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TAEKWONDO Arte Marcial e Cultura Coreana Volume II Ao todo disponibilizei 63 páginas de um total de 152. As páginas foram selecionadas de várias partes do livro e depois agrupadas. Roberto Cardia Volume II Contato: (21) 8867-3575 (21) 3234-4066 [email protected] www.taochido.com

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TAEKWONDOArte Marcial e Cultura

CoreanaVolume II

Ao todo disponibilizei 63 páginas de um total de 152.As páginas foram selecionadas de várias partes do livro

e depois agrupadas.

Roberto Cardia

Volume II

Contato:

(21) 8867-3575(21) 3234-4066

[email protected]

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Copyright © 2007 by Roberto Nascimento Cardia

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida areprodução total ou parcial, de qualquer forma ou qualquermeio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) écrime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Capa e projeto gráfico: Roberto N. CardiaDiagramação: Roberto N. CardiaRevisão de diagramação: Cíntia DaflonRevisão final: Elida KronigGráfica: REPROARTE: soluções gráficas sob medida

FICHA CATALOGRÁFICA

Cardia, Roberto Nascimento, 1970- Taekwondo: arte marcial e cultural coreana (v. 2) /Roberto N. Cardia. Rio de Janeiro: R. N. Cardia, 2011.

Bibliografia 152

1. Taekwondo 2. Arte Marcial 3. História I. Título.

CDD-796.8

Pedidos e contato com o autor:(21) 8867-3575(21) 3234-4066

[email protected]

Incentive a produção de publicações sobre o Taekwondo.

Não faça (ou empreste para) a fotoreprodução.

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AGRADECIMENTOS

Por mais uma vez agradeço aos amigos que meacompanharam nesta longa e difícil jornada. Amigos que sabemo significado de tal palavra: amizade. Amigos que neste momentosão do mais alto grau de parentesco. É por eles que faço minhapequena homenagem em um simples parágrafo de livro, um nacode papel onde pouquíssimos leitores se interessam em ler. Todosforam e são de grande importância na minha vida, sem exceção.Novamente venho a colocar seus nomes em ordem alfabética,independente do quanto auxiliaram, pois para mim as pessoasdoam aquilo que podem oferecer, nem mais e nem menos, sãoexatas em suas capacidades. A amizade de cada uma delas éessencial e perfeita. No entanto, nunca poderia deixar deagradecer aquelas pessoas que tentam persuadir na promoçãoda dificuldade e dos empecilhos. Tais personagens fazem parteda nossa história, são estas que muitas vezes apontam as lacunasabertas, que nos mostram a barreira fraca, e sempre estão aespreita de um lapso qualquer para nos atacar. Elas nos fazemcrescer. Porém, devo voltar aos reais merecedores, onde poucasvezes, com aquele medo de magoar, não nos mostram o caminhoque aqueles outros nos apontam, mas mesmo assim nos fazemcrescer em diversos momentos da vida, nos dão o seu carinho eafeto, os quais dentre muitos outros sentimentos estão embutidosna amizade que menciono. Em especial dedico este livro paraminha esposa e nossos guris, os quais são os grandesmantenedores de minha felicidade.

O meu muito obrigado,

Ms. Roberto Cardia

Alan do Carmo, Alexandre Felix, Angelo Cesar Resende, Bell Menezes, Bruno Passos,

Carlo Felipe Albuquerque dos Santos, Carmelino de Souza Vieira, Chrystiane Stein,

Cintia de Aquino Daflon, Cláudio André, Claudio Chaves, Elida Kronig, Ely Nascimento

Cardia, Erick Pimentel, Francisco Jose de Luccas Braga, Henrique Oliveira, Jadir Fialho

Figueira, João Celso, Ivanildo Marques, José Roberto de Lira, Júlio Cesar, Liebe Busse

Ribeiro (in memoriam 1930 - 2004), Luiz dos Santos, Marcelino Soares Barros, Marcus

Rezende, Nadir de Carvalho (in memoriam 1912 - 2009), Oberdan Silva, Renato

Ribeiro, Rodney Américo dos Reis, Rosane Lumertz, Teófanes Alves Pereira e Vagner

Esteves - Academia Kim, Casa do Alpinista, Confederação Brasileira de Taekwondo,

Federação de Taekwondo do Estado de Minas Gerais e Federação de Taekwondo do

Estado do Rio de Janeiro.

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

PRESIDENTE DR. CHANG SEON LIN - 9º DAN

Pratique Taekwondo - Filie-se a FTEMG

FILIADA À CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TAEKWONDO (CBTKD)FILIADA À PAN AMERICAN TAEKWONDO UNION (PATU)FILIADA À WORLD TAEKWONDO FEDERATION (WTF)

FILIADA AO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO (COB)FILIADA AO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL (COI)

Av. Olegário Maciel, 311 - salas 306, 307 e 308 - CentroBelo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - CEP.: 30.180-110

www.ftemg.com.br

Telefones: (55 31) 3224-6732 Fax: (55 31) 3271-3054

Taekwondo - Esporte Olímpico

E-mail: [email protected]

MG

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PUBLICAÇÕES ANTERIORES

Primeiro volume do livro “Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana”(capa em preto e branco), publicado em 2007. Ao lado a capa do livrotranscrito para o braille (sistema de leitura para cegos), publicado em agostode 2011 pelo Instituto Benjamin Constant.

Uma compilação dos apanhados deadivinhas da Tia Nadir, que desdemenina foi motivada pelos versos dasadivinhações de sua época. Em 1920, as adivinhas eram muitocomuns, principalmente as rimadas,passadas de boca em boca sem quealguém tivesse o interesse de anotá-laspara a posteridade.

Sou um rapaz eleganteDe cinturinha apertadaTocando o meu violinoA espera da bofetada.

Veja Tia Nadir no youtube:www.youtube.com/watch?v=TteqEbA10m8&feature=related

Partes selecionadas para downloadwww.4shared.com/document/9z2c9qvo/Livro_Taekwondo_Arte_Marcial_e.htm

O mosquito

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

“Tae Kwon-Do: Expressando a vida através do movimento”

Missão

Promover a inclusão social das crianças,adolescentes e adultos, com e sem deficiência, por

meio de atividades educativas, culturais,esportivas, recreativas e de reabilitação,

fortalecendo suas potencialidades e estendendo osbenefícios a seus familiares.

Apoio

Lira Tae Kwon-Do ClubeAv. Alda, 244 - 2º andar

Centro - Diadema/SP - CEP: 09910-170(11) 3481-2048 - [email protected]

Mestre Lira - 6º [email protected]

(11) 4056-3545

SP

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ESPÍRITO DO TAEKWONDO

CORTESIA

INTEGRIDADE

PERSEVERANÇA

AUTOCONTROLE

ESPÍRITO INDOMÁVEL

“O segundo volume propõe uma jornadaatravés de uma reforma cultural e

profissional, levando o leitor a tratarseriamente o Taekwondo como ciência,

assim como as diversas “Artes Marciais”.Revela nuances sobre aspectos marciais

que visam modificar aquele olhar viciado esem novas propostas.”

Ms. Roberto Cardia

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

WWW.KIMTKD.COM.BR

PATROCÍNIO:

GERAÇÃO MESTRE RENATO RIBEIRO

(21) 25399798

RJ

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TAEKWONDOArte Marcial e Cultura Coreana

O Caminho dos Pés e das Mãos

Campeonato Brasileiro Master 2008 - Londrina (13 e 14 de julho).

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

TAEKWONDO

A tradição marcial e a evolução do esporte olímpicopara formar vencedores na vida.

Rua Rio da Prata 529 sala 203 – Bangu Rio de Janeiro

Tel: (21) 2402-6571

www.atactkd.com.br

Associação de Taekwondo Mestre Alan do Carmo

RJ

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ÍNDICE

ooooo AGRADECIMENTOS / 03ooooo DEDICATÓRIA / 13ooooo PREFÁCIO / 15ooooo NOTA / 17ooooo PALAVRAS DO AUTOR / 19

CAPÍTULO I

ooooo O PRINCÍPIO III / 24• Arte Marcial Sambaquieira / 24• Ocupantes de Dunas / 25• Introdução à “Arte Marcial” no Brasil Pré-colonial / 27• Arte Marcial Nativa / 29• Os Primeiros Ocupantes da Floresta no Rio de Janeiro / 41• Mulheres Guerreiras no Século XVI: as icamiabas / 42• Século XIX / 43ooooo CAPOEIRA NO SÉCULO XIX / 49• Os Nambiquaras no Século XX / 68• Os Xondaros / 69• Boleadeiras: armas marciais dos charruas, guenoas e guaranis/ 73• BRASIL: a nossa marcialidade / 74

CAPÍTULO II

ooooo TAEKWONDO NO RIO DE JANEIRO / 78ooooo FORMADORES DE OPINIÃO / 88ooooo PUBLICAÇÕES NO TAEKWONDO / 90ooooo IDOSOS NO TAEKWONDO / 91ooooo TAEKWONDO: AULAS EXPERIMENTAIS E DESCONTOSPOR PACOTES / 92ooooo O FUTURO DO TAEKWONDO (Uma visão do autor II) /94

CAPÍTULO III

ooooo O CONCEITO DE MESTRE NO TAEKWONDO / 99

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ooooo O MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DETAEKWONDO / 102ooooo TÁTICA E ESTRATÉGIA NO TAEKWONDO / 105ooooo O CONCEITO DE MESTRE NAS “ARTES MARCIAIS” /106ooooo O PERFIL DO PRATICANTE MARCIAL / 109ooooo ORIGEM DAS ARMAS / 111ooooo CONDICIONAMENTO FÍSICO X CONDICIONAMENTOTÉCNICO MARCIAL / 113ooooo A MELHOR MODALIDADE DAS “ARTES MARCIAIS” /115ooooo ESPORTE X ARTE MARCIAL / 116ooooo UM ARTISTA MARCIAL LENDÁRIO / 118ooooo CRIANÇAS QUE PRATICAM “ARTES MARCIAIS”: UMENFOQUE DIFERENTE / 120ooooo DEFESA PESSOAL / 123

