimentosurgimento da poesia concreta, movimentosurgimento da poesia concreta, movimentoliterário do final dos anos 50. João Cabralliterário do final dos anos 50. João Cabralliterário do final dos anos 50. João Cabralliterário do final dos anos 50. João Cabralliterário do final dos anos 50. João Cabralde Melo Neto era poeta-arquiteto ede Melo Neto era poeta-arquiteto ede Melo Neto era poeta-arquiteto ede Melo Neto era poeta-arquiteto ede Melo Neto era poeta-arquiteto econstruía verdadeiras esculturas verbais,construía verdadeiras esculturas verbais,construía verdadeiras esculturas verbais,construía verdadeiras esculturas verbais,construía verdadeiras esculturas verbais,comprovando que há tempos Literaturacomprovando que há tempos Literaturacomprovando que há tempos Literaturacomprovando que há tempos Literaturacomprovando que há tempos Literaturarima com Arquitetura. Estudantes dorima com Arquitetura. Estudantes dorima com Arquitetura. Estudantes dorima com Arquitetura. Estudantes dorima com Arquitetura. Estudantes docurso de Arquitetura e Urbanismo dacurso de Arquitetura e Urbanismo dacurso de Arquitetura e Urbanismo dacurso de Arquitetura e Urbanismo dacurso de Arquitetura e Urbanismo daUniversidade Federal do Espírito SantoUniversidade Federal do Espírito SantoUniversidade Federal do Espírito SantoUniversidade Federal do Espírito SantoUniversidade Federal do Espírito Santoseguiram essa tendência e criaram umaseguiram essa tendência e criaram umaseguiram essa tendência e criaram umaseguiram essa tendência e criaram umaseguiram essa tendência e criaram umaobra onde o concreto deu lugar à palavra.obra onde o concreto deu lugar à palavra.obra onde o concreto deu lugar à palavra.obra onde o concreto deu lugar à palavra.obra onde o concreto deu lugar à palavra.

O livro “Arquétipos”, com 132ensaios poéticos de 32 alunos, ex-alu-

nos e professores do curso, foi apresentado ao público no dia 26de agosto, no Centro de Artes da universidade. “Espero que oexercício da escrita nos leve à sensibilidade urbana, ao entendi-mento das relações que constituem a cidade, e que a Arquiteturanão seja a profissão de cada um, mas sim, a alma”, diz oidealizador da obra, o estudante do último período de Arquitetu-ra, João César de Melo.

Entre os autores do livro estão Marcello Lindgren, Walmurde Moura, Wilson Rodrigues, Fábio Pacheco e André Victor, alu-nos finalistas premiados em concursos nacionais de Arquitetura.Os demais autores são Fabrício Sanz, Alberto Kirchmayer,Anderson Woelffel, André Lima, Aline Pereira, Augusto Alvarenga,Braz Casagrande, Bruno Pylro, Clara Miranda, Daniel Cruz, Deni-se Telles, Eduardo Barbosa, Ernesto Pachito, Fernando Salgado,Gaia, Grasiella Drumond, Hive Bolzan, Karlos Ruph, LetíciaTabachi, Lídia Borgo, Marina Wolf Perim, Martha Campos,Reinaldo Rocha, Marco Romanelli e Sergio Prucoli.

REFORMANo mesmo dia do lançamento do livro, foi apresentado

também o projeto “Centro”, dos alunos Braz Casagrande, KarlosRupf e André Victor, vencedores num concurso interno para areforma do pátio de Cemuni III, prédio que abriga o curso. Aprimeira etapa da reforma já foi concluída, e o custo, R$ 1.500,foi coberto pelos próprios membros do Centro Acadêmico Li-vre de Arquitetura e Urbanismo (Calau).

Agora, os mesmos alunos se concentram na reforma dacantina e da rampa para portadores de deficiência física na en-trada, além da conclusão da segunda etapa do pátio e o levanta-mento de todos os problemas de estrutura do edifício para umapossível reforma geral. “Cansamos de choramingar pelos cor-redores da universidade em busca de apoio. Não queremos as-sistir de braços cruzados o edifício em que estudamos desmoro-nar”, exclama o estudante João César de Melo.

O autor de “Arquétipos” explica que o livro surge na horaem que o curso de Arquitetura e Urbanismo vive um momentoespecial. “Apesar das inúmeras dificuldades didáticas e de es-trutura, o clima acadêmico é de produção”. O livro custa R$ 10 epode ser obtido na cantina do Cemuni III.

Arquitetura rimaArquitetura rimaArquitetura rimaArquitetura rimaArquitetura rimacom Literaturacom Literaturacom Literaturacom Literaturacom Literatura

As Câmaras Especializadas de EngenhariaCivil e de Arquitetura, realizaram reuniões com aUnidade de Fiscalização do Crea-ES para definir aimplementação do Ato 048/98 do Conselho. O Atoestabelece a obrigatoriedade de manter os proje-tos nas obras, acompanhados das respectivas ARTs.

AAAAATO 048/98TO 048/98TO 048/98TO 048/98TO 048/98Dispõe sobre a necessidade de permanência de 01(uma) via ou cópia de ARTs, bem como dosrespectivos projetos, nas obras, instalações ouserviços.

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura eAgronomia do Espírito Santo - CREA-ES – no uso desuas atribuições que lhe conferem as alíneas “f” e “k” doArtigo 34 da Lei n.º 5.194, de 24 de dezembro de 1966;

RESOLVE:Art. 1º - Nenhuma obra, instalação ou serviço nas áreas deEngenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia eMeteorologia, poderá ter início sem a competente Anotação deResponsabilidade Técnica – ART, nos termos da Lei n.º 6.496/77.Art. 2º - Enquanto durar a execução de obras, instalações eserviços de qualquer natureza nas áreas de Engenharia,Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, éobrigatória a permanência de 01 (uma) via ou cópia da (s)Anotação (ões) de Responsabilidade Técnica (s) – ART relativasà execução e projetos, bem como dos respectivos projetos,cabendo a manutenção e conservação dos mesmos ao (s)profissional (ais) responsável (eis) pela execução, conformeparâmetros de ato deste Regional, em vigor.§ único – Por infração ao “caput” deste artigo o(s)profissional(ais) estarão sujeito(s) às penalidades previstasno Artigo 73, alínea “c” da Lei n.º 5.194/66.Art. 3º - Os projetos deverão conter o nome completo, título,número da carteira do CREA e a assinatura do(s) profissional(ais)responsável(eis) técnico(s) pelo(s) mesmo(s), sem rasuras.§ único – Por infração ao “caput” deste artigo o(s)profissional(ais) está(ão) sujeito(s) às penalidades previstasno artigo 73, alínea “b” da Lei 5.194/66.Art. 4º - No(s) caso(s) em que for constatada a inexistência daART devidamente registrada referente a autoria do(s) projeto(s)e o(s) mesmo(s) não for(em) encontrado(s) na obra, instalaçãoou serviço, a fiscalização do CREA-ES deverá autuar o(s)profissional(ais) responsável(eis) técnico(s) pela execução damesma por infração ao Artigo 6º, letra “c” da Lei n.º 5.194/66.Art. 5º - No(s) caso(s) em que o(s) profissional(ais) tiver(em)registrado a autoria do(s) projeto(s) e for constatada ainexistência do(s) projeto(s) na obra, instalação ou serviço, afiscalização do CREA-ES deverá autuar o(s) profissional(ais)responsável(eis) técnico(s) pela execução da mesma porinfração ao Artigo 6º, letra “c” da Lei n.º 5.194/66.Art. 6º- A regularização das autuações, que tratam os Artigos4º e 5º, só se dará com a apresentação das ARTs devidamenteacompanhadas pelos respectivos projetos.Vitória, 14 de julho de 1998.

Eng.º Eletricista Paulo Bubach - PresidenteEng.º Metalúrgico Fernando C. Oliveira Souza - 1º Secretário

PPPPProjetos devem serrojetos devem serrojetos devem serrojetos devem serrojetos devem sermantidos em obrasmantidos em obrasmantidos em obrasmantidos em obrasmantidos em obras

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T ó p i c o s -22 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003

Trabalhar em atividades adminis-trativas de empresas públicas e privadasque atuam nas áreas de reflorestamento,manejo de florestas naturais e agrossilvi-cultura, elaborar relatórios técnicos e fis-calizar projetos ambientais. Essas são al-gumas das atribuições de um EngenheiroFlorestal. Mas há outras facetas da profis-são que a sociedade não conhece.

