Supremo Institucional (1991)

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  • 7/24/2019 Supremo Institucional (1991)

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    S U P R E M O T R I B U N A L F E D E R A L

    C O M E M O R O D O C E N T E N R I O D IN S T L O

    D O S U P R E M O T R IB U N L F E D E R L

    Sesso solene realizada em

    28-2-1991

    BRASILIA

    1993

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    S U P R E M O T R I B UN L F E D E R L

    C O M E M O R O D O C E N T E N R IO D IN S T L O

    D O S U P R E M O T R IB U N L F E D E R L

    Sesso solene realizada em 28-2-1991)

    B R A S I L I A

    1993

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    Palavras do Senhor Ministro

    NRI DA SILVEIRA

    Presidente

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    Declaro aberta esta Sesso Solene do Supremo Tribunal Federal , es

    pecialmente convocada para comemorar o centenrio de sua instalao.

    Registro as honrosas presenas de Sua Excelncia o Senhor Presiden

    te da Repblica, Doutor Fernando Collor de Mello; de Sua Excelncia o

    Senhor Presidente do Congresso Nacional , Senador Mauro Benevides; de

    Sua Excelncia o Senhor Deputado Ibsen Pinheiro, Presidente da Cma

    ra dos Deputados ; do Senhor Nncio Apostl ico, de Embaixadores , Par

    lamentares , Ministros de Estado; do Senhor Cardeal Arcebispo de

    Brasl ia; de Ministros e Presidentes dos Tribunais Superiores; do Senhor

    Presidente do Tribunal de Contas; dos Senhores Ministros aposentados

    desta Corte; dos Senhores Presidentes e Membros dos 87 Tribunais do

    Pas que aqui est iveram, durante dois dias , reunidos no Supremo Tribunal Federal; dos Senhores Presidentes de todas as Associaes de Magis

    trados do Brasil ; de Membros do Ministrio Pblico; de Magistrados; de

    Advogados, frente o Senhor Presidente do Conselho Federal da Ordem

    dos Advogados do Brasil ; de outras al tas autoridades; dos funcionrios

    do Supremo Tribunal Federal; dos Senhores e Senhoras que vieram, com

    o Supremo Tribunal Federa l comemorar es ta da ta magna.

    Concedo a palavra ao ilustre Ministro Moreira Alves, para falar em

    nome da Corte .

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    Discurso do Senhor Ministro

    MOREIRA ALVES

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    para a Presidncia e Vice-Presidncia, dela no part icipando os Ministros

    Alencar Araripe e Baro de Lucena que no podiam entrar em imediato

    exerccio por estarem integrando Comisso do Executivo. Em votao se

    creta, foi eleito Presidente o Ministro Freitas Henriques, em primeiro es

    crutnio, com oito votos. Para a eleio do Vice-Presidente e o eleito

    foi o Ministro Aquino e Castro , trs escrutnios foram necessrios pa

    ra alcanar-se a maioria absoluta. Freitas Henriques pediu a palavra, e

    em frases alevantadas e mui expressivas, prprias do ato, agradeceu co

    movido a honrosa confiana que em si depositaram os seus colegas, de

    clarando que se esforaria o mais possvel para corresponder sempre a ta

    manha prova de considerao, mas, que sabia quanto precisava, para o

    bom desempenho de sua al ta judicatura, do auxl io eficaz dos seus ami

    gos e bons colegas, o que solici tava. Cumprida a finalidade da reunio,

    o Visconde de Sabar a encerrou.

    Cerimnia s ingela, sem discursos, apenas palavras de agradecimento

    do Presidente eleito. Iniciava-se a tradio do estilo que a Corte mantm,

    passado um sculo.

    A criao do Supremo Tribunal Federal se inspirara no modelo da

    Suprema Corte nor te-americana . Al is , pouco antes da proclamao da

    repblica, em julho de 1889, Salvador de Mendona e Lafayette Rodri

    gues Pereira, que iam aos Estados Unidos da Amrica em misso oficial,

    receberam esta recomendao de D. Pedro II: Estudem com todo cuida

    do a organizao do Supremo Tribunal de Justia de Washington. Creio

    que nas funes da Corte Suprema est o segredo do bom funcionamen

    to da Consti tuio norte-americana. Quando voltarem, haveremos de ter

    uma conferncia a este respeito. Entre ns, as coisas no vo bem, e

    parece-me que se pudssemos criar aqui um tribunal igual ao norte-

    americano, e transferir para ele as atribuies do Poder Moderador da

    nossa Constituio, ficaria esta melhor. Dem toda a ateno a este pon

    t o . Estava consciente o monarca de que, embora o Poder Judicirio t i

    vesse sido includo pela Constituio de 1824, entre os Poderes Polticos,

    o Supremo Tribunal de Justia no desempenhava, nas questes concer

    nentes s relaes entre os Poderes e delimitao de suas atribuies,

    qualquer papel , moldado que fora no est i lo europeu das Cortes de Cassa

    o, restringindo-se sua competncia a pouco mais do que julgar os re

    cursos de revista, sem efeito suspensivo, interpostos contra deciso profe

    rida em lt ima instncia, sob o fundamento de nulidade manifesta ou de

    injustia notria . A queda da monarquia impediu que a inteno de D.

