28
SUPLEMENTO ESPECIAL DO ANIVERSÁRIO DE CAMPO GRANDE - 117 ANOS CAMPO GRANDE, SEXTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2016

suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

SUPLEMENTO ESPECIAL DO ANIVERSÁRIO DE CAMPO GRANDE - 117 ANOS

CAMPO GRANDE, SEXTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2016

117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 anos 117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes117 vozes

Page 2: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 3: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Rua 14 de Ju lho, 204 - vi la San ta Do ro theiaCam po Gran de - MS - CEP 79004-392 - PABX: (67) 3345-9000

Comercial | (67) 3345-9030 - co mer cial@oes ta doms. com.br - ge ren te co mer cial@oes ta doms. com.br | Circulação | Aten di men to ao as si nan te: (67) 3345-9050 cir cu la cao@oes ta doms. com.brRepresentantes | Bra sí lia - DF - Pereira de Souza & Cia Ltda. - SCS-z Ed. An to nio Ve nân cio da Sil va - Sa las 601/4 - Tel.: (61) 3226-6601 Fax: (61) 3225-2057 | Rio de Ja nei ro - Pereira de Souza & Cia Ltda. - Rua An ti ló fio de Car va lho, 29 / Sala 510 - Tel.: (21) - 2544-3070 São Pau lo - Pereira de Souza & Cia Ltda. Rua Araú jo, 70 - Re pú bli ca / Tel.: (11) - 3259-0111

Fundado em 2 de dezembro de 2002

“SomoS o que fazemoS. No dia em que fazemoS, realmeNte exiStimoS; NoS outroS, apeNaS duramoS.”

Padre Antônio Vieira

DiretorRafael Vallér

Editor Executivo Humberto [email protected]

Planejamento editorial Humberto MarquesDaiany [email protected]

Fotografia Saul [email protected]

[email protected]

ColaboradoresAlana Regina, Evelyn Souza, Luan Saraiva, Guilherme Pimentel, Marcelo Victor e Valentim Manieri

‘117 anos, 117 vozes’ é um especial alusivo aos 117 anos do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, distribuído exclusivamente com a edição de 26 de agosto de 2016 da publicação.

Atendimento ao Assinante: (67) 3345-9050 A Cidade é sua, o problema é nosso: [email protected]

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 3

Campo Grande chega aos seus 117 anos em um cenário, no mínimo,

polêmico. Acompanhando a crise que, nacionalmente, castiga a economia e a so-ciedade brasileira, a cidade enfrenta também um freio no aclamado ritmo de desenvol-vimento dos últimos anos. A queda na atividade comer-cial resultou no aumento do desemprego –entre outubro de 2015 e maio deste ano, a

taxa passou de 5,2% para 7,4%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aumento superior a 40%.

Menos dinheiro no co-mércio também representa, em tese, arrecadação pú-blica mais baixa. Com isso, o poder público acaba obrigado também a tirar o pé do ace-lerador em relação a inves-timentos pela cidade. Que, aliás, expõe para todos o re-sultado desse impasse: obras paradas ou em ritmo lento se espalham por Campo Grande,

que ainda vive uma verda-deira “epidemia” de buracos.

De forma surpreendente –pelo menos na comparação com anos anteriores–, este foi o problema mais lembrado pela população em enquete re-alizada pela equipe de repor-tagem do jornal O Estado nas ruas da Capital. Ouvimos cen-tenas de campo-grandenses para saber deles o que pensam sobre o atual momento de nossa cidade e também o que

apontam ser necessário para que a cidade vire a página e encontre um caminho de cres-cimento econômico.

Com o asfalto prejudicado, outros problemas vieram à tona, revelando anseios quanto à melhora nos indicadores de saúde, educação, segurança pública, cultura, lazer e ilu-minação. E, na hora de exigir uma resposta para estas e ou-tras questões, a classe política foi cobrada, como não poderia deixar de ser.

Curiosamente é à nossa po-lítica que é atribuída parcela

significativa da responsabili-dade por este e outros imbró-glios que fazem Campo Grande sofrer. Não seria por acaso: seguindo também o roteiro na-cional, onde a Operação Lava Jato e o processo de impeach-ment contra a presidente afas-tada Dilma Rousseff pautam o país; os sul-mato-grossenses assistiram a forças-tarefas de investigação desfraldarem escândalos envolvendo desde desvios de verbas em órgãos públicos até um inédito pro-cesso de cassação contra o prefeito da Capital, depois revertido judicialmente e também alvo de apurações sobre interesses escusos na sua execução.

Mudanças na política sur-giram naturalmente entre as entrevistas coletadas para este especial, que de certa forma serve tanto para a po-pulação quanto àqueles que, neste momento, disputam a preferência popular para ocupar tanto o nosso Paço Municipal como a Câmara de Vereadores, saberem o que realmente pensa o campo--grandense quanto ao futuro de sua cidade.

Se até aqui, muito das crises foi protagonizado por agentes políticos e represen-tantes da sociedade orga-nizada, agora selecionamos 117 vozes que expõem a Campo Grande que temos e a que queremos. Colocamos

você para opinar e apontar do que a cidade precisa, in-dicamos a origem desses im-bróglios e o que, até aqui, foi feito (ou não realizado) para mitigar a situação.

Críticas, desilusões e su-gestões surgiram natural-mente neste trabalho, que não se ateve a isso: mesmo com aquele que muitos ava-liam como o pior dos cená-rios, ainda temos uma popu-lação otimista, que enxerga também além dos problemas e exalta algumas das quali-dades de Campo Grande, essa cidade que sonha em voltar a ser pujante, um dos maiores centros urbanos brasileiros que ainda não esqueceu como é ser interiorano. Suas be-lezas e a qualidade de vida ainda estão aqui, bastando a nós olhar com um pouco mais de atenção para nos reencontrarmos.

Este caderno se propõe a não ser um fim em si. Muito da-quilo que apontamos a ser re-fletido deve continuar na ponta

da língua da população para ser cobrado e solucionado, seja pelos agentes eleitos ou por nós mesmos em nossa ca-pacidade de superação. Seria impossível apontar tudo de bom ou ruim existente na ci-dade.

Assim, se tiver sugestões e críticas, continuamos à dis-posição pelo e-mail [email protected] ou pelo te-lefone (67) 3345-9000. A nossa contribuição por uma Campo Grande melhor é feita a cada dia, dando voz a você!

As vozes de Campo GrandeEditorial

Gosto daqui. São tantas coisas para mudar, as ruas principalmente. Deveria ter mais casas né? Tantos terrenos vazios que dá para fazer mais moradias

Eu gosto daqui. Mas primeiramente gostaria que mudasse aquele córrego (Imbirussu, no Jardim Imá), quando chove vira uma bagunça, inunda tudo. Mudar o aeroporto, também

Os profissionais devem ser bem qualificados antes de ocupar cargo na saúde e como na educação. É o povo que sofre depois

Célia Conceição de Souza, 53, costureira, moradora do Aero Rancho

Adriana Flores José, 49, desempregada, moradora do Jardim Imá

Leonida Soares, 60, aposentada, moradora do Nova Lima

Page 4: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 64

“Vemos muitas coisas que precisam ser mudadas, mas não adianta que não vamos ter isso. Já virou rotina: pensamos em mudar, mas não mudamos. Sinceramente, eu não acredito que alguma coisa pode melhorar”.

Derci de José de Souza, 82, aposentado, morador da vila Nasser

“A cidade é boa, mas deve mudar muita coisa, os buracos, principalmente, e em alguns bairros, a iluminação também”.

Jaqueline Gobo, 19, estudante, moradora do Santo Amaro

“A situação é crítica. O asfalto não está bom, pode ter acidentes porque tem muitos buracos. A saúde é ruim, nunca tem vaga. Precisa mudar quase tudo: pavimentação, saneamento, saúde… Precisa melhorar para a gente viver bem”.

José Anara, 20, coletor de lixo, morador do Portal Caiobá

“Deve mudar tudo: está abandonada, a Orla Morena aqui está toda largada, com tudo quebrado. Assim está a cidade por inteiro”.

Orlando Vieira da Rocha, 48, trabalhador da agropecuária, morador do Cabreúva

“Em relação a Campo Grande, o maior problema é o abandono da cidade, que está cheia problemas. A Orla mesmo era para ser algo tão bonito, para juntar as famílias nos fins de semana... e a segurança está abandonada. As pessoas reclamam do lixo, mas nós como cidadãos, somos responsáveis por isso também”.

Ana Caroline da Silva Barbosa, 22, acadêmica, moradora da vila Planalto

“Tudo é questão de cultura. As pessoas não têm o hábito de jogar lixo no lixo, as ruas são sujas. Isso pode prejudicar a saúde de todos. Tem a questão de acessibilidade, as pessoas cegas precisam de uma calçada especial para se locomover. Deve mudar a cultura, quem sabe se mudando o ponto de vista, a situação de lixo nas ruas mude, também tem os assentos preferenciais nos ônibus, e eu já vi muitos idosos de pé no ônibus porque tem um jovem sentado lá”.

José Eduardo Silva, 42, promotor de vendas, morador do Marcos Roberto

“A situação da Capital está complicada. As estradas estão ruins, buracos por todo lado, crimes aumentando e alguns bairros não têm segurança. Precisa melhorar muitas coisas, como as escolas, creches, que dificilmente tem vaga. Tem mãe que precisa trabalhar e não pode porque não consegue vaga na creche ou na escola. Deviam acrescentar mais linhas no transporte público, porque dependendo do horário você não consegue ir até seu destino porque está lotado”.

André Luiz Vieira, 21, vendedor, morador do Vespasiano Martins

“A situação da Capital está muito ruim. Está tudo largado, as ruas estão ruins, asfaltos cheios de buracos, tem de cuidar na cidade, mas não cuidam. É preciso investir mais na qualidade de vida dos moradores, melhorar a saúde pública, porque nunca tem vaga no hospital quando a gente precisa. Os asfaltos mesmo têm de cuidar para que os motoristas não se prejudiquem, não se acidentem. E tem de melhorar o trânsito”.

Darwin Tavares, 26, mecânico, morador da Coophavilla

Page 5: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 5

“Eu acho Campo Grande muito boa. Quem vem de outra cidade para cá acha isso também. Eu já fui a Ponta Porã e a outras cidades e Estados, e vejo que quem já veio aqui gosta muito, acha Campo Grande muito bonita. Para mim por enquanto não deve mudar nada, só os asfaltos”.

Isaque de Oliveira Filho, 17, operador de máquinas, morador do Santo Amaro

Cresceu Campo Grande é, hoje, conforme os dados mais atualizados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma cidade com pouco mais de 850 mil habitantes. Tem sua história iniciada com a chegada de José Antônio Pereira, há 117 anos, que havia se impressionado com a fertilidade do solo e as boas condições para a produção. Com o tempo, várias outras oportunidades foram se abrindo para a comunidade: a chegada dos trilhos da NOB (Noroeste do Brasil) deu fôlego àquela sertania, fazendo com que vários “Josés Antônios” também apostassem seu futuro na cidade que, décadas mais tarde, se tornaria a Capital e maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Arquivo OEMS

Page 6: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 66

“A cidade para mim é dez, mas tem muita coisa para melhorar: saúde, emprego e tantas outras coisas. Temos muito a fazer”.

Rosângela da Silva, 45, desempregada

“Gosto de morar aqui e para mim não tem deve mudar nada, está tranquilo”.

José Pereira, 54, aposentado, moradora do Coronel Antonino

“É uma cidade boa, mas precisa melhorar asfalto, postos de saúde, escolas... muita coisa, né?”.

Josiane dos Santos, 19, desempregada, moradora da Moreninha 4

“Eu moro aqui há dois anos, quando eu cheguei era melhor. Agora está uma vergonha. Tem que mudar tudo e melhorar, principalmente a saúde”.

Juliana de Oliveira Novaes, 31, diarista

“Aqui é uma cidade maravilhosa, eu não tenho o que reclamar daqui não”.

Neusa Francisca da Silva, 43, autônoma, moradora do Estrela Dalva

“Eu acho muito boa, pretendo sempre morar aqui porque eu gosto de Campo Grande. Mas tem problemas: pavimentação, as ruas, buracos, sinalização e a saúde, que é muito precária”.

Leonardo Pereira, 27, trabalhador da área da saúde, morador da Coophasul

“É uma cidade muito legal. Nunca saí daqui, sempre morei aqui, e para mim é um lugar muito bom. Acho que, além das questões básicas de governo que todo mundo está cansado de saber, não tem muita coisa para mudar”.

Carla Fernanda Shuker, 22, arquiteta, moradora da vila Nasser

“Maravilhosa! Eu moro aqui, né? Só tem que ter mais investimentos na saúde e educação”.

