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Sexta-feira, 8 de abril de 2011 Cidade traça metas para resolver gargalos até 2012 458 anos

Suplemento Aniversário de Santo André

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Sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cidade traça metas pararesolver gargalos até 2012

458 anos

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2 8 de abril de 2011

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin(PTB), quer o PSDB como aliado na tentativada reeleição na disputa sucessória do Paço em2012. Em entrevista ao Repórter Diário, Ravindestacou a relação de proximidade com o go-vernador tucano Geraldo Alckmin, mas minimi-zou a influência para deliberar ‘de cima pra bai-xo’ no tucanato andreense. Apesar disso, o pe-tebista afirma que Alckmin poderá ser decisivona parceria eleitoral.

O prefeito diz também que deverá conver-sar com o vereador Paulinho Serra – que seapresenta como possível prefeiturável peloPSDB – no intuito de aglutinar forças. Nos bas-tidores, muito se fala sobre a possibilidade de oPSDB indicar o vice de Aidan na chapa que dis-putará a reeleição.

Por falar em vice, o chefe do Executivo re-chaça a previsão de que a escolha do vice possadinamitar o núcleo do Paço, tendo em vista o

que ocorreu recentemente quando DinahZekcer (PTB) e Nilson Bonome (PMDB) troca-ram farpas na imprensa.

Além da parceria eleitoral, Aidan almeja,nesta reta final de mandato, afinar o relaciona-mento com segmentos da sociedade, principal-mente os empresários. Pessoalmente ou pormeio de interlocutores, o petebista tem sinali-zado a intenção de concretizar parcerias como orestante da cobertura da rua Cel. Oliveira Lima.

Repórter Diário: O senhor não teme que a dis-cussão do vice entre a Dinah Zekcer e o Nil-son Bonome possa ressurgir conflitos?Aidan Ravin: Na verdade isso começou a seconstruir com o PMDB. O Nilson em momen-to algum falou em ser vice. Foi o PMDB quemfalou: ou vai ser vice ou terá candidatura.Houve esse direcionamento no evento (filia-ção de Bonome no PMDB). Eu já conversei

com os dois (Bonome e Dinah). Uma palavrafalada aqui se entende diferente ali. Mas achoque nós não teremos problemas porque exis-te respeito grande à pessoa do prefeito. Foiuma situação completamente diferente doque era para ser. RD: Surpreendeu o tom do PMDB?Aidan: Eu não me surpreendi. Você como líderdo partido deve ter postura como essa. Omomento que foi ruim, pois era a filiação domeu secretário de Gabinete, sendo um homemforte do governo e próximo da gente. Colo-caram lenha na fogueira. RD: No encontro com o governador Alckminfoi discutido 2012?Aidan: Eu tive um encontro rápido, mas nãoconversamos sobre questão partidária. Desde ocomeço, eu sempre o apoiei no sentido de con-quistar espaço junto de um grupo. Existe umaamizade e um trabalho. No momento certo elevai nos chamar para conversar. Nós falamossobre o Semasa (déficit), Poupatempo (instala-ção de posto na cidade) e o Parque Tec-nológico. RD: O dinheiro do Semasa – R$ 15 milhões -será repassado?

Os interlocutores do prefeito deSanto André, Aidan Ravin (PTB),esbanjam confiança na reeleiçãodo petebista no pleito sucessórioque se aproxima. Os aliados apos-

tam nas obras mais palpáveis, que atraemvotos, para embasar o discurso. Projetam orecapeamento de quase 100 km de vias, arevitalização de mais algumas praças, nosmoldes da Kennedy, e o funcionamentopleno do Poupatempo de Saúde. O tripé ne-cessário para a manutenção do cargo emais quatro anos no Paço.

Apesar das previsões, o grupo tambémsabe que é preciso agir neste período final,até porque no ano derradeiro do mandato,pouco pode se usufruir de inaugurações eintervenções públicas devido à legislação

eleitoral. Resta saber se o prognóstico seconfirmará e Aidan mostrará o que estáescrito na ‘página que foi virada’, ou a opo-sição – que pavimenta o caminho da faltade uma linha de governo e de uma gestãoque virou a página e mostrou outra ‘embranco’– levará a melhor. Com a palavra oeleitor de Santo André, que já respira um arcada vez mais com aroma de articulaçõespolíticas, enquanto aguarda a solução dealguns dos seus principais problemas.

Ao completar 458 anos neste dia 8 deabril, Santo André tem, ainda, alguns gran-des gargalos para cuidar, como trânsitocaótico, défict de 20 mil moradias, falta devagas na educação infantil, índice conside-rável de analfabetos e melhorias, de fato,na saúde.

