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nº 1544 – 07 mar. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2018 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário - tche.br · Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 3, 07 mar. 2019 Condições Meteorológicas CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 28/02/2019

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Page 1: Sumário - tche.br · Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 3, 07 mar. 2019 Condições Meteorológicas CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 28/02/2019

nº 1544 – 07 mar. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2018 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 2, 07 mar. 2019

Palavra da Casa

Somos ElesPorElas O lançamento do Movimento ElesPorElas (HeForShe) para os empregados da Emater/RS-Ascar

aconteceu na manhã desta quinta-feira (07/03), no Auditório do Departamento de Economia e Estatística (DEE), em Porto Alegre, dentro da programação de eventos institucionais alusivos ao Dia Internacional da Mulher.

A partir da adesão a esse movimento da ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, lançado em 2014, fortalecemos nosso reconhecimento como uma Instituição que defende a equidade de gênero e a igualdade de direitos e oportunidades para todos, empregados da Emater/RS-Ascar e públicos assessorados.

Para tanto, e a partir de um grupo de trabalho formado por extensionistas, foi instituído o Termo de Referência para Desenvolvimento de Ações do Movimento ElesPorElas, que orienta o planejamento e a execução de diversas ações institucionais internas e atividades externas, junto aos diferentes públicos aos quais prestamos Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters).

O objetivo é difundir a conscientização e promover a responsabilidade de homens e meninos para a eliminação de todas as formas de discriminação e da violência contra as mulheres e meninas.

A assinatura de adesão da Emater/RS-Ascar aconteceu no dia 10 de dezembro do ano passado e o lançamento em março deste ano se destina aos trabalhadores da Instituição lotados nos escritórios Central e Regional de Porto Alegre e foi acompanhada por representantes de entidades parceiras, como Governo do Estado e suas secretarias, Casa Civil, Fetag, Fetraf, Associação dos Servidores da Ascar/Emater (Asae), Associação dos Extensionistas Sociais Rurais (Aesr), Associação dos Aposentados da Ascar (Asapas), Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Ascar/Emater (Cresal), e de sindicatos das categorias.

Presente no meio rural em mais de 90% dos municípios do Estado, a Emater/RS-Ascar atualmente emprega 2.131 pessoas, sendo 1.169 homens e 962 mulheres (46% do corpo funcional). Somente em 2018, foram desenvolvidas ações de Aters para 54.440 mulheres, que tiveram acesso a políticas públicas de direitos sociais, de produção e comercialização, além de participarem de trabalhos de formação e inclusão social e produtiva e de geração de renda. No mesmo ano, 147.581 mulheres participaram de atividades desenvolvidas pela nossa Instituição em todo o Estado, em especial de agroindustrialização e de produção de alimentos.

Estamos inseridos e comprometidos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, no item 5, de Igualdade de Gênero, que contempla ainda o fortalecimento de suas organizações, como grupos e clubes de mulheres, o reconhecimento do papel da mulher como trabalhadora, mãe e cidadã, a rejeição da discriminação e da violência e a inscrição da mulher no bloco do produtor como forma de reconhecimento de seu papel como trabalhadora rural, integrando-as na unidade de produção, na comunidade e na sociedade.

Pretendemos, enquanto Instituição com alta capilaridade e responsabilidade social, inclusive no meio rural, revelar experiências concretas e novas práticas de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, promovendo novas masculinidades, bem como estimulando o debate público sobre tais temáticas.

Entre as ações propostas, vamos agregar sindicatos e associações de classe ao Grupo de Trabalho já constituído, criar um glossário da Extensão Rural sobre o tema, avaliar e propor reflexões e ações específicas sobre equidade de gênero, promover campanhas de sensibilização para o tema, incluir a temática nos dias de campo, promover capacitações continuadas, e instituir uma premiação de boas práticas ElesPorElas, com participação de todos os extensionistas.

Enfim, há muito o que fazer para avançarmos nesse debate, fundamental para a Emater/RS-Ascar e para as gerações presente e futuras, de forma promover uma melhor convivência de gênero em todas as instâncias da sociedade.

Iberê de Mesquita Orsi Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES Emater/RS-Ascar divulgará números da safra na Expodireto (dia 12).

Início da colheita da soja mostra bons resultados.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 3, 07 mar. 2019

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 28/02/2019 A 06/3/2019

A última semana apresentou chuva de baixos volumes na maior parte do RS. Entre a

quinta (28/02) e a segunda-feira (04/03), a presença de uma massa de ar seco manteve o

tempo firme, com sol e grande amplitude térmica em todas as regiões. Na terça (05) e

quarta-feira (06), o ingresso de ar quente e úmido elevou as temperaturas e ocorreram

pancadas de chuva e trovoadas, com registro de temporais isolados, principalmente no

Oeste e na Metade Norte.

Os totais observados no período foram inferiores a 10 mm na maioria das

localidades, com valores entre 20 e 40 mm observados em pontos isolados. Na região

Metropolitana, no Litoral Norte e nos Campos de Cima da Serra, os valores superaram 50

mm em alguns municípios. Os volumes mais expressivos observados nas estações da rede

INMET/SEAPI ocorreram em Ibirubá (36 mm), Santa Vitória do Palmar (37 mm), Maquiné (51

mm), Campo Bom (52 mm) e São José dos Ausentes (85 mm).

