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Suplementação esportiva 1 Suplementação Esportiva Profª. Daniela Caetano Gonçalves / Prof. Francisco Navarro

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Suplementação esportiva

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Suplementação EsportivaProfª. Daniela Caetano Gonçalves / Prof. Francisco Navarro

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Suplementação esportiva

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Suplementação Esportiva 3Introdução 3

Suplementação 5

Ingestão Dietética 6

Grupo A – Suplementos Aprovados 7

Grupo B - Suplementos Sob Consideração 19

Grupo C – Suplementos que não apresentam provas ou Efeitos 23

Grupo D – Suplementos Banidos 29

Referências 33

SUMÁRIO

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SUPLEMENTAÇÃO ESPORTIVA

Introdução

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS ERGOGÊNICOS “CONTEMPORÂNEOS”

Nos tempos atuais a diversidade de “substâncias ou meios capazes de melhorar as capacidades físicas/desempenho humano” (recursos ergogênicos) é bastante grande. Dentre estas estão as drogas e hormônios como a eritropoetina que estimula a produção de eritrócitos, assim, reduzindo as chances de anemia ou o GH que aumenta o crescimento, a mobilização dos ácidos graxos livres e a gliconeogênese.

FARMACOLÓGICOS (MEDICAMENTOS [DROGAS] E HORMÔNIOS)

» Esteróides anabólicos – androgênicos (EAA)

» Epoetina (rEPO)

» Eritropoetina (EPO)

» Hormônios do crescimento (GH)

» Hormônios peptídicos e análogos

São diversas as formas de recursos ergogênicos, por exemplo, utilizar a creatina com objetivo de aumentar a fonte energética consequentemente otimizar o processo de obtenção de energia rápida. Tal método é utilizado sobrepondo os níveis atuais (fisiológicos) do indivíduo.

No caso do doping sanguíneo acontece a infusão de eritrócitos com objetivo de aumentar a quantidade de hemoglobinas, maximizando o transporte de oxigênio. Neste recurso, em função da sobrecarga, eleva-se o risco de complicações cardiovasculares.

FISIOLÓGICOS (NATURAIS E COMO SOBRECARGA)

» Sobrecarga de bicarbonato

» Dopagem sanguínea

» Carnitina

» Colina

» Creatina

» Sobrecarga de fosfato

Os recursos que estimulam melhor resposta do Sistema Nervoso Central (SNC) são utilizados com objetivo de diminuir a percepção de fadiga além de melhorar sua recuperação, aumentar a concentração, estado de vigília e a autoconfiança.

Por exemplo, as anfetaminas aumentam a excitação, a cafeína pode melhorar o desempenho do SNC, além de aumentar também a utilização das gorduras.

Vale lembrar que alguns destes recursos são ilegais.

PSICOLÓGICOS (ESTIMULANTES DO SNC E SIMPATICOMINÉTICOS)

» Anfetaminas

» Agonistas beta 2 (Clenbuterol)

» Cafeína

» Cocaína

» Efedrina

» Fenilpropanolamina

» Pseudo-efedrina

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A exploração de nutrientes como recurso ergogênico é bastante comum. Diversos estudos são realizados analisando a resposta do desempenho das capacidades físicas e sua relação com determinados nutrientes, além das estratégias de uso com questões como: “Qual é o momento?” ,“Qual a quantidade?” e “Como utilizar?”

Contudo, temos como exemplos de nutrientes utilizados o boro, visando aumentar a força muscular, o cromo, potencializar a ação da insulina e aminoácidos, auxiliando o crescimento muscular e aumentando a liberação de hormônios anabólicos.

NUTRICIONAIS (ALIMENTOS E BEBIDAS)

» Aminoácidos

» Vitaminas antioxidantes

» Aminoácidos de cadeia ramificada (ACCR)

» Ginseng (ginsém)

» Dieta rica em gorduras

» Minerais

» Boro

» Cálcio

» Cromo

» Ferro

» Zinco

EFICIÊNCIA

EFEITO PLACEBO (ORIGEM DO LATIM: ”EU DEVO AGRADAR”)

Trata-se de uma substância semelhante à utilizada nos recursos ergogênicos, porém, incapaz de influenciar no desempenho.

É uma questão bastante discutida, devendo ser utilizada de forma criteriosa, principalmente quando se trata de pesquisas científicas.

Contudo é necessário e eficaz para que seja possível realizar o controle e observação de indivíduos, por exemplo, como já foi descrito em grupos que obtiveram ganhos de desempenho em sua utilização, mas estas pessoas não tinham de fato conhecimento sobre o potencial efeito da substância em si.

PLACEBO

Wickramasekere (1980)

“Terapias bem sucedidas requerem a combinação apropriada entre fé e ciência.”

Biofeedback and self-regulation. 5:1, 5-14,1980

Além das substâncias, recursos ergogênicos também são os meios que podem melhorar o desempenho, ou seja, o objetivo é de intervir com algo que possa levar ao sucesso, assim mostra ser o placebo.

Apresentação do produto

Pesquisa: (J.Clin. Pharmacol. 2:245-48,1982)

Pílulas

Vermelhas versus Brancas

Maiores versus Menores

Cara versus Barata

A forma como o produto é apresentado demonstra influência sobre o indivíduo que fará uso, como exemplo, esta pesquisa demonstra que pílulas de cor vermelha ou laranja (cores quentes/vivas) são mais suscetíveis à estimular que outras de cores diferentes como azul ou verde, o mesmo serve para crer que a maior pílula terá mais efeito que a menor, assim como a mais cara em relação a mais barata.

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Forma de prescrição - Pesquisa

(Lancet. 344: 995-998,1994)

Tabletes de açúcar com autoridade

Princípio ativo prescrito sem conexão com o paciente

No caso de uso clínico, para tratamento de doenças envolve outro aspecto que é a forma com que tal substância foi prescrita, seu fim e a doença envolvida, sendo necessário que haja conhecimento sobre o momento de fazer uso, pois é sabido que nestes casos apenas uma parcela responde positivamente.

Fonte: Wilmore e Costil, 2002

Fonte: Wilmore e Costil, 2002

Conforme foi mencionado, pesquisas demonstram resposta positiva ao manifestar força no grupo que utilizou o placebo.

Suplementação

SUPPLEMENTU – LATIN

A palavra suplemento originada do latin “supplementu”, é um substantivo masculino que tem como significado: 1. o que serve para suprir, suprimento. 2. o que se dá a mais: suplemento salarial. 3. parte que se adiciona a um todo para ampliá-lo, esclarecê-lo ou aperfeiçoá-lo.

(Ferreira, 1986)

Desta forma é possível refletir sobre a forma com que os suplementos são utilizados. Na maioria das vezes estão substituindo a alimentação, quando deveriam de fato auxiliar em parte de uma necessidade nutricional específica.

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Suplementação esportiva

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AIS (AUSTRALIAN INSTITUTE OF SPORT)

SUPLEMENTO ESPORTIVO

Pílulas, porções, cápsulas ou pós. Fornecem substâncias em quantidades supra-fisiológicas.

ALIMENTO ESPORTIVO

Barras energéticas, bebidas, gel, versões modificadas de alimentos do cotidiano e outros produtos comestíveis. Tem com objetivo repor os nutrientes em quantidades próximas às recomendadas.

(www.ausport.gov)

Definição de “Suplemento Esportivo” e “Alimento Esportivo” pelo Instituto Australiano do Esporte.

Os diferentes produtos apresentam diferenças importantes, principalmente quando se tratam de fatores relacionados aos valores nutricionais, especificidade e objetivo, fatores que devem ser observados para o uso correto.

PORQUE AS PESSOAS UTILIZAM SUPLEMENTOS ?

A propaganda que nossa dieta não é saudável está gravada no mais profundo sub-consciente. Portanto, os suplementos nutricionais seriam responsáveis por balancear a nossa dieta e suprir nossa necessidades.

Read (2000)

Países desenvolvidos apresentam dados de maior expectativa de vida, é fato que fatores nutricionais estão diretamente envolvidos, colaborando para esta estatística quando se trata de uma dieta equilibrada.

Nos dias atuais são observadas mudanças em hábitos alimentares, principalmente nos países ocidentais onde está aumentando a incidência de distúrbios causados por carência ou excesso.

Ingestão Dietética

• Anamnese alimentar

• Questionário de 24 horas

• Dia alimentar habitual

• Questionário de frequência alimentar

• Registro alimentar de 3, 4 ou 7 dias

• Observação da ingestão

• Consumo doméstico de alimentos

Dados sobre o de tipo alimento consumido além de sua frequência (dias e semanas) ajudam a estabelecer parâmetros para uma prescrição ideal da dieta., tornando possível o controle sobre o balanço energético (relação da quantidade de fontes de energia [gorduras, carboidratos e proteínas] consumida e a energia gasta).

Países Desenvolvidos

LongevidadePesoAltura

Tempo de atividade sexual

Alimentação

Carência? Ou excesso?

OBESIDADE!