Reta final no 458º aniversário

De olho na reeleição,Aidan quer

PSDB como aliado

Aidan: Ele tinha falado para nós que sim. É pre-ciso apenas ver como está a tramitação do pro-cesso. Mas ele não deu prazo. RD: O senhor acredita no apoio do Alckmindesde o início?Aidan: Tem muita gente falando nisso porcausa do apoio que nós demos a ele aqui (naeleição para governador em 2010). O apoio foiincondicional. O Alckmin é pessoa muito séria.Se ele tiver essa vontade, automaticamente,nós vamos conversar mais forte com o PSDBpara ter união. Caso isso não ocorra, também édireito do PSDB ter candidatura própria.RD: O senhor pensa no PSDB como vice?Aidan: Se eu falar que penso em abrir estapossibilidade ao PSDB, ficarei numa situaçãocomplicada. Como ficam os outros partidos?Conversar com o Paulinho Serra não significaque eu estou resolvendo tudo. Seria uma pré-conversa para o Paulinho conversar com to-dos. Nós devemos ter um consenso – entreos aliados – para ver qual o melhor partidopara a chapa. É importante ser vice ou fazeroutra composição? Desde o início eu dissepara trabalharmos juntos. RD: Mas até agora ninguém apresentou pro-jeto?Aidan: Um diz que tem projeto de tecnologia eque precisa tanto de investimento. Só que apessoa quer o espaço primeiro para depoismaterializar o projeto. É ao contrário. Porenquanto, nenhum partido apresentou. RD: Essa coesão inclui o PT também, assimcomo chegou a sinalizar o Bonome?Aidan: Conversar com todos os partidos é obri-gação, mas não acredito que o PT não queiradisputar a eleição. RD: O que vai pesar para definir se ocorreráou não chapa pura, como ocorreu na suavitória em 2008?Aidan: Vai pesar todo o trabalho de conversa-ção que nós faremos daqui pra frente e o grupopara consensuar uma decisão. Nós estamosconversando bastante, mas não acredito que agente consiga definir esse ano.RD: Como está a relação com o empresariado?Aidan: Estamos recebendo todo mundo viaSecretaria de Desenvolvimento. Mas quem qui-ser falar comigo tem porta aberta. A Acisa(Associação Comercial e Industrial de SantoAndré) é uma grande parceira, inclusive comtrabalho paralelo no fomento ao comércio. Maspodemos aproximar mais ainda.

Rua Álvares de Azevedo, 210 – Centro– Santo André - Tel.: 4427-7800

www.reporterdiario.com.br

Jornalista responsável: Airton Resende

Edição: Aline Bosio e Maria do Socorro Diogo

Reportagem: Aline Bosio, Natália Fernandjes, Leandro Amaral,

Carolina Neves e Larissa Marçal.

Comercial: Claudia Plaza e Alessandra DuranFotos: Marciel Peres, Carolina Neves e divulgaçãoProjeto Gráfico: Rubens JustoSuporte Operacional: Pedro DiogoAdministrativo: Rita de Cássia B. da Silva

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38 de abril de 2011

Desde o início do ano, o ‘homem forte’ dogoverno Aidan Ravin (PTB), Nilson Bonome,responde pela saúde, considerada carro-chefee a principal promessa de campanha do prefei-to. O objetivo é resolver até o fim do mandatopendências, como reforma e informatizaçãodos equipamentos públicos, por meio de cho-que de gestão na área, considerada o principalgargalo de Santo André.

A fórmula para intervenções de impactoprevê, primeiramente, mudan-ças na rotina da rede pública.Até o fim deste mês terá início arevitalização das UBS (UnidadesBásicas de Saúde). Segundo Bo-nome, 80% das 33 unidades pas-sarão por mudanças físicas.Além de ações pontuais na es-trutura, os equipamentos conta-rão com cadeira almofadada,televisão e ar condicionado. “A ideia é propor-cionar o mesmo padrão de qualidade e confor-to encontrado na iniciativa privada”, diz.

Indagado se a iniciativa visa ‘maquiar’ umperíodo maior de espera do usuário, Bonome é

enfático. “Vamos gerenciar para que, em breve,o tempo de espera não ultrapasse duas horas”.Atualmente, varia de quatro a cinco horas.

Paralelamente, o setor dará início ao proces-so de informatização da rede. A licitação está natramitação final e, se não houver contratemposjurídicos, dentro de 40 dias poderá ser executa-do. O objetivo é fazer espécie de ponto eletrô-nico para as unidades visualizarem o prontuá-rio do paciente.