Lucília Carlos Pereira, 45, cabeleireira, moradora do Isabel Garden

Beleza As projeções que visavam a consolidação do centro urbano de Campo Grande contemplaram o município com ruas largas e bem arborizadas, sendo parte dessa cobertura verde, um verdadeiro patrimônio da cidade. A Capital dos Ipês, que nesta época do ano se colore nas diferentes matizes, caminha a passos largos para atingir a marca de 1 milhão de habitantes. Ainda assim, consegue preservar, na visão de muitos de seus moradores, a imagem de comunidade interiorana. Novos comportamentos e tecnologias se unem a velhos hábitos, como as rodas de tereré nos bairros e parques.

Saul Schramm

Page 7: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 8: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 68

“Tem 3 anos que moro aqui, gosto muito da cidade e não pretendo ir embora tão cedo, tem uma estrutura muito boa, mas ainda tem coisas para melhorar”.

Jackson Costa, 27, desempregado, morador do Aero Rancho

“Olha eu acho que, com a crise que está, nossa cidade ainda está ótima, mas precisa melhorar muita coisa. Eu amo de paixão Campo Grande. Eu viajo bastante, mas sempre penso em voltar, porque vejo como é bom aqui”.

Rosalina da Silva Barros, 52, babá, moradora do Aero Rancho

“A Capital é muito boa, mas está faltando mais segurança, e opções de lazer para as crianças. Está devendo nisso. Mas aqui é uma maravilha. É a minha cidade, né?”.

Soleide de Matos Santos, 57, funcionária pública, moradora do Ouro Verde

“Eu sou novo aqui, mas gosto já de Campo Grande. E por enquanto não vejo que tem de mudar nada”.

Mauricio Ribeiro, 19, acadêmico, morador do Praia da Urca

“Acho uma cidade bem limpa e organizada, na minha visão a cidade é boa, muito tranquila”.

Lucas de Andrade Borges, 19, estudante, morador do Estrela do Sul

“Campo Grande é tudo de bom, maravilhosa, muito linda. Para mim está bom, não acho que deve mudar nada na nossa cidade, está tranquila”.

Rosa Francisco Xavier, 59, vendedora, moradora do Coronel Antonino

“Eu fico só nesse bairro, não saio muito. Mas gosto muito daqui. Acho que Campo Grande está boa, não precisa melhorar. Quando vou ao hospital, por exemplo, sempre sou bem atendido, não demoram para me atender. Estou satisfeito com tudo”.

Almir da Silva, 63, vendedor, morador do Aero Rancho

“Eu gosto muito da cidade. Estou aqui há 30 anos e gosto muito. Não digo que tenha algo que precise ‘mudar’, mas acho que os governos poderiam melhorar em questão de saúde, de habitação para o povo”.

José da Silva, 44, porteiro, morador da vila Bandeirantes

“Eu acho uma cidade muito organizada, bem calma e de família, boa de se viver. Para mim está boa, não tem o que pensar”.

Thaynara Araújo, 25, estudante, moradora do Jardim Pênfigo

“Campo Grande é uma cidade bonita, mas está devendo muita coisa. Uma delas é a saúde, as escolas estão uma zoeira só. Onde moro está do avesso”.

Emerson José Soares, 29, profissional de construção civil, morador do Jardim Columbia

A cidade é um lugar muito bom para morar, mas não estou contente com algumas situações. Falta investimento na saúde, na educação, nas ruas, na segurança, pois tem muitos assaltos nos bairros e no Centro. Se o dinheiro público for usado de maneira adequada, talvez não teríamos muitos crimes. Precisa investir na saúde, não deixar faltar medicamentos, e colocar mais policiais para cuidarem dos bairros

Douglas Parizoto, 35, diretor de ensino, morador do Oliveira 1

Page 9: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 9

“Acho que muitas coisas precisam mudar. O asfalto está ruim, tem muito buraco, prejudica quem quer andar na Capital, pode causar acidente isso. Está feio. É o bolso e a vida dos motoristas, que pagam o ‘pato’. Mas não é apenas isso que precisa melhorar: tem também a educação das crianças e a segurança nos bairros, principalmente na região do Aero Rancho, do Parati, que está tendo muito assalto”.

Elton de Souza, 21, autônomo, morador do Jardim das Nações

“Estou morando há pouco tempo aqui, mas estou gostando muito. Só a manutenção das ruas que está vergonhosa. De modo geral, tenho andado na cidade e vejo que está bem desmazelada. É muito perigoso: às vezes, para desviar de um buraco, corre o risco de bater em um carro”.

João Célio Félix, 71, ambulante, morador do Coronel Antonino

Crateras Nenhuma reclamação foi tão recorrente neste caderno quanto à direcionada aos buracos nas vias públicas. O problema, porém, mostra-se mais profundo do que muitas das crateras que atormentam os motoristas. O serviço de manutenção de vias chegou a ser alvo de investigação por suspeita de cobranças indevidas, ou mesmo sobre a realização das ações em locais onde não eram necessários. A situação é mais grave em locais onde o pavimento é mais antigo. E piora no período de chuvas, quando à cobertura asfáltica em alguns locais simplesmente não sobrevive.

Arquivo OEMS

Page 10: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 610

“Os asfaltos cheios de buracos podem prejudicar os motoristas, os cadeirantes, que precisam transitar pelas ruas quando querem fazer alguma coisa”.

Adriano Portela, 26, militar aposentado, morador da vila Aimoré

“Tem muita coisa que está deixando a desejar, como as ruas cheias de buracos. No caminho que faço para trabalhar está terrível. No mais, eu gosto de Campo Grande”.

Geane Carvalho, 36, comerciante, moradora do Jardim Bálsamo

“Acho boa a cidade, só que tem de ter mais asfalto, porque é muito ruim essas ruas de terra. E precisamos de mais um posto de saúde aqui na nossa região”.

Leonardo Silva da Rosa, 19, desempregado, morador do Aero Rancho

“Eu só acho que tem que melhorar as ruas e os buracos, porque está muito ruim. Como eu dirijo muito, acho que tem que melhorar nesse ponto. Tirando isso eu gosto muito da cidade”.

Suelen Carvalho, 25, auxiliar administrativo, moradora Estrela do Sul

“Quando a gente chega em Campo Grande, tem uma coisa que a identifica: o péssimo asfalto, a buraqueira. A pavimentação, se possível, é bom mudar”.

Valdirano Nunes da Silva, 34, pastor, morador da Mata do Jacinto

“Olha o tanto de buracos que tem nessa rua, aí! As praças todas destruídas, não tem lazer. Domingo eu vou para onde? Se você vai para a Afonso Pena é muito lotada”.

Mauir Leonardo Bogarin, 21, açougueiro, morador do Aero Rancho

“Gosto muito daqui, nasci e nunca saí de Campo Grande. Mas precisa de melhorias na cidade. Veja, eu piloto uma moto, e nas ruas têm mais buracos do que asfalto”.

Kendra de Souza, 23, confeiteira, moradora do Aero Rancho

Recape Reclamações sobre os buracos nas vias pavimentadas são comuns para os campo-grandenses, no entanto, há duas outras faces do problema: na primeira delas, algumas consideradas cruciais passam por recentes ações de recape e, hoje, servem de comparativo para outras áreas da cidade. É o caso das avenidas Guaicurus, da Capital, das Bandeiras e da Afonso Pena, onde, agora, situações envolvendo a alta velocidade dos condutores preocupam. E moradores de alguns bairros, incluindo aí regiões antigas da cidade, como a Nova Campo Grande, esperam que o asfalto vá além dos corredores de ônibus, beneficiando mais gente das comunidades.

Page 11: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 11

“A cidade é boa, o que ela está precisando, e bastante, é que cuidem mais das ruas, que estão cheias de buracos. No mais, Campo Grande é uma cidade linda”.

Alicio Frabio, 65, aposentado, morador do Coronel Antonino

“Adoro morar aqui. Só que tem muito buraco. A primeira coisa para resolver é essa buraqueira”.

Divino Paes Ferreira, 60, aposentado, morador do Estrela Dalva

“Tem de mudar bastante coisa, né? Principalmente os buracos nas ruas, que estão cada vez piores aqui na cidade”.

Hélio Rodrigues de Oliveira, 47, vendedor, morador do parque dos Laranjais

“A cidade é boa, mas tem de melhorar a saúde, a educação que está só por Deus, e os buracos, que é o principal problema para mim”.

Maria de Jesus, 52, dona de casa, moradora do Aero Rancho

“Gosto muito de morar aqui, mas tem de acabar somente com esses buracos. Só tem buraco nas ruas aqui!”.

Rosalina Vilalba, 68, comerciante, moradora do Dr. Albuquerque

“Apesar de muitas coisas não estarem boas como o asfalto, que está cheio de buracos, que causam muitos acidentes, eu gosto de morar aqui. Gosto das festas que tem daqui”.

Geison Abreu, 18, borracheiro, morador do Jardim Columbia

“Eu gosto bastante de Campo Grande. Sou de Ponta Porã, mas já moro aqui há algum tempo. Acho que a cidade está meio abandonada, ela não era assim. O asfalto, principalmente, tem muito buraco”.

Gesilaine Rosa de Moraes, 23, estudante, moradora do Coronel Antonino

Page 12: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 612

“Precisa falar alguma coisa? Vou resumir: as ruas estão parecendo um queijo suíço!”.

Valdir Martins, 44, carteiro, morador do Aero Rancho

“Está tranquilo para mim. Só falta tapar os buracos da rua”.

Francisco Graça Leite Neto, 74, artesão, morador do São Francisco

“A situação da Capital está precária. Vemos pelas ruas: os asfaltos estão ruins. Isso prejudica o trânsito e pode causar acidentes. Muitas coisas precisam mudar, não só no Estado, mas no Brasil. Precisamos de bons representantes para conduzir o país”.

Vitor Vinícius Casarem, 31, instrutor de trânsito, morador do Iracy Coelho

“A situação da Capital está péssima, a começar pelas ruas. Tem muitos buracos, prejudica o trânsito e os motoristas. Isso pode fazer os motoristas se acidentarem ou até morrerem, dependendo da situação. É preciso mudar tudo: a qualidade dos asfaltos, e a segurança dos moradores nos bairros também, porque está tendo muito assalto; a educação, pois às vezes seu filho precisa estudar e não tem vaga nas creches. Isto é ruim tanto para nós, pais, que precisamos trabalhar, quanto para as crianças, que precisam estudar”.

Rosimeire Martins, 44, operadora de produção, moradora do Iracy Coelho

“A situação está muito ruim. As ruas cheias de buracos, e o pior é que ninguém faz nada para que isso mude. Pagamos o IPVA, que não é nada barato, mas não temos um asfalto bom para que possamos transitar pela Capital com segurança. As coisas precisam mudar. As ruas precisam estar boas para que a gente, na hora de dirigir, não danifique o carro. A saúde também precisa de investimento, porque está complicada a situação nos hospitais e nos postos de saúde. Os atendimentos sempre demoram muito. Se precisa de atendimento, você tem de ser atendida sem demora. A segurança é outra coisa que precisa melhorar, porque está tendo muito assalto”.

Jéssica Souza, 23, secretária, moradora no Jardim das Hortênsias

“A situação está um pouco complicada, principalmente na questão das ruas. Têm muitos buracos espalhados pela cidade, inclusive no meu bairro tem muito e na frente da minha casa e lá não tem nem asfalto. Acho que deveriam asfaltar todas as ruas. Deveriam cuidar mais dessas questões”.

Paulo Edigar, 19, estudante, morador do Oliveira 2

“A situação está precária porque ninguém ajuda a melhorar. As ruas esburacadas estão dando prejuízo aos motoristas, um buraco pode estragar o pneu. Dia desses chegou um rapaz na Santa Casa todo machucado, por conta de buraco. Pagamos o imposto e nada de melhora. Por onde passamos, também vemos lixos espalhados, e isso incomoda. A saúde precisa muito ser mudada, investir mais em remédios, equipamentos e em profissionais para ter um atendimento de qualidade”.

Luiz Fernandes Guimarães, 28, técnico em enfermagem, morador do Chácara Cachoeira

“Tem que melhorar muito esses asfaltos, que estão muito precários”.

Juliana Coronel, 56, do lar, moradora do Caiobá,

Page 13: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 14: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 15: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 16: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 616

“Nasci aqui, gosto muito da cidade porque, ao mesmo tempo em que tem comportamento de uma capital, tem um jeitinho de interior. No domingo, o pessoal reúne a família para curtir. Algumas coisas pecam, a saúde está complicada, passou de certo horário não temos segurança para andar na rua. Falta melhorar isso, de resto amo muito a minha cidade”.