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FATORES ESTRESSORES

Qualquer fator estressor seja físico ou psicológico, será um estímulo que acarretará em um desequilíbrio do meio interno, onde respostas fisiológicas ocorrerão a fim de estabilizar a condição da quebra do estado estável. Este estímulo gera adaptações agudas e se este permanecer com certa frequência (dias, semanas ou meses) deverá gerar adaptações crônicas. Estas adaptações podem ser positivas ou negativas para a saúde geral, sendo definidas a partir da origem destes estímulos.

Grupo A – Suplementos Aprovados

• Creatina

• Glicerol

• Antioxidantes:vitaminas C e E

• Cafeína

• Colina

• Bicarbonato de Sódio

• Bebidas esportivas

• Refeições repositoras líquidas

• Gel esportivo

• Barras esportivas

• Suplementos multivitamínicos/minerais

• Suplementação com ferro

• Suplementação com cálcio

• Glucosamina

Fonte:AIS(2002)(http://www.ais.org.au/nutrition/SuppPolicy.htm)

Uma série de suplementos foram aprovados, a partir de pesquisas que comprovaram sua eficácia, mostrando que sua ingesta deverá trazer benefícios quando bem orientado. Estes recursos ergogênicos colaboram para o desempenho por meio de processos que garantem a fonte e energia ou nutrientes necessários para o bom funcionamento de do organismo.

Fornecem uma fonte de nutrientes útil e adequada quanto ao horário para a dieta do atleta;

Ou demonstrou em pesquisas científicas promover benefícios de performance, quando usado num protocolo específico, numa situação esportiva específica.

CREATINA

A creatina é um componente de ocorrência natural (presente nos alimentos e também sintetizado no corpo) que se encontra principalmente no músculo esquelético (95% da creatina do organismo). Apesar dessa concentração na musculatura esquelética, a creatina é produzida principalmente no fígado, sendo somente enviada aos músculos, neste tecido, cerca de 60% se encontra na forma de creatina fosfato.

INTERESSE GERAL

“De forma ampla pode-se dividir os exercícios em de “curta intensidade e alta duração” e “prolongado, submáximo”. Durante muitos anos os carboidratos foram utilizados com o intuito de influenciar o desempenho dos exercícios prolongados, mas até recentemente não havia pouca evidência científica de algum tipo de suplementação dietética que pudesse influenciar o exercício de alta intensidade”

Pressões do ambiente externo

Desequilíbrio domeio interno

AdaptaçõesResposta

JejumAtividade física

FrioCalor

AltitudeFatores psicológicos

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Assim o advindo da suplementação de creatina pode suprir esta necessidade, por influenciar nos exercícios de alta intensidade. Tal característica deu à creatina uma grande atenção como auxílio ergogênico.

Os atletas procuram por qualquer suplemento que lhes possa fornecer um aumento adicional de 2 ou 3% no desempenho. Estima-se que até 80% dos atletas que participaram dos Jogos Olímpicos de Atlanta consumiram a creatina (Williams, Kreider and Branch, 1999). Em uma década a creatina transformou-se de um substrato muscular descrito apenas em livros textos para o suplemento mais vendido e estudado do mundo.

Com certeza tal fenômeno ocorreu por ter envolvido grandes estudos no período que precede esta explosão nas vendas. A comprovação de seus reais benefícios trouxe interesse, consequentemente aumento o consumo e questões que desencadearam novos estudos.

PAPEL NO ORGANISMO

“No ser humano quantidade total de aproximadamente 120g, sendo as mesmas degradadas à creatinina numa taxa de 2g/dia”.

“A maioria da creatina está no músculo esquelético, estando 65% na forma fosforilada”.

“Essa quantidade de creatina fosfato no músculo poderia manter um exercício máximo por cerca de 6 s, dessa forma a creatina pode manter a taxa de ressíntese de ATP em uma única tentativa máxima ou durante tentativas máximas repetidas”.

IMPORTÂNCIA DA CREATINA PARA O EXERCÍCIO MÁXIMO DE ALTA INTENSIDADE

“Embora esse tipo de exercício utilize-se de creatina e de glicogênio, foi demonstrado que a fadiga ocorre quando ainda existem concentrações relativamente altas de glicogênio na fibra (11, músculo misto). Também observou-se uma diminuição progressiva da contribuição da glicogenólise para a produção de ATP nesse tipo de exercício (11,16 em séries sucessivas de exercícios dinâmicos)”.

“Em relação ao esporte a creatina pode ser considerada para uma simples execução, para a fase de recuperação ou para séries repetidas de exercício”.

“Após o exercício físico de alta intensidade, a reserva muscular de creatina fosfato está quase depletada - Bogdanis et al (7). Apenas 7%, em outro estudo (21, 22)”.

“..., o declínio na produção de ATP durante o exercício tem sido atribuído por numerosos autores a uma reduzida capacidade de sintetizar ATP, isso em decorrência da diminuição na disponibilidade de CP (24)”.

“Katz et al (23, 1986) demonstraram que a fadiga durante o trabalho de curta intensidade, exaustivo está mais correlacionada com a baixa concentração de fosfato do que com a alta concentração de lactato. Isso sugere que a falta de substrato e não a inibição por produto pode ser um importante determinante na fadiga nesse tipo de exercício”.

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Em tentativas repetidas a restauração do pico isométrico de força, pico de potência e produção média de potência foi dependente do grau de restauração de CP na Segunda tentativa.

FASE DE SOBRECARGA

É preciso promover um aumento de pelo menos 20% no estoque intramuscular para que a suplementação funcione Mesa et al., 2002).

Dessa forma, a utilização de creatina consiste em duas etapas: aumento do estoque intramuscular (sobrecarga) e a manutenção desse estoque nesse novo patamar.

Exemplos de desempenhos esportivos que teoricamente podem ser aumentados com a suplementação de creatina

Mais CP Ressintese de CP aumentada

Acidose muscular reduzida

Metabolismo oxidativo

Aumento da capacidade de treinar

Aumento da massa corporal/muscular

Provas de velocidade: 100, 200m

Basquete Remo Basquete A maioria das modalidades

Culturismo

Velocidade na piscina: 50m

Vôlei Natação: 100, 200m

Futebol Lutadores peso pesado

Ciclismo de perseguição

Eventos de pista: 400, 800m

Handebol Power Lifting

Vôlei Rugby

Arremesso martelo e peso, lançamento de disco

Weightlifting

Fonte: Williams, Kreider e Branch (1999).

Maneira utilizada para promover a sobrecarga é por meio de múltiplas doses diárias de creatina (Harris et al., 1992).

Qual o tipo de creatina mais utilizado em estudos? CREATINA MONOIDRATO.

O protocolo clássico para aumento do estoque intramuscular de creatina ficou conhecido como “carga rápida de creatina”.

Tal protocolo consiste em consumir 4 a 6 doses diárias de 5 g de creatina monoidrato durante 5 dias (Harris et al., 1992).

O consumo de 5 g a cada dose é ideal pois com isso atinge-se a concentração plasmática máxima de creatina (ideal para promover a captação muscular).

Essas doses deveriam ser consumidas com intervalos de 5-7 horas (período necessário para a concentração plasmática retornar aos valores basais – Harris et al., 1992; Green et al., 1996).

Conteúdo de creatina em alimentos selecionadosAlimento g/kg

Camarão traço

Bacalhau 3

Atum 4

Salmão 4,5

Arenque 6,5 - 10

Carne de vaca 4,5

Porco 5

Leite 0,1

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O consumo de 3 g por dia promove o aumento do estoque em 28 dias (Hultman et al., 1996). Esse seria um tipo de protocolo lento de sobrecarga.

Estudos recentes sugerem que não são necessários 5-7 dias para promover a sobrecarga de creatina (período mais utilizado em diversos estudos).

Mesa e colaboradores (2002) propõem: Consumo por 2 dias. Isso têm importante impacto na economia de produto.

OTIMIZANDO A SOBRECARGA

“...30% dos indivíduos são “não responsivos” – isto é, eles falham em aumentar os estoques intramusculares de creatina em concentrações suficientes para diferenças no metabolismo possam ser detectadas (Spriet, 1997;Greenhaff, 2000).”

TIPO DE FIBRA MUSCULAR

“O metabolismo de creatina foi avaliado com as seguintes técnicas: séries únicas de exercício máximo provocadas por contração isométrica eletricamente estimulada (24); contração isocinética voluntária (30); e corrida em esteira (31)”.

“Todos esses estudos demonstraram que a utilização de creatina é de 10-33% maior nas fibras do tipo II em comparação às do tipo I”.

“O estudo de Soderlund e col (24), até 2000 o único a investigar o uso de creatina em fibras do tipo I e II durante o exercício, demonstrou que na Segunda metade de uma tentativa de 20s, a redução na CP da fibra do tipo II, foi até 4 vezes maior. Isso pode estar relacionada com a queda na produção de força observada no mesmo estudo”.

OTIMIZANDO A SOBRECARGA

“A co-ingestão de quantidades substânciais de carboidratos (75-100g) com doses de creatina tem demonstrado aumentar o acúmulode creatina (Green et al., 1996a,b) e ajudar os indivíduos a atingir o limiar muscular de creatina (160 mmol.kg de peso seco).” – Mesa et al., 2002

“Estes achados sugerem que para maximizar a captação de creatina, é necessário um período pré-suplementação com baixa ingestão de creatina.”

