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1 COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL FISCALIDADE E UNIÃO ADUANEIRA Política Aduaneira Bruxelas, 23 de Agosto de 2010 TAXUD/2008/1633 rev. 2 DIRECTRIZES RELATIVAS AO SISTEMA DE REGISTO E IDENTIFICAÇÃO DE OPERADORES ECONÓMICOS

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COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL FISCALIDADE E UNIÃO ADUANEIRA Política Aduaneira

Bruxelas, 23 de Agosto de 2010

TAXUD/2008/1633 rev. 2

DIRECTRIZES RELATIVAS AO

SISTEMA DE REGISTO E IDENTIFICAÇÃO DE OPERADORES ECONÓMICOS

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ADVERTÊNCIA JURÍDICA

O presente documento contém directrizes relativas às obrigações decorrentes do sistema de registo e identificação de operadores económicos (EORI) e à forma como essas obrigações devem ser cumpridas. Os utilizadores devem todavia ter em conta que o Código Aduaneiro e as Disposições de Aplicação do Código Aduaneiro constituem a única base jurídica válida e que as informações contidas no presente documento não podem ser interpretadas como uma recomendação jurídica.

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ÍNDICE

Introdução........................................................................................................................................................................ 4 Abreviaturas.................................................................................................................................................................... 6

1. REGISTO................................................................................................................................................................. 7 1.1. Quem deverá efectuar o registo para obter o número EORI? ............................................................. 7 1.1.1. Operadores económicos estabelecidos no território aduaneiro da Comunidade .......................................... 7 1.1.2. Operadores económicos estabelecidos fora do território aduaneiro da Comunidade .................................. 8 1.1.3. Pessoas que não sejam operadores económicos ............................................................................................... 9 1.1.4. Missões diplomáticas de países terceiros, organizações internacionais e organizações não governamentais ................................................................................................................................................................. 9 1.2. Autoridades responsáveis pelo registo no sistema EORI .................................................................... 9 1.3. Local de registo ............................................................................................................................................. 10 1.3.1. Operadores económicos estabelecidos no território aduaneiro da Comunidade. ....................................... 10 1.3.2. Operadores económicos estabelecidos fora do território aduaneiro da Comunidade. ............................... 13 1.4. Processo de registo...................................................................................................................................... 13 1.4.1. Estrutura do número EORI ............................................................................................................................ 14 1.4.2. Dados armazenados no sistema central EORI ............................................................................................... 15

2. UTILIZAÇÃO DO NÚMERO EORI .................................................................................................................... 17

3. INTERVENIENTES NO SISTEMA EORI E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ............................................. 21 3.1. Comissão Europeia....................................................................................................................................... 21 3.2. Estados-Membros ......................................................................................................................................... 21 3.3. Operadores económicos ............................................................................................................................. 21 3.4. Utilizadores ..................................................................................................................................................... 22

4. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS E O SISTEMA EORI .................................................................. 23 4.1. Generalidades ................................................................................................................................................ 23 4.1.1. Informações a fornecer .................................................................................................................................... 23 4.1.2. Publicação dos dados de identificação e registo............................................................................................. 24

ANEXO I.......................................................................................................................................................................... 25

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Introdução

O sistema EORI visa implementar as medidas de segurança introduzidas pelo Regulamento (CEE) n.º 2913/92, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 648/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho1. Essas medidas terão maior eficácia se as pessoas visadas puderem ser identificadas através de um número comum, único para cada indivíduo e válido em toda a Comunidade. Os operadores comerciais têm apelado para a criação de um sistema desta natureza desde o momento em que foram introduzidos os códigos de identificação obrigatórios através do Regulamento (CE) n.º 2286/20032. Um número EORI consiste num número único, válido em toda a Comunidade Europeia e atribuído aos operadores económicos e outras pessoas por uma autoridade aduaneira ou por outra(s) autoridade(s) nomeada(s) para o efeito num Estado-Membro, em conformidade com as regras estabelecidas na Parte I, Título I, Capítulo 6 das DAC3. As disposições relativas ao número EORI não restringem, nem interferem com os direitos e obrigações decorrentes das regras que estabelecem requisitos para o registo e a obtenção de qualquer número de identificação que cada Estado-Membro possa impor em matéria não aduaneira, como a fiscalidade ou as estatísticas. Ao efectuar o seu registo, para fins aduaneiros, num Estado-Membro os operadores podem obter um número EORI válido em toda a Comunidade. A fim de retirar todos os benefícios desta reforma, os titulares deverão obviamente utilizar o número EORI (uma vez atribuído) em todas as comunicações com as autoridades aduaneiras da CE em que seja exigida uma identificação aduaneira. As autoridades aduaneiras da CE devem ter um acesso fácil e fiável ao registo e dados de identificação dos operadores. Para garantir tal acesso, foi criado um sistema electrónico central para armazenar dados relativos ao registo dos operadores económicos e de outras pessoas, que permitirá ainda às autoridades aduaneiras trocarem entre si dados respeitantes aos números EORI. Este sistema central integra os dados indicados no Anexo 38D das DAC que se encontram actualmente armazenados no sistema nacional de cada Estado-Membro. Os Estados-Membros deverão adoptar medidas para reduzir os encargos que a introdução do sistema EORI representará para os operadores económicos.

Os custos relativos à implantação do sistema EORI serão partilhados pela Comunidade e pelos Estados-Membros, conforme previsto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 10.º da Decisão relativa a um quadro sem papel para as alfândegas e o comércio 4. 1 JO L 117 de 4.5.2005, p. 13. 2 JO L 343, de 31.12.2003, p. 1. 3 JO L 98, de 17.4.2009, p. 3.

4 JO L 23, 26.1.2008, p. 21.

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Tendo em conta a experiência prática e dado o elevado grau de especificidade das situações decorrentes da aplicação do sistema EORI, as Directrizes relativas a este sistema devem ser explicadas de forma mais detalhada e ilustradas com exemplos de boas práticas sempre que surja essa necessidade.