Um projeto desenvolvido pelo En-genheiro Florestal Álvaro Garcia prevê ageração de trabalho e renda para comu-nidades indígenas de Aracruz a partir darecuperação ambiental. “Percebi que po-dia colocar meu conhecimento técnico aserviço dessas comunidades, que enfren-

tam sérias dificulda-des, e fazer um traba-lho diferente, que fogeda rotina”, explica.

Já em fase deconclusão, o Plano de

Engenheiro florestalEngenheiro florestalEngenheiro florestalEngenheiro florestalEngenheiro florestalcoloca seucoloca seucoloca seucoloca seucoloca seuconhecimento aconhecimento aconhecimento aconhecimento aconhecimento aserserserserserviço dos índiosviço dos índiosviço dos índiosviço dos índiosviço dos índios

Caieiras Velha, Pau Brasil,Irajá, Três Palmeiras, Boa Es-perança e Piraquê-açu.

O Plano prevê, dentreoutras ações, a recuperaçãode Áreas de Preservação Per-manente (APP) existentes, emespecial, as grotas quemargeiam os plantios flores-tais. “Queremos recuperar abiodiversidade original dasgrotas através do plantio deespécies da Mata Atlântica.Vamos tirar os eucaliptos eplantar árvores nativas”, re-lata Álvaro.

Em reuniões com os representan-tes indígenas, surgiram outras reivindi-cações como a implantação de um vivei-ro para produção de mudas de essênciasflorestais, o plantio consorciado de se-ringueira com palmeira imperial, o ma-nejo de talhões de eucalipto para usomúltiplo e o resgate do conhecimentosobre a flora regional pela comunidadeindígena.

De acordo com o Engenheiro, oPlano será submetido aos órgãos e insti-tuições governamentais em nível fede-ral, estadual e municipal visando a cap-tação de recursos, assim como empresasprivadas existentes na área de entornoda comunidade. Dentre os projetos, des-taque é dado ao Viveiro de Produção deMudas, cujas atividades servirão paraalavancar outros projetos. “Nossa inten-ção é treinar e capacitar jovens índiospara o trabalho no viveiro. É mais umaoportunidade de renda e emprego”.

Um dos principais problemas en-frentados nas aldeias indígenas é o de-semprego. Convênios entre a Aracruz einstituições como Senac e Senai garan-tem cursos profissionalizantes gratuitos

para a comunidade, realizados atravésda Associação Indígena TupiniquimGuarani (AITG). São oferecidos cursos demecânica de automóveis, de bombeirohidráulico, pedreiro, carpintaria, costu-ra industrial, culinária, corte de cabelo emanicure, entre outros.

Em agosto, representantes das al-deias Tupiniquim e Guarani visitaram aReserva Natural da Vale do Rio Doce, emLinhares, onde passaram um dia conhe-cendo espécies florestais remanescentesdo Estado e aprendendo como é feita aseleção de mudas de plantas comojacarandá, jequitibá rosa, peroba amare-la, ipê amarelo, paraju, entre outras.

“Achei a visita muito proveitosa.Tudo o que aprendemos aqui, iremosensinar para os demais da comunida-de”, afirma o cacique Antonio Carva-lho, da aldeia Boa Esperança. “Quere-mos trabalhar muito, mas sem agrediro meio ambiente. Por isso, é impor-tante conhecermos as técnicas, o jeitocerto de plantar”.

Desenvolvimento Florestal e Ambientalda Terra Indígena de Caieiras Velha fazparte do aditivo ao termo de ajuste deconduta firmado em 1998, entre a em-presa Aracruz Celulose e os índios da re-gião. Depois da devolução das terras, aempresa pagou indenizações e se com-prometeu a desenvolver projetos ruraisjunto às comunidades indígenas de

PAULA STANGE

O ENGENHEIRO ÁLVARO

GARCIA (ACIMA AO LADO

DE UM GUARANI) AJUDA OS

ÍNDIOS A RECUPERAREM AFLORESTA

A COMUNIDADE INDÍGENA

CULTIVA MUDAS DE ESSENCIAS

FLORESTAIS

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JULHO/AGOSTO/SETEMBRO-2003 T ó p i c o s -23

Com

unic

ação

O Informativo Eletrônico, lançadoem julho deste ano, é o mais novo

instrumento de Comunicação do Crea efoi criado com a finalidade de facilitar a

comunicação com os profissionais.“A criação do Informativo era a

principal meta da Comunicação a serimplementada em 2003. E foi cumprida comgrande sucesso”, comemora a Consultora de