PROPOSTA DE SOBRECARGA

Mesa et al.; 2002

FASE DE SOBRECARGA

20 g de creatina (4 doses de 5 g)

2 dias

1º dia – 5 g de creatina + 90-100 g de CHO simples (em 500 ml)

2º dia – 5 g de creatina + 40-50 g de carboidratos e 50 g de proteínas (em 500 ml)

* As soluções contendo carboidratos devem ser consumidas 30 minutos depois da Cr

FASE DE MANUTENÇÃO

Doses de 3-5 g por dia consumidas com carboidratos (esses 30 minutos depois);

Consumir 3 a 4 vezes por semana ao invés de diariamente.

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AUSÊNCIA DE EFEITO

Aspectos interessantes para considerar na análise da creatina quanto ao seu efeito ergogênico:

• dose;

• indivíduos treinados versus não treinados;

• estudos de laboratório versus estudos de campo;

“Mujika e Padilha (1997) realizaram uma meta análise e concluíram que a suplementação de creatina apresenta efeito benéfico em indivíduos não treinados mas apresenta pouco efeito sobre o desempenho de atletas treinados. O motivo seria o fato de que o treinamento otimizaria o metabolismo de creatina adaptando-o às necessidades do indivíduo”.

Aspectos interessantes para considerar na análise da creatina quanto ao seu efeito ergogênico:

• Número de indivíduos;

• Pequeno período de administração da creatina;

• Fora das características do esporte específico;

• Estudos mensurando coordenação ao invés de força;

EFEITOS SOBRE O DESEMPENHO

“A suplementação também pode levar à saturação (Harris, Soderlund e Hutman, 1992)”.

“A suplementação pode aumentar as concentrações de repouso, mas não a taxa de ressíntese durante e após o exercício de contrações isométricas intermitentes”.

“Os dados laboratoriais sobre os efeitos da creatina no desempenho não são consistentes (Williams e Branch, 1998; Williams, Kreider and Branch, 1999)”.

“Os dados obtidos a partir de estudos de campo também fornecem resultados contraditórios”.

“Para avaliar adequadamente o impacto da creatina sobre o desempenho, deve-se considerar a duração da atividade. Essa divisão foi feita por Williams and Branch (1998):

4 a 30s (dependentes do sistema dos fosfagênios (GrupoA)

30 a 150 s (dependente de glicólise anaeróbia) (GrupoB)

> 150 s (glicolíse aeróbia) (Grupo C)

Os estudos do grupo A, revelaram os seguintes efeitos sobre a suplementação de creatina:

Ela pode melhorar a força e a resistência isotônica Ela pode aumentar o torque isocinético Foi observado uma melhoria significativa na força isométrica.

Resultados mistos nos estudos com ergômetros de braço ou cicloergomentros com duração igual ou menor que 30s, ainda que a maioria dos indivíduos no grupo A beneficiou-se com a suplementação.

Repetindo“Da mesma forma que a creatina acumula-se gradualmente, uma vez cessada a graduação a concentração muscular de creatina fosfato diminui do mesmo modo (4 semanas de acordo com Jacobs, Bleue, and Goodman, 1997)”.

“Harris, Soderlund e Hultman, 1992; demonstraram que mais importante que a quantidade ingerida para determinar a quantidade de aumento nas concentrações intracelulares de creatina fosfato é a concentração inicial antes da suplementação. O menor conteúdo inicial resultou em maiores aumentos”.

Pode-se utilizar essa argumentação para justificar a importância de suspender o consumo entre 2 fases de treinamento de alta intensidade.

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Nos estudos sobre o grupo B ou C, a maioria dos estudos de laboratório ou de campo não apoia qualquer benefício da creatina.

As falhas no delineamento experimental pode explicar parte das divergências nos estudos da creatina, Fatores da dieta que podem influenciar são: ingestão de carboidratos, ingestão de cafeína, condição de vegetariano).

Aplicação da suplementação

Fique atento para o fato que a maioria desses estudos são na verdade com tentativa repetidas em ciclo ergômetro e não séries na musculação por exemplo. Além disso, muitos estudos repetidos a sessão é de 30s máximos. O treino de hipertrofia não está no máximo do músculo.

ALIMENTO X SUPLEMENTO

“Uma dose de 5g de creatina, por exemplo, corresponde ao conteúdo de 1,1 Kg de bife fresco e não cozido (Harris, Soderlund, and Hultman, 1992).”

“Não necessariamente o vegetariano se beneficia mais, pois apesar das diferenças nas concentrações plasmáticas, as teciduais parecem equivalentes à dos não vegetarianos (idem anterior)”

“Estima-se que as necessidades alimentares de creatina para um homem de 70Kg sejam por volta de 2g/dia (idem anterior)”

Possível necessidade de creatina - “....a concentração de creatina não é restaurada nas fibras do tipo II nos primeiros minutos após o exercício na mesma extensão que ocorre nas fibras do tipo II”. Assim, na Segunda série até (4 min pela ref 4) a concentração inicial de creatina pode estar diminuída nas fibras do tipo II.

No estudo 4, “Claramente, a menor disponibilidade de CP nas fibras do tipo II traduziu-se numa queda marcante da utilização de fosfocreatina (+- 33%) o que poderia explicar a redução na capacidade de trabalho (+-40%) durante a Segunda sessão de exercício. Nas fibras do tipo, cuja recuperação foi quase completa entre as duas sessões de exercício, não houve menor utilização de creatina na 2a tentativa”.

EFEITO SOBRE O ORGANISMO

“Muitos estudos têm avaliado como a suplementação de creatina resulta em mudanças na concentração de lactato após o exercício bem como em mudanças na composição corporal”.

“Embora a pesquisa ainda não tenha fornecido uma resposta clara para essa questão, muitos fisiculturistas acreditam que a creatina tenha função anabólica em função de seu envolvimento na fisiologia muscular”.

“Não há relação aparente entre a concentração plasmática de lactato após o exercício e o efeito da creatina sobre o desempenho”.

“A maioria dos estudos que utilizaram a suplementação de creatina por curtos períodos demonstrou aumento na massa corporal de indivíduos de diversos grupos”.

“Williams, Kreider and Branch, afirmaram que de modo geral, o efeito da creatina é em função da retenção intracelular de água, ainda que já tenha sido documentada a síntese proteíca”.

EFEITOS NEGATIVOS

“Não se conhece efeitos tóxicos da suplementação de creatina, apesar das quantidades relativamente grandes que os atletas consomem desse suplemento”.

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“A preocupação quanto ao consumo crônico de altas doses de creatina desse ao fato de ela ser um composto nitrogenado o que poderia causar algum comprometimento renal”.

“Infelizmente, os dados sobre os efeitos da creatina sobre a função renal são limitados”.

“Um possível perigo decorre do fato que muitos atletas tomam anti-inflamatórios não esteróidais, e essas substâncias são potencialmente tóxicas para os rins. Entretanto, não se sabe se isso pode ocorrer”.

“Outro risco potencial pode ser a sobrecarga de compostos nitrogenados decorrente da utilização de creatina em conjunto com proteínas. Sugere-se que seriam necessários pelo menos 2 anos de estudo para avaliar tal questão (Parving, 1997)”.

“Alguns dados a respeito do uso prolongado da creatina por atletas e função renal foram publicados, Poortmans and Francaux (1999), foi avaliado o consumo por um período de 1 a 5 anos. Não foram observadas diferenças na função renal dos indivíduos em relação ao controle”.

Casey and Greenhaff (2000) - Does dietary creatine supplementation play a role in skeletal muscle metabolism and performane? (A.J. Clinical Nutrition)

GLICEROL

Álcool de três carbonos que constitui o esqueleto do ácido graxo.

Os indivíduos não estão interessados no potencial energético do glicerol e sim em agente de hiper-hidratação.

A ingestão de glicerol via glicerina ou suplementos esportivos resulta em rápida distribuição pelos comportamentos do corpo.

Quando uma quantidade substancial de líquido é ingerida junto com glicerol ocorre a retenção desse fluido nos comportamentos de líquido.

Ingestão eficiente – 1-1,5 g/Kg de glicerol com 25-35 ml/Kg de água.

Normalmente ocorre a retenção de 600 ml de líquido.

Pode ocorrer náusea, angústia gastrointestinal e dores de cabeça devido a pressão intracraniana aumentada.

O glicerol mantêm a hidratação por mais tempo, daí o fato do interesse como agente de hiperhidratação. Durante o período de treinamento há tendência para que ocorra desidratação, levando a fadiga, o glicerol retarda este processo tornando maior o período até que seja constatado desidratação.

A ingestão eficiente segue determinados protocolos, mesmo assim é observado possíveis efeitos colaterais, além disso não apresentar um bom sabor.

ANTIOXIDANTES

OS ANTIOXIDANTES NA PRÁTICA DO EXERCÍCIO

O exercício pode estar associado com aumento de 10-20 vezes no consumo O2.

O fluxo de oxigênio para as fibras musculares periféricas pode aumentar de 100-200 vezes.

Estudos dos anos 80-90 demonstraram que a produção de EROS em exercícios intensos supera o sistema antioxidante de defesa.

O resultado é o estresse oxidativo.

