16
Nº 69 | AGO 2009 Trabalhadores aderem à Iniciativa Novas Oportunidades Os Trabalhadores da TAP que não detêm a certificação de 9º ou 12º anos de escolaridade têm agora a oportunidade de concluir habilitação equivalente a esses graus de ensino. A iniciativa conta já com um total de 524 inscritos. Pág. 7 Nº 69 | AGOSTO 2009 JORNAL TAP desencadeia Plano de Contingência Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue com novas etapas Pág. 3 TAP melhora resultados no primeiro semestre Pág. 6 São Tomé e Príncipe é um “paraíso na Terra” Pág. 8 e 9 Cateringpor premiada pela Air France Pág. 10 LFP lidera na facturação por área de venda Pág. 11 TAP lança portal para telemóveis Pág. 12 TAP PN na 2ª fase do Global Management Challenge Pág. 13 Conheça o essencial sobre a Gripe A Pág. 14 Trans African Air 09: voar no coração de África Pág. 15 ACAPO e TAP em sintonia Pág. 16 A palavra de ordem é racionalizar a operação, anunciando-se uma redução de 10 por cento da oferta a partir de Setembro. Porém, a rede da TAP até poderá crescer. O administrador Manoel Torres, em entrevista, esclarece o quadro operacional dos próximos meses. Pág. 4-5

TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009

Trabalhadores aderemà Iniciativa Novas Oportunidades

Os Trabalhadores da TAP que não detêm a certificação de 9º ou 12º anos de escolaridade têm agora a oportunidade de concluir habilitação equivalente a esses graus de ensino. A iniciativa conta já com um total de 524 inscritos. Pág. 7

Nº 69 | AGOSTO 2009

JOR

NA

L

TAP desencadeia Plano de Contingência

Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue com novas etapas Pág. 3 TAP melhora resultados no primeiro semestre Pág. 6

São Tomé e Príncipe é um “paraíso na Terra” Pág. 8 e 9 Cateringpor premiada pela Air France Pág. 10 LFP lidera na facturação por área

de venda Pág. 11 TAP lança portal para telemóveis Pág. 12 TAP PN na 2ª fase do Global Management Challenge Pág. 13 Conheça

o essencial sobre a Gripe A Pág. 14 Trans African Air 09: voar no coração de África Pág. 15 ACAPO e TAP em sintonia Pág. 16

A palavra de ordem é racionalizar a operação, anunciando-se uma redução de 10 por cento da oferta a partir de Setembro. Porém, a rede da TAP até poderá crescer. O administrador Manoel Torres, em entrevista, esclarece o quadro operacional dos próximos meses. Pág. 4-5

Page 2: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009 INQUÉRITO2

BREVES

Carla Cunha28 AnosSoftware Developer – ta nA TAP desde 2007

Ler, estar com amigos, passear e viajar

1 – Eu espero que seja bom. Acho que a TAP se vai aguentar e ultrapassar esta cri-se, que leva as pessoas a viajar menos. Quando o ambiente económico melho-rar, a empresa também vai progredir.

2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização de processos e contribuir, assim, para a melhoria da empresa. ¢

1 – Como vê a TAP no futuro?2 – Qual é o seu papel nesse cenário e que contributo pode

dar à TAP?

Maria Amaral47 AnosTéCniCA de orGAnizAção aDminiStrativa – tap ServiçoSnA TAP desde 1990

Ler

1 – Eu vejo um futuro com muitas dificulda-des, como todas as companhias aére-as. Será necessário muita dedicação e ideias novas para sermos competitivos. Não podemos estagnar no tempo.

2 – Cumprir o horário de entrada, mas não o de saída, devendo fazer-se o máximo que se puder sem olhar às horas. A situ-ação actual exige-nos esse esforço adi-cional para darmos o nosso melhor em prol da TAP. É com este contributo que conseguimos melhorar a empresa. ¢

Carla Carmo27 Anostma – m&enA TAP desde 2009

Ler

1 – Apesar de todos os constrangimentos, que são conhecidos, eu vejo a TAP ainda com grande força. Mesmo nesta fase, acho que a companhia tem condições para seguir em frente.

2 – Dar o máximo em tudo o que nos pedem e também naquilo que não nos pedem, sendo responsáveis e organizados no nosso trabalho. ¢

NO PORTO E FARO

A TAP passou a disponibilizar aos seus clientes premium, nos

aeroportos do Porto (22 de Julho) e Faro (29 de Julho), o Green Way, um serviço de acesso prioritário ao Controlo de Segurança e Raio-X, tornando mais rápido o ingresso na sala de embarque. Este serviço é prestado a todos os clientes tap executive e tap plus, aos detentores dos cartões Gold e silver do progra-ma Victoria e dos cartões tap corpo-rate e TAP Amex Platinum. O Green Way também existe nos aeropor-tos de Lisboa e Madeira.

TAP OPEN

O 32º TAP Open de Golfe vai realizar-se entre 7 e 14 de

Novembro, envolvendo mais de 250 jogadores da Europa, África, Brasil, EUA e Canadá. É o maior torneio a nível mundial organiza-do por uma companhia aérea. Vai disputar-se em quatro voltas nos percursos do Morgado, Amendo-eira O’Connor, Penina e Salgados.

PROMOÇÃO RIO E SÃO PAULO

A TAP lançou, em 12 de Agos-to, a tarifa de 738 euros ida-

e-volta para os novos voos diários nocturnos de Lisboa para o Rio de Janeiro e São Paulo, que terão iní-cio em 10 de Setembro.

MELHOR ESTACIONAMENTO

A TAP já oferece dois dias de estacionamento gratuito

aos passageiros tap executive, aos possuidores dos cartões Victoria Gold, tap corporate ou TAP Amex Platinum, que embarcam nos ae-roportos de Lisboa, Porto e Faro. Em Lisboa, o procedimento tinha já sido simplificado, mas foi agora alargado ao Porto e a Faro. Desde 17 de Julho, os clientes deixam de ter necessidade de se deslocar ao balcão de vendas da TAP para levantar o voucher de estaciona-mento. Ou seja, antes da partida do seu voo, o passageiro estacio-na a viatura no parque definido e, no regresso, apenas tem de dirigir-se à caixa, apresentando o cartão de embarque.

BAGAGENS

E m 2008, em todo o mundo, perderam-se ou chegaram

atrasadas 90 mil bagagens por dia, o que representou uma melhoria de 20% relativamente ao ano ante-rior. Em Junho de 2009, este índice na TAP ascendeu a 12 bagagens por mil passageiros, o que revela algu-ma recuperação face a 2008 (18) e a 2007 (21). De acordo com os últi-mos dados da Associação Europeia de Companhias Aéreas (AEA), em

Abril, a média de bagagens perdi-das era de 12,7, superior ao da

TAP (10).

Page 3: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009EDITORIAL 3

O anúncio de novas greves, numa altura em que a TAP tudo faz para enfrentar a crise económica e ultrapassar mais este difícil

período, constitui uma atitude pouco responsável de alguns sindicatos. Para agravar a situação, marcaram também greves na Groundforce, nas mesmas datas, com o objectivo de causar dificuldades à operação da TAP e aos seus clientes. A situação da empresa de handling é insustentável, pois as suas receitas estão longe de cobrir os custos, penalizando grave-mente os resultados do Grupo TAP. Aliás, a Groundforce e os sindicatos tinham iniciado um diálogo que fazia prever resultados positivos, em especial a garantia dos postos de trabalho, objectivo este que pode sair prejudicado pelas actuais movimentações.A utilização de um direito legítimo dos trabalhadores deve ser feita com bom senso, tendo presente que a indústria atravessa a sua maior crise de sempre, com enormes prejuízos, encerramento de empresas, despe-dimentos e reduções salariais. A maioria tem dado sinais de compreender a situação, contri-buindo no dia-a-dia com o seu profissionalismo para que a TAP sobreviva às dificuldades.A distorção da verdade, a demagogia ou as calúnias dos últimos dias pretendem desviar o foco do que é importante. Repito que os administradores não tiveram qualquer aumento sala-rial e hão-de completar 11 anos sem qualquer actualização, pelo contrário, tiveram uma redu-ção. Não se queixam, mas ganham menos do que em muitas empresas portuguesas de menor dimensão e muito menos do que aquilo que se pratica a nível internacional na indústria. Não é verdade que tenham sido comprados quaisquer carros, tratou-se apenas de renovar, no prazo limite e com ganhos para a TAP, um contrato existente. Recordo que têm sido respeitados os benefícios já aplicados a todos os grupos profissionais, princípio que, naturalmente, também é aplicado aos quadros da empresa.Os problemas, quaisquer que eles sejam, só podem ser resolvidos no seio da empresa, em diálogo com os que nela trabalham. Neste momento, muitos encontram-se a gozar as suas merecidas férias, enquanto outros estão assoberbados com a operação, mais intensa nesta época. Oportunamente, convocaremos as habituais reuniões para, olhos nos olhos, falarmos sobre todos os aspectos da gestão da companhia.

