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N. 118 JANEIRO/FEVEREIRO 2015 JORNAL TAP 1945/2015 ESTÁ A TAP A BENEFICIAR DA QUEDA DO PREÇO DO COMBUSTÍVEL?

TAP 1945/20154_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118 Porque houve um maior consumo? A factura de combustível da TAP atingiu em 2014 um valor da ordem dos 793 milhões de euros, mais

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  • n. 118 janeiro/fevereiro 2015

    jorn

    al

    TAP 1945/2015

    EsTá A TAP A bEnEficiAr dA quEdA do PrEço do combusTívEl?

  • A edição do Jornal da TAP foi assegura-da desde o primeiro número pela DEEP STEP, agência de comunicação que acom-panhou a TAP durante alguns anos, cujo contrato atingiu no final de fevereiro o seu termo. Para a substituir efetuou-se uma consulta ao mercado, tendo sido selecionada a agência Cunha Vaz, com quem foi estabelecido um contrato de prestação de serviços. Nesta hora de mudança, é justo refe-rir que na produção do jornal tivemos sempre em Manuel de Jesus, da DEEP STEP, a melhor cola-boração tendo contribuído com o seu profissiona-lismo para que o produto final correspondesse às expectativas dos seus leitores.Fecha-se um ciclo e abre-se outro. À nova equipa, liderada por Susana Monteiro, que connosco vai colaborar no objetivo de corresponder às expecta-tivas de informação dos trabalhadores da TAP, os melhores votos de sucesso.Mas este é, como todos sabemos, um ano em que, de acordo com o processo de privatização que está em marcha, podem acontecer na TAP mudanças muito mais importantes. Em meados do ano, os responsáveis governamentais estimam que haja uma decisão quanto à eventual mudança de dono de 61% das ações da Companhia. Veremos o que o futuro nos reserva.É neste contexto que a TAP comemora 70 anos de vida. Não numa perspetiva saudosista mas proje-tando um futuro que, alicerçado na história, abra novos caminhos que prossigam o crescimento dos últimos anos, garantindo o futuro dos milhares de trabalhadores que escolheram esta companhia para se realizar pessoal e profissionalmente.Há dez anos, coincidindo com o sexagésimo ani-versário, com ambição e determinação lançaram--se as bases da companhia que conhecemos hoje. Nova identidade visual, novos fardamentos, ade-são à Star Alliance e transformação do programa de fidelização, batizado com o sugestivo nome de Victoria, foram as principais ferramentas que per-mitiram que a TAP se desenvolvesse atingindo a dimensão que tem hoje, ampliando a sua impor-tância social e económica.Com o crescimento verificado, a TAP alcançou uma importância que, com base no desenvol-vimento do hub, lhe permite olhar para o futuro com alguma confiança. Sem este crescimento talvez a TAP não tivesse resistido, pois sem a di-mensão que tem hoje estaria mais vulnerável a um mercado cada vez mais exigente.

    António Monteiro

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    [email protected] artigos publicados são da responsabilidade da Direção Editorial do Jornal TAP, ou dos seus autores, quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração.

    ProPriEDADE: TAP Portugal MorADA: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LiSBoA

    DirETor: António Monteiro | [email protected] CoordENAção: André de Serpa Soares | [email protected] Edição: dEEP STEP Comunicação | [email protected] FoTogrAFiA: TAP - Marketing/gestão de Conteúdos e Media

    novo CiCLo CoMBUSTÍVEIS3 Está a TAP a beneficiar da queda do preço

    do combustível?

    VICTorIa5 Programa comemora 10º aniversário e

    ultrapassa 1,6 milhões de clientes

    TrÁFEGo10 Mais de 11 milhões de passageiros em 2014

    PrÉMIoS12 Brighter Awards 201415 Prémio do instituto para a Promoção e

    desenvolvimento da América Latina17 TAP entre as melhores companhias aéreas

    boutique TAP nas 25 melhores do mundo para a

    eDreams

    CarGa18 Carga transportada pela TAP cresce 6,2%

    em 2014

    PrIVaTIZaÇÃo21 o essencial sobre o Caderno de Encargos

    FroTa25 A350: Futuro avião da TAP já voa

    anIVErSÁrIo26 70º aniversário da TAP TAP Creative Launch

    ManUTEnÇÃo E EnGEnHarIa27 Nova campanha de Segurança29 Site institucional renovado29 Aplicação da Teoria dos Constrangimentos

    reduziu imobilização da frota TAP

    rECUrSoS HUManoS32 Ciclo de Conferências rH

    EFEMÉrIDES35 Aconteceu em janeiro

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_3

    combustíveis_

    está a TaP a beneficiar da queda do preço do combustível?o preço do combustível está atualmente mais baixo do que há um ano atrás. Houve benefício para a TaP no ano de 2014?Até julho de 2014, o preço manteve-se aci-ma dos 97 dólares o barril. Só em agosto desceu ligeiramente, para os 95, situando--se em dezembro em torno dos 70 dólares. Portanto, a descida do preço só teve algu-ma influência nos últimos meses do ano. recorde-se, porém, que as consequências das variações do preço têm que levar em conta as compras de mercado futuro que tenham sido feitas previamente, além de que há ainda um período de cerca de um mês entre a encomenda e o pagamento. Em conclusão, no final do ano o preço mé-dio pago pela TAP esteve praticamente em linha com o previsto em orçamento no iní-cio do ano.

    Quais são as estimativas da indústria quan-to à evolução do preço do combustível?Em 2014, as companhias aéreas tiveram, segundo a iATA, uma factura com com-bustível de 204 mil milhões de dólares. As estimativas para 2015 apontam, neste mo-mento, para uma baixa (192 mil milhões de dólares), o que representará um ganho de apenas 5,8%, praticamente anulado pela queda da tarifa média, que a iATA estima em 5% face a 2014. Porém, o preço está longe de estar estabi-lizado, nas últimas semanas houve mesmo uma subida, motivo pelo qual é necessário manter muitas cautelas.

    as contas da TaP beneficiaram da baixa do preço do combustível em 2014?Não. Por três razões principais…

  • 4_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    Porque houve um maior consumo?A factura de combustível da TAP atingiu em 2014 um valor da ordem dos 793 milhões de euros, mais 3,4% do que em 2013, tendo, porém, havido um aumento do consumo de 5,7% devido ao aumento da oferta. Por estes dois fatores conjugados, é fácil concluir que a queda do preço do combustível não se re-percutiu ainda positivamente nas despesas da companhia.

    Porque houve um efeito negativo da valori-zação do dólar?Sim, a TAP compra combustível em dólares e esta moeda tem vindo a valorizar-se, anulando também, desta forma, a poupança que pode-ria resultar da baixa do preço do combustível.

    Porque as compras futuras não permitem um ganho imediato?o mercado tem sido nos últimos anos alta-mente volátil. Sendo o preço do combustível um factor importante nos custos, atingindo já hoje cerca de 34% dos custos totais operacio-nais, as companhias tentam fazer compras futuras de combustível, procurando proteger o preço através de uma fixação que garanta o cumprimento dos seus orçamentos. Assim, por vezes, o efeito da descida do pre-ço do combustível só se faz sentir muito tem-po depois.No caso da TAP, a cobertura é sempre par-cial devido à maior dificuldade de garan-

    tir recursos financeiros para o efeito. Mas procura-se, sempre, alguma cobertura, em especial, quando os valores de mercado se situam abaixo do estimado. desta forma, quando há uma baixa o benefí-cio nunca é imediato, da mesma forma que quando os preços sobem o prejuízo também pode não ser imediato.

    o que esperar para 2015?Em Janeiro de 2015, o preço de venda no mer-cado spot do combustível apresenta valores 37% mais baixos do que há um ano. Mas se levarmos em conta a proteção existente, os ganhos no nosso caso passam a 23%. Além disso, o dólar está hoje 16% mais valorizado face ao euro. devido à conjugação destes factores, a ex-pectativa da TAP é de não obter um ganho muito expressivo (cerca de 7%) na factura com combustível, o que significa um impacto reduzido na relação com o total das receitas de passagens.