Comunicação, Alcione Vazzoler.O Informativo é atualizado diariamen-te, com notícias do Conselho, eventos,

clipping eletrônico, e enviado por e-mail amais de 400 pessoas, entre profissionais e

leigos. “Quando idealizamos o projeto,pensamos em criar um meio que

disponibilizasse de forma rápida e eficienteaos profissionais as informações geradas pelo

Crea”, afirma a jornalista.Para receber diariamente o Informa-

tivo, o usuário deve cadastrar-se no sitedo Crea (www.creaes.org.br). O cadastro égratuito e os profissionais recebem ainda

notícias relacionadas às áreas, colhidasem cerca de 40 sites informativos.O Engenheiro André Ferraz Matos

cadastrou-se no site do Crea para receber oInformativo e elogiou a iniciativa: “É um

tipo de serviço muito interessante,moderno e direcionado aos profissionais”.

Informativo Eletrônicojá é sucesso

O site do Crea-ES vem conquistando a preferência dos profissionais naO site do Crea-ES vem conquistando a preferência dos profissionais naO site do Crea-ES vem conquistando a preferência dos profissionais naO site do Crea-ES vem conquistando a preferência dos profissionais naO site do Crea-ES vem conquistando a preferência dos profissionais nabusca por informações das áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Embusca por informações das áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Embusca por informações das áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Embusca por informações das áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Embusca por informações das áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Emmenos de um ano, o número de acessos cresceu mais de 200% registrando maismenos de um ano, o número de acessos cresceu mais de 200% registrando maismenos de um ano, o número de acessos cresceu mais de 200% registrando maismenos de um ano, o número de acessos cresceu mais de 200% registrando maismenos de um ano, o número de acessos cresceu mais de 200% registrando maisde 16 mil usuários só no mês de agosto, com uma média diária de 600 consultas.de 16 mil usuários só no mês de agosto, com uma média diária de 600 consultas.de 16 mil usuários só no mês de agosto, com uma média diária de 600 consultas.de 16 mil usuários só no mês de agosto, com uma média diária de 600 consultas.de 16 mil usuários só no mês de agosto, com uma média diária de 600 consultas.

Criado em 99, o site já passou por três reformulaçõese oferece vários serviços on line, além de permitir consul-ta de processos; débitos; Anotações de ResponsabilidadeTécnica (ARTs); atualização de endereços; solicitação denúmero de protocolo; obtenção de boletos bancários, etc.O site traz ainda informações do Movimento das Águas, doServiço de Apoio aos Direitos do Consumidor, SEAD; doPrograma de Educação Continuada, PEC; entre outros.

Uma pesquisa de opinião, realizada pelo Crea em ja-neiro, mostrou que o site é fonte de informação para 28%dos entrevistados, que sugeriram que a Internet e o e-mailfossem mais utilizados. Para suprir essa demanda, as equi-pes de Comunicação e Informática desenvolveram o Infor-mativo Eletrônico, lançado em julho.

O gerente de Relacionamentos, jornalista RonaldoOakes, já tem novos planos para o site: “Devemos fazer uma reformulaçãoem 2004 para acompanhar as mudanças normais do universo dainformática e também para oferecer novos serviços on-line. Em 2005,fazendo parte das comemorações dos 45 anos do Crea, planejamos aimplementação do projeto de máquinas de auto-atendimento. A últimapesquisa do instituto Futura para o Crea-ES, mostrou que a ferramenta dosite foi a que mais cresceu em utilização pelos profissionais e é por aí quepretendemos alcançar a excelência no atendimento”.

Acesso ao site doAcesso ao site doAcesso ao site doAcesso ao site doAcesso ao site doCrea cresceu 200%Crea cresceu 200%Crea cresceu 200%Crea cresceu 200%Crea cresceu 200%

Números do SiteNúmeros do SiteNúmeros do SiteNúmeros do SiteNúmeros do Site

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20032003200320032003janjanjanjanjan 89838983898389838983fevfevfevfevfev 90179017901790179017marmarmarmarmar 91029102910291029102abrabrabrabrabr 95309530953095309530maimaimaimaimai 1008210082100821008210082junjunjunjunjun 1072310723107231072310723juljuljuljuljul 1329613296132961329613296agoagoagoagoago 1660816608166081660816608