Uma coisa é certa: se o bom senso não prevalecer e as greves se concreti-zarem, é nosso dever fazer tudo o que pudermos para garantir o transpor-te dos passageiros que confiaram em nós. Mas, tendo a TAP uma quebra de receitas e um aumento de custos, estará, então, ainda em piores con-dições para atender quaisquer reivindicações sindicais.Ora, depois de um primeiro semestre de perdas violentas em empresas outrora fortes e altamente lucrativas, em que as quebras de receita che-garam a atingir os 25 a 30 por cento, e menos 15 milhões de passageiros viajaram só no universo das companhias europeias da AEA, a IATA conti-nua a prever que a crise se manterá nos próximos tempos.Na TAP, felizmente, os números não foram tão dramáticos, com as perdas de 72 milhões de euros a evidenciarem uma recuperação de 53 por cento em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Graças ao esforço de todos, em Julho tivemos já um mês equilibrado e em Agosto podere-

mos, pela primeira vez este ano, ter um crescimento de tráfego.Não podemos, e não vamos ficar parados. Já em Setembro, desencadearemos novas acções, procurando reduzir custos e adaptarmo-nos à quebra de procura do mercado. Estamos também a prosseguir o nosso programa para utilizar da forma mais equilibrada as nos-sas capacidades de manutenção, o que será feito com o reforço da utilização das bases da M&E no Brasil, valorizando a base de Lisboa, cujo trabalho goza de enorme prestígio internacional.Enfim, estas acções, conjugadas com o evidente sucesso alcançado nos novos destinos de Moscovo, Helsínquia e Varsóvia, com ocupações médias acima dos 72 por cento, dão-nos o ânimo e a força necessários para enfrentar as contrariedades e incompreensões pontuais.Foi neste contexto de dificuldades, mas também de oportunidades, que comunicámos recen-temente aos sindicatos que a TAP não tem, de momento, condições para proceder a aumen-tos salariais. Foi igualmente transmitido que, no último trimestre, será de novo avaliada a situação, retomando-se o diálogo com os sindicatos se a previsão dos resultados for anima-dora.Façamos pois, todos juntos e cada um de nós, responsavelmente, o trabalho que nos compete para que a recuperação da companhia seja uma realidade. ¢

Responsabilidade

Fernando Pinto

C oncluída a fase em que se procedeu à integração funcional da TAP Ma-

nutenção e Engenharia Brasil, encontra-se neste momento a decorrer um profundo pro-cesso reorganizativo, com mais de 600 acti-vidades envolvidas, através do qual se prevê um forte aumento da eficiência, bem como uma uniformização de processos entre Por-tugal e Brasil.Estas actividades, distribuídas pelas áreas de Marketing e Vendas, Operações, Planeamen-to, Logística, Qualidade e Recursos Huma-nos (entre outras) estão a ser desenvolvidas e acompanhadas por uma vasta equipa, que engloba trabalhadores das bases de Lisboa, Rio de Janeiro e Porto Alegre.Estima-se que este processo de transforma-ção organizativa das bases do Rio de Janeiro e Porto Alegre esteja concluído durante o pri-

meiro semestre de 2010.Entretanto, o conjunto de acções e decisões tomadas na TAP M&E Brasil, desde que a TAP assumiu o seu controlo, em Novembro de 2005, permitiu já alcançar resultados.

CERTIFICAÇÃO FAAFruto desses processos, a TAP M&E Brasil acaba de ser certificada pela FAA (Federal Aviation Administration), autoridade aero-náutica dos Estados Unidos, para a realiza-ção de Grande Manutenção em aviões Airbus A330 e A340.A TAP M&E Brasil, que já estava certificada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil, Brasil) e pelo TCCA (Transport Canada Civil Aviation) para este modelo de apare-lhos, vê assim aumentado o seu potencial de negócios, podendo agora também realizar

Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue com novas etapas

MANUTENÇÃO E ENGENHARIA

HanGar do rio de Janeiro

manutenção a aeronaves registadas nos Es-tados Unidos, ou em outros países que acei-tam a certificação norte-americana para os aviões neles registados. Recorda-se que a FAA já tinha certificado a empresa para os modelos A300-B4, A300-600 e A310.Como afirma Nes-tor Koch, direc-tor-presidente da empresa, “a TAP M&E Brasil entrou de fi nitivamente no mercado de manu-tenção Airbus.Es-tamos certificados pa ra vários dos seus modelos widebody e temos em curso

o estudo de viabilidade técnica e económi-ca para iniciar os serviços na família A320 (narrowbody), completando, assim, a cer-tificação para trabalhos de Grande Manu-tenção em grande parte dos modelos deste fabricante”. ¢

Page 4: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 20094 ENTREvIsTA

TAP desencadeia Plano de Contingênciaa partir de Setembro

Q ue motivos levaram a TAP a ela-borar o Plano de Contingência?

O Plano de Contingência resulta das pers-pectivas de quebra do tráfego a nível in-ternacional que se regista desde o início da chamada crise económica, ultimamen-te agravadas pela Gripe A. Pretende-se reduzir custos e ajustar a oferta à procura, mas sem prejudicar a qualidade do serviço prestado ao cliente.Como se sabe, a IATA anunciou uma que-bra de 7,6 por cento da actividade do transporte aéreo no primeiro semestre de 2009, com as receitas a cair entre 25 e 30 por cento no mês de Junho. Só nas companhias europeias membros da AEA viajaram menos 15 milhões de passageiros nos primeiros seis meses do ano (-9%), em comparação com o período homólogo do ano passado.Na TAP, apesar de a redução do número de passageiros ter sido apenas de 6,2 por cento no primeiro semestre e de os prejuí-zos de 72 milhões de euros evidenciarem uma melhoria de 53 por cento em rela-ção ao mesmo período do ano anterior, a adopção deste Plano de Contingência

curso são abrangidos?Os voos para o Nordeste brasileiro, Belo Horizonte e Caracas serão transferidos para o horário da tarde. Nos casos do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, a maior parte dos voos, em ambos os sentidos, passam a realizar-se à noite.

A redução dos night stops não vai gerar perda de receita?Em princípio não, porque esses voos as-seguram principalmente tráfego de liga-ção, que passa a ser transportado noutro horário.

Mas o plano vai mais longe em termos de diminuição de frequências?Sim, mas não há uma redução drástica de frequências. A diminuição vai ocorrer por exemplo nos fins-de-semana, sobretudo em rotas de tráfego de negócios, como Madrid e Barcelona.A redução no longo curso será efectuada em algumas ligações a Nova Iorque, São Paulo e Rio de Janeiro. Em alguns pontos do Nordeste brasileiro, a operação é redu-zida numa frequência semanal.

torna-se fundamental para permitir a re-cuperação da companhia durante os pró-ximos meses.

O que está envolvido no plano?Começámos por analisar os voos cuja projecção de procura considerámos mais baixa. Identificámos, por exemplo, que há uma quebra acentuada do tráfego em mui-tos dos voos chamados night stop, que saem no início da manhã da Europa para Lisboa, para fazer a ligação aos voos de longo curso.Além disso, os voos night stop represen-tam um custo elevado de pernoita dos avi-ões e das tripulações fora da base. Então, desenhou-se a rede alterando as ondas do hub. Alguns voos de longo curso passam a sair à tarde e à noite, dispensan-do-os dessas ligações night stop.O plano vai vigorar entre 10 de Setembro e 10 de Junho de 2010 e implica a redução de cerca de dez por cento do número de voos, adequando a oferta à prevista redu-ção da procura do mercado.No entanto, este conjunto de acções será suspenso nos picos de actividade do Na-tal, Ano Novo, Carnaval e Páscoa.

Concretamente, que destinos no longo

“O plano vai vigorar entre 10 de Setembro e 10 de Junho de 2010 e implica a redução de cer-ca de dez por cento do número de voos, adequando a oferta à prevista redução da procura do mercado”

Os últimos dados divulgados indicam alguma melhoria económica e, conse-quentemente, admite-se a possibilidade de recuperação do tráfego. Porquê, en-tão, avançar neste momento com o Pla-no de Contingência? Trata-se, precisamente, de um Plano de Contingência e, como tal, ele pode ser mo-dulado de acordo com o comportamento do mercado em determinado momento. Portanto, se houver uma retoma, facil-mente podemos adicionar capacidade.

Page 5: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009ENTREvIsTA 5

REDE PODE AUMENTAR EM BREVE

Prevêem-se cortes na rede de destinos da TAP?Apesar da diminuição do número de frequências, mantém-se intacta a totalidade dos destinos actualmente servidos pela companhia. Tencionamos mesmo abrir novos destinos, provavelmente ainda em 2009.