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Abreviaturas

AEO Operador Económico Autorizado CA Código Aduaneiro DAC Disposições de Aplicação do Código Aduaneiro CE Comunidade Europeia UE União Europeia JO Jornal Oficial DAU Documento Administrativo Único

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1. REGISTO

1.1. Quem deverá efectuar o registo para obter o número EORI?

1.1.1. Operadores económicos estabelecidos no território aduaneiro da Comunidade

Nos termos do n.º 12 do artigo 1.º das DAC, entende-se por «operador económico» «a pessoa que, no âmbito da sua actividade profissional, exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira». Nos termos do n.º 1 do artigo 4.º do CA, entende-se por «pessoa»: — quer as pessoas singulares, — quer as pessoas colectivas, — quer ainda, quando esta possibilidade se encontrar prevista na legislação em vigor, qualquer associação de pessoas que se reconheça com capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva. Cabe à legislação nacional de cada Estado-Membro determinar quem é considerado pessoa singular, pessoa colectiva ou associação de pessoas reconhecida como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva. O Anexo I ao presente documento apresenta exemplos de formas jurídicas de entidades que, em função da legislação nacional de cada Estado-Membro, correspondem a pessoas colectivas ou a associações de pessoas reconhecidas como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva. As entidades com estatuto de pessoa colectiva ou com capacidade para praticar actos jurídicos sem ter estatuto legal de pessoa colectiva E que, no âmbito da sua actividade profissional, exercem actividades abrangidas pela legislação aduaneira devem obter um número EORI. Cada entidade poderá obter apenas um número EORI, que utilizará, sempre que exigido, em todas as comunicações com qualquer autoridade aduaneira na Comunidade. Assim, um fornecedor estabelecido na CE que não exerça actividades abrangidas pela legislação aduaneira e que forneça matéria-prima que já esteja em livre circulação a um fabricante estabelecido na CE não é obrigado a solicitar um número EORI. De igual modo, um operador de transporte que não exerça actividades abrangidas pela legislação aduaneira de qualquer Estado-Membro e que só transporte mercadorias em livre circulação dentro do território aduaneiro da Comunidade não é obrigado a solicitar um número EORI. Nos termos do n.º 2 do artigo 4.º do Código Aduaneiro, entende-se por pessoa estabelecida na Comunidade: (a) quanto a uma pessoa singular, qualquer pessoa que aí tenha a sua residência habitual, (b) quanto a uma pessoa colectiva ou a uma associação de pessoas, qualquer pessoa que aí tenha:

• a sua sede estatutária, • a sua administração central, ou

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• um estabelecimento permanente5.

Os operadores económicos deverão solicitar um número EORI antes de iniciar uma actividade abrangida pela legislação aduaneira, por ex., antes de iniciar operações de exportação ou importação (mesmo que não planeiem realizar este tipo de operações num futuro próximo). Os operadores económicos que não tenham efectuado um pedido de registo podem fazê-lo aquando da sua primeira operação. O registo EORI poderá todavia levar vários dias para ser efectuado, pelo que será recomendável solicitar um número EORI com alguma antecedência, antes de iniciar operações abrangidas pela legislação aduaneira. Os operadores económicos estabelecidos na UE deverão estar sempre registados no Estado-Membro onde estiverem estabelecidos. Mesmo que a sua primeira operação seja realizada noutro Estado-Membro, os operadores económicos deverão solicitar às entidades competentes do Estado-Membro onde estiverem estabelecidos que lhes atribuam um número EORI. No processo de registo, os operadores económicos devem cumprir as regras nacionais do Estado-Membro onde se encontram estabelecidos (ver também ponto 1.4).

1.1.2. Operadores económicos estabelecidos fora do território aduaneiro da Comunidade

Os operadores económicos estabelecidos fora do território aduaneiro da Comunidade deverão estar registados se procederem a um dos seguintes actos (ver n.º 3 do artigo 4.º-L das DAC):

a) apresentação na Comunidade de uma declaração sumária (por ex., uma declaração sumária para armazenamento temporário) ou uma declaração aduaneira que não seja:

– uma declaração aduaneira conforme prevista nos artigos 225.º a 238.º das DAC, ou

– uma declaração aduaneira para fins de regime de importação temporária (por ex., para uma exposição ou reexportação de mercadorias temporariamente importadas, em conformidade com o artigo 137.º do CA);

b) apresentação na Comunidade de uma declaração sumária de saída ou de entrada;

c) utilização de uma instalação de depósito temporário nos termos do n.º 1 do artigo 185.º das DAC;

d) solicitação de uma autorização, nos termos do artigo 324.º-A ou 372.º das DAC;

e) solicitação de emissão de um certificado de operador económico autorizado, nos termos do artigo 14.º-A das DAC6.

Exemplos − Um exportador chinês ou suíço cujas mercadorias são expedidas para um destinatário da CE não

é obrigado a solicitar um número EORI. Se pretender, por exemplo, apresentar na Comunidade 5 A definição geral de «estabelecimento permanente» consta do modelo de convenção da OCDE.

6 Para mais informações sobre os certificados de Operador Económico Autorizado, consultar o sítio Web da DG TAXUD em: http://ec.europa.eu/taxation_customs/customs/policy_issues/customs_security/index_en.htm#auth_eco.

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uma das declarações acima mencionadas, deverá todavia efectuar um registo para obter um número EORI.

− Um operador económico canadiano que declara mercadorias para beneficiar de um regime de importação temporária ao abrigo de um livrete ATA não é obrigado a solicitar a atribuição de um número EORI.

Os operadores económicos estabelecidos fora da Comunidade são aconselhados a solicitar um número EORI antes de proceder a qualquer dos actos acima mencionados. Os operadores económicos que não tenham efectuado o seu registo poderão fazê-lo durante a primeira operação (ver ponto 1.2. para mais informações sobre as autoridades responsáveis pelo registo no sistema EORI). Uma vez que o registo poderá levar vários dias para ser efectuado, é recomendável introduzir o respectivo pedido com alguma antecedência no Estado-Membro onde irão decorrer as actividades previstas.

1.1.3. Pessoas que não sejam operadores económicos

As pessoas que não sejam operadores económicos deverão estar registadas se o registo for exigido pela legislação de um Estado-Membro e caso não tenham ainda obtido um número EORI e realizarem operações para as quais é necessário possuir um número EORI conforme previsto pelo Anexo 30A ou pelo Anexo 37, Título I.

1.1.4. Missões diplomáticas de países terceiros, organizações internacionais e organizações não governamentais

As missões diplomáticas de países terceiros não são obrigadas a pedir um número EORI. No que respeita às organizações internacionais e às organizações não governamentais, é necessário proceder a uma análise caso a caso. De um modo geral (com algumas excepções), as organizações internacionais não realizam actividades abrangidas pela legislação aduaneira nem uma «actividade profissional». Porém, não é de excluir que, nalguns casos, exerçam uma actividade abrangida pela legislação aduaneira, sendo nesse caso atribuído um número EORI. As actividades de organizações não governamentais podem em certa medida ser «actividades profissionais». Assim, algumas serão consideradas operadores económicos e necessitarão de um número EORI, mesmo que a maior parte das suas operações de importação e exportação beneficiem de franquia de direitos aduaneiros.

1.2. Autoridades responsáveis pelo registo no sistema EORI

Cabe exclusivamente aos Estados-Membros decidirem quais as autoridades responsáveis pela atribuição do número EORI.

