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PCECÔ5-. HO RIO *5ÕO nOS E5TAC0S_...s60O '^U*\ ^^^^í___* lR_fí_h^P^Kv-^_____R____K^}—-^~' r- V ' ' __p*v^^Jp . ^S? T^____H______F*i_l^_1^JÍL i_J_L'_Wr ^^H^^^* ?& ^¦SH N. 1539 ANNO XXXII RIO DE JANEIRO, 3 DE ABRIL DE 1935 «TV7- ri';* /> ^ ..¦vi' ¦X- V f < SYMPHONIA CELESTE Filho meu, junta as mâosinhas: ora; Dize: "O* Senhor, que estaes Nos céos! qual da noite sáe a aurora, Da minha bocea sáe a prece ardente Para pedir-Vos, ó meu Deus clemente: Abençoae e protegei meus paes I Que eu tenha, ó Deus piedoso.a boa sorte, A ventura sem par. De ser um homem generoso e forte, Justo e simples, magnânimo e sizudo, Da honra fazendo o meu formoso escudo E do dever o meu sagrado altar. Ao meu próximo amar, como se tora A mim mesmoA alma erguei Até Vós, a alma humilde e peccadora Do vosso servo e protegido ingrato Que Vos quer, Vos deseja como ornato Para cumprir vossa divina Lei. O' Deus! alma perfeita do Infinito ! Não olvideis jamais De ouvir a prece, ó meu Senhor bemdito, A supplica pharol de uma alma crente Que Vos pede e Vos roga, ó Deus clemente: Abençoae e protegei meus paes !" "Que o bom Deus satisfaça os teus desejos, Filho, que me sorris", A mãe exclama, enchendo-o de almos beijos, Murmurando, depois, muito baixinho, Com uma voz repassada de carinho: "E a ti te faça, filho meu, feliz !" L E O N C CORREI í O / .:, .. ' A y^ S^ VA l L.A, O-vRÊ i E SA.M'0 0 NUAlt. \)\L MÃE UESrCJ. A A V E L 11 I C E

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PCECÔ5-.HO RIO *5ÕOnOS E5TAC0S_...s60O

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N. 1539ANNO XXXII RIO DE JANEIRO, 3 DE ABRIL DE 1935

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SYMPHONIACELESTE

Filho meu, junta as mâosinhas: ora;Dize: "O* Senhor, que estaesNos céos! qual da noite sáe a aurora,Da minha bocea sáe a prece ardentePara pedir-Vos, ó meu Deus clemente:Abençoae e protegei meus paes I

Que eu tenha, ó Deus piedoso.a boa sorte,A ventura sem par.De ser um homem generoso e forte,Justo e simples, magnânimo e sizudo,Da honra fazendo o meu formoso escudoE do dever o meu sagrado altar.

Ao meu próximo amar, como se toraA mim mesmo A alma ergueiAté Vós, a alma humilde e peccadoraDo vosso servo e protegido ingratoQue Vos quer, Vos deseja como ornatoPara cumprir vossa divina Lei.

O' Deus! alma perfeita do Infinito !Não olvideis jamaisDe ouvir a prece, ó meu Senhor bemdito,A supplica — pharol de uma alma crenteQue Vos pede e Vos roga, ó Deus clemente:Abençoae e protegei meus paes !"

"Que o bom Deus satisfaça os teus desejos,Filho, que me sorris",A mãe exclama, enchendo-o de almos beijos,Murmurando, depois, muito baixinho,Com uma voz repassada de carinho:"E a ti te faça, filho meu, feliz !"

L E O N CCORREI

í O / .:, .. '

A y^S^ VA l L.A, O-vRÊ i

E SA.M'0 0 NUAlt. \)\L MÃE UESrCJ. A A V E L 11 I C E

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jO| TICO-TICO *- 2 S ~ Abril — 1935

11 /^fpASE^>> TS-sv^r!^

Stailájr*

CORRESPOÍIPEriCIA PO DR. 5ri BE TOPOODETTE LIMA (Rio) — Seu trabalho vae sahir no

'"Meu Jornal".AMERICANO DO SUL (São Paulo) — Não aconselho

a você tal sport. A luta livre jióde ser praticada não na suaidade. 'A composição enviada vae ser publicada.

STJLAMITA (Bahia) —^O seu conto vae ser lido e seráaproveitado se estiver em condições. Não faça mais trabalhotão longo.

MEN "NINHO

(Porto Alegre) — José do Patrocinio deuao balão de sua invenção o nome de "Santa Cruz". AugustoSevero fallcceu em 12 de Maio de 1902, victima do desastredo "Pax".

OLINDINA VITAL (Rio) — Se você insistir, acabaráexecutando com perfeição tão lindo tecido. A sua psofessoratem razão.

NEMESIO CINTRA (B. Horizonte) — Frankliii, o fa-tnoso inventor do pára-raios, começou a estudar physica dc-pois dos trinta annos. Não vejo inconveniente etn estudarvocê, agora, essa parte da arithmetica.

PHII.OSOIMIO GAÚCHO (Pelotas) — Leia a respostadada a Meninitiho.

CACÍUE BIS (Rio) — Tenho iuuncnso prazer cm atten-der ás suas perguntas. Não as mande, porém, todas dc uma -só vez. Aconselho o livro "Cuia do escoteiro", de VelhoLobo.

EDGARD TORRES (Recife) — Foi um suecesso, sim, ofrevo aqui no Rio. Vou entregar o seu pedido á redacção.

AGFA (Rio) — "Vovô'', nas suas sábias lições, vae tratardo assumpto e você terá sua curiosidade satisfeita.

POETISA (Rio) — Seus versos vão ser publicados. Osdesenhos devem ser feitos cm papel sem pauta c a tintauankim.

SOLDADINHO DE CHUMBO (Obrytiba) — Pois vocênão sabe que foi o sábio Archimedes? A lei é delle. O pedidode livros deve ser acompanhado da respectiva importância cmsellos ou vale postal ou, ainda, etn carta com valor declarado.

POUPE'E (Rio) — Escreva á redacção de "Cincarte",Travessa do Ouvidor, 3-1 — Rio.

ORLANDO SA' (Rio) — Procure o Dr. Octavio da Vei-\ ga, com consultório á rua Rodrigo Silva, 14 — nesta Capitai.

Não costumo nem posso receitar medicamentos.CAROLINA SO' (Natal) — O Chiquinho breve irá fazer

tuna viagem á Europa c dc lá mandará suas reportagens paraO Tico-Tico.

CUNHA BILHAR (Manáos) — E' uma abreviatura; de-ve-se ler "quod cral demonstrandum", isto í, como se queriademonstrar.

CAR.MINIIO VEIGA (São Paulo) — Os donos eram umpovo antigo da Grécia. Era uma rivalidade entre gregos e lati-ros. Os gregos diziam, com certo orgulho, que o Sol, antesde illuminar Roma, beijava Athenas.

OLHO POR OLHO (Rio) — A vingança é desaconselha-vel. Esqueça você a offensa e estará tudo terminado.

TRABALHA SEMPRE, NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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Abril — 1935 *_3 — O TICO-TICO

IN XCVAL/

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do EEBE(Uma edição da ARTE DE BORDAR)

Originalidade, Elegância e Praticasão as qualidades que se encontram reunidas neste

bellissimo álbum.

Contém a mais rica e moderna collecção de modelos paraa confecção dc lindos enxovaes para recém-nascidos.

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6SOOO CCI1PPE-C\

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AMA TUA PÁTRIA. HONRA TEUS PAES.

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0 T í C O - T I C O — Abril — 1935

(D§ (____s™r§:£TKrr?.^ /mOÊ c<W\Tf^ \ -.^fe^*

.__£__»_JANAVIT* ÍÍ.NÍKILK BANAMEL

5/A F^.BR.'CA poctVÍTARUA Ej5.NO. A»r3£s £7- RI O DE J. MÉlBQ

ZDDC^V U BL. Cflj>F6AN ft L_/f^ZDDBANAVITA5/A

SanamTlk..______lJBANAMEL

O. A, .í.í 8? -F DOCEVIO O E _' A m

BA A//) (// TU, 6AN<QMIL KE BAN Ari EL .i ~ * i.

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RAPA _|AM, E5tE MHíiú-CIO ESTA'-SE ENCRENCANDOCADA VEX MA15 / ESTE HC-NINo «imeié UMA f^ÉRA-SUS.M _ QUE VAE COHPREvtSl<DE_ESTA Ç-ASlUANCUAPA .BABA . /Bü CRE'0 que Elle Mo-LHOU NA TINTA AJPER/ /V^-NAS DE UMA MEIA OO-/ l7.1 A DE 5AÚ/AÍ É / ^/SDE Pois _olto_-A_ / i*»V.5cBRE ESSE PA- /PEL PARA Ç5CRÍ-/ /" »

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kV E R..-. MIESTAl -ART4

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PARA TRADUZIR ISSO Eu TEREI4UE viíar FAKlB.'v0Ct'5 ENTOPAM-HINHA BOCA COM CA-BEU-O DE G-ATO M0U1A0O EH Ai&Tf£DE oeNDE.PoNHAicü/ü Pitadas peRArt',TT!6Z t>E 5ALE CIN-0 DE Po'DE Sapato; ^hTÃo cosam Am-NHA BOCA COM LINHA E AGULHAviRO-NS E ME SAfEQu-n UNAimOEíÇAO OE SArj(iUE^DE GUA-RlBA OO PIAJHy, IJ50 PÓR-n£-A-ApoRfl|R. VOcêi$ enTAo MÊ Ekl-TERREM NUMA OJVA FORRADADE Chifres Dê ^eRu$ E CSPE-REM QUÊ EU ,_ ACO^Dli DA-

6r-»A'S Faíil]A HENTl PSD1KÍOCCORRO AO Ei». íBAIXADO» CHI- feNE* no .RA-uLM >

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lé$Èrmr\,,Ji-'...,__¦_ --.,r,rw_—_ -

DURANTE O "tu SOMNODE CINCO ME-ES EU MEtRan-jPortarei a'tuiNAE V151TAR.E1 EjtE .Eni-NO DE TCWEÍRABACUÍÍAJComo si fô$SE A ílmapE CONFOClO.o <JRANDEPHVL050PHOCHINE2, COME-««OS JUNT05 ARROI APEüJTADO ENrRE PALITOS E ^BE6EREmos ÍANGuE. DEDRAOAo. Ahi então tuTTRei - poper PE 5A-

O gANACLÜB|g.jrA' PAr,e<en-

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VIU Ot>'i'F.HiC;ÍU6 A CARTA j ;Mt>5 FÓ. CH- l /TRt«.-e PO» /_UM CABO o_> K

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Eu Ja' estou es-_«_5£ado PC~ÍANPO NA 5EMA"NA

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AVE(_>AMA!pubucüAHiCrO/ NA 5E- /MANA VINDOURA jfa pa .ra continuar

MORAL'.BANAVlTfl,PANAMILKE 5ANAMEL.SA005 DOCES E)0"(vA-FINO. EEXTRA-ELE-(S. [.TES",DE GRANDE VALOR NUTRI-TiVO, RIC05 EM VITAMINAS A-6*<ATODA A FAMILIA BRAZILEIRA DEVETEL-OS EM SUA CA5A COMO ALI MEN-TACÃO ESSENOAL PARACReANÇA^.

Toda correspondência sobre os "BANA-BOYS" deve ser dirigida á S/A. Docevita»Rua Buenos Aires, 87 — Rio de Janeiro

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r«___>c_-.eclactor-Chefe: Carlos Mauhães — Director-Gerente: A. dc Souza e Silva

OçGe£ ÊL&fa'l mmmwr rrn^

Vâir&Como fe deieniiaiii os insecto*

Meus netinhos:Todos vocês sabem que ha artistas

que desenham paizagens, pintam retra-tos, reproduzem scenas ou factos histori-cos em telas magníficas que causam a d-miração áquelles que as observam. Osautores de taes trabalhos imprimem ástelas um traço de arte to-do pessoal, ou seguemuma escola, um methodode pintar. Mas ha tam-bem, meus netinhos, osartistas que pintam osinsectos, que reprodu-zem nas telas uma formi-ga, uma mosca, uma bor-boleta, com todos os de-talhes anatômicos do ani-

Desenhandomal.

