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PROJETO COMERCIAL DIA DO TRABALHADOR No Dia do Trabalhador, este suplemento traz os direitos garantidos às domésticas e diaristas, a redução de acidentes no setor de rochas ornamentais em Cachoeiro e as metas de melhorias para os trabalhadores da saúde CATEGORIAS COMEMORAM CONQUISTAS

Suplemento Especial - Dia do Trabalhador - Jornal Fato

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Suplemento Especial - Dia do Trabalhador - Jornal Fato

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PROJETO COMERCIAL

dia do trabalhador

No Dia do Trabalhador, este suplemento traz os direitos garantidos às domésticas e diaristas, a redução de acidentes no setor de rochas ornamentais em Cachoeiro e as metas de melhorias para os trabalhadores da saúde

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Segurança em trabalho é foco de sindicato

Refiliação é uma das metas do Sitesci

As mortes, doenças e acidentes envolvendo os trabalha-dores do setor que mais emprega no município de Cachoeiro de Itapemirim tiveram redução, segundo o Sindicato dos Tra-balhadores na Indústria de Mármore e Granito e Calcário no Espírito Santo (Sindimármore).

O setor, rico pela alta qualidade e variedade de produtos oriundos da extração das rochas, é alvo constante da preocu-pação dos sindicalistas. De acordo com o presidente do sindi-cato, Messias Morais Pizeta, há pelo menos cinco anos houve redução em mais de 50% no índice de acidentes na área.

Ele comenta que a redução é “graças às campanhas de conscientização e a cobrança por condições de trabalho se-guras e adequadas na extração e beneficiamento de rochas na região”.

O setor, segundo Pizeta, emprega mais de 25 mil traba-lhadores diretamente. Deste total, apenas oito mil são sin-dicalizados ao órgão. O presidente do Sindimármore afirma cobrar constantemente dos empresários mais investimentos em segurança e prevenção.

Outras bandeiras Além das condições de trabalho, outros avanços foram

conquistados pela classe nos últimos anos, como, por exem-plo, o contrato registrado em carteira, transporte seguro, campanhas de valorização salarial, adicional de insalubrida-de, jornada de trabalho, indenização por acidente, aposenta-doria especial e adicional noturno.

Refiliação, cartão do sin-dicalizado e ampliação dos convênios são algumas das bandeiras da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Sul do Estado do Espírito Santo (Sitesci). As elei-ções, de chapa única, ocorreram no dia 18 de abril; o presidente do sindicato é Carlos Roberto de Almeida Damasceno.

Junto à sua diretoria, Car-los Roberto pretende promover maior aproximação com os fi-liados do Sitesci. “Neste pri-meiro momento, vamos fazer a refiliação dos profissionais da saúde e entrega-los o cartão do sindicato. Estamos adquirindo equipamento para a confecção

do cartão magnético, que é uma reivindicação da categoria”, anunciou.

Outra medida é a amplia-ção dos convênios que garan-tem descontos aos filiados em diversos serviços ofertados na região. “Também iremos con-vocar os filiados para debater a negociação coletiva deste ano, sempre com o foco de alcançar um salário digno à classe”, in-formou Carlos.

O presidente disse ainda que a festa d os trabalhadores da saúde já está agendada. O even-to ocorrerá no dia 18 de maio, provavelmente no antigo Skala, no bairro Valão, em Cachoeiro de Itapemirim. A atual diretoria teve renovação de 60%.

“Estamos empenhados em aproximar ainda mais o sindi-cato dos filiados. Todos serão informados das ações e me-tas do Sitesci, através dos in-formativos trimestrais. Quero agradecer a todos pelo voto de confiança para este mandato de quatro anos”.

EleiçõesCarlos Roberto foi eleito

com 594 votos. Para o pleito, foram disponibilizadas sete ur-nas, sendo uma fixa e seis iti-nerantes. Os municípios que participaram foram Cachoeiro, Guaçuí, Alegre, Venda Nova do Imigrante, Iconha, Anchie-ta, Marataízes, Apiacá, Castelo, Itapemirim, Iúna, Mimoso do Sul, Muniz Freire e Jaciguá.

ES dE Fato, Quarta-FEira, 1 dE Maio dE 2013

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2 dia do trabalhadorRoberto Al Barros

Messias Morais Pizeta é o presidente do Sindimármore

Carlos foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde

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ES dE Fato, Quarta-FEira, 1 dE Maio dE 2013 3

Direitos versus atribuiçõesA Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Domésticas foi aprovada pelo Senado.

