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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 697 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 17 de abril de 2012 Kraw Penas/SEEC Museu Paranaense abre mostra de fotos da história do Estado Inauguram hoje as exposições das obras do fotógrafo Vladimir Kozák e da pintora Karla Kozák. As peças contam um pouco da história paranaense. Dia Mundial do Hemofílico é celebrado hoje Pág. 3 Homem inocenta- do de abuso pelo STF cria polêmica na mídia Pág. 2 Campeonato Estadural chega à etapa final Pág. 4 Saúde Opinião Esporte

LONA 697 - 17/04/2012

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, sexta-feira, 17 de abril de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 697Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 17 de abril de 2012Kraw

Penas/SEEC

MuseuParanaense

abre mostra de fotos da história do

EstadoInauguram hoje as exposições das obras do fotógrafo Vladimir Kozák e da pintora Karla Kozák. As peças contam um pouco da história paranaense.

Dia Mundial do Hemofílico é celebrado hoje

Pág. 3

Homem inocenta-do de abuso pelo STF cria polêmica na mídia

Pág. 2

Campeonato Estadural chega à etapa final

Pág. 4

Saúde Opinião Esporte

Curitiba, sexta-feira, 17 de abril de 2012 2 2 2 2

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Gustavo Vaz.

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Joenalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Opinião

A prestação de contas dos governos à população é um dos principais elementos de um regime demo-crático, como o brasileiro. O problema é que até o momento esta prática ou é inexistente, ou é muito tí-mida e pouco conhecida, como nos Portais da Trans-parência dos governos federal e estadual daqui do Paraná.

Entretanto, essa importante iniciativa para que o povo tenha mais conhecimento e controle sobre o poder público deve se estender a todos os governos de todos os estados e municípios Brasil afora, tudo graças à Lei de Acesso à Informação, que entrará em vigor daqui a um mês e obriga que os dados públicos sejam disponibilizados à população.

O grande problema é que governos importantes, como o paulista, o mineiro e o fluminense se mos-tram despreparados para botar as suas prestações de contas facilmente disponíveis, e gestões como a da prefeitura de São Paulo, que tem esse serviço, não se preocupam em aperfeiçoar seus sistemas.

A Lei da Informação, iniciativa do governo Dil-ma, é uma excelente ideia, pois dá ao cidadão, que também é o eleitor, informações sobre como os go-vernos e serviços públicos usam o dinheiro da sua contribuição, algo que pode nortear a população na hora das eleições, já que políticos que gastam além da conta ficariam expostos. O que deve ser feito é obrigar os governos estaduais, municipais e até o fe-deral a ter estrutura para que a prestação aconteça, além, é claro, de uma dissecação dos diversos órgãos (muitos desnecessários) espalhados pelos poderes legislativo e executivo.

Só que o mais importante de tudo é que a popula-ção deve se conscientizar do seu poder e acessar as contas, para que assim haja um conhecimento maior da prática dos políticos, que é a tão falada fiscaliza-ção do trabalho dos representantes em quem as pes-soas votam, e que infelizmente não é feita.

Esperemos que os órgãos públicos se agilizem com suas parcas estruturas e possam cumprir a Lei da Informação, que daria possibilidade ímpar de controle do poder público em nosso país.

Editorial Opinião

DEMPTPSDBPMDBPSDPSBPTBPDTPPSPSC...Poderemos fiscalizar as contas

que nós mesmos pagamos?Oscar Cidri

Se a fé pode mover montanhas, o dinheiro e o poder têm demonstrado que podem muito mais. A corrupção em nosso país faz das siglas partidárias uma grande sopa de le-trinhas. Ok. Não podemos generalizar, existem pessoas sérias e que merecem todo nosso respeito nesse balaio, mas vamos falar no atacado - as exceções só confirmam a regra.

O caso do envolvimento do senador Demóstenes Torres com o “empresário de jogos” – como a Veja prefere escrever – Carlinhos Cachoeira é mais um episódio que escancara para todo o país o que realmente intere$$a aos que estão no poder – e aos que lutam para tomá-lo.