A temperatura mínima do período ocorreu em 28/02 em Santana do Livramento (8,7°C), e a

máxima foi registrada em Uruguaiana (37,2°C) em 04/3.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 06/03/2019.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 4, 07 mar. 2019

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 07/3/2019 A 13/3/2019

Os próximos sete dias deverão ter chuva forte e temporais no RS. Na quinta-feira

(07/3), o predomínio da massa de ar quente e úmido manterá o calor, com pancadas de

chuva, típicas de verão, e possibilidade de temporais isolados. Entre a sexta (08/3) e o

sábado (09/3), a propagação de uma frente fria provocará chuva e trovoadas, com risco de

novos temporais em todas as regiões. No domingo (10/3) as temperaturas estarão mais

amenas, e o tempo deverá ficar seco, com grande variação de nuvens; somente nas faixas

Leste e Nordeste poderão ocorrer chuvas fracas e isoladas. A partir da segunda-feira (11/3),

o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva e trovoadas, com

possibilidade de temporais, associados a altos volumes acumulados, de queda de granizo e

fortes rajadas de vento na maioria das regiões.

Os valores previstos deverão oscilar entre 45 e 70 mm na maioria dos municípios. Na

Campanha, Fronteira Oeste e nas Missões, os volumes deverão superar 90 mm e poderão

alcançar valores acima de 110 mm em algumas localidades.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 5, 07 mar. 2019

Grãos

Milho

A cultura do milho no RS apresenta 51% das lavouras colhidas. As demais áreas apresentam 17% maduro, 24% em enchimento de grãos e o restante em floração e desenvolvimento vegetativo.

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 07/03 Em 28/02 Em 07/03 Em 07/03 Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 3% 6% 4% 6%

Floração 5% 6% 8% 8%

Enchimento de grãos 24% 25% 25% 23%

Maduro e por colher 17% 16% 19% 18% Colhido 51% 47% 44% 45%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018. As lavouras maduras nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí apresentam boa produtividade. O clima seco e quente favoreceu a colheita; grãos apresentam baixa umidade. Nas regiões da Serra e dos Campos de Cima da Serra, a colheita vai avançando ainda de forma lenta, porém com rendimentos em algumas lavouras superando 12 mil quilos por hectare. Já na região Sul, as lavouras estão predominantemente na fase de granação. As lavouras já colhidas são principalmente do milho destinado para silagem. As lavouras apresentam bom desenvolvimento reprodutivo. Nas regiões Centro-Sul e nos vales dos Sinos e do Paranhana, a maioria das lavouras estão na fase R2, de enchimento e desenvolvimento de grãos. Algumas lavouras já se encontram em fase R3 e começam a ser colhidas para comercialização. Os estandes do milho safrinha vêm apresentando um bom desenvolvimento vegetativo, ainda não prejudicado pela diminuição da chuva. Mercado (saca de 60 quilos)

Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2065), o preço praticado no Estado, em média, foi de R$ 32,35/sc., uma redução de 1,04% em relação à semana anterior.

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Médiamarço

32,3532,69 32,25

31,22

35,2434,92

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-1,04

0,31

3,62

-8,20-7,36

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 32,35/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 6, 07 mar. 2019

Soja

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média* Em 07/03 Em 28/02 Em 07/03 Em 07/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. Vegetativo 0% 2% 1% 1%

Floração 8% 12% 7% 9%

Enchimento de grãos 67% 71% 56% 70%

Maduro e por colher 17% 11% 27% 16%

Colhido 8% 4% 9% 4% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018. A cultura já está com 8% das áreas colhidas no Estado e outros 17% maduros. No entanto, a maioria das lavouras está em fase de granação, com 67%. Nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, a cultura evolui rapidamente para o estádio de maturação, com diversas lavouras apresentando folhas com coloração amarela. As primeiras lavouras colhidas apresentam boa produtividade.

Nestas regiões, a umidade do solo favorece o desenvolvimento da cultura, principalmente a formação dos grãos. As lavouras apresentam bom controle de pragas e doenças; folhas apresentam baixos sintomas de doenças. Produtores realizam a última aplicação de fungicida. Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, as primeiras lavouras em fase de maturação apresentam ótima sanidade, contrariando a expectativa de uma safra com forte pressão do fungo da ferrugem asiática e, consequentemente, com uma boa perspectiva de produtividade. Na semana foram realizadas aplicações finais de fungicidas para controle da ferrugem e de inseticidas para controle de lagartas, percevejos e ácaros.

No cultivo da soja segundo plantio, intensificou-se o controle de plantas daninhas e do milho tiguera (milho que brota espontaneamente na lavoura de soja); nas primeiras áreas plantadas, já iniciaram as aplicações preventivas para controle da ferrugem.

Na região da Produção, a cultura está em fase inicial de colheita, com rendimento médio na região de 62 sacas por hectare. Comparada ao período de implantação, onde houve problemas de replantio, a expectativa é positiva. Há baixa incidência de doenças e pragas em lavouras adequadamente monitoradas e tratadas.

Na região Sul, na cultura predomina o estágio de granação, com 85% das lavouras. Na semana ocorreram secamento do solo, altas temperaturas e radiação solar intensa, prejudicando as lavouras de soja.