Mas esses artistas conhecem aanatomia, os detalhes do organismo detaes animaes para reproduzil-os em seusdesenhos? — hão de perguntar vocês.

Não — responde a vocês Vovô.Esses artistas reproduzem em suas telasos animaes que lhes servem de modelo e

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que são observados através de poderosaslentes, de fortes microscópios. O traba-lho de desenhar insectos, do modo porque acima expuz, constitue uma arte dasmais difficeis. Para fazer esse trabalho énecessário que se matem os insectos comchloroformio antes de observal-os ao mi-

croscopio. Alguns insec-tos, porém, perdem _ ascores ou ficam engelha-dos depois de mortos, demodo que é mister repro-duzil-os nas telas ou nosdesenhos emquanto vi-vos. Para isso os artistasadministram a esses ani-mães uma peguenrquantidade de ether o<de qualquer outro entoi

pecente que os insensibilize mas que osmantenha com vida, afim de serem ob-servados em todos os detalhes do òrga-nismo.

E' bem difficil, meus netinhos, de -nhar os insectos.

VOVÔ

um insecto

SAÚDA SEMPRE O SOL NÃO ESQUEÇAS TEU VALOR

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O TICO-TICO •- 6-. Abril .-, 1933

As maravilhas do UniversoUM PRESENTE ORIGINAL

DE F. VENANCIO FILHO, ESPECIALPARA OS LEITORES D' "O TICO-TICO\

Assim que saltou do trem nando puxava da mão da irmã tre outras a dos mineiros dotio Adolpho foi avisando ás para vêr tudo o que o brinque- Mar Egeu, que banha a Grécia.creanças que trouxera um pre-sente para Natal. Era inútil

perguntar, pois só em casa overiam. Adivinhar também nãoadiantava.

Os quinze minutos de auto-movei pareceram intermináveisa Léa e Fernando.

Mas para que me servelima ferradura? Não sou su-

persticioso.E' preciso que vejam que

espécie de ferradura é essa.* Fernando, vá buscar uns pre-

gos na cozinha e Léa. traze acaixa de costura tão abando»nada.

Logo que o menino metteu aferradura na caixa de pregosviu que se tratava de um iman,

pois já tinha ouvido uma pro-fessora, em aula, dizer que o

que atrahe pregos e agulhaschama-se iman. Os pregos to-dos se agarraram na tal ferra-dura, toda vermelha, exceptonas pontas. O mesmo se deucom a agulha da caixa de cos*tura.

Tio Adolpho viu logo que Titio?devia ter trazido duas, pois Fer- — Já li diversas historias en

do podia atrahir. Isso ha muitos, muitos annosEste fio de linha é tão leve Notaram elles que havia umas

e o iman não o suporta. pedras que attrahiam os obje-r- ctos de ferro com muita força,

O logar onde estavam chama*va-se Magnesia, dahi o nome,

pedra magne» ou magneto.Durante muito tempo não vi*

ram grande utilidade nelle. Maistarde descobriram que podiamdar a outros pedaços de ferro o

poder de attracção, esfregando-os com o iman. •

Mal acabava de falar e Léa

já tinha conseguido suspenderduas agulhas no iman.

Uma agulha pode attrahifoutra, pois torna-se também umiman.

Que pena não ter um iman

para Vovó achar as agulhas queperde. Tem tanto medo que ai-

guem se espete.Mas tu podes imantar as

pontas da tesoura, pois esseO iman atrahe o ferro (os iman é bem forte,

pregos) e o aço (agulha). Assim Léa esfregou a te*- Ouem terá inventado isto, soura e viu logo que attrahia

as agulhas.Fernando foi correndo bus-

Brincando com o iman

Ura, o iman só atrahe ai-

guns metaes, explica Fernando.Vamos ver se a alliança

sahe do dedo da Mamãe.

/ "^-"""V \

" _|Lt__iá_aL a—BaT II

A pedra iman suspensa porum fio.

TODO LABOR E' fíONRADO. NÃO TE IRRITES

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._b.;i 1935 -- 7 — O TICO- T I < O

car o martelo para imantal-o.— Quando cahir minha caixade pregos não tenho que estarcatando um por um.

O martelinho trabalha pormim.

Que successo na aula com aspenas de escrever!

. — Mas a utilidade maior doiman é a bússola, diz Tio Adol-

pho, mostrando o segundo pre-sente.

Mais parece um relógio.Tem letras em vez de du.

meros.Tem só um ponteiro em

vez de dois, metade azul e mc-tade cinzento.

Por mais que os dois moves-sem com a bússola o ponteiroazul apontava sempre a mesmadireção.

Se não muda de logar, pa-ra que serve então?

O polo norte magnéticoattrahe a agulha. E' para os na-vegadores o maior auxilio. An-tigamente quem se aventuravaem viagens receava sahir de

perto da costa.Mas depois que se inventou a

bússola, já se sabia em que di-

recção viajar, pois ella apontaspmpre para o norte. Não éPapae que custuma dizer que

Achando a direcção do polonorte

está desnorteado, quando seacha em apuros? Para viajan-tes em florestas desertas: sequer ir para o norte, guia-se

~^^P___ ____-_^yÉ-_

%tr^Ay'' %. . r

Como se transforma uma agu-lha de coser em iman

pela ponta azul, se quer ir parao sul, pela cinzenta — Se pa-ra oeste, á esquerda do ponte:-ro azul, e se para o oriente ouleste, á direita do azul. Qual-quer dia contarei como a bus-

sola ajudou Colombo a desço-brir a America.

Essa propriedade de apontarsempre para o polo norte ousul chama-se polaridade. Acre-ditem que, se um iman fôr re-duzido a pó, cada fragmentoserá sempre um iman e terá atendência de apontar para opolo norte ou sul.

Vamos ver da nossa ferra-dura qual é o polo sul, qual onorte.

Colloquemos uma ponta doiman perto do polo norte dabússola. Se esta fôr repelida opolo do iman é o norte, pois o.pólos do mesmo nome se repe-lem. Se tivesse sido o polo sulque aproximássemos, atrahiria,pois pólos de nomes dtfferen-tes se atrahem.

Quanta coisa esse t i oAdolpho sabe. Parece até uraprofessor.

Pois é. Mas agora vou des-cançar da viagem e vocOs vãoembora. Chamem o s compa-nheiros dahi do lado e vão brin-car de esconder.

Um segura a bússola e olhapara o norte e outro se esconde,

Um terceiro dirá se o escon-dido está ao sul a leste etcE assim o outro pôde depoisprocural-o .

Até logo..—, _—__ ,—, _____ __.

FOGE DOS VÍCIOS. SR. NÃO ACCUSES sem provas.

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O TICO-TICO — 8 3 — Abril 1935

iÊUÊO.D. Carolina entrou na ca>_

_e Carrapicho agitada e ner-vosa e poz-se a gritar j

— Ewa pretinha que o se-nhor tem em sua casaé uma peste '.

1 -*^ —— lliIlTiTiinMíl— Eu venho implorar uma L_H D. Carolina, agora maisprovidencia _§M ca,ma> continuou:

E a senhora parou um pou- I -— Eu tenho na chácaraco, esfalfada. I umas goiabas. Hontem, á lu • j

/ //Z\ Então, atraz da porta, uma I i da lua, eu vi um vulto...[~- ) \__SfN. voz cantou: fcáj E a voz atraz da porta con-V v }_£. -$4^S — "Implorar! Sr a Deus". g----l tínuou:ob O jT "li I — "Deixa a lua socega da*'.

A principio pensei que %'"Ea^ÍralTa^orUcôn- D. Carolina, ,á um pouco irritada, pro-

- "Ma. não era, mas não era"! E _ *_

^fja "^

S™_I — "A victoria vae sê tua, tua, tua". .. .V" -r-1

*" ¦ \/í' i At í Tt~—^T 1' "*" lT^ T~" I i>' '1 ~^ IA'' — 7 r

mo sabe ser, perguntou: I _ CÍP\ tB Br *V^fc D

Carolina oe I 1 'F

NÃO PRENDAS OS PASSARC..S PROTEGE AS ARVORES

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AIhíI — 1*>:í5 y — o t i i; o - t i <: o

GlÊUúm^íkeowii£'_.-•'*?•¦'2

''¦¦•;* s

e do paraizo, macho, possueante plumagem que

be graciosamente movendò-aiodo variado, para agradar aa, que é pobre em be]

como acontece com a fêmea deledos cs animaes.

*• ¦*-___¦ _S^^_»-íSv-

—Sftò-vt.íroi1' 'r 3B____'í^ts\\li ittÁs^&i/P.

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OgranáenaturalislainglezCharles ff ^ j í T ' _M_|;_N__u^

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que só consequiu realizar uma - _F''''A/iv (7:;' fH_9__ 'r" K-!fl *fí—*' /¦ ¦_¦ Ei Ms? ' i i ¦ Ais-; •/ |Hmi . _.- y.ayra__sr__B8—_*?*vrocra grandiosa graças a um syste- _B: ' /¦' s¥A T ; \m~ sm^90^_lB_i__s_í__r_)t' '—ma de apontamentos methodiccs S ^ A'\ li _**¦ m\^^^J*%ÍÊ&SG^^s _** .«.¦si í; ¦ .1 K.w',V ;.t .W-^s——_s-r *^_*^' _t^t-^TjSj*^ 'lP__s_» • >_

O:] /a|^\'__^£_5s3^^^ W A^''

leu poiz é r*-iornvilhoio Sé bom filho

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0 TICO-TICO r- 10 -, — Abril — 1935

,<

DESENHOS OUE A GENTE FAZ

(SSO vaso "«— desenho de Corina de Pavão — trabalho de Orlandino

Freitas, 7 annos. Figueira, 12 annos.

rvv*

O radio — trabalho de SylvioPinheiro, 7 annos.

r$>V Lulu' r— trabalho de Santiago Me-deiros, 12 annos.

O cysne — desenho de LauritaBastos, 10 annos.

Copo — desenho de Yedda Ca-valcante, 8 annos.

Angorá — trabalho de Luiz deCarvalho, 10 annos.

^sMO tico-tico — trabalho dc Hélio

Barros, 9 annos.

I

Nesta pagina collaboram todos os pequenos desenhistas do Brasil. Os originaes, dese-

nhados em papel branco, sem pauta, com tinta chineza nankim, devem ser enviados á re-

dacção d'0 TICO-TICO, onde serão examinados, antes de publicados, por um jury compostode artistas de nomeada, um professor do Departamento de Educação Municipal e um reda-ctor deste jornal. As composições que o jury d'0 TICO-TICO classificar em 1." logar íllus-trarão, cm cores, a nossa, capa.

p^w^^^W'^VV^^i^^^**VS***^'*'W^'^^^i^*VVV'^VS*^^*N^^r>*Si»»N^^A^^^A^V'V'N<,>»*'»' >^r^»^fr*

NÃO ENGANES A' CREANÇA. ENSINA AO IGNORANTE.

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— Abril — 1933 — 11 o t 11; o - t i í; o

?wl Gavetínha do Saber A. _____•Francisco Adolphq

rie Variiliagen, vis-conde de Porto Se-guro, foi um dosmaiores historiadoresbrasileiros.E x erccu,com rarobri Ihan-lis m o, ocargo dem i n istroplenipoteiiciario d oBrasil na A u s tria.Morreu em Viennano anno de 1878.

As dbalias são ori-undas do México,tendo sido trazidasdali por uni botânicoriinamarquez chama-do André Dhal, deonde tiraram o nome.

Carlos Gomes, oimmortal musico bra-sileiro, autor doO Guarany e oulraspeças, nasceu em1830 e morreu em.890.

—_.;_—.Villão servido, vil»

lão fugido.

D. Maria Quiteriaile Jesus Medeiros foiunig das figuras lie-roicas da guerra daindependência no Es-tado d aBahia, deonde eraíatural. Og o v e rnoi m perial,premiandoos inestimáveis ser.viços de guerra dagloriosa patrícia, con-cedeu-lhe o soldo dealienes de linha. Oimperador condeco-rou-a com a com-nienda da ordem doCruzeiro.

"Meu livro dehistorias" — pre-sente de valor pa-ra a creança. A*

venda.

