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Suplementos Esportivos e Doenças Efeitos Terapêuticos sobre Doenças Diversas Karina Ruiz, Me.

Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

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Page 1: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Suplementos Esportivos e Doenças

Efeitos Terapêuticos sobre Doenças Diversas

Karina Ruiz, Me.

Page 2: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Whey protein

• O whey protein apresenta ingredientes alimentares com importantes propriedades

nutricionais e funcionais;

• Tais ingredientes possuem elevada quantidade de aminoácidos sulfurados os

quais apresentam funções antioxidantes, além de fornecer aminoácidos essenciais ao

organismo (Sinha et at. 2007).

Page 3: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Glutamina

• A glutamina é um aminoácido não essencial, utilizado em altas concentrações por células de

divisão rápida (enterócitos e leucócitos).

• Tem sido demonstrado que este aminoácido é essencial para a síntese de glutationa, além de

apresentar ação trófica sobre o intestino delgado (Klimberg et al. 1990).

• Um dos grandes aspectos a serem observados sobre a glutamina é a sua capacidade de

reparação intestinal.

• Segundo estudos, a glutamina é o principal substrato para a formação de energia para os

enterócitos; daí o grande interesse neste aminoácido (Klimberg et al. 1990).

Page 4: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Whey protein ou Glutamina na Doença de Crohn

• Benjamin et al. (2012) avaliaram os efeitos da glutamina oral na permeabilidade e morfologia

intestinal em pacientes com doença de Crohn.

• Em um estudo clínico randomizado, controlado e consecutivo 30 pacientes com doença de

Crohn em fase de remissão e com permeabilidade intestina alterada foram randomizados em

dois grupos para receber por 2 meses: Glutamina 0,5 g/kg ou Whey Protein 0,5 g/kg.

• Os resultados demonstraram que:

– A razão de excreção da lactulose/manitol (média) foi de 0,029 no grupo 1 e 0,033 no grupo 2, p=0,6133;

– A permeabilidade intestinal foi normalizada em 8 pacientes (57,1%) em cada grupo;

– Ao final dos dois meses de tratamento, a razão de excreção da lactulose/manitol melhorou significativamente no

grupo 1 de 0,071 para 0,029 (p=0,0012) e no grupo 2 de 0,067 para 0,033 (p=0,0063);

– • O comprimento das criptas e as vilosidades intestinais melhoram de maneira significativa nos dois grupos: grupo

1de 2,33 para 2,68 (p=0,001) e grupo 2 de 2,26 para2,49 (p=0,009).

Page 5: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Vitamina D3 Reduz a Atividade da Doença de Crohn

• Este estudo conduzido por Yang et al. (2013) teve como objetivo avaliar a dose necessária de vitamina

D3 para se manter a um nível sérico de vitamina D3 superior a 40 ng/mL em pacientes com doença de

Crohn de leve à moderada.

• Os pacientes foram suplementados com doses de vitamina D3 de 5000UI/dia. De acordo com os

resultados, a suplementação oral de vitamina D3 aumentou seus níveis séricos.

• Após 24 semanas de suplementação, os níveis séricos da vitamina D3 foram normalizados e o índice

que mede a atividade doença de Crohn foi reduzido.

• Este estudo sugeriu que a restauração dos níveis séricos de vitamina D3 pode ser útil no manejo de

pacientes com doença de Crohn.

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Efeito do consumo antes das refeições de whey protein e de seu hidrolisado na ingestão de

alimentos, glicemia pós-prandial e resposta insulínica em adultos jovens

• O objetivo deste estudo foi descrever o efeito do whey protein (WP), ou de seu hidrolisado (WPH),

quando consumido antes das refeições, na ingestão de alimentos, saciedade pré e pós-prandial e nas

concentrações sanguíneas de glicose e de insulina em adultos jovens.

• Dois estudos randomizados e cruzados foram conduzidos. O WP (10-40 g) em 300 mL de água foi

fornecido no experimento 1, e WP (5-40 g) e WPH (10 g) em 300 mL de água foi fornecido no

experimento 2. Após 30 min do consumo, os voluntários receberam uma refeição de pizza ad libitum

(experimento 1) ou pré-definida (12 kcal/kg, experimento 2).

• A saciedade, a glicemia sanguínea e os níveis de insulina foram mensurados na linha base, antes e

após as refeições.

Page 7: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Efeito do consumo antes das refeições de Whey protein e de seu hidrolisado na ingestão de

alimentos, glicemia pós-prandial e resposta insulínica em adultos jovens

• No experimento 1, as doses de 20 a 40 g de WP suprimiram a ingestão de alimentos (P < 0,0001) e as

doses de 10 a 40 g de WP reduziram a concentração de glicose sanguínea pós-prandial e a área sob a

curva (AUC) (P < 0,05).

• No experimento 2, as doses de 10 a 40 g de WP, mas não de WPH, reduziram a área sob a curva da

concentração de glicose sanguínea pós-prandial e a área sob a curva da concentração de insulina de

forma dose-dependente (P < 0,05).

• A razão das AUCs (0-170 min) foi reduzida nas doses > ou = 10 g de WP, mas não na dose de 10 g de

WPH.

Am J Clin Nutr. 2010 Apr;91(4):966-75. Epub 2010 Feb 17. (1)

Page 8: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Whey Protein + Leucina São Eficazes na Prevenção e Tratamento da Sarcopenia Senil

• Um estudo cruzado, randomizado e duplo-cego publicado no periódico The Journal of Nutrition Health

and Aging avaliou os efeitos da suplementação de whey protein e leucina e exercícios de baixa

intensidade realizados em casa na composição corporal e função muscular de idosos.

• Idosos (n=47, idade média 69,5 anos) com polimialgia reumática realizaram exercícios, duas vezes ao

dia, conforme fosse possível, seguidos de suplementação pós-exercício com: Grupo Controle - Whey

protein e Grupo Teste - Whey protein enriquecido com leucina

J Nutr Health Aging. 2011 Jun;15(6):462-7.

Page 9: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Whey Protein + Leucina São Eficazes na Prevenção e Tratamento da Sarcopenia Senil

• Os períodos de 8 semanas de intervenção foram separados por 4 semanas de wash-out.

• Um programa de 16 semanas de suplementação pós-exercício resultou em um aumento de 1,8% (p =

0,052) na massa muscular dos membros inferiores;

• A velocidade de caminhada (+5,3%, p = 0,007) e desempenho no teste da cadeira (-12,2%, p <0,001)

também foram melhorados;

J Nutr Health Aging. 2011 Jun;15(6):462-7.

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Whey Protein + Leucina São Eficazes na Prevenção e Tratamento da Sarcopenia Senil

• Além disso, houve uma tendência de melhora no desempenho do salto com contramovimento (+3,0%,

p = 0,084);

• No entanto, diferenças significativas e consistentes não foram encontradas nas mudanças dos índices

de massa muscular ou funções musculares entre os suplementos, mas o suplemento teste tendeu a

evitar o acúmulo de gordura corporal.

J Nutr Health Aging. 2011 Jun;15(6):462-7.

Page 11: Suplementos Esportivos e Efeitos Terapêuticos no Tratamento de Doenças

Beta-alanina aumenta a capacidade física de trabalho e retarda o aparecimento de fadiga

neuromuscular em homens e mulheres idosos

• A suplementação com beta-alanina está associada a um significativo aumento da taxa de carnosina

muscular, um dipeptídeo com atividade tamponante, antioxidante e antiglicante.

• O objetivo deste estudo, portanto, foi examinar os efeitos da suplementação por noventa dias com

beta-alanina sobre a capacidade física de trabalho no limiar de fadiga (PWCFT) em homens e mulheres

idosos.

• Em um estudo duplo-cego e placebo-controlado, 26 pacientes sendo 9 homens e 17 mulheres (média

de idade de 72,8 +/- 11,1 anos), foram randomicamente divididos em dois grupos para receber 800

mg de beta-alanina, 3 vezes ao dia, (N=12) ou placebo (N=14). Antes e após o período de

suplementação, os participantes realizaram ciclos de testes ergométricos para determinar a

capacidade física de trabalho no limiar de fadiga (PWCFT) em homens e mulheres idosos.

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Beta-alanina aumenta a capacidade física de trabalho e retarda o aparecimento de fadiga

neuromuscular em homens e mulheres idosos

• Houve um aumento significativo (28,6%) na capacidade física de trabalho até o aparecimento da

fadiga no período pré e pós-suplementação para os pacientes tratados com beta-alanina (p<0,05).

Não foram observadas alterações no grupo placebo.

• Esses resultados sugerem que os 90 dias de suplementação com beta-alanina podem

aumentar a capacidade física de trabalho e retardar o aparecimento de

fadiga neuromuscular em homens e mulheres idosos.

J Int Soc Sports Nutr. 2008 Nov 7;5:21. (1)

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Vitamina D3 aumenta a força muscular de membros inferiores em idosos institucionalizados,

independente de atividade física regular

• Estudo prospectivo, duplo-cego, placebo-controlado e randomizado com pacientes brasileiras com

idade > ou = 60 anos de idade que foram suplementadas durante seis meses (dezembro a maio) com

doses diárias de cálcio em associação com doses mensais de placebo (grupo cálcio/placebo) ou doses

diárias de cálcio em associação com colicalciferol (150.000 IU, uma vez por mês, nos primeiros dois

meses, seguido por 90.000 IU, uma vez por mês, por quatro meses) (grupo vitamina D/cálcio).

Amostras sanguíneas em jejum foram coletadas para determinação dos níveis de 25(OH)D, PTH e

cálcio (n=56).

• Testes musculares foram realizados (n = 46) para medir a força dos flexores do quadril e dos

extensores do joelho na linha base e depois de 6 meses de intervenção (6 meses).

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Vitamina D3 aumenta a força muscular de membros inferiores em idosos institucionalizados,

independente de atividade física regular

• Devido a variações sazonais, os níveis de vitamina D aumentaram significativamente nos dois grupos

após o tratamento, mas no grupo cálcio/vitamina D foram observados níveis de vitamina D mais

elevados do que no grupo cálcio/placebo (84% vs. 33%, respectivamente; p<0,0001).

• Nenhum caso de hipercalcemia foi observado. Enquanto o grupo cálcio/placebo não mostrou melhoras

na força dos flexores do quadril e dos extensores do joelho após seis meses de tratamento (p = 0,93 e

p = 0,61, respectivamente), no grupo cálcio/vitamina D a força nos flexores do quadril aumentou em

16,4% (p = 0,0001) e a força dos extensores do joelho aumentou em 24,6% (p=0,0007).

Ann Nutr Metab. 2009;54(4):291-300. Epub 2009 Aug 31. (2)

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L-Isoleucina no Tratamento da Diarreia Aguda em Crianças

• Este estudo piloto visou avaliar os efeitos da administração oral de L-isoleucina no tratamento da

diarreia aguda infecciosa em lactentes e crianças jovens.

• O estudo foi conduzido pela hipótese de que a L-isoleucina aumenta a secreção de peptídeos

antimicrobianos no epitélio intestinal podendo, assim, apresentar um impacto favorável no tratamento

da doença.

• Portanto, o estudo foi realizado para determinar se o uso de uma suplementação de L-isoleucina

aumentaria a recuperação clínica de crianças com diarreia aguda e se o tratamento poderia ser

correlacionado com a presença de maiores concentrações de peptídeos antimicrobianos nas fezes.

J Health Popul Nutr. 2011 Jun;29(3):183-90.

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L-Isoleucina no Tratamento da Diarreia Aguda em Crianças

• As crianças que se adequaram aos critérios de elegibilidade foram pesadas e então submetidas a um

exame físico completo, incluindo a avaliação da desidratação, sendo registradas todas as conclusões.

Essas crianças, depois de realizadas as avaliações prévias, receberam: SRO com L-isoleucina 2 g/l ou

SRO sem L-isoleucina 2 g/l;

• A terapia de reidratação oral (TRO) continuou até a resolução da diarreia ou até no máximo cinco dias.

Todas as crianças receberam zinco durante 10 dias;

• Em relação às evacuações, foi possível observar (tabela 1) uma tendência de redução nas crianças

que receberam SRO suplementado com L-isoleucina nos dias 1 e 2, que se tornou estatisticamente

significativa no dia 3, além de aumento de peptídeos antimicrobianos.

J Health Popul Nutr. 2011 Jun;29(3):183-90.

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L-Isoleucina no Tratamento da Diarreia Aguda em Crianças

J Health Popul Nutr. 2011 Jun;29(3):183-90.

Variável Grupo de estudo (SRO com L-isoleucina)

Grupo controle (SRO sem L-isoleucina)

Valor de P

Saída de fezes (g) – dia 1 560 ± 240 563 ± 409 0,94

Saída de fezes (g) – dia 2 407 ± 284 515 ± 316 0,23

Saída de fezes (g) – dia 3 388 ± 261 653 ± 446 0,035

Ingestão de SRO (ml) dia 1 410 ± 169 564 ± 301 0,04

Ingestão de SRO (ml) dia 2 330 ± 245 401 ± 226 0,23

Ingestão de SRO (ml) dia 3 312 ± 233 454 ± 260 0,09

Duração da diarréia (horas) 74 ± 38 75 ± 42 0,96

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L-Isoleucina no Tratamento da Diarreia Aguda em Crianças

• Este estudo preliminar abre um novo campo de pesquisa clínica para tratamento benéfico de doenças

infecciosas, utilizando para isso uma substância quimicamente simples, barata e segura, a qual irá

induzir a produção endógena de peptídeos antimicrobianos .

• Este é o primeiro estudo realizado para avaliar o efeito terapêutico da L-isoleucina

adicionada ao SRO para tratamento da diarreia aguda em crianças.

• Embora este ainda seja um estudo piloto, foram observados resultados satisfatórios e benéficos em

termos de redução da produção de fezes e ingestão de SRO.

J Health Popul Nutr. 2011 Jun;29(3):183-90.