As condições gerais das lavouras da região da Serra e dos Campos de Cima da Serra estão muito boas. A fase predominante é de enchimento de grãos, e as áreas cultivadas mais no cedo com variedades de ciclo precoce estão iniciando a fase de colheita. Mercado (saca de 60 quilos)

As cotações do grão tiveram um leve aumento na semana, representando 0,43% em relação à semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2065). O preço médio foi de R$ 70,55/sc., frente aos R$ 70,25/sc. anteriores.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 7, 07 mar. 2019

O preço para a soja disponível em Cruz Alta teve redução, sendo cotada a R$ 72,50/sc., e em Passo Fundo manteve-se estável. Em Santa Rosa, a cotação para o produto disponível foi de R$ 75,00/sc.

Feijão 1ª safra Com a safra praticamente colhida, o feijão primeira safra no RS atingiu 80% das áreas colhidas. Ainda apresenta 1% das lavouras em floração, 11% em enchimento de grãos e 8% maduro. Fases da cultura do feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul

Feijão 1ª safra 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 07/03 Em 28/02 Em 07/03 Em 07/03 Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 1% 2% 1% 4%

Enchimento de grãos 11% 15% 15% 12%

Maduro e por colher 8% 5% 19% 13% Colhido 80% 78% 65% 71%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018. Das áreas a serem colhidas, restam basicamente as da região dos Campos de Cima da Serra, nas quais a cultura encontra-se nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos. As lavouras apresentam bom desenvolvimento devido às ótimas condições climáticas até o momento. As condições fitossanitárias estão muito boas nessa região, com baixa incidência de pragas e doenças, o que indica perspectiva de safra dentro da normalidade, ou seja, 2.400 kg/ha na região. Na região Norte e Noroeste do Estado, a primeira safra está colhida, com produtividade acima da esperada inicialmente. A segunda safra está implantada, com bom desenvolvimento e baixa incidência de pragas e doenças até o momento. As primeiras lavouras plantadas já se encontram na fase reprodutiva. Na região Sul, a primeira safra foi colhida. A segunda safra da cultura está com a semeadura finalizada, em estágio predominante de crescimento vegetativo, apresentando bom desenvolvimento. Há relatos de perdas por ferrugem em lavouras isoladas na região Metropolitana, devido ao excesso de umidade na época do plantio (outubro-novembro), ocasionando falhas na germinação.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

70,55 70,25 68,61

75,2381,37 82,86

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,43

2,83

-6,22

-13,30

-14,86-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 70,55/saca de 60 kg)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 8, 07 mar. 2019

Mercado (saca de 60 quilos) A média semanal no preço de comercialização do feijão teve leve redução no RS, praticado a R$ 177,38/sc., representando redução de 0,42% em relação à semana anterior. O preço do feijão preto na Serra foi de R$ 150,00/sc. e em São Lourenço do Sul, R$ 210,00/sc.

Arroz

A cultura no RS está com 17% das áreas colhidas, 36% maduro, 38% em enchimento de grãos e 8% em floração. Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média* Em 07/03 Em 28/02 Em 07/03 Em 07/03

Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. Vegetativo 1% 3% 2% 2%

Floração 8% 19% 8% 10%

Enchimento de grãos 38% 41% 32% 36%

Maduro e por colher 36% 27% 42% 37%

Colhido 17% 10% 16% 15% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018. Nas principais regiões produtoras do Estado, Campanha e Fronteira Oeste, as condições climáticas da semana foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura, porém está prevista redução da produção nesta safra, em virtude de pouca insolação, muitos dias nublados com chuvas e baixa temperatura à noite. O mesmo acontece na Fronteira Noroeste, de diminuição na produtividade das lavouras a serem colhidas nas próximas semanas, em função das condições climáticas menos favoráveis observadas na floração e enchimento de grãos das lavouras mais tardias. Na região Sul, há expectativa de boa produtividade e produção em razão da melhora nas condições do clima, com mais luminosidade e permanência das temperaturas altas. Nessa região, apenas 5% das áreas foram colhidas. No Litoral e Centro-Sul, foi iniciada a colheita das variedades precoces plantadas no cedo, chegando a 11% da área em Camaquã. O manejo realizado na semana foi a condução da lavoura com irrigação, aplicação de coberturas e tratamentos fitossanitários, em alguns casos, conforme necessidade e cultivar.

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

177,38 178,13167,82

142,06

203,69219,60

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-0,42

5,70

24,86

-12,92

-19,23-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 177,38/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 9, 07 mar. 2019

Mercado (saca de 50 quilos) Na semana, o arroz teve preço levemente em queda, cotado a R$ 39,83/sc., conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2065). Esse dado representa queda de 0,30% no preço médio no Estado em relação aos preços praticados na semana anterior.

Hortigranjeiros

SITUAÇÕES REGIONAIS

Com a retomada da umidade no solo, nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e

Alto Jacuí, os produtores intensificaram o preparo das áreas para a implantação de

cultivares de inverno. As folhosas apresentam boa recuperação de desenvolvimento e

melhoria na apresentação do produto, com folhas mais tenras e plantas mais compactas. O

manejo atual na cultura do pepino é a fixação de frutos.