A garça, «pie vocêstodos conhecem, éum pássaro grande,de bico comprido, tiaordem dos pernaltas,tpie se alimenta prin-cipalmente «le pei-xes.

—.j.—_As escovas do ca-

b •*¦ 11 o, amollecidasco.n o uso, recupe-ram a sua aspereza,mergulhando-as nu-ma solução forte dealumen.

O chapéu que .Na-poleão Bonaparte le-vava no dia da ceie-bre batalha de Evlau

deu o seu nome aosino maior da Basili-ca de S. João de La-trãp.

As hortaliça*- nãose devem guardar

Voltaire, cujo no-me completo, eraFrancisco MariaArouet de Voltaire,morreu no dia 30 deJunho <le 1778, com84 annos.

_<_-

amontoadas, mas simespalhadas sobre me-sas ou paioes «le pe-«Ira, sendo possivei.Deste modo conser-vam se melhor.

O homem que mai*-.fez neslé muno, diziaBalzac, foi Napoleãof, apesar de o nãopintarem nunca sè-não de braços cruza-'.los.

—»;.Os vasos em que os

pastores- recolhiam oleite quando orde-nhavam; chamavam-se tarroá.

Vovô d'0 Tico-TicoHistorias de Pae JoãoPapaePandaréco, Parachoaue eViralata

.—sy» Quatro livros de alia finalidade

T_ etlucac'onal *- recreativa. Consti'dfàíi lueni, juntos, um lindo presente.

A' venda em todo o Brasil.

foi vendido em 1'arispor quatrocentos es-cudos. No leilão ap-pareceu avaliado emcem escudos e foidisputado por trintae duas pessoas.

( Pelo cão se teme opatrão.

ü capitania do Es-pirito Santo foi des-coberta no dia 24 «leMaio dc Í525 e tomouo nome da festivida-de do dia.

Foi S. Paulino, Bis-po de Nole, o inven-tor os sinos. Os maio-res só no século VIse arioptaram, vindodo Paza João XIII,em 972, o uso de ba-ptizal-os. Foi o im-perador Olhou que,d«*pois de coroado.

A farinha absorvetodos os cheiros, porisso é necessário con-servar-se bem tapada.

Andromeda, f i lhade Cassiopéa e de umrei da Ethiopia, es-tava acorrentada aum rochedo onde de-via ser devorada poruni monstro marinho.

O primeiro dona-tario da Ilha Tercei-ra foi Jacoine de Bra-ges, por mercê «Io in-fante 1"). Henrique,fcnla aos 21 de Mar-ço de 1450.

No anno de 791instituiu-se em Parisa primeira Universi-dade; a segunda emSalamanca, em 1230;a terceira em Roma,cm 1245, e a quartaem C o i ni bra. em1310.

Menino! Traze asas mãos sempre lim-pas. Ha um sem nu-mero de enfermida-des que são contra-hidas pelas mãos.

Seneca foi um phi-losopho latino queserviu de professordo imperador Nero.

A festa de CorpusChristi foi estabeleci-da em 12G4 pelo pon-tifice Urbano IV —"Hoc est Corpus me-um".

O Dr. Manoel Fer-raz de Campos Sal-les foi um dos ardo-rosos propagandistasdo regimen republi-cano no Brasil. Des-

empenhouas func-ções im-portanlesde m i -nistro dajustiça do

governo P r ovisorio,presidente do Estadode São Paulo e pre-sidenle ria Republicano periodo «Ia 1898 a1903. Sua morte,Decorrida em 28 «leMaio de 1913 na priarie Guarujá, em San-tos. foi sentidissimapara os brasileiros.

—•:•Em vez de ter a

salsa em água, o quea t O r ri a amarella,guarda-se num boiãoh e r meticamente fe-ehario, em Jogar frio.Conserva-se a s s i mfresca, muito tempo.

Menino! Brinca artnr livre e dorme emaposento bem areja-do!

Henrique Dias, co-mo devem saber osleitores, foi um per-nambucano valente

q u e sedistinguiuna guerracontra od o m iniohollandezno nosso

Henrique Dias,d e u brilhante

desempenho ás mis-soes que lhe foramconfiadas pelo gover-no portuguez, mor-reu no «lia 8 rie Maiodo anno de 1062.

paiz.que

MODA EBORDADQ

é o melhor figu-rino que se ven-

de .io Brasil.

AMA TUA PÁTRIA. HONRA TEUS PAES.

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O T I C O - T I C « 52 3 _ Abril — 1935

As aventuras do Camondongo Mickey x(Dcfcr.ho ile Walter Disncg c Af. B. Iwcrts. exclusividade pars O TICO-TICO cm todo o Btssil)_______ .____._

"vrt • * ¦¦'•'¦¦t'¦¦"'' _SR*+í_á^_i i

,—_ _i

Emquanto Mickey Mouse procura Horacio co-?no um louco, este se encontra no gabinete infernalrios seus algozes. — Vccè vae..

.. .ser submetido a umatremenda experiência!falou um dos algozes.

— A machina que você está vendotransmitte o raio hypnolico. minha ceie-bre descoberta!

1 tí&-'^I ztt7^,•^__fcv.." _*.-W_.f WVA)

-r rr5r 1

^.w/3-A— O raio hypnotico, qualquer pessoa.

Você vae ter a honra dc ser a primeira victi-ma! — Pois não...

...estou contente com essa hon-ra — respondeu Horacio. Vocêshão de me pagar!

— Vou lhe dar uma explica-ção do nosso invento! — dissjum dos prolesores.

^ —,jrt ir aH-M' fcmwÊÈ " ,¦¥ |vl .>-;¦•>-«!>, m ^-—=__»¦.-.¦'.«¦,¦ ,..„._¦,,,..« , \— Tudo ouanto vemos e ouvi- . ..differen.es! - Esta machina pro- — Nós queremos transmittir esse raio par?mos provim dos raios c das ondas! duziu a onda mais curta do mundo, a para o mundo inteiro e você vae ser o vehiculoEssas ondas têm comprimentos... qual chamamos os raios hypnotico! dessa transmissão—

10w\ W^êM*— Cem o s c vê, a sua

descoberta t das mais íni-portantes, das mais sensa-cionaes dc que ha noticia!

^" '-' -x\ 1

— Mas que tenho eu com esse tal de ratohypnotico? — perguntou, num forte zurro,Horacio Cavallinho. E ao mesmo tempo, des-feriu fortes...

NUNCA MINTAS!

.. .eoices num dos professores que lheestava ao alcance das patas.

•' . '. (Continua)

f v.O ORCl ..HO PECRAP _.

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EXERCÍCIO ESCOLAR- (DESENHOS" PARA COLORIR)1

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0"angorá" \t^k < ^ arara I

Os quatro desenhos desta pagina devem ser coloridos a lápis de côr ou aquarella. Constituem taes desenhosmotivos para os nossos leitores se aperfeiçoarem na bella arte que é o desenho.

A fragata O pelle-vermelh

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0 TICO-TICO

CARTA

— ii —• 3 — Abril 1033^

E N I G M A T I C A

$ J|||. Vr/I7 \M mm DiTaa ®#ü §>

!&>;* |çú^õ)-cotaj^;ç . np£A se ícSsap,y K ^^6to=_í3-s E MU|Taa ^|g ^J^ _£^-^

JUDICIAL.Outra carta enigmática offerece-

nios hoje aos nossos prezados ami-guinhos. E' fácil e os meninos dc-vem decifral-a e envial-a á redacçãod'0 TICO-TICO, porque os dèeifça-dores que assim o fizerem entrarãocm sorteio para o premio — um bel-Io livro de historias infantis. As de-cifrações devem estar na redacção'>*«>¦^>^'^^.'M^^^^''.'^>'.¦^^«%^^^^*>v^^V^^>v>'^>V>v^^^>^.^/^^^/«^^^^^BA.•'.'^A

d*0 TICO-TICO até o dia 20 de Abrilvindouro.

espirito. Sem o estudo nada serás".

Damos a seguir o resultado da car-ta enigmática publicada em 7 de Ja-n e iro:

"Menino! Estuda, estuda sempre,porque só com o estudo é que ad-quirirás elementos para formar o teu

Heeebemos 1.98G soluções certas epremiámos a do solucionista

PEDRO CARVALHO DE OLIVEIRAdc 11 anns de edade e residente árua Ermelindo Leão, 328, em Curi-lyba, Estado do Paraná.

TELEVISÃO ERRADAPebsónagens:

Luiz.Atilio.Mafahla.

SCENARIO:

Uma sala mobiliada vendo-se a umcanto um apparelho lelephonico.

Luiz (Entrando com o Atilio) —Positivamente o Rio se pode chamara cidade onde a gente se aborrece.

Atílio — Tens razão. Depois devistos os seus pontos piüorescos eassistidas as sessões de cinema nãose tem theafros oinie se apreciembons espectaculos, nem salões deconcertos para se ouvir boa musica.

Luiz — Temos, em compensação,o radio que nos impinge sambas eamuincios...

Atílio — E. que, para variar mudao prograninia para annnncios e sam-bas... (Ouve-se tilintar a campai'nha do apparelho telephonico).

Luiz (Indo attender) — Talvez sc-ja para mim... (Falando o phOne)-— Alô!... Não, minha senhora. Comcerteza não sou eu. Houve engano...Como ... Principe encantado?...Muito menos. A scnhora errou a por-ta, ou o numero. Com licença...(Repõe o phone no gancho).

Atílio — Quem era?...Luiz — Não sei. Era uma voz fe-

minina "passando um trote", comoSC diz.

Atílio — E' outro divertimentoaqui para quem não tem mais que

S Ê JUSTO.

(SKETCH TELEPHONICO)

fazer: "passar trotes" pelo telepho-ne em quem não. conhece.

Luiz — E'; uma brincadeira demáu gosto.

Atílio — Principalmente quando o"IroteanPí" ou "troteador" não temespirito. (Ouve-se, novamente, acampainha do telephone).

Luiz — Attende agora,Atílio — Pois não. (Vae ao phone

e fala) — Alô!.. Pois não... Um seucreado...

Luiz — Quem é ?Atílio (Ao Luiz) — Deve ser ou-

tro trote...Luiz — Ou a mesma de ha pouco.Atílio — Certamente... (Falando

ao phone) — Não, senhora. Não dis-se cousa alguma... Foi um meuamigo qu?m falou... (Sorrindo).Ao contrario: sou um velho, feio, as-(lunático... (Tosse)... Está ouvin-do a fosse que não me deixa?...Acredite. Digo-lhe pura verdade...

Luiz (Sorrindo) — Dize-lhe quetens 80 annos...

Atílio (Tomando a voz tremula)— Estou no fim da vida... Já fiz80 annos... Não crè?... Pois é a

( ji .' • iX fia

verdade... verdadeira... Como?Tem quinze annos? . Eiitão adivi-nhei porque pela sua voz suave' efresca parece a própria Primaverafalando...

Luiz (Rindo) — Boa!... Boa pia-da!

Atílio — Sua figurinha?... Pare-ce-me que a estou vendo, por umphenomeno de televisão: é loira, deolhos azues, muito clara e risonha.E' linda, emfim...

Luiz (Rindo) — Bravo! Que bel-Io retrato. . .

Atílio (Rindo, ao Luiz) — Nãoatrapalha... (Falando ao phone) —.Não... E' cá outra cousa. A senho-ra não me atrapalha em cousa ai-guina... Como?... Não é senhora?

E' homem?! Oh!...Luiz (Rindo) — Bem feito!Atílio — Ah! Bem sei... Eu disse

senhora, 6 certo, porém queria dizersenhorita... Meu nome? Isso poucoimporta...

Luiz (Chegando junto ao phone édizendo alto) — Atilio, um seu crea-do...

Anuo (Aa Luiz) — Não digas...Nada... Foi linha cruzada. Meu no-me é Luiz. Sim. Ouviu Atilio? Foioutra pessoa que cruzou a linha coma nossa. Eu me chamo Luiz, um seucreado. E seu nome?... Diga...,Ma f alda?...

Luiz (Rindo) — Que horror!...Atílio — Acho lindo! Lembro-me

de bonlo... "Principessa Mafalda"...Um bello navio... Realmente.,.Naufragou.., Que pena...