Beatriz Anache Guimarães, 20, acadêmica, moradora do Monte Castelo

“A situação é precária. As ruas estão ruins, tem muitos buracos, a segurança também não está legal. Os assaltos aumentaram principalmente nos bairros, isso é perigoso para os moradores, precisam cuidar mais da segurança da população. É preciso investir na segurança pública da Capital, nas ruas, para que os motoristas e pedestre mesmo não sejam prejudicados, tem os cadeirantes que dependendo da situação do asfalto é prejudicado e não consegue andar pelos lugares”.

Jéssica de Jesus, 22, auxiliar administrativo, moradora do Jardim Imá

“Tem que tirar os ladrões. Está tudo certo no geral, moro há muito tempo aqui e só falta melhorar isso”.

José Luiz, 63, comerciante, morador da vila Belo Horizonte

“Gosto da cidade, acho bonita, só que tem uns probleminhas aí coisas como asfalto, sinalização e segurança, principalmente”.

Adriano Medeiros de Oliveira, 34, instalador, morador do Ouro Verde

“É para falar a verdade ou mentir? De preferência, precisa melhorar a segurança. Aqui não tem segurança para nada. Você sai e tem de ficar cuidando tudo, olhando para os cantos, para tudo, esse é o principal”.

Ruan Soares Borges, 28, protético, morador da vila Nasser

“Gosto de morar aqui, mas tem de mudar de tudo um pouco, saúde, educação, buracos e segurança”.

Michele Pereira de Souza, 25, desempregada, moradora do Nova Campo Grande

“Sou nova aqui, mas pelo pouco tempo já pude perceber que as ruas estão feias, tem muitos buracos atrapalha o trânsito aqui e pode causar acidentes. Além dos asfaltos, é preciso mudar a segurança. Vim de uma cidade pequena, e fico com medo de andar nas ruas. Tem muito assalto. Esses dias minha sobrinha estava indo para a escola e foi assaltada”.

Roseli Martins, 36, funcionária pública, moradora do Iracy Coelho

Alerta Indicadores de segurança pública mostram a piora de dados relativos a assassinatos em Campo Grande, como recentemente apontado pelo Mapa da Violência do governo federal. No entanto, não é necessário se balizar de estudos para fazer a afirmação: roubos e furtos de celulares se tornaram prática comum em diferentes regiões da cidade, ao passo que a população também tem sido surpreendida com informações sobre crimes bárbaros, como assassinatos e estupros. Do lado da segurança pública, há quem aponte a necessidade de reforço no efetivo policial e na aquisição de viaturas e equipamentos para fazer frente à bandidagem. No entanto, ações como blitze serviram para retirar da rua veículos como motocicletas roubadas, comumente usadas por criminosos para diferentes ilícitos. Há, contudo, expectativas sobre a efetividade de investimentos como o videomonitoramento de ruas, sobretudo na área central, a fim de coibir a ação de criminosos ou mesmo os identificar.

Saul Schramm

Page 17: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 17

Luz Com vias largas e arborizadas e bairros cada vez mais distantes, Campo Grande viu a necessidade de investir em serviços como o de iluminação pública, imediatamente atrelado à segurança pública diante do temor da população em ser abordada à noite por criminosos. O serviço, aliás, é alvo de recente polêmica na qual foi aprovada pelo Legislativo municipal a suspensão da cobrança da taxa da população, enquanto a prefeitura argumenta que os recursos são vitais para manter os postes acesos.

“A situação está ruim. A crise financeira está forte e o desemprego tem aumentado muito, também tem os assaltos que vêm aumento cada vez mais. Sempre que estiver na rua precisa ter atenção redobrada por conta do celular. Acho que a segurança deveria ser melhor cuidada. Tem muitos criminosos à solta e podemos encontrar eles em qualquer lugar. Deveria investir na área da saúde para a população, também, para que todos sejam beneficiados e ninguém precise esperar horas para ser atendido”.

Ramão de Queiroz, 29, desempregado, morador do Jardim Centro Oeste

“Eu acho uma cidade boa, mas deve mudar a segurança, a limpeza e asfalto. Ultimamente está meio tenso, mas no geral diria que é uma cidade boa e bonita, porém, meio abandonada”.

Thiago Ferreira de Moura, 22, acadêmico, morador do Nova Lima

Saul Schramm

Page 18: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 618

“Eu gosto de morar aqui. Só acho que falta um pouco mais de lazer, igual na Orla Morena, é um lugar bacana para vir. Mas temos muito pouco os lugares para ir. Precisa ter mais lazer”.

Evelyn Gabilani, 26, analista de suporte, moradora do Jardim Carioca

“É uma cidade tranquila, não é tão movimentada como as outras capitais, é boa para morar. A prefeitura deve investir mais na cultura para os jovens ter algo para fazer”.

João Manoel Fernandes, 22, funcionário de restaurante, morador do Santa Fé

“A situação da Capital é boa. Sou suspeito em falar porque sou apaixonado por esse lugar. Existem alguns pontos que me deixam desanimado, como as ruas esburacadas, isso atrapalha, o desemprego tem aumentado por conta da crise do Brasil, isso vai fazendo o povo desanimar. Acho que o governo deveria investir mais em lazer, pois tem poucos lugares para ir quando queremos dar um rolê com os amigos. O esporte também, deveria incentivar as pessoas a praticarem esportes e tem a segurança. Ultimamente o que mais tem é assalto, então precisa investir na segurança”.

Ronaldo Rodrigues, 23, vendedor, morador do São Conrado

Everton Pras, 21, auxiliar de cozinha, morador do Jardim Tijuca 2

Área de lazer Os espaços de lazer em Campo Grande têm entre suas principais referências o parque das Nações Indígenas, a Orla Ferroviária, o mirante do Aeroporto, os parques Elias Gadia e Belmar Fidalgo e o Horto Florestal. Em comum, a maioria desses espaços orbita a região central, faltando assim espaços de lazer nos bairros. Praças chegaram a ser construídas em regiões como o Jardim Noroeste e o Parque do Sol, enquanto parques como o Jacques da Luz e Ayrton Senna –respectivamente nas Moreninhas e no Aero Rancho, dois dos mais populosos bairros do município– aguardam por mais atividades de lazer, segundo apontamentos frequentes de moradores, ou mesmo que sejam efetivamente abertos, com a execução de reparos cobrados pelas autoridades.

Eu acho que a cidade está boa, mas deveria mudar mais, tem poucas praças de lazer para a população e isso quando todo mundo resolve sair vira aquela confusão, tumultua todo, sai briga. Se implantasse praça nos bairros também seria bom, porque alguns bairros são esquecidos pelos políticos. Acho que deveria mudar as ruas, pois elas estão bem ruins, tem muitos buracos. E a questão do esporte, tem o parque das Nações Indígenas, mas não tem ninguém para instruir um jogo. Se o governo criasse um programa de incentivo ao jovem, evitaria que muitos deles entrassem em confusão, porque estariam ocupados se divertindo

Saul Schramm

Page 19: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 19

“A situação está uma ‘porcaria’, os asfaltos esburacados, ninguém cuida da cidade. Isso é ruim para o trânsito e para o motorista, que pode sofrer um acidente, o que vem acontecendo muito, sempre tem alguém que não vê o buraco ou desvia e sofre acidente. Não dá para continuar assim, com esses buracos, é perigoso. Também tem a saúde, que sempre quando alguém precisa de atendimento, demora para ser atendido”.

José Geraldo de Souza, 41, motorista, morador do Aero Rancho

“A Capital tem qualidades e defeitos. É um pouco desorganizada. No bairro onde moro só tem asfalto nas ruas principais, onde os ônibus passam, e esquecem das outras. Tem lugares com muitos buracos, e isso deveria ser melhorado. Acho que a limpeza precisa ter mais cuidado, mas não só ela, como a saúde, pela falta de médicos, e a educação, porque é de criança que se aprende as coisas certas da vida. Investir nas crianças é mudar o futuro”.

Washington Bruno, 19, estudante, morador do Oliveira

Limpeza urgente Campo Grande enfrentou neste ano –a exemplo do que ocorreu praticamente na última década– epidemia de dengue, que veio acompanhada do zika vírus e da febre chikungunya, todas transmitidas pelo Aedes aegypti. Ao mesmo tempo, viu algumas de suas regiões serem apontadas como de alta incidência para doenças como leishmaniose. Em comum, tais males têm a sujeira em terrenos, públicos e privados, como agravante, já que ela serve como esconderijo dos mosquitos.

Page 20: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 620

“Precisamos de segurança e mais trabalho, porque está faltando muito emprego”.

Laercio de Arruda, 34, desempregado, morador do Bosque das Araras

“É uma cidade boa, mas tem que melhorar é saúde e ter mais trabalho. O primeiro emprego para o jovem, né?”.

Fatima Auxiliadora da Silva, 37, trabalhadora de limpeza, moradora Vila Palmira

“A Capital é maravilhosa, mas a falta de serviços públicos, o desemprego, têm prejudicado muito a vida dos moradores. Deveria ter mais emprego, mais investimento em saúde e educação para a população viver bem. Acho que a má administração tem prejudicado muito a Capital, isso precisa ser mudado, é preciso uma pessoa qualificada para ocupar a prefeitura e fazer as coisas melhorarem. Fazer a capital ir pra frente e não continuar desse jeito, tudo largado”.

Paulo Bezerra, 35, marceneiro, morador do Tijuca 2

“A situação da Capital é crítica. A saúde não está legal, quem precisa de atendimento tem que esperar mais de duas horas para ser atendido, se for alguma coisa grave a pessoa já se prejudica mais por conta da espera, também tem o desemprego que aumentou muito. Precisa mudar a questão do mercado de trabalho, o governo deveria oferecer mais cursos técnicos profissionalizantes gratuitos para quando procurar emprego já ter uma base de como trabalhar ou também só por ter o curso no currículo já consegue emprego, isso facilita muito a gente”.

Wellingthon Alencar, 29, desempregado, morador do Aero Rancho

Mercado de trabalho Diferentes feirões de emprego ou projetos para oferecimento de oportunidades no mercado de trabalho reuniram, neste ano em Campo Grande, um bom número de pessoas interessadas em uma colocação profissional que as ajudasse a sair de uma delicada situação que é realidade para milhares de famílias. Indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontaram alta superior a 40% no desemprego na Capital, na comparação entre outubro de 2015 e março deste ano, reflexo também da crise econômica de proporções nacionais –que gerou fechamentos de empresas ou, quando a medida não se tornou necessária, provocou demissões em grande escala.

Arquivo OEMS

Page 21: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos
Page 22: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 622

“O que eu acho que afeta muito a população são as pessoas que ganham casa pela Emha e nem precisam, ganha e vende, e quem realmente precisa tem de contar com a sorte para ser sorteado. Eu não acredito na política, para mudar mesmo é Deus, porque nós seres humanos não temos poder para isso”.

Kalebe Tashima, 25, técnico de suporte de internet, morador do Jardim Campo Nobre

“Ninguém cuida da cidade, nem o poder público, nem a própria população. Precisa de conscientização. É preciso que todos se conscientizem para que a Capital comece a melhorar”.

Saulo Santos, 39, advogado, morador no Iracy Coelho

“A situação está complicada, faltam políticos bons para fazer alguma coisa. Precisa mudar a educação, investir mais na qualidade de vida. Precisamos de pessoas na política que realmente se preocupem com os moradores. É preciso que tudo mude, as ruas porque tem muitos buracos, saúde precisa de mais qualidade na hora dos atendimentos, precisamos dar uma boa educação para nossos filhos”.

Gabriel Barbosa, 27, advogado, morador da vila Carvalho

“Eu particularmente amo muito Campo Grande, é uma cidade que me apaixonei desde a primeira vez que vi, e já tem seis anos que estou aqui. É preciso pessoas competentes para cuidar dessa cidade maravilhosa”.

Mayara Luiz, 30, gestora de Recursos Humanos, moradora do Los Angeles

“A situação da Capital está horrível porque ninguém olha para a gente, a população. Os políticos, mesmo, só aparecem em época de eleição. Antes disso ninguém quer saber de nada. É preciso mudar a política para ver se o Brasil muda, se melhora a vida dos brasileiros”.

Renata Mendes, 27, dona de casa, moradora do Santa Carmélia

“Adoro morar aqui, Campo Grande é a minha cidade. O que deve mudar são os governantes, só com isso a cidade vai se desenvolver”.

Irwing Ferreira, 33, militar, morador do Aero Rancho

“A cidade é boa. Em vista de São Paulo, ela é maravilhosa. Mas tem que mudar o sistema da política, se mudar os políticos, muda tudo”.

Gercilho da Silva, 77, aposentado, morador do Aero Rancho

“Eu penso que investiram muito em tocha olímpica. Tinha era de investir em saúde, em educação, segurança também. Investiram muito nisso aí e esqueceram da cidade”.