Na fruticultura, o período é de baixa oferta de frutas, nas regiões do Noroeste

Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, concentrando-se no figo, melancia e em algumas bergamotas

precoces. Os produtores estão realizando tratamento com fungicidas nas culturas da videira

e pessegueiro para assegurar boa sanidade às folhas. Observa-se antecipação da reserva de

mudas de morangueiro. A produção e a qualidade das mudas de frutíferas são superiores às

do ano anterior.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, ocorre plantio de alface, couve,

temperos e repolho, principalmente. Os produtores enfrentam dificuldade na pega de

mudas a campo e também em sistema semi-hidropônico. Também inicia o preparo das áreas

para implantação das variedades de outono-inverno, pois as condições climáticas atuais são

propícias à produção. Os produtores iniciam a semeadura de cebola, para posterior

transplante, e também o plantio do produto para a formação de mudas de cebola crioula.

Também tem início a procura por alho semente. Nas hortas há poucas variedades em

produção, sendo algumas pimentas, cucurbitáceas e couve folha. Os produtores que têm

hortas comerciais estão com dificuldade em atender as demandas de olerícolas,

-0,30

0,38

4,54

-18,35 -18,40-20

-15

-10

-5

0

5

10

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média março

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 39,83/saca de 50 kg)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Médiamarço

39,83 39,95 39,68 38,10

48,78 48,81

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 10, 07 mar. 2019

principalmente folhosas, devido à alta temperatura. Nas frutas, a colheita da variedade de

abacaxi Caiano naturalmente frutificado (60% da produção) foi encerrada na última semana.

Os produtores esperam para uma nova colheita em aproximadamente dois meses, com

frutos de plantas induzidas quimicamente à frutificação (40% da produção). Nas regiões da

Fronteira Noroeste e Missões, a fruta pequena do abacaxi está sendo comercializada por R$

2,00/unid. e as grandes a R$ 4,00. As plantas cítricas estão em frutificação, até o momento

com boa retenção de frutos. Percebem-se alguma queima de frutos na parte exposta

diretamente ao sol e plantas atacadas pela larva minadora e pulgões. As bergamotas

Satsuma Okitzu estão em início de colheita. O figo está em final de colheita, e os cultivos

vêm sendo muito atacados pela broca-dos-ponteiros e também por pássaros que se

alimentam das inflorescências. A banana está em emissão de cachos e final de colheita. As

recém-plantadas encontram-se em bom desenvolvimento vegetativo, com brotação de

novos clones. O abacate encontra-se em fase final de desenvolvimento dos frutos, e a

manga está em plena colheita.

Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as brássicas (repolho,

couve-flor, couve folha e brócolis) apresentam boa oferta e qualidade razoável, tendo em

vista a dificuldade de cultivo nessa época. Também as folhosas, especialmente a alface, têm

boa oferta e qualidade. Os agricultores investem em irrigação e estruturas para cultivo

(telados). Os cultivos de cenoura e beterraba, conduzidos sob sistemas de irrigação, têm boa

qualidade de produto. Há boa oferta para o mercado. O aipim e a batata-doce estão em

desenvolvimento; as lavouras apresentam aspectos de bom potencial produtivo e boa

sanidade, propiciada pela condição de clima mais seco. As hortaliças frutos (tomate,

pimentão, abóbora, morangas, pepino, entre outras) apresentam boa oferta. O pepino, o

tomate e o pimentão, conduzidos em estufas e telados, sofrem com o clima quente da época

e têm prejudicados os aspectos produtivos e qualitativos.

OLERÍCOLAS

Alho

Na região da Serra, a prática da toalete dos bulbos, com corte das raízes e da palha

do produto estocado nos galpões, vem se intensificando por dois motivos: o final da colheita

da safra da uva e o aquecimento do fluxo comercial, pela majoração das cotações, o que

também melhora o ânimo dos alhicultores. Na safra passada foram implantados oito

hectares de área com oito mil quilos de bulbilhos, semente livre de viroses. Essas lavouras

tiveram uma produtividade em média 20% superior às lavouras com sementes tradicionais,

indicando uma tendência de incremento na utilização desse material. Percebe-se melhora

nos preços. Na propriedade, o quilo de bulbos toaletados está sendo comercializado, em

média, por R$ 8,50 para o produto classe 7, R$ 7,50 o classe 6, R$ 6,50 o classe 5, por R$

5,50 classe 4, R$ 4,00 classe 3 e a R$ 2,50 o produto para indústria.

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FRUTÍCOLAS

Caqui

Iniciou-se a colheita da Chocolatinho, variedade mais precoce cultivada nos locais de

mesoclimas mais quentes, como o vale do rio Caí. Trata-se de uma fruta de polpa escura,

com muitas sementes e de calibre reduzido. As plantas mostram-se com bom vigor e carga

elevada, pois houve pouca intervenção por meio da prática cultural do raleio de frutas, haja

vista a coincidência da colheita da safra de uva. Assim, considerável percentagem de frutos

não atingiu o calibre esperado e possível, passando a ser classificado na categoria 2 –

“segundinha”. Pelas condições climáticas predisponentes, ou seja, altas temperaturas e

umidade frequente no mês de janeiro, essas frutas em colheita demonstram preocupante

incidência de antracnose, o que inviabiliza sua comercialização. As principais variedades –

Fuyu e Kyoto – vêm se desenvolvendo sem maiores problemas, com alto vigor e sanidade. As

plantas demonstram muita variação de carga de caquis, porém, de forma geral, a

produtividade deverá ficar abaixo da média histórica. Os preços médios pelo quilo do

Chocolatinho na propriedade são de R$ 3,00 para a categoria 1 e de R$ R$ 1,50 pela fruta da

categoria 2.

Citricultura

Começou a colheita das frutas cítricas na região do Vale do Caí. As primeiras caixas

de 25 quilos da bergamota Satsuma estão sendo comercializadas ao preço médio de R$

35,00/cx. A bergamota Satsuma, também conhecida como Japonesa, em função da sua

origem, é a mais precoce das frutas cítricas. Trata-se de uma fruta sem sementes, com baixa

acidez, o que permite que seja colhida e consumida com a casca ainda verde. Nas demais

bergamotas do grupo das Mediterrâneas, continua intenso o trabalho de raleio, que é a

retirada de parte das frutinhas verdes das plantas, manejo que objetiva permitir que as

frutas a serem colhidas maduras tenham um melhor desenvolvimento, atinjam um maior

diâmetro e apresentem melhor coloração. O raleio segue a mesma sequência de maturação

das bergamotas e já está encerrado nas cultivares Caí e Pareci, e está pela metade na

Montenegrina.

Outra fruta cítrica em colheita é a lima ácida Tahiti, o popular limãozinho verde. Esta

frutífera tem fluxos de floração durante todo o ano, e, portanto, também de colheita. A

atual é resultante da floração de setembro, a mais abundante, o que significa que o maior

volume de frutas será colhido nos próximos meses. O preço médio recebido pelos

citricultores pela caixa de 25 quilos está em R$ 25,00.

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COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, tivemos 28 produtos estáveis em preços, cinco em alta e dois em baixa. São

analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação

de 25% para cima ou para baixo.

O mercado atacadista da Ceasa/RS nesta quarta-feira de Cinzas apresentou-se com

movimento normal, equilibrando-se oferta e procura, com grande estabilidade nas cotações.

Com o fim do feriadão de Carnaval e o início das aulas, aguarda-se que a quinta-feira tenha

um movimento bem significativo.

Não ocorreram destaques em alta ou em baixa.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 26/02/2019

(R$) 06/03/2019

(R$) Aumento

(%)

Alho importado kg 11,00 12,00 +9,09

Banana Prata kg 2,00 2,25 +12,50

Laranja suco kg 1,39 1,67 +20,14

Ovo branco dz. 2,83 3,00 +6,01

Repolho verde kg 1,28 1,33 +3,91

Produtos em baixa Unidade 19/02/2019

(R$) 26/02/2019

(R$) Redução

(%)

Couve-flor cab. 3,75 3,33 -11,20

Mamão Formosa kg 3,50 3,47 -0,86 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Erva-mate

Na região dos vales do Taquari e Caí, a cultura está em período de intensa brotação.

Nesta época, os produtores estão realizando operações de colheita e preparo de áreas para

novos plantios. Há poucos registros de ataque de pragas. No último mês, os muitos dias

quentes não prejudicaram o desenvolvimento das erveiras, em virtude da abundância de

chuvas. Há uma leve retração no consumo devido ao período de verão. Os preços e a

comercialização da produção encontram-se estáveis pela procura e oferta equilibradas. A

erva-mate convencional tem valores entre R$ 12,00 e R$ 13,00/arroba (15 quilos de folha

verde). A nativa é comercializada por R$ 14,00/arroba. A nativa sombreada varia de R$ 14,00

a R$ 15,00/arroba, e a Orgânica varia de R$ 18,00 a R$ 20,00/arroba.

Na região da Produção, a cultura da erva-mate está em pleno desenvolvimento, com

práticas de colheita, monitoramento de pragas (broca da erva-mate e ampola) e controle de

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invasoras (roçadas). Na região, os preços variam entre R$ 10,00 e R$ 15,00/arroba entregue

na indústria, de acordo com o polo ervateiro e o padrão da matéria-prima.

Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, com a emissão de

brotações novas, nessa época ocorre o ataque da ampola, praga que se desenvolve nas

brotações jovens e causa prejuízos à qualidade da matéria-prima. A erva-mate orgânica

certificada é comercializada com preço em torno de R$ 18,00/arroba.

Criações

PASTAGENS

A fase é de desenvolvimento das espécies forrageiras, e de maneira geral a

ocorrência de chuvas com bons volumes, temperaturas e radiação solar adequada

favorecem tanto o campo nativo como as pastagens cultivadas, apresentando grande oferta

de matéria verde de qualidade. As pastagens naturais, apesar do bom crescimento,

apresentam-se mais fibrosas e com menor qualidade devido ao fim do ciclo destas

forrageiras; por isso, a importância de proceder-se a mineralização adequada do rebanho.

Sempre é importante que os produtores façam o ajuste da carga animal para obter

melhor aproveitamento. Os extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar também orienta os

pecuaristas para que façam diferimento de algumas áreas, deixando-as em pousio, para que

tenham abundância de pasto durante o outono.

Começam a ser implantadas as pastagens cultivadas de inverno.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Rebanhos entram no final de entoure, sendo esperados bons índices de prenhez,

devido às condições adequadas de alimentação durante o período. Para os pecuaristas que

finalizaram a inseminação artificial, recomenda-se fazer repasse com touros.

Iniciam os diagnósticos de gestação das matrizes inseminadas ou entouradas e o

aparte das vacas falhadas para engorde e descarte, dando maior atenção ao manejo

nutricional das prenhas e com cria ao pé.