(Continua no fim do numero)

® PREZA A TUA PALAVRA.

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3 _ Alu-il — 1905 13 O TICO-TICO

AS PROEZAS DO GATO FELIX[Desenho <íe Pat Suliwan — Exclusividadt d'OTICO-TICO para o Brasil)

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— Tenho andado — Vou deitar-me — Que idéa è essa de deitar-se no o burro ia desferir uns valentesromo um mouro!i aqui e descançar capim que vou comer? — perguntou coices em Gato Felix quando este lhe< xia Gato Felix. um pouco! um burro que se approximou. i«iisse em tom cavalheiral:

— Os burros, se quizerem ser felizesdevem dar coices em direcção do oceiden-te! Experimente, amigo Burro!

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E emquanto o burro procurava •— Afinal, ando, ando sem descanso

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. saber de que lado estava o oceidente, e não conisigo checar ás terras do algo-Gato Felix retonava o seu caminho. dão que quero alcançar!

7;

.Sim

Pouco depois, Gato Felix encontrava uma preta velha que guiava uma por-ção de molequinhos. — Vamos á escola, meninos! — dizia a velha. E Gato Felixficou radiante!

— Que lindos algodoaes se estendempor esses campos afora! — exclamavaGato Felix numa pose de rei.

|pyt.^. IV / W f I *' *^- Ap'

TE.mais adeante, Gato Felix viu um — Vou ajudar essa velha a apa-velha que apanhava algodão armazenan- nhar algodão! — disse Cato Felix, ap-do-o numa grande bolça.* proximanclo-sc de um floco dc algodão.

JÁR E LUZ DÃO SAÚDE.

— Largue a minha barba, seu gato de-«aforado! — foi o girto que Gato Felix ou-viu, cheio de espanto (Continua)

„ --¦.,-¦¦ *, ., i. 1' O SOL E' UM TÔNICO.

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I] HOMEMP SER

QUE NAOREI h

A LENDA DE GUILHERME TELL

A TRAVESSAVA um dia a praça do mercadode Altdorf, Suissa, um dos homens mais bemparecidos que se pode imaginar. Alto edireito, largo de hombros e airoso no andar,

com barba,, ruiva e cabeça altiva, este homem dasmontanhas atravessava a praça no seu passo firme.

_-. com à alegria a brilhar-lhe nos olhos e uma palavraamiga e alegre para cada conhecido. Muitos sevoltavam para dizer: "Ahi vae Guilherme Tell, ofrecheiro de Bürglen".

Este homem, que diziam ser o melhor frecheiroda Suissa e o barqueiro mais hábil*do lago tempes-tuoso de Uri, vivia socegadamente em uma cabanadas. montanhas, com suá esposa, que compartilhavade todos os seus pensamentos, e filhos para quemera toda a sua alegria trabalhar. Caçava o veado nas

¦ montanhas e passava np lago. ..,,..Tell tinha vendido o fardo de pelles de veado

." que trouxera comsigo para Altdorf. Ia agora com-prar fatos de inverno, de lã quente, para os filhos.Tinha dinheiro que chegava c sobrava, e estavamuito contente. Dentro de uma hora, pouco mais oumenos, iria cantando a caminho de casa. De repentesentiu que o agarravam pelo braço, e viu que quemo agarrara era um soldado austríaco. Num momentoviu-se cercado. O soldado que o segurava pelo braçoapontava para um poste em cujo cimo estava o cha-'' péo ducal.

¦— E' a morte não cumprimentar aquelle cha--. péo, e vós bem o sabeis —; disse o soldado.

Cahiu um silencio sobre a praça inteira. Todaa gente deixou os seus negócios e se amontoou emtorno do grupo. Tratava-se agora d'uma cousa maisimportante do que de nogocios — da liberdade dum

. homem é d'uma nação. Guilherme Tell corára deindignação. Passou os olhos do chapéo que estavaem cima do poste para o soldado que se lhe di-rigira :

i— Nada fiz contra a lei r- respondeu.Insultaste a magestade do Duque — disse o

soldado.Guilherme Tell não pestanejou :

Por que é quê um homem tem obrigação démostrar mais respeito a um chapéo do que a umacapa ou a um par de meias ? — perguntou então.

Nisto sahiu por detrás dos soldados a figura dagovernador do districto, o tyranno Gessler. Era esteGessler que, feito governador dos suissos, outr'oralivres, pelo sêú conquistador e oppressor, o Duquede Áustria, havia calcado a liberdade aos pés, as-

OCIOSIDADE E* UM CRIME.

sassinado e prendido todos que lheresistiam, e, como ultima ' barbari-dade, tinha declarado que mor-reria todo aquelle que não prestassehomenagem ã insígnia do governo, ochapéo ducal posto no alto d'umposte na praça do mercado.

Guilherme Tell fitou o governa-dor. A ninguém temia. Seu animo altivoa ninguém se vergava. Lá nas suasmontanhas tinha meditado na vergo-nha da escravidão que pesava sobreo seu paiz, e já tinha falado aos seusamigos na necessidade de se resistir.Nunca, nunca prestaria homenagemá insígnia representativa do dominiodo tyranno.

"Com que então quereis rir da insígnia damagestade 1" — perguntou o governador, approximan-do-se delle, emquanto os soldados faziam a continen-cia. Nesse momento ouviu-se d'eníre a multidão umavoz de creança, que gritava :

Pae ! Pae !A multidão voltou-se, abriu alas, e immediata-

mente o filhinho de Guilherme Tell, que tinha vindoá feira sem licença do pae, correu para este. O go-vernador tomou do braço do mocinho.

Então este é o filho do bravo traidor ? —perguntou.

Não lhe façaes mal — disse Tell. E' o meufilho mais velho.

...—'Não. lhe vou fazer mal — respondeu o ter-rivel Gessler. Se alguém lhe fizer mal, não serei eu,

v,-mas «vós, _.- -y...Passou-lhe pelos olhos um sorriso horrivci.

Toma — disse a um soldado; pega nestacreança. ata-a ao tronco d'aquella arvore e põe-lheuma maçã em cima da cabeça.

i— Para que é isso ? — perguntou Tei!.Escutae-me —- respondeu o governador. Se

disparardes uma setta de modo a partir a maçã quefoi posta em cima da cabeça do vosso filho mais ve-lho, muito bem; vossa vida está salva. Se não —-se falhardes o golpe ou matardes o vosso filho ~»mandar-vos-ei matar aqui, e já.

Mas não tendes compaixão ? —- exclamou Tell,tremendo de indignado. Quereis que eu tente salvara vida com risco de tirar a do meu filho ?

Estou-vos fazendo um favor — respondeuGessler. Reflecti; um golpe feliz e está salva avossa vida !

Tell estendeu uma mão que tremia,-—. Como pode um pae que ama o seu filho atirar

com mão firme uma setta uma pollegada acima desua cabeça ? Olhac para a creança. Ella não é vossoparente. Não sabeis, portanto, por que pequenas.gra-ças entrou no coração d'um pae, nem conheceis ainnocencia do seu olhar é a belleza do seu rosto ? Te-nho por força que pôr em risco essa vida ?

Gessler deu uma gargalhada :Ou disparaes a setta, ou morrereis.Morrerei, então !Mas antes disso será torcido o pescoço dè

vosso filho deante dos vossos próprios olhos.Uma tempestade de indignação atravessou a

alma nobre do montanhez.-"--_•-V-«\.-_-_«W"_--"_-__,-.-__-_-_-_".-__-.-'-"_ .-.W.-.-.-.-J.VV.1WVW

peço, Mfique \HuJIGuilhenjH_no cintoS

m.

jjhme o arco — disse elle. Só uma cousaisericordia. Que o rosto da creança não

para mim.lencio assustador cahiu sobre a praça.Tell escolheu duas settas. Uma mettéuutra collocou no arco. Depois ficou um

geiramente inclinado, com os olhos baixos;momento¦<_er-se-ia ouvir cahir umar folha, tal cra

¦¦^ntão Tell ergueu a cabeça; o seu olhare; as mãos estavam já sem tremor; seuia de ferro. Poz o arco em posição eolho á penna da setta. Disparou. A setta

orno que no próprio momento em que par-u-se na maçã. Esta cahiu, dividida em

tira, en_# jjOSi ja cabeça da creança. Uma trovoadadois ped; rompeu da multidão e Tell voltou-se parade vivasGessler :

'- Bde. Dizeicolhestes

Tellcinto: —filho -no vosso

o silencieiestava flrosto paapplicoupartiu,

Sm disparado, traidor — disse com cruelda-Ipe, porem, uma cousa : Por que razão es-duas settas ?Socou ligeiramente na setta que tinha nojBe a primeira setta tivesse ferido o meuwsse elle —¦ esta estaria agora enterradacoração :h, então corro perigo de vida! — disse o

' ".t. Bem, mas manterei a promessa que vosgovernad^ tnorrereis. Dar-vos-ei a vossa vida. Mas o

• sa vida passal-a-eis nos cárceres do meuo vosso arco já não será um periga

fiz. Nãoresto deajecastello,

a embare;quando otou umatodos.

Os i

para miraornaram os soldados a pegar em Tell, aNisto duziram rapidamente, entre os rostos indi-

rjuem conj, pOVO> ate ao cães onde estava atracadagnados dlcg0 j0 governador. Aconteceu, porém, que,

navio atravessava o lago de Uri, se levan-empestade terrível e parecia que morreriam

ustriacos não se entendiam já com o barcoam a perder a esperança. No meio do seu

e começai __raram_se de que Tell era tido por o maislueiro daquellas bandas. Falaram nisso ao

pltem-no — disse este — e elle que noa

a Tell foi para o leme e a embarcação d'ah.estava livre de perigo.

ao guiar a embarcação para a costa, Tellbarco para perto de um rochedo, e, quando

pânico, lehábil bar)rgovernad< c- úsalve.

Entãa pouco

Masktrouxe o cassava, saltou de repente, subiu pelos ro-o barco'.6pou ^ montanha, é d'ahi, atravessando oschedos, t»jr;~ju_se para um l0gar do caminho pormontes, sjer teri_ _uc passar _.); se escondeu, comonde Oes p0Sta no arc0. Pouco depois ouviu o somuma settc.de passo; se _u tornar a Altdort — ia dizendo Gess-

F i•' ' | o que hei de destruir toda a raça do trai-

er " Ju mãe e filhos, tudo de uma vez.A T* 11 •

ão tomaras lá — disse Tell comsigo.ísparou a setta, e Gessler cahiu morto

E jno chão

Guildo povoao restaifazel-o re _..._

.-_-.-_-__-.-_

erme Tell promoveu depois o levantamentoluisso, que levou á derrota dos austríacos erJecimento da liberdade da Suissa. Queriami, mas elle não acceitou.

'_"ÍJ%-."V_-.-_-,

rr-r -_-__— _J__^,_^____J_________________________________________ ___________________________—

NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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ANNO I

Org"o dos leitores<1'0 TICO-TICO III JORNAL N.» 2

A creança diz no'jerna' o que quer

DIPRCTOR: — Chiquinho — Collaboradores: — Todos que quizerem

A MALDADE DAVELHA

João era um menino de 9annos. Muito vivo, intelli-gente... Mas muito attrahi-do pelos doces,

i .Todas as tardes ia brincará porta de sua casa. Certa,\ez, achava-se á porta quan-do passou uma velha queJhe perguntou:

Queres ir á minha ca-fa?

Não, senhora.•— Lá te m automóveis,

cavallinhos, doces...Si é isso, eu vou.

li assim dizendo, o garotoseguiu a velhinha. Entraramnuma carruagem e em 20minutos chegavam á casa dasenhora.

«O petiz olhou a casa todat disse:

.— Boa mulher, onde cs-lão os brinquedos, os doces£ o resto que me prometteu?' — Espere.

: Agarrou o menino e otrancou num quarto.. Passaram-se os dias, assemanas, mezes, annos.

Um dia a mãe de João,passando pela casa da talvelha que prendera o meni-no, sentiu-se fatigada; bateuá porta afim de pedir umcopo dágua. Veiu um meni-no que perguntou com vozáspera:

Que queres?Dá-me um pouco da-

giia.Dahi a pouco o garoto vol-

iou com tini copo dágua cdisse:' 1 — Entre para descançar.