UPAs - Nilson Bonome afirmaque até março de 2012 SantoAndré estará com cinco UPAs(Unidades de Pronto Atendi-mento) em funcionamento. Osequipamentos, viabilizados emparceria com o governo fede-ral, farão o primeiro atendi-mento. Os locais beneficiados

serão bairro Bangu, vila Luzita, Jardim SantoAndré, bairro Sacadura Cabral e Centro. “Esta-mos na fase de licitação. Se não houver contra-tempo, em um ano tudo estará funcionando”,afirma.

O fechamento de alguns hospitais na regiãodo ABC nos últimos anos provocou aumentona demanda nos sobreviventes. No Hospital eMaternidade Bartira o incremento foi de 20%no último ano. Em média, hoje, a unidade rea-liza 400 mil atendimentos por ano.

Para acolher a nova demanda, o diretor co-mercial Adê Pinheiro Júnior explica que a estru-tura foi remodelada. “Foi feita a ampliação donúmero de leitos de UTI (de 14 para 20), todosos apartamentos e quartos foram reformula-

dos, modernizados e equipados”, diz.O Hospital e Maternidade Brasil também

registrou aumento significativo, mas os núme-ros não foram revelados. Os mais de 1,5 mil médi-cos atendem mais de 60 mil pacientes por mês.Recentemente adquirido pela Rede D’Or – amesma que atuará no Hospital São Luiz em SãoCaetano – o Hospital Brasil projeta, segundo odiretor técnico Newton Takashima, investimen-tos na unidade. Os números, entretanto, nãoforam divulgados.

Demanda aumenta em hospitais particulares

Poupatempo terá 28 especialistas até junho

Poupatempo atenderá 28 especialidades até o meio do ano

Bonome quer resolverpendências até 2012

Saúde planeja choque de gestão para melhorar

Inaugurado em outubro de 2010 com qua-tro especialidades, o AME (Ambulatório Médi-co de Especialistas), conhecido como Poupatem-po da Saúde, segundo Nilson Bonome, funciona-rá com 28 especialidades até junho. O equipa-mento, idealizado em parceria com o governodo Estado, não atende no formato ‘portaaberta’. É preciso que o paciente seja encami-

nhado ao local após consulta prévia nas UBS. Segundo Bonome, a rede pública tem espe-

cialistas para todas as áreas. Porém, a quantida-de, em muitos casos, não é suficiente para con-templar a demanda. Especialidades, como pe-diatria, contam com poucos profissionais. O se-cretário afirma, sem especificar data e quantida-de, que serão contratados mais médicos.

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Infraestrutura local atrai construtoras

Basta andar pelo ABC para observar a quan-tidade de novos condomínios residenciais emobras ou recém lançados. Em Santo André, asituação não é diferente. Só em 2010 foramconstruídas 2,9 mil unidades, número quasecinco vezes maior do que o registrado em2009, quando foram lançados 681 imóveis. Atendência é de cenário estável em 2011, segun-do o presidente da AcigABC (Associação dosConstrutores, Imobiliárias e Administradorasdo Grande ABC), Milton Bigucci.

Para Bigucci, os números são reflexo dainfraestrutura oferecida pelo município. “San-to André é uma cidade agradável para se vivere oferece boa opção de educação, lazer, trans-porte e economia”, destaca. Os apartamentoslançados e comercializados no município têmcomo foco a classe média, com dois ou trêsdormitórios. O bairro Campestre está entreos dois mais procurados, além de Santa Tere-zinha, Val Paraíso e Bela Vista.

EMPREENDIMENTOS - A imobiliária Del-forte Frema conta com seis empreendimen-tos para venda em Santo André, metade comtrês dormitórios, 35% com dois e 15% comquatro. As unidades custam cerca de R$ 4 milo m2. A expectativa é lançar mais 10 empreen-dimentos no município nos próximos anos.

Segundo o diretor comercial da imobiliá-ria, Aguinaldo Del Giudice, Santo André atraiinvestimentos destinados, em sua maioria, àclasse média, média alta e alta devido aos al-tos preços dos terrenos e a boa infraestrutura.

Outra empresa que investe no municípioé a Gafisa. A construtora oferece dois empre-endimentos residenciais, a R$ 4,8 mil o m2,ambos no bairro Campestre.

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Santo André possui atual-mente um déficit habitacio-nal de 20 mil unidades. Paradiminuir o número, a Secre-taria de DesenvolvimentoUrbano e Habitação planejaa urbanização e construçãode moradias com auxílio deprogramas dos governos fe-deral e estadual. O investimento na Pasta em2011 será de R$ 180,2 milhões, 16% a mais queem 2010.