Há condições para continuar a aumentar a rede?Em rigor, existe tráfego entre quaisquer dois pontos em todo o mundo. A grande dúvida é como operá-los de forma rentável. Esse é um processo que implica uma análise constante. A dimensão da TAP também é um factor importante, pois permite-nos ter ainda alguma margem para crescer.

No primeiro semestre, a TAP procedeu a reduções cirúrgicas da oferta. Desta vez, optou por um modelo diferente, passan-do a integrar esta diminuição nos horá-rios já programados até Junho de 2010. Porquê?Com o procedimento anteriormente rea-lizado, a companhia não conseguia uma verdadeira optimização da operação. Às vezes, tínhamos voos com baixo apro-veitamento, com um número reduzido de passageiros, mas não conseguíamos transferi-los para outros voos. Não se ganhava todo o potencial de re-dução de custo e, basicamente, tinha-se a mesma receita, ao contrário de um pro-grama já estruturado, como aquele que vai vigorar a partir de Setembro.A regularidade da companhia aumenta. Os voos programados são realizados, ao contrário da anterior situação em que eram cancelados, mesmo já existindo re-servas. O passageiro também fica mais protegido.

A referida redução de 10 por cento da oferta vai resultar num excesso de frota?Não. Apesar destas modificações, con-tinuamos a necessitar da totalidade da

“O load factor vai melhorar, sem dúvida nenhuma. O objectivo é operar aci-ma de 70 por cento, quando a média, no ano passado, foi cerca de 65 por cento”

frota. O que há é uma redução na utiliza-ção média horária dos aviões. A TAP continua a ser uma das companhias que apresenta uma maior taxa de utiliza-ção da sua frota, pelo que vai ficar na mé-dia da indústria.

Que reflexos terá esta diminuição da oferta no load factor?O load factor vai melhorar, sem dúvida

“Nos dois primeiros meses de operação, as taxas médias de ocupação dos novos destinos encontram-se em níveis eleva-dos. Helsínquia atin-giu os 75 por cento, Moscovo situou-se nos 73 por cento e Varsóvia registou 72 por cento”

nenhuma. O objectivo é operar acima de 70 por cento, quando a média, no ano pas-sado, foi cerca de 65 por cento.

Num momento em que a economia já estava em crise, a TAP decidiu acrescen-tar destinos à rede. O impacto está a ser positivo?A resposta foi muito boa e prevemos que se mantenha. No final dos primeiros dois meses de operação, os três novos desti-nos da TAP dão sinais de terem sido uma boa aposta para a TAP e para o turismo nacional.Nos dois primeiros meses de operação, as taxas médias de ocupação encontram-se em níveis elevados. Helsínquia atingiu os 75 por cento, Moscovo situou-se nos 73 por cento e Varsóvia registou 72 por cento.Do total de passageiros, 62 por cento da linha de Moscovo foi vendido na Rússia, enquanto o mercado finlandês contribuiu com 71 por cento das vendas de Helsín-quia. A linha de Varsóvia conheceu tam-bém maior sucesso nos mercados exterio-res, com a Polónia a vender 51 por cento

e outros mercados europeus e o Brasil a contribuir com 16 por cento.É ainda importante referir que o tráfego se distribuiu por diversos aeroportos na-cionais, dando um contributo para o turis-mo nas diversas regiões do País.

As alterações preconizadas no Plano de Contingência vão prejudicar a lógica do hub de Lisboa?Foi precisamente para manter essa lógica que se fizeram estas alterações. Vamos manter as três ondas em Lisboa, só que em horários diferentes.

O que acontecerá depois de Junho de 2010?A rede é comparável a um ser vivo. Está sempre em movimento, dependendo da situação do mercado. Por regra, os sistemas de distribuição têm o horizonte de um ano, pelo que estare-mos num esquema pleno a partir de Junho de 2010, o qual poderá mesmo ser ante-cipado, em função do comportamento do mercado. ¢

Page 6: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 20096 REsULTADOs

TAP melhora resultados no primeiro semestre

RECORDE DE PASSAGEIROS EM 2 DE AGOSTO

A TAP transportou no dia 31 de Julho um total de 34.931 pessoas, número que constituiu um recorde absoluto de passageiros embarcados pela companhia num único dia. Porém, em 2 de Agosto, este número foi ultrapassado, com um total de 35.215 passageiros, atingindo-se neste dia uma taxa de ocupação de 84,7%. Todos os sectores da rede da companhia tiveram um bom desempenho, em especial África, Europa e Brasil, destacando-se o contributo positivo das novas linhas de Lisboa para Moscovo, varsóvia e Helsínquia, inauguradas em Junho passado.

O Grupo TAP alcançou no primeiro semestre de 2009 um resultado

líquido negativo de 72,4 milhões de euros, valor que é 53,2 por cento melhor do que os 154,9 milhões de prejuízos registados em igual período do ano passado. Este prejuízo resulta da descida dos pro-veitos operacionais, de 1.050,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2008 para 927 milhões em 2009, o que representa uma descida de 11,8 por cento.Apesar desta quebra dos proveitos, os resultados líquidos melhoraram graças à acentuada diminuição dos custos de ex-ploração, que passaram de 1.067,9 milhões de euros em 2008 para 855,2 milhões este ano, o que se traduz numa redução de 19,9 por cento.O combustível foi a rubrica que mais contribuiu para a descida dos custos de exploração. A TAP gastou, nestes primei-ros seis meses, 157,6 milhões de euros, menos 49,7 por cento do que os 313,6 milhões suportados no mesmo período de 2008.

meiro semestre.A maior companhia aérea do mundo, Del-ta Airlines, apresentou prejuízos de 181 milhões de euros no segundo trimestre, os quais, se somados aos dos primeiros três meses do ano (609 milhões), revelam um acumulado no semestre de 790 milhões de euros negativos.Ainda do outro lado do Atlântico, a Conti-nental registou nos primeiros seis meses do ano resultados líquidos negativos na ordem dos 242 milhões de euros.Segundo o Presstur, só as três maiores com-panhias europeias (Air France-KLM, Luf-thansa e British Airways) facturaram menos 2,9 mil milhões de euros no segundo trimes-tre de 2009, em comparação com o período homólogo de 2008 (-18,7%).A Lufthansa chegou ao fim do primeiro se-mestre com um prejuízo de 216 milhões de euros. Quanto à Air France-KLM e à British Airways, os resultados do 2º trimestre de 2009 (1º trimestre do ano fiscal 2009/2010) foram negativos em 426 milhões e 124 mi-lhões, respectivamente.¢

PROCURA EM QUEDA

A crise económica mundial continuou a afectar fortemente o transporte aéreo, com quebras acentuadas no volume de passageiros e de carga, o que impediu a desejada recuperação da conjuntura ne-gativa provocada pela escalada dos preços dos combustíveis durante parte do ano pas-sado.A TAP registou igualmente uma quebra na procura no primeiro semestre, em que transportou 3,854 milhões de passageiros, menos 6,2 por cento do que em 2008. Contudo, a companhia conseguiu resistir melhor à queda global da procura neste primeiro semestre. Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), o tráfego aéreo internacional de passageiros caiu 7,6 por cento.Também o negócio da carga atravessa uma acentuada crise. A companhia transportou 25.813 toneladas, o que significa uma dimi-nuição de 24,6 por cento, acompanhando a tendência internacional. A IATA anunciou recentemente que a carga

As contas da companhia do primeiro semestre ficaram no “vermelho”, mas mostram uma significativa re-cuperação face a 2008. A diminuição dos custos de exploração compensou a quebra nos proveitos operacionais. As receitas continuam a ser afectadas pela queda acentuada da procura.

a MeLHoria doS reSULtadoS no PriMeiro SeMeStre LeVa a taP a Manter PreViSÕeS de LUCroS Para 2009

está em queda pelo 13º mês consecutivo e que a recuperação face ao ponto mais baixo, atin-gido em Dezembro, permanece lenta, o que se deve aos elevados stocks nas empresas.A este ritmo – defende aquela organização – serão necessários vários anos para que o transporte internacional de carga volte aos níveis de 2008.Devido aos factores de sazonalidade que influenciam a operação da TAP, os resulta-dos do primeiro semestre são normalmen-te inferiores aos da segunda metade do ano. No entanto, mantêm-se os factores exógenos responsáveis pela dúvida e incerteza que têm marcado o sector nos últimos meses.

TAP MELHOR QUE CONCORRÊNCIA

Apesar dos resultados negativos registados pela TAP no primeiro semestre deste ano, a sua situação é mais confortável do que a vivida pela generalidade das companhias aéreas.A Austrian Airlines, por exemplo, com uma dimensão semelhante à da TAP, divulgou prejuízos de 166,6 milhões de euros no pri-

A TAP e a Associação Empresarial de Portugal (AEP) assinaram um protocolo que visa a divulgação dos produtos nacionais junto dos seus trabalhadores e do público em geral.

Valorizar o produto nacional, genuinamente português, é o intuito desta parceria. Para saber tudo sobre os produtos que Portugal tem para lhe oferecer, visite o site www.compronosso.pt. ¢

Page 7: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009fORMAÇÃO 7

O s trabalhadores da TAP que não detêm a certificação de 9º ou 12º

anos de escolaridade têm agora a oportuni-dade de concluir habilitação equivalente a esses graus de ensino, podendo desenvol-ver o seu Processo de Reconhecimento quer nas instalações da própria empresa, quer em qualquer Centro Novas Oportunidades (CNO) à sua escolha.Trata-se do Processo Reconhecimento e Va-lidação de Competências (RVC), integrado na Iniciativa Novas Oportunidades. Desde o seu arranque, na TAP, em Abril, o Processo conta já com 440 trabalhadores inscritos para a obtenção de certificação equivalente ao 12º ano (ensino Secundário) e de 84 para certificação equivalente ao 9º ano (ensino Básico).Belinda Cardoso e Sandra Fanha, da TPS/ /Formação Profissional da TAP, coordenam internamente o processo e realçam a gran-de adesão por parte dos trabalhadores.“Perante o convite, por parte da empresa, para a integração no processo, o entu-siasmo dos colegas foi visível. O número de inscrições, nas primeiras semanas, foi bastante elevado, em alguns casos in-centivadas por um ou dois elementos das respectivas equipas de trabalho.” refere Sandra Fanha.

Sendo este processo da livre decisão de cada um dos interessados, quer relativamente à integração, quer ao CNO onde o pode de-senvolver, um dos locais onde o processo vai decorrer é exactamente nas próprias ins-talações de Formação da empresa. Para Belinda Cardoso, este facto é uma vantagem, salientando também a “grande expectativa dos inscritos, tanto nas sessões de esclarecimento como nas entrevistas. Isto revela que as pessoas se interessaram e acreditam na iniciativa”.

Com a constituição dos primeiros grupos, em Julho, ficaram reunidas todas as con-dições para o arranque do Processo de Re-conhecimento da primeira fase, já em Setembro, que será conduzido por pro-fissionais e formado-res do referido CNO, para os trabalhado-res que escolheram realizar no edifício 28 o seu Processo de Reconhecimento e Validação com vista à obtenção da Cer-tificação de Compe-tências.A segunda fase des-te processo inicia-se em Setembro, com quatro sessões de esclarecimento para o nível Secundário (12º ano), abrangendo 220 candidatos.

APOSTAR NO DESENVOLVIMENTO

PESSOAL

O director de Recursos Humanos da TAP Serviços, Victor Vale, valoriza bastante o programa RVC. “Esta Iniciativa faz parte da Responsabilidade Social da Empresa. Como parceira social, deve perfilar-se junto da sociedade com estas iniciativas meritórias. Devemos apostar no desenvolvimento pes-soal e reconhecimento das competências dos trabalhadores e na melhoria da empre-gabilidade.”

“A TAP tem o maior empenho em que os seus trabalhadores participem neste pro-cesso, criando to das as condições para que

se auto-valorizem e obtenham mais ele-vados níveis de qua-lificação escolar”, disse.A directora da Formação Profis-sional, Maria Mar-garida Torres, con-solida esta ideia. “É um processo de iniciativa individu-al, sendo o papel da TAP o de incentivar os colegas a parti-ciparem nele. Cada um decide quando e onde o desenvolve”,

sublinha. A heterogeneidade das idades é outro as-pecto salientado por esta responsável. “Há colegas mais recentes que aderiram, mas também estão envolvidos alguns já na situ-ação de reforma e que estão muito interes-sados. E isso é de louvar.” No entanto, Margarida Torres alerta: “para terem sucesso nesta iniciativa, os adultos têm que se empenhar no respectivo Proces-so de Reconhecimento.”A iniciativa, na empresa, resulta de um protocolo de cooperação celebrado entre a TAP Portugal, a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) e o Instituto de Em-prego e Formação Profissional (IEFP). ¢

trÊS adULtoS da iniCiatiVa noVaS oPortUnidadeS: VÍtor Saad, anaBeLa

rodriGUeS e aLBano BorGeS

ViCtor VaLe, MarGarida torreS, BeLinda CardoSo e Sandra FanHa

Grande adesão às Novas Oportunidades

“Acho muito importante este tipo de iniciativas. A maioria das vezes estamos tão absorvi-dos com os aspectos profissio-nais que esquecemos que existe também uma componente de valorização pessoal. Achei que não devia perder esta oportuni-dade de conciliar essas duas fa-cetas. Só o facto de a empresa nos incentivar a ir mais longe, é já uma forte motivação.”Vítor Saad, 42 anos, TTAE, Groundforce

“Fiz o Ciclo Preparatório (ac-tual 6º ano), mas uma série de complicações obrigaram-me a abandonar o ensino. Quero valorizar-me como pessoa e aprender mais. Surgiu a inicia-tiva Novas Oportunidades e eu agarrei-a, entendendo que será uma mais-valia.” Albano Borges, 57 anos, TMA, TAP M&E

“Foi mais pelo incentivo do meu filho, embora o meu marido também já me tivesse desafia-do para eu continuar a estudar. Até agora não tive muitas con-dições para o fazer, nem estava motivada. Acho que esta é uma boa oportunidade.”Anabela Rodrigues, 51 anos, TOA, TAP Serviços

PRIMEIRA FASE ARRANCA

EM SETEMBRO

Numa primeira fase, entre Maio e Junho, decorreram três sessões de esclarecimen-to para o nível básico e quatro para o nível secundário, realizadas pelo CNO da escola Eça de Queirós, em regime de itinerância, integrado na Carta Educativa da Área, com o qual a TAP firmou um protocolo para rea-lização do processo no edifício da Formação Profissional. Em cada sessão, estiveram presentes cerca de 50 trabalhadores interessados na inte-gração no processo. Em Maio, Junho e Ju-lho, técnicos daquele CNO realizaram en-trevistas individuais, na TAP, iniciando assim o Processo de Reconhecimento.

Page 8: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009 sOLIDARIEDADE8

quilómetros da cos-ta ocidental africa-na.Com uma economia muito dependente do cacau, este país tem tentado desen-volver-se apoiado no turismo de quali-dade, sendo visitado

por quem gosta de férias calmas, entre pai-sagens luxuriantes.

aMiZadeS FeitaS QUe deiXaM MUitaS SaUdadeS…

“O objectivo principal desta viagem era explorar o surf num destino para onde a TAP voasse e que não estivesse muito di-vulgado. Achei que São Tomé e Príncipe podia ser uma excelen-te opção”

Na madrugada de 5 de Junho, Teresa Abraços embarcou num voo TAP com dois amigos do surf: Alexandre Fer-reira (actual 2º classifi-cado no Campeonato Nacional de surf open) e Aécio Flávio (ex-top 16 nacional). Na equipa seguiu também um ca-meraman e um fotógra-fo (Ricardo Bravo, cujas fotos podem ser vistas nestas páginas). O que terá, então, le-vado Teresa Abraços a organizar uma funtrip a este destino, para onde a TAP voa com uma fre-quência semanal? É isso que vamos saber…

“O objectivo principal desta viagem era ex-plorar o surf num destino para onde a TAP voasse e que não estivesse muito divulgado. Achei que São Tomé e Príncipe podia ser uma excelente opção.”, começa por dizer Teresa Abraços, que trabalha no Transporte Aéreo, na área de revenue Management da companhia.O projecto teve o surf como pretexto. Natu-ralmente… Recorda-se que Teresa Abraços pratica esta modalidade há largos anos, ten-do, aliás, sido campeã nacional e conquistado

S ão Tomé e Príncipe é,

provavelmente, a antiga colónia por-tuguesa de África menos conhecida. É o segundo Estado mais pequeno do continente, depois das Ilhas Seicheles. Independente desde 1975, situa-se no Golfo da Guiné, sobre o Equador, a cerca de 220

oS CandidatoS a UMa aULa de SURF

a medalha de bronze nos campeonatos eu-ropeus de 1997. Há cerca de oito anos, op-tou por deixar a competição e dedicar-se mais às viagens de lazer.Uma viagem deste tipo precisa de apoios. O Grupo Pestana “achou o projecto interes-sante e patrocinou a estadia, a TAP ofere-ceu o transporte dos meus convidados e a representante da companhia em São Tomé conseguiu-nos o patrocínio de um rent-a-car”, explica a organizadora.

aULa de LÍnGUa PortUGUeSa

“Chegávamos, com um jipe cheio de pranchas, a sítios no meio do nada e toda a aldeia vinha ao nosso encontro. É um paraíso tão bonito e o povo é espectacular”

PARAÍSO NA TERRA

Ao explorar o potencial destas ilhas para a prática do surf, Teresa Abraços aproveitou para juntar o útil ao agradável.“Atendendo ao facto de São Tomé e Prín-cipe ser ainda pouco conhecido como des-tino turístico, pensei também em divulgá-lo. Foi nessa ordem de ideias que a viagem avançou. É um país lindíssimo e tem um povo muito simpático, que nos recebeu muito bem”, explica.Aliás, esta empatia que Teresa Abraços criou com a população de São Tomé e

São Tomé e Príncipe é um “paraíso na Terra”

Page 9: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009 99sOLIDARIEDADE

“Na visita a uma escola, entrámos numa sala de aula e partilhámos um pouco do dia-a-dia dos seus professores e crianças. Esse convívio foi fantástico”

Príncipe estendeu-se também ao próprio surf. “As crianças faziam questão de ficar à nossa volta na água, aparecendo algumas com um bocado dos assentos das canoas para deslizarem na espuma das ondas, tentando imitar-nos! Muitas nem sabiam o que era o surf e ainda ficavam mais es-pantadas por verem que a ‘dama’ também o fazia!”“Chegávamos, com um jipe cheio de pran-chas, a sítios no meio do nada e toda a al-deia vinha ao nosso encontro.”Um cenário bem diferente de outros por onde Teresa Abraços já passou em África, como o Senegal e Costa do Marfim. “Nos países africanos de expressão portuguesa, estes projectos são bastante mais fáceis de concretizar, quer pela facilidade de co-municação quer pela cultura, mais pareci-da com a nossa.”

o eSCritÓrio da taP eM S. toMÉ

UMa eXCeLente Praia Para o SURF a QUaLidade daS ondaS e a teMPeratUra da ÁGUa SÃo UM Forte atraCtiVo

SOLIDARIEDADE

Dadas as carências por que passa a popula-ção de São Tomé e Príncipe, Teresa Abraços não deixou passar esse facto em branco. Assim, decidiu integrar neste projecto uma vertente de solidariedade.“Lembrei-me que seria interessante organi-zar uma visita a uma escola e levar materiais para as crianças. Temos tanta coisa em ex-cesso!”“Contactei ainda um dos meus patrocina-dores, a Eastpak, que ofereceu mochilas e estojos, a Galp Energia, que nos facultou centenas de t-shirts, bonés, kits de desenho, canetas, etc. Quando dei por mim, além da minha bagagem, tinha mais três malas para levar…!”“Na visita a uma escola, entrámos numa sala de aula e partilhámos um pouco do dia-a-dia dos seus professores e crianças. Esse

PraiaS deSertaS SÃo CoMUnS eM S. toMÉ

convívio foi fan-tástico.”“São Tomé é um paraíso tão bonito e o povo é espec-tacular. Deixa mes-mo muitas sauda-des! Recomendo este destino a toda a gente.”Siga o conselho de Teresa Abra-ços. Agora já sabe porque deve in-cluir São Tomé e Príncipe no seu roteiro de férias. E a TAP é uma ex-celente opção de viagem... ¢

HoteL PeStana S. toMÉ, a eSCaSSoS MinUtoS do aeroPorto

terra de PaiSaGenS LUXUrianteS

Page 10: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 200910 GRUPO TAP

A Cateringpor foi eleita a segunda melhor fornecedora de catering da

Air France no médio curso europeu, no âm-bito da nona edição do WAVE (Worldwide Annual Vendor Evaluation), abrangendo o período de Abril de 2007 a Março de 2008.Este ranking da Air France avalia a qualidade das refeições e do serviço dos seus 25 for-necedores nas escalas europeias, tendo a Cateringpor obtido um resultado final de 92

Cateringpor premiada pela Air France

A Cateringpor foi inaugurada a 24 de Junho de 1994, resultando da associação entre a TAP Portugal e o maior operador mundial de catering de aviação, a LSG Sky Chefs. Em 1997, tornou-se membro da ITCA – International Travel Catering Association.Para além da Air france, tem, entre os seus principais clientes, companhias como British Airways, Lufthansa, Egyptair, sATA Internacional, Turkish Airlines, Us Airways, Austrian Airlines, ou mesmo a própria TAP, produzindo 25 mil refeições diárias.

Luís de Sousa: “É uma relação de confiança, que se tem cons-truído ao longo do tempo. Tudo faremos para manter e reforçar esta parceria.”

Jean Claude Cathelineau: “Fi-quei muito impressionado com a empresa e a sua equipa. É um grande prémio e estou muito satisfeito por atribuí-lo à Cate-ringpor, que tem um serviço de grande qualidade.”

É um grande prémio e estou muito satis-feito por atribuí-lo à Cateringpor, que tem um serviço de grande qualidade.”A empresa do Grupo TAP fornece, actual-mente, cerca de 200 mil refeições por ano à companhia francesa.

“RELAÇÃO

DE CONFIANÇA”

Visivelmente satis-feito estava também o director geral da Cateringpor, Luís de Sousa. “É muito impor-tante ser distinguido pelos clientes, sobre-tudo quando se trata de uma empresa com a dimensão e a importância da Air France, que é, também ela, muito reconhecida.”Iniciada em 1999, a parceria comercial entre a Cateringpor e a companhia aérea francesa é, para Luís de Sousa, uma “relação de con-fiança, que se tem construído ao longo do tempo. Tudo fa-remos para manter e reforçar esta parceria.”“Esta relação vai durar”, afir-ma Jean Claude Cathelineau, mostrando-se confiante na continuidade do trabalho con-junto das duas empresas.

LUÍS de SoUSa e Jean CLaUde CatHeLineaU

“A Air France encon-tra-se, neste mo-mento, a equacio-nar a mudança do seu produto. Esta-mos a pensar alterar alguns pratos servi-dos a bordo e, para isso, precisamos do eficiente suporte da Cateringpor em Lis-boa.”O prémio atribuído pe la Air France é também importan-te pelo efeito que

pode produzir nos potenciais clientes da Cateringpor.De acordo com Luís de Sousa, “ele é um indicador para as companhias aéreas que decidam voar para Lisboa, pois sabem que podem contar com um serviço de catering de elevada qualidade.” ¢

eLeMentoS da eQUiPa CaterinGPor

a CaterinGPor ForneCe 200 MiL reFeiÇÕeS

Por ano À air FranCe

por cento. O prémio foi entregue em 16 de Julho pelo director de inflight Services da companhia francesa, Jean Claude Cathelineau, durante uma visita à empresa do Grupo TAP.Na ocasião, Cathelineau sublinhou a sua satisfação por reconhecer a empresa por-tuguesa. “Esta foi a minha primeira visita às instalações da Cateringpor. Fiquei muito im-pressionado com a empresa e a sua equipa.

Page 11: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009GRUPO TAP 11

“ Com satisfação e orgulho.” É as-sim que o administrador-delegado

da Lojas Francas de Portugal (LFP), Nuno Amaral, encara a posição da empresa, que se tornou líder no sector da distribuição re-lativamente a volume de negócios por área de venda, em metros quadrados, e por tra-balhador, em 2008.Elaborados pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a que a LFP pertence, estes rankings reflectem, se-gundo Nuno Amaral, o bom ano que 2008 representou para a empresa.“Como só aderimos há cerca de um ano à APED, é a primeira vez que aparecemos nestes rankings, que reflectem os bons re-sultados que registámos no ano passado – gerámos um volume de facturação de cerca de 145 milhões de euros de vendas brutas”, revela.Mas, como seria de esperar, na medida em que “a crise é generalizada”, 2009 “não está a correr tão bem”… e, por diversas razões, a LFP entendeu que este deveria ser o ano da consolidação.“No ano passado, lançámos alguns serviços novos, investimos muito nas lojas e relançá-mos a nossa imagem, com bons resultados. Este ano é mais de consolidação, até porque temos de ser muito prudentes quanto a no-vos projectos, dando alguma margem para os novos conceitos que introduzimos pode-rem respirar.”

LFP lidera na facturação por área de venda

O IMPÉRIO DO RETALHO

A LFP conta com um “império” de 18 lojas espalhadas pelo País, inseridas em seis ae-roportos – Lisboa, Porto Faro e Açores (3). Contudo, a área total das suas lojas é de apenas 4.163 metros quadrados, o equi-valente a um grande supermercado. Nuno Amaral explica este facto.“A nossa actividade é muito concentrada. Temos grande facturação em poucas lojas, até porque estamos confinados à área dos aeroportos. Ultimamente, quando abrimos alguma loja, é um pequeno espaço comer-cial com 10 ou 20 metros quadrados, para ocupar uma porta de embarque, por exem-plo. Expandimo-nos, mas sempre dentro da área do aeroporto.”

COMPRAR À CHEGADA

As compras à chegada são um segmento pouco tradicional na Europa. Os passageiros preferem fazer as compras à partida. Mas a LfP decidiu explorar aquele nicho de mercado e abriu recentemente uma loja na sala de recolha de bagagens, em Lisboa. segundo Nuno Amaral, “esta loja está a correr bem, com vendas ligeiramente superiores às expectativas.”

RECEITAS DOS AEROPORTOS

As empresas que gerem os aeroportos têm duas fontes de receitas distintas. Aquelas que são geradas pelo negócio da aviação, com relevo para as taxas cobradas às companhias aéreas, e as receitas não-aviação, que têm registado crescimentos significativos. Em muitos casos, estas últimas superam mesmo as que são obtidas através do negócio tradicional dos aeroportos. Constituem receitas não-aviação todos os negócios que gravitam à volta do aeroporto, como o retalho (lojas) – onde se insere a actividade da LfP – o estacionamento, a restauração e a exploração imobiliária, entre outros.

“Implementámos o Taste Portu-gal, uma área que reservámos nas lojas, dedicada a produtos exclusivamente portugueses, como vinhos, azeites, enchi-dos, compotas, mel, doces tra-dicionais ou queijos, entre mui-tos outros. Os aeroportos são sempre locais anónimos e nós tentamos dar-lhe um sentido da portugalidade”

SatiSFaÇÃo e orGULHo de nUno aMaraL PeLa PoSiÇÃo da LFP no RANKING do

retaLHo naCionaL

um tipo de produtos muito específico, como perfumes e cosmética, chocolates, bebidas, tabaco. E, já mais recentemente, lançámos produtos numa área em crescimento inter-nacional – a moda e acessórios – dado que os aeroportos são, cada vez mais, grandes galerias comerciais.”

APOSTA NA PORTUGALIDADE

“Estamos constantemente a investir em lo-jas, porque temos de acompanhar o inves-timento que a própria ANA vai fazendo nos seus aeroportos, que tem sido permanente. Deste modo, cobrimos novos fluxos de pas-sageiros, melhoramos e diversificamos a oferta comercial”Foi precisamente este último aspecto que levou a LFP a apostar num factor que dife-rencia os seus produtos, tornando a empre-sa “única e diferente” – a aposta nos produ-tos tradicionais portugueses.“Implementámos o Taste Portugal, uma área que reservámos nas lojas, dedicada a produtos exclusivamente portugueses, como vinhos, azeites, enchidos, compotas, mel, doces tradicionais ou queijos, entre muitos outros. Os aeroportos são sempre locais anónimos e nós tentamos dar-lhe um

sentido da portugalidade. E esta é uma área onde temos investido muito nos últimos anos, podendo fazer a diferença”, destaca o responsável da LFP.“Perfumes há em todo o lado. Um Chanel é igual aqui, na Rússia ou no Japão. Mas o azeite, o mel, o vinho do Porto, o queijo da Serra e o presunto de Barrancos são produ-tos tipicamente portugueses.”No entanto, apesar desta aposta, que a LFP considera um grande desafio, continuam a ser as categorias de perfumaria e cosmética a gerar maiores receitas.A actividade da LFP estende-se também ao serviço de vendas a bordo da TAP. A empre-sa é responsável pela produção do catálogo, logística, negociação com os fornecedores e gestão do negócio.A LFP tem vindo a introduzir algumas ino-vações para dinamizar as vendas a bordo, nomeadamente, mudanças de catálogo mais frequentes, maior oferta e rotação de artigos, promoções em dias especiais, como o Dia da Mãe e o Dia dos Namorados.No entanto, Nuno Amaral entende que ainda é possível melhorar alguns aspectos. “Pode-mos fazer melhor, para sermos, cada vez mais, um bom prestador de serviços à TAP.” ¢

É esta concentração da actividade numa área reduzida que, de certa forma, explica o facto de a LFP apresentar rácios de produtividade e vendas por metro quadrado muito elevados.Porém, isso não explica tudo, pois estes bons indicadores também estão relaciona-dos com a performance da empresa e a sua capacidade de rentabilização do espaço, “que é caro e escasso, o que exige a sua op-timização”, diz Nuno Amaral.“A nossa engenharia interna é explorar espa-ços comerciais dentro dos aeroportos, com

Page 12: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009 TECNOLOGIA12

TAP lança portal para telemóveis O TAP Mobile é um portal para os suportes móveis, numa aposta que acompanha o desenvolvimento tecnológico. A partir de agora, quando for viajar, pode saber as horas de partida e chegada, as informações sobre o seu des-tino, ou mesmo o paradeiro da sua bagagem, através do telemóvel.

o MenU PrinCiPaL do taP MoBiLe

No TAP Mobile, tudo foi pensado ao pormenor, até o logótipo. As cores verdes e o lettering “Mobile” remetem para o eixo tecnológico e de vanguarda. Quanto aos quadrados, encaminham para as teclas do telemóvel/telefone e para o conceito “Be connected.”

INFORMAÇÃO SEMPRE DISPONÍVEL

E SEM ENCARGOS

Avaliando este portal à lupa, apenas pode-mos, efectivamente, discernir vantagens. Para além de permitir um acesso rápido e eficaz, não implica qualquer inscrição ou valor acrescentado ao cliente.“O único encargo financeiro para aceder ao portal é mesmo apenas o que está in-dexado no tarifário estabelecido entre o cliente e o seu operador. De resto, o TAP Mobile está sempre disponível, prestando informações, não só da TAP como da Star Alliance.”“Trata-se de um projecto da Star Alliance e está a ser implementado por três dos seus membros: TAP, Egyptair e a South African Airways. Para além de representar uma tecnologia de ponta, apresenta uma estrutura de custos muito baixa.”Já foi referido o objectivo do TAP Mobile – permitir à companhia intensificar a comu-nicação com os clientes através do canal móvel. Contudo, Tiago Phillimore vai mais longe nesta questão.“Queremos colocar, claramente, a TAP no caminho que consideramos cada vez mais importante: ser mais inovadora. Até porque esta tem a capacidade de ser reconhecida

“ Be Connected“. Memorize este slogan, que acompanha o TAP Mo-

bile, o portal para os dispositivos móveis que a companhia lançou no dia 22 de Ju-lho, destinado a fornecer aos seus clientes todas as informações relativas a horários de voos, partidas e chegadas, entre mui-tas outras.“O grande objectivo deste projecto é consolidar o canal móvel como uma nova forma de comunicar e interagir com os clientes TAP”, afirma o responsável de Marketing Estratégico, Tiago Phillimore.“Aliás, o slogan transmite a ideia do clien-te estar permanentemente ligado à TAP, sabendo tudo sobre o estado da sua via-gem ou bagagem. No fundo, é automati-zar todos os processos possíveis.”Pensado para os telemóveis de última geração com acesso à internet, este por-tal “aposta na tecnologia, uma das armas que a TAP considera essenciais para a sua sobrevivência e crescimento. As novas tecnologias não devem ser apenas enca-radas como investimentos, mas também como criadoras de oportunidades de valor acrescentado. E esta é uma delas.”Para aceder ao portal, basta ir à internet

neste domínio, para além da sua fiabilidade, segurança e marca forte que é no mercado.”Deste modo, com o novo portal, a empresa assume-se também como “uma alternati-va presente, quer em tecnologias, como em inovação, sendo capaz de dar ao seu cliente um self-service e uma automatiza-ção de processos, como o já existente web check-in, ou as vendas através da internet. Tudo isto faz parte de uma estratégia de diferenciação de produto.”

O

Tiago Phillimore garante que as potencia-lidades do TAP Mobile não vão ficar por aqui. “Completámos uma primeira fase. Para as segunda e terceira fases, a con-cluir no segundo semestre de 2010, que-remos implementar o check-in móvel, com as informações do check-in no telemóvel dos clientes, bem como a venda de bilhe-tes através de telemóvel e outras infor-mações úteis. Assim, a TAP está sempre a acompanhar o seu cliente.”O projecto foi desenvolvido por três áre-as da empresa: Marketing Estratégico (lí-der do projecto), Sistemas de informação (gestor do projecto) e a Megasis (respon-sável pela sua execução).¢

“Queremos colocar a TAP no caminho que consideramos cada vez mais importante: ser mais inovadora. Até porque esta tem a capacidade de ser reconhecida neste domínio, para além da sua fiabilidade, segurança e marca forte que é no mercado.”

do seu telemóvel e digitar http://mobile.flytap.com ou http://mobile.flytap.com.br, este último em português do Brasil. Ao entrar no portal, o cliente depara-se com três secções principais – A minha viagem, O meu destino e Promoções – que compreendem os sete serviços que esta nova tecnologia disponibiliza – ho-rários de voos, partidas e chegadas, lo-calizador de bagagens, localizador de lounges, informações sobre o destino, informações sobre a viagem e conversor de moeda.“Na área de Promoções, a TAP vai ainda lançar leilões, passatempos, downloa-ds de toques, wallpapers, entre outros”, completa Tiago Phillimore.

Page 13: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009fORMAÇÃO 13

Este é o objectivo da equipa TAP PN, ainda em prova, constituída por Gonçalo Lopes, Hugo Mortágua e Tiago Garrido (chefe da equipa).“No início, ficámos um pouco apreensivos, porque era uma competição complexa. Hou-ve necessidade de nos organizarmos”, refere Tiago Garrido.Apesar de se tratar de um jogo de gestão de uma empresa virtual, não é um desafio fá-cil para qualquer um, muito pelo contrário, como destaca Gonçalo Lopes. “Estamos perante uma competição a sério, que reúne empresas com pessoas experien-tes nesta matéria, para não falar de universi-dades que já jogam há muito tempo e fazem todos os estudos quanto à forma como de-vem operar.”Uma das evidências do elevado grau de di-ficuldade do GMC é a exigência das equipas apresentarem, todas as terças-feiras, duran-te as cinco semanas de cada volta, uma deci-são para a empresa que gerem.“O conjunto das decisões tomadas faz a dis-tinção entre as empresas que estão a parti-cipar no mesmo grupo. E as decisões são pensadas consoante o mercado, podendo haver uma greve ou uma queda no merca-do norte-americano, por exemplo”, explica Hugo Mortágua.

D uas equipas do Transporte Aéreo da TAP inscreveram-se na 30ª edição

do Global Management Challenge (GMC). A TAP PN, constituída por dois elementos do voo e um de terra, passou à segunda volta da competição e vai agora tentar chegar à final nacional e, depois, à internacional, em Maio de 2010, na Rússia.Pelo caminho ficou a equipa TAP Wonders, composta por elementos do Marketing, que se posicionou no terceiro lugar do seu grupo. Apesar da sua boa prestação, a pontuação obtida não lhe permitiu ir mais além no GMC, que apenas apura para a segunda volta os primeiros classificados dos 64 grupos.“Em cada ano, o lançamento deste desafio granjeia as atenções da comunidade em-presarial e universitária, o que reverte numa mais-valia para os apoiantes e patrocinado-res, traduzindo-se igualmente num reforço da imagem destes junto dos leitores do Ex-presso”, sublinha Luís Monteiro, Director de Marketing da TAP.É por estas razões que a companhia apoia esta competição de estratégia e gestão, or-ganizada pelo jornal Expresso e pela SDG, desde a sua primeira edição, há 30 anos. “Este desafio permite a aplicação de co-nhecimentos técnicos e traz vantagens nos aspectos comportamentais desenvolvidos, nomeadamente trabalho em equipa, pró-ac-tividade na antecipação das decisões da con-corrência, organização e gestão do tempo e estabelecimento de relações informais faci-litadoras de futuras ligações profissionais”, refere Luís Monteiro.É também por isto que a TAP incentiva, há largos anos, a participação de equipas de quadros neste jogo, numa acção coordenada pela área de Formação Profissional da TAP Serviços.

“MUITOS E NOVOS DESAFIOS

PELA FRENTE!”

A empresa gerida por uma equipa é organi-zada em quatro departamentos: Marketing, Produção, Recursos Humanos e Finanças. Cada uma destas áreas comporta variáveis em função das quais são tomadas as deci-sões, além das referidas contingências do mercado.“Por exemplo, no âmbito dos Recursos Hu-manos temos a variável dos trabalhadores a recrutar e a dispensar, na área de Finanças temos os milhares de euros de aplicações fi-nanceiras a aplicar ou a retirar. E o sucesso da empresa depende dessa enorme variedade de decisões, é tudo pensado”, descreve Tia-go Garrido.Para se tomar decisões, é imperioso pensar em conjunto. “Se existir um bom relaciona-mento entre os elementos da equipa, há uma boa comunicação e uma melhor transmissão de pontos de vista que são fundamentais”, afirma Hugo Mortágua.Ultrapassada a primeira fase, é tempo, ago-ra, de apontar baterias à etapa seguinte, com início marcado para Setembro. “Será uma fase interessante”, diz Hugo Mortá-gua. Mas o seu colega Gonçalo Lopes contra-põe: “Chamar ‘interessante’ ao trabalho que nos espera é um eufemismo simpático. Vamos ter de enfrentar muitos e novos desafios!”Mas a ambição é grande. A equipa quer ir lon-ge na competição, apesar de saber que ainda há um difícil caminho a percorrer, como lem-bra Tiago Garrido.“Tínhamos o objectivo de passar à segunda fase e conseguimos. Agora, vamos competir com os melhores, os primeiros de todos os grupos, tendo como objectivo passar à final nacional, em Novembro!”, revela, o determi-nado chefe da equipa. ¢

“Este desafio permite a aplica-ção de conhecimentos técnicos e traz vantagens nos aspectos comportamentais desenvolvi-dos, nomeadamente trabalho em equipa, pró-actividade na antecipação das decisões da concorrência, organização e gestão do tempo e estabeleci-mento de relações informais fa-cilitadoras de futuras ligações profissionais”

“Através da divulgação e sensibilização a vá-rios níveis, procura-se incentivar os quadros da empresa a participarem neste importante jogo de gestão. É uma competição saudável e uma mais-valia, tanto a nível profissional como pessoal”, refere Belinda Cardoso, res-ponsável pela organização desta iniciativa na TAP.

A CAMINHO DA RÚSSIA?

O GMC é um jogo de gestão já bastante reco-nhecido, tanto em Portugal como a nível in-ternacional. Consiste em gerir uma empresa fictícia, de modo a conseguir a maior cotação possível das suas acções na bolsa de valores.Nesta 30ª edição, inscreveram-se 512 equi-pas, distribuídas por 64 grupos. Apenas 64 equipas foram apuradas para a segunda vol-ta, que termina em 27 de Outubro. As oito melhores disputam a final nacional, em No-vembro. Segue-se a final internacional, na Rússia, em Maio de 2010, à qual apenas tem acesso a vencedora da final nacional, que competirá com as equipas finalistas dos 29 países onde também decorre o GMC.

“Tínhamos o objectivo de pas-sar à segunda fase e consegui-mos. Agora, vamos competir com os melhores, os primei-ros de todos os grupos, tendo como objectivo passar à final nacional, em Novembro!”

a eQUiPa taP Pn – GonÇaLo LoPeS, tiaGo Garrido e HUGo MortÁGUa

Page 14: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 200914 sAúDE

O facto de se estar a registar um nú-mero crescente de casos da Gripe

A em Portugal faz com que a gravidade da doença tenha aumentado?Não. Os peritos mantêm a opinião de que, presentemente, esta forma de gripe se mantém, em geral, com uma gravidade mo-derada.

O que pode acontecer nos próximos tem-pos?Provavelmente, vão continuar a ocorrer mais casos em Portugal, como tem vindo a suceder noutros países. Não se sabe qual será a dimensão desta vaga de Verão, mas pensa-se que o impacto maior poderá ser na estação fria, altura em que terá maior po-tencial de transmissão e em que o vírus po-derá ter adquirido características diferentes das actuais. Contudo, em compensação, também já se espera, nessa altura, conhecer-se melhor as características do vírus. Isto poderá con-tribuir para diminuir os efeitos da doença actuando ao nível da prevenção de forma mais eficaz, através de uma vacina específi-ca que, eventualmente, venha a ser disponi-bilizada, para além das medidas de higiene preconizadas.

O que tem estado a ser feito na TAP para enfrentar a situação? O Plano de Contingência criado e dinami-zado, desde 2005, pelo Grupo de Resposta à Gripe Aviária (GRAV), para aquela forma

Conheça o essencial sobre a Gripe A

Estas medidas estão articuladas com al-guma entidade, em particular? Todos estes procedimentos de contingência implementados estão em consonância com as recomendações das autoridades de saúde nacionais (Direcção Geral de Saúde) e inter-nacionais, como a Organização Mundial de Saúde, os Centers for disease Control america-nos (CDC) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), assim como as entidades aeronáuticas internacionais, como a IATA e AEA e, a nível nacional, a ANA, INAC e outras empresas aeroportuárias.

O que se deve fazer se existir contacto com uma pessoa que venha a ser declara-da como portadora da Gripe A (H1N1)?Uma pessoa com Gripe A confirmada pode ser contagiosa até ao sétimo dia, após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Se o contacto com esse doente tiver sido numa fase em que manifestava sintomas, deve, de acordo com a Direcção Geral de Saúde, manter-se a vida pessoal e profissional normal, mas auto-vigiar-se para

No âmbito do surto da Gripe A (H1N1), a empresa já elaborou um Plano de Contingência, prevenindo-se contra a anunciada pandemia. O plano de acção es-tende-se a todas as áreas do universo TAP. Conheça o que está em causa e os procedimentos a adoptar.

os seguintes sintomas suspeitos:• Início súbito de febre com temperatura

igual ou superior 38 °Cou

• Febre com tosse, dores de cabeça, dores por todo o corpo (músculos, articulações), dores de garganta, corrimento nasal ou diarreia.