A progenitora de João fi-lou os olhos do rapaz e re-conheceu a face do seu fi-lho adorado, João.

^briu a bolsa e, tirandoum retrato, disse ao peque-Jip:

\— Este retrato e teu?Elle arregalou os olhos 0

falou:-— E', sim.A senhora, mãe de João,

abraçou-se ao gury, dizen-do:

Meu filho, JoãoE elle também reconhe-

ceu sua mãe e murmurou:Mamãe!

E foi assim que voltou a

O AMANHECERPouco a pouco, as trevas

lugubr.es' da noite vão re-cuando-se para o Occidenle,

Surge o crcpusculo matu-tino.

Forma-se no horizonteuma tênue claridade.

As. aves gorgeaudo alegre-mente, saltitam de galho emgalho, como que saudando oastro rei.

O Zéfiro agita-se, queren-do compartilhar desse ma-ravilhoso aspecto da nalura.

As folhas campestres, fi-cam salpicadas do orvalhoque cahe á noite, como pe-que nin as pedras de brilhan-tes.

.A humanidade despertapara cuidar dos seus afaze-res, emquanto que o bimba-lhar dos sinos chama o ho-mem para a oração.

E este, por sua vez, louvaa-Deus, pela graça que con-cebeu, de apreciar a maissoberba paizagem da nature-za, que é o amanhecer. —

Darcilio Pinheiro Machado.

S. CHRiSTOVAME' um dos mais aprazíveis

bairros do Rio de Janeiro.Nelle existem o celebre

collegio Pedro II que foifundado pelo imperador domesmo nome, a velha capei-Ia de S. Christovam quevem desde 1627, e a Quintada Bòa Vista.

Esta capella está situadasobre a praia, com as cos-tas para o campo de S.Christovam, e a frente parao mar.

Este é o conhecido arra-balde tão estimado pelos ca-riocasí

Agenôra de Carvoliva

casa de seus pães, sendo re-cebido festivamente.

Quanto á velha, esta, foiseveramente castigada pelopae de João.

Jane Gazio (12 annos)

PELO MUNDOAFORA

Caminha a passos largos,como Ashaverus, o judeuerrante da lenda, um indi-viduo sagaz e astuto, que naânsia de pôr em pratica osseus planos malevos, vaepondo por terra todos osbons empreheudimentos, ePor vezes, tingindo de san-gue a nossa civilização pe-riclitante. Tal entidade, e oegoismo desmedido dos ho-mens. Passando, certa vez,pelo Chaco Boreal, o mise-rando excursionista dos se-culo.s e das gerações, usandoda subtileza que lhe é pro-pria, e em serviço do fami-gerado commercio arma-mentista, fomentou a guer-ra, armou os dois povos ir-mãos, e a verdade é quenesta hora de desasocegouniversal, em que a huma-nidade parece ter perdido orumo, bolivianos-. e para-guayos, se empenham numaluta inglória e' anachronica.

O Instituto de Genebra:Destinado a promover a pazno mundo, o apparelho dodiplomacia genebriana, as-siste lá do paiz dos mages-tosos lagos e das lindas cas-catas, com o seu binóculointern acionai, indeciso,neurasthenico, talvez com oestampido dos canhões e ogrito angustioso da orphan-dade e da viuvez, as scenasmacabras no theatro daguerra, e quando lhe chegauma denuncia, lança sobreOs belligerantes uma rajadade protestos, e a fogueiracontinua a devastar vidas esemear a dôr nos seus mui-tiplos aspectos.

E' lamentável qué nesteséculo de aeroplanos e zep-pelins, e de outras conquis-tas maravilhosas da scien-cia e da civilização, comoos arrojados vôos estratos-phericos, ainda se repitamesses quadros dolorosos

Em nome da fraternidn-de, ensarilhem as nações asarmas, e não se esqueçamos seus conduetores, que aohomem, 6 dado vencer navida, e resolver as suas pen-dencias, pelo uso conscientedas suas faculdades c nãop|la força e pela violência.

Albuquerque

A PRINCEZA E AFADA

Num a noite de primavera,em que o luar prateado illu-minava campos, jardins,etc., appareceu numa flt-resta unia linda princeza decabelios doirados como osraios solares.

Era a mais linda creaturaque já se vira no mundo

Cansada, ella sentou-separa descansar um pouco,quando de repente appare-ceu uma velhinha muito po-bre que parecia estar doidade sede e pediu-}he que setinha amor aos pobres ar-ranjasse-lhe um pouco da-gua, pois estava para mor-rer.

A princeza, moça muitocaridosa, ficou muito triste,por não achar de onde tirarum copo dágua, pois ali nãccorria rio nenhum.

A velha, que era a fada"Protectora dos Bons", ven-do a boa vontade da moça,tocou a sua varinha de con-dão, fazendo apparecer co-mo por encanto um lindoriacho de agua tão crystali-na que se enchergava ofundo.

Quando a moça virou-se edeu com o riacho, exclamoucontente:

— Oh! minha boa velhi-nha, eis aqui a agua quetanto desejava para matar asua sede!

E tomando de lím copoque trazia comsigo, encheu-o e entregou-o á velha queagradecida, o bebeu.

Neste instante a velhatransformou-se numa lindafada ricamente vestida. Coma sua varinha tocou tambémna princeza, que ficou ain-da mais bella, tanto por suabelleza como nela sua bon-dade.

Na mesma hora, a fada to-cou novamente com sua va-ri nha, e fez apparecer umaelegante carruagem, que asconduziu a um palacetc ri-quissimo. Este palácio foiconstruído pela fada, paradar á melhor moça que en-contrasse.

Assim ficaram vivendo afada e a princeza longos an-nos na maior alegra.

A bondade 6 o maior thc-«muro do mundo.

Esther Draij

RESPEITA OS MAIS VELHOS. TUA PALAVRA E' SAGRADA.

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3 __ Abril — 1933 ¦19 — O T I C O - T I C Q

O megathèrío da TijucaFaustina tivera informa*

ções de que num determinadoponto da Tijuca haviam en*terrado uns ossos de animaesprehistoricos. Preparou o ZéMacaco para a excursão epartiram uma bella manhãpara o ponto indicado.

Chegando lá, cavaram, ca-varam até que encontraramos ossos do supposto mega-therio. Contentes com a des-coberta levaram a preciosacarga para um Doutor natu-ralista que depois de muitoobservar verificou que os os-sos eram de um boi muito or-dinario.

*L t.

PERDOA AS OFFENSAS NÃO HUMILHES O VENCIDO

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o tií; T I G .» -- •_(.' g _ Ab.il ___ 1935

AVENTURAS DE BROCOÍO. O POPPEYEMARINHEIRO» |

... —; 1 |

¦ ..

¦— Se meu marido tem bailarinas-,eu posso ter dansarinos '. Você,Brocoió, vae ser meu dansarino !

—¦ Que diz do meu porte. Ma-gestade ? E que farei se o rei meexpulsar do palácio ?

—¦ Ponha-se na rua, seu atre-vido ! Não quero dansarinos nopalácio !

-,*==^^s___=__<-- y^<ZJLr ¦ ' ^ ~^^^^-<yL_^^y^^:-

_^—-_-*•,__ I b 4-tr- c v—¦—^r--^<^____j- ^;j_-___J

— Leve este "directo", seu rei enão contrarie a rainha ! Conheceu,papudo?!!

E Brocoió, dansando sempre, poz o rei Bunzo por terra i U ex-rei Blozo achou infinita graça !

(Continús nr> moxino numero)

..-^AV.V.%%V.V.V.V.VJ'.V"."-^%%V.V.V.VAVAS^A-.V.V,.V^V.V.V^^^

Cantigas que o povo canteNinguém sabe quem as tez;E' sua alrna a cantarSuas maguas tanta vez.

Quem ouve cantar o po.cjE não sabe perceber.Julga o cantar alegriaE afinal é soffrer.

Quem tem saudade é feliz.-Pobre do aue no passada.

o. m a d r a s

. Não encontra um dia bomQ_. mereça ser lembrado.

Após o inverno, reviveA primavera florida.Nunca mais torna a voltarA primavera da vida.

Cantigas que a bocea soltaE sahein dos vossos peitosSão retalhos da noss'almaQue o vento leva desfeitos.

B. P.

MEDITA, E SERÁS SÁBIO. CONDOE-TÈ DO INFELIZ,

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64 OS ROMANCES D'" O TICO-TICO"

ro quando o barco estava cm marcha, ficar assim parado, no mesmo logar, sa-cudido como uma garrafa, a bambolear, era coisa que não supportava sem maiestar ou nauseai, sobretudo de manhã, com o estômago vazio.

Talvez, por causa de tudo isso, ou devido ao aspecto da ilha, com os seu_bosques acinzentados e melancólicos, e aquellas poutas de rocha bruta, e o ba-ter das ondas nas praias, que víamos e ouvíamos a distancia, espumantes er ru-morosas, ainda que o sol, ardente, tivesse um brilho coruscante, e os pássarosesvoagassem pelo navio, contentes, pousando de leve nas águas ou chilreauüu,nos ares, e bem poder a gente avaliar a felicidade de encontrar ferra depois detanto andar ao sabor das ondas, o coração se me tornava pequenino, como écostume dizer; e deante desse cspectaculo só o pensar na Ilha do Thesouro macausava horror,

Tínhamos uma manhã trabalhosa deante de nós, pois não havia sisnal doyento e os botes deviam ir á terra, a remo.

O "nosso barco tem do bordejar tres ou quatro milhas, costeando a ilha,ao longo da estreita passagem que levava ao porto, por detraz da Ilha do Es-queleto.

Ofícrcei-nie paia ir cm um dos botes, onde, aliás, nada linha a fazer. Ocalor era acabruuhante e os homens resmungavam, damuadameute, maldizendoo trabalho.

Era Audcrson que eommandava o bote, e, cm vez de manter a equipagemem ordem, resmungava ainda mais que todos os outros.

Bom, dizia elle praguejando, isto não vae durar sempre.Pensava que aquillo era muito mau signal, porque, até esse dia, os min-

cheiros tinham cumprido as suas obrigações com dedicação o boa vontade; masbastou a presença da ilha para que se afrouxassem as cordas da disciplina. i)u-rante todo o percurso, Long John ficou ao timão, governando o barco.

Conhecia a passagem perfeitamente e. ainda que o homem das sondagensencontrasse sempre mais profundidade do que u que estava marcada na caria,não hesitou um só momento.

Ha uma corrente forte com o refluxo, disse elle; esta passagem foi ca-, Tada por assim dizer com uma enxada.

Chegamos, afinal, ao ancoradouro indicado na carta, a um terço do milha,pouco mais ou menos, de cada margem, ficando de um lado a ilha principal, ado Thesouro, c do outro, a Ilha do Esqueleto.

O fundo das águas era todo areia. O choque da ancora mergulhando miságuas fez debandar uma multidão de aves, a voltejar e a chilrear por cima dosbosques; mas, em menos de um minuto, se acalmavam, tornando a pousar denovo, reinando silencio.

O local estava cercado quasi inteiramente de terra, e coberto dc bosque.-?,a linha das arvores desenvolvendo-se até o ponto da maré alta, as praias ani-pias na mór parte, e a elevação das colunas se desenhando cm torno, ao longe,como um amphithcatro, uma aqui, outra acolá. Dois riachos, ou antes doischarcos, desaguavam neste pego eu lago, como se poderia chamar, e os verdes,em torno desta parte da costa, Unham uma apparencia insalubre.

A ILHA DO THESOURO fil

Meus amigos, disse o capitão Smollett, tenho uma palavra a dizer-llves.Esta terra que descobrimos é o logar do vosso destino. O Sr. Trelawney, queí um "gentleman" muito generoso, como todos nós sabemos, fez-me umasperguntas, e eu pude responder-lhe que cada um, quer da coberta, quer dointerior do barco, cumprira o seu dever, com inteira satisfação minha. Vamos,portanto, elle, o doutor e eu descer á cabine, e ahi beberemos á saúde e á fe-licirtade de todos! E grogues serão distribuidos para que vocês possam, tam-bem, beber á nossa saúde e felicidade. Vou dizer-lhes o que penso: acho istolisonjeiro para todos. E, se vocês são da minha opinião, pedirei um "huria!"

da agradecimento ao "squire".