    Quer dizer que não vão alterar a sobretaxa de combustíveis?Alterações podem vir tanto na sobretaxa como no valor da tarifa, o que para o passa-geiro é indiferente pois o que conta é o que no final ele paga. Por enquanto o mercado europeu tem sinalizado fortes quebras da ta-rifa média, movimento que na TAP se está a traduzir em cerca de 6%. o valor resultante, se anualizado, representa uma quebra de proveitos na ordem dos 150 milhões de euros, o que já compensa larga-mente os ganhos que eventualmente pos-sam ser obtidos na factura dos combustíveis. Mas, sendo o transporte aéreo uma das ati-vidades em que a concorrência mais se faz sentir, estamos sempre atentos aos sinais do mercado e atuaremos em conformidade para garantirmos, como sempre, um produ-to altamente competitivo. ¢

    _combustíveis

  • jornalTAP 118 dezembro/janeiro 2015_5

    victoria_

    Victoria comemora o 10º aniversário e ultrapassa 1,6 milhões de clientes

    “ Muitas milhas de vida”. Esta é a nova assinatura das campanhas que o Victoria vai dirigir aos clien-tes em 2015 e que remete diretamente para o 10º aniversário do programa. Ao ritmo de uma campanha por mês, os clientes serão surpreendidos com promo-ções que oferecem descontos em milhas para desfrutarem de diferentes experiên-cias.Em janeiro, o Victoria propôs “muitas milhas de cultura” abrangendo Berlim, Londres e Barcelona – destinos tipi-camente culturais. Foram oferecidos descontos em milhas no alojamento de uma cadeia de hotéis nes-tas cidades.

    Seguindo esta linha, em fevereiro chega a campanha “muitas milhas de roman-ce”. Aproveitando o Dia dos Namorados, o Victoria presenteia os clientes com descontos em milhas para programas românticos. Neste caso há uma variante específica para o Brasil, onde o Carnaval é rei. Naturalmente, o tema é… “muitas milhas de folia”.Estas são apenas algumas iniciativas do Victoria pensadas para 2015, porque mui-tas outras novidades vão surgir ao lon-

    go do ano. Gilda Luís, responsável da área de Fidelização da TAP, jus-tifica as ‘mexidas’ no programa e fala-nos das ações mais imediatas.

    Os clientes têm, em 2015, razões acrescidas para confiar no programa de fidelização da TAP. Ofertas surpreendentes ao longo de todo o ano e novos benefícios vão certamente contribuir para que o Victoria mantenha o ritmo de crescimento de membros e de parceiros.

  • 6_dezembro/janeiro 2015 jornalTAP 118

    SITE: MAIS SIMPLES E COM MAIOR VISIBILIDADE“Em 2014, reposicionámos o Victoria junto dos clien-tes e dos parceiros e, ao mesmo tempo, mantive-mos um nível comunica-cional elevado sobre pro-dutos e campanhas que íamos desenhando com os parceiros. Este ano quere-mos aproveitar o 10º ani-versário do programa para manter este nível de pro-ximidade com o cliente, mas também vamos lan-çar novos produtos.”O site Victoria foi renova-do, estando desde 21 de janeiro integrado no flytap e com novo endereço (Vic-toria.flytap.com), ganhan-do maior visibilidade e simplicidade.“O site, criado em 2008, estava obsoleto do ponto de vista digital e tinha imensas limitações no que respeita a rapidez e funcionalidade. Era o nosso calcanhar de Aquiles” – afirma Gilda Luís.Os clientes beneficiam de uma maior sim-plicidade na gestão da sua conta e os par-ceiros do programa dispõem de uma maior

    ‘montra de vendas’.A maior exposição conferida aos parceiros – o flytap tem mais tráfego do que aquele que era gerado pelo site Victoria – é uma ques-tão crucial do ponto de vista comercial.Com efeito, segundo Gilda Luís, “o progra-ma vive das milhas que vende aos parcei-

    http://www.flytap.com/Portugal/pt/Victoria/como-funciona

  • jornalTAP 118 dezembro/janeiro 2015_7

    ros, sobretudo os não aéreos. Eles são a fonte de receita do Victoria.”No final de 2014, o Victoria contava com 112 parceiros não aéreos, nos quais os clientes podem acumular e redimir as suas milhas.

    MAIS VANTAGENS PARA CLIENTES GOLD E SILVERJá em fevereiro, o Victoria vai lançar alguns produtos novos para os clientes, em parti-cular os que têm estatuto Gold e Silver. “Há uma tentativa de melhoria do serviço oferecido a estes clientes, visando colma-tar aquilo que pode constituir motivo de de-sagrado e até de frustração relativamente ao programa” – garante a responsável de Fidelização da TAP.Uma das melhorias prende-se com o nú-mero de milhas acumuladas para manu-tenção do estatuto. No caso do Gold, as 70

    mil milhas voadas reduzem-se para 50 mil e, quanto ao Silver, há uma diminuição de 30 mil para 20 mil.Além disso, os clientes Gold transitam, em fevereiro, do call center Victoria (operado em outsourcing) para o Contact Center da TAP, sendo atendidos numa linha premium que concentrará todo o apoio a estes clientes, como a reserva de bilhetes-prémio e de bi-lhetes tarifados, pedidos, reclamações, etc.Estes clientes deixam, assim, de ter a ne-cessidade de contactar com dois call cen-ters e agentes diferentes.

  • 8_dezembro/janeiro 2015 jornalTAP 118

    Também em fevereiro, será criada no call center Victoria uma linha dedicada aos clientes Silver, que passam desta forma a ter prioridade no atendimento.“Estamos a trabalhar um outro produto, que deverá ser lançado no segundo se-mestre, tendo em vista a possibilidade de pagamento de excesso de bagagem com milhas” – adianta Gilda Luís.“Ainda no primeiro trimestre vamos alterar a tabela de milhas, introduzindo descontos em época baixa que poderão chegar aos 30% em viagens de longo curso.”

    O VICTORIA EM NÚMEROSO Victoria foi criado em março de 2005, coincidindo com a entrada da TAP na Star Alliance. Até essa data, o programa tinha a designação de Navigator. Uma década depois, já ultrapassou 1,6 mi-lhões de membros. Só em 2014 teve uma média de 14 mil novas adesões por mês, ten-do crescido 11% em comparação com 2013.A maioria dos membros tem estatuto Miles (98,1%). Os membros Silver representam 1,2% e os Gold são 0,7%.Quase 43% dos clientes Victoria residem em Portugal, mas os brasileiros já repre-sentam 31% do total. Seguem-se, por esta ordem, franceses, britânicos, espanhóis, italianos, norte-americanos, suíços, ale-mães e holandeses.São maioritariamente homens (57%), na faixa dos 36-45 anos (25,5%). Quase 65% têm entre 36 e 55 anos.

    O SITE VICTORIA FOI RENOVADO E PASSA A ESTAR INTEGRADO NO FLYTAP E COM NOVO ENDEREÇO (VICTORIA.FLYTAP.COM), GANHANDO MAIOR VISIBILIDADE E SIMPLICIDADE DE UTILIZAÇÃO.

    http://www.flytap.com/Portugal/pt/Victoria/como-funciona

  • jornalTAP 118 dezembro/janeiro 2015_9

    O programa conta com 144 parcei-ros, dos quais 112 são não aéreos. Os restantes (32) são companhias de aviação.A equipa de Fidelização (Victoria e Corporate) da TAP é constituída por 21 pessoas, distribuídas por três áreas: Parcerias & Projetos Loyalty; Segmentos & Comunicação; e Servi-cing & Operações.Em 2014, o call center Victoria aten-deu mais de 321 mil chamadas tele-fónicas e respondeu a quase 136 mil e-mails. ¢

    GILDA LUÍS: “REPOSICIONÁMOS O VICTORIA JUNTO DOS CLIENTES E DOS PARCEIROS E QUEREMOS APROVEITAR O 10º ANIVERSÁRIO DO PROGRAMA PARA MANTER O NÍVEL DE PROXIMIDADE COM O CLIENTE E LANÇAR NOVOS PRODUTOS”

    membros do ProgrAmAPor PAíses ToP 10

    evolução nº membros vicToriA(AcumulAdo ATé 2014)

  • 10_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    TaP transporta mais de 11 milhões de passageiros em 2014

    a TAP transportou em 2014 mais 710 mil passageiros do que no ano anterior, atingindo a marca histórica de 11,4 milhões, o que representa um crescimento de 6,6%, acima da média europeia que, segundo a AEA, se situou nos 4,5%.Este aumento de passageiros transporta-dos pela TAP poderia ter sido ainda mais expressivo, uma vez que, no acumulado até outubro, a companhia registava um cres-cimento médio consistente de 8%. os últi-mos dois meses de 2014 contribuíram ne-gativamente para a média de crescimento anual, por efeito das perturbações laborais verificadas.A TAP cresceu em todos os setores de rede. o maior aumento registou-se na Eu-ropa (mais 500 mil passageiros), seguindo--se o Brasil (+60 mil) e o Atlântico Central (+39 mil).A companhia transportou mais 25 mil pas-sageiros nas ligações com a Madeira e Açores, o mesmo número observado no Atlântico Norte (EUA). Em África cresceu cerca de 13 mil e, por último, aproximada-mente 11 mil em Portugal (Continente).Também foi positivo o desempenho no que respeita à taxa de ocupação dos aviões (load factor), que aumentou 1,1

    pontos percentuais, para 80,1%, destacan-do-se, com crescimento acima dos três pontos percentuais, as rotas de médio cur-so intraeuropeias, as ligações às ilhas e as domésticas.No entanto, a taxa mais elevada registou--se nos voos para os EUA (acima de 85%) e Brasil (83,1%).