CAPÍTULO IV

ooooo TÉCNICAS MARCIAIS NA PREVENÇÃO DE PATOLOGIASARTICULARES: ESTUDANDO O OGUL MAKI/ 127• O Estudo / 127• A Pesquisa / 128• Função Marcial / 128• Ação Terapêutica / 129• Meridianos Envolvidos / 131• Pontos de Energia dos Meridianos: como atuam nomovimento? / 132• Indicação dos Pontos Mencionados / 133• O Grupo Estudado / 134• Dados Secundários do Grupo Estudado / 135• Descrição do Movimento / 135• Perguntas Principais do Questionário / 136• Considerações Finais / 136

CAPÍTULO V

ooooo ANAMNESE NO TAEKWONDO / 140ooooo QUESTIONÁRIO PARA O TAEKWONDO / 142ooooo CRÉDITOS / 143ooooo BIBLIOGRAFIA / 145

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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DEDICATÓRIA

Podemos dedicar uma vida inteira a alguma coisa; podemosdedicar parte da vida por alguma coisa ou podemos dedicar

coisa alguma em nenhum momento.Contudo, estaremos sempre dedicando o nosso tempo...

Por mais uma vez dedico esta obra ao saber e a qualquertipo de expressão cultural, incluo aqueles que, ávidos porconhecimentos, trabalham para se aprimorar como pessoas eprofissionais, no intuito de viver em um mundo destinado aoconvívio de tantas outras formas de vida. São para os justos querespeitam a vida e enaltecem a cortesia, a integridade, aperseverança, o autocontrole e o espírito indomável.

Dedico com carinho aos meus pais, irmãos, amigos,mestres, professores e alunos. Aos parentes que já se foram eme aconchegaram nas situações difíceis e que comigo brincarame sorriram nos momentos alegres.

Aos leitores do primeiro volume que muitas vezes meretornaram para me parabenizar.

É também para aqueles que me ofenderam e mecaluniaram ou apenas tentaram, com ou sem motivos justificados.Estes, quando enraivecidos, em especial, fizeram parte do meucrescimento, contribuindo em minha evolução, tendo aoportunidade de entendê-los e me conhecer melhor.

Por fim, dedico esta obra ao futuro, ao motivo por estarmosaqui e ao momento em que se deu o início de toda umatransformação chamada vida.

Ms. Roberto Cardia

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

EQUIPE DE TAEKWONDOEQUIPE DE TAEKWONDOEQUIPE DE TAEKWONDOEQUIPE DE TAEKWONDOEQUIPE DE TAEKWONDOMESTRE IVANILDOMESTRE IVANILDOMESTRE IVANILDOMESTRE IVANILDOMESTRE IVANILDO

WWW.MESTREIVANILDO.COM.BRWWW.MESTREIVANILDO.COM.BRWWW.MESTREIVANILDO.COM.BRWWW.MESTREIVANILDO.COM.BRWWW.MESTREIVANILDO.COM.BRmestreivanildomarques@[email protected]@[email protected]@ig.com.br

Tijuca - Rio de Janeiro - BrasilTijuca - Rio de Janeiro - BrasilTijuca - Rio de Janeiro - BrasilTijuca - Rio de Janeiro - BrasilTijuca - Rio de Janeiro - Brasil8057-3221 / 9276-51368057-3221 / 9276-51368057-3221 / 9276-51368057-3221 / 9276-51368057-3221 / 9276-5136

Educamos jovens capazes de pensar e agirEducamos jovens capazes de pensar e agirEducamos jovens capazes de pensar e agirEducamos jovens capazes de pensar e agirEducamos jovens capazes de pensar e agirracionalmente e com atitudes positivasracionalmente e com atitudes positivasracionalmente e com atitudes positivasracionalmente e com atitudes positivasracionalmente e com atitudes positivas

diante da vida.diante da vida.diante da vida.diante da vida.diante da vida.

RJ

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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PREFÁCIO

Seria simplório, da minha parte , registrar que esta obraé mais uma publicação no meio de tantas outras. Seriainconsequente dizer que se trata somente de mais uma fonte.Não, caros leitores, preciso esclarecer que a prática e o empenhodo autor se transformaram em letras e que estas descansaramsobre o papel para tornar público este conhecimento, muito bemfundamentado, testado e aplicado.

Roberto Cardia é um nome forte e mais forte é o que oseu profissionalismo traz.

Ele apreende, reelabora e confia ao leitor páginas e maispáginas de um conteúdo não modal e histórico... com uma escritaacessível e linda... como a simplicidade sempre foi... e sempreserá.

Chrystiane Stein

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Equipe Irmãos Felix deTaekwondo

Fundada em maio de 2006 pelos professores Thiago Duarte e Alexandre Felix

LOCAIS DE TREINAMENTO

SANTA CRUZ: CIEP Mario de Andrade (Projeto Mais Educação)ITAGUAI: Colégio UESF

SANTA CRUZ: Vila Olímpica Oscar SchimidtSANTA CRUZ: Centro Social Urbano (CSU)

CAMPO GRANDE: Colégio Alfredo de Pires Flores(Projeto Mais Educação)

ProfessoresFelix - Thiago Apulchro - Vitor Sant´ana - Thiago Duarte

Raianne Mattos - Fabrício Ferreira

Contato(21) 77587612 / 124*68374 Felix

77242041 / 106*98719 Thiago [email protected]

RJ

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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NOTA

Pensei em realizar um livro com título à parte paratrabalhar os conceitos que nesta obra estão. No entanto, o motivoque me fez manter os volumes foi o simples fato de ter oTaekwondo como estrutura de vida – além do próprio título daobra referir o nome “Arte Marcial” –, trabalho e objeto veicular deconceitos importantes para todos, o qual nos torna o que somos.

Que seja pelo nome “Taekwondo” – e não por outro título– onde outras modalidades irão conhecer aquilo que foi dedicadodurante anos de trabalho. E é pelo tempo dedicado, mais umavez, para o fomento e a divulgação incessante de nossa “ArteMarcial”.

Tratei e valorizei a arte da guerra como cultura marcial, oque realmente é. Assim como o Taekwondo e tantas outrasmodalidades que lutam por seriedade e em prol de serempercebidas no meio científico.

O compromisso de escrever um novo livro é de granderesponsabilidade; se houve sucesso no primeiro volume, osegundo deve ser compatível. A intenção é gerar no leitor acuriosidade em manter sua mente voltada à leitura sem distração,trabalhar a temática marcial em outras abordagens, oferecer novasoportunidades em um campo pouco explorado.

Por mais uma vez ressalto que a importância das palavrasem coreano é secundária, pois como sabemos existem diversasnomenclaturas para uma técnica ou qualquer outra palavra emcoreano. Manterei desta vez, em toda a extensão desta obra, aterminologia “Arte Marcial” entre aspas para que semprevenhamos lembrar o real valor e significado desta palavra,explicada no primeiro volume e onde destacada em váriosmomentos. Outrossim, a palavra “Arte Marcial” vem sempre, desdea primeira obra, com as suas inicias em caixa alta para que sejalevada em consideração o seu ofício e eleita como ciência. “ArteMarcial” é ciência! Mesmo, ainda, sem um curso superior deveser considerada e trabalhada nesta esfera. Viso e trabalho a nossaarte e as demais modalidades como ofício e área distinta, valoresculturais e identidade própria, por este motivo continuo o trabalhoque há mais de dez anos venho fazendo para a implantação efomentação de uma Universidade de Artes Marciais. Algunsdocumentos que estão em minha posse comprovam anos detrabalho assim como outros que demonstram entidadesuniversitárias que assumiriam tal projeto e, por motivos nuncaexplicados, desistiam e, logo em seguida, desculpas diversasapareciam para dirimir o andamento de um curso superior.

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

ASSOCIAÇÃO CLÁUDIO ANDRÉCentro de Atividade Física e Mental Além de Defesa Pessoal

Valorizando a educação através do esporte!

CONTATOS:(21) 7495-5396 / 9574-2199 / 7703-4614 / 7968-2343 / ID.: 14*94550

PIEDADE: Colégio Criarte / Tel.: 2269-6538MÉIER: Colégio Convivendo / Tel.: 2581-9479INHAÚMA: Clube Caravana / Tel.: 3181-2064ABOLIÇÃO: Colégio Cems / Tel.: 2599-0909

SANTA TEREZA (UPP): Escondidinho / Tel.: 7805-9119ABOLIÇÃO: Colégo Projeto do Futuro / Tel.: 3272-9937

CAMPO GRANDE: Colégio Machado e Silva / Tel.: 3316-4055CAMPO GRANDE: Academia MV / Tel.: 3155-8437

CAXIAS: CIEP nº 369 Jornalista Sandro Moreira / Tel.: 7726-1017BELFORD ROXO: Colégio São Jorge / Tel.: 8141-5478

ENTIDADES FILIADAS

PROFESSORES:::::Marlene da Silva Soares - Erondino Meireles Lima

Antonio Marcio QueirozSupervisão:Supervisão:Supervisão:Supervisão:Supervisão: Ms. Vinícius Garbelotti

LOJA WALL MODAS:Artigos para artes marciais - Roupas masculinas e femininas

(21)3405-3731 / 7715-6168

RJ

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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PALAVRAS DO AUTOR

Acredito que o mais importante é fazer do Taekwondo umvetor, um meio para instalar boas tendências nos praticantes. Anossa modalidade, assim como outras na área marcial, exerceum papel importantíssimo na ótica educacional do indivíduo,principalmente àqueles que estão à margem da sociedade. Estesprocuram a arte com inclinação de criar meios para sobrepujarterceiros, entretanto existe aqueles que recebem a nossaeducação para permanecer e melhorar a sua situação no tocanteda inserção social, ou seja, o Taekwondo serve de vínculo paraque muitos não deslizem em atos ilícitos. É assim que vejo nossamodalidade, independente de qualquer política interna.

O primeiro volume foi pesquisado em diversas fontes. E,na maioria das vezes, não houve conflitos em suas comparações.Quando houve dúvidas para chegar a um denominador comumcoloquei nota de rodapé. Em alguns momentos pensei napossibilidade de abranger outras camadas de leitores, e assim ofiz: não praticantes leram partes do livro como, por exemplo, a“Origem e História da Coreia”, além de outros assuntos sobrenossa arte. Pensei nos aspirantes de Taekwondo, estudiosos,professores e graduados; praticantes marciais de outras áreas,os quais poderiam ler sobre a marcialidade de um ânguloreformado. Por isso foram anos de trabalho, estudos ereconstruções de textos.

Também não deveremos por este motivo finalizar nossaspesquisas porque creditamos o autor mas problematizar, discutire avaliar a comunicação literária.

Primeiro conselho: duvidem das fontes, duvidem de tudo,mas mantenham o conteúdo à margem da verdade. Segundoconselho: atentar que dentro do Taekwondo, a História Oral1 é amais difícil de ser trabalhada2 pelo fato de diversas versõesdiferentes, e também necessita de comparação com outras fontes.Terceiro conselho: observar a história como acontecimentostransitórios que podem ser rápidos ou duradouros. Mas, mesmoassim, os fatos não são isolados e não devem ser estudados destaforma. Os fatos são apenas resultados finais de uma série deacontecimentos.

1 História Oral: estuda o documento oral, ou seja, uma fonte que respalda certos

acontecimentos, passada através de tradições de pai para filho, gravações, etc. A

história escrita, podemos considerar, é relativamente mais confiável.2 E, ao que parece, é a que tem menor valor.

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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Resolvi também colocar neste volume alguns textos queescrevi anos atrás que circulam na internet como artigos. O fatoé que muitas vezes o leitor não tem acesso a internet, e como asinformações contidas são preciosas resolvi dedicar algumas linhasnesta obra.

Estudar “uma das diversas” origens da “marcialidade” e oprocesso construtivo é permitir entender as culturas quecontinham particularidades marcial, onde muitas vezesencontramos no meio das Artes Marciais Contemporâneas e ArtesMarciais Desportivas, sem fixar-nos somente em samuraisjaponeses, hwarangs coreanos, vajramusthi indiano ou o wuchuchinês. São indústrias marciais repletas de elementos significativosque fazem parte de nossa historiografia.

Outro fator muito importante foi enfatizar o Taekwondocomo modalidade científica, assim como, nas entrelinhas, as outrasmodalidades marciais. O intuito é demonstrar que o Taekwondo éúnico e só pertence a ele mesmo e a nós, praticantes! Nenhumaciência, seja ela qual for, poderá absorver por completo nossasbases. De fato precisamos de outras disciplinas3 para que novasinformações sejam úteis ao nosso conhecimento, e devemosdescredibilizar aqueles que propõem ajustar-nos como subclassedentro de qualquer área acadêmica. Desta forma, não há cursosuperior que possa dizer que estamos fadados ao descrédito porestarmos desvinculados a conselhos enganosos.

A criação deste segundo volume tem aproximação com oresgate cultural marcial no tocante de incentivar publicações,textos, tentativas de instigar o leitor a ser mais crítico comqualquer publicação e principalmente tratar uma nova visão, deuma nova reforma. Talvez, a ideia da reforma como principalmotivação venha trazer benefícios importantes não só para oTaekwondo mas para cada praticante de qualquer modalidademarcial.

A jornada não foi fácil e a maior problemática foi emproporcionar um material importante a um público cada vez maisexigente, para que nas linhas que verão a seguir possam elucubrare transcender cada vez mais. Tão difícil quanto o primeiro volume,a maior preocupação se deu nos cuidados de garantir qualidadeigual à primeira obra, mesmo em suas diferenças.

3 Exemplo notório de disciplina que está em diversos currículos, e em sua grandemaioria, são disciplinas “aplicadas à”: anatomia, neuroanatomia, fisiologia, dentre

outras.

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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Espero poder colaborar ainda mais para o nossoTaekwondo, para a nossa classe profissional, para o crescimentodos nossos alunos e principalmente para uma sociedade que aindaverá a nossa modalidade como ciência.

Visite

WWW.TAOCHIDO.COM

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

www.ince.org.brEnsinando Artes Marciais Coreanas

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Email: [email protected]

RJ

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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O PRINCÍPIO III

CAPÍTULO I

Índio caçador.

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana II

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O PRINCÍPIO III

No primeiro volume da série deste livro foi abordado, nos doisprimeiros capítulos, o surgimento de uma nova era há 40.000mil anos, onde homens se defendiam e atacavam com arcos eflechas rudimentares e suas lanças fabricadas manualmente

com pontas de chifres. Questões sobre a Arte Marcial deToumai, Arte Marcial Romana, dentre outras, foram

classificadas para melhor distingui-las. Também foi trabalhadoa Arte Marcial Brasileira em um sentido de notoriedade, e,

neste capítulo serão estudados elementos sobre a identidademarcial, ou seja, a Arte Marcial Pré-colonial: Sambaquieira e

Nativa4.

Arte Marcial Sambaquieira

O sambaqui5 não era um local de moradia permanente.Os conhecidos “Homens dos Sambaquis”, “Concheiros” ou“Sambaquieiros”6, eram grupos formados por cerca de quinzecomponentes, com tipo morfológico bem definido, quedeslocavam-se para o interior em busca de outros recursos (caçae frutos silvestres). Antecedentes dos nativos de Pindoramaviveram na Pré-história de nosso território, deixando vestígiosque oferecem meios para que a arqueologia recupere informaçõessobre o aspecto da vida no passado.

As condições do solo favorecem ou não a preservação dediversos tipos de restos materiais. Um exemplo mais resistenteao tempo e às condições adversas são as peças manufaturadasem pedras7, de melhor conservação, que foram descritas no séculoXVI pelos portugueses, franceses e diversos viajantes como de

4 Nativos do Pindorama.5 Sambaqui significa, em tupi, “amontoado de conchas”. São monumentos arqueoló-

gicos localizados na costa, lagos e rios do litoral; são depósitos milenares – de 500

a 8.000 anos –, que contém areia, terra, restos amontoados de conchas e alimentos;

ossos de repteis, aves, peixes e mamíferos; adornos; pontas de anzol de osso; lâmi-

nas de machado; raspadores feitos de conchas; lascas cortantes.6 Estes homens eram caçadores-pescadores-coletores do litoral que migravam na

sazonalidade.7 Os chamados líticos.

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I

Arte Marcial Nativa20

Em 1500 d.C.21, na terra Pindorama, hoje Brasil, haviagrandes guerreiros que rangiam os dentes e usavam da cóleraem seus combates. Índios nativos, de gesta, que guerreavamentre si por tradição. Vingavam-se em rituais de comemoração,matavam seus inimigos e depois os comiam, porém diversosgrupos não praticavam a antropofagia22 .

20 Tribal em termos genéricos e nativa quando citamos os que habitavam no “Brasil”.21 Havia cerca de 700 etnias diferentes em 1500 d.C. Estima-se 5 milhões de nativos,

onde em 1970 havia apenas 200 mil. Atualmente, com o aumento da população,

chegam a 800 mil.22 Este ritual estava ligado à concepção de transferir as forças do inimigo, ou seja,

absorver sua coragem.

Antropofagia.

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Não somente percebemos os estágios da evolução humanaem diversos setores como também da marcialidade: nas escolhasdas armas para a guerra (clavas, tacapes, zarabatanas), do usodas armas comuns de proteção do dia a dia (arcos e flechas,boleadeiras) ou de uso para caça23 .

Os homens estavam destinados à arte da caça, pesca eguerra, enquanto as mulheres trabalhavam na agricultura,cerâmica e cestaria. A memória destes nativos estava vinculadaà tradição oral e dividida nos dois maiores troncos linguísticos:macro-jê e macro-tupi24 .

Para melhor elucidar e respaldar o tema e o períodoabordado, as fontes escolhidas foram: Relação do Piloto Anônimo,de 8 de março de 1500; Capitão Binot Paulmier de Gonneville,de 19 de junho de 1505; Pêro Vaz de Caminha, de 1 de maio de1500; Pêro Magalhães Gândavo, da obra História da Província deSanta Cruz, publicado em 1576; Jean de Léry, da obra Viagem àTerra Brasil datada de 25 de dezembro de 1577; André Thevet,da obra As Singularidades da França Antártica, publicada em 1558;e Hans Staden, da obra Viagem ao Brasil, publicada em 1557.

A análise comparativa segue com diversas citações. Abordaas armas e suas confecções, as pinturas de guerra, a hierarquia,o cotidiano, a movimentação e a marcha de guerra, dentre outros.Os elementos de guerra não tiveram total abrangência, pois nasfontes escolhidas há ausência de informações para concluiralgumas questões. Entretanto, existem outras fontes que poderãocomplementar este trabalho e fechar algumas lacunas, assim comoproduzir novas pesquisas. É possível, por exemplo, que nãotenhamos a descrição exata de como era a produção das armas,se havia algum especialista na produção em alguma das diversasnações25, cantos ou ritos na fabricação, etc. Mas, com certezapoderemos afirmar que nossos antepassados “brasileiros” eramexímios guerreiros marciais, fortes, destemidos, “cruéis” ao olhar

23 Entretanto, nem todas estas armas eram levadas ao combate, somente aquelas

sem uso no no dia a dia eram escolhidas para a guerra como, por exemplo, as

clavas.24 Existem outras pequenas famílias que não foram relacionadas com os troncos

apresentados, assim como línguas que não foram classificadas e seus dialetos.25 Até onde sabemos, o habitual, ao que parece, era a produção individual, ou seja,

cada guerreiro fabricava a sua arma.

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I

através da comprovação dos diversos sambaquis ao longo dolitoral.

Podemos encontrar na Floresta da Tijuca registros nãocodificados destas sociedades, onde se constatam populaçõesque viveram naquele habitat. Outrossim, a proximidade com omar, rios, vales e a mata fechada eram os principais locais queserviram de moradia para os ocupantes que ali estiveram, assimcomo o desfrute riquíssimo da flora e da fauna.

Mulheres Guerreiras no Século XVI: as icamiabas

Quando André Thevet esteve aqui conheceu as icamiabas,as quais fez associação com as mulheres guerreiras (amazonas66)do poeta grego Homero e do historiador Heródoto. Também, em1540 o frei Gaspar de Carvajal esteve em uma expedição com oexplorador espanhol Francisco de Orellana no rio Amazonas67,onde estiveram frente a frente com as mulheres guerreiras.

Entretanto, em nosso “Brasil”, e segundo os autores, estasmulheres habitaram em ilhotas, longe de qualquer tribo ou pessoa.Suas ilhas eram como fortalezas, com o intuito de protegerem-sede outras tribos que tentassem invadir em suas canoas. Osataques, assim como suas defesas, eram realizados com flechadase, seus escudos – feitos com cascos de tartaruga – as protegiamde qualquer tiro com arco. Assim como outros nativos da região,suas atividades eram sempre as guerras, por este motivo sãoconsideradas mulheres guerreiras.

Existem diversas controvérsias sobre sua origem, tanto quesua linhagem nativa denomina-se icamiabas ou coniupuiaras.Entretanto, desmistifiquemos a ideia de que as icamiabascortavam os seios, mas sim queimavam um deles na juventude,porém com o mesmo propósito de se tornarem destras nos tiroscom arco.

Interessante citar e demonstrar a fonte primária, a qualfez parte da pesquisa. Pêro Magalhães Gândavo relata a formade como viu e conviveu com as icamiabas em seu livro História

66 a = sem, privação + mazon = seio67 O rio Amazonas teve este nome por ter Francisco de Orellana comparado as

icamiabas com as amazonas.

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A descoberta de novos fatos, comprovados através de fontesseguras, aparecem em boas proporções para que possamoscredibilizar na existência marcial em nossa terra. Constata-seque, de pesquisa em pesquisa teremos cada vez mais a certezade que nossos antepassados foram tão guerreiros quanto qualqueroutro, e quem sabe, os mais bravos e valentes como relatou Jean

Cavalaria guaicuru.

Chefe guaicuru ao lado do cavalo.

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I

de Léry. Tal viajante foi um simples sapateiro e estudioso dateologia, esteve em nossas terras no século XVI e tinha comofunção colaborar na tentativa colonizadora de Villegagnon. Estefrancês escreveu tudo o que viu e relatou no livro Viagem à TerraBrasil. Segue parte do que os seus olhos presenciaram a respeitode um confronto entre dois grupos de nativos: “À proporção quese aproximavam redobravam os gritos, soavam as cornetas,levantando os adversários os braços em sinal de ameaça emostrando-se mutuamente os ossos dos prisioneiros que haviamcomido e os colares de dentes de mais de duas braças decomprimento [4,4 metros] que alguns traziam pendentes dopescoço; e o espetáculo desta guerra era horrível. Ao seenfrentarem, porém, foi ainda pior.”70. Enquanto conseguiam semover continuariam atacando sem nunca recuar, usavam clavas(tacapes) poderosas que rapidamente matavam o oponente,similar a um açougueiro71 quando abate um boi.

Foram guerreiros que não cobriam o corpo com proteções,fora os enfeites de perna, braceletes e outros adornos. Seustacapes vermelhos ou pretos mediam de “cinco a seis pés”72 decomprimento, de forma chata com a extremidade redonda ouoval, obtendo largura de dois palmos, pesado e afiado. Lérymenciona a dificuldade que um espadachim francês teria deenfrentar um guerreiro destes, pois eram muito habilidosos,principalmente quando enraivecidos. Além deste instrumento deataque, tinham o arco que era pesado e confeccionado da mesmamadeira que o tacape: “Um europeu não podia vergar e muitomenos atirar com êle mas tão-sòmente conseguiria com um arcodêsses que usavam os meninos indígenas de nove ou dez anosde idade.”73. As flechas, com quase uma braça de comprimento74,tinham em sua ponta ossos pontiagudos ou pedaços de taquaraseca. Usavam também venenosos ferrões de cauda de arraia. Noentanto, com a chegada dos portugueses e dos franceses vierama utilizar pontas de pregos quando não mais tinham seus própriosprodutos manufaturados. Defendiam-se das flechas inimigas com

70 LÉRY, 1961, p. 170.71 Na verdade o autor cita o nome “magarefe”.72 Cerca de um metro e meio a dois - Um pé é igual a 12 polegadas; uma polegada

é equivalente a 2,54 centímetros.73 LERY, 1961, p. 167.74 Dois metros e meio.

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CAPOEIRA NO SÉCULO XIX

O discurso é de estabelecer e apresentar o perfil histórico daCapoeira no Rio de Janeiro – no século XIX –, para isso fontesimportantes foram consultadas como, por exemplo, jornais daépoca e a obra “Capoeira Angola, ensaio sócio-etnográfico”, doetnólogo Waldeloir Rego que, muito considerado em sua época,

marcou o ano de 196878.

Até onde sabemos, estudiosos sobre o tema e fontespesquisadas por historiadores relatam que o jogo da Capoeiranão existia antes da chegada dos negros ao Brasil, ou seja, emterras africanas poderia ou não existir movimentos similares paraque pudéssemos comparar a “Arte Marcial” com qualquer outraexpressão. Entretanto, mesmo que fosse percebido, a dificuldadeem saber se já existia ou se havia sido importada pelos própriosque a desenvolveram no Brasil, viria a ser considerada um grandeproblema no tocante de originalidade. A dúvida seria do simplesfato de que os escravos poderiam comprar sua alforria pela mesmaquantia, desde que se passassem dez anos. Seguindo esta lógica,e diga-se de passagem que acontecia com frequência, poderíamosver o escravo retornando ao berço de sua terra natal comelementos diversos: os costumes e a própria arte referida. MunizSodré relata que há uma tradição de luta com as pernas na África,porém esta tradição não esteve presente aqui no Brasil. Descreveque os haussás eram bons com as pernas assim como Zumbi,

78 Como diz Odorico Tavares na contracapa “Waldeloir, um jovem etnólogo do mais

alto gabarito, encolhido no caramujo de sua modéstia, entregue de corpo e alma às

suas pesquisas e, de repente, nos sai com uma obra que antes de publicar, se torna,

desde já, clássica, pois esgota no todo e para sempre o assunto, sem ranço de

erudição, mas numa prosa das mais atraentes, conforme uma olhada que demos nos

seus originais. E não se pense que faz ali ‘literatura’ sôbre um assunto folclórico. Foi

às raízes, às origens, desde a vinda dos escravos.”. A colocação de Odorico nos faz

perceber e entender o comprometimento e o segmento da linha de pesquisa de

Waldeloir Rego, não somente por ser quem foi, mas pela obra em si quando analisa-

da de perto. Geralmente a história da Capoeira divide-se em três períodos: da escra-

vidão, da marginalidade e da academia.

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I

O pandeiro entrou no Brasil por via portuguesa, sefazendo presente na primeira procissão de Corpus Christi, naBahia, em 13 de junho de 1549. A partir desta época o negroaproveitou o pandeiro em suas festas e brincadeiras. Suadenominação no século XIX foi estudada por Francisco AdolfoCoelho que propunha – com dúvida – o vocábulo “pandeiro” aoinvés de “pandura” (do latim), porém antes dele, Friedrich Diez(1887) também propusera o mesmo termo em EtimologgischesWörterbuch der romanischen Sprachen.

No caso do berimbau, o instrumento fazia parte docontexto da época, e sua origem é imprecisa. O atabaque é deorigem árabe, o qual se traduz como mauriche panke – comtradução de “tímpano mouro” –, e ainda não tinha entrado nomeio da Capoeira no século XIX. Outrossim, Rego acredita que oatabaque já se encontrava em terras brasileiras antes que osafricanos os trouxessem, e que os portugueses teriam feito talintrodução. Sobre o caxixi (chocalho) nada de concreto foi definidoacerca da origem do nome e procedência; o ganzá (reco-reco)também há desconhecimento sobre a origem do nome e daprocedência; o agogô, instrumento de percussão de ferro, temprocedência no seu nome na língua nagô e significa “sino”, porémnão há relato sobre qual povo africano o trouxe para o Brasil.

O berimbau.

Instrumentos musicais

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Caribé: jogo de Capoeira.

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I

Boleadeiras: armas marciais dos charruas, guenoas eguaranis

Para alguns, estes índios são chamados de “índiosboleadeiras”, do grupo guarani. Habitantes da Amazônia115 queutilizavam as boleadeiras116 para a caça e a guerra. Dois tipos deboleadeiras eram utilizados, tanto para as guerras quanto paraas caçadas. Diferenciavam no número de bolas e na intenção doalvo. A boleadeira de uma bola, também conhecida como “bolaperdida”, tinha o tamanho aproximado de um punho fechado eseu destino era atingir a cabeça do oponente. A boleadeira deduas bolas tinha por alvo as patas dos cavalos dos conquistadores.Também utilizavam arcos e flechas, com uma característica queos diferenciam dos demais: as pontas de pedra das flechas eramelaboradas com ótima técnica de lascamento, formando pontasperfeitas.

Eram guerreiros temidos pelos portugueses. Seus gritosde guerra ficaram famosos assim como a sua coragem. Fabricaram

115 Migraram para o sul a cerca de 2 000 AP. Fixaram-se nos vales dos rios Jacuí e da

Bacia Platina, assim como às margens das lagoas.116 Foi na região uruguaio-riograndense que a boleadeira se tornou arma de guerra

pela primeira vez, assim como a utilização dos cavalos para a montaria.

Boleadeiras.

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CAPÍTULO II

TAEKWONDO NO RIO DE JANEIROFORMADORES DE OPINIÃO

PUBLICAÇÕES NO TAEKWONDOIDOSOS NO TAEKWONDO

TAEKWONDO: AULAS EXPERIMENTAIS E DESCONTOS PORPACOTES

O FUTURO DO TAEKWONDO (Uma visão do autor II)O CONCEITO DE MESTRE NO TAEKWONDO

O MERCADO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DETAEKWONDO

TÁTICA E ESTRATÉGIA NO TAEKWONDO

Rio de Janeiro - Baía de Guanabara (século XVI).

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TAEKWONDO NO RIO DE JANEIRO

Aspectos do Taekwondo no Rio e Janeiro.Uma história baseada nos relatos de ícones de nosso Estado.

“Eu vou deixar em dia a vida e a minha energia...”(Hermes de Aquino, década de 70)

O objetivo é resgatar a história do Rio de Janeiro atravésda lembrança daqueles que viveram um tempo diferente eguardaram na bagagem diversas experiências. Nas linhas abaixocompartilharemos do imaginário de décadas anteriores atravésdas contribuições de faixas-pretas: atores da historiografiamarcial.

Evidente que muitos atletas e profissionais de nossa áreacontribuíram para o crescimento da modalidade. Difícil apontar,aqui nestas linhas, todos os que formaram a coluna vertebral doTaekwondo quando introduzido no Brasil. Porém, grandespersonagens do Taekwondo como Rodney Américo dos Reis, JoãoHenrique Sobrinho, Reinaldo Evangelista122, Hélio de Mello, dentremuitos de sua época até a atualidade, viveram a década de setentae continuam contribuintes do Taekwondo, ou seja, estão na ativa.

O Grão Mestre Teófanes, 7º Dan WTF, nos revela que nasua época havia muita disposição para a luta e que precisavammostrar o potencial do Taekwondo para os brasileiros, por seruma luta nova. Muitas vezes foram desafiados por lutadores deKaratê “Muitas vezes éramos desafiados pelos praticantes deKaratê. Mostrávamos o que tínhamos aprendido...”. Seu gruposempre foi unido nos treinamentos e desafios, estavam sempreconfiantes devido ao bom treinamento e amizade. Entretanto,relata que nunca houve agressividade por parte dos praticantesde Taekwondo “Havia rixa, nos ringues de luta e disputa pornamoradinhas que gostavam de namorar os novos campeões.”.Além de tudo, o Jiu Jitsu também participava de confrontos,invadiam academias para se firmarem na nova arte, mas semmuita repercussão.

Segundo o Sabumnin Edimir Kawakubo, V Dan ITF, queiniciou no Taekwondo em 1982, relata nomes importantes entreos brasileiros: Rodney Américo (ligado ao mestre Woo Jae Lee),

122 Conhecido como Pelé.

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Regras oficiais de Taekwondo: década de 70.

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João Henrique Sobrinho (ligado ao mestre Woo Jae Lee); entreos coreanos: Yong Min Kim, Jung Roul Kim, Nam Ho Lee e SinHwa Lee. Conta-nos também sobre Hélio de Mello, hoje grãomestre 7º Dan WTF, que derrotou muitos capoeiristas que odesafiavam. Mas, se tratando do grupo de Kawakubo, não haviamuitas rixas, pois Woo Jae Lee sempre foi eticamente emoralmente corretíssimo, não aceitava tais atitudes de seusalunos.

Mestre Marcus Resende, 6º Dan WTF, conta que nasdécadas de 80 e 90 todos os atletas, com raras exceções, sofreramgrande influência da filosofia marcial, e que três mestres cariocas,Yong Min Kim, Nam Ho Lee e Jung Roul Kim conseguiram embutirnos cariocas uma refinada técnica marcial, garra, raça, firmezaem combates “Alguns atletas como eu, Carlos Fernandes, LuizOctávio Domingues, Alexandre Barbosa Lima, Milcley Mattos,Marcos Rodrigues, Juacy Mendes, buscávamos a atualização daarte marcial que se transformava em desporto, sem negligenciardos conceitos marciais. Carlos Fernandes foi o mais vitorioso detodos e quem mais fez intercâmbio internacional entre 85 e 91.”.A partir de 2000 muito mudou principalmente pela maiornavegação na internet e do fácil acesso a materiais escritos, vídeoscompetitivos e explicativos, assim como pela entrada doTaekwondo nas Olimpíadas, que o fez ser reconhecido por todo oBrasil. “O Modo de lutar de paulistas, cariocas, mineiros, gaúchose paranaenses era muito parecido. O que prevalecia era o aspectotático, sobretudo o desenvolvido por atletas paulistas eparanaenses.”.

Em 1974, na Praia Vermelha, Mestre Carmelino de SouzaVieira123 conhecia o Taekwondo em uma demonstração atravésdo Mestre Woo Jae Lee, onde a modalidade era representadapela Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP). Chegou aCoordenador Técnico. Em seguida, conta que foi para Camposcom Woo Jae Lee, enquanto que Yong Min Kim administrava aacademia de Botafogo, na Rua Voluntários da Pátria. “Nósparticipávamos de algumas demonstrações, de campeonatos (...)Aquele era meu grupo: Rodney Américo dos Reis, Roberto CarlosAmérico dos Reis (Bob), Bento, Ivan Varela (um dos primeiros doTaekwondo) (...) esse grupo era mesmo o primeiro time...”.

123 Também faixa-preta de Karatê e Judô.

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Mestre Carmelino não esquece também de apontar outrosgrandes ícones como Nélio, Park, Chang Seon Lim e Flávio Molina124

“Lembro de Nilo, um grandalhão que tinha uma academia no LargoMachado (...) Ele brigava sempre com o Molina. Os dois seatracavam, saiam em brigas homéricas. Isso em luta, claro.”.Seu relato vai além quando relembra que Molina adorava brigade rua, pois era bom capoeirista. Como lutador da arte entravanas rodas e batia de verdade, assim como no Taekwondo quegirava com ginga, se esquivava, batia para machucar.

Nas décadas de 70 e 80 o Rio de Janeiro aproximou-se dacultura oriental com as massagens, origamis e “Arte Marcial”, ondea última foi inserida nas academias as quais ensinavam outrasmodalidades marciais. Algumas academias, na época, eram fiéisà modalidade ensinada como, por exemplo, Academia Faixa Preta(1972), na Tijuca. Modelo para duas vias, a primeira pelo modelomarcial Taekwondo e o que representa. A segunda via está peloperíodo de existência. Iniciou com o Taekwondo em um primeiromomento, em um segundo mesclou outras modalidades de artesmarciais. Talvez o Taekwondo tenha entrado em um novo ciclo.

Segundo o Mestre carioca Rodney Américo dos Reis, 5º DanWTF, o primeiro faixa-preta do Brasil, os protetores de bambufaziam muito barulho “Naquela época ainda não usávamosprotetores em campeonato. Mais tarde foi introduzido o protetorde bambu que fazia um barulho danado, quando acertávamosum chute certeiro.”. Relata também que na retirada do MestreWoo Jae Lee do Estado do Rio de Janero, deixou o Mestre JoãoHenrique Sobrinho (um dos mais antigos) cuidando dos examesde faixas coloridas e faixas pretas após realizar uma reunião. Aochegar o Mestre Yong Min Kim no Brasil, os exames começaram aser feitos em conjunto, e somente foram separados após amudança técnica dos poomsaes. “Eram cerca de cinquenta alunospor turma entre os anos de 1973 e 1990, quinhentos alunos porexame e duzentos e cinqüenta alunos que eu levava. A propagandana época era: Seja também um demônio voador!”.

Em sua época o Taekwondo era conhecido como “TaekwondoArte” que atacava das mais diferentes formas para serem lutadores

124 Molina era policial e faleceu em um salvamento quando conseguiu resgatar uma

pessoa de um abismo.

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perigosos, fazendo com que seus adversários ficassem semchances de reação. O treino era diversificado e constante: defesasde mãos e de pés, esquivas, bandas e rasteiras (por trás, pelafrente, pelos lados). Os ataques de mãos eram enfatizados,diferente da atualidade “Treinávamos inúmeras vezes até aexaustão: o maior número de socos e chutes com ou sem pulopara dominarmos uma técnica variada.”. Cita também que o 1ºcampeonato entre estados foi realizado em 1975 em Brasília e aequipe do Rio foi a campeã.

Segundo as lembranças do Mestre Rodney, segue os lutadoresdo passado: Sobrinho, Caroço, André, Carlinhos (Ms. J. R. Kim);Nélio (Ms. Lee); Nilo (Ms. Lee); Nelson Pissini (Ms. Rodney); Marcioe Ivan Atherino (Ms. Rodney); Manoel da Ilha (Ms. Lee); André(Prof. Manoel/Ms. Rodney); Flavio Molina (Ms. Kim); David Noguchi(Ms. Lee); Flavio Black (Ms. Lee/Ms. Rodney); Baiano (Ms. Kim);Gabriel (Prof.André); Santos e seu irmão Gerson (Ms. Lee);Marcelino de Campos (Ms. Lee); Paulinho Valadão (Ms. Rodney);Julio (Ms. Rodney); Leonardo (Ms. Rodney); Saul (Ms. Rodney);Salvador (Ms. Rodney); Sandoval (Ms. Kim); Milcley, João Henrique(Ms. Lee); Hélio de Melo (Ms. João Henrique); Alexandre(Marinho); Alan Luxardo (Marinho); Portela (Ms. J. R. kim); Silva(Ms. J. R. Kim); Cesar (Ms. J. R. Kim); Zito (Ms. Nam Ho Lee);Eduardo Barreto (Bob); Luis Paulo (Bob); Ronaldo (Bob); Susu(Ms. Rodney); Oldemar (Ms. Kim); Varela (Ms. Lee); Bento (Ms.Lee); Paulo Sergio Gomes (Ms. Kim); Pelé (Ms. Lee/Ms. Kim);Pimpolho (Ms. Kim); Rodney (Ms. J. R. Kim); Oliveira (Ms. Kim);Marcus Rezende e outros, aos quais peço desculpas por não melembrar no momento, mas que também brilharam nos dojans emerecem todo o nosso respeito e admiração, pois serviram deexemplo para outras gerações.

Mestre Jadir Fialho, 5º Dan WTF, e atual Coordenador Técnicoda CBTKD, relata que iniciou o Taekwondo aos oito anos com IvanVarela, um dos primeiros no Rio de Janeiro e dissidente do Karatê.Ivan Varela fundou a Associação Fluminense de Taekwondo, foi oresponsável pelo projeto no Corpo de Bombeiros Campinho eministrava aulas com o Professor Carlos de Deus: “Na época,quando iniciei, eles davam almoço. Minha família passavadificuldades. O precursor de projetos sociais no Rio de Janeiro foiIvan Varela e Carlos de Deus.”. Lembra também dos doboks degabardine acetinado que em duas horas estavam secos e doscampeonatos fluminenses que no início eram absolutos, nãotinham categorias de peso, mas com certo limite em relação agraduação. Mestre Jadir nos descreve como Varela era dedicado,ao ponto de agendar mensalmente, na baixada fluminense,

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Apostila da Academia Faixa Preta.

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II

demonstrações em escolas, faculdades e quartéis. Realizava tuiyop chagi por dentro de um bambolê pegando fogo: era o seugrand finale. “Ele ia de escola em escola. Várias escolas em ummês com quatro ou seis atletas. Quebramento de mão, luta esaltos. Na baixada fluminense é o pai do Taekwondo.”. O impactodestas demonstrações nas pessoas era notório, pois naquela épocaos filmes de Bruce Lee estavam em voga. Lembra também dosprincipais precursores: na zona sul Mestre Yong Ming Kim e MestreWoo Jae Lee; Mestre Nam Ho Lee no Méier e Campo Grande eIvan Varela no subúrbio do Rio de Janeiro. “Você pode abrir olivro, aquele do Mestre Woo Jae Lee: Aprenda Taekwondo. No 5º

Ivan Varela.

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gub tem uma foto de um professor dando um tui dollyo chagi.Este é o Varela arrancando uma maçã na cabeça, naquela fotoestá de bigode. Na minha opinião, ele foi um dos maiorespropagadores do Taekwondo no Rio de Janeiro.”. Varela ensinavana Academia Flores de Nilópolis, fazia rodízio de luta comprofessores convidados de várias modalidades: Boxer, Karatê,Kung Fu, dentre outras. Focava o Taekwondo marcial e oscalejamentos.

Por fim, nos conta a impressionante história de como oTaekwondo do Rio de Janeiro pode modificar a vida de todos:“Em 2000 implantei um trabalho socioeducativo em meio abertoe havia um garoto, em uma determinada escola, que afrontavaos professores por conta da sua relação com pessoas do tráfico.Por ocasião, descobriu o Taekwondo, se identificou e logo tornou-se Campeão Carioca, além de conseguir ser o aluno com melhorrendimento em sua turma: se tornou um exemplo. Para mim oTaekwondo contribui para a construção dos valores e é umaexcelente ferramenta para prevenção.”.

Notoriamente muito mudou com o final da Academia FaixaPreta e o início da Academia Tanchien, a qual continuou o trabalhoda primeira e abriu oportunidade para diversas modalidadesmarciais, pois a Academia Faixa Preta mantinha o Kung Fu comos Professores “Fome” e Rangel (Garra de Águia)125, e depoisMarcos Vinícius (Hung Gar). Entretanto, como as “Artes Marciais”estavam em declínio, e até mesmo o Taekwondo não tinha muita

força por existirem muitos gruposdistintos. Ms. Luiz Octávio precisoumodificar o cenário para manter-se nomercado, incluindo posteriormente amusculação, a dança, etc.

“A Academia Faixa Preta realmentefoi o símbolo do Taekwondo no Rio deJaneiro e da Tijuca, sempre consideradaa melhor em sua época, vivia lotada echeia de campeões, assim como osdiversos troféus e quadros pelasparedes. Naquele momento podia ver

Escudo da Academia FaixaPreta para colocar no

dobok.

125 Professores do autor.

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II

a dedicação nos rostos de todos e na confiança e respeito aomestre. O símbolo gravado na parede mantinha o respeito esignificava o brasão de um grupo, o brasão do Taekwondo. Oleão impunha o respeito e o único palavrão era “caraca”, nenhummais. Ninguém reclamava do calor e por não ter ar condicionadoe nem do carpete no chão, das bolhas que surgiam para que oscalos pudessem aparecer e proteger os pés; o saco de Box pesadoe duro preso na parede por um grande “ele” envergado com opeso; os treinos fortes sem protetores, onde somente o mestredava auxílio em momentos que os primeiros socorros orientais etambém ocidentais precisavam ser utilizados; os chutes voadorespraticados em todas as aulas; uso com pesos no tornozelo e nacintura; as técnicas de defesa pessoal contra baionetas e os treinoscom armas; as abdominais com socos no abdome e as flexõesque só poderiam ser realizadas com as mãos fechadas, ocumprimento de joelhos que também era feito com as mãosfechadas; as faixas não eram pedidas pelos alunos que queriamse graduar rapidamente, pois tinham a humildade de saberesperar e ser apontado pelo mestre e não era necessário ensinaro aluno a cumprimentar para entrar e sair da sala de treino, poistodos faziam isso ao ver os mais graduados. Era uma época ondehavia verdadeiro respeito por uma cultura, uma cultura marcialque hoje declinou para dar lugar a competitividade que nãoacompanhou a filosofia da nossa arte. Claro que muito do quevivíamos foi condenado e modificado para que no futuro tenhamosa nossa atualidade condenada e modificada por mais uma vez,ou seja, sempre haverá ganhos e perdas com a ideia de avançare melhorar.” (Roberto Cardia)

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Livro “Aprenda Taekwondo”. Mestre Woo Jae Lee. 1978.

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TAEKWONDO: AULAS EXPERIMENTAISE DESCONTOS POR PACOTES

Nada existe de inadequado às aulas experimentais, pois é certoque os novos alunos desejam realmente experimentar e apartir da primeira aula ser mais um integrante nas salas de

Taekwondo. Entretanto, a ideia é mostrar um outro lado, ondemuitas vezes deixamos passar conceitos importantes.

Praticamos durante anos em academias ou clubes paranos graduar, atingir a faixa-preta e seguir um novo ofício. É nestaquestão que devemos ao menos conhecer e entender que nãosomos nem mais e nem menos que qualquer outra profissão,seja ela regulamentada ou não. Realmente não importa! O queimporta é tratarmos nossa profissão como ciência e cada vezmais devemos apontar as falhas que foram e são cometidas paraque surjam novas tendências nos setores educativos, técnicos eetc. Uma destas falhas está no momento que entramos em umaacademia para lecionar, onde nunca somos perguntados sequeremos ou não dar aulas experimentais ou se queremos quenossa arte esteja em meio a pacotes, ou seja, o Taekwondo eoutras atividades juntas a um preço menor. Como todos sabemneste pacote existirá um desconto, o qual diminuirá o valor realdo profissional. É importante citar mais uma vez que não hánenhum problema nas aulas experimentais ou nos pacotes, desdeque combinado antes, mas infelizmente isso não acontece naprática.

Na maioria das vezes não haveria necessidade de aulasexperimentais, porque a sociedade sabe exatamente o que é uma“Arte Marcial”: luta, filosofia e etc. Todos sabem que Taekwondoé uma modalidade de contato, e para aqueles que não conhecembasta assistir. Na verdade, quando damos aulas experimentais ointuito é gratuidade: trabalhamos sem remuneração. Faremosentão uma singela comparação entre ofícios. Não existemconsultas experimentais na medicina, atendimentos “0800” naodontologia, almoços gratuitos nos restaurantes, etc. Não existemtambém aulas experimentais em musculação porque as pessoassabem que se trata de levantamento de peso. Muitos donos deacademias não aceitam bolsa integral ou parcial quando umprofessor resolve oferecer esta gratuidade para alunos de baixarenda, mas continuam com a política de que o pacote deve existire abaixam o valor dos nossos profissionais. Não há acordos, massim abusos e indiferenças.

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Seria mais correto estipular valores para aulasexperimentais, mesmo que simbólicos, as quais seriam tratadascomo avulsas. A partir desta aula o profissional estaria recebendo– o que seria justo – e caso o interessado se identifique com amodalidade poderia abater na mensalidade o valor pago. Muitaspessoas comentam sobre os “espertos” que procuram asacademias para fazer aulas experimentais durante algum tempono intuito de praticar gratuitamente e depois com aquele ar depseudo-honestidade contam suas pobres façanhas.