O hurra foi dado, como é natural, mas foi tão enthusiasta e cordial, quecu custava a acreditar que aquelles homens estivessem a conspirar contra aiiossa vida.

Ainda um fn:rra para o capitão Smollett, gritou Long John, era se-guida.

E um segundo hurra echoou. com idêntico enthusiasmo.Os tres "gentlemen" desceram então e, pouco depois, um marinheiro me

vinha prevenir que me chamavam na cabine.Encontrei os tres sentados ao redor da mesa, uma garrafa dc vinho da

Hespanha c uvas deante delles: o doutor fumava cachimbo, a peruca sobre osjoelhos, facto que era nelle, como sabia, signal evidente de agitação.

A vigia estava aberta, pois a noite estava quente, e podia verse a luamarcar com a sua claridade de prata a esteira que o barco deixava.

Vamos, Hawkins, disse o "squire". Vocõ tem algo a dizer. Fale!Obedeci. Fui o mais breve possivel. Contei, porém, tudo o que tinha

ouvido, com pormenores, de Silver.Nenhum mo interrompeu a narração, mostrando-se os tres impassíveis,

mas fixando-mo do principio até o fim.Jim, disse o doutor Livesey, sente-se.

E fizeram-me sentar á mesa, junto delles. Deram-me um copo de vinho,encheram-me dc uvas, c todos tres. um após outro, cada um com uma saúda-rão, beberam á minha saude, rendendo homenagem á minha presença de es-pirito c á minha coragem.

¦— E' assim, capitão, disse o "squire", você tinha razão, e eu estava erra-do. Revelei ser um grande asno. Aguardo as suas ordens.

Não mais asno do que eu, respondeu o capitão. Nunca encontrei umaequipagem assini, capaz de preparar uma revolta sem dar o menor siçnal dealarma a um homem desconfiado, como eu, o decidido a tomar todas as me-didas necessárias. Mas esta equipagem, ajuutou, é mais experta do que eu.

Capitão, ponderou o doutor, se permitte, dir-lhe-eí: a causa é Silver.E' um homem notável.

Seria ainda mais notável dependurado na extremidade de uma verga,ícuiior, retrucou o capitão, Mas tudo o que dizemos aqui não yale nada, e não

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r: OS ROMANCES D'" O TICO-TICO»

iitleauta. Vejo aqui tres eu quatro cases, e se o Sr. Trelawney pmnitte, direiuuaes são.

O senhor é que é o capitão: tem o direito Ue talar, disse o Sr. 'fra-

lawney, com imponência.Primeiro caso, começou o Sr. Smollctt: devemos continuar, porque

nao podemos voltar atraz. Se eu desse uma ordem nesse sentido, todos seEublevariam, em seguida. Segundo: temos tempo ainda, pelo menos até ser en-çontrado o thesouro. Terceiro caso: ainda ha homens do confiança. Agora,benhor, temos der entrar em combate, cedo ou tarde, e proponho, como dizem,segurar o touro pelos cornos, e de entrar em lueta quando menos esperarem.Creio que posso contar com os seus creados. Sr. Trelawnery.

Como commigo mesmo, declarou o "squire".Tres, calculou o capitão, o que comnosco fará seto, contando cem

Iíriwkius, aqui presente. E quaes os liomens de confiança?•— Muito provavelmente os homens de Trelavvney, isto é, aquelles quí elle

coatractou em pessoa, antes de encontrar Silver.Não, respondeu o "squire"'. Hands era um dos meus. •Pensei poder contar com Hands, ajuntou o capitão.Quando a gente refleete que sãü todo* inglezes! exclamou O "squire",

senhor, sinto-me com coragem de fazer voar pelos ares este barco•— Emfim, senhor, o que poderemos dizer não adeanta grande coisa. De-

vemos continuar, se me permittem dizer a minha opinião, e estar altciitos. E'veiioso para um homem, bem o sei. Seria mais agradável começar a batalha,desde já, mas isso não é aconselhável antes de verificar quaes os homensfieis. Continuemos, e aguardemos o momento opportuno. Essa é a minnaopinião.

Jim, qua aqui está, disse o doutor, é quem pôde ajudar mais. Ninguémdesconfia delle e Jim sabe observar.

Hawkins, deposito em você a máxima confiança, disse o "squire"

Comecei a ficar desesperado ouvindo essas palavras, porque me sentia!;npotente, completamente, e no emtanto, com effeito, por uma singular sériede circumstancias, a salvação dependia de mim. Na verdade, só conhecíamos(berte homens seguros, dentre os vinte e seis que o barco conduzia;, e com quapodíamos, certamente, contar; e desse numero fazia rarte um. rapazola. Demaneira aue. dcIo nosso lado, só iiavia seis homens feitos a oppor a dezenove.

ILHA DO THESOURO «3

COMO COMEÇOU A MINHA AVENTURA

O aspecto da ilha, quando cheguei ao convez no dia seguinte, fie manha,era completamente differente.

Ainda que o vento não tivesse de todo amainado, unhamos caminhadobastante durante a noite, e agora estávamos, retidos pela calmaria, a meia mi-lha, a sueste da costa de leste.

A côr aciuzentada dos bosques cobria uma grande parte da superfície daitna. Esse colorido era cortado, aqui e ali, por faixas amareüas da areia, nasbaixadas, e numerosas arvorei, alias, da familia dos pinheiros, dominando asoutras, isoladamente ou em grupes, mas o aspecto geral era uniforme e tri?li.

As colunas, com uma tonalidade clara, sobrepujavam a vegetação, terrai-nando em rochas nuas \

Todas apresentavam formas extranhas. e a 'Luneta". que era, com os S?Ofliczentos ou quatrocentos pés, a montanha mais alta da ilha, era tambem a QUí«uferecia configuração mais exquisita, erguendo-se, direita, empertigada, portodos os lados, cortada bruscamente no ápice, como um pedestal esperando 3collocação de uma estatua.

A "Hispaniola" vogava, os emboruacs sob as águas avas^allantes ao occíuoOs mastros pequenos faziam ranger as polés. O timão pendia, ora para um lado.tira para outro, e todo o barco estalava, gemia e sacolejava cemo uma grandíofficina. Tinha de me agarrar com força ao brandal, tudo «lunsava em voltaò'j mim, estava tonto, porque, ainda que me portasse como um bom marinhei

,„-a-=r^--_r^,5aqgl_y^.^JJ *yZ JSf^T ^^g3afc^S__S>^ T- ^^S- ^mm^^P'S!^m^:^mm^mÍ^a'mfmmTmmi ~ H____-a-_-__-% 1.

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í> _ Abril — 1935 O TICO-TICO

LEÃO, MACACO & CIA. Mais vale quem «eus ajuda...

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O Dr. Simão fugia em companhia .. .salvação"! Sob a arvore, porém, es- .. ,que poude para saltar-lhe em cima,da Raposa, do Leão que, pela mesma tava uma panthcra, por ordem do Rei, logo que elle passasse. De longe oestrada, o vinha perseguindo. Viu ao prompta para agarral-o. A fera sabia macaco percebeu toda a manobra elonge uma arvore e disse á compa- que o simio teria de passar por traz da' assim, ao passar pela arvore subiu pornheira: — "Está ali a minha... arvore e, por isso, oceultou-se o mais... ella, deixando a Panthera lograda,...

—¦ ¦' 1- C- 1 II ¦«. — -,.-.— II ¦ -—--*¦¦¦ -« . -II "¦ ¦ ¦ -a ¦

ltf*-v" J.v.*. .* t*-w—'_**_***•¦-•*'\t3,»«**

S^vli^M1*^'**!

...furiosa por não ter podido agarral-o.,A Raposa cal-culou que a fera não tendo apanhado o simio sc voltariacontra ella. Então, para escapar á sua fúria, meteu-senum buraco na raiz da arvore. A Panthera poz-se a cavaro buraco para tirar a Raposa e o Leão que de longe.!.

.. .vira o fracasso da sua emissária vinha a correr paracastigal-a. Ao chegar atirou-se á Panílien». e matou-a. ODr. Simão, aproveitando o momento, desceu da arvore edisse: — "Mais vale quem Deus ajuda que quem cedomadruga!" A Panthera madrugou, mas, Deus me ajudou.

FALA SEMPRE A Vr.UDAOr]. HONRA TUA PÁTRIA.

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O TICO-TICO Abril — 1935

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oSEGREDO

CAIlf&O NEMO'^Continuação das Vi/.fe Mi7 £,e-

giias Submarinas, de JÚLIOVERNE) M (42)

Neste meio tempo Gedeão Spi-Jert e o marinheiro trepavam peloscantos da palissada saltando percima da coôa delia para dentro dorecinto, arrancaram os troncos quedefendiam a porta pelo lado de.dentro e correram para a casa dehabitação, que encontraram vazia.D'ali a pouco o pobre Harbert re-pousava na cama de Ayrton. Ins-tantes depois estava Cyrus Smithjunto do ferido.

A dôr do marinheiro ao verHarbert naquelle estado manifes-tou-se terrível. Soluçava, chorava,queria esníiçjaihar a cabeça nas p;;-redes. Nem o engenheiro, nem orepórter lograram socegal-o, por-que egual commoção lhes compri-mia o peito. Não podiam falar.Todavia fizeram quanto delles dc-pendia para disputar ás garras damorte a pobre creança, que alijucsmo deante delles agonizava.

Gedeão Spilett, que tanto estu-dará em sua vida, tinha por isso

uns certos conhe-cimentos de medi-cina corrente. Detudo sabia um pou-co o repórter, e

muitos casos se tinhamdado em que tivera de tratar feri-.r.entos já provenientes de armabranca, já de arma de fogo. Aprincipio o repórter ficou uin tantoimpressionado do estado comatosoem que viu o enfermo, estado de-vido á hemmorrhagia ou talvez ácommoção, se é que a bala tinhabatido em algum osso com forçabastante para produzir violentoabalo.

Harbert tinha perdido de todo acôr do rosto, e o pulso tinha-o tãofraco, que Gedeão Spilett mal lh'osentia bater a grandes intervallos,como se estivera para se extinguirde todo.

Conjunctamente com estes sym-ptoinas manifestava-se no doenteuma anniquilação quasi completados sentidos c da intelligencia. To-dos estes symptomas eram de altagravidade,

Os dois improvisados cirurgiões-enfermeiros começaram em pôr .idescoberto o peito de Harbert c dc-pois de lhe estancarem o sanguecom os lenços, lavaram-lhe a feri-da com água fria,

A contusão, ou para melhor di-rcr, ferida contusa, appareceu cn-tão. Era um buraco de fôrma ovalna região direita do peito entre aterceira e a quarta costella. Na-quelle ponto é que Harbert apa-nhára o balazio.

Cyrus Smith e Gedeão Spiletttrataram depois de voltar a infelizceança', que soltou um gemido tãodébil,' que parecia até o seu ultimo

suspiro. IX.Ir*.costas deHarbert

sangrava outra feridacontusa, por onde sahiu logo abala que o ferira.

Louvado seja Deus .— disse orepórter — não lhe ficou a baladentro e assim não temos que lh'aextrahir.

—- O ferimento interessara o cotração ? — perguntou Cyrus Smith.

Se interessasse o coração jáHarbert estaria morto !

. — Morto ! i— ¦ exclamou Pan-croff — soltando uma espécie derugido.

E' que o marinheiro apenas ou-vira a ultima palavra pronunciadapelo repórter.

Não, Pencroft, não — res-pondeu Cyrus Smith — não estámorto: ainda se lhe percebe o pul-so! Até ha pouco gemeu ! Masmesmo por interesse delle, tran-quillizae-vos, que temos necessidadede toda a nossa presença de espi-rito. Não nol-a faça perder, amigo !

Pencroff calou-se, e operando-senelle uma grande reacção, poz-se achorar como uma creança.

Como é de suppor, os colonos,desde que estavam no curral, havia24 horas, não tinham pensado ou-tra cousa senão em salvar Har-bert. Nem os preoecupára o perigoque podiam correr se os degreda-dos voltassem á carga, e nem setinham lembrado de tomar as neces-sarias precauções para o futuro.