    MaIS lÍDEr noS VooS EnTrE PorTUGal E ESPanHaA TAP ultrapassou, também pela primeira vez na sua história, um milhão de passa-geiros transportados entre Portugal e Es-panha num só ano (1,024 milhões).o crescimento foi de 8% relativamente a 2013, o que permitiu à TAP reforçar a li-derança nas ligações aéreas entre os dois países, detendo um share de 36% (+1 ponto percentual).A TAP voa do Porto e Funchal para Barce-lona e Madrid. A partir de Lisboa assegura ligações para Madrid, Barcelona, Valência, Málaga, Bilbau, Corunha, oviedo e Sevilha. Para o verão iATA (de 29 de março a 25 de outubro), a companhia tem programados mais de 11 mil voos entre Portugal e Es-panha, destacando-se o reforço da opera-ção entre Lisboa e Barcelona (+5%), oviedo (+76%) e Málaga (+4%).

    a EUroPa FoI o SETor DE rEDE onDE a TaP MaIS CrESCEU EM 2014

    _tráfego

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_11

    tráfego_

    UM MIlHÃo DE PaSSaGEIroS naS lInHaS DE FranÇaA TAP ultrapassou, mais uma vez, o milhão de pas-sageiros nos voos opera-dos entre Portugal e Fran-ça, tendo transportado o total de 1.194.500 passa-geiros, com um cresci-mento da ordem dos 4% face a 2013 (1.148.500).Estes indicadores de trá-fego revelam que a TAP não só resistiu ao cres-cimento da oferta da sua concorrência como au-mentou o seu volume de tráfego, graças à sua pre-sença muito forte neste mercado e à qualidade global do seu produto.Com esse crescimento, a TAP consolida cada vez mais o seu posicionamen-to nas ligações aéreas en-tre Portugal e França. No conjunto, a com-panhia serve, a partir de Lisboa e do Porto, sete destinos naquele país – Paris (orly), Bordéus, Lyon, Marselha, Nice, Toulouse e Nantes, este último inaugurado no Verão passado.registando aumentos do tráfego pratica-mente em todas as linhas operadas em França, os voos entre Lisboa e Paris desta-caram-se com cerca de 560 mil passagei-ros nessa linha, logo seguidos da operação entre o Porto e Paris, com mais de 274.600 passageiros.Globalmente, a TAP operou uma média de 158 voos semanais para França no verão de 2014, subindo a sua oferta para 162 voos por semana no próximo período de verão, com a oferta de serviços multi-diários para

    Paris, Nice, Toulouse e Lyon. Além desses, opera duas vezes por dia para Marselha, um voo diário para Bor-déus e, a partir de julho, chega ao voo di-ário para Nantes, o mais recente destino da companhia em França, acrescentando mais uma frequência este ano, e subindo igualmente a oferta para Nice com mais uma frequência semanal e para Toulouse com mais duas.Só entre Portugal e Paris, a TAP ofere-ce 77 frequências semanais: 49 a partir de Lisboa e 28 à partida do Porto. A es-tas, juntam-se, a partir de Julho, 20 fre-quências semanais para Nice, 19 para Lyon, 18 para Toulouse, 14 para Marse-lha, sete para Bordéus e sete também para Nantes. ¢

    a oPEraÇÃo Para nanTES aBrIU no VErÃo DE 2014 E PaSSa a ConTar CoM VooS DIÁrIoS a ParTIr DE jUlHo DE 2015. na FoTo, a TrIPUlaÇÃo Do Voo InaUGUral

  • 12_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    _prémios

    a Amadeus entregou, em 13 de ja-neiro, os Brighter Awards 2014 a 13 personalidades que se distin-guiram pelo seu contributo positivo para o turismo em Portugal. Fernando Pin-to, presidente executivo da TAP, foi eleito ‘gestor do ano do setor privado’, enquanto Luiz Mór, administrador executivo da com-panhia, conquistou o prémio de ‘gestor do ano na aviação’.Comentando o prémio, logo após a ceri-mónia, Fernando Pinto considerou que “apesar de a TAP pertencer ao Setor Em-presarial do Estado, temos adotado todos os princípios de gestão do setor privado. Estamos obrigados a isso, porque vivemos num setor altamente concorrencial e com-petimos com empresas que têm elevada qualidade de gestão”.“Penso que o crescimento consolidado da TAP ao longo dos anos prova que sabemos competir com a concorrência. Este prémio

    satisfaz-me muito porque é um reconhe-cimento do esforço de equipa de todos os que trabalham na companhia e dos nossos parceiros” – acrescentou.Por seu turno, Luiz Mór afirmou que voltou a receber este prémio com muita satisfa-ção “não que o veja como um reconheci-mento pessoal, mas porque entendo que

    TaP distinguida nos brighter awards 2014

    FErnanDo PInTo CoM MIGUEl QUInTaS (DIrETor GEral aMaDEUS PorTUGal) E HElEna TorrES (rESPonSÁVEl MarKETInG aMaDEUS PorTUGal)

    lUIZ MÓr CoM joSÉ lUÍS ElIaS (DIrETor Do TUrISVEr) E HElEna TorrES (MarKETInG aMaDEUS)

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_13

    é atribuído a todos os profissionais que, na TAP, trabalham em equipa para que a companhia possa ser cada vez mais forte e melhor, oferecendo ao mercado as melho-res soluções, produtos e serviços.”os 11 gestores do ano foram eleitos pelos diretores de três dos principais órgãos de comunicação social portugueses do setor de viagens e turismo – Ambitur, Publituris e Turisver – que constituíram o júri. Foram ainda atribuídos os prémios Amadeus Bri-ghter (por escolha da Amadeus) e reco-nhecimento do Público.

    “TaP É ParCEIro InDISSoCIÁVEl no SETor Do TUrISMo”Miguel Quintas, diretor geral da Amadeus Portugal, considera que a TAP tem “um papel fundamental no desenvolvimento do turismo nacional, na medida em que é um parceiro indissociável em todos os setores: agências de viagens, operadores turísticos,

    recetivos e hotelaria, entre outros”.“Fruto da sua história, da sua atividade co-mercial e serviço, a TAP ganhou um posi-cionamento que quase não lhe ‘permite’ falhar junto dos seus parceiros do setor. É precisamente esta alta dependência que faz da TAP uma empresa vital para todos nós” – conclui Miguel Quintas. A gala dos Amadeus Brighter Awards é já um evento de referência no setor do tu-rismo e viagens. Segundo Miguel Quintas, “com estes prémios procuramos escruti-nar todos os gestores do setor do turismo que impactam o mercado nacional”.“É certo que não há grandes gestores sem grandes equipas, mas também difi-cilmente existe uma boa equipa sem um grande líder. Assim, aqueles que mais se evidenciam terão obrigatoriamente de ter realizado um trabalho extraordinário” – sublinha o responsável da Amadeus Portugal.¢

    prémios_

    fernando PinTo: “ParTiLHamos esTe Prémio Com Todos os TrabaLHadores da TaP”

    Que leitura faz deste prémio?É, sem dúvi-da, um grande incentivo para todas as equi-pas que se de-dicam a servir mais e melhor as necessida-des do mer-cado, como é o caso da TAP. Vamos parti-

    lhar este prémio com todos os trabalha-dores da empresa, para que eles estejam cada vez mais motivados.o prémio ganha também relevo por ser decidido por alguns dos que melhor co-

    nhecem, de forma transversal, o trade e reconhecem o papel central da TAP como motor do setor do turismo em Portugal.

    Como será o ano de 2015 para a TaP?É um ano muito importante porque se inicia e, provavelmente, será concluída a nova etapa do processo de privatização, já com maior número de interessados e com maiores garantias de sucesso.A empresa vai manter o seu ritmo de cres-cimento. o ano passado, por várias razões conhecidas, foi difícil e, apesar disso, a TAP conseguiu crescer fortemente, ficando aci-ma da média europeia.Penso que em 2015 vamos manter esta velocidade de crescimento. A estraté-gia está definida e os projetos estão já em curso. os agentes de viagens são um

  • 14_dezembro/janeiro 2015 jornalTAP 118

    _prémios

    E OS PREMIADOS SÃO…

    parceiro essencial e devo, aliás, dizer que o desígnio de consolidação e crescimento da TAP é um projeto conjunto, é um pro-

    jeto de Portugal. E ele vai continuar, inde-pendentemente de a TAP ser pública ou privada. ¢

    LUIZ MÓR: “ESTE PRÉMIO É UM INCENTIVO PARA PROCURARMOS FAZER CADA VEZ MELHOR”Acha que este prémio é um bom incentivo?É sobretudo isso. Um incentivo para procurarmos fazer cada vez melhor. O prémio resulta da escolha dos diretores dos principais meios de comu-nicação social do trade, que conhecem o setor do turismo como poucos e estão a par das inúmeras dificuldades e desa-fios com que somos confron-tados diariamente.A TAP tem sabido ultrapas-sar todos os obstáculos e mantém uma trajetória de crescimento, reforçando a sua importância para o setor do turismo e para a economia portuguesa.O prémio Amadeus reconhece esse cami-nho de sucesso e responsabiliza-nos ainda mais para o consolidarmos e crescermos.

    Quais são as suas expectativas para o turismo em Portugal?O turismo português já ini-ciou, há algum tempo, uma nova etapa de afirmação e tem registado desde então um crescimento sustentado.Gostaria de sublinhar, neste momento, a prioridade que as câmaras municipais de Lisboa e do Porto estão a dar ao turismo, com as respeti-vas cidades a afirmarem-se como as principais portas de

    entrada de turistas no País e a oferece-rem novas oportunidades de valorização do produto turístico nacional.Penso que Portugal está cada vez mais na moda enquanto destino turístico e tenho, portanto, uma perspetiva otimista para o setor em 2015. ¢

    E OS PREMIADOS SAO…GESTORES DO ANO

    SETOR PÚBLICO ANTÓNIO COSTA (presidente da Câmara Municipal de Lisboa)

    SETOR PRIVADO FERNANDO PINTO (presidente executivo da TAP)

    GESTORA MARTA SOUSA PIRES (diretora executiva da Bensaude Turismo)

    EMPREENDEDOR ARTUR ABREU (administrador da Viagens Abreu)

    AVIAÇÃO LUIZ MÓR (administrador executivo da TAP)

    HOTELARIA MANUEL PROENÇA (presidente do Grupo Hoti Hotéis)

    TRANSPORTES MARÍTIMOS MÁRIO FERREIRA (CEO da Douro Azul)

    OPERADORES TURÍSTICOS NUNO MATEUS (diretor geral da Solférias)

    TRANSPORTES TERRESTRES PAULO MOURA (diretor geral da Europcar)

    AGÊNCIAS DE VIAGENS DE LAZER DIAMANTINO PEREIRA (diretor da Viagens Abreu)

    AGÊNCIAS DE VIAGENS CORPORATE FRÉDÉRIC FRÈRE (CEO da Travelstore)

    PRÉMIO AMADEUS BRIGHTERRUI HORTA (chairman da Topmic)

    PRÉMIO RECONHECIMENTO DO PÚBLICOTIAGO RAIANO (administrador da Newtour)

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_15

    o instituto para a Promoção e De-senvolvimento da América Latina (iPDAL) premiou a TAP pela sua aposta na América Latina e no triângulo estratégico que liga esta região à Europa e a África.o prémio foi entregue ao presidente exe-cutivo da companhia, Fernando Pinto, em 22 de janeiro, durante a receção ao corpo diplomático promovida anualmente pelo iPdAL no âmbito do seu aniversário.Na ocasião, o presidente deste institu-to, Paulo Neves, qualificou o trabalho da TAP como “exemplar”, na medida em que

    “soube delinear uma excelente estratégia de expansão na América Latina e aproveitar com sucesso a posição estratégica de Portugal no triângulo Europa, África e América Latina”.Fernando Pinto referiu que “esta distinção é uma honra para a TAP” e que a recebeu “em nome dos 12 mil trabalhadores da companhia espalhados pelo mundo”. o presidente executivo elogiou o trabalho desenvolvido pelo iPdAL na aproximação de Portugal à América Latina e agradeceu a colaboração deste instituto na abertura das ligações da TAP a Bogotá e à Cidade do Pa-namá, que se iniciaram em 2014.

    BEnITo anDIÓn, EMBaIXaDor Do MÉXICo EM PorTUGal; CarloS MalaMUD, nVESTIGaDor arGEnTIno; FErnanDo PInTo; E PaUlo nEVES, PrESIDEnTE Do IPDal

    TaP distinguida pelo instituto para a Promoção e desenvolvimento da américa Latina

    prémios_

  • 16_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    rElaÇÕES CoM aMÉrICa laTIna SÃo UMa PrIorIDaDEo prémio iPdAL-Vista Alegre foi tam-bém entregue a Benito Andión, embai-xador do México em Portugal; a Carlos Malamud, investigador argentino do real instituto Elcano; e a João ribeiro de Almeida, embaixador de Portugal em Bogotá.o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Cam-pos Ferreira, reconheceu na cerimónia que o iPDAL “tem contribuído muito para o estreitamento das relações de Portugal com a América Latina” e fri-sou que “esta é uma das prioridades da nossa política externa”.Luís Campos Ferreira anunciou que Portugal vai abrir embaixada no Pa-namá e alargar a rede da AiCEP na América Latina e considerou que “as relações diplomáticas com a América Latina são hoje muito interessantes”.o secretário de Estado elogiou ainda o contributo da TAP para o desenvolvi-mento das relações económicas e cul-turais com a América Latina. ¢

    lUÍS CaMPoS FErrEIra EnTrEGa PrÉMIo a BEnITo anDIÓn

    FIlIPE DoMInGUES, SECrETÁrIo-GEral Do IPDal, EnTrEGa PrÉMIo a CarloS MalaMUD

    MIGUEl alBUQUErQUE, PrESIDEnTE Do ConSElHo ConSUlTIVo Do IPDal, EnTrEGa PrÉMIo a FErnanDo PInTo

    _prémios

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_17

    “ Existe tal coisa como uma companhia aérea boutique? Bem, agora há.” É este o título do artigo publicado em 23 de janeiro no site Skift, de Singapura, espe-cializado em viagens.Marisa garcia, editora do Skift, explica a seguir o con-ceito: “Assim como há os hotéis boutique, estas companhias aéreas podem não ser as maiores do mundo, mas permanecem altamente competitivas devido ao foco no serviço e ao investimento num produto de bordo excecional.”o site elaborou um ranking das melhores companhias do mundo em termos de “luxo económico”, que coloca a TAP na terceira posição (com 56 pontos), a par da Finnair.

    Companhias aéreas boutique: TaP entre as melhores

    Estas são as duas únicas eu-ropeias no topo.Acima da TAP encontram-se apenas companhias asiáti-cas. Singapore Airlines, Asia-na Airlines e Malaysia Airlines (com 58 pontos) e Korean Air (57 pontos).De acordo com a editora do

    Skift, “as companhias com melhor pontua-ção neste ranking perceberam que a única forma de ganhar vantagem face à concor-rência é oferecerem um produto distinto a bordo e um serviço de qualidade.”Marisa Garcia escreve que as companhias “que obtêm melhor classificação neste ranking são também muito boas em propor-cionar, com consistência, uma experiência de viagem excecional aos clientes”. ¢

    edreams coloca TaPentre as 25 melhores do mundo

    a eDreams, a maior agên-cia de viagens online do mundo, posi-ciona a TAP como a 24ª melhor companhia aérea. Para este estudo, a agência reco-lheu mais de 90 mil opiniões dos clientes a nível internacional.os utilizadores do edreams avaliaram cada companhia aérea de forma global e segundo diversos fatores: limpas/moder-nas, confortáveis/espaço entre lugares, entretenimento a bordo, gestão de baga-

    gem, serviço de atendi-mento, viajar com crian-ças e áreas ViP. Segundo Pablo de Por-

    cioles, diretor de desenvolvimento de Ne-gócios da eDreams, “este estudo anual per-mite aos nossos utilizadores ter informação útil e objetiva sobre todas as companhias aéreas em que podem viajar. Além disso, ajuda-nos a entender quais os aspetos mais valorizados pelos nossos clientes e quais as companhias que mais apostam na excelên-cia e qualidade dos seus serviços”. ¢

    prémios_

  • 18_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    o negócio da carga aérea a nível mundial está a desacelerar desde 2010. a situação alterou-se em 2014?Sim. de acordo com a iATA, a carga aérea internacional cresceu 4,7% em 2014 (até novembro), superior ao observado no ano anterior, que foi de apenas 1,4%. No entanto, este crescimento está a ser cap-turado pelas companhias do Médio oriente que continuam a adquirir, a um ritmo bru-tal, aviões com grande capacidade de carga, como é o caso do B777 que, por exemplo, tem o triplo da capacidade de um A330 da TAP.Este investimento em frota com grande ca-pacidade permite-lhes captar grandes flu-xos de carga na Europa para os seus hubs e reduzir tarifas. As companhias europeias continuam a perder terreno na carga inter-nacional.

    apesar de tudo, a TaP conseguiu inver-ter a quebra registada em 2013 (-1,2%) e cresceu significativamente em 2014…Tivemos um início de ano fraco. Entre os vários fatores, destaco a quebra de 80% da atividade do nosso maior agente mundial, baseado na itália, muito forte na captação de carga da indústria automóvel deste país para o Brasil. Foi o desempenho no segundo semestre que nos permitiu crescer 6,2% no volume de carga transportada em 2014.

    Como explica este crescimento?deve-se a uma recuperação económica generalizada nos mercados em que opera-mos e à captação de novos negócios.o nosso maior agente mundial, que já refe-ri, recuperou tráfego no segundo semestre

    _carga

    Carga transportada pela TaP cresce 6,2% em 2014

    o ano de 2014 arrancou em terreno negativo, mas o segundo semestre foi determinante para o negócio. a companhia fechou o ano com mais 6,2% de carga transportada (em tonelagem). o mercado brasileiro, onde a TaP cresceu 31%, foi o que mais contribuiu para este incremento. em entrevista, o diretor de Carga e Correio, josé anjos, faz o balanço do ano.

    joSÉ anjoS: “DESEMPEnHo no BraSIl ColoCoU--noS aCIMa Da MÉDIa EUroPEIa E DoS noSSoS ConCorrEnTES MaIS DIrEToS no MErCaDo Da aMÉrICa Do SUl”

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_19

    e também contratámos um agente de ven-das para o Centro e Sul de itália. Quanto a novos negócios, destaco que con-seguimos fechar um acordo de transporte para alguns destinos com a inditex/Zara, que tem vários pontos de distribuição em Espanha, e intensificámos a parceria esta-belecida com os CTT para o transporte de correio.Assinalo ainda a grande recuperação no Brasil, através de uma estratégia de pricing e de incentivos que implementámos com alguns players. Foi o mercado onde mais crescemos (31%). Quase 24% da carga que transportámos em 2014 teve origem no Brasil (perto de 20 mil toneladas). Este desempenho no Brasil colo-cou-nos acima da média europeia e dos nossos concorrentes mais diretos no mercado da América do Sul.

    além do brasil, que outros mer-cados devem ser realçados?Também crescemos expressiva-mente, quanto à origem da carga, na Holanda (+33%), Bélgica (+25%) e Alemanha (23%). Estes três mer-cados e o Brasil foram respon-sáveis por mais de 35 mil tonela-das, representando 42,4% do total transportado em 2014.

    o negócio beneficiou das rotas inaugura-das pela TaP em 2014?Nos destinos europeus os ganhos foram residuais, porque os aviões com que a TAP opera no continente (narrow-bodies) não têm espaço regular para carga. E os no-vos destinos brasileiros (Manaus e Belém) são mercados muito fracos à partida da Europa. inversamente, a Colômbia é um excelente mercado importador da Europa e onde captámos também novos negócios,

    sobretudo flores (cerca de 90%), principal-mente com destino à Holanda e a Espanha.

    a TaP tem uma posição interessante no transporte de carga em temperatura controlada. Continuou a crescer neste produto?Aumentámos em 21% o número de con-tentores transportados, apesar da forte concorrência neste segmento, e diversifi-cámos o tipo de processos e de contento-res utilizados.Áustria, Holanda e Alemanha são os maio-res mercados de origem, sendo o Brasil o principal destino.

    mantém-se o ‘ataque’ aos custos iniciado em 2010?Diminuir custos continua a ser uma das nossas prioridades. desde 2010 conse-guimos baixá-los em cerca de 9,2 milhões de euros anuais. reduzimos os custos de camião, optando por transportadoras por-tuguesas que cobrem a Europa, cuja con-tratação centralizámos em Lisboa.Além disso, na alimentação do hub de Lisboa, substituímos aviões cargueiros por camiões, conseguindo ainda assim

    carga_

    TaP aUMEnToU EM 21% o nÚMEro DE ConTEnTorES DE CarGa EM TEMPEraTUra ConTrolaDa

  • 20_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    TaP domina nos prémios de carga T&n

    a TAP conquistou três troféus nos prémios de carga T&N 2014, sen-do a única empresa a receber mais do que um prémio. os profissionais do setor elegeram-na como a ‘melhor com-panhia para a Europa, Américas e África’.o lucro do jantar de entrega dos prémios foi entregue a instituições particulares de solidariedade social (iPSS) da região do

    Grande Porto.Na foto, responsáveis da TAP Carga: ruben Maia (Vendas Portugal, Zona Norte), rita Costa e Silva (gestora de desenvolvimento do Negócio), José Anjos (diretor), Bruno Ai-res (chefe de Vendas Portugal, Zona Centro e Sul), Alexandra Pereira (Vendas Portugal, Zona Norte) e Bruno oliveira (Vendas Por-tugal, Zona Norte). ¢

    _carga

    manter a maioria dos clientes e aumentar a tonelagem vendida nesses países (Ale-manha e Bélgica).

    Quais são as suas expectativas para 2015?Se as previsões otimistas a nível global se confirmarem [a iATA estima um cres-cimento de 4,5% em 2015] será possível continuar a crescer na tonelagem de carga e de correio transportada.

    Que projetos destaca no âmbito do correio?Vamos instalar o sistema informático de correio, que permitirá aumentar substan-cialmente este negócio, sobretudo a partir

    da Europa, a partir de abril; temos um pro-jeto de transporte de correio dos EUA para a rede TAP, principalmente na de África; e queremos incrementar a parceria com os CTT nas regiões autónomas e na Europa.

    e no domínio da carga?Queremos consolidar o tráfego à partida da Colômbia para a Europa, nomeadamente nos períodos ‘fora de pico’; explorar o acor-do realizado com a DHL para transporte in-traeuropeu de produtos perecíveis que cap-tamos no Brasil e na Colômbia; e aumentar a carga com origem na China, através de um novo e promissor agente de vendas local. ¢

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_21

    privatização_

    Qual é o objectivo anunciado pelo governo?Promover o desenvolvimento estratégico do grupo TAP, assegurar o reforço da sua capacidade económico-financeira e da es-trutura de capital, maximizando o encaixe financeiro do Estado.

    Qual a percentagem do capital a alienar?Trata-se de uma venda direta de refe-rência de até 61% das ações represen-tativas do capital social da TAP-SGPS e de uma oferta de venda destinada aos trabalhadores do Grupo TAP até 5% do capital social.

    rePrivaTiZação:o essencial sobre o Caderno de encargos

    Quem pode comprar na venda direta?investidores, nacionais ou estrangeiros, in-dividualmente ou em agrupamento, que apresentem uma proposta vinculativa de aquisição das ações com perspetiva de inves-timento estável e de longo prazo, que se iden-tifiquem com os objetivos estabelecidos para o processo de reprivatização, com vista ao desenvolvimento estratégico da TAP-SGPS.

    Que trabalhadores podem comprar na oferta de venda?Este processo decorrerá após a venda direta. Podem participar os trabalhadores

    apresentamos aqui o essencial sobre o caderno de encargos da reprivatização da TaP e de outros documentos relacionados com este processo. na primeira parte deste trabalho respondemos a algumas questões de âmbito geral. no final do artigo pode conhecer os critérios de seleção do futuro comprador. as respostas foram construídas a partir dos documentos oficiais.

  • 22_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    _privatização

    que estejam ao serviço da TAP-SGPS ou de qualquer das seguintes empresas do gru-po: Aeropar Participações, Cateringpor, LFP, Megasis, SPdH, Portugália, TAPGEr e UCS. desde que tenham mantido vínculo laboral durante mais de três anos.

    Como será tomada a decisão?No prazo de cinco dias úteis após a receção das propostas vinculativas, a Parpública ou-virá a TAP-SGPS (quanto à adequação à so-ciedade dos projetos estratégicos apresenta-dos) e elaborará um relatório fundamentado que aprecia o mérito relativo das propostas em função dos critérios de seleção.Tendo em consideração este relatório, o Conselho de Ministros procede à apre-ciação dos proponentes e das respetivas propostas vinculativas e seleciona a(s) proposta(s). Em alternativa, o Conselho de Ministros pode determinar a realização de

    uma fase de negociações com um ou mais proponentes.

    Como é assegurada a transparência do processo?A regularidade, imparcialidade e transpa-rência do processo é garantida pela co-missão especial de acompanhamento, já nomeada pelo Governo. É liderada pelo economista João Cantiga Esteves e integra ainda o economista José Morais Cabral e o jurista duarte Pitta Ferraz.

    o comprador pode alienar as ações adquiridas a qualquer momento?Não. As ações ficam submetidas ao regime de indisponibilidade (previsto no artº 7º do decreto-lei 181-A/2014, de 24 de dezem-bro) por um período de cinco anos. Findo este prazo, o Estado goza de direito de pre-ferência na transmissão a terceiros.

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_23

    privatização_

    o processo pode ser suspenso ou anulado?Sim. o Conselho de Ministros pode sus-pender ou anular o processo de repriva-tização (conforme artº 10º do decreto-lei 181-A/2014, de 24 de dezembro), desde que razões de interesse público o justifiquem, reservando-se ainda o direito de não acei-tar qualquer das propostas. os proponen-tes não têm direito a qualquer indemniza-ção ou compensação.

    CrITÉrIoS DE SElEÇÃo

    Capacidade e qualidade do plano de capi-talização…A contribuição para o reforço da capaci-dade económico-financeira e da estrutura de capital, designadamente a qualidade do plano de capitalização e a sua execu-ção através de novos ativos e recursos, de modo a contribuir para a sustentabili-dade e valorização das empresas e para o crescimento da sua atividade, bem como a preservação do valor e do peso relativo do capital remanescente detido pelo Estado e do valor da opção de venda.

    valor de aquisição…o valor apresentado, designadamente, o preço por ação, o encaixe financeiro global, a qualidade e valor dos métodos e fórmu-las de majoração das opções de venda e de compra e, em geral, a possibilidade de concretização da venda direta em prazo, condições de pagamento e demais termos adequados para a salvaguarda dos interes-ses patrimoniais do Estado.

    Projeto estratégico coerente…Apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estraté-gico, tendo em vista a preservação e pro-moção do crescimento da TAP S.A., com respeito pelo cumprimento dos objetivos

    delineados pelo Governo, e a promoção do reforço da posição concorrencial enquanto operador de transporte aéreo à escala glo-bal nos atuais e novos mercados.

    manutenção da identidade nacional…Manutenção da integridade, identidade empresarial e autonomia do grupo TAP, designadamente conservando a marca TAP e a sua associação a Portugal e asse-gurando que a sede e a direção efetiva do grupo TAP continuam a estar localizadas em Portugal, a contribuição para a preser-vação e desenvolvimento das qualidades operacionais e comerciais do Grupo e a va-lorização e desenvolvimento dos recursos humanos.

    Cumprimento do serviço público…Capacidade para assegurar o cumprimento,

  • 24_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    de forma pontual e adequada, das obrigações de serviço que incumbam à TAP, incluindo as ligações aéreas entre os principais aeropor-tos nacionais e das regiões autónomas.

    regiões autónomas e diáspora…Continuidade e reforço das rotas que sir-vam as regiões autónomas, a diáspora e os países e comunidades de expressão ou lín-gua oficial portuguesa.

    desenvolvimento do hub de Lisboa…Contribuição para o crescimento da econo-mia nacional, incluindo no que respeita à manutenção e ao desenvolvimento do atual hub nacional, como plataforma de crucial importância estratégica nas relações entre a Europa, África e América Latina.

    ausência de condicionantes…Ausência de condicionantes jurídicas ou económico-financeiras do proponente para a concretização da venda direta, nomeada-mente a minimização de conflitos de interes-se entre as atividades do proponente e as do grupo TAP, bem como a mitigação de riscos para os interesses patrimoniais do Estado e para a prossecução dos objetivos definidos (nos pontos anteriores deste texto).

    experiência…Experiência técnica e de gestão dos propo-nentes no setor da aviação, a sua idoneida-de e capacidade financeira, bem como as garantias eventualmente prestadas para cumprimento dos critérios (apresentados nos pontos anteriores deste texto).

    estabilidade laboral…Assunção de compromissos em matéria de estabilidade laboral, designadamente a expressa veiculação ao cumprimento, nos termos legais e constitucionais, do acordo entre o Governo, sindicatos e a TAP-SGPS, bem como o respeito por todos os acordos coletivos vigentes.

    reforço da estrutura e da estabilidade acionista…Contribuição para o reforço da estrutura e da estabilidade acionista da TAP-SgPS e TAP, S.A., nomeadamente através da im-plementação de um modelo de governo societário que tenha em conta a específica natureza da TAP-SGPS, a atividade desen-volvida pela TAP S.A. e os objetivos deline-ados pelo Governo para o processo de re-privatização.¢

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_25

    frota_

    a Airbus entregou em finais do ano passado o primeiro avião A350 XWB (Extra Wide Body), que deve-rá integrar a frota de longo curso da TAP a partir de 2017. o fabricante assegura que o novo modelo abre um novo capítulo da aviação comercial porque incorpora os mais recentes desen-volvimentos em design aerodinâmico e em materiais. Cerca de 53% da sua estrutura é produzida com materiais compósitos.A Airbus garante que o modelo aumenta a efi-ciência, ao permitir reduções significativas do consumo de combustível, na ordem dos 25%.A primeira aeronave já foi entregue à Qatar. A TAP será a quinta companhia a operar com o A350 XWB.

    recorde-se que a TAP foi convidada pela Airbus para participar no desenvolvimento do novo avião, acompanhando os testes de validação e de integração dos sistemas.A TAP Manutenção e Engenharia (M&E) teve sempre, desde 2012, um quadro em permanência no Airline office do A350, ins-talado na fábrica de Toulouse. No primeiro ano, a companhia esteve representada por gonçalo Carpinteiro, seguindo-se Tiago Cordeiro. José Eduardo Moreira foi o ter-ceiro quadro a embarcar para Toulouse, de onde regressará no final de fevereiro.Pode ler mais informação sobre a partici-pação da companhia no desenvolvimento do A350 XWB nas edições 83 (janeiro 2011) e 98 (junho 2012) do Jornal TAP. ¢

    a350: futuro avião da TaP já voa

  • 26_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    TaP procura ideias criativas na comemoração do

    70º aniversário

    a TAP e a Startup Lisboa criaram um site para os empreendedores, uni-versitários e criativos apresenta-rem ideias de negócio nos setores da avia-ção e dos transportes aéreos, no âmbito do projeto TAP Creative Launch.os interessados podem consultar o regula-mento e apresentar as suas candidaturas em www.tapcreativelaunch.com até 15 de março de 2015, mês em que a TAP come-mora o 70º aniversário.As ideias devem incluir-se numa das se-

    guintes sete categorias: Experiência em terra; Experiência a bordo – entretenimen-to; Experiência a bordo – serviços/opera-ções; Fidelização e retenção de clientes; Sustentabilidade; Manutenção e Engenha-ria; e Gestão de operações.A ideia vencedora receberá um prémio mo-netário e deverá ser conhecida em maio, após a seleção e análise de todos os pro-jetos apresentados, processo que será con-duzido pela TAP em parceria com a Startup Lisboa. ¢

    _aniversário

    70º aniversário da TaP

    a TAP comemora 70 anos no dia 14 de março e está a preparar um pro-grama de celebrações que contempla várias iniciativas que se prolongam até março de 2016.No dia em que se assinala o 70º aniversá-rio, para sublinhar a data e marcar o ar-ranque deste programa de celebrações, é apresentado no Museu do Ar, em Sintra, o resultado final do trabalho de restauro do DC-3 Dakota, que foi a primeira aeronave a voar com as cores da TAP.Paralelamente, será também inaugurada, no mesmo local, uma exposição que evoca

    a emblemática “Linha imperial”, que tinha uma duração de 15 dias e li-gava Lisboa a 12 escalas em África. Tratava-se, na

    época, de uma verdadeira odisseia.Em preparação está uma outra exposição, no MUDE (Museu do Design), que poderá ser visitada de meados de julho até novem-bro e que será dedicada à imagem da TAP ao longo da sua história.Através dos vários canais de comunicação da TAP, todas as iniciativas integradas nas comemorações dos 70 anos da companhia serão oportunamente divulgadas e promo-vidas. ¢

    1945–2015

    http://www.tap70.com/creativelaunch/

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_27

    manutenção e engenharia_

    nova campanha de segurança da m&e:‘no prevenir é que está o ganho’

    a campanha ‘Atitude Segura’ que a TAP Manutenção e Engenharia (M&E) desencadeou em 2014 deu um importante contributo para a redução do número de acidentes de trabalho (cer-ca de 3%) e dos dias de trabalho perdidos

    (11%) no ano passado, invertendo a ten-dência que se verificava até 2013.A responsável de recursos Humanos da M&E, Elisabete Vilafanha, considera estes resultados positivos e salienta que existe hoje uma maior cultura de segurança, mas

  • 28_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    _manutenção e engenharia

    defende que é indispensável continuar a reduzir os índices de sinistralidade.Nesse sentido, a M&E vai manter em 2015 o foco na cultura de segurança. A nova campanha arranca em fevereiro com o lema ‘No prevenir é que está o ganho’.“os temas da campanha estão alinhados com as nossas principais preocupações em termos de prevenção e combate à sinistralidade. As mensagens desta campanha assentam, as-sim, na prevenção” – revela Susana Marques, da equipa de recursos Humanos da M&E.

    InTEnSIFICar aS MEnSaGEnS A campanha terá como suportes cartazes ‘iNFo SST’, spots na TAP TV e outdoors, a colocar em locais estratégicos da M&E, além da utilização de novos suportes para

    a veiculação das mensagens, recorrendo--se a espaços comuns, como os bares da M&E e o refeitório da TAP.os temas escolhidos para 2015 decorrem da análise das causas dos acidentes ocor-ridos nos dois últimos anos e da deteção de situações de risco. Assim, além do tema genérico (ver imagem nesta notícia), foram escolhidos cinco temas específicos.Destes, dois são recorrentes – obstrução de equipamentos de emergência e postu-ra de trabalho/esforços físicos – porque, como afirma Carlos Colaço, da equipa de Saúde e Segurança no Trabalho da M&E, “continuam a ser matérias preocupantes”.Quedas por escorregamento, organização do espaço de trabalho e proteção das mãos são os três novos temas para este ano. ¢

    m&e renova website institucional

    a TAP Manutenção e En-genharia (M&E) reno-vou o site institucional e alterou o respetivo domínio, que passou a ser www.tap-mro.com, evidenciando de forma clara a indústria em que está inserida, ao mesmo tempo que reforça a ligação inequívoca ao Grupo TAP. o novo website aposta numa nova imagem e navegação mais intuitiva para o cliente.Esta alteração visa a melhoria da experi-ência do utilizador, a adaptação aos dis-positivos móveis, o aprofundamento da

    estratégia de diálogo contínuo com os po-tenciais clientes, estimulando os contac-tos comerciais por via de meios digitais.o projeto foi desenvolvido pela direção de Marketing e Vendas da M&E e pela Me-gasis. ¢

    https://www.tap-mro.com/Pages/Default.aspx

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_29

    manutenção e engenharia_

    aplicação da Teoria dos Constrangimentos reduziu imobilização da frota TaP em 21%

    o s aviões só geram re-ceita quando estão a voar, pelo que o tempo necessário para realização das inspecções de uma aeronave, sobretudo as do tipo “C” que exigem maiores imobilizações e recursos, são um factor cha-ve para as companhias aéreas, sendo por isso uma questão es-tratégica para a Manutenção & Engenharia da TAP (M&E).reduzir o tempo de imobiliza-ção – Turn Around Time (TAT) - é assim uma das priorida-des da área de Manutenção de Aviões da M&E, que conduziu à implementação do projecto ‘TAT das Checks’ em Setembro de 2012, focalizado em identifi-car oportunidades de melhoria

    que contribuam para a redu-ção destes tempos, procuran-do, assim, o aumento da dispo-nibilidade dos aviões. inicialmente, o principal enfo-que incidiu no aumento da pro-dutividade, através da otimiza-ção dos processos de suporte e do aumento da carga de tra-balho. No entanto, a Manuten-ção de Aviões tomou consci-ência de que seria necessário atuar também ao nível da or-ganização da produção para se conseguir uma redução do TAT das inspeções ‘C’. Assim, foi decidido testar a aplicação da Teoria dos Constrangimentos (ToC) no planeamento e ges-tão dos recursos humanos e físicos nestas inspeções.

    alGUnS ElEMEnToS EnVolVIDoS no ProjETo

    “ao aplicarmos a ToC na m&e, focámo-nos nos constrangimen-tos existentes em cada uma das fa-ses da inspecção de um avião”

    manutenção e engenharia_

  • 30_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    TEorIa DoS ConSTranGIMEnToSSegundo Pedro Costa, respon-sável pela área de Processos e Melhoria Contínua da M&E, a ToC “assenta num processo de melhoria contínua que tem como objetivo aumentar a ca-pacidade das organizações, permitindo identificar os cons-trangimentos que as condicio-nam, para que possam melho-rar o seu desempenho”.“Ao aplicarmos a ToC na M&E, focámo-nos nos constrangi-mentos existentes em cada uma das fases da inspecção de um avião, de modo a optimizarmos o controlo do caminho crítico e acomodarmos as incertezas de-correntes de qualquer inspeção de uma aeronave” – diz.Pedro Costa explica que os “princípios da ToC têm como elementos-chave a abertu-ra em simultâneo de poucos

    “projetos” (baixo WiP – Work in Progress); a diminuição da multitarefa por avião; a defi-nição clara de prioridades en-tre projetos e dentro de cada projeto; o controlo do caminho crítico e a utilização e controlo de buffers associados aos dife-rentes blocos de trabalhos que constituem uma inspeção de um avião; e a responsabiliza-ção das chefias na optimização dos recursos disponíveis”.

    aUMEnTo Da DISPonIBIlI-DaDE Da FroTaA implementação da ToC na Manutenção de Aviões teve início em Maio de 2014, com a execução de um projecto-pilo-to, implementado no hangar 5, na inspeção ‘C3’ do avião CS--TNS da TAP. os excelentes resultados, com ênfase na redução do TAT em 30%, conduziram à decisão de implementar esta metodolo-gia nas inspeções dos aviões a partir de Setembro de 2014. No período que decorreu até ao final de 2014, a ToC foi apli-cada em 11 aviões, sete da fro-ta TAP e quatro de clientes (um da SATA e três da Brussels Air-lines).Na última reunião de ponto de situação do projeto, que teve lugar em 30 de Janeiro, Maria João Cardoso, diretora da Ma-nutenção de Aviões da M&E, destacou os “ótimos resulta-dos obtidos” que permitiram “diminuir significativamente o TAT das inspeções ‘C’ às frotas

    MarIa joÃo CarDoSo E PEDro CoSTa na rEUnIÃo DE BalanÇo Do ProjETo

    “Com a redução atingida foi

    possível aumentar a disponibilidade da frota TaP, com

    impacto positivo na operação

    da companhia e libertar slots

    em hangar para a realização

    de inspeções de clientes, o

    que gerou um incremento

    interessante das receitas”

    _manutenção e engenharia

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_31

    manutenção e engenharia_

    da companhia e de terceiros”.“Com a redução atingida foi possível aumentar a disponi-bilidade da frota TAP, com im-pacto positivo na operação da companhia e libertar slots em hangar para a realização de inspeções de clientes, o que gerou um incremento interes-sante das receitas” – afirmou.

    PrInCIPaIS rESUlTaDoSPedro Costa sintetiza os prin-cipais resultados do projeto: “Permitiu que a inspeção ‘C11’ do avião CS-TTE fosse reali-zada nas nossas instalações e ainda a disponibilização de mais uma aeronave narrow--body para suporte à operação da TAP, entre 29 de outubro e 5 de dezembro, uma vez que conseguimos uma redução de

    21 % no TAT das inspeções dos aviões da frota TAP”.Participaram no projeto 448 trabalhadores da Manutenção de Aviões (mão de obra dire-ta), responsáveis por mais de 154.200 horas/homem debi-tadas, além de 65 trabalha-dores indiretos de diferentes áreas da M&E, a tempo inte-gral ou parcial, que tiveram como um dos grandes desa-fios a transversalidade de um projecto com estas caracte-rísticas. Nesta implementação, a M&E teve o suporte da empresa de consultoria realization, especialista em Teoria dos Constrangimentos, durante 15 semanas: cinco semanas no projeto-piloto e 10 na im-plementação do projeto. ¢

    Participaram no projeto 448 trabalhadores da manutenção de aviões, além de 65 de diferentes áreas da m&e

  • 32_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    _recursos humanos

    Ciclo de Conferências rH com 98% de índice de satisfação

    o ‘Ciclo de Conferências rH’, de-dicado a temáticas várias, mas sempre alinhado com as neces-sidades do negócio, arrancou em abril de 2011. decorridos três anos, foram realiza-das 29 Conferências, nas quais participa-ram mais de 4.570 trabalhadores do Grupo TAP, perfazendo uma média de 11.503 ho-ras de formação.Com a gestão e organização da responsa-bilidade dos recursos Humanos/gestão de Talento, começou por ser um programa de conferências para quem trabalha em recursos Humanos, mas rapidamente se alargou a todo o grupo TAP, fazendo parte de uma estratégia de desenvolvimento or-ganizacional, nomeadamente nas verten-tes de “partilha e criação de conhecimen-to” e “comunicação”.

    As temáticas foram variando com o tem-po, proporcionando aos trabalhadores o contacto com temáticas menos habituais e fora do seu contexto técnico de trabalho.

    ProGraMa SEMPrE EM EVolUÇÃoo programa 2011/2012 do Ciclo de Confe-rências incidiu em temáticas como as soft skills (Emoções, Motivação, Atitude, Paixão e Talento, etc.), e as hard skills do Compor-tamento organizacional (Criação de Valor, Performance, Treino de Liderança e Desen-volvimento de Equipas, entre outros).Na continuidade e evolução do Ciclo de Con-ferências rH, o programa de 2013 apresen-tou também um plano de Workshops rH. Este novo programa formativo surgiu numa ótica de desenvolvimento das pessoas, para aprofundar as temáticas abordadas nas

    os participantes no Ciclo de Conferências rH revelaram um elevado índice de satisfação (98%), sendo que 99% afirmaram que recomendariam as conferências a outros e 98% consideraram que estas foram um bom investimento do seu tempo. foram promovidas 29 conferências entre 2011 e 2014. a 30ª chega a 27 de fevereiro.

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_33

    recursos humanos_

    Conferências rH, em módulos formativos de dois a três dias.Em 2014, as Conferências rH acompanha-ram a evolução do negócio, focando o pro-grama nos mercados atuais da TAP e em temáticas que incidiram na globalização e estratégias de crescimento. Com este mote, vieram à TAP oradores de todo o mundo, ligados à gestão, à inovação, ao conhecimento, à ciência, entre outros,

    % média saTisfação gLobaL CiCLo de ConferênCias rH

    para partilharem a sua experiência. No programa de 2015 voltarão a ser abordadas questões relacionadas com o Comportamento organizacional e as soft skills, continuando a área de Gestão de Talento a trabalhar no pro-grama de conferências que serve de embar-que para a formação transversal em gestão e comportamento organizacional, em formato de Workshops rH, com a duração de dois ou três dias, para grupos mais reduzidos. ¢

    Globalização e Estratégias deCrescimento: The Knowledge and Innovation Perspective inChina’s Development Strategy

    Ciclo de Conferências RHGestão de Talento

    Conferência

    14 JAN - 10h00 / 12h00Auditório do Hangar 6

    Jun Zhang é um jovem empreendedor natural de Xangai, formado em Gestão pela Shanghai International Studies University e parte do seu programa de Management Trainee foi feito em Portugal. Começou por adquirir experiência de executivo numa multinacional europeia, nas áreas de Marketing, Vendas e Recursos Humanos e seguidamente foi gestor numa grande empresa de distribuição chinesa (volume de vendas superior a um bilião de euros /ano). Hoje é partner de uma empresa de consultoria dedicada ao recrutamento, formação e aconselhamento de carreira de jovens executivos chineses e partner de uma das 3 melhores empresas de Brand & Events Communication em Xangai. A par dessas atividades, é também proprietário de lojas dedicadas a produtos Premium de origem europeia (neste momento, 50% dos artigos que vende são de marcas Made in Portugal).

    Jun Zhang

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    Ciclo de Conferências RHGestão de Talento

    Conferência

    14 NOV - 10h30 / 12h00Auditório do Hangar 6

    Garrett McNamara iniciou-se no surf pro�ssional aos 17 anos. Passou os dez anos seguintes em competições, a viajar, e aprendeu a falar japonês �uente-mente. Nos anos 90, começou a surfar ondas gigantes que se julgavam impos-síveis. No Inverno de 2002/2003, Garrett apanhou um tubo que fez a capa da maioria das revistas de surf de todo o mundo, vence a competição e ganha a maior bolsa de surf de sempre. No Verão de 2007, McNamara viajou para um dos climas mais inóspitos do mundo, a costa sul central do Alasca, para surfar ondas de tsunami provocadas pelo degelo dos glaciares. Nos últimos anos tem-se dedicado ao Stand Up Paddl levando-o a picos monstruosos e locais de grandes ondas como Waimea, Puerto Escondido e mesmo Maverick. Em 2009 foi um dos 32 watermen de elite convidados a competir no World Stand Up Paddle Sur�ng Championship. Em 2010 descobriu o fenómeno geográ�co “Canhão da Nazaré”, e em 2011 bateu pela primeira vez, na Praia do Norte, o record mundial da maior onda surfada. Em Janeiro de 2013 acredita-se que terá batido o seu próprio record, surfando uma onda com mais de 30 metros. Desde então Garrett McNamara tem tido um papel importantíssimo na divul-gação da Nazaré e de Portugal, tendo também uma prestação ativa junto de crianças e jovens, quer de cariz de social, quer de responsabilidade e criação de consciência ecológica.

    Garrett McNamara

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    Living Your Passion: Big Wave Surfing & Business Management

    Conferência

    Ciclo de Conferências RHGestão de Talento

    América LatinaTendências e Perspetivas27 FEV - 14h30 / 18h00Auditório do Hangar 6Nesta Conferência RH, focada na estratégia da TAP para a América Latina e enquadrada pelas nossas novas rotas para a Colômbia e Panamá, convida-mos os participantes a aprofundarem os seus conhecimentos sobre a economia, a cultura, as oportunidades e os desa�os dessa geogra�a. América Latina – Tendências e Perspetivas será moderada pelo Presidente do IPDAL (Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina) e conta, entre outros, com a participação dos Embaixadores da Colômbia, Panamá e Perú, com o Ministro Conselheiro do Equador e com o Diretor de Vendas da TAP.

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  • 34_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

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    a 30ª Conferência rH vai realizar-se em 27 de fevereiro e aborda ‘a vantagem do otimismo’. o orador é fernando ilharco, professor

    da universidade Católica Portuguesa. é autor dos livros ‘Liderança: as lições de mourinho’ e ‘mourinho: Liderança, Trabalho em equipa

    e excelência Profissional’.

    QUEr aSSISTIr a ESTa ConFErênCIa?InSCrEVa-SE jUnTo Da SUa CHEFIa!

    Ciclo de Conferências RHGestão de Talento

    Conferência

    27 FEV - 10h00 / 12h00Auditório do Hangar 6

    De uma forma pragmática e envolvente, o Professor Fernando Ilharco aborda nesta conferência as vantagens que o otimismo, a atitude positiva e a coerência trazem para a vida pro�ssional e pessoal. A evidência cientí�-ca hoje em dia é clara: num mundo cada vez mais volátil e competitivo, o desempenho pessoal, o êxito pro�ssional e o sucesso organizacional assen-tam em aspetos relacionados com questões de atitude, de relacionamento, de coerência e de mentalidade. A este quadro acrescem as novidades da investi-gação sobre o alto desempenho: de uma forma geral, não há predestinados em área nenhuma. Nem Mourinho, Steve Jobs, Tiger Woods, Mozart, Ronaldo ou outros pro�ssionais de topo mundial tinham ou têm à nascença algo que os distinga dos outros… Não eram, mas tornaram-se excecionais. Como?

    Professor na Universidade Católica Portuguesa, Fernando Ilharco é Douto-rado pela London School of Economics e MBA pela UCP. Até hoje já publicou cerca de três dezenas de trabalhos de investigação. Em 2007 publicou o best-seller “Liderança: as Lições de Mourinho” (com prefácio de José Mourinho). Em 2012 a Universidade Católica Editora publicou a sua obra “Mourinho – Liderança, Trabalho em Equipa e Excelência Pro�ssional”.

    Fernando Ilharco

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    A vantagem do optimismo: A evidência científica dos seus benefícios

  • jornalTaP 118 dezembro/janeiro 2015_35

    aConTeCeu em Janeiro 1963aberTura da LinHa Lisboa/franKfurT

    a TaP inaugurou as ligações entre Lisboa e frankfurt (alemanha) em 17 de janeiro de 1963, num avião Caravelle. no aeroporto de frankfurt realizou-se nesse dia uma cerimónia que consis-tiu no hasteamento da bandei-ra da TaP, cocktail e atuação de um rancho folclórico português. o presidente da companhia, vaz Pinto, presenteou o presidente do município de frankfurt com uma miniatura de caravela por-tuguesa em filigrana.

    1980aPresenTação de novo uniforme feminino

    a TaP apresentou o novo uniforme feminino num show realizado no Casino estoril em 26 de janeiro de 1980. Criado pelo estilista fran-cês Louis féraud, o uniforme (o 8º) foi usado até 1987. destaca-se o retorno à cor convencional (azul marinho). era constituído por blazer curto; saia de pregas em azul escuro; blusas ver-melhas com riscado e brancas com vivos de cor, de manga curta e comprida; chapéu de feltro azul, de aba larga; cinto de cabedal vermelho, estreito, com fivela de metal pra-teado; sapatos, botas altas e mala de calfe azul escuro com vivo vermelho.

    1990CerTifiCação Como oPerador eToP

    a TaP foi certificada, em 11 de janeiro de 1990, como operador eToP (extended range Twin engine operation), podendo as-sim operar com a310 nas rotas do atlântico norte.

  • 36_dezembro/janeiro 2015 jornalTaP 118

    museu do ar abre ao PÚbLiCoo museu do ar, em sintra, abriu ao público em 29 de janeiro de 2010, integrando um núcleo do museu da TaP. a inauguração teve lugar em dezembro do ano anterior.

    2010

    m&e uTiLiZa TeCnoLogia rfida TaP m&e tornou-se na primeira empresa de manutenção aeronáutica do mundo a usar tecnologia rfid (radio frequency identification) no rastreamento de peças dos reatores.

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    enTrega dos WorLd TraveL aWars 2011Premiada nas duas edições anteriores dos World Travel awards (WTa) como líder mundial para a américa do sul, a TaP renovou o título em 2011 e acrescentou o de companhia aérea líder para África. os prémios foram entregues em 11 de janeiro de 2012 no Qatar.

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