A lista de autoridades responsáveis pela atribuição dos números EORI em cada Estado-Membro é publicada no sítio Web da DG Taxud, nas «Informações indicativas mais recentes sobre a aplicação nacional do sistema EORI»:

http://ec.europa.eu/ecip/security_amendment/who_is_concerned/index_en.htm

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1.3. Local de registo

1.3.1. Os operadores económicos estabelecidos no território aduaneiro da Comunidade (ver

ponto 1.1.1) devem ser registados pela autoridade aduaneira ou por outra autoridade designada pelo Estado-Membro onde se encontrem estabelecidos7 (n.º 1 do artigo 4.º-L das DAC).

Empresas multinacionais As empresas multinacionais são normalmente constituídas por uma empresa-mãe e por várias entidades, sendo cada uma destas uma pessoa colectiva, ou seja, uma entidade jurídica distinta, inscrita no registo local de sociedades comerciais, em conformidade com a legislação do Estado-Membro onde a entidade se encontra estabelecida, ou uma entidade que assume a forma de associação de pessoas reconhecida como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva (n.º 1 do artigo 4.º do CA). Exemplo A empresa-mãe P está estabelecida na Alemanha. Possui duas entidades: S1, registada na Bélgica, e S2, registada na Áustria, sendo ambas pessoas colectivas. A empresa-mãe P não exerce qualquer actividade abrangida pela legislação aduaneira de qualquer Estado-Membro, o mesmo não se verificando com as suas entidades. A empresa-mãe P não é obrigada a obter um número EORI, uma vez que não é um operador económico, na acepção do n.º 12 do artigo 1.º das DAC (a empresa não exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira de qualquer Estado-Membro). As suas entidades estarão no entanto sujeitas à obrigação imposta por força do n.º 1 do artigo 4.º-L das DAC e deverão possuir um número EORI. A entidade S1 deverá obter um número EORI atribuído pela autoridade belga e a entidade S2 deverá obter um número EORI atribuído pela autoridade austríaca. Empresas multinacionais: algumas entidades não se enquadram na definição de «pessoas» dada pelo n.º 1 do artigo 4.º do Código Aduaneiro As empresas multinacionais também podem ser constituídas por uma empresa-mãe e várias entidades localizadas em diferentes Estados-Membros. Algumas destas entidades enquadram-se, à luz da legislação nacional que rege as sociedades, na definição de «pessoas» dada pelo n.º 1 do artigo 4.º do Código Aduaneiro, ou seja, são entidades jurídicas distintas, inscritas no registo local das sociedades comerciais em conformidade com a legislação que rege as sociedades do Estado-Membro onde a entidade visada se encontra estabelecida, ou são pessoas reconhecidas como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva. Outras são porém escritórios, instalações ou outros estabelecimentos da própria empresa, mas não são «pessoas» na acepção do n.º 1 do artigo 4.º do CA, não podendo neste caso obter um número EORI. Apenas as entidades que se enquadram na definição de «pessoas» poderão obter um número EORI. 7 Considera-se que um operador económico está estabelecido num Estado-Membro:

(a) no caso de ser uma pessoa singular, se aí tiver a sua residência habitual, (b) no caso de ser uma pessoa colectiva ou uma associação de pessoas, se aí tiver:

• a sua sede estatutária, • a sua administração central, ou • um estabelecimento permanente.

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Apenas as «pessoas» podem realizar ou intervir em operações aduaneiras, por ex. apresentar uma declaração aduaneira (n.º 18 do artigo 4.º do Código Aduaneiro), representar terceiros (artigo 5.º do CA) ou obter uma autorização para um regime aduaneiro com impacto económico (em todo o caso, as disposições do CA e das DAC referem-se sempre a «pessoas»). Exemplo n.º 1 A empresa-mãe C está estabelecida no Reino Unido. Possui as seguintes entidades: um escritório regional8 R1 estabelecido na Estónia, um escritório regional R2 estabelecido na Alemanha e uma sucursal 9 B1 estabelecida nos Países Baixos. Os escritórios regionais R1 e R2, assim como a sucursal B1 não são consideradas «pessoas» na acepção do n.º 1 do artigo 4.º do CA. A empresa-mãe C exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira de vários Estados-Membros. As autoridades do Reino Unido atribuirão um número EORI à empresa-mãe C, uma vez que esta é um «operador económico» (uma pessoa que, no âmbito da sua actividade profissional, exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira), na acepção do n.º 12 do artigo 1.º das DAC, que se encontra estabelecida no Reino Unido. As suas entidades (R1, R2 e B1) não obterão número EORI uma vez que nenhuma é considerada uma «pessoa» na acepção do n.º 1 do artigo 4.º do CA. Assim, quando a empresa-mãe C apresentar uma declaração aduaneira referente à importação de mercadorias que serão entregues ao escritório regional R1 ou R2 ou à sucursal B1, o número EORI da empresa-mãe C será indicado na casa 14 e 8 do DAU. Exemplo n.º 2 A empresa-mãe PC está estabelecida na Alemanha. Possui as seguintes entidades: um escritório regional R1 estabelecido na Áustria, um escritório regional R2 estabelecido na Roménia e uma sucursal B1 estabelecida na Eslováquia. O escritório regional R1 está registado na Áustria e é uma pessoa colectiva nos termos da legislação austríaca. O escritório regional R2 e a sucursal B1 não são pessoas colectivas ou associações de pessoas reconhecidas como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva, nos termos da legislação romena e eslovaca, respectivamente. Assim, não se enquadram na definição de «pessoas» dada pelo n.º 1 do artigo 4.º do Código Aduaneiro. A empresa-mãe PC e o escritório regional R1 exercem actividades abrangidas pela legislação aduaneira de vários Estados-Membros. A empresa-mãe PC e o escritório regional R1 obterão, individualmente, um número EORI, uma vez que são «operadores económicos» na acepção do n.º 12 do artigo 1.º das DAC (pessoas que, no âmbito da sua actividade profissional, exercem actividades abrangidas pela legislação aduaneira). A empresa-mãe PC obterá um número EORI atribuído pelas autoridades alemãs e o escritório regional R1 obterá um número EORI atribuído pelas autoridades austríacas. As entidades R2 e B1 não obterão número EORI, uma vez que não possuem o estatuto legal de «pessoa» na acepção do n.º 1 do artigo 4.º do CA, não sendo por conseguinte «operadores económicos». 8 «Escritório regional», conforme definido nos artigos 14.º-G, alínea b), 324.º-E, 445.º e 448.º das DAC. 9 «Sucursal» é o termo normalmente utilizado, mas a definição precisa é dada pela legislação nacional de cada

Estado-Membro.

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O escritório regional R1 pode apresentar uma declaração aduaneira. Porém, e sem prejuízo de quaisquer restrições ao direito de representação aduaneira introduzidas por um Estado-Membro em conformidade com o n.º 2, segundo parágrafo, do artigo 5.º do Código Aduaneiro, a empresa-mãe PC pode igualmente actuar como representante do escritório regional R1. A empresa-mãe PC apresentará uma declaração aduaneira referente à importação de mercadorias que serão entregues ao escritório regional R1. O número EORI da empresa-mãe PC será indicado na casa 14 do DAU10, ao passo que o número EORI do escritório regional R1 será indicado na casa 8. Quanto ao escritório regional R2 e à sucursal B1, ver também o exemplo 1. Exemplo n.º 3 A empresa-mãe P é uma pessoa colectiva com sede nos Estados Unidos. Possui as seguintes entidades: uma sede estatutária11 R1 estabelecida na Irlanda, uma sede estatutária R2 estabelecida no Reino Unido e uma sede estatutária R3 estabelecida na Dinamarca. As sedes estatutárias R1, R2 e R3 não são pessoas colectivas, nem associações de pessoas reconhecidas como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva, nos termos da legislação nacional do país onde se encontram estabelecidas. Nenhuma se enquadra na definição de «pessoa» dada pelo n.º 1 do artigo 4.º do Código Aduaneiro. A empresa-mãe P exerce actividades profissionais abrangidas pela legislação aduaneira através das suas três entidades europeias. A empresa-mãe P é deste modo um operador económico (nos termos do n.º 12 do artigo 1.º das DAC, tem estatuto de «pessoa» e exerce actividades abrangidas pela legislação aduaneira no âmbito da sua actividade profissional). Encontra-se igualmente estabelecida na CE, uma vez que possui sedes estatutárias no território da Comunidade (n.º 2 do artigo 4.º do CA). Recomenda-se que nos dados de registo seja indicado como endereço de estabelecimento um endereço da empresa P nos Estados Unidos. A empresa P deverá obter um número EORI. Todavia, as suas sedes estatutárias estão localizadas em vários Estados-Membros. A empresa P pode solicitar e obter um número de identificação em cada um destes Estados-Membros para finalidades não relacionadas com o domínio aduaneiro (fiscalidade ou estatísticas), a fim de obter um número de IVA, por exemplo. Para fins aduaneiros, os operadores económicos e as outras pessoas só poderão todavia possuir um número EORI.

Assim, a empresa P pode solicitar e utilizar apenas um número EORI que é atribuído por um dos Estados-Membros, neste caso, a Irlanda, o Reino Unido ou a Dinamarca.

O quadro seguinte ilustra resumidamente a forma como o número EORI deve ser utilizado em diferentes Estados-Membros.

10 Para mais informações sobre o Documento Administrativo Único ver:

http://ec.europa.eu/taxation_customs/customs/procedural_aspects/general/sad/index_en.htm

11 Entende-se por «sede estatutária» o endereço que consta do registo das sociedades como endereço oficial da empresa. Na maioria dos países, as empresas devem inscrever-se no registo das sociedades local. Devem declarar o local onde exercem a sua actividade profissional, sendo esse local considerado a sua «sede estatutária» conforme consta do registo.

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O OE é... Onde se encontra

estabelecido?

Procedimento no EM 1 Procedimento no EM X

Pessoa singular no EM 1 Atribuição de um número EORI Utilização do número EORI atribuído no EM 1

Pessoa colectiva no EM 1 Atribuição de um número EORI Utilização do número EORI atribuído no EM 1

Outra pessoa no EM 1 Atribuição de um número EORI Utilização do número EORI atribuído no EM 1

Exemplo n.º 4 A empresa A estabelecida no Estado-Membro 1 apresenta uma declaração de importação no Estado-Membro X. A empresa A e o número EORI atribuído no Estado-Membro 1 deverão ser indicados na casa 14 do DAU (dados relativos ao declarante). O número EORI é atribuído à empresa A no Estado-Membro 1, que é o seu país de estabelecimento, mesmo que as actividades abrangidas pela legislação aduaneira sejam exercidas na totalidade no Estado-Membro X. 1.3.2. Os operadores económicos estabelecidos fora do território aduaneiro da Comunidade

serão registados pela autoridade aduaneira ou outra autoridade designada pelo Estado-Membro onde praticaram pela primeira vez um dos actos enumerados no ponto 1.1.2 (ver n.º 3 do artigo 4.º-L das DAC).

Exemplo A empresa C está estabelecida na Rússia e opera o meio de transporte utilizado para introduzir mercadorias no território aduaneiro da Comunidade.

As suas operações de transporte abrangem vários Estados-Membros. A empresa C transportará mercadorias e apresentará a sua primeira declaração sumária de entrada no Estado-Membro X em 8 de Julho de 2009. A declaração sumária de entrada incluirá o número EORI da pessoa que apresenta a mesma. Para obter o número EORI, a empresa C deverá cumprir os procedimentos nacionais estabelecidos no país X e introduzir o seu pedido em 1 de Julho de 2009. O número EORI atribuído em 6 de Julho será utilizado para preencher a declaração sumária de entrada e para futura identificação da empresa C em todos os procedimentos e contactos realizados com as autoridades aduaneiras na CE.

1.4. Processo de registo

As regras relativas ao processo de registo com vista à atribuição do número EORI são estabelecidas pela legislação nacional de cada Estado-Membro.

É recomendável que o registo dos dados enumerados no Anexo 38D das DAC só seja finalizado após a autenticação das informações fornecidas.

Antes de atribuir um número EORI, as autoridades responsáveis do Estado-Membro visado devem consultar o sistema EORI (referências aos pedidos efectuados no sistema EORI central e constantes da base de dados nacionais ou pedidos efectuados no sistema central se não houver referências aos pedidos na base de dados nacional), a fim de confirmar se a pessoa não possui já um número de identificação. As pesquisas devem ser efectuadas com base no nome da pessoa indicada nos documentos de identificação.

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A identidade dos operadores económicos estabelecidos fora do território da Comunidade pode ser confirmada através dos seguintes meios:

- no caso das pessoas singulares, o passaporte válido ou outro documento de viagem12;ou - no caso das pessoas colectivas ou associações de pessoas, um documento emitido pelo ficheiro de empresas (original ou cópia de documento oficial contendo dados de identificação e emitido em data não anterior aos últimos seis meses pelas autoridades responsáveis pelo ficheiro de empresas ou por uma câmara de comércio na UE ou num país terceiro).

Para mais informações sobre o procedimento de atribuição de número EORI, poderá consultar os sítios Web das autoridades aduaneiras dos Estados-Membros em:

http://ec.europa.eu/ecip/security_amendment/who_is_concerned/index_en.htm

Para informações indicativas sobre a aplicação do sistema EORI, ver:

http://ec.europa.eu/taxation_customs/customs/security_amendment/who_is_concerned/index_fr.htm#EORI

1.4.1. Estrutura do número EORI

O número EORI apresenta a seguinte estrutura:

Campo Conteúdo Tipo de campo Formato Exemplos 1 Identificação do

Estado-Membro que atribui o

número (código de país ISO alfa 2)

Alfabético 2

a2 PL

2 Código único de identificação num Estado-Membro

Alfanumérico 15

an..15 1234567890ABCDE

Exemplos de números EORI PL1234567890ABCDE para um exportador polaco (código de país: PL) cujo número nacional único é 1234567890ABCDE.

LTRU1234567890ABC para um transportador russo (código de país: RU) a quem foi atribuído na Lituânia (código de país: LT) o número único RU1234567890ABC.

Caso o número EORI seja atribuído a um operador económico titular de uma caderneta TIR13 estabelecido fora do território aduaneiro da Comunidade, recomenda-se que seja aplicada a seguinte estrutura ao número EORI:

Campo Conteúdo Tipo de campo Formato Exemplos

12 Ver artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 562/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de 2006,

que estabelece o código comunitário relativo ao regime de passagem de pessoas nas fronteiras (Código das Fronteiras Schengen), JO L 105, de 13.4.2006.

13 Convenção TIR (1975): http://www.unece.org/tir/tirconv/conv75.htm

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1 identificação do Estado-Membro que atribui o número (código de país ISO alfa 2)

Alfabético 2

a2 CZ

2 Identificação da caderneta TIR

Alfabético 1

T -

3 Código da associação nacional através da qual o titular da caderneta TIR obteve a respectiva autorização

Numérico 3

n3 053

4 Número de identificação único do titular da caderneta TIR

Numérico 10 n..10 0123456789

Exemplo CZT0530123456789 para um operador autorizado pela associação russa ASMAP (código 053) a utilizar a caderneta TIR e que efectuou o registo para obter um número EORI na República Checa, uma vez que foi neste país que apresentou uma declaração sumária de entrada.

Código de país: os códigos alfabéticos utilizados na Comunidade para identificar os países e territórios baseiam-se nos actuais códigos ISO alfa 2 (a2), na medida em que sejam compatíveis com os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1172/95 do Conselho, de 22 de Maio de 1995, relativo às estatísticas das trocas de bens da Comunidade e dos seus Estados-Membros com países terceiros (JO L 118, de 25.5.1995). A lista dos códigos de países é regularmente actualizada pela Comissão através de regulamentos.

1.4.2. Dados armazenados no sistema central EORI

O sistema central EORI armazena dados enumerados no anexo 38D das DAC. Alguns desses dados são fornecidos facultativamente pelos Estados-Membros, outros são obrigatórios. Os Estados-Membros devem transferir regularmente para o sistema central os dados enumerados nos pontos 1 a 4 do anexo 38D relativos aos operadores económicos e outras pessoas, sempre que sejam atribuídos novos números EORI ou se verifiquem alterações nos referidos dados. Trata-se do seguinte:

1. Número EORI,

2. Nome completo da pessoa,

3. Endereço do estabelecimento/endereço de residência: o endereço completo do local onde a pessoa está estabelecida ou reside, incluindo o identificador do país ou território (código de país ISO alfa 2, tal como definido no anexo 38, título II, casa n.º 2, se disponível).

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A partir de 1 de Julho de 2010, o(s) número(s) de identificação para efeitos de IVA, quando atribuído(s) pelos Estados-Membros, terão de ser transferidos para o sistema central EORI. Dependendo de cada caso, pode existir mais de um número de IVA (até 99, no máximo) para cada pessoa. As pessoas que executem actividades tributáveis em vários Estados-Membros terão vários números de IVA. As autoridades competentes do Estado-Membro de registo devem transferir todos os números de IVA que receberem de uma pessoa à qual tenha sido atribuído um número EORI depois de confirmarem a autenticidade desses números.

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2. UTILIZAÇÃO DO NÚMERO EORI

Uma vez atribuído, o número EORI deverá ser utilizado em todas as operações e actividades aduaneiras realizadas na Comunidade, sempre que for solicitada uma identificação.

Os elementos a indicar nas declarações aduaneiras e nas declarações sumárias de entrada e de saída estão especificados nos anexos 37, 37A, 38 e 30A das DAC (ver também artigos 183.º, 212.º, 216.º, 787.º e 842.º-B das DAC). Em certos casos, o número EORI é um elemento facultativo ou condicional nas declarações sumárias, nas declarações sumárias de entrada/saída ou nas declarações aduaneiras. Porém, a fim de beneficiar das facilidades proporcionadas pelo certificado de AEO, o número EORI deverá ser indicado nessas declarações. Além disso, o número EORI deve ser indicado nos pedidos de certificado de AEO (campo 9). Uma vez que o processo de registo poderá levar vários dias, os operadores económicos que ainda não possuam um número EORI deverão solicitar o seu registo com alguma antecedência, ou seja, antes de apresentarem uma declaração sumária ou uma declaração aduaneira. Os pedidos tardios de registo no sistema EORI (efectuados na estância aduaneira de entrada, por exemplo) poderão provocar atrasos no processamento das declarações sumárias ou aduaneiras, uma vez que as informações respeitantes a um número EORI recentemente atribuído não estarão disponíveis nos sistemas aduaneiros electrónicos.

Tal como previsto no n.º 2 do artigo 36.º-A do CA, se a declaração sumária tiver sido apresentada na estância aduaneira situada num Estado-Membro diferente da estância aduaneira de entrada e a declaração sumária tiver de ser transmitida à estância aduaneira de entrada, a pessoa que apresenta a declaração sumária de entrada (ENS) não deverá apresentar a ENS num prazo inferior a 24 horas a contar do momento em que tiver recebido a notificação de atribuição do número EORI.

Nos quadros seguintes, são indicadas de forma resumida as ocasiões em que é exigido o número EORI.

Declaração sumária* Função Entrada Saída Declaração de trânsito

incluindo dados a indicar na declaração

sumária de entrada e de saída

Transportador

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária. Obrigatório: Nas situações previstas nos n.ºs 6 e 8 do artigo 183.º das DAC, o número EORI do transportador deve

- Exigido apenas se for diferente do responsável principal, sendo neste caso o número EORI opcional.

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ser fornecido. O número EORI do transportador deverá também ser fornecido nas situações previstas no n.º 2 do artigo 184.º-D das DAC.

Parte a notificar Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária.

- -

Expedidor/ exportador

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária.

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária.

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária. Obrigatório: Se a estância aduaneira de partida estiver localizada na UE e o expedidor for um AEO.

Pessoa que apresenta a declaração sumária

Obrigatório: Número EORI.

Obrigatório: Número EORI.

Obrigatório: Número EORI.

Destinatário Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária.

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária.

Condicional: Número EORI sempre que este número estiver disponível para a pessoa que apresenta a declaração sumária. Obrigatório: Se a estância aduaneira de partida não estiver localizada na UE, mas o destinatário é um AEO.

Pessoa que solicita a alteração

Obrigatório: Número EORI.

- -

Operador destinatário autorizado

- - TIN 14

14 Ver Anexo 37A das DAC.

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* JO L 98, de 17.4.2009, p. 3: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2009:098:0003:0023:EN:PDF

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Declaração aduaneira1

Importação Exportação Trânsito Expedidor/ exportador

Os Estados-Membros podem exigir: número EORI ou número requerido pela legislação do Estado-Membro em causa2

Os Estados-Membros exigem: número EORI ou número ad hoc

Os Estados-Membros podem exigir: número EORI ou número ad hoc2

Destinatário Os Estados-Membros exigem: número EORI ou número ad hoc

Os Estados-Membros podem exigir: número EORI ou número requerido pela legislação do Estado-Membro em causa2

Os Estados-Membros podem exigir: número EORI ou número requerido pela legislação do Estado-Membro em causa2

Declarante/ representante

Os Estados-Membros exigem: número EORI ou número ad hoc

Os Estados-Membros exigem: número EORI ou número ad hoc

-

Responsável principal

- - Os Estados-Membros exigem: número EORI.

1 JO L 98, de 17.4.2009, p. 3: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2009:098:0003:0023:EN:PDF

2 Elementos que os Estados-Membros podem decidir dispensar. No entanto, os operadores de países terceiros não são obrigados a ter um número EORI quando actuam como expedidores/exportadores ou como destinatários (artigo 4.º-L, n.º 3, das DAC). Para a definição de «pessoa estabelecida na Comunidade», ver ponto 1.1.1 na página 7 do presente documento. Nota 1: Entende-se por «número ad hoc» um número que pode ser atribuído pela administração aduaneira (que esta poderá também recusar atribuir) para a declaração visada. Esse número não é um número EORI e não será processado no sistema EORI. Os números ad hoc destinam-se a ser utilizados em situações excepcionais, quando a pessoa ainda não obteve um número EORI, ou não está obrigada a obter um número EORI, mas é solicitada a indicar, conforme previsto no Anexo 37 das DAC, o seu número de identificação na declaração aduaneira. Os números ad hoc não podem ser utilizados nas declarações sumárias de entrada ou de saída. As regras relativas à gestão deste número (quando e de que forma são atribuídos) são definidas pelos Estados-Membros.

Nota 2: Estes regras referem-se apenas aos números de identificação a fornecer nas declarações aduaneiras e não definem quaisquer requisitos quanto ao endereço indicado nessas declarações. Os endereços das partes mencionados numa declaração aduaneira não serão validados por comparação com os endereços fornecidos no sistema EORI.

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3. INTERVENIENTES NO SISTEMA EORI E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES

3.1. Comissão Europeia

A Comissão Europeia providencia as infra-estruturas e serviços para as seguintes tarefas principais:

• armazenamento dos dados EORI a nível central;

• recolha dos dados EORI nacionais fornecidos pelos Estados-Membros ao repositório central;

• fornecimento (transferência) dos dados EORI nos sistemas dos Estados-Membros;

• consulta dos dados EORI e verificação do estatuto de AEO através do repositório central;

• fornecimento de uma interface pública para verificar a validade dos número EORI através do repositório central e para aceder aos dados de registo EORI (ver ponto 4.1.2);

• fornecimento de uma interface pública para aceder à lista das autoridades dos Estados-Membros responsáveis pela atribuição dos números EORI.

3.2. Estados-Membros

As principais funções e responsabilidades dos Estados-Membros (EM) são as seguintes:

• Cada EM deve nomear a autoridade ou autoridades responsáveis pelo processo de registo e atribuição dos números EORI caso não seja da responsabilidade da autoridade aduaneira a atribuição dos números EORI.

• Os EM devem notificar a Comissão acerca da autoridade nomeada ou da lista de autoridades que os operadores económicos ou, quando apropriado, outras pessoas deverão contactar para obter um número EORI.

• Cada EM deve determinar se um número de identificação já atribuído (por ex., um número de IVA) deve ser reutilizado ou se deve ser atribuído um novo número de identificação. Os EM devem ainda seleccionar, de entre os dados nacionais existentes, os registos que sejam relevantes para o sistema EORI.

• Quando o sistema estiver operacional, os EM devem transmitir regularmente os seus dados EORI nacionais ao sistema central. Recomenda-se, em particular, aos EM que transmitem os novos dados de registo EORI o mais cedo possível ao sistema central gerido pela Comissão Europeia (ver ponto 3.1).

• Cada EM deverá operar o sistema nacional nas suas instalações. Os EM que disponham de uma base de dados EORI devem assegurar a sua constante actualização e fiabilidade e que os dados estejam completos.

3.3. Operadores económicos

No âmbito do sistema EORI, a função dos operadores económicos e de outras pessoas consiste em:

• iniciar o processo de registo com a autoridade nacional de um Estado-Membro (ver capítulo 1);

• fornecer as informações e actualizações regulares exigidas pela legislação nacional do Estado-Membro responsável pelo registo e cumprir os critérios definidos pela autoridade designada e/ou autoridade aduaneira.

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3.4. Utilizadores

Os utilizadores externos podem ter acesso a alguns dados do sistema EORI disponíveis através do portal Europa (na Internet; ver ponto 4.1.2). Podem ter acesso à interface pública do sistema EORI (que não exige identificação, autenticação ou autorização do sistema) para verificar se o número EORI está activado e/ou confirmar o nome e endereço da pessoa visada, se tiver sido dada autorização para a publicação destes dados (ver ponto 4.1.2).

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4. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS E O SISTEMA EORI

4.1. Generalidades

O sistema EORI e os dados transmitidos entre os sistemas EORI e os sistemas informáticos nacionais devem cumprir as disposições das directivas, regulamentos e decisões aplicáveis em matéria de segurança e protecção de dados, nomeadamente:

- a Directiva 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de Outubro de 1995, relativa à protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados;

- o Regulamento (CE) n.° 45/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Dezembro de 2000, relativo à protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas instituições e pelos órgãos comunitários e à livre circulação desses dados;

- a Decisão 2001/264/EC do Conselho, de 19 de Março de 2001, que aprova as regras de segurança do Conselho;

- Commission Decision C(2006) 3602 of 16 August 2006 concerning the security of information systems used by the European Commission [Decisão da Comissão C(2006) 3602, de 16 de Agosto de 2006, relativa à segurança dos sistemas de informação utilizados pela Comissão Europeia].

Os Estados-Membros devem envolver as autoridades nacionais competentes em matéria de protecção de dados na implantação do sistema EORI.

4.1.1. Informações a fornecer

Sem prejuízo das disposições nacionais que transpõem a Directiva 95/46/CE, as pessoas cujos dados pessoais sejam processados para fins de emissão de um número EORI devem ser informadas sobre:

(a) os fins a que se destinam os dados a processar;

(b) os destinatários ou categorias de destinatários dos dados;

(c) os fins para os quais são divulgados os dados;

(d) o período durante o qual os dados serão armazenados;

(e) a identificação do responsável pelo tratamento (alínea d) do artigo 2.º da Directiva 95/46/CE);

(f) o seu direito de aceder e corrigir os dados que lhes dizem respeito e o endereço da autoridade junto da qual esse direito poderá ser exercido (se esta informação for fornecida por meios electrónicos, deverá ser fornecida uma ligação para essa autoridade);

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(g) os dados de contacto das autoridades de supervisão que receberão as reclamações respeitantes à protecção de dados.

Essas informações deverão ser prestadas por escrito no momento em que os dados de registo forem recolhidos. A Comissão e os Estados-Membros assumem ambos o papel de responsável pelo tratamento («co-responsáveis pelo tratamento»), tal como definido na alínea d) do artigo 2.º da Directiva 95/46/CE e na alínea d) do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 45/2001. 4.1.2. Publicação dos dados de identificação e registo

Os dados de identificação e registo respeitantes aos operadores económicos e outras pessoas enumerados nos pontos 1, 2 e 3 do Anexo 38D (número EORI, nome completo da pessoa e endereço de estabelecimento ou residência) só podem ser publicados na Internet pela Comissão se as pessoas a que respeitem os dados tiverem dado o seu consentimento específico, livre e informado para a publicação destes dados.

A autoridade deverá também informar essas pessoas de que a publicação dos dados não é obrigatória e que o não consentimento de publicação não afectará o processamento do pedido de atribuição do número EORI nem quaisquer formalidades aduaneiras envolvendo as pessoas visadas. Neste contexto, entende-se por «consentimento»qualquer manifestação de vontade, livre, específica e informada, pela qual os operadores económicos ou outras pessoas aceitam que os dados pessoais que lhes dizem respeito sejam publicados. Tal implica o fornecimento das informações apropriadas sobre o facto de os dados poderem ser divulgados ao público através da Internet, além de outras informações necessárias para considerar que um consentimento é dado «de forma livre, específica e informada». O pedido de consentimento deverá ser específico e claramente destacado no texto de todas as outras informações fornecidas aos operadores económicos e outras pessoas. As autoridades nacionais competentes em matéria de protecção de dados deverão ser consultadas relativamente ao texto relativo ao consentimento. Uma vez dado, o consentimento deve ser comunicado em conformidade com a legislação nacional dos Estados-Membros à(s) autoridade(s) designada(s) pelos Estados-Membros ou às autoridades aduaneiras. Os números EORI e os dados indicados no Anexo 38D serão processados no sistema central durante o período estipulado nas disposições legais dos Estados-Membros que transmitiram os dados. Uma vez terminado este período, os Estados-Membros deverão eliminar os números EORI dos seus sistemas nacionais.

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ANEXO I

Exemplos de formas de entidades que, nos termos da legislação nacional dos Estados-Membros, constituem pessoas colectivas ou associações de pessoas reconhecidas como tendo capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal de pessoa colectiva (ver ponto 1.1.1).

Estado-Membro Pessoas colectivas

Associações de pessoas reconhecidas como tendo

capacidade para praticar actos jurídicos, sem ter estatuto legal

de pessoa colectiva BE Société Privée à Responsabilité

Limitée (S.P.R.L.), Société Anonyme (SA), Société Coopérative à Responsabilité

Illimitée (SCRI)

Société en Commandite Simple (SCS)

BG ·Акционерните дружества (АД); ·Еднолични акционерни дружества

(ЕАД); ·Акционерно дружество със специална инвестиционна цел (АДСИЦ);

·Дружество с ограничена отговорност (ООД)

·Еднолични дружество с ограничена отговорност (ЕООД);

·Сдружения и фондации с нестопанска цел;

· Както и всички останали лица, които са вписани в Търговския регистър

·Командните дружества (КД); ·Командно дружество с акции

(КДА); ·Събирателно дружество

(СД); ·Кооперации; Кооперативни предприятия; ·Между кооперативни предприятия;

·Клон на чуждестранно дружество (КЧД);

·Търговец – публично предприятие (Т-ПП);

·Търговско предприятие; ·Едноличен търговец (ЕТ) – физическо лице, което съгласно българското законодателство може да сключва и да извършва търговски сделки

CZ Veřejná obchodní společnost Komanditní společnost Společnost s ručením omezeným Akciová společnost Družstvo Státní podnik

DK Aktieselskab (A/S) Anpartsselskab (ApS) Selvejende Institution

Interessentskab (I/S)

DE Gesellschaft mit beschränkter Haftung (GmbH),

Aktiengesellschaft (AG), Eingetragener Verein (e.V.), Kommanditgesellschaft auf Aktien

(KGaA, GmbH & Co. KGaA, Stiftung & Co. KGaA),

Eingetragene Genossenschaft (eG), Stiftung des Privatrechts (Stiftung)

BGB-Gesellschaft (GbR), Partnerschaftsgesellschaft (+

Partner), offene Handelsgesellschaft

(OHG, GmbH & Co. OHG), Kommanditgesellschaft (KG,

GmbH & Co. KG, Limited & Co. KG, AG & Co. KG, Stiftung & Co. KG, Stiftung GmbH & Co.

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KG), Stille Gesellschaft

EE Täisühing (TÜ) Usaldusühing (UÜ) Osaühing (OÜ) Aktsiaselts (AS) Tulundusühistu (-) Mittetulundusühing (MTÜ) Sihtasutus (SA)

IE Limited Liability Company Unlimited Liability Company Statutory Bodies

Partnership Trust

EL Ανώνυµη Εταιρεία (Α.Ε.) Οµόρρυθµη Εταιρεία (Ο.Ε.) Ετερόρρυθµη Εταιρεία (Ε.Ε.) Εταιρεία Περιορισµένης Ευθύνης

(Ε.Π.Ε.) Νοµικό Πρόσωπο ∆ηµοσίου ∆ικαίου

(Ν.Π.∆.∆.) Νοµικό Πρόσωπο Ιδιωτικού ∆ικαίου

(Ν.Π.Ι.∆.) Συνεταιρισµός Σωµατείο Ίδρυµα

Συµµετοχική ή αφανής εταιρεία

ES Sociedad Anónima (S.A.), Sociedad Limitada (S.L), Sociedad colectiva, Sociedad Comanditaria, Sociedad Cooperativa, Sociedad civil con personalidad

jurídica, Corporaciones locales, Organismos públicos,

Comunidad de propietarios, Comunidad de bienes y

herencias yacentes, Uniones temporales de

empresas, sociedad civil sin personalidad

jurídica.

FR Société anonyme (SA) Société coopérative de production

(SCOP); Société coopérative ; Société par actions simplifiée (SAS) ; Société par actions simplifiée

unipersonnelle (SASU) ; Société à responsabilité limitée

(SARL) ; Société d'Exercice Libéral à

Responsabilité Limitée (SELARL) Entreprise unipersonnelle à

responsabilité limitée (EURL) ; Société en commandite simple (SCS); Société en commandite par actions

(SCA) ; Société en nom collectif (SNC) ; Société anonyme sportive

professionnelle (SASP). Société civile immobilière (SCI) ; Société civile professionnelle (SCP) ; Société civile de moyens (SCM) ; Société d'exercice libéral (SEL) ; Etablissement public à caractère

Toute personne physique ; établissement ; Régie intéressée ; Régie de service public.

Il n'y a pas de limite ou de liste définie car n'importe qui peut rentrer dans le champ d'application de cette définition notamment via une procuration.

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industriel et commercial (EPIC) ; Etablissement public à caractère

administratif (EPA) ; Établissements publics à caractère

scientifique et technologique (EPST) Établissements publics à caractère

scientifique, culturel et professionnel (EPCSCP)

Établissements publics de coopération scientifique (EPCS)

Établissements publics de coopération culturelle (EPCC)

Établissements publics économiques Établissements publics de

coopération intercommunale[4] (EPCI) Établissements publics de santé

(EPS) Établissements publics du culte Établissements publics sociaux ou

médico-sociaux Offices public de l'habitat (OPH), qui

succèdent aux OPAC et aux Officices publics d'HLM (OPHLM).

Caisse des écoles (Établissements publics locaux)

Services départementaux d'incendie et de secours (SDIS)

L'Etat Français ; Collectivités territoriales et leurs

groupements (communes, départements, régions, collectivités d'outre-mer, intercommunalités, cantons, arrondissements,...) ;

groupements d'intérêt public (GIP) ; autorités publiques indépendantes

(AAI). groupements d'intérêt économique

(GIE) ; groupements européens d'intérêt

économique (GEIE) syndicats ; fondations d'entreprise ; fondation reconnue d'utilité publique ; fondation abritée ; Association de fait, ou non déclarée ; association déclarée ; associations agrées ; associations reconnues d'utilité

publique (RUP) ; associations intermédiaires ;

IT Società a responsabilità limitata (S.r.l.)

Società per Azioni (S.p.A.)

Società in nome collettivo (S.n.c.)

Società in accomandita semplice (S.a.s.)

CY ∆ηµόσια Εταιρεία,

Ιδιωτική Εταιρεία περιορισµένης ευθύνης

Συνεταιρισµός, Σωµατείο, Ίδρυµα, Λέσχη

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LV Sabiedrība ar ierobežotu atbildību (SIA),

Akciju sabiedrība (AS), Individuālais komersants (IK)

Komandītsadiedrība (KS), Pilnsabiedrība (PS)

LT Uždaroji akcinė bendrovė (UAB), Akcinė bendrovė (AB), Individuali įmonė (IĮ), Valstybės įmonė (VĮ), Tikroji ūkinė bendrija (TŪB), Komanditinė ūkinė bendrija (KŪB)

Bendrija

LU Entreprise individuelle Société à responsabilité limitée

unipersonnelle Société à responsabilité limitée (Sàrl) Société anonyme (SA) Société en nom collectif (SNC) Société coopérative Groupement d’intérêt économique

(GIE) Société civile (SC) et Société civile

immobilière (SCI) Société européenne (SE)

Société en commandite simple (SCS)

HU korlátolt felelősségű társaság (kft.), részvénytársaság (rt.), közhasznú társaság (kht.), egyesület, köztestület, vállalat, leányvállalat, alapítvány, egyesülés, költségvetési szerv, szövetkezet, tröszt

közkereseti társaság (kkt.), betéti társaság (bt.), külföldi székhelyű vállalkozás

magyarországi fióktelepe egyéni vállalkozó (e.v.) egyéni cég (e.c.)

MT Company Limited Public Liability Company

Other Commercial Partnerships

NL Besloten vennootschap met beperkte aansprakelijkheid (BV)

- Naamloze vennootschap (NV) - Vereniging - Coöperatieve vereniging - Stichting - Publiekrechtelijk rechtspersoon

Maatschap Commanditaire vennootschap Vennootschap onder firma

AT Gesellschaft bürgerlichen Rechts (GesbR),

Offene Gesellschaft (OG), Kommanditgesellschaft (KG), Gesellschaft mit beschränkter Haftung

(Gesellschaft mbH, GesmbH or GmbH),

Gesellschaft mit beschränkter Haftung & Kommanditgesellschaft (GmbH & Co KG),

Aktiengesellschaft (AG)

PL spółka z ograniczoną odpowiedzialnością

spółdzielnia

spółka jawna, spółka komandytowa spółka partnerska;

Page 29: TAXUD/2008/1633 rev. 2 - ec.europa.euec.europa.eu/ecip/documents/who_is/taxud1633_2008_rev2_pt.pdf · AEO Operador Económico Autorizado CA Código Aduaneiro DAC Disposições de

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spółka akcyjna fundacja stowarzyszenie

spółka komandytowo-akcyjna wspólnota mieszkaniowa

PT Sociedade Anónima (SA), Sociedade por Quotas,

Sociedade em Comandita, Sociedade em nome colectivo.

RO societate in nume colectiv societate in comandita simpla societate pe actiuni (SA) societate in comandita pe actiuni societate cu raspundere limitata (SRL)

asociatiile familiale asociatiune in participatiune

SI Pravne osebe zasebnega prava: • društvo • delniška družba (d.d.) • družba z omejeno odgovornostjo

(d.o.o.) • komanditna delniška družba

(k.d.d.) • zadruga • gospodarsko interesno zdrženje

(g.i.z.) • družba z neomejeno

odgovornostjo (d.n.o.) • komanditna družba (k.d.)

Pravne osebe javnega prava: • javni zavodi • javni skladi • javne agencije • Banka Slovenije

Združba oseb na podlagi družbene pogodbe (societeta).

SK Spoločnosť s ručením obmedzeným Akciová spoločnosť Verejná obchodná spoločnosť Komanditná spoločnosť Družstvo Štátny podnik

Občianske združenie

FI Avoin yhtiö (öppet bolag) Kommandiitti yhtiö (kommanditbolag) Osakeyhtiö (aktiebolag) Osuuskunta (andelslag) Säätiö (stiftelse) Valtion tai kunnan laitos (statlig eller

kommunförbundets inrättning) Yhdistys (förening) Yksityinen elinkeinonharjoittaja

(enskild näringsidkare)

Eurooppalainen taloudellinen etuyhtymä (Europeisk ekonomisk intressegruppering)

SE Aktiebolag (AB), Handelsbolag (HB), Kommanditbolag (KB) Ekonomiska föreningar Statliga och kommunala myndigheter

(här ingår även landsting) Stiftelser

UK Sole proprietor, Partnership, Company

registered partnership