As quadrilhas que assaltam os cofres públicos se associam ao poder, indiferentes à cor e à pretensa ideologia que possam ter. Foi assim no Mensalão, que começou em Minas Gerais com o PSDB do ex-governador Eduardo Azeredo e terminou (se é que terminou) em Brasília, associado a grandes nomes do PT na Câmara dos Deputados. Agora temos Carlinhos Cachoeira, que parece ter colocado quase o Planalto Central inteiro no seu bolso: governador de Goiás (PSDB), do Distrito Federal (PT), deputados (PPS e PP), o próprio Demóstenes Torres (ex-DEM), senador que tão bem fazia oposição ao governo Dilma, usando de um discurso ético e moralista: todos flagrados em prováveis ligações com o contraventor e corruptor.

Como disse o saudoso escritor José Saramago, em seu discurso no Fórum Social Mun-dial em Porto Alegre, em 2005 (quem quiser pode ver no Youtube): “Os verdadeiros donos do poder, os que realmente mandam e controlam os rumos da sociedade são as grandes corporações e grupos financeiros. Políticos são só seus lacaios, que entregam as riquezas de nações inteiras em troca de alguma gorjeta”.

Os principais jornais do Paraná publicaram nas últimas duas semanas diversas matérias e alguns editoriais sobre o julgamento do Supremo Tribunal (STF) Federal que inocentou um homem, acusado de abusar de adolescentes. Nas matérias, o leitor tomava conheci-mento de um julgamento questionado inclusive pela ministra dos Direitos Humanos, Ma-ria do Rosário.

Lendo os conteúdos publicados em relação ao tema, não havia como não ficar perplexa diante da decisão. O STF inocentou o homem por entender que era um cliente, que pagou pelo serviço disponibilizado pelas adolescentes, e que elas já faziam isto, antes de man-terem relação com acusado. Isto é um retrocesso à luta na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, materializados com a instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente na década de 90. Este instrumento jurídico considera que a família, o Estado e a sociedade como um todo devem zelar pela vida deste sujeito em fase de desenvolvimento.

O compreendimento é que eles estão em uma fase peculiar, de desenvolvimento na qual precisam de apoio para que não regridam na sua convivência em sociedade. No que diz respeito ao caso julgado pelo STF, ao inocentar o acusado, o Supremo abre um procedente no qual se cria um consenso de impunidade. Além disso, é preciso haver certa preocupação por parte dos jornalistas que relatam estes acontecimentos. Os textos publicados usam ter-minologias que culpabilizam as meninas pelo abuso, ao dizerem que elas “se prostituíam”, em vez de aplicar o termo “exploradas sexualmente”. É preciso maior preparo dos profis-sionais de imprensa ao se falar sobre temas ligados a este público, caso contrário torna-se inválido o relato de alguém que não se preocupa em reproduzir determinados consensos, enraizados na sociedade, em vez de propor o debate e a reflexão.

Vítimas ou culpadas? Juliana Cordeiro

Curitiba, sexta-feira, 17 de abril de 2012 3

Mostra do Museu Paranaense deVladimir Kozák e Karla Kozák abre hojeDurante expedições científicas no Estado, os irmãos Kozák fizeram registros artísticos importantes para a história

O Museu Paranense inaugura hoje, às 16 ho-ras, duas novas exposições de obras da família Kozák. A mostra de Karla Kozák, “Um olhar feminino sobre a natureza do Paraná”, per-manece no Museu até o dia 5 de agosto deste ano. Já a exposição “Vladimir Ko-zák, o olhar de um viajante” segue até fevereiro de 2013.

Segundo Thaísa Sade, coordenadora de comuni-cação da Secretaria da Cul-tura do Estado do Paraná, Vladimir Kozák doou seu acervo para o Museu Pa-ranaense. “Vladimir é um fotógrafo que registrou a história paranaense. O Mu-seu Paranaense possui o acervo dele, doado por ele, principalmente por ser um museu que cuida da história do Estado”. Thaísa também comentou sobre a exposição

que permaneceu durante muito tempo no museu, inti-tulada “Poesia das imagens de Vladimir Kozák”.

Vladimir e Karla Kozák, irmã do fotógrafo, partici-param de expedições cien-tíficas para levantamento da fauna e flora do Paraná. Enquanto Vladimir registra-va fotograficamente, Karla

propôs o trabalho de regis-tro das flores com a técnica de aquarela. A mostra “Um olhar feminino sobre a na-tureza do Paraná” reúne as obras da pintora. O diretor do Museu Paranense, Re-nato Carneiro, explica que existirá uma sala específica apenas para a exposição de Karla Kozák, além do jar-

Angelo SfairCamila CassinsGustavo Ribas

dim de inverno com algumas espécies de flo-res que ela de-senhou.

Já a mostra de Kozák reú-ne outros ele-mentos além das fotogra-fias. “Vamos mostrar prin-cipalmente a produção dele. Fo tográ f ica , cinematográ-fica e relatos textuais”, ex-plica Renato.

“Temos trechos de filmes que ele montou. É muito interessante inclusive para os designers, pois ele fa-zia tudo à mão, letreiros e ilustrações dos filmes, por exemplo, e é legal entender todo o processo”. Renato Carneiro também ressalta a produção textual de Vladi-

mir: “Ele relata a produção de algumas fotos e teremos uma área destinada à essa parte escrita”.

Junto com a abertura das exposições, o Museu Para-naense também fará hoje uma homenagem ao profes-sor Odemar Blasi, um dos contribuidores do desenvol-vimento científico do Mu-seu Paranaense. “Teremos a abertura de uma sala em nome do professor Odemar Blasi. Ele merece esta ho-menagem e queremos fazer essa surpresa para ele”, fi-naliza Renato.

As exposições de Vladi-mir e Karla Kozák estarão abertas ao público de terça à sexta-feira das 9h às 17h e nos sábados e domingos das 11 às 15 horas. O Mu-seu Paranaense fica na Rua Kellers, 289 e a entrada é franca.

Dia Mundial do Hemofílico acontece hoje sem grandes eventosAngelo SfairCamila CassinsGustavo Ribas

Hemofilia é um distúr-bio na coagulação do sangue, causado pela falta do coagu-lador sanguíneo. A pessoa que possui hemofilia sangra mais que as outras e corre sérios ris-cos quando sofre lesões. Mes-mo com pouca informação sobre o assunto, as principais instituições não promoverão qualquer discussão sobre o tema.

De acordo com Raquel Lima, especialista em hema-tologia, a maioria das pessoas que desenvolvem a hemofilia são os homens. “É uma falha

genética que acompanha a pessoa desde o seu nasci-mento. A mulher é portadora mas não apresenta a doença. Só o homem que a desen-volve”, comenta Raquel. A doença é genética e não pode ser contraída por transfusões de sangue ou qualquer outra maneira. Não existe cura para a hemofilia e, normalmente, descobre-se a doença ape-nas em casos de traumas ou lesões. De acordo com Raquel, “caso haja uma lesão, o paci-ente pode desenvolver um san-gramento muito grande, além do normal”. A partir dessa situação, o sangramento é con-trolado apenas com remédios e ajuda médica.

Jean Paol Silva, coordena-dor do projeto de musculação

para hemofílicos na Associação Paranaense dos Hemofílicos, diz que segundo a APH, são 800 pessoas diagnosticadas. O tratamento consiste em doses do fator sanguíneo que falta no organismo da pessoa e é for-necido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o tratamento é realizado a partir da profilaxia: a dose do fator é recebida 3 vezes durante a se-mana, ao invés de esperar sofrer um trauma para então aplicá-la.

É importante que o hemofí-lico seja motivado a buscar tratamento e fazer a profilaxia. O tratamento deve ser realizado somente em hospitais prepara-dos, que estejam equipados com o fator de coagulação, além de possuir um hematologista para indicar a dose que deve ser

administrada no paciente. No Paraná, o tratamento médico é realizado pelo HEMEPAR e pelo Hospital de Clínicas. Na APH são fornecidos acompan-hamento psicológico, fisiotera-pia, musculação e alojamento para hemofílicos de outras lo-calidades.

Hoje, os desafios de quem trabalha com a hemofilia estão no preparo de profissionais e na busca da qualidade de vida para os pacientes. Para Jean, há falta de informação sobre a doença, pois poucas pessoas trabalham com ela, além da falta de con-sciência do hemofílico quanto à importância do exercício físico para promover a melhoria da qualidade de vida e evitar lesões.