Além da urbanização dos núcleos EspíritoSanto, Jardim Cristiane, Sacadura Cabral, Jar-dim Irene, Pedro Américo, Homero Thon eNova Centreville, encontram-se em estudo 18propostas para melhorias em áreas de assenta-mentos precários, que deverão atender 4,7 milfamílias. “Temos 26 projetos em andamento.Até agora não perdemos nenhuma oportunida-de”, diz o secretário Frederico Muraro Filho.

Área de habitação tem R$ 180 milhõespara reduzir déficit em 2011

A construção dos conjuntos habitacionaisJardim das Maravilhas, Graciliano Ramos, AlziraFranco II, Procópio Ferreira, Prestes Maia (FaseIX), Itatiaia, Jorge Bereta, Catiguá e Dom Jorgetambém está na mira da Prefeitura. Com inves-timento de R$ 220 milhões, as obras atenderãocerca de 6 mil famílias dos assentamentos Gam-boa/Capuava Unida, Espírito Santo I e II, JardimCristiane, Sacadura Cabral, Graciliano Ramos,Jardim Irene, Pedro Américo, Homero Thon eNova Centreville. A conclusão das obras em an-damento está prevista para até 2013.

Unidades do Minha Casa MinhaVida saem em novembro

Os primeiros 352 apartamentos do progra-ma federal Minha Casa Minha Vida em SantoAndré - que já conta com 57 mil inscritos -, loca-lizados no conjunto Juquiá/Londrina deverãoser entregues em novembro.

O próximo contrato do programa, a ser assi-nado nos próximos meses, prevê a construçãode 880 unidades na avenida Guaratinguetá. Asobras começam no segundo semestre.

Moro aqui há76 anos.Tenhotudo o que

preciso, por isso nuncame mudaria dessacidade maravilhosa”.Olesia Pettelone,aposentada.“ “Nasci aqui. Já me

acostumei e passei agostar da cidade. Nãotenho vontade de memudar”.Lucas Saad,estudante.

“Acompanhei a trans-formação do municí-pio, por isso, ele fazparte da minha vida.O problema é a vio-lência”,Regina HelenaCarniel, aposentada.

Por que morar em Santo André?

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Um dos principais destaques dos shows deaniversário, que terá início às 13h, será a canto-ra e compositora mineira Paula Fernandes, quese tornou nacionalmente conhecida após parti-cipação especial em um show de Roberto Car-los, no fim de 2010 – tal aparição fez, inclusive,

surgirem boatos de suposto namoroentre a cantora e o rei. Os fãs de Paulaouvirão seus principais sucessos comoPra Você, Pássaro de Fogo (música quedá nome ao seu último álbum), NãoPrecisa e Quero Sim.

Já os amantes de pagode terão aoportunidade de ouvir sucessos deSorriso Maroto, como Clichê, ÁguasPassadas, Sou eu e mais Ninguém, NaCama e Sinais. Já o Jeito Moleque pro-mete agitar o público com A amizade étudo, Só pro meu prazer, amizadeverdadeira e Teu Segredo. Ainda no rit-mo do pagode, Alexandre Pires, ex-

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Nesta sexta-feira (8), dia em que Santo An-dré completa 458 anos, o Espaço Pirelli serápalco para diversas atrações musicais, com apre-sentações de pagode, samba, sertanejo, MPB epop. Entre os destaques da programação estãoPaula Fernandes, Alexandre Pires e Latino.

Calendário anualde eventos é diversificado

Até o final do ano serão realizados maisde 20 atrações culturais e esportivas de gran-de porte em Santo André. Ainda neste mêshaverá a Exposição do Salão de Arte Con-temporânea, o Festival de Música Golpel,Baile da Cidade, Jogos da Terceira Idade eMeia Maratona.

Em maio será a vez da Festa do Traba-lhador e do Dia Internacional do Brincar. Emjunho haverá a terceira edição da Festa Ju-nina e o Arraial em Paranapiacaba. O Festivalde Inverno da vila ferroviária será em julho ea Mostra de Vídeo, os Jogos Escolares e oFestival da Cultura Industrial em agosto.

Em setembro será a vez do tradicionaldesfile 7 de setembro. Outubro e novembroterão a segunda edição do Encontro de Ci-nema de Paranapiacaba e a comemoração doDia da Criança. Para fechar o ano, dezembroterá Encontro de Carros antigos.

integrante dogrupo Só Pra Con-trariar, deverá apre-sentar canções, co-mo Sissi, Quem é vo-cê e Erro Meu.

Para quem preferemúsicas mais agitadas,Festa no Apê, Renata eAmigo fura olho deverãoser apresentados porLatino. Há ainda o can-tor sertanejo GustavoLima, o grupo Idenso e Henrique Marx.

SERVIÇOShow de aniversárioEspaço Pirelli – avenida Giovanni BatistaPirelli, s/n.Os portões abrem às 10h e os showscomeçam às 13h.