(Continua no próximo numero)

MAB

LEALDADE E' VIRTUDE. ® BONDADE E' OBRIGAÇÃO*

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1935 O TICO-TICO

___ÍAT(PO^VOfò

Barnabé' era um pobre tr oca-tintas.

que tinha a mania de pintar qua-dros.

,.. loçjo em pregar uma peça aoBarnabé'. Fo! à sua casa, trouxeum bocado de melado e, conx

uma brocha - -.

... pousaram no qosdro ¦ Quando oBarnabé cbeóou c _viu_»^uil Io , pensouque fosse peta perfeição com *que

pintara o doce. ,—-^ _.-.._——

A-,;.. * 4^- -:¦•»____¦ \ V^li 7"

* .. < *• ^ / C, »| A

M+*MMG(LOutro dia pintou uma natureza

morta. Azeitona,que moráva visinhoao pintor, ao ver o «joadro, pensou...

... lambuzou o doce que o Barnabéfizera. Como era de esperar, as mos-cas, sentindo o cheiro do melado,..

Desde esse diaCon ven ceu-se queera artista.

j Deixou crescer| 3 cabelleira,

Comprou umi cirande chapéo

Coitado dopobre doBarnabé'.

—_.--.. p —i fi —¦' ._

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Leemmmm HL_7^__M__^B Bi

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•O TICO-TICO — 20 — 3 — Abril — 11)35

No/sos COHCUR/O/RESULTADO DO CONCURSO N. 17

ytíJÃE A _Ü ÃJ L ^¦V, A'__B «^~^»™J- „rií? k

T_H 1 ^RTõrLlD TnÜr

1^ 1 \

\ I _ J

ludw^1'Solução exacta do concurso

Soiucionistar: — Vera Azevedo, PauloSizenando Teixeira, Alaor Paes de A.Silva, Maria da Gloria Pauia, HelitonMotta Haydt, Sônia Souza, TTMlJlllPaula, Laerte Pereira da Motta, Hedwi-ges Helena Jorge, Ornar Alves de Car-valho, Z«ta J. Olcexe, Ilza d'AlmeidaPorto, Geysa de Barros Corrêa, SylvioNey Guerra Ribeiro, Nice Leite Day-reli, Amélia Carolina de Souza, Lourdila«de Carvalho e Silva, Lygia de CamargoCucé, Luiz Carlos de Camargo, MarcelloMendonça Lima, Luiz Carlos Vitlat, So-nia Maria Torres de Magalhães, LuizGonzaga Lucas da Silva, Maria Helenada Silva Freire, José Alves Villela, IvanTilson Mazzoni, Neuza Carvalheira, Ce-lina Gloria Tavolara Alonso, João Bap-tista, Carmen Pinto, José Rezende, Ni-cia da Cunha Velho, Samuel da CostaGrillo, Edmundo Lacerda Filho, ZildaSclirciner, Clecy Porto Cardoso, Léa No-vaes. Newton de Mattos, Joaquim Ro-drigues, Nilza Teixeira, Yedda de Almei-

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

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Escove seus dentes, mas nSo limito a Issosua hygiene buccal. Faça uma ligeira massa-gem sobre aa gengivas, escovando-as de cimapara baixo e de baixo para cima.

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Foram premiados com uni esplendidolivro de historias infantis os seguintesconcurrentes:

IVAN TELSON MAZZONI,

residente em Rio Novo, Estado de Ali-nas Geraes.

CARLOS ALBERTO DE CASTROAZEVEDO,

residente em Tietê, Estado de S. Paulo.

GERALDO N. DA SILVA MAIA,

residente em Governador Portella, LinhaAuxiliar, Estado do Pio.

RESULTADO DO CONCURSO N. 18

Respostas certas:

1" — Pacifico.2" — Cunha.» — Sol.+1 — Para — Pará.fr — Rabello.

Sotuctonistas: — Edgard Moura dcOliveira, Maria Hel«nia da Silva Freire,Newton Goulart de Godoy, Neuza Car-valheira, Antônio Meirelles, Celina Glo-ria Tavotara Alonso, Nancy Nogueira,Liliane Barros, Adhemar Barbosa da Sil-va, Betty Bentim Ramos, Edith Vera,Celso Bittencourt, Nicia da Cunha Ve-lho, Oswaldo Cândido de Scuza, DoracyBergamini, Clecy Porto Cardoso, Joa-«luim Rodrigues, Leonor Nogueira Soa-res, Zoé Novaes, João Baptista de Cas-tro Rodrigues Filho, Ermelinda Gonçal-ves da Cunha, João da Costa Grillo, Ycd-da de Almeida Alvares, Renato Toledo,Maria do Amparo Soares, Mario Dias

ExxixÍjOjI

Impurezas do Sangue?T0A16

ELIXIR OE KOGIIEIRJIdo Ph. Cfa. JoSo da Silva Silveira

Assim provam o» valiosissimos attestados exlii-bldos diariamente, acompanhados de photographias,n3o só de lllustrcs médicos como de curados — (Sc-nhoras. Senhoritas, Cavalheiros e Creanças até detenra edade).

Wm ¦¦ ¦ ai _* diqa aos seus pães que a

E N H 0 ; revista O MALHO, em suanova phase de off-set e

rofoqr.ivura tem a melhor leitura c a melhor dis-tracção para qualquer pessoa. Além dos contos, bemescolhidos e bem illustrados. publica semanalmentechronicas e novidades, ao lado de supplementos demodas especiaes- para as senhoras. Convém ver...para crer.

O senhor dará um magnífico presente ao seu filhi-nho comprando o bello livro "Meu Livro de Historias".A' venda em todas as livrarias.

PROMETTE E CUMPRE. NUNCA MINTAS.

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Abril — 1935 27 — O TICO-TlC_f

JlítBtraf ão ttaíícfrn

_____f x>S_s_ ^^, r ^yHjíf

Grillo, Arina da Silva, Carlos Alberto deCastro Azevedo, Ida Otilia Steiner, Neu-za Blondet, Denise Moreira, Ruth Ame-rica, João Bosco Lemos Ferreira, MariaMafalda Pinto e Silva, Pedro Luiz Boc-ca, Cassio de Paula Freitas, Ninah Lo-pes, Aldair Pereira da Silva, Beatriz M.de Miranda Jordão, Arthur FernandoStrut, Irene C. Borges, Paulo Sizenan-do Teixeira, Maria de Lourdes Gomes daSilva, Drance Amorim, Diva MarquesLeão, Ornar Alves de Carvalho, HelitonMotta Haydt, Alaor Paes de AndradeSilva, Sônia Souza, Haydée da C. Ribei-ro da Fonseca, Hildayres Paula, LaertePereira da Motta, Elionora Jorge, VeraAzevedo, Amélia Carolina de Souza, Syl-\io Loureiro Chaves, Ilza d'Almeida Por-to, Geysa de Barros Correia, Vera deCarvalho Armando, José Cosenza, Her-cilio Fleury de Brito, Waldir Ayres, He-lio Gonçalves Pereira, Sylvio Ney Guer-ra Ribeiro, Lourdita de Carvalho e Syl-va, Maria Bomfim, Antônio Coutinho,Carlos Affonso Figueiras, Lygia de Ca-margo Cucé, Luiz Carlos de Camargo,Luiz Gonzaga Lucas da Silva, Julieta Eu-genia Braga, Celma Rosa Peixoto dePaiva, Antônio C. Cardoso Filho, Mar-garida dc Castro Silva, Elza de Meue-«es Freitas, Hertz P. dos Santos, Erb

Nossos amiguinhos

^^"^^-^^.Á^:AV:AV^te^Os meninos Cassio, Sérgio Lu'z e VeraCeciia, filhinhcs do Dr. Oswaldo FerrazAlvim', advogado em São Paulo, e suaprima Sylvia Reze* -e, fant-sados de

holiandez no uilimo Carnaval

Quer estar ao par donosso movimento lite*

rario, artístico, scienti

fico? Quer conhecei

bem o Brasil, «trovezdos seus expoentes in-

tellectuaes, das suascuriosidades, das suas

paizagejis, riquezas

naturaes, etc? Leia c"Illustração Brasileira",o revista-svnthese, o:: revista completa. :.-

Faller, Geraldo Nunes da Silva Maia,Bruno Corrêa, Yolanda Barros Freire,Nandy N. da Costa Freitas, Jorge daSilva Maia, Fued Assad, Mauricio C.Ferreira Lima, Mario Guerra, Vauildade Sá Ferreira, Ruy de Carvalho Bergs»tron.

Foram premiados com um bello livrode historias para creanças os seguintesconcurrentes:

MAURÍCIO C. FERREIRA LIMA '

residente á rua Augusto de Vasconcellosn. 153, Campo Grande, nesta Capital.

MARGARIDA DE CASTRO SILVA

residente á Avenida Visconde de Suas*suna n. 863 — Recife, Estado de Per-nambuco.

BARATINHAS MIÚDASSó desapparecem com o uso do únicoproducto liquido que attrae o exter-mina as formiguinhas caseiras e toda

espécie de baratas."RAItAFUKMItiA 31"Encontra-se nas boas pharmacias e

Drogarias.

«ii u a e § _pm_ n_f í iv i ra ^Opnscuios Mensaes, de 64 paginas, para Moças e Senhoras — Assignatura annual — 12Í000.

invalido», 42 — RIO.LITERATURA — FORMAÇÃO — INFORMAÇÃO

Rua dos

TRABALHA SEMPRE. NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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O T I C O - T í C II 28 -- — Abril — li)35

C O N C U P« S O N. 2 7Para os leitores desta Capital e dos Estado»

|

i JhHsl_. 99b mwm\

1_— i \^^~~~WM—JBBPr~~' ——*™"

Mais um interessante concurso depalavras cruzadas offereçeuios hojeaos nossos amiguinhos. As "chaves"

do concurso são as seguintes:

llorizonlaes:

1 — Nom.< do Gordo tia fita.7 — Como chamam ao Olivcr

Híirdy.11 — Contracção facial.12 — Effeito (!o sol.13 — Acreditar.14 — Residência de familia.17 — Realizará )

executará )1K — Instrumento agrícola.1!) — Sem ninguém,20 Drogas.2:1 Menos de dois.21 Olhar (sem V).2.'. — Construcçãó tosca.;tll — Do verbo saber l" pèslòa..'12 — OCCUpa logar..•'.I — Pena. ..'!.'> — Injecção.

. 30 — Terra rodeada de mar.

Veriicaes i

3 —

-s!)

10ISIS2122232G27282030oi

Pôr de sol.Não é estreito.Do verbo ir.Instrumento do carpinteiro.Eduardo Tavora.Metade de raspar.Nome.Onde se fazem orações.Achar graça.Domingos Silva.Ilesa.Extremidade.Culpada.Continente.Necessário.llica (sem li).Terra moida.Annel.Haroldo, sem old<-.

-- Serviço Municipal.Primeira pessoa.

As soluções devora ser enviadas áredacção d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos oacompanhadas nfto si d.) vale qua

no vevaoas creançasgostam dessedeliciosorefresconutritivo.Conserva asaúde e aalegria.

Ovomaltine

tem o numero 27, como tambem duassignatura, edade e resideneia doconcurrente. Para este concurso, qu«será encerrado no dia 5 de Maiovindouro, daremos como prêmios dc1", 2" e 3o logares, por sorte, entreas soluções certas, tres livros illus-Irado* de historias infantis.

VALEPAPA OCONCURSO¦ —¦—¦—N?_f «>7.

EVITE OS VÍCIOS, m PREZA A TUA PALAVRA.

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Abril . — i!);;:s 20 — O T ICO-T1CÜ

CONCURSO N. 28

Para os leitores desta Capital c dosEstados próximos

Perguntas:

1" -— O que é, o que c que quantomais quente mais fresco é?

(1 syllaba).Odelte Cardoso

2" — Qual é a moeda que não csovina?

(2 syllabas;Carmelia Castro

3" — O que c, o que é que anda,sem ter pernas e fala, fala sem terlíngua?

(4 syllabas) .Carlinhos Vieira

4* — Elle se comeEla se joga.

Que é?(2 syllabas).

Cijbelc Dutra

5* — Elle é tempoElla é mulher.

Que é?(2 syllabas)

Anna Vieira

Eis organizado o novo concursocòm cinco perguntas fáceis. As so-luõcs (levem ser enviadas á redac-cão d'0 TICO-TICO, separadas das

de outros quaesquer concursos, cacompanhadas do nome, edade e re-sidencia do concurrente e do valen.° 28. Para este concurso, que seráencerrado no dia 23 de Abril, darc-mos como prcmios de Io e 2" loga-res, por sorte, entre as soluções cer-tas, dois ricos livros de historias in-faniis.

R MAjwtaümij.jii^W!!]

f (v^y *s w*

VALEPARA OcoNcimio

' CÃO DE GUARDAAltas horas da noite, na alameda,Dormem cm paz as chácaras ombro-

sas,Cahe a garoa como um véo de seda.Os velhos muros cobrem-se de rosas.

Doenças das Creanças — KegimeusAlimentares

l)K. OCTAVIO DA VEIGADirector do tnsíiluto Pasteur do Rio de Jl-i-eiro. Medico da Creche da Casa doi E*.postos. Do consultório de Hysiene lofantil(D. N. S. P.). Consultório Rua RodrigoSilva, 14 — 5." andar 2.", 4.» e 6.» de *ás 6 horas. Tel. 2-2604 — Residência: Rua-Alfredo Cl;avcs, 46 (Botafogo) — Tel. «0327

Mas onde estará preso este cachorroQue nos confrange com seus uivos?

Certo,Soffre para assim clamar soecorroXa noite calma, neste céu aberto.

Eil-o afinal. E' de uma casa rica '¦¦Cujo teclo appareee entre ramagens,Nestas noites escuras elle ficaAlerta como o mais fiel dos pagens.

Mus passa as horas como condem-nado,

Sem água, sem comida, inutilmenteAceommqdajidP-se no chão gelado,Tortura com trez palmos de còrrentél

Este cão, c o terror das sentinellas.A amargura de todas as familias.Quando elle Oliva, escancaram-se ja-

nellas.Xas alcovas ha ódios e vigílias

Maldizem-uo. .Mas culpa lhe não cabe,Por que lhe prendem ferros ao pos-

coco?O homem por acaso ainda nãc sabeQue o cão c como nós, de carne e

osso?

Affonso Schmidl

<*_^4i llVrrTj

^^fefíl^^

Um encanto paro o lar!Um milhão de attractivos, um mundo de suggesiões, um düu-vio de adornos e de cousas que tornem o ler cheio de gra-ciosidade e augmentam o belleza da mulher estão reunidos no

ANNUARIO DAS SENHORASmmvmsm*m

B

B

MEDITA, E SERÁS SÁBIO.

mmm das Senhorasa primorosa publicação, impressaem rotogravura, corri perto d equatrocentas paginas, e contendoos meis palpitantes assumptos deinteresse feminino, como sejam imodes, bordados, toda a espéciede crochet, decorações e arranjosdo lar, cuidados de belleza, recei-tas culinárias, penteados, adornosem geral, conselhos ás mães e ásjovens, arte applicada, musica, ¦poesia, contos, novellas, diálogos,preciosa litíeratura em prosa, illus- .trações, sporfs, cinema, calenda-rio, um sem numero de curiosida-des, todas de inestimável encan-tamento para o espirito feminino.

ünnuapio das Senhoré leitura obrigatoi ia para o mundo feminino. Estáávenda em todes as livrarias e jornaleiros do Brasil.

Preço 6S000 em fodo o Brasil Pedidoio Socie-

óade Anonyma "O Malho"-Trcvessa doUuvidor,34-Rio de Janeiro.

CON DOE TE DO INFELIZ.

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$ TICO-TICO _- 30 — 3 _-i Abril — 1935

JUOA E X I X A

^fff^^^^^mJuca soube, pelos jornaes, que um curioso ...façanha. Construiu umas azas de madeirahavia voado com azas postiças, lançando-se subiu no morro, mas não teve coragem dede um avião e logo pensou em repetir a... lazer a experiência. As azas lhe pareceram

...muito pesadas e Juca resolveu fazer uma: ...não leve muita confiança no invento. Des-outras, de tela de seda encerada, que é ceu o morro, collocou cá em baixo colchões,usada, nas azas dos aviões. Juca, porém,... e travesseiros e animado atirou-se do alto....

''''':':iv''Wv''!'>/''''''''''':''''':'v':''"'':"'':'':':':':'-':':^ Y:':':':':':^ _^j_^_<viylyi'lYlv^XvW>>x'Xv:v/—'£. , , ,-

...com as azas postiças que fizera. Com espan-to geral não foram precisas, desta vez, com-Traze o cabello oenteado ¦ m

...pressas, pontos falsos e arnica.Juca prometteüa Titã continuar nas experiências. (

.—; Sê respeitoso

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Abril — 1933 31 — O TICO-TICO

TELEVISÃO... ERRADAT SKETCH TELEPHONICO

(conclusão)

Continuação da pagina 14

Luiz — Que penn que ella tambémnão vi pura o fundo do mar comtelepiione e tudo...

Atílio lâ« Luiz) — Cala essa boc-ca, Luiz... Não, senhorita... Estoufalando commigo \nesmo... Eu? mo-ro longe... da cidade... e vou sahirjá... Como? Vae também sahir?...Coincidência... Mora também longeda cidade?... Jacarépaguá? Eutambém...

Luiz — Queres ver que é nossavizinha?...

Atílio — Justamente... Então émesmo n;1 mesma rua... Numero7li?!... E ea no numero 77... So-mos vizinhas fronteiros...

Luii Será possivel?!...Atílio — Ah! Chegou hoje para

abi em visita a uma sua amiga?...Compréhendo.,. Pois não... Commuito gosto... Conhecer pessoal-mente? O prazer é todo meu...

Luiz — O que? Tu vaes lá?Mihio (Ao Luiz) — Não. Ella é

q^F vem cá...Mjv\_ — Bonito!...

Atílio (Ao phone) — Pois não...Aguardo a gentil visita com a maioralegria... Até já!... (Repõe o pho-ne no gancho).

Luiz — E agora?.. . Que é que va-inos offerecer á visita?... ¦

Atílio — Cadeiras para que ellase sente...

Luiz — Não. E' preciso offerecerlicores, café. ..

Atílio —¦Bem lembrado! Vae bus-car café lá dentro...

Luiz (Sahindo apressado) — Vol-tarei já! (Sahe) .

Atílio (Ageitando o cabello, a gra-vala, o casaco, ele.) — Esperemosa Primavera graciosa e gentil...

Mai-wlda (Apparerendo á parla. I'.'uma velh>'la feia e e.clravafianlemen-ie vestida e prelenciosa) — Dá li-cença?...

Atílio (Decepcionado) — Oh!...Pois não... Pode entrar...

Mafalda (Entrando) — E' ao jo-vem Luizinho a quem tenho a honrade falar?

Atílio — Não, senhora... isto é...quero dizer... sim. senhora...

Mafaloa — Reconheci-o lego pelavoz...

Luiz (Vem entrando com uma ban-deja sobre a qual ha uma pequenachieara).

Atílio — E... onde está a senho-rita... Mafalda?

Mafalda (Coin nuiita affectaçõo)A senhorita Mafalda?... Pois não

vê logo?.. .Luiz (Proeura) — Não. Não vejo...Mafalda (Curvando ligeiramente'um

joelho e erguendo de leve doslados o vestido com ambas as mãos)

Sou eu!. . .

V. S. ESTÁ CONCORRENDO

DIARIAMENTE, TALVEZ

SEM SABER, .

6 prêmios de 100$000EM DINHEIRO NO CONCURSO DO

fcjPlfl B IO \I^ 1™i j"\*j**__jy

DUUÍbUUU

Já popularizado com a denominação"nnnfflnnn por dia, p'ra Você"!

*^-J«^*»««»«<alM^«WWa»TMWW:^MM«e»*C!M^i««*B»CJ«»W^««D«aWCaM«M«»^atl

NADA tem V. S a fazer paraconcorrer a esses prêmios eQUASI NADA precisa fazer

para recebel-os, toda vez quefor sorteado !

Tome os 4 algarismos finnes (milhar) do numero de fabricarão do seuAutomóvel, do seu Apnarelho de Radio, do seu Piano, da sua Machina dcCostura e dos Medidores de Luz e dc Gaz insinuados na sua casa. Anno(e-osno logar para isso reservado «a capa da LISTA DE TELEPHOXES, ou emqualquer outra parte, e os confronte, todas as manhãs, com os O milharesdiariamente sorteados na redacção do DIAIÍIO DE NOTICIAS e publicado*por esse jornal. Coincidindo nm desses milhares com o do objecto corres-pondente cm poder de V. S., reclame o seu prêmio peio telephone 23-5915,entre 9 e 10 horas da manhã. O leitor poderá, assiui. receber, no mesmodia, dc uni a sois prêmios de 1009000, em dinheiro.

S«")iiiciite os icitores do Districto Federal e Xklhcroy podem concorrer.Para os assistentes do interior lia outro concurso, com o prêmio diário dcsoo$ooo.

Atílio (Deixando-se cahir sobrenia cadeira) — Ahi. .Luiz (Deixando cahir a bandeja)

- Oh!...Fim

Ííustorüiq \Vanm:i',i.i:y

A

m

O mais velho jornal doMundo?

Acaba de suspender sua publicação emPekim; o decano de todos os jornaes dcmundo, o "Peking Bao", fundado no an-no 400 da nossa éra, por Su Kung. o Gut-teraberg. No inicio, este jornal era de seispaginas em papel amarello, costuradasumas ás outras. A. partir de 1800 tor-nou-se diário. Não obstante as constantessuspensões que soffreu, viveu esse jornala ninharia de 1534 annos.

MEDITA, E SERÁS UM SÁBIO. S Ê GR A T O

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'ÁS AVENTURAS DO CHIQUINHO Êfc *•¦ O ML O ;2_ **<_«_ Tartaruga secular

Este bicho _ào clã cilhão ! |

-* ^rr—=r-

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^B^ - *~"^-\*»J / . L^Á^v» ' " '¦ ¦sã**'*».. :.**_*. *•'__________________*| St

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Não tenhas me Jo ! ,

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&¦*-**¥^jíaar 'Jàt^-

Os meninos encontraram á "B. ?tfoneza", que ha muito tempo nãoviam. "Baroneza" era uma seculartartaruga que vivia solta na Fazendado primo Jucá e diziam que ella tinhacerca de trezentos annos de idade.

Supportava o peso de um homem e por isso osmeninos trepavam na sua concha e por meio de umengodo faziam-na caminhar. Como nâo ficasse boni-to a uma menina montar no dorso da tartaruga, Chi-ouinho arranjou, com uma gamella. ..

... um deslisador, prendeu-o á t &_._•ruga e, assim, a Lili tambem poudeparticipar da brincadeira. Tudo cor-reria muito bem se a bicha não esti-vesse perto de um pequeno lago for-mado pelas águas da chuva.

. . .... ¦ ¦ ¦¦¦ MS-J ¦¦¦;-».,. •¦¦-¦--. íl,', ,...,. ,,..-.,,.,.,„„..-.--..,„-_,*-•'kg. ,

mÊàmÊhãààièàáám^ ,~-J \

*~*~~~ **__>sgé^3s. —.¦ t* '^"^jBBi =?. . -»___" ¦ 5. _*•¦*o. —^Zc"~~~ ¦-•-'¦ \^&_ ¦¦' M~^*'

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A tartaruga entrou no lago e a gamella fluctuoumuito bem. De repente, a tartaruga viu qualquer cousano fundo c. . záz, mergulhou, o primeiro a cahir n'aguafoi Chiqunho c deoois a Lili, porque a gamella foiarrastada. ..

¦• . .ao fundo pela tartaruga. Benjamim,rj,uc não quiz embarcar, te ve de cahir n'agua com o Ja-gunço, para salvar os companheiros. E, assim, regressa-ram elles á casa sujos e molhados dos pés á cabeça, re-cebendo justa reprehensão dos pães.

PROTEGE AS ARVORES RESPEITA OS NINHOS