    Pedro II fosse levada adiante. A repblica, porm, surge fortemente im

    pregnada da influncia da Amrica do Norte. O Estado, que era unitrio

    e em que no havia atritos mais srios entre o governo central e os das

    Provncias pela subordinao destes quele, se torna federal, com a con

    seqente delimitao das esferas de competncia entre a Unio e Estados-

    membros, a exigir Poder que lhe fiscalize a observncia. De outra parte,

    a substituio do regime parlamentar pelo presidencial enseja maiores

    conflitos entre os Poderes Executivo e Legislativo. Na Exposio de Mo-

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    tivos do Decreto 848, de 11 de outubro de 1890, redigida por Campos

    Sales, ento Ministro e Secretrio de Estado dos Negcios da Justia, a

    funo poltica do Poder Judicirio j est precisamente delineada, nes

    tas passagens:

    A magistratura que agora se instala no pas, graas ao regime repu

    blicano, no um instrumento cego ou mero intrprete na execuo dos

    atos do Poder Legislativo. Antes de aplicar a lei cabe-lhe o direito de

    exame, podendo dar-lhe ou recusar-lhe sano, se ela lhe parecer confor

    me ou contra a lei orgnica.

    O Poder de interpretar as leis, disse o honesto e sbio juiz america

    no, envolve necessariamente o direito de verificar se elas so conformes

    ou no Constituio, e neste ltimo caso cabe-lhe declarar que elas so

    nulas e sem efeito (...).

    A funo do l iberalismo no passado, diz um eminente pensador in

    gls, foi opor um limite ao poder violento dos reis; o dever do liberalis

    mo na poca atual opor, um limite ao poder i l imitado dos Parlamentos

    A est posta a profunda diversidade de ndole que existe entre o

    Poder Judicirio, tal como se achava inst i tudo no regime decado, e

    aquele que agora se inaugura, calcado sobre os moldes democrticos do

    sis tema federal . De Poder subordinado, qual era, t ransforma-se em po

    der soberano, apto na elevada esfera da sua autoridade para interpor a

    benfica influncia do seu critrio decisivo a fim de manter o equilbrio,

    a regularidade e a prpria independncia dos outros Poderes, asseguran

    do ao m esm o temp o o livre exerccio dos direitos do cid ad o .

    por isso que na grande Unio Americana com razo se considera

    o Poder Judicirio como a pedra angular do edifcio federal e o nico

    capaz de defender com eficcia a liberdade, a autonomia individual. Ao

    influxo da sua real soberania desfazem-se os erros legislativos e so en

    tregues austeridade da lei os crimes dos depositrios do Poder Executi

    vo.

    A forte influncia americana que ressalta dessa Exposio se faz sen

    tir tambm no texto do Decreto, em cujo artigo 386 se l: Os estatutos

    dos povos cultos e especialmente os que regem as relaes jurdicas na

    Repblica dos Estados Unidos da Amrica do Norte, os casos de

    common law

    e

    equity,

    sero tambm subsidirios da jurisprudncia e

    processo federal.

    Nos cem anos de vida desta Corte, muitas foram as vicissitudes por

    que ela passou, vrias as crticas que sofreu, diversas as incompreenses

    que suportou. Confrontadas, porm, as falhas com as virtudes, o saldo

    e o que importa para o julgamento das inst i tuies, que, como os

    homens que a integram, tm o estigma da imperfeio o saldo, repito,

    lhe amplamente favorvel .

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    Em sua fase inicial de 1891 a 1898 , no seria possvel exigir-

    lhe, de imediato, a ntida conscincia da funo poltica que se lhe atri

    bura com o controle de constitucionalidade indispensvel para o

    equilbrio federativo. Dois teros dos Ministros vinham do Supremo Tri

    bunal de Justia, trazendo, portanto, o condicionamento das l imitaes

    dele. Em nossos meios jurdicos, era escassa a divulgao da doutrina

    constitucional norte-americana. Explicveis, pois, suas omisses e vacila-

    es em face do Legislativo e do Executivo, defeitos que aos olhos da

    opinio pblica pareciam maiores pelo desfavorvel confronto da realida

    de prxima com a imagem ideal de perfeio que se ia criando em torno

    da distante Suprema Corte americana. Em pouco tempo, porm, as hesi

    taes foram sendo afastadas pela rpida renovao de seus Ministros e

    pelo suceder de causas com intensa repercusso poltica, freqentes nostempestuosos anos em que perigaram as instituies republicanas e as li