O que acontece é uma acomodação social, onde as pessoasestão acostumadas com tudo de graça, principalmente em nossaárea. A sociedade ainda não enxerga nossa modalidade comoprofissão, nem tão pouco os donos de academias. Muitos delescitam os praticantes de “Artes Marciais” como pessoas “semcultura”; difíceis de lidar; sem compromisso com o trabalho; equando o ensino superior é incompleto não teriam o mérito deestar em sua empresa. Muitos relatam que a falta de compromissoprovém de um trabalho fixo externo e que estão dando aulassomente por prazer ou como “bico”.

Enfim, aulas gratuitas e pacotes são bem vindos somentequando o profissional concorda, no contrário devem serconsideradas como imposição e desrespeito à nossa profissão.

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HARANGCENTRO DE ARTES MARCIAIS

Mestre Erick Pimentel

CONTATO(21) 30661033 - [email protected]

http://www.sites.google.com/site/harangca

PENHA:- Academia Valéria Moreyra - Rua Quito nº 95- Centro Educacional Multipla Escolha - Rua Antônio do Carmo nº 75

VILA DA PENHA:- Centro Educacional Brilho do Sol - Av. Gal. Silveira Sobrinho nº 422

OLARIA:- Jardim Escola Faz e Conta - Rua Antônio Rego nº 768

TAEKWONDO - MUAYTHAI - BOXE - MMAAv. Bras de Pina, 1281 Sl. 201 - Vila da Penha - RJ

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CAPÍTULO III

O CONCEITO DE MESTRE NO TAEKWONDOO PERFIL DO PRATICANTE MARCIAL

ORIGEM DAS ARMASCONDICIONAMENTO FÍSICO X CONDICIONAMENTO TÉCNICO

A MELHOR MODALIDADE DAS “ARTES MARCIAIS”ESPORTE X ARTE MARCIAL

UM ARTISTA MARCIAL LENDÁRIOCRIANÇAS QUE PRATICAM “ARTES MARCIAIS”: UM ENFOQUE

DIFERENTEDEFESA PESSOAL

Pintura rupestre de caçador/dançarino.

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III

ORIGEM DAS ARMAS

A história da criação e evolução das armas iniciou-se a partirda necessidade de proteger os campos e a vida dos indefesos

trabalhadores que pagavam altos impostos, onde muitas vezesse defendiam de salteadores que invadiam a cidade para

saquear e destruir.

Na pré-história, galhos de árvores eram queimados paramelhorar a questão do afiamento de uma nova arma que surgia.Posteriormente, antes da metalurgia, a fabricação de pontas deflechas de pedras e lanças de pedras foram confeccionadas paradiversos fins.

Mais adiante, problemas de guerras internas e externas,grupos de saqueadores peregrinos que, por onde passavam,deixavam as marcas do roubo e da destruição. Bandidos viajantese animais selvagens que ameaçavam a integridade de moradorese negociantes conseguiram fazer com que a produção e adescoberta de armas no campo fossem elaboradas rapidamente.

Os camponeses eram pessoas humildes e de poucosrecursos financeiros, fato que não poderia justificar a compra deuma espada, a qual era a mais cara das armas e a mais cobiçadapela sua eficácia. Existia também a proibição de uso em certasculturas. Contudo, conseguiram desenvolver e adaptar objetosde trabalho do dia a dia para a autodefesa.

O desenvolvimento da espada surgiu a partir danecessidade de alongar objetos cortantes. Facas foram“transformadas” em lanças e espadas por adaptações sem que oguerreiro precisasse entrar em contato direto com o seu oponente.Foram armas elaboradas por artesãos qualificados, quecomeçaram a confeccionar novas armas no intuito de invalidarações de uma outra arma já existente.

A origem do Bastão articulado, por exemplo, estáintrinsecamente relacionada com o mangual. O mangual é uminstrumento rústico e articulado, de uso específico para malhar edebulhar determinados cereais como o arroz. O tamanho variade 0,90 cm para o pírtigo e de 1.80 cm para o mango. Ambos sãounidos por uma tira de couro cru chamada de inçadouro, temcerca de 5 cm de largura e 30 cm de comprimento. Dependendodo país e da região, o tamanho, forma e matéria-prima variamconforme a cultura local. Este instrumento deu origem direta aobastão articulado: nunchacu (Japão), yion bom (Coreia) ou lan tikuan (China). Nesta arma, também, o tamanho e a matéria-prima

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variam de acordo com o usuário. Em sua maioria, sãoconfeccionados dois bastões de madeira do tamanho do antebraço,ligados por uma corrente ou corda. Posteriormente, foi criado osam yon bom coreano, bastão articulado de três partes.

Outras armas como a corda, a bengala, o bastão, o tridentee a foice também tiveram a sua história baseada nodesenvolvimento dos utensílios camponeses.

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MG

Guerreiro Xondaro.

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31 3497-8999 / 8832-9888

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CAPÍTULO IV

TÉCNICAS MARCIAIS NA PREVENÇÃODE PATOLOGIAS ARTICULARES:

ESTUDANDO O OGUL MAKI

Taekwondistas.

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TÉCNICAS MARCIAIS NA PREVENÇÃO DE PATOLOGIASARTICULARES: ESTUDANDO O OGUL MAKI

Mesmo com algumas variações, dentro de nossa modalidade oucom nomenclatura diferente em diversas “Artes Marciais”, o

movimento ogul maki foi pesquisado e estudado.

O Estudo

Existem diversos movimentos nas “Artes Marciais” quecolaboram na manutenção da saúde. Porém, na atual conjunturae sobre a óptica de algumas classes da área de saúde não sãoabordados separadamente, mas sim como um conjunto deexercícios benéficos que melhoram a resistência cardiorespiratória,coordenação motora, autoestima, etc.

Diversas pesquisas foram feitas, mas não as que tangemconceitos sobre abordagens preventivas e, não houve, pelo menosaté agora, nenhum relato ou informação. Não há também estudossobre as relações dos meridianos (“canais de energia”) e osmovimentos que estão envolvidos na execução muscular, nemtão pouco sobre os movimentos musculares exercendo influênciasnos órgãos internos através dos meridianos correspondentes, eprincipalmente relacionados com as “Artes Marciais”.

Este trabalho refere-se ao estudo de apenas um únicomovimento contido em diversas “Artes Marciais”, sem oenvolvimento de ganho de força, velocidade, etc., o qual foipossível descobrir ganhos sobre a função da amplitude docomplexo articular do ombro.134

O movimento abordado é o ogul maki, uma das técnicasda “Arte Marcial” Taekwondo, porém são várias as modalidadesque a utilizam, mas tecnicamente de forma parecida. Na verdadetemos por base a elevação do braço acima da cabeça e nãopropriamente uma técnica perfeita. Ogul maki é apenas uma

134 Seguindo a mesma linha de pensamento é importante registrar que o autor con-

seguiu desenvolver, através da acupuntura, ganhos bastante significativos no au-

mento da amplitude dos movimentos e velocidade nas técnicas de chutes: com aju-

da de exercícios direcionados que poderão estar envolvidos com pesos ou não.

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IV

referência da potencialidade dos movimentos marciais que hámuito tempo foi ignorada.

Ao final é mencionado o movimento ogul maki em suaíntegra, com os músculos envolvidos, planos e graus, funçãomarcial e meridianos correspondentes.

A Pesquisa

O início desta pesquisa deu-se por diversos atendimentoscom acupuntura135 a pacientes com redução do movimentoarticular do ombro, principalmente acima da cabeça e a práticada docência marcial observada em sala de aula. Em sua maioria,o grupo estudado foram idosos (praticantes perpétuos, novospraticantes e ex-praticantes).

A pesquisa envolveu praticantes de várias áreas:Taekwondo, Karatê, Kung Fu e Tai Chi Chuan. É evidente ointeresse pelo Tai Chi Chuan por ser uma arte de leve intensidadeem termos de movimentos marciais, pois é a mais procurada poridosos, considerada a de menor baixo impacto para esta faixaetária.

A questão foi descobrir e analisar se os praticantes idososmantinham a função regular da articulação do ombro, se houvemelhora pós-prática e se continuam ativos em sua modalidade.Sobre os idosos que nunca tiveram contatos marciais e/ou estavamsedentários, nenhum dado foi colhido, pois como sabemosinúmeros trabalhos apontam que a falta de exercício físico paraterceira idade é prejudicial à saúde e inibe a mobilidade.

Função Marcial

Para o Taekwondo, esta técnica é uma defesa contra umsoco, e defendida com o antebraço. Seu início é aproximadamentena metade da distância entre o umbigo ao apêndice xifoide, no

135 No Ocidente a acupuntura é considerada uma neurociência com ações anti-infla-

matórias que estimula a produção de corticóides através da glândula supra-renal.

Após aplicação de agulhas há liberação natural de neurotransmissores como, por

exemplo, as serotoninas (atuantes no humor) e endorfinas (atuantes em analgesias).

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Av. Amazonas, 1323 - Barro Preto - Belo Horizonte - MGInformações: (31) 3271-7293

TaekwondoArte Marcial Coreana

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KickboxingLuta de Contato Americana

Karate com Boxe Inglês

Treinamos atletas desde 1985.Mais de 30 instrutores formados (faixas pretas).

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CAPÍTULO V

ANAMNESE NO TAEKWONDOQUESTIONÁRIO PARA O TAEKWONDO

CRÉDITOSBIBLIOGRAFIA

Mas. Oyama.

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ANAMNESE NO TAEKWONDO

O atestado médico é obrigatório, assim como a avaliaçãofuncional, que darão acesso à pratica marcial. Porém, aindanão é o bastante, pois na maioria das vezes o professor nãoconhece o histórico patológico pregresso (HPP) do seu novo

aluno.

Sendo de suma importância que este profissional tenhaconsciência do estado de saúde físico e mental do aluno, aanamnese é a “carta de ingresso” para o novo adepto que irárevelar dados importantes ao professor. De acordo com algumasdificuldades na relação academia/professor, o sugerido é que cadaprofissional retenha dados de cada aluno e periodicamente realizenovas abordagens do que seria de mais pertinente em nossamodalidade.

Esta anamnese determina o perfil de cada aluno, sem eladados importantes poderão passar desapercebidos e algumapatologia séria deixará de ser identificada, assim como aocorrência de riscos à saúde do aluno.

A intenção é melhorar cada vez mais os procedimentosdo professor em seu ofício, aumentar o leque de informaçõespara que chegue mais rápido e com maior segurança à metadesejada: o treinamento e seus benefícios. No entanto, asinformações que seguem abaixo são sugestões, e cada profissionalpoderá montar suas perguntas da forma que melhor lhe convier.

Data; nome; ocupação; estado civil; nascimento; idade;naturalidade; nacionalidade; sexo; telefone fixo e celular; nomedo pai; nome da mãe; endereço; bairro; cidade; CEP; email.

Sente dores? Onde?Histórico das dores ou doenças:Tratamentos anteriores:Histórico de doenças familiares:Histórico familiar (quantas pessoas na família/

relacionamento familiar):Histórico social (bebe/fuma/diversão/qual frequência):Comunicação (introvertida/extrovertida/guarda sentimentos

de raiva, rancor, etc.):Disposição geral (quando acorda/durante o dia):Alterações da mente (tristeza, confusão metal, depressão,

síndromes persecutórias, dentre outros):

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Alimentação (alimentos regulares):Digestão (queimação/refluxo esofágico/empanzinamento):Medicamentos em uso (quais/tempo de uso):Circulação (varizes/micro varizes/sensibilidade tátil):Respiração (ruidosa/falta de ar):Audição (zumbidos/surdez), visão (escotomas/hiperemia)

e olfato:Peso atual (e histórico do seu peso) e altura:Alergias:Pressão arterial:Implantes: silicone, metais, dentre outros:Observações:Assinatura do responsável:Assinatura do aluno:

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CRÉDITOS

Para facilitar aquele leitor que deseja encontrar a origembibliográfica da imagem, abaixo é descrito as devidasreferências, e ainda, a página em que se encontra.

Imagem 1: Ms. Roberto Cardia; arquivo. p. 7.Imagem 2: Taekwondo em coreano; CD-ROM “A Arte doTaekwondo”. p. 9.Imagem 3: Ms. Roberto Cardia; arquivo. p. 9.Imagem 4: Índio caçador; O Brasil de Debret. p. 23.Imagem 5: Antropofagia; Viagem à terra Brasil. p. 29.Imagem 6: Tupinambá segurando a ibirapema; Viagem à terraBrasil. p. 37.Imagem 7: Konyan-Bébe; Viagem à terra Brasil. p. 38.Imagem 8: Texto original; História da Província de Santa Cruz. p.43.Imagem 9: Cavalaria guaicuru; Coleção Imagens do Brasil. OBrasil de Debret. p. 44.Imagem 10: Chefe guaicuru ao lado do cavalo; Coleção Imagensdo Brasil. O Brasil de Debret. p. 44.Imagem 11: Momento antropofágico: a descida da ibirapema;Viagem à terra Brasil. p. 46.Imagem 12: Guerreiros botocudos; Coleção Imagens do Brasil:O Brasil de Debret. p. 47.Imagem 13: O uso da navalha na Capoeira. Capoeira, osfundamentos da malícia. p. 53.Imagem 14: O berimbau; Coleção Imagens do Brasil: O Brasil deDebret. p. 55.Imagem 15: Caribé: jogo de Capoeira; Capoeira, os fundamentosda malícia. p. 59.Imagem 16: Caribé: jogo de Capoeira; Capoeira, os fundamentosda malícia. p. 61.Imagem 17: Guerreiro Xondaro; A Nova Democracia. p. 70.Imagem 18: Boleadeiras; arquivo. p. 73.Imagem 19: Chefe Charrua; Coleção Imagens do Brasil: O Brasilde Debret. p. 74.Imagem 20: Albano Neves: n´golo; Revista de História daBiblioteca Nacional. p. 75.Imagem 21: Huka Huka; arquivo. p. 76.Imagem 22: Rio de Janeiro - Baía de Guanabara (século XVI);Viagem à Terra Brasil. p. 77.Imagem 23: Regras oficiais de Taekwondo: década de 70. p. 79.

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Imagem 24: Apostila da Academia Faixa Preta (capa); arquivo.p. 83.Imagem 25: Ivan Varela; Aprenda Taekwondo. p. 84.Imagem 26: Escudo da Academia Faixa Preta para colocar nodobok; arquivo. p. 85.Imagem 27: Capa do livro “Aprenda Taekwondo”. p. 87.Imagem 28: Pintura rupestre de caçadores/dançarinos; A dançae a Escola de Ballet. p. 97.Imagem 29: Taekwondo Adaptado; arquivo. p. 98.Imagem 30: Taekwondistas; Angelo Cesar Resende. p. 125.Imagem 31: Taekwondistas; Angelo Cesar Resende. p. 126.Imagem 32: Ogul maki; Korean Karate, Free Figthing Tecniques.p. 129.Imagem 33: “Ogul maki”; Karate-do: manual prático. p. 130.Imagem 34: “Ogul maki”; Tai-chi chuan: arte marcial, técnica dalonga vida. p. 131.Imagem 35: Mas. OYAMA; This is Karate. p. 139.Imagem 36: Logo Roberto Cardia; arquivo. p. 137.Imagem 37: Ms. Roberto Cardia; arquivo. p. 148.Imagem 38: Faça Taekwondo, não a guerra!; arquivo. p. 151.

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BIBLIOGRAFIA

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V

ASSUNÇÃO, Matthias Rohrig; MANSA, Mestre Cobra. A Dança daZebra. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro,n.3, p. 14-23, março. 2008.LIMA, Tânia Andrade. Os Arranha-céus do passado. Revista NossaHistória. Rio de Janeiro. n.22, p. 29, agosto. 2005.LEITE, Serafim S. I. História da Companhia de Jesus no Brasil.Livraria Portugália. Tomo I. Lisboa, 1938.LASSERRE, Robert. Karate-do: manual prático. São Paulo. EditoraMestre Jou. 1969.Coleção Imagens do Brasil. O Brasil de Debret, vol. 2. BeloHorizonte – Rio de Janeiro. Vila Rica Editoras Reunidas Limitada.1993.LEE, Woo Jae. Aprenda Taekwondo. Espírito Santo: Editora Brasil-América, 1ª ed. Rio de Janeiro. 1978.Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP). Regras Oficiais deTaekwondo. Palestra Edições Desportivas. Rio de Janeiro. 1988.MACIOCIA, Giovani. Os fundamentos da medicina chinesa: umtexto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas. São Paulo.Editora Roca. 1996.CHO, Sihak Henry. Korean Karate, Free Figthing Tecniques.Tóquio: Editora Charles E. Tuttle Co., Inc., 1968.NIDETAKA, Nishiyama, BROWN, Richard C. Karate: The art of“empty hand” fighting. Tóquio: Editora Charles E. Tuttle Company.1966.PELTO, J. Pertti. Iniciação ao Estudo da Antropologia. 3a edição.Rio de Janeiro. Editora Zahar. 1979.DESPEUX, Catherine. Tai-chi chuan: arte marcial, técnica da longavida. São Paulo. Editora Pensamento. 1981.RODRIGUES, Raimundo Nina. Os Africanos no Brasil, vol. 9. 3aedição. São Paulo. 1935.MICHAILOWISKY, Pierre. A dança e a Escola de Ballet. Rio deJaneiro. Departamento de Imprensa Nacional. 1956.OYAMA, Matsutatsu. This is Karate. Japão. Dai Nippon PrintingCo. 1965.NAKAYAMA, M., DRAEGER, Donn F. Practical Karate: against theunarmed assailant. Tokyo. Editora Charles E. Tuttle Company.1963.

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Roberto Cardia

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura CoreanaVolume II

“Todos os caminhos servem para aqueles que não sabem paraonde ir.”

Ms. Roberto Cardia

Academia Tan Chien (antes academia Faixa Preta - Tijuca).

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Taekwondo, Arte Marcial e Cultura CoreanaVolume II

Depois de nove anos de trabalho no primeiro volume, Taekwondo,Arte Marcial e Cultura Coreana II nasceu de diversos estudos epesquisas fundamentadas em diversas fontes após cinco anos.Possui uma reforma cultural no tocante de tratar as Artes Marciaiscomo ciência, assim como perceber a marcialidade em culturasque antes não faziam parte de nosso universo.

Um trabalho finalizado após quatro anos de dedicação.

Pedidos e contato com o autor:(21) 8867-3575(21) 3234-4066

[email protected]

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Aos amigos que ajudaram na fomentação deste livro, os quaissabem que meus sentimentos são de profundo carinho,

respeito e amizade. Agradeço a confiabilidade e crédito nestesegundo trabalho.

Vagner Esteves(21) 2263-4249

José Roberto de Lira(11) 4056-3545

José Roberto de Lira(11) 3481-2048Renato Ribeiro

(21) 25399798

Alan do Carmo(21) 2402-6571

Erick Pimentel(21) 30661033

Ivanildo Marques(21) 8057-3221

Alexandre Felix(21) 77587612

Cláudio André(21) 7495-5396

www.taochido.comJúlio Cesar

(31) 8832-9888

Claudio Chaves(21) 2286-9564

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FTEMG(31) 3224-6732

João Celso(31) 3271-7293

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Faça Taekwondo, não a guerra!

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