Danilo Alves, 25, instalador, morador da vila Nogueira

“Está tudo parado. São poucas coisas que estão andando, mas eu gosto da cidade, a gente vive bem aqui, gosto muito daqui. Temos de mudar na política que já resolve”.

Agnes Candido, 32, autônoma, moradora da zona rural

“Gosto muito daqui e não troco Campo Grande por nada, mas são muitos corruptos, ladrões. A política está destruindo muito essa cidade”.

Luzia da Silva Eugênio, 46, cabeleireira, moradora do Coronel Antonino

Cassa e não cassa Administrativamente, Campo Grande viveu nos últimos anos o momento mais turbulento de sua história, motivado por uma instabilidade política surgida da falta de harmonia entre vereadores e o Paço Municipal. Em março de 2014, a Câmara Municipal aprovou a cassação do prefeito Alcides Bernal sob acusações de irregularidades administrativas. Seu substituto, Gilmar Olarte, e parlamentares que votaram pela cassação, acabaram investigados pelo Ministério Público por conta de supostos interesses na queda de Bernal –que se mantém no cargo em meio a liminar.

Arquivo OEMS

Page 23: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 23

“A situação é uma calamidade pública, pois está tudo abandonado e ninguém faz nada para melhorar. Em época de campanha, aparece todo mundo, mas fazer depois de eleito mesmo, não fazem”.

Diogo Sales, 29, vendedor, morador do Jardim das Hortências

“A cidade é boa, o que não é bom são os governantes. Os políticos apenas prometem e não cumprem com nada, ninguém quer saber do povo. Precisa melhorar de políticos, com isso teríamos dinheiro suficiente para não deixar a saúde desorganizada, faltando vacinas e remédios para o cidadão de bem”.

Assis Correa, 61, motorista, morador do Taquaral Bosque.

“Eu acho uma cidade boa para emprego, para tudo. Mas a saúde com certeza deve melhorar, os estudos para as crianças, porque os professores entram muito de greve”.

Nair Ferreira, 54, doméstica, moradora do parque do Lageado

“Uma cidade ótima, o que deve mudar é no Brasil inteiro, né? A política”.

Everton Custódio, atua no comércio e construção civil, morador do Parque dos Laranjais

“Acho uma cidade boa para morar, mas a administração tem de dar uma melhorada”.

Cleverson Gamarra, 22, inspetor de alarmes, morador do Aero Rancho

“Gosto da cidade, mas precisa mudar muito a política, muito buraco, a saúde”.

Ariana Iwahara, 28, dona de casa, moradora da Coophatrabalho

“A infraestrutura está um pouco ruim. Pagamos os impostos para melhorar a cidade, mas não é o que acontece. Deveria ser lei: só tem capacidade de gerir quem não for corrupto”.

Israel Pereira, 22, segurança, morador do Nhanhá.

“Campo Grande é uma cidade boa de se morar, bonita. Mas tem bastante coisa para se mudar, começando pelos políticos”.

Cristiano Teixeira, professor, morador do Los Angeles

Page 24: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 624

“Depende do ponto de vista. Em questão de moradia Campo Grande tem uma estrutura boa, embora tenha algumas deficiências ainda, dá uma capacidade boa de viver. Há uma necessidade hoje de fazer uma mudança, e grande, no sistema viário da cidade. É necessária essa mudança para diminuir tempo, economia, rapidez e eficiência no trabalho”.

Airton Fernandes, 62, instrutor de trânsito, morador da Coophasul

“Carlos Arnaldo de Carvalho, “É muita coisa que precisa ser mudado na nossa cidade, principalmente a questão de trânsito. Poderia ter mais locais acessíveis para trazer as crianças para brincar e também os buracos e sinalização”.

Carlos Arnaldo de Carvalho, 23, autônomo, morador do São Francisco

“Eu gosto daqui, moro aqui já tem cinco anos, gosto mais por conta da segurança, porque as outras cidades em que morei são perigosas. Aqui eu acho bem tranquilo. O trânsito não tem engarrafamento, eu gosto disso também. Mas precisa priorizar a saúde, dar uma melhorada na infraestrutura”.

Talita Lorraine, 24, administradora, moradora do Jd. Noroeste

“Gosto porque é uma cidade bem arborizada, de ruas largas. O que não gosto são a estrutura política e o transporte”.

Juliana Maciel Santos, 32, desempregada, moradora do Jardim Paradiso

“Uma cidade boa, mas que precisa de mais praças, mais lazer, melhorar os ônibus, que só andam cheios, a saúde, o resto está bom”.

Nilda Xavier Delmondes, 47, doméstica, moradora do Jardim Tarumã

“Eu adoro a cidade, mas tem que mudar o meio de transporte porque está muito difícil, principalmente no horário de pico. E fazer melhorias no asfalto porque está tudo cheio de buracos”.

Neolelide Martins Oliveira Leão, 45, agente de saúde

“Faz pouco tempo que moro aqui, e vejo que tem de melhorar muito na questão de educação e trânsito”.

Ivone Carmona de Arruda, 40, acadêmica, moradora do Jardim Aeroporto

“É uma cidade maravilhosa, muito gostosa para viver, mas tem muita coisa para mudar, principalmente o transporte, os coletivos que andam bem complicado”.

Eunice Ferreira da Silva, 46, diarista, moradora do parque do Sol

“Gosto da cidade, faz 11 anos que moro aqui, só que falta o prefeito, trazer mais asfalto para essa região”.

Roberto Rosário, 66, aposentado, morador do Aero Rancho

Trânsito Com ruas largas em sua porção mais central, Campo Grande começa a enfrentar alguns dos problemas comuns às grandes metrópoles, como o trânsito pesado. A cidade já tem seus pontos de estrangulamento do tráfego, levando a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a realizar operações especiais para priorizar veículos com maior número de passageiros. O transporte coletivo é outro capítulo à parte: embora esteja bem integrada por terminais e tenha veículos novos, a cidade padece de corredores eficientes de transporte, ainda raros pela cidade. Projeto que prevê a construção do sistema na região sul, envolvendo avenidas como a Bandeirantes e a Marechal Deodoro, aguarda aval do Exército para ser executado em parceria com o município.

Saul Schramm

Page 25: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 25

“A situação está péssima, os asfaltos cheios de buracos, a saúde pública mesmo deixa a desejar, quase nunca tem vaga para ser atendido nos hospitais. Falta remédios nos postos de saúde, a demora para ser atendida isso tudo prejudica a gente. Acho que precisa melhorar essa questão, a saúde, porque precisamos de uma saúde de qualidade para trabalhar, estudar, e a falta de atendimento, demora para ser atendida pode prejudicar ou até mesmo agravar a saúde de quem precisa de atendimento”.