    berdades civis. J ento, comeou a sofrer presses que a Suprema Corte

    dos Estados Unidos j havia sofrido e viria ainda a sofrer, com as tenta

    tivas,

    junto ao Poder Legislativo, de

    impeachment

    de seus juizes ou de

    alterao do nmero deles. Assim, por haver o Supremo Tribunal, em

    1893,

    declarado a invalidade do Cdigo Penal da Armada sob o funda

    mento de que o Ministro da Marinha no podia edit- lo aps a vigncia

    da Constituio de 1891, Floriano Peixoto deixou de dar posse a seu Pre

    sidente e de preencher sete vagas, para as quais, mais tarde, nomearia

    dois generais e um mdico, nomeaes que no seriam aprovadas pelo

    Senado; e o l der do governo Aristides Lobo sustentou, na impren

    sa, que, com o julgamento que prolatara, havia praticado cr ime de abuso

    de autoridade, devendo responder perante o Parlamento. Depois, na Pre

    sidncia de Prudente de Moraes, tendo a Corte decidido que as imunida-

    des parlamentares persistiam durante o estado de stio, sofreu ela spera

    crtica em mensagem presidencial ao Congresso, e se pretendeu at a cria

    o de cinco cargos de substitutos com os mesmos predicados exigidos

    para os Ministros efetivos, o que era maneira indireta de influir na sua

    composio nas hipteses, ento freqentes, de impedimento ou de licen

    a. Registram-se, tambm, uns poucos casos de desobedincia, como o

    do decreto de expulso de dezesseis estrangeiros, em favor dos quais, em

    1894, haviam sido concedidos habeas corpus para permanecerem no Bra

    sil.

    Mais tranqilos foram os anos de 1899 a 1909. Neles, a atuao da

    Corte se fez sentir principalmente nas questes relativas ao federalismo.

    A doutrina e a jurisprudncia americanas j eram citadas com freqncia

    nos trabalhos jurdicos, nas decises judiciais e nos debates parlamenta

    res.

    O Supremo Tribunal Federal, porm, por vezes, se afastava da

    orientao do consti tucionalismo americano. Enquanto Campos Sales ad

    mitia a soberania dos Estados e inaugurava a polt ica dos governado

    res,

    sustentava ele que soberana era apenas a Unio. Ao contrr io do

    rumo tr i lhado pela Suprema Corte dos Estados Unidos, que deixava

    apreciao das Justias estaduais as violaes da Declarao de Direitos

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    ocorridas em seus territrios, no tergiversou em aplicar integralmente a

    Constituio em todo o pas. nessa poca, tambm, que se ajuzam ne

    le diversas questes de fronteiras entre Estados. Leis e decretos estaduais,

    que, numa verdadeira guerra tributria, estabeleciam barreiras alfandeg

    rias em prejuzo do comrcio interestadual, foram por ele declaradas in

    constitucionais.

    De 1910 a 1930, poca em que se multiplicam as intervenes nos

    Estados e em que, a partir de 1922, ocorrem sucessivos levantes militares,

    foi chamada esta Corte a julgar questes de grande repercusso poltica,

    tendo sido amplamente utilizado o habeas corpus para conter a represso

    do governo nos limites da lei. nesse perodo que ela constri o que a

    histria registra como a doutrina brasileira do habeas corpus, por inexis-

    tir ao capaz de tutelar prontamente direitos e garantias que no se en

    quadravam nos limites tradicionais do direito de ir e vir. Sua atuao

    nesse terreno deu margem no s a que decises poucas, certo - no

    fossem cumpridas (assim, a da concesso de habeas corpus, em 1911, por

    dualidade de Assemblias Legislativas no Estado do Rio de Janeiro), mas

    tambm a que, na Presidncia de Hermes da onseca, Joo Lus Alves

    elaborasse projeto, que no vingou, para definir como crime de respon

    sabilidade de seus Ministros a interpretao contrria letra da lei. A re

    forma constitucional de 1926, de iniciativa de Arthur Bernardes, ps ter

    mo a essa construo jurisprudencial com a redao dada ao dispositivo

    o 22 do artigo 72 da Constituio de 1891 referente ao

    habeas

    corpus.