O que fazer se surgirem sintomas suspeitos?A primeira coisa a fazer é em contactar tele-fonicamente a Linha Saúde 24 da DGS – 808 24 24 24 – devendo seguir rigorosamente as instruções preconizadas por esta Linha para o seu caso. Se se encontrar no local de trabalho, deve informar a chefia. Esta comunicação activará os procedimentos de contingência específicos para a sua área e, logo que possível, deverá contactar tam-bém a UCS.

Para mais informações, consulte:http://intranet.tap.pt/intranet/csp/r_fisi-cos/documentos/comunicacoes/doc_var/gripe_A.html ¢

de gripe, permitiu abreviar etapas na adopção de um plano específico para a Gri-pe A (H1N1).Na sequência da reactivação do Plano de Contingência, têm decorrido, desde Maio, trabalhos intensos com os diversos Grupos de Resposta à Emergência (GRE’s) que, no seu conjunto, representam todas as áreas/ /empresas do Grupo, para adequar a respos-ta a cada uma delas e optimizar a articula-ção entre todas. A sua divulgação e implementação obede-cem a um plano de comunicação de acordo com a situação da gripe no País a cada mo-mento e o possível reflexo na operação do Grupo TAP.

E quanto ao potencial impacto agudo da Gripe A na estação fria?Independentemente do objectivo adicional de ter uma versão específica do Plano de Contingência, para fazer face ao potencial impacto agudo da Gripe A na estação fria, já têm vindo a ser elaborados e implementa-dos procedimentos de contingência para os vários grupos profissionais, tomando como exemplos o PN, M&E, Handling, Catering e serviços administrativos.Têm sido igualmente implementadas ac-ções para ocorrências específicas, como, por exemplo, dúvidas relativas a embar-que/desembarque de passageiros e proce-dimentos a observar em casos de contacto com algum passageiro, colega ou familiar doentes.

CUBRA A SUA TOSSE…• Cubra a boca e o nariz com um lenço quando tossir ou espirrar.• Em alternativa, espirre ou tussa para a sua manga.• Evite levar as mãos à cara.• Coloque o seu lenço usado no caixote do lixo indicado.• Lave as mãos depois de espirrar, utilizando água e sabão, ou um produto com

álcool.

Page 15: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009sOLIDARIEDADE 15

09: voar no coração de África

“Foi um privilégio voar a baixa altitude com a perícia dos pilotos da TAP”Cândida Pinto

Page 16: TAP desencadeia Plano de Contingência · 2 – Trabalhando numa área de informática, posso ajudar através da automatização ... Processo reorganizativo da TAP M&E Brasil prossegue

Nº 69 | AGO 2009 úLTIMAsFI

CH

A T

ÉC

NIC

A

[email protected] artigos expostos são da responsabilidade da Direcção Editorial do Jornal da TAP, ou dos seus autores, quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração.

Propriedade: TAP Portugal Morada: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LISBOA

Director: António Monteiro | [email protected] Edição: DEEP STEP Comunicação | [email protected] Fotografia: Audiovisuais

16

O cão-guia é um elemento muito im-portante no dia-a-dia dos invisuais,

conduzindo o seu dono em segurança, aju-dando-o a evitar os obstáculos e a encontrar as passadeiras para peões e os locais a que pretende dirigir-se. Este dedicado companheiro de quatro patas é também fundamental para guiar os cegos nos transportes públicos, incluindo, naturalmente, os aviões.É verdade que estes animais – quando educa-dos, durante dois anos, para este fim especí-fico – passam facilmente despercebidos num avião, até porque viajam debaixo do assento do dono. É fundamental que todo o pessoal da companhia, que é confrontado com estas si-tuações, esteja devidamente esclarecido para intervir e contribuir para sossegar os passagei-ros que se possam sentir incomodados com a presença dos animais.Com a realização desta reunião, a TAP e a ACAPO quiseram reafirmar o seu empenho em trabalhar em conjunto para esclarecer que os invisuais podem fazer-se acompanhar pe-los seus cães-guia a bordo dos aviões, mesmo sem açaimo, na condição de os animais esta-rem identificados com os respectivos cartão de identidade e passaporte (ver imagem). Só nestas condições é possível garantir total segu-rança aos restantes passageiros e tripulantes, objectivo que interessa também aos invisuais.

Carlos Lopes fez questão de acentuar que “estes animais, quando devidamente treina-dos, estão preparados para tudo, pelo que ga-ranto que não desponta neles qualquer com-portamento agressivo. Há até pessoas que, quando acaba uma viagem e saímos, comen-tam: ‘Então, mas estava aqui um cão...?’”

ANIMAL DE CONFIANÇA

O guia de Carlos Lopes é um labrador da raça retriever, o cão mais usado em Portugal nes-tas funções. Segundo o Clube Português de Utilizadores de Cães-Guia (CPUC), é este ani-mal que reúne todas as características neces-sárias para exercer as funções com compe-tência, isto é, sem pôr em causa a segurança do utilizador e dos outros cidadãos.“Esta raça apresenta uma natural tendência para servir o ser humano, tarefa que desem-penha com alegria, o que o torna um com-panheiro fácil de gratificar, desinteressado, dedicado e digno de confiança.”Os cães-guia são animais altamente trei-nados para eventuais perigos, durante dois longos anos, por escolas devidamente qua-lificadas e certificadas. A autenticidade e mi-nuciosidade com que se encara a realidade de um cão-guia é tal que têm uma identificação e, no caso de uma viagem internacional, até um passaporte.Estes animais possuem a capacidade de

ACAPO e TAP em sintonia

ManUeLa BatiSta (doV), antÓnio Monteiro (CoMUniCaÇÃo), nidia SiMonS e

GeorGeS JeUneHoMMe (doV/PnC), CarLoS LoPeS e GUCCi, Sandra GonÇaLVeS

(aCaPo), SiLVana BeLÉM (FaLe ConnoSCo), roSa VentUra (SerViÇo ao CLiente/

reGULaMentaÇÃo), LUÍS JeSUS e JorGe CLaUdino (doV/PnC)

Carlos Lopes, Presidente da Associação dos Ce-gos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), visitou a TAP, onde esteve numa reunião com participantes de várias áreas da companhia ligadas à opera-ção, com o objectivo de contribuir para facilitar as condições de viagem dos invisuais, em especial quando acompanhados pelos respectivos cães-guia. Carlos Lopes, que foi também recebido por Fernando Pinto é, recorde-se, também conhecido como atleta de alta competição, tendo já disputa-do quatro Jogos Paralímpicos, seis Campeonatos do Mundo e nove Campeonatos da Europa. Actual-mente, é campeão mundial dos 4x100 metros e vice-campeão mundial dos 100 metros.

discernir todo o tipo de situações durante a condução do seu dono invisual, o que requer, também, que sejam cães com grande capaci-dade de aprendizagem, obedientes e que não mostrem quaisquer sinais de agressividade.Para ilustrar este facto, Carlos Lopes lembra um episódio em que a sua cadela Gucci lhe salvou a vida e que mostra a importância do cão-guia para um invisual. “Uma vez, quando fui visitar os meus pais, perguntei ao revisor de que lado era a plata-forma. O comboio parou e, quando me estava a preparar para descer, disse: ‘Gucci avança’. Como ela ficou parada, insisti: ‘Gucci avança’. E ela continuava parada! E o comboio à espera que eu saísse! De repente, mesmo quando eu estava quase a empurrar a Gucci, porque simplesmente se recusava a andar, passa um comboio à minha frente...! Lembro-me de ver o revisor a aparecer, a gritar: ‘Ainda bem que você não saiu!’

REALIDADE RECENTE

Apesar da importância que têm para um invi-sual, os cães-guia são, contudo, uma realidade ainda relativamente recente no País. Segundo

informação do CPUC, até 1996, “quando nas-ceu a primeira escola portuguesa de cães-guia, Portugal era o único país da União Europeia que não dispunha desta ajuda técnica para os deficientes visuais.” Mas o facto de constituir ainda uma novidade, não justifica a ainda aparente falta de sensibi-lização da opinião pública para a problemática e que a legislação não acompanhe devida-mente esta realidade.No entanto, a necessidade de um cego se des-locar com a ajuda de um cão-guia já é vista por

algumas instituições, como hotéis e restaurantes, com a desejada norma-lidade, até porque estes animais se encontram devidamente treinados e qualificados para serem total-mente discretos. ¢

o BiLHete de identidade e o

PaSSaPorte da GUCCi,

o CÃo-GUia de CarLoS LoPeS