Santo André comemora 458 anoscom shows no Espaço Pirelli

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Transitar de carro pelas principais vias deSanto André é cada vez mais complicado, atémesmo fora dos horários de pico. O aumentoda frota no município saltou de 432,4 mil veícu-los em 2009 para 459,6 mil em 2010. Para opoder público, a saída é implementar mais obras,como viadutos, abertura devias e adequação geométricado sistema viário, e adoçãode sentido único de direçãoentre as avenidas Dom Pe-dro II e Industrial. Mas paraespecialista em planejamen-to urbano, Sivana Zione, asolução para a fluidez do trânsito é investir emtransporte público eficiente e mais barato.

Com isso, ainda neste semestre está previs-ta liberação do edital para a contratação de es-tudo para implantação de sentido único de di-reção para formar um binário de circulação en-tre as avenidas Dom Pedro II e a Industrial. Atédezembro deverá ser contratada a elaboraçãodo Plano Diretor de Mobilidade para definirações relacionadas ao trânsito e ao transportes.

Além da instalação de viadutos para transpo-sição de vias, principalmente as situadas ao lon-go da avenida dos Estados e as que dão acessoao Rodoanel Mário Covas, será desenvolvidoprojeto para transposição em desnível da aveni-da Gilda com a Pereira Barreto, projetos já en-caminhados ao Departamento de Vias Públicasda Secretaria de Obras e Serviços Públicos.

Outro estudo é transposição em desnível daavenida dos Estados com as rotatórias deUtinga e Santa Terezinha e com o viaduto Cas-saquera. A duplicação do viaduto Adib Cham-mas – alvo de reforma e reclamações nos últi-mos meses –, para melhorar a ligação do Cen-

tro com a avenida Itamarati e a abertura da ave-nida Professor Luís Ignácio de Anhaia Melo, emSão Paulo, para ligação da avenida dos Estadoscom a Estrada do Guaraciaba até a avenida PapaJoão XXIII, em Mauá, além do Rodoanel tam-bém fazer parte dos projetos.

INVESTIMENTO - O Departamento de Se-gurança Pública e Trânsito terá este ano R$ 86,8mil para investir, 16% a mais que em 2010,quando foram arrecadados R$ 24,8 milhões em

multas de trânsito. Segundo os responsáveis,todo o montante foi aplicado em programas deengenharia, fiscalização e educação de trânsito.

Santo André investe, ainda, em operaçõespreventivas, como monitoramento eletrônico, ins-talação de placas educativas, viaturas nos prin-cipais corredores (são 11 carros, nove picapes,quatro caminhões e oito motocicletas) e 25 se-máforos inteligentes interligados por câmeras eoperados pela Central de Monitoramento deTrânsito para minimizar o caos todos os dias.

Cidade tenta melhorar o trânsito Transporte coletivoé a solução,

diz professoraO crescimento da frota de veículos é uma

tendência em todo o mundo e a melhor al-ternativa é investir no sistema de transportecoletivo, segundo a professora da UFABC(Universidade Federal do ABC), Silvana Ma-ria Zione, especialista em Planejamento Ur-bano e de Transportes.

Silvana acredita que se forem oferecidosônibus mais confortáveis, a população deixa-rá o carro em casa. “Nas condições atuais, otransporte individual ainda é mais barato emais confortável”, diz. Para a professora, pa-ra surtir o efeito esperado o sistema detransporte coletivo preciso oferecer fre-quência, qualidade e melhor tarifa.

Sistema carrega 214,5 milpassageiros por dia

O transporte público de Santo André éterceirizado desde 1997 e aguarda estudospara novos atendimentos e aumento dafrota das linhas com maior demanda, antigareivindicação de usuários. Diariamente,214,5 mil passageiros utilizam o transportecoletivo municipal, que custa R$ 2,90.

São sete empresas para 48 linhas e 398ônibus, com idade média de três anos. Paramelhorar o serviço as empresas fazem trei-namento dos agentes envolvidos diretamen-te com o sistema, campanhas educativas ecriação de abrigos com assento e coberturaem pontos de parada de ônibus.

Binário entre as avenidasDom Pedro II e Industrialestá em estudo, mas paraespecialista o transportecoletivo eficiente é a saída

Frota de Santo André saltou de 432 mil em 2009 para 459 mil carros em 2010

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O planetário da Sabina Esco-la Parque do Conhecimento,previsto para setembro de 2008,ainda não tem data de inaugura-ção. Problemas de ordem técni-ca e política atrapalham a finali-zação do projeto, orçado naépoca em aproximadamente R$20,9 milhões.

Silvia Sanchez, coordenadorado espaço, conta que documen-tos como o memorial descritivosobre o que já havia sido realizado não foientregue pela última gestão. Apesar disso, acoordenadora conta que o planetário só aguar-da os técnicos da Zeiss, empresa alemã contra-

Poucos sabem, mas o maior acervo de do-cumentos de Santo André fica entre as ruasCoronel Abílio Soares e Coronel Ortiz, no cen-tro, mas ainda assim é pouco conhecido pelosmoradores da cidade. Estima-se que apenastrês a cada 10 moradores conheçam o Museude Santo André Doutor Octaviano ArmandoGaiarsa, segundo Carlos da Costa, gerente dePreservação da Memória, que registra cerca de150 visitas por semana no local.

Abrigado no casarão construído pela famíliaFláquer, por volta de 1912, o edifício foi o pri-meiro grupo escolar do ABC. Hoje preserva amemória dos moradores de Santo André pormeio de retratos, objetos e até vestuário. A sala

principal expõe há mais de quatro anos a mos-tra O retrato e o tempo, que além de fotos anti-gas de bailes de Carnaval e formaturas dogrupo escolar, apresenta máquinas fotográficasantigas.

NA VARANDA - Em comemoração ao ani-versário do município, neste dia 8 de abril, aexposição instalada na varanda do Museu foirestaurada. Foram escolhidas 600 fotos den-tre as mais de cinco mil selecionadas pelostécnicos do espaço. O trabalho levou doisanos para ser concluído. “Não adianta ape-nas pegar as fotos mais conservadas e boni-tas e apresenta-las à população, elas têm de

ter um contexto histórico”, explica Costa.O jardim instalado no meio do casarão é

outra importante atração, pois permite o visi-tante contemplar as obras e objetos de formabem tranquila, em contraponto à efervescênciae barulho do centro comercial de Santo André.

COMUNIDADE OKINAWA - Entre as ex-posições abertas ao público este mês no localestá a Viagem ao universo cultural de Okinawa,que homenageia a comunidade de Okinawa,província situada numa ilha do Japão. A mostravai até 31 de junho e traz quimonos, cartas eretratos dos imigrantes que chegaram a SantoAndré por volta de1940.

tada para equipar o espaço. Depois de entregue, o planetá-

rio de Santo André será totalmen-te digital e o terceiro maior doPaís, com cúpula de 18m de diâ-metro, o mesmo do Planetário doParque do Ibirapuera, em SãoPaulo. O equipamento ocupará1,4 mil m2, dentro da área total daSabina, de 24 mil m2.

O novo espaço também apre-sentará filmes e terá suporte

para criação de atrações. A expectativa é tri-plicar o número de visitantes do ParqueEscola, que recebe cerca de 1,2 mil criançasdiariamente.

Planetário da Sabinaainda é promessa

Espaço tem pinguinse dinossauros

Inspirado nos institutos de pesquisa da Eu-ropa, a Sabina possui pinguinário, que compor-ta 22 espécimes do pinguim de Magalhães, umadas principais atrações. As aves marinhas, quepossuem média de 70 cm de altura e pesamcerca de 5 kg, conseguem viver em temperatu-ras que variam entre 7ºC e 35°C e são encontra-das na Argentina e no Chile.

Localizada no bairro Paraíso, na Sabina, tam-bém é possível fazer uma viagem ao passado.Entre as atrações estão a réplica de um Tiranos-sauro Rex, com quase 13 m de altura, e aquáriocom peixes, raias e tubarões.

Entre as exposições abertas na Sabina está aNos Jardins de Monet, sobre as obras do pintorfrancês Claude Monet. A mostra reúne quadrosde 23 artistas que fizeram releituras dos princi-pais quadros de Monet, além de espaço paracrianças exercitarem pintura.

Silvia reclama de falta de informação

Prédio foi construído em 1912

Museu local é um convite à população

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Paranapiacaba temFestival do Cambuci

Considerado o segundo maior evento deSanto André, atrás apenas do Festival de Inver-no em número de visitantes, o Festival do Cam-buci, na vila de Paranapiacaba, deverá recebermais de 25 mil turistas em sua oitava edição,que começou dia 2 e segue até 30 de abril.

“Este ano contamos com o Expresso Turís-tico, que faz viagens de São Paulo até a vila, en-tão acreditamos que ultrapassaremos a marcadas 25 mil pessoas”, justifica Carlos Roberto Pa-nini, diretor de Turismo de Santo André.

No Antigo Mercado, há comercialização dedoces, bolos, sucos e outros produtos prepara-dos com cambuci, que tem gosto cítrico e éconhecido por ser a base de cachaça que leva oseu nome. Há, ainda, venda de mudas da árvoree artesanato. Nesta edição, 26 empreendimen-tos da vila participam do Festival , com pratossalgados, doces e bebidas inspirados no fruto.

Outro destaque no festival são as atraçõesmusicais sempre às 15h, no coreto ao lado doClube União Lyra-Serrano (rua Antonio Olyn-tho). Na programação, dia 10 tem apresentaçãodo grupo de rockabilly Ready Teds.

Santo André é conhecida, entre outras coi-sas, pelos espaços verdes, usados para lazer eprática de esporte. A cidade conta com 11 par-ques, num total de 9,6 milhões de m2 de área,além de 184 praças, que ocupam 600 mil m2.Entre os principais parques estão o Regional doPedroso, o Natural Nascentes de Paranapiaca-ba, o Central e o Prefeito Celso Daniel. A popu-lação é frequentadora assídua dos espaços ver-des, mas reclama a falta de outras opções de en-tretenimento, como teatro e boa gastronomia.

“Gosto de ir ao parque para passear com ocachorro e jogar bumerang”, conta o químicoIlton Ferreira. “Acredito que de parque a cidadeestá muito bem servida”, destaca. Já a dona decasa Vânia Teixeira dos Santos gosta de ir a locaisque possuam parquinho para levar os filhos. “Àsvezes me divirto mais que eles”, brinca.

Já entre as praças, a que ganhou destaquenas últimas semanas foi a Kennedy, que passoupor revitalização e ganhou equipamentos de gi-nástica que podem ser em utilizados gratuita-

mente pelos munícipes. O investimento naárea foi na ordem de R$ 300 mil. A praça Ge-túlio Vargas, na vila Assunção, é outra que acabatambém de ser reformada.

Enquanto a área verde cativa os moradores,Santo André ainda deve em opções de lazer eentretenimento. “Infelizmente há poucas peçasteatrais por aqui e, quando tem, os ingressosacabam rapidamente”, lamenta o químico. Já oestudante Vitor Bernardes avalia a gastrono-mia do município como boa e diversificada,mas ainda precisa ir para a capital para buscarlocais diferentes. “As casas noturnas aqui sãomais voltadas para os adolescentes. Quandoquero sair para dançar tenho de ir para SãoPaulo”, reclama.

SHOPPING - Há muito tempo os shoppingsdeixaram de ser apenas espaço dedicado àscompras. As áreas de convivência e, principal-mente, os cinemas atraem público de todas asidades. Santo André conta hoje com 15 salas,

Parques cativam, maspopulação quer mais

divididas entre os dois principais shopping:Grand Plaza e ABC.

Quem gosta de cultura menos popular, ACasa da Palavra e a Casa do Olhar, ambas no cen-tro, oferecem exposições permanentes, pales-tras e apresentações. Outra opção na cidadesão as atividades gratuitas de cultura, esporte elazer oferecidas gratuitamente pela Prefeitura(www.santoandre.sp.gov.br).

Parque Central é um dos mais visitados

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10 8 de abril de 2011

Não é de hoje que especialistas apontam pa-ra mudança de vocação econômica em SantoAndré. Se há algumas décadas o industrial eradominante, o comércio e serviços avançam.Por isso, segundo o presidente da Acisa (As-sociação Comercial e Industrial de Santo An-dré), Sidnei Muneratti, é imprescindível que asociedade inicie o debate sobre qual deveráser o perfil econômico de Santo André nospróximos anos.

Segundo Muneratti, só assim será possívelgarantir investimentos constantes e a estabili-dade econômica. “Sem dúvida nenhuma temosforte preocupação em manter as indústrias,mas temos de reconhecer que temos dificulda-des de atrair grandes empresas, pois precisamde espaço, hoje escasso”, afirma. “Sendo assim,para conseguirmos manter padrão de salário eemprego, que movimentam a economia, preci-samos rever as políticas de atração e investi-mento”, comenta.

De acordo com o Sumário de Dados de San-

to André 2009 (ano base 2008), o municípiopossui um dos maiores parques industriais doEstado: 2 mil empresas, principalmente dos se-tores químico, borracha, material de transpor-te, metalurgia e bens de capital. Por outro lado,há quase 16 mil estabelecimentos comerciais.O destaque fica, entretanto, com serviços: nosúltimos 10 anos o setor mais que dobrou o fatu-ramento: de R$ 2,1 bilhões em 1999 para R$ 5,7bilhões em 2008.

“Ainda não acredito que esteja havendo eva-são de empresas e indústrias da cidade, mas oalto custo de manter empreendimento degrande porte em Santo André, com relação aimpostos ou até logístico, tem feito com que acidade não seja mais tão atrativa”, acrescenta ocoordenador de Ciências Econômicas daFundação Santo André, Ricardo Balistiero.