O dia 17 de abril foi escol-hido como dia mundial do he-

mofílico, pois Frank Schnabel, fundador da Federação Mundial de Hemofilia (WFH), nasceu neste dia. A equipe do LONA conversou com a Prefeitura, Secretaria da Saúde, Biobanco e com o Hemobanco da Santa Casa da Misericórdia. Nenhum dos locais possui programação para o Dia Mundial do Hemofí-lico.

No HEMEPAR, haverá atividade específica sobre a data a partir das 14 horas. Uma palestra sobre o desenvolvim-ento infantil voltado às mães será realizada às 14 horas, en-quanto o SESC realiza uma atividade recreativa para as crianças das 14 às 17 horas. O HEMEPAR fica na Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da rua XV.

Imagem da Vila Velha por Vladimir Kozák

Curitiba, sexta-feira, 17 de abril de 2012

Os números doCampeonato Paranaense

4 Esporte

Estadual chega às suas rodadas finais com a dupla Atletiba brigando pelo título

Depois de 85 dias, o Campeonato Parana-ense de 2012 chega às suas duas últimas ro-dadas com Coritiba e Atlético brigando pela ponta. A 9.ª rodada do segundo turno apro-ximou os rivais na classificação e esquentou ainda mais o clássico – que será disputado no próximo domingo (22), no Estádio Cou-to Pereira. Uma vitória Alviverde dá o título do turno para o Coritiba; já um trinfo Rubro-negro deixaria o Atlético com uma das mãos na taça. O assunto de hoje, porém, não é o clássico.

Depois de 20 rodadas disputadas, o LONA

Angelo SfairCamila CassinsGustavo Ribas fez um levantamento do que já aconteceu na

85ª edição do campeonato estadual. No total, 120 jogos agitaram todo o estado do Paraná: Capital, Litoral, Sudoeste, Norte e Campos Gerais. As redes balançaram 326 vezes, o que significa uma média de 2,71 gols por partida.

No geral, os times que jogaram em casa deram se melhor. Cerca de 50% dos jogos terminaram com vitória dos mandantes; os empates representam 27%, enquanto os visi-tantes só venceram em 24% das ocasiões. A média de gols dos times da casa também é mais favorável: 1,67 gols por partida, ao pas-so que os visitantes registraram uma média de 1,04 gol.

Exceções, porém, não podiam faltar. A 7ª rodada do primeiro turno foi marcada pelo pior desempenho dos times da casa. O saldo do dia foram dois empates e quatro vitórias dos visitantes. Por outro lado, a 5ª rodada do 2º turno terminou com 100% de aproveita-mento para os mandantes.

O placar mais elástico foi registrado logo na 4ª ro-dada. Na ocasião, o Cianorte atropelou o Rio Branco aplicando uma goleada de 7 a 1. Mesmo com os 8 gols anotados somente nesta partida, esta não foi a rodada com mais gols. A 11ª rodada do 1º turno teve a rede balançada 23 vezes – uma média de 3,8 gols por partida. Já a rodada com menos gols foi a anterior, 10ª rodada do 1º turno. Apenas 8 tentos anotados, regis-trando uma média de 1,33 gol por partida.

Os principais artilheiros são todos das equipes do interior. Com os dois gols no último domingo (com direito a um belo gol de bicicleta), o atacante Baiano, do Operário, isolou-se na artilharia, com 11 gols. A dupla do Arapongas – Tiago Adam e Léo Itaperuna – corre por fora com 9 gols anotados. Quem também tem 9 tentos é Henrique, do Cianorte. Os principais goleadores da dupla Atletiba aparecem com 8 gols cada. O lesionado atacante Bruno Mineiro é o golea-dor do Atlético-PR, enquanto no Coritiba quem mais balançou as redes foi o zagueiro-artilheiro Emerson.

10ª RODADA (22/04, domingo)15h30 | Corinthians x Toledo15h30 | Arapongas x Rio Branco15h30 | Iraty x Operário16h00 | Londrina x Cianorte16h00 | Paranavaí x Roma16h00 | Coritiba x Atlético

11ª RODADA (29/04, domingo)16h00 | Rio Branco x Londrina16h00 | Operário x Corinthians16h00 | Atlético x Paranavaí16h00 | Cianorte x Arapogas16h00 | Toledo x Iraty16h00 | Roma x Coritiba

Confrontos das duas últimas rodadas: