2
Fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, cria novo polo de celulose no Brasil e muda a realidade industrial e econômica da região. A Pöyry esteve presente em todas as fases do projeto, da concepção ao start-up. CENÁRIO Participar da iniciativa pioneira e de grande porte da Suzano no Maranhão para construir a primeira fábrica de celulose de Imperatriz. O projeto deveria considerar o estado da arte em termos tecnológicos e ambientais, e capacidade de toneladas de celulose em linha única 1,5 milhão de toneladas por ano. Ao ser contratada em 2009, a Pöyry tinha o objetivo de cuidar da implantação de parte do projeto, e foi escolhida por uma das maiores empresas de celulose e papel no mundo por sua longa expertise no setor e capacidade de gerir uma obra complexa, em uma região de inúmeros desafios. Carente em infraestrutura e recursos locais, Imperatriz fica fora dos polos produtores de celulose no Brasil, mas é Suzano Papel e Celulose, Brasil uma região estratégica para a Suzano: está próxima do fornecimento de madeira e possui estrutura logística para exportação – as ferrovias Norte-Sul e Carajás e o porto de Itaqui. Nesse contexto, a Pöyry atuou em todas as etapas do projeto – da concepção à entrada em operação. Na primeira fase, foi responsável por estudos conceituais de dimensionamento da fábrica e localização do site, de mercado e logística inbound e outbound, de licenciamento ambiental, definição de CAPEX e estudo de viabilidade econômica. Definido o local de instalação da fábrica, a Pöyry realizou o projeto de engenharia básica, consolidando todos os conceitos SHARING SUCCESS FATORES DE SUCESSO Em trabalhos tão grandes e complexos como este, a coordenação e colabo- ração dos profissionais envolvidos são fundamentais para o sucesso. Sob este aspecto, houve uma ótima integração entre as empresas envolvidas para co- locar em prática as ações planejadas. A Unidade Imperatriz entrou em ope- ração em dezembro de 2013. Em me- ados de fevereiro de 2014, o primeiro carregamento, com 11.900 toneladas de celulose, partiu com destino aos Es- tados Unidos. A fábrica tem capacida- de para produzir 1,5 milhão de tonela- das/ano de celulose para exportação e atende os mercados norte-americano, europeu e asiático. Além disso, é autos- suficiente na geração de energia e gera um excedente de 70 MW no grid.

Suzano Papel e Celulose, Brasil - Pöyry in Brazil | · Fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, cria novo polo de celulose no Brasil e muda a realidade industrial e econômica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Suzano Papel e Celulose, Brasil - Pöyry in Brazil | · Fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, cria novo polo de celulose no Brasil e muda a realidade industrial e econômica

Fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, cria novo polo de celulose no Brasil e muda a realidade industrial e econômica da região. A Pöyry esteve presente em todas as fases do projeto, da concepção ao start-up.

CENÁRIO

Participar da iniciativa pioneira e de grande porte da Suzano no Maranhão para construir a primeira fábrica de celulose de Imperatriz. O projeto deveria considerar o estado da arte em termos tecnológicos e ambientais, e capacidade de toneladas de celulose em linha única 1,5 milhão de toneladas por ano. Ao ser contratada em 2009, a Pöyry tinha o objetivo de cuidar da implantação de parte do projeto, e foi escolhida por uma das maiores empresas de celulose e papel no mundo por sua longa expertise no setor e capacidade de gerir uma obra complexa, em uma região de inúmeros desafios. Carente em infraestrutura e recursos locais, Imperatriz fica fora dos polos produtores de celulose no Brasil, mas é

Suzano Papel e Celulose, Brasil

uma região estratégica para a Suzano: está próxima do fornecimento de madeira e possui estrutura logística para exportação – as ferrovias Norte-Sul e Carajás e o porto de Itaqui.

Nesse contexto, a Pöyry atuou em todas as etapas do projeto – da concepção à entrada em operação. Na primeira fase, foi responsável por estudos conceituais de dimensionamento da fábrica e localização do site, de mercado e logística inbound e outbound, de licenciamento ambiental, definição de CAPEX e estudo de viabilidade econômica.

Definido o local de instalação da fábrica, a Pöyry realizou o projeto de engenharia básica, consolidando todos os conceitos

SHARING SUCCESS

FATORES DE SUCESSO

Em trabalhos tão grandes e complexos como este, a coordenação e colabo-ração dos profissionais envolvidos são fundamentais para o sucesso. Sob este aspecto, houve uma ótima integração entre as empresas envolvidas para co-locar em prática as ações planejadas.

A Unidade Imperatriz entrou em ope-ração em dezembro de 2013. Em me-ados de fevereiro de 2014, o primeiro carregamento, com 11.900 toneladas de celulose, partiu com destino aos Es-tados Unidos. A fábrica tem capacida-de para produzir 1,5 milhão de tonela-das/ano de celulose para exportação e atende os mercados norte-americano, europeu e asiático. Além disso, é autos-suficiente na geração de energia e gera um excedente de 70 MW no grid.

Page 2: Suzano Papel e Celulose, Brasil - Pöyry in Brazil | · Fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, cria novo polo de celulose no Brasil e muda a realidade industrial e econômica

Pöyry P.O.Box 4 (Jaakonkatu 3)

FI-01621 Vantaa, FinlandPhone: +358 10 3311

Pöyry Tecnologia Ltda., São PauloEnergia/Indústria/Infraestrutura

Avenida Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 - Bloco B, 7o Andar

CEP: 04726-170São Paulo - SP - Brasil

Fone: +55 11 3472-6955Email: [email protected]

www.poyry.com, www.poyry.com.br

A Pöyry é uma empresa multinacional de engenharia e consultoria que atende globalmente a clientes no setor industrial e de energia e, localmente, a diversos mercados estratégicos. Realiza consultoria estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta experiência e capacidade de implantação de projetos. Os segmentos em que atua são os de energia (geração, transmissão e distribuição), florestal, papel e celulose, químicos e biorrefinaria, mineração e metalurgia, transporte e água. A Pöyry conta com mais de 6.000 especialistas, além de uma extensa rede de escritórios locais.

PRINCIPAIS FATOS

•A Suzano investiu US$ 575 milhões na formação da base florestal (plantio de eucalipto) em uma área de 154.000 hectares, para suportar a demanda da fábrica por madeira. O fornecimento vem de plantios próprios, do programa Vale Florestar e de produtores locais;

•A fábrica é referência em tecnologia de ponta e uma das maiores em capacidade em uma única linha de produção;

•No pico, 12 mil trabalhadores atuaram na implantação da obra.

e uma tomada d’água em concreto que abriga as bombas, grades, sala elétrica e outros equipamentos. Esta estrutura foi projetada em uma cota segura para absorver as grandes variações de nível do rio, e tubulações de 1,2 m de diâmetro levam água do rio ao site, e o descarte do efluente tratado é feito por tubulações semelhantes. “Sem dúvida, este foi o maior desafio do BOP, pois o trabalho teve que ser feito na época da estiagem com um cronograma apertado. Tínhamos uma data a cumprir, caso contrário, o comissionamento da fábrica seria prejudicado. Essa meta foi atingida com o esforço e trabalho em equipe de várias empresas”, conta Pedro Romano, gerente do empreendimento da Pöyry.

A Pöyry também gerenciou a implantação dos pacotes das ilhas de águas, composto pelos sistemas de Estação de Tratamento de Água (ETA), Estação de Tratamento de Efluente (ETE), Estação de Tratamento de Água para a Caldeira (ETAC), além da Planta de Dióxido de Cloro e Estocagem de Produtos Químicos e o Sistema de Distribuição de Energia e Linha de Transmissão, desde a subestação da Eletronorte, em Imperatriz, até o site da Suzano.

BENEFÍCIOS

O trabalho integrado gerou diversos benefícios sociais. O Programa de Formação de Pessoas da Suzano levou à comunidade o curso técnico em celulose e papel, formando cerca de 230 pessoas, e que participaram do processo seletivo da empresa.

técnicos. Nesta fase, a Pöyry deu suporte à equipe da Suzano na definição do plano de implementação e nas avaliações técnicas dos principais pacotes de processo. Já na implantação, a Pöyry foi a primeira empresa a se estabelecer no site para gerenciar as obras de infraestrutura e, mais tarde, do BOP (Balance of Plant), que foi desenvolvido na modalidade EPCM (Engineering, Procurement and Construction Management).

DESAFIOS DO CLIENTE

A fábrica tem 96 mil m² de área construída, de um total de 1,5 milhão de m² do site. Além da grande dimensão, das condições climáticas do regime pluviométrico da região, a questão logística e a baixa disponibilidade de mão de obra qualificada, devido ao fato da região ser afastada dos grandes centros, tornaram o projeto muito desafiador.

SOLUÇÕES

Para solucionar as dificuldades de localização do terreno, a Pöyry gerenciou um dos seus maiores trabalhos de terraplanagem, e cerca de 14 milhões de m³ de terra foram movimentados para posicionar a fábrica em uma área mais elevada. “Para a melhor escolha da localização do site, levantamos vários dados estatísticos sobre a chuva da região e a variação de nível do rio. Diversas simulações foram feitas com muito critério até esta definição”, conta Márcia Mastrocola, diretora de engenharia de processo e papel e celulose da Pöyry.

Um importante objeto do projeto do BOP foi a captação de água do Rio Tocantins, por meio de um canal de aproximação

A mão de obra local também foi qualificada nas áreas de construção civil e montagem industrial, e aproveitadas na construção da unidade industrial. “Com o investimento na qualificação profissional, tivemos cerca de 65% da mão de obra formada por trabalhadores locais, na fase de construção civil”, conta Cid Moretti, gerente de construção e montagem da Pöyry.

O investimento industrial de US$ 2,4 bilhões, feito pela Suzano, mudou o cenário industrial de Imperatriz e contribuiu para o desenvolvimento econômico da região, aumento da arrecadação de impostos, fortalecimento do comércio e gerando 3,5 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos.