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Página 2 “Se tudo é tão simples, porque a resolução se dá de forma tão complicada? A resposta é simples e também se resume a uma palavra, ódio”. Jorge Souza Conflitos “Assim, voltamos aos tem- pos de ditadura, quando aqueles que eram contra o regime eram repreendidos e enquadrados”. Pamela Castilho Ditadura O que fazem os estu- dantes de jornalismo de- pois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Fernando Favero. Por onde anda? lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Segunda-feira, 17 de junho de 2013 Nebulosidade variável Mín. Máx. 11ºC 20°C Curitiba Maximilian Rox comen- ta os resultados da E3, maior evento de video- games do mundo. Apar- entemente, o Playstation 4 foi considerado, com unanimidade, a melhor aposta para a nova gera- ção de consoles. Terá o Xbox One ficado assim tão para trás? Games Cinema Na coluna Cinema no Divã de hoje, Matheus Klocker lista importantes encerramentos (ou não) na história do cinema. O colunista analisa tanto franquias que já acabaram, e não devem ter mais volumes, quanto as que ainda podem ren- der novos filmes. Ano XIV Edição 7934 Notícia Antiga Aconteceu no dia 17 de junho de 1972, o caso Watergate, es- cândalo que envolveu o presi- dente dos EUA, Richard Nixon. Página 6 Com história recente, a Copa das Confederações criada como homenagem a rei da Arábia Saudita nos anos 1990, cresceu, foi ho- mologada pela FIFA e começou a ter sede rotativa. Hoje ela serve de teste para a Copa do Mundo, tem o Brasil como maior campeão, já teve morte em campo e foi criada recentemente. Saiba mais sobre a competição que movimenta o futebol e o Brasil a um ano da Copa do Mundo. E ainda saiba mais sobre os jogos do final de semana. Página 4 COLUNAS Divulgação Campanha pretende reforçar Lei Seca com 3 blitz diárias A campanha “Lei Seca vai pegar”, lançada em uma par- ceria da prefeitura de Curitiba com o Batalhão de Polícia de Trânsito, tem o objetivo de re- forçar a Lei Seca que foi implan- tada em 2008. Além de dar mais força à fiscalização, a campanha também deve conscientizar mo- toristas dos riscos de dirigir sob efeito do álcool. Página 5 Especial da Copa Pamela Castilho CURITIBA TAMBÉM RECLAMA 700 pessoas se reúnem em passeata em Curitiba Uma nova etapa da manifestação vai acontecer hoje, na Boca Maldita. 26 mil curitibanos confirmaram presença no Face- book. Para a pas- seata de sexta-fei- ra, 4000 usuários disseram que es- tariam presentes.

Lona 793 - 17/06/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Página 2

“Se tudo é tão simples, porque a resolução se dá de forma tão complicada? A resposta é simples e também se resume a uma palavra, ódio”. Jorge Souza

Conflitos

“Assim, voltamos aos tem-pos de ditadura, quando aqueles que eram contra o regime eram repreendidos e enquadrados”. Pamela Castilho

Ditadura

O que fazem os estu-dantes de jornalismo de-pois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Fernando Favero.

Por onde anda?

lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Segunda-feira, 17 de junho de 2013

Nebulosidade variável

Mín. Máx.

11ºC20°C

Curitiba

Maximilian Rox comen-ta os resultados da E3, maior evento de video-games do mundo. Apar-entemente, o Playstation 4 foi considerado, com unanimidade, a melhor aposta para a nova gera-ção de consoles. Terá o Xbox One ficado assim tão para trás?

GamesCinema

Na coluna Cinema no Divã de hoje, Matheus Klocker lista importantes encerramentos (ou não) na história do cinema. O colunista analisa tanto franquias que já acabaram, e não devem ter mais volumes, quanto as que ainda podem ren-der novos filmes.

Ano XIVEdição 7934

Notícia AntigaAconteceu no dia 17 de junho de 1972, o caso Watergate, es-cândalo que envolveu o presi-dente dos EUA, Richard Nixon.

Página 6

Com história recente, a Copa das Confederações criada como homenagem a rei da Arábia Saudita nos anos 1990, cresceu, foi ho-mologada pela FIFA e começou a ter sede rotativa. Hoje ela serve de teste para a Copa do Mundo, tem o Brasil como maior campeão, já teve morte em campo e foi criada recentemente. Saiba mais sobre a competição que movimenta o futebol e o Brasil a um ano da Copa do Mundo. E ainda saiba mais sobre os jogos do final de semana.

Página 4

COLUNAS

Div

ulga

ção

Campanha pretende reforçar Lei Seca com 3 blitz diárias

A campanha “Lei Seca vai pegar”, lançada em uma par-ceria da prefeitura de Curitiba com o Batalhão de Polícia de Trânsito, tem o objetivo de re-forçar a Lei Seca que foi implan-tada em 2008. Além de dar mais força à fiscalização, a campanha também deve conscientizar mo-toristas dos riscos de dirigir sob efeito do álcool. Página 5

Especial da Copa

Pam

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ho

CURITIBA TAMBÉMRECLAMA

700 pessoas se

reúnem em passeata

em Curitiba

Uma nova etapa da manifestação vai acontecer hoje, na Boca Maldita. 26 mil curitibanos já confirmaram presença no Face-book. Para a pas-seata de sexta-fei-ra, 4000 usuários disseram que es-tariam presentes.

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P2 Segunda

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Júlio Rocha

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialTropa de Elite da imprensa

junho, 2013

Por Onde Anda?

Pamela Castilho

Fernando Favero (Mad)

A cober tura jor-nal íst ica das mani-festações em São Paulo ganhou outro rumo. No começo, antes de tudo descambar para a v iolência , os prot-estantes ainda eram vistos como vândalos e baderneiros . Essa v isão mudou a par t ir do momento em que a pol íc ia começou a re-sponder os golpes com violência . A par t ir do momento em que o pr imeiro jornal ista foi at ingido, a imprensa , em grande par te , mu-dou de lado e todos aqueles que no começo

eram vândalos e bad-erneiros se t ransfor-maram em vít imas de uma pol íc ia agress iva e despreparada. Essa s ituação lembra um momento do f i lme Tropa de E l ite , grande sucesso do c inema bras i le iro que retrata a corrupção na pol í-c ia do país . Um pouco depois da metade do f i lme, o personagem Neto é assass inado por um traf icante e Capitão Nascimento, em narração, comenta que a matar um mem-bro do B OPE é uma das piores coisas que um

traf icante pode faz-er, pois os bandidos , dessa forma, atraem a ira de todo o bata lhão. C om jornal istas isso não é muito di ferente. A par t ir do momento em que um jornal ista é fer ido, a pol íc ia v ira o inimigo número um da imprensa .Isso não quer dizer que usar v iolência contra a manifestação (quase pací f ica) este ja cer to. A questão é que nin-guém parece notar a mudança na cober tu-ra . De repente, os jor-nal istas v iraram not í-c ia . Fotos de repór teres

machucados tomaram o lugar antes ocupado pelas imagens de pat-r imônios depredados e ônibus queimados. Onde foram parar os vândalos e badernei-ros? De repente, todos v iraram manifestantes pací f icos lutando por seus dire itos . Há quem diga , até mesmo, que o Bras i l acordou e não aceita mais corrupção. Ainda ass im, as mani-festações estão cum-prindo, com louvor, sua função. No dia do pr imeiro jogo do Bra-s i l na C opa das C on-federações , era mais

fác i l encontrar pessoas debatendo os protestos do que comentando o resultado do jogo. O evento espor t ivo não conseguiu amenizar a população em rela-ção à revolta . Mesmo aqueles que foram ao estádio Mané Garr in-cha se sent iram na ne-cess idade de demon-strar a indignação vaiando a pres idente Di lma Roussef f , bem do je ito bras i le iro de ser.

Acervo Pessoal

Novos tempos de ditaduraAbril de 1964: o Brasil é submetido a um regime militar, que perdura até 1988. A grande maioria dos estudantes que hoje cursam o ensino superior provavel-mente nem era nascida nesse período. Portanto, fi-cou a par dos detalhes desse episódio através dos livros de história, dos depoimen-tos dos pais e dos avós. Aprendemos que, durante todo esse período, aqueles que eram contrários ao re-gime eram considerados inimigos do Estado e, por-tanto, passíveis de serem enquadrados. No curso de jornalismo, ouvimos com pesar várias e várias vezes

falar de Vladmir Herzog. Até pouco tempo atrás, nos gabávamos e agradecíamos por termos nascido numa época em que ter opções era uma opção. Acháva-mos que esse era um tempo bom para se viver e, prin-cipalmente, para exercer o jornalismo. Porém, como tudo na história percorre camin-hos curvilíneos e tempes-tuosos, hoje começamos a duvidar de tudo isso. A base “democrática” que antes achávamos que nos sustentava desmorona gra-dativamente. Não de uma vez, mas aos poucos - a pas-sos lentos, porém pesados.

Vários foram os reflexos que nos fizeram chegar a essa conclusão. Certo dia, lemos que um tal de “Estatuto do Nascituro” foi aprovado na Câmara. O es-tatuto, diz a lei, dá direito aos embriões, tirando totalmente o direito da mulher de abor-tar em casos que hoje são per-mitidos. O estatuto também determina que as mulheres que sofrerem um aborto es-pontâneo sejam investigadas pela polícia e, se contatada a sua “culpa” no ato, julgadas por serem criminosas. No dicionário, a definição da palavra democracia é a seguinte: “Governo em que o poder é exercido pelo povo;

Sistema governamental e político em que os dirigen-tes são escolhidos através de eleições populares; Regime que se baseia na ideia de liber-dade e de soberania popular, no qual existem desigual-dades e/ou privilégios de classes; Nação ou país cujos preceitos se baseiam no siste-ma democrático”. Na prática, essa definição determina que, caso estejam insatisfeitos com uma decisão tomada pelo poder público, os cidadãos possam ir às ruas e protestar exigindo seus direitos, certo?Errado. Pelo jeito, o povo sair para protestar em re-lação ao aumento da pas-sagem de ônibus em São

Paulo é “vandalismo”. As-sim, voltamos aos tem-pos de ditadura, quando aqueles que eram contra o regime eram repreendidos e enquadrados. Ouvimos dizer que quem foi para a rua marchar é “badernei-ro”. Provavelmente, foi o que disseram os conser-vadores de 1983, quando os brasileiros exigiram as, hoje tão banalizadas, eleições diretas. Talvez também sejam os mesmos que insistem em exigir a redução da maioridade penal sentados em suas poltronas confortáveis, através das redes sociais.

Ainda aluno do cur-so, no último ano, em 2012, comecei a trabal-har na comunicação do Coritiba Foot Ball Club, com conteúdo multimí-dia, e lá continuo desde então.

Arrumar um cargo efetivo na área do curso ainda antes de formado me livrou do terrível fantasma “me formei, e agora?”, mas me com-plicou um pouco na luta contra o monstro TCC. Eu sobrevivi.

Embora apaixonado por futebol desde a in-

fância, trabalhar com esportes nunca foi um objetivo focado durante o curso. Foi algo mol-dado baseado em meus interesses maiores aper-feiçoados ao decorrer dos 4 anos, como foto-grafia e vídeo.

Além disso, preparo meu projeto para bolsa de mestrado. E ainda não estou completa-mente desligado da UP, já que apareço lá para in-vadir aulas e incomodar os professores regular-mente.

Jorge de SousaNa base do “olho por olho”, ficaremos todos cegosNa última quinta feira

(13), na cidade de São Paulo, ocorreu uma ver-dadeira batalha urbana.O motivo? O mesmo para os dois lados. Sim, os dois lados do conflito têm o mesmo interesse. Mas devido a erros (maiores pela parte dos policiais, mas também existentes no lado manifestante) o protesto acabou em bar-bárie. O transporte público da cidade de São Paulo é ineficiente. Não desafoga o trânsito, não é rápido e é extremamente desconfor-tável a seus passageiros. O aumento da tarifa para R$3,20 é um tapa na cara da população paulistana. No exato momento em

que a eleição do petista Fernando Haddad enchia o povo de esperança, ele próprio tratou de mandá-las para longas férias (em Paris, por exemplo). Jun-to do governador tucano Geraldo Alckmin, ele endurece o coro contra a redução das passagens e se defende com a ban-deira da “violência e caos” dos protestos. Mas muita calma, meu caro prefeito, não foi o senhor em sua campanha eleitoral que tanto criticou o “fascis-mo tucano” que impedia o povo paulistano de se manifestar. Onde está a melhoria do transporte público e manutenção do preço do bilhete único? Acho que ainda não volta-

ram da França... Do outro lado do muro estão os policiais milita-res com um salário baixo em uma das cidades com maior índice de morte em serviço do Brasil. Com equipamento precário, muitos desses homens e mulheres voltam de ônibus para suas casas. Sim, eles também pagam R$3,20 pelo direito de ir e vir em São Paulo. Mui-tos até simpatizam com a causa dos manifestantes, mas o medo os deixa ca-lados. Afinal, o pequeno soldo mensal é o que sus-tenta as esposas e filhos desses pobres homens. Muitos os chamam de co-vardes, por atacarem jor-nalistas, manifestantes e

outros civis sem nenhum motivo aparente. Em caso de crime, eles devem re-sponder como qualquer cidadão, mas sempre de-vemos lembrar de quem é a mão que solta as cor-rentes do cão furioso. A ROTA só sai de seu bat-alhão quando é acionada. Ela não vai dar tiro em ninguém porque quer. Ela dá tiro e lança bomba porque é enviada para fazer isso. Se tudo é tão simples, porque a resolução se dá de forma tão complica-da? A resposta é simples e também se resume a uma palavra, ódio. A cada disparo, os manifestan-tes se inflamam. Em cada unidade da PM, a foto do

policial agredido durante os protestos eleva a fúria dos policiais. A razão se esvai em meio à discór-dia. Enquanto estudantes, jornalistas e policiais não virem o grande respon-sável por todo esse even-to, o “olho por olho” vai continuar a reinar. O re-sultado é parecido com a metáfora da obra de José Saramago “Ensaio sobre a cegueira”, na qual todo o povo se torna cego e luta para conseguir sobreviver, enquanto uma pequena minoria ri da desordem, desfrutando de um belo café na Los Deux Magots.

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Na última semana, o mundo pôde acompanhar o Brasil sendo palco de vários protestos. Poucos dias antes do início da Copa das Con-federações, São Paulo já contabilizava quatro mani-festações contra o aumento da passagem de ônibus, que passou de R$3,00 para R$3,20. Nesta segunda-fei-ra, a capital paulista sedi-ará mais uma manifestação. Até a última quinta-feira, os protestos contabilizavam 105 manifestantes feridos e 235 detidos. Um deles foi o publicitário Diego Hernan-dez Guarani, de 25 anos. Em entrevista ao LONA, Hernandez conta que foi um dos primeiros 20 mani-festantes detidos. “Eu tomei alguns tapas sem neces-sidade. Não dirigi a palavra a eles em momento algum ou fui ofensivo. Não me feriram fisicamente, apenas moralmente. O tratamento foi truculento. Estávamos encurralados e chegaram atirando, apontando as ar-mas, com xingamentos e tapas totalmente desne-cessários. Quando pergun-távamos por que estavam nos prendendo, nos chama-vam de vândalos e diziam que agente tinha depredado e desacatado eles”, diz.

Diego Hernandez publi-cou nas redes sociais um relato completo de como tudo ocorreu no dia em que foi para o protesto, em São Paulo: “[...] Junto a mim, havia mais umas 20 pessoas, todas tentando se recuperar dos efeitos da bomba. Al-guns passavam muito mal, mas todos estavam se aju-dando. Ali quietinhos, vi-mos a marcha passar, ouvi-mos os barulhos de bomba cessarem e aquela fumaça branca dominar tudo. ‘Ufa, tinha acabado’. Era só espe-rar, se recuperar totalmente das ardências todas e ir em-bora, cada qual para o seu caminho. Ledo engano! O choque subiu, nos olhou, empunhou suas armas e entrou gritando onde está-vamos: “Vagabundo, tira o pano da cara!”. Tomei um tapa. “Tira o boné!”, e outro tapa. Nos fizeram ajoelhar, revistaram nossas mochilas, nos revistaram, nos alin-haram e colocaram den-tro de um camburão. Sim, estávamos detidos! “Pelo quê?”, perguntei, mas não responderam. “Pelo quê?”, perguntou um homem alto trajando roupa social com seu celular filmando tudo. Foi algemado e preso. Fi-cou ao meu lado no cam-burão. Uma garota passava muito mal, asmática, sem a bombinha e nervosa, estava tendo uma crise, mas foi detida junto. Um garoto foi entregar uma rosa para os policias e ouviu um sonoro: ‘Está me dando essa rosa por que? Está querendo dizer que eu estou morto?’ [...]”.

Ele também conta que teve contato com a mani-festação através das redes

sociais. “Fiquei sabendo do protesto pela internet. Que-ria ter ido na terça-feira, mas não consegui. O que eu vi de terça-feira foi bem revoltante e eu não podia mais ficar em casa. Eu pre-cisava ver com meus própri-os olhos, precisava estar lá. Estava com medo. Minha prima havia me ligado e dito que tinha sonhado comigo correndo, fugindo, como se fosse uma guerra. Ela me dizia constantemente para não ir, mas eu sentia que tinha que ir e fui. E o que está lá no texto [publicado

nas redes sociais] aconte-ceu”.

O país se uneHistórias como a de

Diego Hernandez se es-palharam rapidamente pela internet e causaram comoção em diversas ci-dades do país. Em Curitiba, já foram realizados dois atos de apoio a São Paulo, o úl-timo na sexta-feira (14). A equipe da Rede Teia esteve presente nesse manifesto, que contou com a presen-ça de aproximadamente 700 pessoas e foi pacífico. Saindo da Boca Maldita e caminhando até o Palácio do Governo, os manifestan-tes curitibanos levavam car-tazes e entoavam gritos de apoio aos paulistanos. Hugo Juliano é um dos organiza-dores do movimento em Curitiba e conta que os cu-ritibanos estão aderindo ao movimento. “A mobilização

aconteceu através das redes sociais e teve a participação de muitas pessoas. O evento no Facebook hoje (sexta-feira) contava com a par-ticipação de 4000 pessoas, sendo que ele foi criado on-tem (quinta-feira). A gente entende que o movimento é pacífico. O próprio movi-mento se autoarticula para ser pacífico nesse sentido. Temos o mesmo intuito de luta e defesa, contra o au-mento da tarifa e, principal-mente, contra a repressão do governo. Os movimentos estão se unindo hoje em dia,

não só aqui em Curitiba, mas no Brasil e no mundo todo. Essa é uma luta por cidadania e de representa-ção do governo pelo povo. A luta é uma reocupação, é uma rediscussão da de-mocracia”, diz.

A estudante Mirelle Ca-margo, de 20 anos, era uma das pessoas que compareceu ao protesto. Ela conta que, durante a caminhada, foi chamada de vândala por um motorista. “Nos estávamos protestando ali na entrada da Marechal (Deodoro) e quando a gente encontrou os carros com os nossos cartazes, um cara abaixou o vidro e falou ‘isso daí não é cidadania, isso é vandal-ismo’, para mim. Aí eu le-vantei o meu cartaz, que diz ‘também somos cidadãos’. A gente também tem direitos. Eu acho que São Paulo foi um marco pra esses desper-tar. Eu espero que isso con-

tinue acontecendo, porque em Curitiba o povo é muito conservador. Nós temos que mostrar que ainda te-mos rosto, que a gente tem poder se manifestar e pedir nossos direitos, que a gente ainda pode influenciar sim as decisões públicas, porque a gente tem poder. A galera que está aqui hoje (sexta-feira) deixou o que tinha para fazer e veio para cá se mobili-zar, se reunir. A gente parou o trânsito, muitas pessoas viram, muita gente apoiou, assim como muita gente foi contra. Mas é assim mesmo,

isso é democracia, o povo podendo dar a sua opinião, é o povo podendo gover-nar”, declara.

Redes sociais e o movi-mento

Até o fechamento desta edição, o evento do movi-mento curitibano conta com a confirmação de mais de 26 mil pessoas no Face-book. Na página do evento de São Paulo, o número é ainda maior: mais de 200 mil pessoas confirmaram presença no protesto dessa segunda-feira. Devido ao grande número de pessoas previstas para participar, a organização do movimento em Curitiba publicou um aviso pedindo para os man-ifestantes serem cuidado-sos. “ATENÇÃO A TODOS MANIFESTANTES DE CURITIBA: os últimos dois atos não tiveram presença policial e foram pacíficos.

É possível que desta vez tenhamos presença poli-cial, mas mesmo assim nós vamos manter a tranqui-lidade e prezar pelo bem estar de todos SEM VIO-LÊNCIA. E fica o recado ‘Sr. Policial venha participar e não violentar!’”, era o que dizia a publicação.

Quem utiliza as redes sociais pôde perceber um grande número de pes-soas compartilhando fotos, vídeos e demais informa-ções de apoio ao movimen-to. Quem esteve presente nos últimos atos publicou fotos e vídeos. Também foi possível encontrar aqueles que publicassem dicas para quem fosse para a rua mani-festar. Numa publicação que foi compartilhada diversas vezes, advogados deram ori-entações jurídicas para os manifestantes, auxiliando em como agir caso fossem enquadrados.

Outro evento divulgado nas redes sociais incenti-vava as pessoas a saírem de branco nesta segunda-feira. A “Segunda-feira Branca” é um evento de nível nacional e conta com a confirmação de mais 200 mil pessoas. No texto de descrição do even-to, os organizadores con-vidam todos a usarem peças brancas, mesmo aqueles que não têm a intenção de participar das manifesta-ções. “Estamos convocando a todos os brasileiros, mo-rando em São Paulo, Rio de Janeiro, Havaí, Londres ou em qualquer outro lugar do planeta a vestir branco nessa segunda-feira, quan-do haverá uma nova mani-festação contra o aumento da tarifa no Transporte Público. O branco não é só contra o aumento. É contra a violência e é nossa res-posta de paz, é nosso silên-cio de indignação, é o nosso pedido de atenção e clareza nas políticas, é o nosso não contra a corrupção, é a nossa vontade de mudar al-guma coisa no país. Saia de casa de branco na segunda-feira”, é o que diz a descrição do evento.

Curitiba e os protestosRecentemente, Curitiba

teve um aumento na tarifa do ônibus, passando de 2,60 para 2,85. O governador do Paraná Beto Richa an-unciou no último dia 12 de junho uma redução de 0,10 centavos no preço da passa-gem nas linhas metropoli-tanas, que não fazem parte da Rede Integrada de Trans-porte (RIT). Desde maio, está prevista para acontecer no dia 21 de junho a “Faro-fada do Transporte”, que já conta com a confirmação de mais de 29 mil pessoas. A caminhada começará às 18h.

Hoje, a manifestação também tem início às 18h, partindo novamente da Boca Maldita até o Palácio do Governo. O evento acon-tecerá simultaneamente com o de São Paulo, pre-visto para o mesmo horário.

PAMELA CASTILHO

SEGUNDA17 JUNHO, 2013

P3 Geral

Curitiba realiza terceira manifestação em apoio a São PauloSimultaneamente a São Paulo, que realiza o quinto protesto hoje, Curitiba terá a terceira caminhada até o Palácio do Governo e tem mais de 20 mil pessoas confirmadas nas re-des sociais

Pamela Castilho

Page 4: Lona 793 - 17/06/2013

Neste sábado, Brasil e Japão abrem, em Brasília, a Copa das Confederações de 2013. O torneio serve para testar algumas in-stalações do país-sede da Copa do Mundo do ano se-guinte. Desta vez, é o Brasil que será testado. O torneio terá seis cidades-sedes: Fortaleza (Castelão), Sal-vador (Fonte Nova), Recife (Arena Pernambuco), Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mane Garrincha, sede da abertura) e o Rio de Janeiro, local da final (Maracanã). A Copa das Confederações reúne oito seleções, que são divididas em dois grupos de quatro. Nesta fase, cada seleção joga três vezes, num sistema “todos contra todos”. As duas melhores seleções de cada grupo se qualificam às semifinais, sendo que o primeiro de um grupo encara o segun-do do outro. Os vencedores das semifinais disputam o título (no caso deste ano, no dia 30 de junho). Classificam-se para o tor-neio os campeões vigentes de cada continente, além do atual campeão mundial e o país-sede. Neste ano as seleções são: Espanha (campeã mundial), Brasil (sede), Uruguai (América

do Sul), México (América Central e do Norte), Ni-géria (África), Japão (Ásia), Taiti (Oceania) e a Itália (vice da Europa. Herdou a vaga da Espanha, campeã do continente).

A Copa das Confedera-ções foi criada em 1992, como Copa Rei Fahd. Era uma homenagem ao rei da Árabia Saudita, onde a competição foi realizada nas suas duas primeiras

edições. Em 1992 a Copa Rei Fahd contava quatro seleções, mas só em 1995 a competição ganhou seu nome e formato atuais. Os três primeiros campeões foram: a Argentina e a

Dinamarca, respectiva-mente. De 1995 a 2005, a Copa das Confederações aconteciam a cada dois anos e a partir de 1999 com sede rotativa. Apenas em 2001 o torneio

foi usado para testar a sede da Copa do Mundo, no caso, a Coreia do Sul e o Japão. Em 2003, a França foi o país-sede e a partir daí a competição ganhou oficialmente o caráter de

competição-teste, tendo sua periodicidade mudada para quatro anos, e acon-tecendo exatamente um ano antes do mundial.O Brasil é o maior campeão do torneio com três triun-

fos em 1997, 2005 e 2009, portanto é o atual bicam-peão. Em 97, a seleção “ca-narinho” goleou a Austrália por 6x0 na final. Nas duas últimas finais, uma goleada contra os arquirrivais ar-gentinos por 4x1 e uma vi-rada de 0x2 para 3x2 contra os surpreendentes ianques, em 2011. Nunca um time que foi campeão da Copa das Confederações, conse-guiu ganhar ser campeão mundial no ano seguinte. Dois países-sede já foram campeões: México, em 1999 e a França em 2003. Outro fato interessante da história da competição foi a morte do camaronês Marc-Vivian Foe em pleno campo, na partida contra a Colombia, válida pela semifinal daquela edição. Foe foi vítima de uma parada cardíaca, aos 27’ do 2º tempo e não resistiu. Os dois maiores artilheiros da história do torneio são: Romário (Brasil) e Cu-autemóc Blanco (México), com nove gols cada. Ao todo já aconteceram 92 jo-gos e 267 gols na história da Copa das Confederações, média de 2,9 gols por jogo.

Saiba a história da Copa das Confederações que começa neste sábado

GUSTAVO VAZ

Torneio que serve como teste para as sedes da Copa do Mundo já foi homenagem a rei, teve sede fixa, tem Brasil como maior campeão e já teve morte de jogador em pleno campo

A Copa das confederações no fim de semana

MATHEUS KLOCKER

No último sábado, Bra-sília foi palco de um dos eventos mais esperados do ano para fãs do esporte. O estádio Mané Garrin-cha sediou a ab-ertura da Copa das Confedera-ções, evento que precede a Copa do Mundo de 2014. O jogo de abertura foi Bra-sil contra Japão, um jogo bastante esperado, ainda mais sendo a es-treia da seleção em território na-cional.

A partida teve início às 16 horas, precedida pela abertura do campeonato. Du-rante a abertura, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, fez um pronunciamento ofi-cial. Durante seu discur-so, ao citar a presidente, Dilma Rousseff, os aplau-sos que dominavam o es-

tádio foram trocados por longas vaias dos torce-dores. “Amigos do fute-bol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por

favor?”, pediu Blatter en-quanto as vaias se acomo-davam no estádio.

Além da revolta dos torce-dores durante a cerimô-

nia de abertura, do lado de fora do estádio aconte-cia a revolta da população brasiliense. Um pouco antes do jogo, ocorreu um

confronto entre policiais e grupos que manifestavam contra o alto valor gasto em obras para a copa de 2014. Já no Domingo, foi a vez do caos estar presen-

te nos aeroportos nacio-nais. Em Brasília, as filas chegavam a durar quase duas horas pela manhã.

Já o jogo de abertura acon-teceu em seus mais per-feitos moldes. Logo nos três primeiros minutos de partida, Neymar abriu o placar. Sem chance para

o Japão, o resultado foi de 3x0 para o Brasil. “A equi-pe se comportou bem. É um excelente início. Sabe-mos que a cobrança vai

aumentar e tem que ser disso pra cima”, disse o goleiro Ju-lio Cesar à Rede Globo, no final da partida.As duas únicas seleções europe-ias da competição também se desta-caram nesse fim de semana.

Os dois jogos acon-teceram no domin-go. Itália venceu o México por 2x1 em um belíssimo jogo. No final do dia a Espanha derrotou o Uruguai, tam-bém com o mesmo placar. O próximo

jogo do Brasil, na fase de grupos, vai acontecer na quarta-feira. A seleção vai jogar contra o México no estádio Castelão, em For-taleza.

Em Brasília, Brasil vence o Japão na abertura da competição, Itália e México inauguram o novo Maracanã com vitória da azurra e a favorita Espanha não convence na estreia oficial da equipe

COPA DAS CONFEDERAÇÕESSEGUNDA17 JUNHO, 2013

P4

Page 5: Lona 793 - 17/06/2013

SEGUNDA17 JUNHO, 2013

P5 Segurança

Campanha “Lei Seca Vai pegar” contará com 3 blitz diárias em Curitiba

A prefeitura de Curitiba em par-ceria com o Batal-hão de Polícia de Trânsito (BPTRan) lançam na proxima sexta-feira (14) a campanha “Lei se-ca-Vai pegar” uma ação que além de reforçar a fiscaliza-ção, visa conscien-tizar os motoristas sobre os perigos de dirigir alcoolizado. O projeto contará com a realização de três blitz diárias na cidade de Curi-tiba, blitz educati-vas e divulgações em ônibus e redes sociais.“O foco da cam-panha será prin-cipalmente educar e prevenir”, afirmou o se-cretário extraordinário de Relações com a Co-munidade, Caíque Fer-rante, em entrevista ao site da prefeitura de Curitiba. “Não estamos contra aquele cidadão que gosta de beber, não queremos impedir que ele tenha seu entretenimento. O que não queremos é a associação da bebida com a di-reção de veículos”, afirma.A campanha con-ta com o apoio da Secretaria Munici-pal de Trânsito, Defesa Social, Co-municação Social e o Instituto paz no trânsito.Inicialmente a cam-panha contará com três blitz diárias que serão realiza-das em todos os bairros da cidade. A ação será perma-nente com intuito de diminuir ainda mais os números de mortes no trânsito.As blitz educativas agirão em forma con-junta com as diárias, conscientizando os mo-toristas com folhetos e materiais que alertam sobre o rigor da lei-seca e principalmente desta-cam os problemas da combinação entre be-bida alcoólica e volante. As redes sociais também serão fortes aliados no processo de realização da campanha, focando principalmente no pú-blico jovem.

Lei Seca Através da Lei seca o Brasil passou a fazer

parte dos países com mais rigor quando se trata da associação ál-cool e volante, segundo pesquisa publicada pela International Center for Alcohol Policies – EUA. Os outros 11 países são: Armênia, Azerbai-jão, Colômbia, Croá-

cia, República Tcheca, Etiópia, Hungria, Ne-pal, Panamá, Romênia e Es-lováquia.De acordo com as novas regras, o limite para que o condutor não seja multado é de 0,05 mili-gramas de ál-cool por litro de sangue. Ou seja, mesmo que a quanti-dade de álcool seja insignificante, não será tolerada. Para os infratores, uma multa no valor de R$ 1.915,40,

a apreensão da carteira de motorista por um ano, apreensão do veí-culo e sete pontos no prontuário.

MotoristasA nova resolução da Lei Seca estabeleceu regras ainda mais rígidas para

evitar ao máximo que as pessoas dirijam al-

coolizadas e o resultado tem sido bastante posi-tivo. ‘’Eu acho que com a lei as pessoas se sentem

obrigadas a não dirigir após beber mas mesmo assim tem os que con-tinuam infringindo a lei’’ afirma a estudante de psicologia, Gabriela Fernandes. “Eu nunca dirigi após ter ingerido bebida alcoólica, e in-clusive já tive que fazer

um teste do bafômetro’’, afirmou.

O processo para recu-peração da carteira de motorista é c o m p l i c a -da, condu-tores pref-erem evitar. ‘’A Lei Seca tem bas-tante peso na minha d e c i s ã o , p o r q u e sempre ex-

iste aquele medo de ser parada em alguma blitz’’, afirma a estudante de hotelaria, Heloise

Flores. ‘’E o valor para conseguir ter a carteira de novo é muito alto, então não vale a pena se arriscar’’.

Menos mortes Segundo relatório do Governo do Estado di-vulgado no começo

desse mês, houve uma redução de 22,84% no total de homicídios cul-posos (sem intenção de matar) no trânsito de todo o Estado. Essa di-minuição se deve tam-bém à intensificação das blitz de trânsito e o rigor da nova lei seca.Esse percentual cor-responde a menos 135 mortes no primeiro trimestre deste ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Somente em Curitiba, a redução foi de 20% e passou de 55 para 44 mortes nos pri-meiros três meses deste ano.

AMANDA FURMAN

“A lei seca tem bas-tante peso na minha decisão, porque sem-pre existe aquele medo de ser parada em alguma blitz’’

Batalhão de Polícia de Trânsito irá aumentar a fiscalização de motoristas alcoolizados no trânsito

Jaelson Lucas/SMCS

Jaelson Lucas/SMCS

Page 6: Lona 793 - 17/06/2013

Em uma noite comum resolvi assistir Kill Bill novamente. Quando os crédito do segundo filme começaram a subir, com-ecei a filosofar, e muito. O primeiro volume me desceu tranquilamente. Já o segundo me deixou com um gostinho amargo na boca. Nada contra o filme e muito menos contra o diretor, o problema é que lembrei daquele ‘’rumor’’ sobre um terceiro volume. Isso me levou a pensar em como algumas sagas aca-bam tendo um fim mes-mo sem merecer. Por isso resolvi escrever um texto sobre algumas despedi-das do cinema. Finais de sagas, trilogias, franquias temos aos montes, mas apenas algumas conseg-uem realmente marcar as nossas memórias e fazer a diferença.

10 - American Pie (1999 - 2012)Mas não são apenas de sucessos absolutos que as finalizações de franquias são feitas. Ana passado tivemos a honra de ver (pelo menos para mim) mais um filme ‘’oficial’’ da franquia American Pie. O besteirol americano gan-hou um reencontro de todos os atores do elenco oficial que voltou a dar a vida a aqueles perso-nagens que se perderam logo após o término do terceiro filme (O Casa-

mento). Com um clima de nostalgia e com o hu-mor sexual de sempre, esse filme funciona per-feitamente como um re-encontro e até como uma despedida ás alturas que a franquia merecia.

09 - Crepúsculo (2008 - 2012)E para os mais românti-cos tivemos o desfecho da história da Saga Crepús-culo. A segunda parte do final, foi o encerramento que mais alegrou o mun-do, afinal ninguém mais aguentava essa melação toda.

08 - Star Wars (1977 - 2005)Um dos maiores ícones da cultura pop e da cul-tura nerd. Star Wars com certeza é conhecido no mundo todo. A franquia conta com seis filmes e um universo extrema-mente grande para ser ex-plorado, fato que deverá acontecer ano que vem.

07 - James Bond (1962 - ...)Outra grande franquia. Sem dúvidas a que tem mais filmes na história do cinema. James Bond ex-iste desde 1962. No total são 23 filmes e seis atores que já assumiram o papel principal. Um novo filme já foi anunciado, pelo jei-to 007 não vai acabar tão cedo.

06 - Matrix (1999 - 2003) A trilogia dos irmãos Wachowski veio para mudar os cinemas. Como Toy Story veio para mu-dar as animações, Avatar para o 3d, Matrix existiu para o efeitos especiais. Os filmes conquistaram muita gente e foi um sucesso de bilheteria. In-felizmente o padrão de qualidade e inovação não ficou em todos os filmes.

05 - De Volta Para o Fu-turo (1985 - 1990) O maior referencial dos cinemas quando o as-sunto é viagem no tempo. O primeiro filme da trilo-gia foi estreado na década de 80 por Michael J. Fox. Cheio de ótimas piadas e recheado de cultura pop, o fim franquia deixou um gosto de quero mais em qualquer um.

04 - O Poderoso Chefão (1972 - 1990)Mais um trilogia para essa lista, dessa vez a obra prima de Francis Ford Coppola. O filme que trouxe os melhores pa-péis para as carreiras de vários atores. Mais um vez a maldição da queda de qualidade de trilogias se repete. De qualquer modo é um clássico que deve ser visto por qualquer um.

03 - Batman (2005 - 2012)Também ano passado, Christopher Nolan, encerrou a trilogia do Cavaleiro das Trevas com chave-de-ouro. Acho que não é necessário fa-lar muito sobre a trilogia e muito menos sobre o final.Com certeza veio para mudar a história do herói no cinema.

02 - O Senhor dos Anéis (2001 - 2003)Outro grande final de sucesso foi o da trilogia Senhor dos Anéis. O ter-ceiro filme estreou em 2003 e ganhou onze Os-cars. Vitória mais do que merecida, afinal a trilogia levou sete anos para ser final- izada. O Sen-

hor dos A n é i s – O Retor-no do Rei é a s e x t a

maior bilheteria dos cin-emas, ficando logo atrás de outro final de trilogia: Transformers – O Lado Oculto da Lua. Para a feli-cidade de muitos O Hob-bit veio e tirou aquela saudade do coração dos fãs.

01 - Harry Potter (2001 - 2011)Para liderar essa lista nada melhor do que a despedida mais assistida de todos os tempos: Har-ry Potter. A franquia teve inicio em 2001, a adapta-ção do livro de fantasia da britânica J.K. Rowling começou com apenas al-guns fãs e sem um grande chamativo para o publico que não fosse o infantil. Ao longo do percurso a saga do jovem bruxo foi conquistando cada vez mais e mais pessoas ao re-dor do mundo. Dez anos se passaram e a maior franquia da história do cinema tinha acabado, deixando milhões de pes-soas órfãs daquele mun-do fantástico. O ultimo

filmes (Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2) conseguiu ar-recadar 1,328,111,219 de dólares, e hoje se encontra no quarto lugar das maiores bilheterias do cin-ema.

A Sony ganhou esta E3 por nocaute. Em uma con-ferência recheada de novi-dades e games para os próxi-mos meses, o Playstation 4 saiu da imaginação de toda a imprensa para finalmente se concretizar em um de-sign itálico. Simpático, mas não tão convincente para os meses em que foi escon-dido dos olhos famintos da comunidade gamer. Mas o novo console da Sony não se destacou – tanto – pela aparência, mas pelas funcio-nalidades: ao contrário do rival Xbox One, da Micro-soft, o Playstation 4 não ne-cessitará de conexão diária com a internet, muito me-nos te proibirá de compar-tilhar seus games. Somando essas características à vitória no preço de lançamento (US$399,00 para o console

da Sony, US$499,00 para o da Microsoft), o Playstation 4 ganha a mira daqueles que querem saborear a próxima geração dos videogames.

Isto não significa que o Xbox One é um console ruim. A intenção da Micro-soft é completar seu apa-relho, dando ao jogador ex-periências e funcionalidades que o deixem mais con-fortável e que completem suas necessidades. O prob-lema é que a empresa anda inovando em conceitos não satisfazem vários dos perfis do jogador de videogame. Aqueles que gostam de aventuras solo ficarão inco-modados pela necessidade de certificação diária com a internet. Os que sempre gos-taram de trocar games com seus amigos não gostaram da limitação de um só título

por aparelho. Os que impor-tam games reclamam da im-possibilidade de jogar títu-los vindos de outros países. Por soma de reclamações, a comunidade vangloriou o Playstation 4 quando a Sony acolheu os que ficaram insatisfeitos com o console da Microsoft; e aproveitou para se deleitar com a salva de palmas mais fervorosa da E3 pelo seu preço mais aces-sível.

Enquanto isso, o Brasil chora pelos impostos que os novos consoles receberão até chegarem nas prateleiras das lojas. O Xbox One já teve o preço fixado pela Microsoft brasileira no valor de R$ 2.199,00, enquanto a Sony especula a possibilidade de lançar o Playstation 4 por menos de R$ 1.000,00 – uma proposta um pouco sonha-

Maximilian RoxPress Start

SEGUNDA17 JUNHO, 2013

COLUNISTASP6

dora para nossos padrões de impostos. Independente de preços, a nova geração está lançada. O quanto teremos que pagar para aproveitá-la é só uma questão de tempo.

Só fico triste ao saber que um dos games que mais me chamou a aten-ção será exclusivo ao Xbox One. Diretamente do túnel do tempo, Killer Instinct volta do Super Nintendo em uma adaptação linda para o novo console da Micro-soft. Um dos games de luta mais aclamados da história ganhará belíssimos gráficos, acompanhado de todos os elementos clássicos da sé-rie. No entanto, a estratégia de venda desse jogo não agradou: enquanto ele será gratuito para jogar, o joga-dor terá que pagar se quiser liberar mais de um person-

agem. Um jogo gratuito com todos personagens em DLC, isso não está ficando abusivo já?

No fim, quais foram as conclusões dessa E3? Com uma briga tão marcante en-tre as três maiores empresas do ramo, muitos se esquece-ram de olhar a qualidade dos games que estão chegando no mercado. Bons títulos, a citar Dark Souls II, Watch_Dogs, Metal Gear Solid V, Beyond: Two Souls e Final Fantasy XV, chegam para mostrar que a indústria do entretenimento eletrônico não falha em oferecer games de qualidade. Porém, sabe-mos também que a nova geração de videogames custará seu devido avanço tecnológico. Preparem seus bolsos, os novos consoles es-tão chegando.

Cinema no Divã

Matheus Klocker

Lista de encerramentos

A vitória do Playstation 4

Page 7: Lona 793 - 17/06/2013

AGENDASEGUNDA17 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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CINEMA

Caso Watergate

Uma invasão ao ed-ifício Watergate, em Washington, nos Es-tados Unidos foi re-alizada a mando do presidente Richard Nixon, no dia 17 de junho de 1972. O in-cidente teve grande repercussão quando foi descoberto que, durante a época de eleições, Nixon teria pedido que micro-fones fossem coloca-dos no local, sede do Partido Democrata. Evidências ligavam o episódio ao comitê eleitoral do presi-

dente, entretanto, Nixon foi reeleito com grande margem de votos. O objetivo era que os telefones do local invadido fos-sem grampeados para usar informações confidências como chantagem política. O jornal The Washing-ton Post publicou uma nota sobre a invasão no dia seguinte, enquan-to isso dois repórteres do jornal Bob Wood-ward e Carl Bernstein começaram a investi-gar o caso com maior profundidade.Ao longo da investi-gação foram desco-

bertas algumas fitas que comprovavam a ligação do presidente com a operação ile-gal. Em agosto de 1974, depois de sofrer muita pressão pelo envolvimento no caso Watergate, Richard Nixon renunciou ao cargo.O caso foi tão mar-cante que ganhou uma adaptação para o cinema. O filme “To-dos Os Homens do Presidente”, dirigido pelo diretor Alan J. Pakula, estreou em 1976 e ganhou 4 Os-cars.

O que fazer em Curitiba?

18 de junho, às 19h30: Sempre um Papo, com a historiadora Mary del Priore, e lançamento do livro Castelo de Papel (Rocco)Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita

18 de junho, às 19h30: Sempre um Papo, com a historiadora Mary del Priore, e lançamento do livro Castelo de Papel (Rocco)Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita

20 de junho, às 20h: Trio Quintina Teatro do Paiol: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) na bilheteria do teatro

22 de junho, às 16 horas: A Montanha no Meio do Mundo. Espetáculo infantil do Gru-po ObragemMuseu Oscar Niemeyer: Entrada gratuita

Noites de Reis – Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal)Além do Arco-Íris - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Antes da Meia-Noite - Cinemark Mueller, Cinesys-tem Curitiba, Es-paço Itaú de Cin-ema (Shopping

Crystal) Kátia - Cine Gua-raniO Homem que Ri - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)O Lugar Onde Tudo Termina - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Star Trek - Além da Escuridão - Cin-emark Barigüi,

Cinemark Mueller, Cine Água Verde, Cineplus Jardim das Américas, Cin-eplus Xaxim, Cine-system Cidade, Cinesystem Curiti-ba, Cinesystem To-tal, Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal), IMAX® Theatre, UCI Esta-ção, UCI Palladium

Wik

i Com

mon

s