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historia do sns
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1979, a criao do SNS, atravs do qual o Estado assegura o direito sade
(promoo, preveno e vigilncia) a todos os cidados.
De referenciar que, em 1978, o despacho Arnault abriu acesso aos postos de
Previdncia Social (mais tarde Segurana Social) a todos os cidados
independentemente da sua capacidade contributiva. garantida assim, pela primeira
vez, a universalidade, generalidade e gratuitidade dos cuidados de sade e a
comparticipao medicamentosa.
O SNS envolve todos os cuidados integrados de sade, compreendendo a promoo
e vigilncia da sade, a preveno da doena, o diagnstico e tratamento dos doentes
e a reabilitao mdica e social. Tem como objectivo a efectivao, por parte do
Estado, da responsabilidade que lhe cabe na proteco da sade individual e
colectiva. Goza de autonomia administrativa e financeira, estrutura-se numa
organizao descentralizada e desconcentrada, compreendendo rgos de mbito
central, regional e local, e dispe de servios prestadores de cuidados de sade
primrios e servios prestadores de cuidados de sade diferenciados. apoiado por
actividades de ensino que visam a formao e aperfeioamento dos profissionais de
sade.
1982 - O Decreto-Lei n. 254/82, de 29 de Junho, cria as Administraes Regionais de
cuidados de Sade (ARS).
1983 - O Despacho Normativo n. 97/83, de 22 de Abril, aprova o Regulamento dos
Centros de Sade, dando lugar aos centros de sade de segunda gerao.
1984 A criao da Direco-Geral dos Cuidados de Sade Primrios, atravs do
Decreto-Lei n. 74-C/84, de 2 de Maro, pe fim aos servios mdico-sociais da
Previdncia e marca a expanso do SNS. Torna-se o rgo central com funes de
orientao tcnico-normativa, de direco e de avaliao da actividade desenvolvida
pelos rgos e servios regionais, distritais e locais que intervm na rea dos cuidados
de sade primrios. O clnico geral adquire o estatuto de mdico de famlia.
1986 - O Decreto-Lei n. 57/86, de 20 de Maro, regulamenta as condies de
exerccio do direito de acesso ao Servio Nacional de Sade. O diploma visa
estabelecer uma correcta e racional repartio dos encargos do Servio Nacional de
Sade, quer pelos chamados subsistemas de sade, quer ainda por todas as
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entidades, de qualquer natureza, que, por fora da lei ou de contrato, sejam
responsveis pelo pagamento da assistncia a determinados cidados. Salvaguarda
ainda que, porque os estabelecimentos oficiais no tm como objectivo a obteno de
qualquer lucro, os preos a cobrar devero aproximar-se, tanto quanto possvel, dos
custos reais. Prev ainda taxas destinadas a moderar a procura de cuidados de
sade, evitando assim a sua utilizao para alm do razovel.
1988 O Decreto-Lei n. 19/88, de 21 de Janeiro, aprova a lei de gesto hospitalar,
traduzindo as preocupaes decorrentes do aumento do peso das despesas de sade
no oramento do Estado. Aqui se enfatiza a necessidade da introduo de princpios
de natureza empresarial, no quadro da integrao da actividade hospitalar na
economia do Pas. E se a qualidade o princpio maior da gesto hospitalar, a
rentabilidade dos servios torna-se um valor de peso na administrao. So disso
exemplo a criao de planos anuais e plurianuais para os hospitais e a criao de
centros de responsabilidade como nveis intermdios da administrao.
1989 Na 2. Reviso Constitucional, a alnea a) do n. 2 do artigo 64. objecto de
alterao, estabelecendo que o direito proteco da sade realizado atravs de um
servio nacional de sade universal e geral e, tendo em conta as condies
econmicas e sociais dos cidados, tendencialmente gratuito. Coloca-se assim a
nfase no princpio de justia social e de racionalizao dos recursos.
1990 A Lei n. 48/90, de 24 de Agosto, aprova a Lei de Bases da Sade. Pela
primeira vez, a proteco da sade perspectivada no s como um direito, mas
tambm como uma responsabilidade conjunta dos cidados, da sociedade e do
Estado, em liberdade de procura e de prestao de cuidados. A promoo e a defesa
da sade pblica so efectuadas atravs da actividade do Estado e de outros entes
pblicos, podendo as organizaes da sociedade civil ser associadas quela
actividade. Os cuidados de sade so prestados por servios e estabelecimentos do
Estado ou, sob fiscalizao deste, por outros entes pblicos ou por entidades privadas,
sem ou com fins lucrativos. Para a efectivao do direito proteco da sade, o
Estado actua atravs de servios prprios, mas tambm celebra acordos com
entidades privadas para a prestao de cuidados e apoia e fiscaliza a restante
actividade privada na rea da sade. Prev ainda que possam ser cobradas taxas
moderadoras, com o objectivo de completar as medidas reguladoras do uso dos
servios de sade. Destas taxas, que constituem receita do Servio Nacional de
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Sade, so isentos os grupos populacionais sujeitos a maiores riscos e os
financeiramente mais desfavorecidos.
1991 O Decreto-Lei n. 437/91, de 8 de Novembro, aprova o regime legal da
carreira de enfermagem, visando regulamentar o exerccio da profisso, garantindo a
salvaguarda dos direitos e normas deontolgicas especficos e a prestao de
cuidados de enfermagem de qualidade aos cidados.
1992 - O Decreto-Lei n. 54/92, de 11 de Abril, estabelece o regime de taxas
moderadoras para o acesso aos servios de urgncia, s consultas e a meios
complementares de diagnstico e teraputica em regime de ambulatrio, bem como as
suas isenes. Afirma que as receitas arrecadadas com o pagamento parcial do custo
dos actos mdicos constituiro receita do Servio Nacional de Sade, contribuindo
para o aumento da eficincia e qualidade dos servios prestados a todos e, em
especial, dos que so fornecidos gratuitamente aos mais desfavorecidos. O diploma
sublinha os princpios de justia social que impem que pessoas com maiores
rendimentos e que no so doentes crnicos ou de risco paguem parte da prestao
dos cuidados de sade de que sejam beneficirios, para que outros, mais carenciados
e desprotegidos, nada tenham de pagar.
1993 publicado o novo estatuto do SNS atravs do Decreto-Lei n. 11/93, de 15 de
Janeiro. A indivisibilidade da sade e a necessidade de uma criteriosa gesto de
recursos levam criao de unidades integradas de cuidados de sade,
viabilizando a articulao entre grupos personalizados de centros de sade e
hospitais.
No mesmo ano, criado o carto de identificao do utente do Servio Nacional de
Sade, pelo Decreto-Lei n. 198/95, de 29 de Julho.
1999 So estruturados os servios de sade pblica.
2002 Com a aprovao do novo regime de gesto hospitalar, pela Lei n. 27/2002,
de 8 de Novembro, introduzem-se modificaes profundas na Lei de Bases da Sade.
Acolhe-se e define-se um novo modelo de gesto hospitalar, aplicvel aos
estabelecimentos hospitalares que integram a rede de prestao de cuidados de
sade e d-se expresso institucional a modelos de gesto de tipo empresarial (EPE).
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2006 O Decreto-Lei n. 101/2006, de 6 de Junho, cria a Rede Nacional de
Cuidados Continuados Integrados, visando dar resposta ao progressivo
envelhecimento da populao, ao aumento da esperana mdia de vida e crescente
prevalncia de pessoas com doenas crnicas incapacitantes.
2007 Surgem as primeiras unidades de sade familiar, dando corpo reforma dos
cuidados de sade primrios. O Decreto-Lei n. 298/2007, de 22 de Agosto,
estabelece o regime jurdico da organizao e do funcionamento destas unidades e o
regime de incentivos a atribuir aos seus elementos, com o objectivo de obter ganhos
em sade, atravs da aposta na acessibilidade, na continuidade e na globalidade dos
cuidados prestados.
2008 Assiste-se a mais um passo importante na reforma dos cuidados de sade
primrios, com a criao dos agrupamentos de centros de sade do SNS, atravs
do Decreto-Lei n. 28/2008, de 22 de Fevereiro. O objectivo consiste em dar
estabilidade organizao da prestao de cuidados de sade primrios, permitindo
uma gesto rigorosa e equilibrada e a melhoria no acesso aos cuidados de sade.
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