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A magnitude do estresse depende da capacidade do sistema antioxidante detoxificar as EROS.

Os antioxidantes endógenos atuam com os oriundos da dieta.

A suplementação com antioxidantes provavelmente fornece proteção contra o dano tecidual provocado pelo estresse oxidativo.

“É prudente que atletas competitivos, engajados em rotinas de treinamento intensivas, verifique as suas necessidades de antioxidantes.”

Suplementação com Tocoferol (900 UI/dia por 6 meses) em nadadores treinados não alterou o desempenho nem a resposta plasmática de lactato (Lawrence et al 1995). Suplementação com 800 UI/dia por 4 semanas não influenciou a sobrecarga necessária para correr a 80% do VO2máx (Golfarb et al 1989).

Voluntários consumindo 400 UI/dia durante 6 semanas não apresentaram diferenças no tempo de pedal ou tempo na natação (Sharman et al 1976).

TOCOFEROL

Suplementação com Tocoferol (900 UI/dia por 6 meses) em nadadores treinados não alterou o desempenho nem a resposta plasmática de lactato (Lawrence et al 1995). Suplementação com 800 UI/dia por 4 semanas não influenciou a sobrecarga necessária para correr a 80% do VO2máx (Golfarb et al 1989). Voluntários consumindo 400 UI/dia durante 6 semanas não apresentaram diferenças no tempo de pedal ou tempo na natação (Sharman et al 1976).

O Tocoferol (vitamina – E) previne a formação de radicais livres, atuando sobre a formação de moléculas instáveis de oxigênio, além de melhorar a circulação. Em diversos estudos, utilizando diversos protocolos, não demonstrou ser capaz alterar o desempenho. Mas vale lembrar que mesmo não apresentando alterações no desempenho, é necessário que realize seu consumo para auxiliar no bom funcionamento do organismo.

COENZIMA Q10 (UBIQUINONA OU UBIQUINONA-10)

TEORIA:

• Como esta envolvida no processamento do oxigênio na mitocôndria das células (como as cardíacas e as musculares esqueléticas), poderia aumentar o desempenho em atividades aeróbias;

• Atua como antioxidantes e poderia poupar o músculo dos efeitos deletérios dos radicais livres (ex. lesão muscular).

A grande quantidade consumida de suplementos vitamínicos vêm de um vício cultural, além do fato de que a dieta no mundo atual não garante os níveis adequados para ingesta de vitaminas. Tratando-se de dieta, tal fato é observado em atletas que ingerem poucos alimentos em função da característica da modalidade que pratica, ou como naqueles grupos que o consumo excessivo de determinados nutrientes diminui a absorção de vitaminas.

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EFICÁCIA:

• Alguns estudos demonstrando os efeitos benéficos da coenzima Q10 apresentam falhas em seu arranjo experimental;

• Outros estudos (melhor controlados) utilizando doses entre 50-150 mg.dia por períodos de 4 a 8 semanas (usando a coenzima isolada ou associada a outros suplementos) não observaram efeitos no metabolismo aeróbio ou anaeróbio;

• O tempo ate a exaustão em dois estudos utilizando cicloergometro não demonstraram resultados ergogênicos.

Quando existe falta de vitaminas no corpo, ou mesmo quando a quantidade de determinada vitamina for insuficiente, o uso de suplementos vitamínicos deverá atender a necessidade diária e assim colaborar para o desempenho, porém tal influência foi gerada por que de fato o indivíduo estava em déficit, diminuindo seu desempenho, e uma vez que restabelece a condição ideal de vitaminas aprimora suas capacidades, nada além disso.

SEGURANÇA:

• Embora as doses utilizadas pareçam seguras, doses maiores podem levar a pressões anormais nos espaços teciduais.

A hipervitamonose, nível alto no organismo (maior que o necessário), pode apresentar sintomas tóxico referente a determinada vitamina que está em excesso.

VITAMINAS

“As pílulas com vitaminas e minerais representam a forma mais comum de suplemento nutricional usada pelo publico em geral, perfazendo de 70 a 90% de todos os suplementos existentes no mercado”.

“Se as deficiências de vitaminas e minerais se tornam evidentes, elas ocorrem com freqüência entre os atletas vegetarianos ou os grupos de atletas com baixa ingestão energia (bailarinas, ginastas e atletas cujo desporto e classificado de conformidade com o peso corporal), ou onde as grandes quantidades de alimentos processados e açucares simples constituem uma parte significativa da dieta (atletas de endurance)”.

“Em comparação com o estado deficiente, os suplementos vitamínicas podem reverter os sintomas de deficiência vitamínica e aprimorar o desempenho nos exercícios”.

“Uma vez curada a deficiência, os suplementos não conseguem aprimorar ainda mais o estado normal”.

“Os mais de 40 anos de pesquisa não confirmam a sabedoria de utilizar suplementos vitamínicos para melhorar o desempenho nos exercícios ou a capacidade de treinamento árduo em pessoas sadias nutricionalmente adequadas”.

“Na maioria dos casos, a perda de vitaminas hidossoluveis no suor, ate mesmo durante uma atividade física extrema provavelmente é negligenciavel”.

FONTES DIETÉTICA RICAS DE ANTIOXIDANTES

Beta-caroteno: compostos pigmentados ou carotenóides que conferem sua coloração amarelada, laranja e verde aos vegetais ricos em folhas e frutas. Os exemplos incluem cenouras, os vegetais com folhas de coloração verde escura, tais como espinafre, brocolois, nabos e beterrabas; batatas doces, abóbora, damascos, melão, manga e mamão.

Vitamina C: frutas e sucos críticos, repolho, brócolis, nabos verdes, melão, pimentões doces verdes e vermelhos e bagas.

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Vitamina E: aves, frutos do mar, óleos vegetais, germe de trigo, óleos de fígado de peixe, Pães de grãos integrais e cereais enriquecidos, nozes e sementes, feijões secos, vegetais com folhas verdes e ovos.

Zinco – Função: componente de varias enzimas que participam no metabolismo energético. Cofator para a anidrase carbônica. Fontes: Ostras, germe de trigo, carne de gado, carne de ave escura, cereais integrais, fígado.

Cobre – Função: necessário para sintetizar o citocromo oxidase e para a utilização do ferro. Componente da ceruloplasmina, componente da superoxido dismutase. Fontes: fígado, rim, moluscos, cereais integrais, legumes, nozes, ovos.

Cromo – Função: aprimorar a ação da insulina. Fontes: Cogumelos, ameixas, nozes, pão e cereal de grãos integrais, levedura de cerveja.

Selênio – Função: funciona como antioxidante com a glutationa peroxidase. Complementa a função da vitamina E. Fontes: frutos do mar, rim, fígado.

CAFEÍNA

CLASSIFICAÇÃO E USO

Uma trimetilxantina que pode ser classificada como ergogênico farmacológico, embora, também possa ser considerada um ergogênico nutricional devido a sua presença em várias bebidas, particularmente no café.

As quantidades utilizadas em pesquisa tem variado de 3 a 15 mg/Kg.

A cafeína por agir como estimulante é utilizada para garantir o estado de alerta e maior responsividade a estímulos. Porém é preciso levar em conta a forma e o objetivo com que será utilizada. Doses adequadas tendem a proporcionar estímulo cardíaco aumento a capacidade de trabalho.

FATOR DE DESEMPENHO ESPORTIVO

• Potência Física

• Determinação Mental.

TEORIA

• Acredita-se que possa aumentar o desempenho por múltiplos mecanismos.

• Aumento da prontidão

• Estimula a liberação de adrenalina pelas adrenais, o que pode melhorar o desempenho cardíaco e a movilização de substratos.

• Promoveria aumento na utilização de ácidos graxos e diminuição do uso de glicogênio.

• Libera o cálcio do seus depósitos na fibra muscular.

O fato de aumentar o estado de prontidão, melhorar o trabalho cardíaco e mobilizar substratos garantem que o desempenho atlético seja influenciado. Ela aumenta a utilização de ácidos graxos livres no sangue, pelo fato de ser termogênica, lipolítica possuindo propriedades de queima de gordura. O fígado metaboliza por volta de 95% da cafeína ingerida.

EFETIVIDADE

Potencial como ergogênico estudado por mais de 100 anos.

Centenas de estudos foram realizados e vários demonstraram a eficiência da cafeína.

Vários estudos recentes demonstram que a cafeína pode apresentar efeito mesmo nas quantidades permitidas.

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Seja qual for o modo de ingestão da cafeína, seu potencial garante efetividade, maximizando o desempenho físico, mesmo quando ingeridas nas quantidades permitidas por órgãos de controle, no caso de atletas.

MELHORA PROMOVIDA PELA CAFEÍNA

Sistema ATP-CP:

Produção Máxima de potência em 6 segundos.

Aumento da força e potência isocinéticas.

Sistema do ácido láctico

100 metros na natação

Sistema do ácido láctico / sistema do oxigênio

corrida de 1500 m

Sistema do oxigênio

1500 m na natação

Tempo até exaustão na corrida e bicicleta > 60 min

Prontidão psicológica

Aumento na produção de trabalho em séries avaliadas

Quanto à percepção do esforço

O potencial de ação da cafeína garante sua eficácia mostrando ser um recurso ergogênico bem aceito em diversas modalidades esportiva, influenciando de diversas formas.

SEGURANÇA

• Relativamente segura para atletas saudáveis.

• O consumo em excesso pode levar a dependência, com efeitos colaterais como calor na face, nervosismo, tremor, ansiedade e palpitações no coração

• Pessoas hipertensas devem consultar o médico quanto ao uso

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ASPECTOS LEGAIS E ÉTICOS

• Classificada como estimulante pelo COI.

• Quantidades que levem a concentrações urinárias de 12 microgramas por ml ou acima levam a desqualificação.

• O uso afirma que o consumo de 100 mg de cafeína resulta em 1,5 mg/ml. Portanto, seriam necessários 800 mg para acusar doping ( 8 xícaras com 80 ml ou 16-20 latas de Coca-cola).

COLINA

TEORIA

• Conlay e col. (1992) diminuição significativa da concentração plasmática de colina após a maratona;

• Diminuição na concentração de colina poderia estar relacionada a fadiga;

• aumento da síntese de acetilcolina e prevenir a depleção desse neurotransmissor durante o exercício, reduzindo a possibilidade de fadiga durante o esforço prolongado.

Esta substância derivada de um aminoácido, é de grande importância por auxiliar a compor a membrana gordurosa que reveste os neurônios. Em teoria a ingesta deste nutriente poderia minimizar a diminuição da concentração plasmática após grandes esforços, além de reduzir as chances de fadiga geradas pela diminuição da síntese de acetilcolina.

SEGURANÇA

• A colina e um nutriente não essencial (uma amina) amplamente distribuída pelos alimentos (também pode ser produzida pelo organismo);

• Em pequenas doses e considerada segura.

Pode ser encontrada em alimentos como o germe de trigo, feijão, ervilhas e na soja.

BICARBONATO DE SÓDIO

“A glicólise anaeróbio fornece a fonte principal de energia para o exercício de intensidade quase máxima e com duração de 20-30segundos.”

“Desde dos 1930s sabe-se que estratégias nutricionais que reduzem o pH do sangue (e.g. ingestão de sais ácidos) prejudicam o exercício de alta intensidade enquanto terapias alcalinas aumentam tal capacidade (Denning et al., 1931; Dill et al., 1932).”

Os dois tamponantes mais populares são o bicarbonato de sódio e o citrato de sódio.

A importância da glicólise anaeróbio remete a necessidade de reservas energéticas ideais para garantir o produção de energia. A ação de tampões é essencial para a regulação do pH (indicativo para uma solução, seja ácido ou base) dos líquidos corporais. Os tampões atuando ligando-se ao H+ (íon de hidrogênio) quando este está em excesso, ou liberando H+ quando a concentração deste começa a diminuir.

O bicarbonato de sódio é consumido na dose de 0,3 g/Kg 1-2 horas antes do exercício. Isso corresponde a 4-5 colheres de chá de pó de bicarbonato.

Não se acredita que exista qualquer risco de saúde com a utilização de bicarbonato, ainda que alguns indivíduos apresentem angústia gastrointestinal (cólicas e diarréia). O consumo de quantidades elevadas de água (1 litro ou mais) pode impedir a diarréia osmótica.

O citrato de sódio é consumido na concentraçãode 0,3-0,5 g/kg.

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A estratégia de consumir o bicarbonato de sódio horas antes do exercício visa tornar o meio mais responsivo a possíveis alterações no pH de líquidos corporais causadas pelo treinamento.

Esses tamponantes podem ser utilizados para atividades quase máximas de 1-7 minutos:

• 400-1500 m (corrida)

• 100-400 m (natação)

• Remo

• Canoagem

Bicarbonato não proibido para seres humanos mas é banido em competições de cavalos e cachorros.

Difícil detectar o uso, pois o pH da urina varia com prática alimentares tais como vegetarianismo e consumo de quantidades elevadas de carboidratos.

O fato de ser utilizado em competições, tem relação com o processo de obtenção de energia, suas fontes e resíduos, uma vez que estes influenciam no meio podendo alterar o pH.

MATSON & TRAN (1993) – METANÁLISE DE 29 ESTUDOS

A maioria dos estudos avaliou exercícios com bicicleta

Resultado em séries únicas (30s a 5-7 minutos) ou tarefas de 1 minuto intercaladas com intervalos curtos

Vários (mas não todos) estudos com atletas bem treinados demonstraram aumento de performance após a ingestão de bicarbonato para atividades de curta (1-10 minutos) e longas (30-60 minutos).

“Até que pesquisas adicionais possam esclarecer a gama de atividades que podem se beneficiar do consumo de bicarbonato ou citrato, atletas são aconselhados a experimentar em treinos e pequenas competições para avaliar.” Burke (2002)

Grupo B - Suplementos sob consideração

• HMB (Hidroxi-metilbutirato)

• Glutamina

• Equinácea

• Colostro

• Probióticos

• Ribose

• Melatonina

No grupo B, em que estão os suplementos sob consideração, enquadram-se aqueles que necessitam de mais estudos com boa qualidade metodológica e que definam-se protocolos para orientar seu consumo.

Não apresentam prova substancial de benefícios para a saúde ou performance mas:

Permanece no interesse de atletas ou treinadores do AIS;

Destino do Lactato durante a RecuperaçãoDestino Porcentagem

Conversão a piruvato e oxidado a ATP / CO2 e H2O

55-70%

Reconversão a glicogênio muscular e hepático

20% ou menos

Fonte de carbonos para aminoácidos e outras proteínas

5 – 10%

Permanece como lactato 2% ou menos

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São muito novos para receber informação científica adequada;

Apresentam dados preliminares que sugerem possíveis benefícios

Mesmo que até o momento não tenha sido provado efeitos benéficos, o fato de serem procurados por equipes desportivas, e pela observação de alguns possíveis efeitos positivos, cria-se estímulo para que sejam pesquisados e que sua influência no organismo seja bem definida.

HMB

PRINCÍPIO DA CONFUSÃO MUSCULAR

Neste princípio, variáveis do treinamento como: exercício, ordem, ângulo, repetições dentre outras, são constantemente alterados para estimular maiores adaptações do sistema músculo-esquelético. A idéia é que os processos de adaptação aos estímulos causados pelo exercícios sejam sempre abruptos, com grande influência sobre o sistema, garantindo assim que o constante processo bioadaptativo. Porém grandes manifestações nesta ordem requer um ingesta de nutrientes que colabore com a regeneração muscular, ou mesmo que minimize o processo catabólico, assim, “em teoria” enquadra-se o HMB, visando garantir, que os aminoácidos essenciais para este processo sejam ingeridos.

Pesquisas realizadas em três grupos: “placebo”, “HMB 1”(ingerindo dosagem menor) , e “HMB 2” (ingerindo dosagem maior), observou que o último grupo apresentou maior aumento de massa magra que os demais, corroborando a crença da eficiência deste suplemento.

Assim como o 3° grupo também apresentou maior ganho de força que os demais. A ingesta de HMB demonstrou dois benefícios nesta pesquisa.

TEORIA

• Vendido na forma de HMB monoidrato de cálcio;

• Metabolito da leucina;

• Apesar de seu efeito incerto no metabolismo de seres humanos – proposto como anti-catabolico contrapondo os efeitos do treinamento;

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• Hipotetiza-se que seja um componente essencial da membrana celular afetada pelo estresse ou que possa regular enzimas importantes para o crescimento muscular.

A grande maioria dos estudos realizados neste recurso ergogênico utilizou-se de animais, dados sugerem potencial efeito anticatabólico, o que é bem recebido nos trabalho de grande degradação muscular, além de outros benefícios como o de reduzir a perda de peso em períodos de consumo inadequado de alimentos.

EFICÁCIA

• Aumento de massa magra e diminuição de massa gorda em bovinos, suínos e aves;

• Pesquisa com HMB muito limitada e investigada por um numero reduzidíssimo de laboratórios;

• Apenas 3 estudos fornecem alguma evidência para seres humanos;

• Estes apresentaram alguns problemas que ameaçam a validade do estudo como medidas de força pouco comuns e ausência de placebo;

• Necessária publicação de trabalhos por outros laboratórios.

Tornar necessário e garantir que o consumo desta substância colabora na saúde ou no desempenho, ainda é necessário maiores estudos, principalmente por laboratórios que manifestem imparcialidade.

GLUTAMINA

A intensidade do exercício guarda relação direta com o impacto que causará no sistema imunológico. Exercícios de alta intensidades ocasionam um período de supressão do sistema imune, o que torna o praticante mais susceptível a possíveis infecções neste período (horas pós treino). Dentre outros benefício a glutamina é consumida a fim de minimizar o risco de imunossupressão relacionado ao exercício físico intenso. Observação: A prática regular de atividade física de intensidade moderada apresenta ganhos no sistema imunológico.

SUPLEMENTAÇÃO DE CARBOIDRATO DURANTE EXERCÍCIO INTENSO E A REPOSTA IMUNE DE CICLISTA

(CARBOHYDRATE SUPPLEMENTATION DURING INTENSE EXERCISE AND THE IMMUNE RESPONSE OF CYCLISTS)

Bacurau, Navarro, et al (2002) – Clinical Nutrition

Dúvida

Exercício intenso causa modificações negativas na função imunológica de atletas?

Objetivo

Avaliar o efeito da supplementação de carboidratos em alguns aspectos da função imune em atletas durante o ciclismo indoor;

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Em um estudo de Bacurau et al de 2000, foi analisado o consumo de carboidratos como suplemento alimentar para ciclistas em exercícios intenso, a fim de analisas a resposta do sistema imune. Sabe-se que o exercício intenso gera imunossupressão. Então a questão é:” A suplementação de carboidratos influencia em alguns aspectos do sistema imune?

Métodos

Doze homens pedalaram por 20 minutos a uma velocidade correspondente a 90% do limiar anaeróbio seguidos por 20 minutos de descanso (foram realizados 6 séries);

Consumo de água ad libitum ou de uma solução contendo 95% de polímeros de glicose e 5% de frutose concentrada a 10%;

Outro estudo de Bacurau et al, estudou a resposta do sistema imune em atletas de longa duração sob o consumo de BCAA (Branch Chain Amino Acids / Aminoácidos de Cadeia Ramificada). Sabendo da influência do exercício de intenso de longa duração sobre o sistema imune, a questão neste estudo é: “A suplementação de BCAA exerce influência na resposta imune de triatletas e corredores de longa distância?”

Resultados

O exercício induziu uma redução na proliferação de Células Mononucleares do Sangue Periférico (leucócitos) (37%) bem como na produção de citocinas por células cultivadas (IL-1, IL-2, TNF-a e IFN-g) em 37%, 35%, 26% e 16%, respectivamente.

Todas estas mudanças foram prevenidas pela ingestão de carboidrato, exceto o aumento de IFN-g (17%). A concentração de glutamina diminuiu no grupo placebo, mas mantida no grupo carboidrato.

Para responder esta questão, criou-se um protocolo de atividade física (intenso), e foi determinado como seria o consumo de carboidratos. Os resultados mostraram que citocinas (substâncias que são os principais mediadores da resposta imune e controlam diferentes funções celulares que incluem proliferação, diferenciação, morte celular), como IL-1, IL-2, TNF-a e IFN-g, diminuíram sua produção assim como células mononucleares do sangue periférico (CMSP). Além de que o no grupo que ingeriu carboidrato (CHO) a concentração de glutamina se manteve.

Conclusões

A suplementação de carboidrato afeta positivamente a resposta imunológica de ciclistas.

O fato da suplementação de carboidratos melhorar a resposta imune nesta pesquisa está principalmente relacionada pela diminuição na concentração das citocinas pró-inflamatórias.

SUPLEMENTAÇÃO DE AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA E A RESPOSTA IMUNE DE ATLETAS DE LONGA DISTÂNCIA

(BRANCHED-CHAIN AMINO ACID SUPPLEMENTATION AND IMMUNE RESPONSE OF LONG-DISTANCE ATHLETES)

Bacurau, Navarro, et al (2002) – Nutrition

Dúvida

Entre os diferentes tipos de exercício, o de longa duração e alta intensidade está associado com a imunossupressão cuja causa pode ser a redução na concentração plasmática de glutamina.

Objetivo

Avaliar o efeito da suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada sobre a resposta imunológica de triatletas e corredores de longa distância.

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Outro estudo de Bacurau, Navarro, et al (2003) estudou a resposta do sistema imune em atletas de longa duração sob o consumo de BCAA (Branch Chain Amino Acids / Aminoácidos de Cadeia Ramificada). Sabendo da influência do exercício de intenso de longa duração sobre o sistema imune, a questão neste estudo é: “ A suplementação de BCAA exerce influência na resposta imune de triatletas e corredores de longa distância?”

Métodos

Sangue periférico foi coletado antes e imediatamente após um triatlo Olímpico (1,5 Km nado, 40 Km bike e 10 Km corrida) ou uma corrida de 30 Km. Proliferação de linfócitos, produção de citocina em células em cultura e glutamina plasmática foram mensuradas.

Resultados

A suplementação de BCAA reverteu a diminuição na concentração plasmática de glutamina e aumenta a proliferação celular. Outros parâmetros imunológicos também foram mantidos.

Conclusão

A suplementação de BCAA recuperou a capacidade proliferativa de células polimorfonucleares bem como a concentração de glutamina plasmática

Após o desenho do estudo os resultados mostraram como destaque que o BCAA recuperou a concentração plasmática de glutamina e aumentou a proliferação celular. Foi concluído que o consumo de BCAA recuperou a capacidade proliferativa de células polimorfonucleares (um grupo de células do sistema imune: neutrófilos, eosinófilos, basófilos e mastócitos).

Grupo C – Suplementos que não apresentam provas ou Efeitos

• Aminoácidos (alimentos ou produtos do grupo A)

• Ginseng

• L-Carnitina

• CLA (Ácido Linoléico Conjugado)

• Gama-orizanol e ácido felúrico

• Alho

• Ginco biloba

• Coenzima Q10

• Pólen de abelha

• Picolinato de cromo

• Injeções de vitamina B12

• Vitamina B12 oral

• Ginco biloba

• Ferro intravenoso

• Suplementos comercializados por empresas de marketing da internet

Nesta lista seguem aqueles suplementos que após testes e pesquisas não demonstraram influenciar beneficamente o desempenho ou a saúde.

A maioria dos suplementos e produtos esportivos oferecidos para atletas está nessa categoria Apesar desses suplementos terem experimentado um ciclo de popularidade e uso disseminado não demonstraram apresentar efeitos de performance ou na saúde

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É importante notar que estes suplementos e produtos são a grande maioria, ou seja, mesmo sendo bastante produzidos e comercializados não apresentam benefícios.

Em alguns casos esses suplementos prejudicaram o desempenho (efeito ergolítico) ou a saúde, existindo mecanismos bem estabelecidos para explicar esses resultados.

É importante observar que além de não apresentarem benefícios, alguns ainda mostraram ser prejudiciais para o desempenho ou à saúde.

AMINOÁCIDOS

ERGOGÊNICOS PARA FORÇA-POTÊNCIA

Arginina, ornitina e lisina

Teoria:

• promover a liberação de hormônio do crescimento (GH);

• conseqüente liberação de IGF-1;

• liberação de insulina;

• aumento em força e massa muscular.

Em teoria aminoácidos como a Arginina a ornitina e a lisina, são utilizados para estimular a liberação de hormônios anabólicos, e consequente ganho em força e massa muscular.

EFICÁCIA

Elam (1989) – adicionada ao treinamento de força, a suplementação (arginina, 1g.dia e ornitina 1g.dia durante 5 semanas) – redução da gordura corporal, aumento da massa magra e aumento de força;

Estudo criticado qto – estatística e desenho experimental;

Fogelholm e col (1993); Lambert e col. (1993) e Mitchell e col. 1993 – utilizaram levantadores e fisiculturistas treinados e não observaram o mesmo;

Suplementação com GH não aumentou – síntese protéica muscular, o tamanho do músculo e a força deste em indivíduos não treinados (12 semanas) nem em treinados (2 semanas) realizando trabalho com pesos.

Em estudo de Elam, observou que arginina + treino de força, apresentou benefícios, porém é preciso analisar como o estudo foi desenvolvido. No caso de Fogelholm e colaboradores não foram observados resultados, assim como com o estímulo do GH (hormônio do crescimento), portanto é questionada a eficácia deste recurso.

SEGURANÇA

Administração de doses maiores que 170 mg.kg pode levar a mal estar gastrointestinal (diarréia osmótica);

Efeitos a longo prazo do GH seja produzido por engenharia ou pela liberação de aminoácidos são desconhecidos.

Doses elevadas podem apresentar complicações gástricas, além de não se ter informações relacionadas a liberação de aminoácidos a longo prazo. O consumo da arginina (aminoácido), é bastante comum, com o intuito de estimular a liberação endógena de GH.

OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM O GH

As mulheres possuem concentrações de repouso mais elevadas que as dos homens (Bunt et al, 1986, Kraemer, et al 1992), mas as respostas ao exercício máximo ou submáximo podem ser iguais.

Os indivíduos obesos parecem ter uma resposta diminuída quanto ao GH no exercício (Galbo, 1983).

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Dietas ricas em carboidratos podem aumentar a concentração basal de GH (McMurray et al, 1991).

Ingestão de baixa quantidade de calorias aumenta a concentração de GH (McMurray et al, 1991).

O taxa de liberação de GH é variável durante o dia, havendo picos em determinados períodos, como por exemplo de uma a duas horas após o sono, além de fatores como o gênero, a composição corporal ou de dietas além da influencia do exercício.

O envelhecimento está associado com uma redução nas concentrações basais de GH (Hakkinen & Pakaninen, 1995) e a uma resposta diminuída ao exercício (Pyka et al, 1992).

Temperaturas ambientais elevadas podem aumentar as concentrações de GH (Okada et al, 1972), enquanto baixas temperaturas atenuam a liberação do hormônio (Buckler, 1973).

Implicações práticas dos testes físicos para detecção de problemas na hipófise quanto a secreção de GH (os testes atuais são desconfortáveis e perigosos).

É comum realizar a reposição hormonal de GH em indivíduos idosos. Estudos observaram que o GH promoveu ganho na massa magra significativos em indivíduos mais velhos, o que seria importante para minimizar os efeitos da sarcopenia (perda da massa e forma muscular associada ao envelhecimento). Seria de grande valia realizar testes na hipófise para analisar a secreção de GH, mas são inviáveis e aspectos éticos em pesquisas com seres humanos estão envolvidos.

RESPOSTAS AO EXERCÍCIO

Aparente necessidade de treinar acima do limiar de lactato.

O propósito das concentrações elevadas de GH durante o exercício de alta intensidade e curta duração não estão claras. Possível ajuda à recuperação.

Se o objetivo é promover a síntese de proteínas para o reparo ou construção dos músculos, então seria de se esperar uma elevação duradoura da concentração do hormônio. Entretanto, a maioria dos estudos demonstra que as concentrações voltam ao normal dentre de uma hora após o exercício.

Uma sessão de treinamento de força intensa afeta a liberação noturna do hormônio (McMurray et al, 1995).

É preciso que o estímulo seja forte, de grande intensidade, tal fato corrobora com a hipótese de maior liberação em atividade nestas características, mas em um curto período de tempo a concentração de GH está diminuída contrariando a hipótese que este estaria envolvido no processo de recuperação. Contudo, a importância do treinamento intenso é de que haja maior liberação deste hormônio, principalmente no período noturno.

Qual a vantagem para o organismo da resposta simultânea de catabolismo central e anabolismo local?

“.....que este mecanismo adaptativo pode reduzir a função anabólica global conservando portanto, fontes de energia, mas ainda permitindo crescimento tecidual local em respostas a ambientes estressantes como o treinamento físico. ex. nutrição marginal de atletas, crianças mal nutridas com trabalhos árduos”.

O treinamento de força parece não apresentar um efeito consistente sobre o IGF-I, sugerindo que qualquer que seja o propósito das concentrações elevadas de GH, ele pode não ser mediado pelo IGF-I. Assim, ainda que o exercício resistido aumente a produção de GH, o propósito específico não é entendido.

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A resposta endócrina do IGF-I é muito lenta, levando de 3 a 6 horas para responder a uma infusão d eGH e apresentando um pico de 16 a 28 horas.

É possível que o exercício não cause aumento no IGF-I mas aumente a capacidade de ligação no receptor. Isso pode explicar a captação de glicose independente de insulina após o exercício e a maior síntese proteína no mesmo período.

GINSENG

Geral:

• denominação de um extrato de planta que engloba uma variedade de compostos derivados da família Araliaceae;

• efeito ergogênico atribuído a glicosideos específicos (saponinas ou ginsenosideos);

• efeito especifico depende da planta de origem.

Teoria:

• Mecanismo preciso não descoberto;

• estimulação do eixo hipotálamo-hipofise-cortex da adrenal com resultante aumento da resistência ao estresse do exercício;

• aumento do metabolismo do miocárdio;

• aumento na concentração de hemoglobina;

• vasodilatação;

• extração aumentada de oxigênio pelos músculos.

Eficácia:

• Pouquíssimos estudos bem controlados apóiam que o ginseng seja ergogênico;

• Ultimas evidências não apóiam esse papel (Dowling e co. 1996; Morris e col. 1996);

• São necessárias novas pesquisas avaliando os efeitos dos vários tipos de ginseng em varias doses sobre diferentes parâmetros do desempenho.

Segurança:

• Estudos com animais indicam que os extratos de ginseng tem uma baixa toxicidade aguda e crônica;

• Doses normalmente consumidas por seres humanos são tidas como seguras;

• Beltz e Doring (1993) já observaram uma síndrome de abuso do ginseng com sintomas como hipertensão, nervossismo, insônia e edema.

INOSINA

Teoria:

• Estudos in vitro sugerem que esse nucleosideo possa aumentar as concentrações de 2,3-DPG;

• Concentrações aumentadas de 2,3-DPG poderiam facilitar a liberação de O2 e portanto, aumentar o desempenho do exercício de endurance.

2,3-DPG faz com que o oxigênio saia da hemácia para os tecidos, diminuindo a concentração de oxigênio da hemoglobina.

L-CARNITINA

A L-carnitina é encontrada na musculatura. Na mitocôndria ocorre a queima dos ácidos graxos de cadeia longa, e para “entrar” nessa organela esses lipídios precisam desta substância.

Teoria:

• Facilitar a transferência de ácidos graxos para a mitocôndria;

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• Auxiliar na oxidação de ácidos graxos;

• Poupança de glicogênio muscular;

• Melhora da resistência do exercício aerobio prolongado;

• Diminuição da taxa de acetil-CoA para CoA estimulando o complexo PDH facilitaria a oxidação de piruvato;

• Reduzir a produção de lactato e aumentar o desempenho do exercício anaeróbio.

Em teoria o consumo L-carnitina aumentaria a quantidade e velocidade de ácidos graxos transportados para a mitocôndria, assim diversos fatores no processo de obtenção de energia seriam favorecidos (como os citados), porém, é observado que a quantidade de L-carnitina pode colaborar até certo ponto, ou seja, existe um pico e quantidades maiores não irão otimizar este processo. Importante: “A queima de ácido graxo é comandada pela demanda energética e não pela carnitina”

Eficácia:

• Aumento da concentração plasmática de carnitina;

• Ausência de evidências demonstrando aumento da concentração intramuscular;

• Não afeta o acumulo de lactato de modo a ser considerada ergogênico;

• Não aumenta o desempenho aeróbio e anaeróbio;

• São necessários novos estudos para investigar o efeito poupador de glicogênio em atividades prolongadas (ex. maratona);

• Colambani e col. (1996) não observaram efeitos significativos da suplementação de carnitina

(2 g. 2h antes) no desempenho da maratona ou corrida de 20Km.

Assim sendo, não apresenta benefícios em seu consumo. Contudo é preciso que haja mais estudos e melhores investigações sobre esta substância. Importante: “A queima de ácido graxo é comandada pela demanda energética e não pela carnitina”.

Segurança:

• Nas doses utilizadas nos estudos parece segura;

• Doses maiores podem causar diarréia;

• Não consumir suplementos contendo D-carnitina, pois podem causar miopatias e fraqueza muscular.

A carnitina existe sob duas formas, a “L” e a “D”, a segunda apresenta efeito tóxico, e o corpo apenas sintetiza a primeira.

SERÁ QUE OS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE L-CARNITINA INTERFEREM DO TREINAMENTO FÍSICO?

(DOES EXERCISE TRAINING INTERFERE WITH THE EFFECTS OF L-CARNITINE SUPPLEMENTATION ? )

Bacurau, Navarro, et al (2003) – Nutrition

Dúvida

Carnitina aumentaria a oxidação de ácidos graxos poupando glicogênio muscular.

Objetivo

Investigar o efeito da suplementação de carnitina sobre o conteúdo intramuscular de carnitina, metabolismo de glicose e ácidos graxos e a performance em ratos treinados.

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Um estudo de Bacurau, Navarro, et al (2003), sobre a influência do carnitina no treinamento, supondo que este suplemento aumentaria a oxidação de ácidos graxos em ratos.

Métodos

Ratos Wistar receberam 28 mg/Kg durante 4 semanas durante um programa de 6 semanas de treinamento moderado em esteira (1 hora por dia)

Resultados

Carnitina aumentou o tempo até a exaustão em ratos sedentários (14%) e ratos treinados (30,3%)

Conclusão

A suplementação aumenta a oxidação de ácidos graxos no músculos esquelético (aumenta intramuscular) e o tempo de exercício.

Após a aplicação do programa de esteira nos ratos, os resultados indicaram benefícios, aumentando o rendimento principalmente no grupo treinado, e concluiu-se que esta substância aumenta a oxidação de ácidos graxos no músculo esquelético “de ratos”.

A SUPLEMENTAÇÃO DE L-CARNITINA MAXIMIZANDO A PERDA DE MASSA GORDA INDUZIDA PELO TREINAMENTO DE ENDURANCE EM RATOS

(CARNITINE SUPPLEMENTATION FAILS MAXIMIZE FAT MASS LOSS INDUCED BY ENDURANCE TRAINING IN RATS)

Aoki, Navarro e Bacurau, et al., (2003)

Dúvida

Será que a suplementação de L-Carnitina potencializa a perda de gordura induzida pelo treinamento de endurance em ratos?

Objetivo

Investigar o efeito da suplementação de carnitina sobre o conteúdo de gordura da carcaça de ratos treinados.

Métodos

Ratos Wistar receberam 28 mg/Kg durante 4 semanas durante um programa de 6 semanas de treinamento moderado em esteira (1 hora por dia)

Conclusão

O conteúdo de gordura corporal não foi afetado pela suplementação de carnitina.

THE EFFECTS OF L-CARNITINE L-TARTRATE SUPPLEMENTATION ON HORMONAL RESPONSES TO RESISTANCE EXERCISE AND RECOVERY

Kraemer et al., (2003)

Objetivo

Examinar a influência da suplementação de L-carnitina L-tartrate (LCLT) sobre a resposta anabólica hormonal (testosterona, IGF-I, IGFBP-3).

Resultados

Como esperado o exercício promoveu aumento de todos os hormônios anabólicos. Ao longo da recuperação, LCLT reduziu a quantidade de dano muscular induzido pelo exercício (verificado por ressonância magnética).

Conclusão

Esses dados dão suporte ao uso de LCLT como um suplemento para recuperação de exercícios “hipóxicos” devido ao menor dano e a possivelmente a uma maior quantidade de receptores para a ação hormonal.

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CLA

SEGURANÇA E EFICÁCIA DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS CONTENDO CLA PARA O TRATAMENTO DA OBESIDADE: EVIDÊNCIAS DE ESTUDOS COM ANIMAIS E HUMANOS

Larsen, Toubro e Astrup (2003)

Suplementos contendo ácido linoléico conjugado (CLA) são amplamente vendidos para a perda de peso.

O CLA aparentemente produz perda de massa gorda e aumento de tecido magro em roedores, mas os resultados de 13 estudos (< 6 meses) em humanos demonstraram pouca evidência que esse suplemento reduz a massa magra.

O CLA é comumente encontrado na carne e no leite de alguns mamíferos. Os estudos em animais têm indicado bons resultados em animais, com diminuição da gordura corporal, diferente nos seres humanos que não apresentaram resultados consistentes.

Entretanto, existem evidências crescentes oriundas de camundongos e seres humanos que

o CLA (isômero trans-10, cis-12) pode produzir hipertrofia do fígado e resistência à insulina via uma redistribuição de gordura que se assemelha à lipodistrofia.

O CLA também diminui o conteúdo de gordura no leite bovino e humano.

Resultados indicam que o CLA pode causar complicações na saúde. Além disso vale lembrar que a Anvisa publicou uma resolução onde determina a apreensão de todos os lotes de CLA, assim nenhuma empresa no Brasil tem autorização da Anvisa para fabricar, importar ou comercializar esse produto. Observação. A lipodistrofia é uma síndrome que apresentam sintomas característicos, com acúmulo de gordura na região central (tórax, principalmente gordura visceral), e perda de gordura periférica (membros).

Grupo D – Suplementos Banidos

• DHEA (dehidroepiandrosterona)

• Androstenediona

• Efedrina

• Beta-2 Agonistas

• Xenadrine

• Álcool

• 19-norandrostenediona

• 19-norandrostenediol

• Tribulus terrestris e outras “testosteronas vegetais”

• Estriquinina

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Uma série de suplementos foram banidos, ou seja, proibido o consumo e alguns até a comercialização.

Suplementos comercializados por empresas de marketing da internet.

É bastante comum encontrar na internet uma série de produtos que são verdadeiros “milagres”, porém não passa de mais um meio para obtenção de lucros com promessa de que tal suplemento é realmente eficaz. Vale lembrar que é preciso ser criterioso sobre as fontes de informação que você irá utilizar.

São diretamente proibidos pelas regras do COI ou apresentam alto risco de produzir resultados positivos no exame antidoping.

DHEA (DEHIDROEPIANDROSTERONA)

Classificação e uso

• Ergogênico fisiológico por que é um esteróide naturalmente produzido pela glândula adrenal.

• Também pode ser classificado como ergogênico nutricional, pois é vendido como suplemento.

• Estudos com seres humanos usam entre 50-100 mg/dia, mas algumas utilizaram até 1600 mg/dia

• Ela pode ser ingerida ou injetada.

Fator de desempenho esportivo

• Vantagem mecânica

• Potência Física.

Teoria:

• Parece aumentar as concentrações de IGF-1

• Poderia aumentar as concentrações de Testosterona

Efetividade

• Pesquisas em animais que pode haver menor incidência de doenças como obesidade.

• A maioria das pesquisas utilizou roedores que têm pouco DHEA.

• Em seres humanos a produção de DHEA é alta e começa a diminuir por volta dos 30 chegando aos valores mais baixo em torno de 50 anos.

• A maioria das pesquisas em seres humanos investigou idosos , que podem se beneficiar com DHEA.

• Dados limitados quando seu potencial ergogênico no esporte.

• Pesquisas inconclusivas mesmo entre idosos.

• Poderia ser utilizada por atletas de endurance que apresentam baixa concentração de testosterona, mas isso não foi testado.

Acredita-se que a DHEA poderia aumentar a concentração de hormônios anabólicos, porém como grande parte das substâncias que visam ser utilizadas como recurso ergogênico, este também necessita de mais estudos. Pesquisas em animais são sempre o começo para indicar possíveis alterações de qualquer substância no organismo, porém isso não garante que a resposta seja a mesma em seres humanos. O fato da produção diminuir com a idade poderia sugerir protocolos para sua reposição, mas é preciso definir estas dosagens e avaliar se realmente seria positivo, até o momento as pesquisas mostram que pode ser benéfico para idosos.

Segurança:

• Esta sendo investigado clinicamente, pois poderia ajudar a prevenir doenças crônicas (cardiopatia, diabetes e câncer).

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• A maioria das investigações com DHEA não reportou importantes efeitos colaterais.

• Alguns achados anormais foram constatados: aumento dos pelos faciais, diminuição do HDL em mulheres.

• Até que se saiba recomenda-se não consumir sem supervisão médica.

• Os efeitos a longo prazo não são conhecidos, mas dois riscos incluem toxicidade hepática e câncer de próstata.

Aspectos legais e éticos

• Uso proibido pelo COI.

• Uso ilegal e anti-ético.

Recomendações

Existem poucos dados para sustentar que o DHEA seja um ergogênico eficiente, portanto, ele não é recomendado.

Além do Comitê Olímpico Internacional não autorizar o uso, considerando-o doping, pelo fato de ser precursor da testosterona. O efeito ergogênico do DHEA ainda não é totalmente esclarecido, o que o torna um risco em potencial quando consumido, principalmente sem orientação médica.

ÁLCOOL

CLASSIFICAÇÃO E USO:

• Ergogênico farmacológico

• Droga social classificada como depressora, ainda que possa paradoxalmente estimular.

• Consumido de 30-60 minutos antes do exercício.

FATOR DE DESEMPENHO ESPORTIVO:

Determinação mental (menor estresse psicológico em esportes de precisão - arco e flecha, tiro)

O álcool é considerado um ergogênico farmacológico devido a sua ação estimulante temporária e desinibitória, além reduzir a tensão e ansiedade, porém seu efeito final produz depressão neurológica com diminuição da percepção visual, fala e coordenação motora, dependente da concentração no organismo.

EFETIVIDADE

POUCOS ESTUDOS EM ESPORTES DE PRECISÃO

• Estudos controlados com arqueiros: efeitos contrastantes.

• Baixas doses - menor tempo de reação e liberação mais suave da flecha. Não foi avaliada a performance.

• Lançamento de dardo - 0,02 de CSA (um drinque) aumentou a precisão, mas 0,05 (cerca de 2 drinques) diminuiu o desempenho.

• Em outros esportes o álcool pode diminuir o desempenho (tempo de reação, equilíbrio, coordenação olho/mão, percepção visual).

• Pode comprometer o desempenho anaeróbio (800 e 1500m, doses de .01 a .10) e de endurance.

• O consumo de 1-2 drinques por dia não impede o desempenho do dia seguinte.

• Evitar o consumo de doses que provoque intoxicação.

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Existem evidências de que o álcool pode melhorar o desempenho em esportes de precisão. Embora não seja recomendada a ingestão de álcool por ser uma droga e em certos níveis causar intoxicação, 1 a 2 drinques por dia no dia anterior parece não impedir o desempenho no dia seguinte.

SEGURANÇA

• Consumido com moderação pode até trazer benefícios:

• A ingestão aguda em excesso é um importante fator de morte acidental, enquanto que o uso crônico está associado com condições patológicas (ex. cardiopatia, lesão hepática e câncer).

RECOMENDAÇÕES

• Embora os dados sejam escassos existem evidências que o álcool pode melhorar o desempenho de esportes de precisão.

• Como o uso nesses esportes é proibido não se recomenda.

• Na maioria dos esportes se consumido antes ou durante a competição, provavelmente irá comprometer o desempenho.

Acredita-se que se consumido com moderação pode trazer alguns benefícios em certos esportes, porém pode causar dependência, acidentes e seu uso crônico resulta em doenças do fígado, coração, sistema digestivo, perda de apetite, deficiências vitamínicas, entre outros. Além disso, seu uso é proibido para a prática de certos esportes, e na maioria dos esportes seu consumo irá prejudicar o desempenho.

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REFERÊNCIAS

ALBERTS, Bruce. Molecular Biology of the cell. Garland Science, 2002.

CURI, Rui. Entendendo a gordura: os ácidos graxos. Barueri: Manole, 2002.

MINE, Yoshinori. Nutrigenomics and proteomics in health and disease. Iowa: Willey Blackwell, 2009.

NELSON, David L. COX, Michael. Lehninger princípios de bioquímica. São Paulo: Sarvier, 2007.

STRYER, Lubert. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

WILDMAN, Robert C. Handbook of nutraceuticals and functional foods. Boca Raton: CRC press, 2007.