Continuam os trabalhos e o monitoramento no controle dos ectoparasitas, mosca-

do-chifre e verminoses, pois devido à grande quantidade de chuvas nos meses de verão

aumentou a incidência de parasitas e do carrapato. Na região de Caxias do Sul, a infestação

por carrapatos e mosca-do-chifre continua intensa, obrigando os produtores a

intensificarem a utilização de produtos carrapaticidas e mosquicidas.

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A semana foi de clima favorável ao conforto térmico dos animais de sangue europeu,

permitindo que os animais se alimentem com mais conforto e regularizem seus hábitos

diários (pastoreio, descanso e ruminação).

Os preços da atividade estão se recuperando, com o aumento na procura de animais

em praticamente todas as categorias, principalmente novilhas prenhas, vacas com cria e

terneiros. O comércio de gado gordo, principalmente vacas falhadas e de terneiros para

engorda, também continua aquecido. Ocorre, no momento, acesso ao crédito para custeio

pecuário, porém pastagens de inverno somente começarão a ser cultivadas a partir da

segunda quinzena de março.

BOVINOCULTURA DE LEITE

É realizado o pastejo das culturas anuais de verão, principalmente o capim sudão, o

milheto e o sorgo, e também das culturas perenes, como as áreas com campo nativo,

braquiária e tífton, que estão em pleno desenvolvimento vegetativo e fornecem pastejo de

qualidade. Em algumas áreas de tífton, está presente a cigarrinha das pastagens, e

produtores estão sendo orientados sobre o controle.

Os produtores de leite intensificaram o uso de forragem conservada oferecida no

cocho, para manter a condição corporal e a produtividade dos rebanhos.

A produção está estável, pois as pastagens de verão ainda estão em boas condições

de uso, e o clima tem favorecido.

Os produtores praticamente já finalizaram a produção de silagem de milho e sorgo,

apresentando rendimento de 35 a 40 toneladas por hectare, na região de Santa Rosa.

Muitos produtores realizam corte do excedente de forragem para confecção de feno,

armazenando para alimentação principalmente na criação da terneira, da novilha e também

dos animais leiteiros, sendo importante fonte de fibra na dieta dos animais.

Inicia-se o planejamento para implantação de culturas de inverno visando à

diminuição dos efeitos do vazio forrageiro outonal; em muitas propriedades, já foi iniciada a

compra principalmente de centeio forrageiro e trigo duplo propósito, com finalidade de

pastoreio para implantação na primeira quinzena de março.

Produtores relatam boa regularidade no manejo reprodutivo, com adequado índice

de prenhez e cio das matrizes. Os animais estão em fase de parição, o que aumenta a

produção e produtividade dos rebanhos leiteiros. Produtores atentos à realização de um

bom período de pré-parto dos animais para evitar problemas como retenção de placenta,

hipocalcemia e outros decorrentes do período de transição, que podem acarretar em perdas

de produção se não forem prevenidos.

As condições sanitárias dos rebanhos estão satisfatórias, com exceção das

ectoparasitoses (carrapato e mosca-do-chifre) que têm demandado controle. Outro

problema sanitário frequente nessa época do ano é a tristeza parasitária, decorrente da

presença de carrapatos e moscas no rebanho bovino.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 15, 07 mar. 2019

Na última semana o forte calor voltou a prejudicar o pastejo, pois os animais

dificilmente pastejam nas horas mais quentes do dia, e os produtores aumentam o

fornecimento de silagem/feno/pré-secado para suprir o volumoso aos animais.

Na região de Erechim, produtores buscam capacitação e participação em programas

municipais de desenvolvimento da atividade leiteira, tendo como foco a qualidade do leite,

fortemente debatida na região do Alto Uruguai. O setor segue com fortes tendências de

tecnificação e aumento de escala.

Quanto à comercialização, o consumo continua reprimido pela crise econômica do

país, mantendo a estabilidade dos preços. Por outro lado, os produtores continuam

apreensivos quanto à importação de produto subsidiado, que pode levar a queda do preço

pago ao produtor, pois não houve uma solução adequada pelo Governo Federal. O preço do

litro do leite varia entre R$ 1,00 e R$ 1,40, e a variação está relacionada à escala de

produção e à qualidade do produto.

OVINOCULTURA

Boa oferta forrageira dos campos nativos e das pastagens de verão, mantendo uma

excelente condição corporal das fêmeas e cordeiros.

No rebanho ovino, estão ocorrendo a seleção de fêmeas e o preparo dos carneiros

para a estação de monta com a feitura do casqueamento, desvermifugação e exame

andrológico para o encarneiramento. Em algumas propriedades, foi iniciado o

encarneiramento, que deve ocorrer em no máximo 60 dias para concentrar lotes uniformes.

Outros produtores têm preferência para o encarneiramento de março-abril (dias mais

curtos).

Há incidência de endo e ectoparasitas; assim, o banho piolhicida e sarnicida deve ser

feito na janela entre janeiro e março. As guias de trânsito animal (GTA) só serão emitidas

mediante confirmação do banho. O ovinocultor deve fazer um controle adequado conforme

o calendário de dosificações estratégicas para controle da verminose. Outro problema

sanitário é a manqueira nos rebanhos devido à umidade.

Quanto à comercialização, continua estável. No entanto, o mercado ainda procura

animais para abate. Os preços da lã praticados por uma cooperativa de São Gabriel

continuam estáveis, com a Merina a R$ 26,00/kg, a Ideal a R$ 21,00/kg, a Corriedale de R$

9,00/kg a R$ 11,00/kg, Romney Marsh a R$ 7,00 e as raças de carne a R$ 4,50/kg. Ocorre a

comercialização de cordeiros. Preço estabilizado do cordeiro, capão e ovelha para abate.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 16, 07 mar. 2019

SUINOCULTURA

O preço pago ao produtor de suínos na última semana, na região da Produção,

apresentou uma pequena elevação em relação à semana anterior, com valores de R$

3,70/kg vivo ao produtor independente, enquanto que os integrados receberam o valor de

R$ 3,00/kg vivo. Na região de Erechim, os produtores que trabalham no sistema de parceria

estão recebendo entre R$ 27,00 e R$ 38,00/animal terminado. Os leitões estão cotados a R$

3,10/kg.

PISCICULTURA

Piscicultores se preparam para realizar despesca parcial e remanejo de alevinos. Com

as altas temperaturas, observa-se o aumento do arraçoamento. A alta temperatura

associada à alta luminosidade para o período é condição para observar a turbidez da água,

que pode ser afetada com o desenvolvimento das algas.

Preços praticados para peixes de água doce Produto/espécie Mínimo (R$/kg) Máximo (R$/kg) Carpa cabeça grande (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa cabeça grande (vivo) 5,50 7,00 Carpa capim (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa capim (vivo) 5,50 7,00 Carpa húngara (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa húngara (vivo) 6,00 8,00 Carpa prateada (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00 Carpas em geral (eviscerada) 14,00 15,00 Carpas em geral (postas) 22,00 25,00 Tilápia (filé) 27,00 32,00 Tilápia (vivo) 5,00 6,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais de Porto Alegre, Erechim e Passo Fundo. Nota: na região de Erechim, o filé de tilápia foi comercializado a R$ 25,00/kg e as carpas inteiras entre R$ 6,00 e R$ 10,00/kg, com preços estáveis.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 17, 07 mar. 2019

Dando sequência às comemorações do Informativo Conjuntural – Ano 30, reproduzimos abaixo parte da seção PISCICULTURA da edição nº 561, de 03 de março de 2000, uma das 51 edições daquele ano.

PESCA ARTESANAL

Na região de Pelotas, a safra do Camarão na Lagoa dos Patos continua com pouca

captura e de tamanho pequeno. Quanto às outras espécies, o volume também é baixo.

Iniciou-se a pesca na Lagoa Mirim e no canal de São Gonçalo, onde este ano há melhor

expectativa de pesca, devido ao nível da Lagoa Mirim estar mais elevado que de costume.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 18, 07 mar. 2019

Na região de Santa Rosa, a pesca artesanal enfrenta dificuldades características da

época, como a menor movimentação de peixes e também as oscilações do nível do rio, que

prejudicam a disposição de materiais como redes e espinhéis.

Na região de Porto Alegre, os pescadores artesanais de cabo continuam parados na

atividade ou mantendo-se por captura de iscas e venda de insumos para pescaria de mão.

Segue a safra de Camarão na Lagoa do Peixe. A oferta é mantida pela pesca embarcada. Em

Capão da Canoa, a Traíra foi comercializada a R$ 15,00/kg e o Jundiá a R$ 12,00/kg.

APICULTURA

Os enxames apresentaram boas condições sanitárias e nutricionais. Clima bom nas

regiões de clima seco para atividade dos enxames. No entanto, o excesso de chuvas e as

oscilações nas temperaturas em algumas regiões dificultaram bastante o trabalho das

abelhas campeiras; foi observada pouca entrada de néctar nas colmeias.

Nesta semana, ocorreu extração de mel para conclusão da safra, retirado de

melgueiras de caixas menos populosas, apesar de ainda ter boa florada. Em função do clima

ocorrido nos últimos meses (pancadas de chuva quase que diárias durante janeiro), a

colheita do mel branco foi significativamente prejudicada.

As floradas predominantes são de espécies nativas (cipós e carqueja) e de nabo, o

que motiva os produtores para uma recuperação da produtividade, já que o excesso de

chuvas prejudicou um pouco essa produção. Está iniciando a floração dos eucaliptos, espécie

melífera de grande importância para produção de mel nessa época do ano.

O crescimento excessivo da vegetação nativa exigiu roçadas nos apiários. Apicultores

já estão planejando e executando as últimas atividades de limpeza e adequação das

colmeias para enfrentar as adversidades características da estação do inverno, propiciando o

tempo necessário para o acúmulo de mel e pólen nas caixas, que servirão de alimento para

as abelhas nos próximos meses.

Em Pinheiro Machado, há vários relatos de mortes de enxames em apiários próximos

às lavouras de soja.

Na comercialização, houve uma pequena recuperação, mas com pouca agilidade,

com o mercado retraído à espera da produção de primavera em termos de volume. A

inclusão do mel nos mercados institucionais tem melhorado o preço pago ao produtor. Os

preços do mel para atacado e varejo se mantêm em grande variação. O preço praticado em

média para venda para grandes empresas é de R$ 10,00/kg e nas feiras na venda direta ao

consumidor é R$ 20,00/kg. Na região de Erechim, o pólen com embalagem de 130 gramas é

comercializado a R$ 15,00 e o própolis com embalagem de 100 ml é comercializada a R$

15,00. A venda a granel segue com baixa procura; na região de Porto Alegre, o preço está na

faixa de R$ 7,00 a R$ 9,00/kg de mel embalado em tambores.

