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Aluno (a): Série: Turma: Disciplina: Literatura Data: Avaliação: Parcial Professor: Deborah Etapa: INSTRUÇÕES Utilize somente caneta azul ou preta.(TDs rasurados ou escritos a lápis não serão corrigidos.) Preencha todos os itens de identificação pessoal. Leia atenciosamente todas as questões propostas, caso haja algum erro em sua prova/TD comunique à coordenação. Forma de devolução: Exclusivamente físico na escola. Data limite para devolução: 16 de setembro de 2020. www.tomasdeaquino.com.br FORTES PARA O FUTURO, CONFIANTES NO AMANHÃ. D T Texto 1 - Até o fim (Chico Buarque) Quando eu nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o fim. Os dois textos não só se assemelham com relação ao tema de que tratam, como também à estruturação. 01. Que tema é desenvolvido em ambos os textos? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 02. Qual a semelhança na estrutura entre eles? Dê um exemplo. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ O poema abaixo pertence ao livro A rosa do povo (1945): Cidade prevista Irmãos, cantai esse mundo que não verei, mas virá um dia, dentro em mil anos, talvez mais... não tenho pressa. Um mundo enfim ordenado, uma pátria sem fronteiras, sem leis e regulamentos, uma terra sem bandeiras, sem igrejas nem quartéis, sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito só de viver, (Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo, em Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.158-159.) 03. A quem se dirige o eu lírico e com que finalidade? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 04. A que “cidade” se refere o título do poema e como ela é representada? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Texto 2 - Poema de Sete Faces (Carlos Drummond de Andrade) Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. (...) mas nesse jeito a variedade, a multiplicidade toda que há dentro de cada um. Uma cidade sem portas, de casas sem armadilha, um país de riso e glória como nunca houve nenhum. Este país não é meu nem vosso ainda, poetas. Mas ele será um dia o país de todo homem.

T Aluno (a): Turma: Disciplina: Literatura Data: Nº D ... 3a SERIE DEB… · a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos

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  • Aluno (a): Nº

    Série: 3ª Turma: Disciplina: Literatura Data:

    Avaliação: Parcial Professor: Deborah Etapa: 3ª

    INSTRUÇÕES

    Utilize somente caneta azul ou preta.(TDs rasurados ou escritos a lápis não serão corrigidos.) Preencha todos os itens de identificação pessoal. Leia atenciosamente todas as questões propostas, caso haja algum erro em sua prova/TD comunique à coordenação. Forma de devolução: Exclusivamente físico na escola. Data limite para devolução: 16 de setembro de 2020.

    www.tomasdeaquino.com.br FORTES PARA O FUTURO, CONFIANTES NO AMANHÃ.

    D T

    Texto 1 - Até o fim (Chico Buarque)

    Quando eu nasci veio um anjo safado

    O chato dum querubim

    E decretou que eu tava predestinado

    A ser errado assim

    Já de saída a minha estrada entortou

    Mas vou até o fim.

    Os dois textos não só se assemelham com relação ao tema de que tratam, como também à

    estruturação.

    01. Que tema é desenvolvido em ambos os textos? ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    02. Qual a semelhança na estrutura entre eles? Dê um exemplo.

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________________

    O poema abaixo pertence ao livro A rosa do povo (1945):

    Cidade prevista

    Irmãos, cantai esse mundo

    que não verei, mas virá

    um dia, dentro em mil anos,

    talvez mais... não tenho pressa.

    Um mundo enfim ordenado,

    uma pátria sem fronteiras,

    sem leis e regulamentos,

    uma terra sem bandeiras,

    sem igrejas nem quartéis,

    sem dor, sem febre, sem ouro,

    um jeito só de viver,

    (Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo, em Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.158-159.)

    03. A quem se dirige o eu lírico e com que finalidade?

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    04. A que “cidade” se refere o título do poema e como ela é representada?

    ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

    Texto 2 - Poema de Sete Faces (Carlos

    Drummond de Andrade)

    Quando nasci, um anjo torto

    desses que vivem na sombra disse:

    Vai, Carlos! ser gauche na vida.

    (...)

    mas nesse jeito a variedade,

    a multiplicidade toda

    que há dentro de cada um.

    Uma cidade sem portas,

    de casas sem armadilha,

    um país de riso e glória

    como nunca houve nenhum.

    Este país não é meu

    nem vosso ainda, poetas.

    Mas ele será um dia

    o país de todo homem.

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    TD de Literatura – 3ª Série – 3ª Etapa - 2020

    TEXTO 1

    […]

    O sapo-tanoeiro,

    Parnasiano aguado,

    Diz: – “Meu cancioneiro

    É bem martelado.

    Vede como primo

    Em comer os hiatos!

    O sapo-tanoeiro:

    — A grande arte é como

    (BANDERA, M. Antologia Poética. Rio de Janeiro: J. Olympo, 1976.)

    TEXTO 2

    Porcelana chinesa azul tradicional

    05. Elabore um comentário em que se relacionem o contexto literário da Semana de Arte Moderna e

    os textos expostos. ______________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________

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    06. MACUNAÍMA

    No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho

    do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do

    Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de

    Macunaíma.

    Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si

    o incitavam a falar exclamava:

    – Ai! que preguiça!...

    e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o

    trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força

    do homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em

    dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar

    banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres

    soltavam gritos gozados por causa dos guaiamuns diz-que habitando a água-doce por lá. No

    mocambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas

    graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os velhos e

    freqüentava com aplicação a murua a poracê o torê o bacororô a cucuicogue, todas essas danças

    religiosas da tribo.

    Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como

    a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os

    mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras-feias, imoralidades estrambólicas e dava

    patadas no ar. (ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 33 ed. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: Livraria Garnier,

    2004.)

    Que arte! E nunca rimo

    Os termos cognatos.

    O meu verso é bom

    Frumento sem joio.

    Faço rimas com

    Consoantes de apoio.

    Brada em um assomo

    Lavor de joalheiro.

    [...]

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    TD de Literatura – 3ª Série – 3ª Etapa - 2020

    Com base no fragmento acima, comente sobre a maneira como a obra de Mário de Andrade se

    relaciona à primeira geração modernista. Considere suas características de linguagem, conteúdo e

    forma. _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    07. Leia os textos a seguir.

    TEXTO 1

    Esta é a grande conquista de Graciliano: superar na montagem do protagonista (verdadeiro

    “primeiro lutador”) o estágio no qual seguem caminhos opostos o painel da sociedade e a sondagem

    moral. Daí parecer precária, se não falsa, a nota de regionalismo que se costuma dar a obras em

    tudo universais como São Bernardo e Vidas Secas. (BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.)

    TEXTO 2

    Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco

    a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida

    agreste, que me deu uma alma agreste.

    E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de

    minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

    […] Emoções indefiníveis me agitam – inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar

    novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é

    desespero, raiva, um peso enorme no coração." (RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1997.)

    Alfredo Bosi menciona que caracterizar a obra de Graciliano Ramos como regionalista é um erro.

    Com base em ambos aos textos apresentados e em seu conhecimento a respeito da segunda

    geração modernista, discuta brevemente como ocorre a relação ente o universal e o regional na

    obra do escritor Graciliano Ramos. _______________________________________________________________________________

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    08. Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na

    sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma sabia as espécies de

    minerais, vegetais e animais que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes

    exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de

    todos os rios.

    (...)

    Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Todas as manhãs, antes que a

    “Aurora com seus dedos rosados abrisse caminho ao louro Febo”, ele se atracava até ao almoço

    com o Montoya, Arte y diccionario de la lengua guarani ó más bien tupi, e estudava o jargão

    caboclo com afinco e paixão. Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes,

    tendo notícia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo –

    Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distraído, sem reparar quem lhe

    estava às costas, disse em tom chocarreiro: “Você já viu que hoje o Ubirajara está tardando?”

    Quaresma era considerado no Arsenal: a sua idade, a sua ilustração, a modéstia e honestidade do

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    TD de Literatura – 3ª Série – 3ª Etapa - 2020

    seu viver impunham-no ao respeito de todos. Sentindo que a alcunha lhe era dirigida, não perdeu

    a dignidade, não prorrompeu em doestos e insultos. Endireitou-se, consertou o seu pince-nez,

    levantou o dedo indicador no ar e respondeu:

    — Senhor Azevedo, não seja leviano. Não queira levar ao ridículo aqueles que trabalham em

    silêncio, para a grandeza e a emancipação da Pátria.

    Vocabulário: amanuenses: escreventes; doestos: injúrias. (Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto)

    Examine a frase: Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani.

    No conjunto da obra, que relação há entre nacionalismo e o estudo de tupi-guarani?

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    09.

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    TD de Literatura – 3ª Série – 3ª Etapa - 2020

    Com base no TEXTO 1, e na obra de Euclides da Cunha, assinale a(s) proposição(ões)

    CORRETA(S).

    01. O Texto 1 é exemplo de como o sertanejo é descrito também em outras passagens do livro Os

    sertões e confirma a consagrada frase de Euclides da Cunha: “O sertanejo é antes de tudo um

    forte”, p. 115.

    02. A narrativa de Euclides da Cunha propõe uma antítese entre a força física ou material do

    exército e a força do sertanejo, adaptado às condições de seu lugar e amparado pela crença

    religiosa.

    04. Quando afirma que “Impunham-se outras medidas” (linha 17), pois todo aquele arsenal não

    lhes bastava, o narrador quer dizer que os soldados apelaram para os “céus tranquilos e

    claros” (linha 14).

    08. Há dois planos opostos que descrevem os dois lados desiguais da luta em Canudos. De um

    lado, o exército de São Sebastião e, de outro, os sertanejos com suas ruínas, na ciscalhagem

    das imagens rotas e em pedaços.

    16. A construção do texto por meio de paradoxos como “enrijavam-nos os reveses, robustecia-os a

    fome, empedernia-os a derrota” (linhas 27-29) confirma uma das características da obra: a

    presença de elementos contrastantes como resultado de ideias antagônicas.

    32. A correta “psicologia da guerra” (linha 27), aplicada pelo exército, não foi suficiente para a

    tomada de Canudos, já que os sertanejos a invertiam.

    SOMA: ________

    10. Os movimentos de vanguarda emergiram nas duas primeiras décadas do século XX e

    provocaram uma ruptura com a tradição cultural do século XIX, influenciando não apenas as

    artes plásticas, mas também outras manifestações artísticas. Avalie se as seguintes

    sentenças são verdadeiras ou falsas:

    ( ) Os movimentos de vanguarda possuíam em comum o fato de buscarem romper

    com as representações realistas;

    ( ) O movimento Expressionista tinha como um de seus pilares a valorização da

    subjetividade do arista;

    ( ) O movimento Surrealista buscava representar a dor e a miséria social a partir da

    distorção das formas;

    ( ) O movimento Dadaísta inovou com relação aos suportes incorporando ao mundo da

    arte uma grande diversidade de materiais;

    ( ) Os impressionistas utilizaram em seus quadros fortes contrastes entre claro e

    escuro, para isso utilizavam grande quantidade de preto e cores escuras;

    Bom desempenho!