    Segue-se o perodo que vai da revoluo de 1930 queda do Estado

    Novo em 1945. Deposto Washington Luiz , o Chefe do Governo provis

    rio,

    por Decreto de 3 de fevereiro de 1931, reduz o nmero dos Ministros

    da Corte de quinze para onze. Dias depois, outro Decreto aposenta com-

    pulsoriamente seis deles: um, por haver, como Procurador-Geral da Re

    pblica, denunciado participantes de revolues e conspiraes ocorridas

    entre 1922 e 1926, e os demais por t-los condenado. Em 1932, com a

    implantao da Justia Eleitoral, deixa de existir o srio problema da

    dualidade de Assemblias Legisla t ivas, Cmaras de Vereadores, Governa

    dores e Prefeitos, que havia sido causa da impetrao de inmeros

    habeas corpus. A Consti tuio de 1934 muda a denominao do Supre

    mo Tribunal Federal para Corte Suprema; admite a representao de in-

    constitucionalidade interventiva, a ser proposta perante ele, para assegu

    rar a observncia, pelos Estados, das normas constitucionais federais

    sensveis; outorga ao Senado, por carecermos do princpio do stare

    decisis,

    competncia para atribuir eficcia

    erga omnes

    s decises de in-

    constitucionalidade, suspendendo a vigncia dos preceitos declarados in

    constitucionais; e cria o mandado de segurana, que preenche a lacuna

    que a

    doutrina brasileira de habeas corpus

    pretendera suprir. Brevssima,

    porm, a vida dessa Const i tuio. Em 1937, implanta-se o Estado No

    vo .

    A Carta ento outorgada rest i tui Corte a denominao primit iva,

    mas lhe restr inge o controle da const i tucionalidade, permit indo, no para-

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    mandado para cessar a insurreio. E o segundo, indagao retrica

    sobre qual seria a atitude da Magistratura diante dos governos de fato,

    responde: De absoluto respei to. De acatamento s del iberaes. A Ma

    gistratura, no Brasil ou alhures, no entra na apreciao da origem do

    Governo. Do contrrio, seramos o Poder Judicirio a ordenar a contra-

    revoluo, o que jamais se viu em qualquer pas do mundo.

    Em 31 de maro de 1964, inicia-se novo ciclo revolucionrio a que se

    sucede, mais de vinte anos depois, perodo de transio para o retorno

    democracia, o qual culmina com a Constituio de 1988. J em 9 de

    abril de 1964, editado o Ato Institucional n? 1 que mantm a Constitui

    o de 1946, com modificaes. Aplicando o direito vigente, esta Corte

    concede vrios

    habeas corpus,

    decises que o Executivo respeita, embora

    com desagrado. Em 27 de outubro de 1965, o Ato Institucional n? 2 au

    menta o numero de Ministros da Corte para dezesseis, e exclui da apre

    ciao judicial os atos revolucionrios praticados com base na ordem ins

    titucional. A Constituio de 1967 confirma a composio da Corte, e

    declara que os a tos prat icados pelo Comando Supremo da Revoluo f i

    cam aprovados e excludos de apreciao judiia l , bem como outros, in

    clusive de natureza legislativa, fundados em Atos Institucionais e Com-

    plementares. A 13 de dezembro de 1968, novo Ato Institucional baixa

    do o de n? 5, que outorga ao Presidente da Republica poderes excep

    cionais que lhe permitem atuar, sem apreciao do Judicirio, na ordem

    institucional que se sobrepe da Constituio vigente. Com isso, os

    atos de exceo saem da esfera judicial, desaparecendo a zona de atrito

    entre o Tribunal e o Executivo. O Ato Institucional n 6, de 1? de feve

    reiro de 1969, reduz o nmero dos Ministros da Corte, que voltam a ser

    onze. Trs dos dezesseis ento em exerccio so aposentados compulsoria-

    mente, e dois outros requerem a inatividade. Mas, nesse perodo, tam

    bm se observa que so aumentados os poderes do Supremo no mbito

    da ordem jurdica no inst i tucional . Assim, a Emenda Consti tucional n?

    16, de 1965, cria o controle de constitucionalidade dos atos normativos

    federais e estaduais em tese por ao direta, dando-lhe o monoplio do

    julgamento; a Constituio de 1967 lhe atribui competncia legislativa

    para disciplinar, no Regimento Interno, o processo e o julgamento dos

    feitos de sua competncia originria ou de recurso. Mais adiante, a

    Emenda Constitucional n? 7, de 1977, alm de determinar que o Conse

    lho Nacional da Magistratura, por ela institudo, se componha de sete

    Ministros da Corte , aumenta a competncia originria desta , introduzin

    do nela a representao para a interpretao de ato normativo federal ou

    estadual e a avocatria de causas processadas perante quaisquer juzos ou

    Tribunais. Essa Emenda, a inda, a declara competente para a concesso

    de medida liminar em representao de inconstitucionalidade, e lhe per

    mite, para que se flexibilizem as restries ao conhecimento do recurso

    extraordinrio, a adoo do inst i tuto da argio de re levncia da ques

    to federal.

    Ao ser elaborada a Constituio de 1988, houve forte tendncia para

    a transformao do Supremo Tribunal Federal em Corte Const i tucional

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    do molde europeu, integrada por juizes com mandato temporrio. A uni

    formizao do direito federal legal passaria para a competncia da Corte

    a ser criada o Superior Tribunal de Justia , que a faria por meio

    de recurso especial, sem as Restries de conhecimento que deram mar

    gem adoo da argio de relevncia. O peso da tradio do Supremo

    Tribunal Federal, porm, provocou reao que impediu se concretizasse

    essa tendncia nas suas linhas mais radicais. Manteve-se-lhe a estrutura e

    se lhe ampliou a presena no terreno consti tucional, cr iando-se o manda

    do de injuno e alargando-se o rol dos legit imados para propor ao di

    reta de inconsti tucionalidade, admitida, inclusive, para declarar omisso

    inconsti tucional. Retirou-se-lhe, porm, a funo, que desempenhou por

    mais de noventa anos, de Tribunal unificador da aplicao do direito fe

    deral infraconstitucional, instituindo-se, para exerc-la, embora de modo

    imperfeito, o Superior Tribunal de Justia. De sua competncia saram,

    tambm, a representao de interpretao e a avocatria, mas, em con

    trapartida, realando-lhe a posio de cpula do Poder Judicir io Nacio

    nal,

    outorgou -se-lhe com petncia para julgar or iginariamente as causas

    em que a magistratura direta ou indiretamente interessada.

    Este o Supremo Tribunal Federal um sculo aps sua instalao.

    Moldado na Suprema Corte norte-americana, mas atuando, desde o

    incio, sob condies jurdicas e polticas muito mais adversas, no des

    mereceu nem desmerece o modelo de que resultou.

    Enquanto esteve a seu cargo a atribuio de uniformizar a exegese

    do direito federal legal, ele a cumpriu com impressionante volume de jul

    gamentos que no encontra precedente em Cortes de sua estatura consti

    tucional, e, portanto, como se acontecer nelas, com nmero reduzido

    de juizes, as mais das vezes sem substitutos. As restries ao recurso ex

    traordinrio s se impuseram quando a tendncia do aumento chegou a

    ponto de se temer pela viabilidade da prestao jurisdicional. Nos Esta

    dos Unidos, onde, ao contrrio do que ocorre no Brasil, o mbito de

    competncia do direito federal muito menor do que o do direito esta

    dual, desde 1925 outorgou-se sua Suprema Corte o poder discricionrio

    de s julgar, das questes que lhe sejam submetidas, as que considere re

    levantes pelo interesse pblico que revelam.

    Por outro lado, no exerccio da funo poltica do controle difuso e

    concentrado da consti tucionalidade, bem como na defesa dos direitos e

    garantias, o Supremo Tribunal Federal tambm no f ica a dever na com

    parao com aquela Corte, que, ao longo de sua histr ia, tem sido igual

    mente acusada de falhas, omisses, injustias e abusos de poder, s no

    o sendo de no se dispor a fazer contra-revoluo por acrdo, porque

    exerce suas atribuies em pas que, excetuada a guerra de secesso, no

    tem conhecido insurreies militares, estados de stio, intervenes de fa

    to nos Estados, prises polticas.

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    A atuao do Supremo Tribunal Federal no controle da Consti tucio-

    nalidade muito mais ampla e intensa do que a da Corte que lhe serviu

    de modelo. Ou porque no Brasil haja mais leis inconstitucionais, ou por

    que o carter analtico de nossas Constituies d margem a maior nme

    ro de argies de inconstitucionalidade, o que certo que, entre ns,

    o nmero de leis declaradas inconstitucionais por este Tribunal incom

    paravelmente superior ao de declaraes dessa natureza nos Estados Uni

    dos.

    No terreno das construes jurdicas constitucionais de que prdi

    ga a Corte americana, no se pode pretender que o Supremo Tribunal

    Federal haja sido inerte. No raras, no mbito do controle concentrado

    de constitucionalidade, as construes feitas por ele, como a de atribuir-

    se ,

    antes de os textos constitucionais lho reconhecerem, o poder de defe

    rir , em ao direta, liminar que suspende a vigncia da norma pela possi

    bilidade de vir a ser invalidada no julgamento definitivo.

    At no que respeita ao inconformismo e s represlias, tentadas ou

    consumadas, a que tm dado azo decises de ambas as Cortes no decor

    rer de suas atribuladas existncias, a nossa sustenta o confronto. E esse

    aspecto as enaltece, pois no a subservincia, que desagrada, nem mui

    to menos ela que inspira a reao ou induz desobedincia.

    Senhores:

    Em 1892, em sustentao oral de

    habeas corpus

    em favor de presos

    polticos durante o estado de stio, externa Rui Barbosa o respeito quase

    supersticioso com que se acerca desta Corte, e, exaltando-a, tem-na como

    instituda pela Repblica com palavras semelhantes s da divina Atenas,

    nas Eumnides de Esquilo, ao criar o novo Tribunal para os cidados da

    tica:

    Eu instituo este Tribunal venerando, severo, incorruptvel, guarda

    vigilante desta terra atravs do sono de todos, e o anuncio aos cidados,

    para que assim seja de hoje pelo futuro adiante.

    O presente, como futuro que do passado, pode afirmar que assim

    tem sido.

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    Discurso do Doutor

    ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA

    Procurador-Geral da Repblica

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    Excelentssimo Senhor Ministro Nri da Silveira, Dignssimo Presi

    dente do Supremo Tribunal Federal ; Excelent ssimo Senhor Doutor Fer

    nando Collor de Mello, Dignssimo Presidente da Repblica Federat iva

    do Brasi l ; Excelent ssimo Senhor Doutor Ibsen Pinheiro, Dignssimo Pre

    sidente da Cmara dos Deputados; Excelent ssimo Senhor Doutor Mauro

    Benevides, Dignssimo Presidente do Senado Federal; Excelentssimos Se

    nhores Ministros na atividade e os que j se afastaram desta Corte; de

    mais autoridades presentes; Senhoras e Senhores.

    H on tem , a 1 hora da tarde, no salo do ant igo Su prem o Tribu nal

    de Justia, foi installado o Supremo Tribunal Federal, sob a presidncia

    interina do Sr. Visconde de Sabar (presidente daquelle t r ibunal) .

    Foi assim que o

    Jornal do Commercio,

    em sua edio de

    ?

    de maro

    de 1891, iniciou a notcia da instalao do rgo mximo do Poder Judi

    cirio previsto no art igo 55 de nossa primeira Const i tuio republicana.

    H exatamente um sculo, no dia 28 de fevereiro de 1891, nascia es

    te Supremo Tribunal Federal .

    Quinze eram seus integrantes e um deles, designado pelo Presidente

    da Repblica, exercia o cargo de Procurador-Geral da Repblica.

    Eis a o elo entre o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico, que, co

    mo inst i tuio, no havia, a inda, merecido tratamento const i tucional .

    Durante a primeira Repblica, Albuquerque Barros, Trigo de Lou

    reiro,

    Souza Mart ins, Lcio de Mendona, Antunes de Figueiredo Ju

    nior, Belfort Vieira, Ribeiro de Almeida, Epitcio Pessoa, Oliveira Ribei

    ro ,

    Guimares Natal , Cardoso de Castro, Muniz Barreto, Pires de Carva

    lho e Albuquerque e Bento de Faria foram Ministros do Supremo Tribu

    nal Federal , mas, para sempre, f iguram na galeria dos Procuradores-Ge-

    rais da Repblica.

    Com a Constituio de 1934, a situao se modifica. J no mais

    um Ministro do Supremo o Procurador-Geral da Repblica, mas foram

    vrios os Chefes do Ministrio Pblico que vieram honrar esta centenria

    instituio:

    Carlos Maximil iano, Hahmemann Guimares, Luiz Gallot t i , Carlos

    Medeiros, Evandro Lins, Osvaldo Trigueiro, Decio Miranda, Xavier de

    Albuquerque e Fi rmino Paz .

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    26

    E, hoje, aqui esto os eminentes Ministros Moreira Alves e Seplve-

    da Pertence.

    Por isso, a sensao do Ministrio Pblico, neste instante de celebra

    o solene do centenrio deste Tribunal Maior, no a de um estranho

    ou de mero visitante, mas de algum muito familiar, que tem assento

    constante nesta Casa.

    De algum que participa, ativamente, dos seus trabalhos judiciais e

    conhece, compreende e vive suas preocupaes com a realizao da justi

    a e com o fortalecimento de nossas instituies democrticas.

    Este Supremo Tribunal Federal , centenrio, no para o Ministrio

    Pblico esse outro desconhecido de que falava Aliomar Baleeiro, em

    bora se possa constatar que o povo brasileiro, em geral, no lhe foi, ain

    da , devidamente apresentado.

    Se nestes cem anos de existncia foram vrias as vicissitudes experi

    mentadas, principalmente no seu incio, como natural reflexo da instabi

    l idade republicana brasi leira , fruto de uma imitao do federal ismo e do

    presidencial ismo norte-americanos, divorciados de nossa histrica cul tura

    de alm-mar, o certo que esta Casa, no correr dos anos, firmou-se co

    mo instituio defensora da Constituio e das liberdades pblicas.

    Despidos de qualquer conduta demaggica, seus membros no so

    vocacionados a arrobos reformistas ao arrepio da lei , que s recrudece-

    riam o vezo brasileiro de ter leis em profuso, sem a necessria disposi

    o para cumpri- las.

    Prudncia, sem omisso, a caracterstica deste excelso Tribunal,

    em seu mister exegtico, sabedor de que responsvel por propiciar a se

    gurana jurdica indispensvel ao convvio social.

    Mas,

    nem por isso, se nega a contribuir, com seus julgados, para o

    aprimoramento e fortalecimento de nossas instituies sociais e polt icas,

    sem o que o regime democrtico se reduz a quimera.

    No dizer de Aliomar Baleeiro, o Supremo Tribunal Federal no se

    confunde com algo de esttico, rgido, cadavrico, frio e marmorizado.

    N o . A Corte egrgia palpita, mutvel e dinmica, ao impulso da hist

    r ia.

    O Brasil tem razes de sobra para se orgulhar de seu Supremo Tri

    bunal Federal .

    Por isso, atuar como Ministrio Pblico perante esta excelsa Corte

    de Justia ddiva inigualvel.

    Conhec-la de perto e cooperar no desempenho de sua mlt ipla com

    petncia, precipuamente, a de guarda da Const i tuio engrandece o Mi

    nistrio Pblico.

    Neste momento, deveria a instituio por mim chefiada se alongar

    mais na anl ise dos t rabalhos deste Colendo Tribunal , como forma de

    proclamao pblica de sua importncia vi tal para o Estado Brasi leiro.

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    7

    Mas,

    soaria como elogio suspeito, dada a nossa estreita convivncia.

    Assim, bastante dizer que cem anos so passados e o vigor institu

    cional do rgo de cpula do Poder Judicirio do Brasil cada vez mais

    sentido em nossos dias.

    E que assim seja sempre mais, a servir de exemplo s ainda frgeis

    instituies existentes e cujo fortalecimento condio indispensvel de

    sobrevivncia do prprio Estado Democrt ico de Direi to.

    Viva, pois, o centenrio Supremo Tribunal Federal , para o bem-

    estar de todos ns brasileiros

    Mui to obr igado

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    Palavras do Senhor Ministro

    NRI DA SILVEIRA

    Presidente

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    Para falar em nome dos Advogados, concedo a palavra ao Dr.

    Ophir Filgueiras Cavalcante.

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    Excelentssimo Senhor Ministro Jos Nri da Silveira, Presidente do

    Supremo Tribunal Federa l ; Excelent ss imo Senhor Doutor Fernando Col-

    lor de Mello, Presidente da Repblica do Brasil; Excelentssimo Senhor

    Senador Mauro Benevides, Presidente do Congresso Nacional e do Sena

    do Federal; Excelentss imo Senhor Deputado Ibsen Pinheiro, Presidente

    da Cmara dos Deputados; Excelentss imo Senhor Doutor Aris t ides Jun

    queira Alvarenga, Procurador-Geral da Republica; Excelentss imos Se

    nhores Ministros componentes desta Casa; Excelentss imas demais autori

    dades aqui presentes ou representadas; prezados colegas Advogados, Se

    nhoras e Senhores.

    Sucedendo ao Supremo Tribunal de Justia, do Imprio, surge a 24

    de fevereiro de 1891, na primeira Consti tuio republicana, o Supremo

    Tribunal Federal . Essa Corte augusta, hoje centenria, iniciava ento tra

    jetria que se fez his toricamente marcante, assinalada, como prpria

    das inst i tuies fundamentais , por grandes momentos e ocasies mais dis

    cretas.

    Independentemente da qualificao que se d a certas etapas de sua

    caminhada, o Supremo sempre teve a orn-lo as intel igncias e culturas

    jurdicas mais brilhantes do Pas, de sorte que, a par de seu papel de

    guardio tutelar de nosso arcabouo jurdico, desempenhou ele, ademais ,

    as at ividades de autntico e luminoso Arepago, onde se forjaram os

    pensamentos de quantos acreditaram sempre no Direito como valor su

    premo de uma sociedade e fator de sua renovao e mudana em busca

    do ideal de justia.

    Alis , o testemunho mais eloqente, da sua dplice condio de tem

    plo do saber jurdico e usina dos sonhos dos ideais de justia, se manifes

    ta na circunstncia de no ter ele jamais escapado indene fria repressi

    va de quantas ditaduras, em tempos que se deseja para sempre supera

    dos, desabaram sobre o Pas . Nessas oportunidades , ou foram afas tados

    seus mais atuantes integrantes , ou suas competncias e garantias foram

    amesquinhadas ou suprimidas mas a Corte escapou, todavia, i lesa, o

    que somente refora o julgamento merecidamente meritrio, que ela tem

    recebido da Nao.

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    Um verdadeiro Estado de Direi to depende muito menos das le is que

    um Congresso produza, ou do espr i to democrt ico que bal ize a a tuao

    do Executivo, q ue da atua o seren a m as firme dos seus juizes e tribu

    nais .

    Essa verdade tem seu signif icado ampliado, quando nos deparamos

    com as competncias do Supremo Tribunal Federal e como so ela efeti

    vamente vivenciadas, cotidianamente. O Brasil ser tanto mais feliz e dig

    no ,

    maior e exemplar, quanto mais aplicado e fiel for seu Supremo Tri

    bunal , ao papel que lhe const i tucionalmente a tr ibudo. E esse pape ' po

    de ter seu contedo crista l inamente resumido: o Supremo Tribunal Fede

    ral a expresso pinacular de um dos Poderes de Estado, que aos outros

    no se subordina nem a eles inferior. E mais at: a eles suplanta, por

    que cabe ao Judicirio dizer da validade ou invalidade dos atos do Legis

    lativo e do Executivo, quer se trate de seus atos tpicos, quer se cuide de

    seus atos no especficos.

    Na presente quadra que o pas atravessa, em que a nsia de adminis

    trar e legislar, a pretexto de corrigir nossas patologias e deficincias, tem

    no poucas vezes a tropelado os parmetros legais e const i tucionalmente

    elaborados, no Supremo Tribunal Federal que a c idadania e a socieda

    de podem procurar e encontrar o apoio seguro, o espeque certe iro,

    que as proteger do arbtrio e da aleivosia. At aqui, registra-se com ale

    gria no tem faltado o Supremo realizao desse papel, singularmente

    revest ido da dupla condio de um Poder a um s tempo jurisdicional e

    moderador .

    A Ordem dos Advogados do Brasi l , exatamente por prezar ao extre

    mo essa tarefa d o Suprem o Trib unal Federal , e por proc lamar com reco

    nhecimento seu aplauso maneira como a Corte dela tem cuidado, se

    bateu, enfat icamente, pela sua caracterizao como Corte eminentemente

    const i tucional .

    H razes de sobra, de jbilo e orgulho, para quantos aqui hoje se

    renem, em comemorao aos cem anos do Supremo. A palavra dos ad

    vogados, que no poderia faltar, , em suma, a de gratido por tudo que

    a Corte j realizou; e de f no futuro do Pretrio Excelso, pela certeza

    de que, alm da sabedoria dos seus membros, a prpria sabedoria da ins

    tituio guia seus passos, conduzindo-a sempre nas sendas e trilhas do re

    cato, da honra, da austeridade e da conscincia de sua histrica e funda

    mental posio, no conjunto dos alicerces bsicos da cidadania e da so

    ciedade. Que assim seja , perenemente.

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    Palavras do Senhor Ministro

    NRI DA SILVEIRA

    Presidente

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    Agradeo, em nome da Corte, a presena de Sua Excelncia o Se

    nhor Presidente da Repblica, Doutor Fernando Collor de Mello; de Sua

    Excelncia o Senhor Presidente do Congresso Nacional , Senador Mauro

    Benevides; de Sua Excelncia o Senhor Presidente da Cmara dos Depu

    tados,

    Deputado Ibsen Pinheiro; e das demais autoridades referidas ini

    cialmente. Agradeo tambm a presena das Senhoras e dos Senhores.

    Este , sem dvida, um momento de festa para o Poder Judicirio,

    que tambm aqui est reunido na pessoa e na representao dos Presi

    dentes de todos os Tribunais do Pas e tambm de todas as Associaes

    de Magistrados do Brasi l .

    Ser aberta visitao de quantos assim o desejarem uma exposio

    sobre os 100 anos do Supremo Tribunal Federal , no

    hall

    de entrada deste

    prdio-sede da Corte.

    Tambm, a seguir , ser lanado carimbo comemorativo desta data,

    no Salo Branco contguo a este Plenrio, com a presena de Sua Exce

    lncia o Senhor Presidente da Repblica.

    Peo aos presentes que permaneam em seus lugares at que a Cor

    te ,

    aco m pa nh ad a de Suas Excelncias o Senhor Presidente da Rep bli

    ca, o Senhor Presidente do Congresso Nacional e o Senhor Presidente da

    Cmara dos Deputados , se ret ire para o Salo Branco, onde Sua Ex

    celncia o Senhor Presidente da Repblica receber os cumprimentos dos

    Membros da Corte e todos podero confraternizar com o Tribunal , pela

    efemride.

    Est encerrada a Sesso.

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    E S T A O B R A F O I C O M P O S T A

    E I MPR E SSA PE L A

    I M P R E N S A N A C I O N A L ,

    SIG, QUADRA 6, LOTE 800,

    70604-900, BRASILIA, DF,

    E M 1 9 9 3 , C OM UMA T I R AGE M

    DE 2 0 0 E XE MPL AR E S

    m n

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