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Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES (Cotações Agropecuárias nº 2065, 07 mar. 2019)

Produtos Unidade

Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior

Ano Anterior

Médias dos Valores da Série Histórica –

2014/2018

07/03/2019 28/02/2019 07/02/2019 08/03/2018 GERAL MARÇO

Arroz 50 kg 39,83 39,95 39,68 38,10 48,78 48,81

Boi kg vivo 5,19 5,17 5,17 5,30 5,97 6,10

Cordeiro kg vivo 6,32 6,31 6,29 6,34 6,44 6,30

Feijão 60 kg 177,38 178,13 167,82 142,06 203,69 219,60

Leite litro 1,14 1,13 1,10 1,02 1,22 1,19

Milho 60 kg 32,35 32,69 32,25 31,22 35,24 34,92

Soja 60 kg 70,55 70,25 68,61 75,25 81,37 82,86

Sorgo 60 kg 24,90 24,90 26,40 22,02 29,79 28,50

Suíno kg vivo 3,13 3,11 3,02 3,52 4,29 4,27

Trigo 60 kg 41,30 41,40 41,07 32,53 39,87 38,46

Vaca kg vivo 4,48 4,46 4,42 4,56 5,28 5,41

04-08/03

25/02-01/03

04-08/02 05-09/03

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2065 (07 mar. 2019). Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

Como o pesticida transgênico se degrada no solo

Esse defensivo geneticamente modificado faz com que a planta crie sua própria defesa

Um projeto realizado por Kimberly Parker, professora assistente de engenharia

energética, ambiental e química na Escola McKelvey de Engenharia da Universidade de

Washington, nos Estados Unidos, foi responsável pela criação de um método para descobrir

como o chamado "pesticida transgênico" se degrada no solo. Isso porque ele possui algumas

diferenças em relação aos defensivos tradicionais, mas a sua forma de aplicação é a mesma.

Nesse contexto, os pesticidas transgênicos conseguem controlar os insetos-praga,

comprometendo a capacidade do inseto de criar proteínas essenciais. Eles são silenciadores

de genes, quando uma praga come este pesticida, impede que a mesma produza proteínas

essenciais, levando ao crescimento atrofiado ou à morte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 20, 07 mar. 2019

No entanto, apesar de que esse novo mecanismo de defesa esteja dentro da planta,

ele se degrada no meio ambiente de forma parecida com os outros defensivos. Contudo,

antes que os pesquisadores possam buscar respostas para essas questões, é preciso haver

uma maneira de rastrear o pesticida e segui-lo à medida que ele se move e se degrada no

ecossistema.

A equipe de pesquisa desenvolveu um método para marcar uma molécula de

pesticida com um átomo radioativo, permitindo que eles a acompanhassem enquanto

passeava por sistemas fechados de solo representando diferentes cenários. Eles foram

capazes de quantificar o pesticida e seus componentes em apenas alguns nanogramas por

grama de solo.

Eles descobriram que as enzimas no solo podem quebrar o pesticida. Além disso, os

micróbios da terra "comem" o produto, bem como os fragmentos que as reações

enzimáticas deixam para trás. No entanto, em alguns solos, outro processo ocorreu, o

pesticida se liga às partículas, como minerais e detritos orgânicos. “No solo agrícola”, diz

Parker, “há adsorção”, quando as moléculas aderem a uma superfície. "O pesticida gruda na

partícula do solo", diz ela.

“Descobrimos que as partículas do solo podem realmente ter um efeito protetor

sobre o pesticida, diminuindo a taxa de degradação. As enzimas e micróbios têm mais

dificuldade em decompor os pesticidas que se ligam ao solo”, conclui.

Fonte: Agrolink (publicado em 06/03/2019)

UE propõe não renovar aprovação de fungicida

A data final para comentários é 30 de abril de 2019.

A Comissão Europeia propôs a não renovação da aprovação da substância ativa

tiofanato-metilo. De acordo com os especialistas, esse produto é um membro do grupo dos

fungicidas benzimidazol, que atua como preventivo e curativo, não podendo ser aplicado em

terrenos agrícolas adjacentes a cursos de água devido à sua contaminação.

Segundo a Comissão, os Estados-Membros da União Europeia (EU) devem retirar as

autorizações relativas a produtos que contenham tiófano-metilo como substância ativa, o

mais tardar seis meses a contar da data de entrada em vigor do possível regulamento. Além

disso, a Comissão indicou também que qualquer período de carência concedido pelos

Estados-Membros expirará por, no máximo, 12 meses, sendo que a data final para

comentários é 30 de abril de 2019.

No Brasil, o produto é bastante utilizado para combater fungos em diversas culturas

importantes, como banana, citros, feijão, maçã, manga, morango, soja foliar e na semente e

tomate. No entanto, os especialistas advertem que é necessário seguir totalmente as

instruções de uso, bem como também respeitar o período de intervalo estipulado para cada

cultura.

Não é recomendado entrar na área em que o produto foi aplicado antes da secagem

completa da calda, que dura no mínimo 24 horas após a aplicação e, caso necessite entrar

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1544, p. 21, 07 mar. 2019

antes desse período, é necessário utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI)

recomendados para o uso durante a aplicação. No entanto, o produto não é fitotóxico para

as culturas indicadas, quando aplicado conforme instruções de uso.

Fonte: Agrolink (publicado em 07/03/2019)