Muneratti e Balistiero apontam o trânsito,como um dos principais gargalos de Santo An-dré, que podem contribuir para queda ou desa-celeramento no desenvolvimento econômico.

“É urgente a necessidade de investimentonesta área”, alerta Balistiero.

Para Balistiero, ações como construção deviadutos e abertura de vias são insuficientes.“Precisamos de investimentos elevados emtransporte em massa. Quando o trânsito não éproblema, os custos das empresas caem e acidade se torna mais atrativa para empreendi-mentos”, diz.

Crescimento econômicoesbarra em desafios

Polo Tecnológico procura áreaComemorada em 2010, a aprovação da ins-

talação do Polo Tecnológico em Santo André pormeio do SPTec (Sistema Paulista de ParquesTecnológicos) continua sem área definida parainstalação. O local a ser escolhido deverá terárea superior a 1 milhão m2 – bem superior ao mí-nimo exigido pelo Estado, de 200 mil metros.

“Algumas áreas que estávamos analisando nãopoderão ser utilizadas, não porque estão conta-minadas ou algo assim, mas porque há outrosprojetos para elas. Então estamos estudandotambém outros espaços, como o Parque Andre-ense, assim como algum lugar mais próximo docentro”, confirma o prefeito Aidan Ravin. “Nos pró-ximos meses já teremos isto definido”, completa.

Entre as vantagens da chegada do Polo Tec-nológico está a integração com as universida-des. “Conseguimos fazê-las entender que a inte-gração com o Polo é o futuro. Para isso precisa-mos trazer pessoas interessadas para Santo An-dré”, argumenta Ravin.

Para Balistiero, é grande o distanciamentoentre as universidades e as principais empresaslocais. “Promover a integração nos remete àinovação. Além disso, o setor público poderiafazer a articulação”, acrescenta. “Precisamos deum plano rápido e efetivo”, diz Muneratti.

Muneratti pede agilidadeem estudos e mudanças

Page 11: Suplemento Aniversário de Santo André

Com mais de 30 mil alunos matriculadas nasredes de ensino municipal, Santo André tem in-vestido nos últimos anos em mudanças paraaprimorar o setor. Em 2011, o orçamento é deR$ 307,7 milhões, cerca de 20% a mais que em2010. Mesmo assim, o município ainda enfren-ta déficit de vagas na educação infantil e índiceconsiderável de analfabetos.

De acordo com a secretária de Educação,Cleide Bochixio, a prioridade da rede é a am-pliação da oferta de vagas para berçário e edu-cação infantil, bem como para o ensino funda-mental. Atualmente o déficit na educação infan-til é de cerca de 800 vagas e a meta é universa-lizar o atendimento pelo menos para a faixa etá-ria de 4 a 5 anos até 2012.

“Desde 2009 Santo André investe na criaçãode vagas por meio de reaproveitamento de es-paços ociosos, reformas, municipalização de

unidades administradas pelo Estado e constru-ção de escolas”, afirma. Segundo Cleide, comestas ações foram criadas nos últimos dois anoscerca de 4,2 mil vagas para a educação infantil e1,2 mil para o ensino fundamental.

No ensino fundamental não há mais déficit,mas nas creches a fila de espera é de aproxima-damente 2,8 mil crianças de 0 a 3 anos. Comopossível alternativa, está prevista para até o finaldo ano a inauguração de mais cinco unidades.

A ampliação de oportunidade no ensinointegral também é desafio para o município.Atualmente as creches possuem cerca de 5,4mil alunos matriculados, sendo que 50% de-les são atendidos em período integral. “Ébom lembrar que até 2009 apenas 30% dosalunos matriculados eram atendidos em pe-ríodo integral. Este número deve aumentar”,explica a secretária.

Meta é zerar déficit devagas para crianças de

4 a 5 anos em 2012

Fila de espera na educação infantil é de 800 vagas

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de En-sino e Estatística), o número de analfabetos naidade adulta em Santo André está em torno de4,5%. Na vizinha São Caetano o índice é 0,3%, omelhor da região. Um dos meios para diminuiresse índice é o Programa Brasil Alfabetizado,parceria firmada entre a Prefeitura e o governo

federal, que hoje possui cerca de 60 salas espa-lhadas pelo município. Além disso, há a alfabe-tização em Santo André é feita pelo EJA (Edu-cação de Jovens e Adultos) com turmas em 44Emeiefs (Escolas Municipais de Educação In-fantil e Ensino Fundamental) e em cinco CPFP(Centros Públicos de Formação Profissional).

Analfabetismo ainda desafia

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