Mas, na prática, ainda faltam detalhes para que a classe de trabalhadores tenha mais direi-tos. Além disso, gerou também novos deveres aos empregadores.

A Lei das Domésticas ainda gera dúvidas entre patrões e empregados. Os patrões te-rão 120 dias para pagar os direitos às domesticas. No enquanto, o prazo começa a valer a partir da regulamentação de itens que são analisados pelos parlamentares para aprovação no Congresso.

A previsão era de que esta conclusão sairia hoje – 1º de maio, Dia do Trabalho. No entanto, para entrar em vigor, a proposta precisa passar por aprovação do Congresso. Os parlamentares pretendem concluir a análise desses pontos e a votação até o fi m de maio.

O que entrou em vigorAlgumas novas regras entraram em vigor, como a

carga diária de trabalho de 8 horas e 44 horas por se-mana e descanso de 1 hora e máximo de 2 horas para jornada de 6 e 8 horas. Além disso, as empregadas têm agora 13º salário, contribuição para o INSS, férias re-muneradas e licença maternidade remunerada.

Mudanças em estudo Outros direitos, no entanto, como o pagamento

do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), indenização em demissões sem justa causa, seguro--desemprego e auxílio-creche, ainda dependem de regulamentação para valer. Salário família, auxílio creche e seguro contra acidente de trabalho também estão sendo estudados.

Uma das mudanças previstas que deve tranquilizar os patrões é o banco de horas, que terá validade de um ano. Ele permitirá que as horas não trabalhadas no sábado possam ser distribuídas em outros dias da semana sem o pagamento de hora extra.

Elas aprovam medida Mesmo sem a aprovação de todas as regras que as-

seguram os direitos das empregadas, elas comemoram a aprovação da PEC pelo Senado. A empregada Silvia Almeida trabalha há 13 anos na função e é um dos casos que fogem à regra. “Minha patroa já paga todos os encargos trabalhistas, mas a lei é um grande avan-ço para as demais domésticas que não tinham esses direitos”, afirmou.

Quem também se alegra ao falar da Lei das Do-mésticas é a cuidadora de idosos Gerusa Maria Gomes da Silva. Ela acredita que a medida trará mais digni-dade à classe. “Acredito que agora seremos mais res-peitadas. Trabalho desde os 12 anos na profissão, mas somente tive carteira assinada há um ano”, contou.

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Veja a diferença entre empregadas e diaristas

No entendimento dos principais Tribu-nais Regionais do Trabalho do país, se uma diarista trabalha mais de dois dias por se-mana para um mesmo patrão é considera-da uma empregada, com direito a registro em carteira profi ssional. Mas, quais são as diferenças legais entre as duas profi ssões?

A diferença entre diaristas e domésti-cas – para efeito de aplicação das novas regras da emenda que amplia direitos dos empregados domésticos – ainda deve ser tema de questionamentos de patrões e tra-balhadores por algum tempo.

O advogado do Sindicato das Empre-gadas Domésticas de Cachoeiro de Itape-mirim, Sandro Sartório, explica que para ter vínculo empregatício é preciso que a função obedeça três princípios: habituali-dade, onerosidade e subordinação.

“No caso das diaristas o evento pri-

mordial – a habitualidade – não atende este requisito, pois se trata de um trabalho doméstico não habitual”, comentou.

Ele também explica que antes da Lei 7279/10, do Senado, que regulamenta a profi ssão de diarista, os juízes davam o entendimento contrário. No entanto, a le-gislação aprovada admite que a diarista trabalhe para o mesmo contratante por, no máximo, dois dias.

“A diarista pode ter fl exibilidade em sua jornada de trabalho e trabalhar para mais de uma pessoa. Ela não possui exclu-sividade, como é o caso das empregadas, com jornada semanal”, explicou.

Sartório ressalta ainda que tanto do-mésticas, com a PEC, quanto diaristas, com a regulamentação da profi ssão, tive-ram grande avanço com as aprovações das medidas.

ES dE Fato, Quarta-FEira, 1 dE Maio dE 2013

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4 dia do trabalhador

Objetivo é garantir igualdade de direitos

O Projeto de Lei 7.279/10 parte do princípio da Lei 5.859/72, que rege o trabalhador doméstico. O novo texto retirou a obrigatoriedade de a diarista apresentar ao patrão comprovantes da contribuição previdenciária como autônoma. A proposta ainda precisa passar por mais uma comissão antes de voltar para o Senado.