Cleuza Regina de Carvalho, 35, dona de casa, moradora do Tijuca

Saúde Campo Grande é uma das poucas grandes cidades brasileiras que não contam com um hospital municipal público. As três principais unidades que fazem atendimento pelo SUS são a Santa Casa (entidade filantrópica conveniada), o Hospital Regional Rosa Pedrossian (estadual) e o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (federal); sendo recentemente incorporado ao sistema de urgência e emergência o Hospital do Pênfigo (filantrópico). Projetos para a construção de um hospital municipal chegaram a ser anunciados, mas pouco avançaram.

Saul Schramm

Page 26: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 AnosC A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 626

“Gosto de morar aqui, apesar de ter cinco anos só. Tem de mudar a saúde, infraestrutura, e os políticos né, só que não é só do Estado: é do Brasil inteiro. Está uma calamidade a saúde, os postos, está demais, né? O restante está bom”.

Aluísio Torres, 51, inseminador, morador da vila Almeida

“As ruas já dizem tudo: buracos estão por todo lado. Não dá para andar direito, sem falar nos acidentes que estão aumentando, e parte deles é por conta do asfalto. É preciso melhorar a saúde, os hospitais, a falta de remédios para a população, ter vagas quando alguém precisar de atendimento”.

Amanda Gomes, 18, manicure, moradora do Portal Caiobá

“Saúde, cidadania, os bairros estão largados, médico nem sabe que meu bairro existe, o posto de saúde de lá está de enfeite. Está como elefante branco, só para comer dinheiro, porque médico não tem”.

Wellington de Almeida dos Santos, 27, pintor, morador do Caiobá

“Eu nem sei o que precisa melhorar, são tantas coisas, né? Esses postos de saúde... já tentei marcar dentista em dois e não consegui”.

Keila Soares, 28, salgadeira, moradora do Caiobá

“Gosto do clima agradável. Deve ter mais médicos, em Campo Grande é precária essa questão. Tem de ter mais postos de saúde, porque você enfrenta filas. Mas a acho uma cidade maravilhosa”.

Regina Benites Nunes, 32, vendedora, moradora do Aero Rancho

“A Capital tem condições financeiras de ser melhorada. Precisa investir na saúde, na educação. Vamos no posto e ficamos mais de quatro horas esperando atendimento. Você sai cedo de casa ou quando está passando mal e demora ser atendido. Também que precisa melhorar os asfaltos. Se tiver mais força de vontade com certeza a Capital ficará melhor”.

Micael Marques, 29, serviços gerais, morador do Aero Rancho

“A situação está regular, mas tem muitas coisas que precisam mudar. A saúde mesmo: falta atendimento, vagas para quem precisa, muitas pessoas morrem porque não tem vaga, isso não pode acontecer. O principal que tem que mudar é a saúde. Também precisa melhorar outras coisas como o asfalto, cheio de buraco”.

José Roberto Lima, 23, pedreiro, morador do Portal Caiobá 2

“Eu gosto de morar aqui, mas na questão da saúde precisa ter mais um hospital para atender aqui. A política está bem errada, tem que mudar também alguma coisa”.

Jorcelino Francisco do Carmo, 64, vendedor ambulante

“É uma cidade boa, mas complicado é complicado falar no que mudar, hein? Tem muita coisa, tem que melhorar a saúde, as ruas, é complicado falar”.

Marcio Evandro, 43, funcionário público, morador do Jardim Panorama

Demora Recentemente foram entregues as últimas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que, há anos, eram esperadas para complementar o atendimento emergencial –Moreninhas, Leblon e Santa Mônica. Ainda assim, é grande a reclamação quanto a atendimentos de especialidades, caso da pediatria, ou quanto a ausência de médicos em unidades. Ações recentes do Estado e município ajudaram a reduzir a fila de espera por procedimentos –alguns pacientes aguardavam há anos por uma simples consulta–, mas ainda há críticas quanto ao número de profissionais para atendimento, gerando filas e demora.

“Moro a apenas cinco meses na Capital e gosto muito deste lugar. Mas tem o asfalto que precisa mudar, consertar os buracos que são muitos, porque isso reduziria o número de acidentes”.

Loudmar Mattos, 50, serviços gerais, moradora do Santa Mônica

Arquivo OEMS

Page 27: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos

Campo Grande | 117 Anos C A M P O G R A N D E - M S | S E X TA - F E I R A , 2 6 D E A G O S T O D E 2 0 1 6 27

“Gosto de morar aqui. Mas é mais a saúde que precisa melhorar. Precisamos de mais remédios nos postos, porque eu tenho um pai doente e fui lá pegar e estava faz tempo em falta”.

Lídia de Farias, 45, comerciante, moradora do Estrela Dalva

“A situação está precária, principalmente na saúde. O posto que vou, no bairro Serradinho, tem dois meses que não tem médico. Precisei levar meu neto na emergência e demoraram muito para atender. Precisamos de mais médicos. Acho que além da saúde a segurança também deve ser melhorada, tem muitos criminosos e malandro nas ruas, a gente tem que prestar a atenção em tudo e isso é uma coisa chata porque andamos com medo de ser roubado ou algo pior”.

Elizabete Bandeira, 56, comerciante moradora do Nova Campo Grande

“A questão da iluminação é importante porque faz parte da segurança, os lugares mais escuros são onde têm marginais, facilita a vida dos assaltantes”.

Lucas Ferreira, 25, desempregado, morador do Pioneiros

“São tantas coisas, mas melhorar a saúde e a educação vêm em primeiro lugar”

Marilza de Souza, 38, comerciária, moradora do São Francisco

“Quando você precisa de remédio que não tem a na rede pública o valor cobrado é muito alto, e com o desemprego dificulta mais ainda. Imagina, você precisando de remédio que tem apenas nas farmácias particulares e o valor é alto. Não tem condições. Eu acredito que o prefeito da Capital precisa ser mudado, a administração da cidade que está complicada , sempre falta alguma coisa, nos postos de saúde remédio, nos hospitais vagas. Precisamos de uma pessoa que saiba administrar a cidade, só assim podemos ter alguma mudança.

Lilian Cristina, 32, desempregada, moradora Cristo Redentor.

Page 28: suplemento especial do aniversário de campo grande - 117 anos