TCC Corrupção em Licitações

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    1/21

    INTRODUO

    Faz parte da rotina do brasileiro acompanhar atravs dos telejornais e agoramuito mais rapidamente, atravs das redes sociais, grandes escndalos financeiros

    onde figuram, como personagens principais, agentes pblicos e polticos, e mais

    recentemente, grandes Corporaes statais, como por e!emplo, a "etrobras#

    $corre %ue a corrup&o acompanha o homem desde os prim'rdios e no

    (rasil, pas con%uistado ) base de bugigangas trazidas nas naus portuguesas,

    desde sempre %ue a probidade n&o l* um dos valores mais importantes na cultura

    nacional# +liada a isso, a inefic*cia das leis e a impunidade favorecem o aumentodesenfreado destas pr*ticas criminosas, transformando a administra&o pblica em

    uma m*%uina caa n%uel# "ra piorar, os donos do poder-, a%ueles escolhidos do

    povo e para o povo-, s&o os primeiros na fila da propina, fazendo do patrim.nio

    pblico o seu banco privado, como j* afirmava /ontes%uieu, +%uele %ue detm o

    poder tende a dele abusar-#

    "or isso, o presente estudo tem por objetivo fazer uma breve an*lise sobre a

    corrup&o no servio pblico, em especial nas licitaes, suas causas e os seus

    efeitos, bem como a institucionaliza&o da improbidade nos mais diferentes

    segmentos da +dministra&o "ublica, alm de pontuar os avanos e fracassos no

    controle desta conduta, abordando os crimes previstos na lei 0111234 e sua

    efetividade na diminui&o das fraudes# 5ambm pretende refletir sobre a

    responsabiliza&o objetiva do agente pblico, bem como da pessoa jurdica de

    direito privado, atingindo o topo da pirmide hier*r%uica com a 5eoria do 6omnio do

    Fato, uma vez %ue s&o os administradores os respons*veis por gerenciar os

    recursos pblicos, e os processos licitat'rios#

    Com isso, a inten&o demonstrar %ue a corrup&o n&o dever ser

    considerada uma conduta ligada ) cultura nacional, tal %ual o jeitinho brasileiro-,

    mas sim uma pr*tica criminosa gravssima %ue pode e deve ser combatida de forma

    feroz e e!emplar, j* %ue a impunidade, a mola propulsora para a propaga&o deste

    mal %ue hoje assola a moral e macula a honra de toda uma na&o#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    2/21

    2

    1. ADMINISTRAO PBLICA.

    Conceito e Princpios

    "odemos definir a +dministra&o "blica como a atividade e!ercida por um

    conjunto de 'rg&os, servios e agentes institudos pelo stado, sob o regime de

    6ireito "ublico, %ue procura satisfazer as necessidades essenciais da sociedade, de

    modo direto e imediato, gerindo os bens pblicos a favor dointeresse pblico, e dos

    direitos e interesses dos cidad&os %ue administra#

    +dministrar tamanha ri%ueza objetivando o interesse pblico e!ige nortear7se

    por "rincpios t&o nobres, %ue por si s' deveriam ser capazes de substituir todo o rol

    de normas, leis e funes criadas a fim de organizar a administra&o do stado, e

    segundo Celso +ntonio (andeira de /ello,

    8iolar um princpio muito mais grave %ue transgredir uma norma# +

    desaten&o ao princpio implica ofensa n&o apenas a um especficomandamento obrigat'rio, mas a todo o sistema de comandos# 9 a

    mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o

    escal&o do princpio atingido, por%ue representa insurg:ncia contra

    todo o sistema,subvers&o de seus valores fundamentais, contumlia

    irremissvel a seu arcabouo l'gico e corros&o de sua estrutura

    mestra# ;sto por%ue, ao ofend:7lo, abatem7se as vigas %ue o sustm e

    alui7se toda a estrutura nele esforada#-

    +ssim, a Constitui&o de

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    3/21

    3

    Organizao

    6e fato, gerenciar recursos monstruosos e reinvesti7los para o bem de cada

    cidad&o n&o tarefa f*cil, na verdade seria impossvel centralizar todo o comando

    em um s' ente, por isso o stado organizou a administra&o pblica em direta e

    indireta#

    + administra&o pblica direta a presta&o dos servios pblicos

    desempenhada diretamente pelos "oderes da =ni&o, pelos stados e /unicpios,

    alm do 6istrito Federal# stes 'rg&os n&o s&o dotados de personalidade jurdica

    pr'pria, sendo a elas delegadas tarefas com transfer:ncia de hierar%uia, processoconhecido como desconcentra&o, garantindo inclusive sua independ:ncia

    financeira com recursos previstos no oramento pblico#

    >* na administra&o pblica indireta e!iste a transfer:ncia da administra&o

    por parte do stado a outras pessoas jurdicas, criadas por ele, para e!ercer tais

    atividades, sendo %ue estas pessoas jurdicas podem ser fundaes, empresas

    pblicas, organismos privados, etc# ?este caso ocorre a descentraliza&o

    administrativa, ou seja, a tarefa de administra&o transferida para outra pessoa

    jurdica#

    nt&o, em resumo, %uando a =ni&o, o 6istrito Federal, os stados e os

    /unicpios fazem a presta&o dos servios pblicos utilizando os seus pr'prios

    meios, entende7se %ue a +dministra&o 6ireta, mas se cria outras pessoas

    jurdicas %uais sejam autar%uias, fundaes, sociedades de economia mista ou

    empresas pblicas e lhes transfere a responsabilidade sobre os servios pblicos,

    haver* +dministra&o ;ndireta#

    $corre %ue ainda assim, muitos servios n&o podem ser e!ecutados, nem

    pela administra&o direta e nem pela indireta, devido a sua natureza# "ara isso, a

    titularidade transferida atravs de concess&o, pois sempre ter* car*ter tempor*rio,

    como por e!emplo, a constru&o de uma refinaria de petr'leo, %ue ap's a

    conclus&o, perde o objeto-# +ssim, mediante um processo formal selecionam7se as

    empresas ou o cons'rcio delas, para %ue e!ecute a%uele nico servio, ou seja,

    atravs da @icita&o "blica#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    4/21

    4

    2. LICITAO PBLICA

    Conceito

    9 necess*rio %ue abordemos alguns conceitos b*sicos, bem como

    recordemos um pouco a evolu&o hist'rica da @icita&o a fim de entendermos a sua

    importncia e a partir da vejamos as brechas- por onde escorrem parte da ri%ueza

    do pas#

    + @icita&o n&o apenas a escolha de um fornecedor- de um produto ouservio# la consiste em uma srie de atos e processos administrativos previstos na

    Constitui&o Federal, como em um contrato pr7nupcial, em %ue o ente demonstra

    suas necessidades e e!plicita seus termos e condies a partir de um edital pr'prio,

    para %ue a%ueles %ue se interessarem, ade%uando7se )s condies, ofeream suas

    propostas, das %uais somente a mais vantajosa ao stado ser* a escolhida, sendo

    %uea melhor oferta n&o obedecer* apenas o critrio de melhor preo, poder* ser

    tambm melhor tcnica ou ainda tcnica e preo# $u seja, levar7se7&o em conta,

    alm de valores, a %ualidade e especifica&o do produtos2servios %ue melhor

    atendam o interesse pblico, ficando assim o felizardo com a galinha dos ovos de

    ouro-#

    $ te!to constitucional dispe e!pressamente %ue incumbe ao "oder "blico a

    presta&o de servios pblicos e estabelece a obrigatoriedade da @icita&oA

    +rt#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    5/21

    5

    Evoluo histrica

    "ara se chegar aos moldes Constitucionais o caminho foi longo# ?o (rasil n&o

    havia uma norma especfica %ue regulasse a @icita&o no pas, na verdade, o

    assunto foi introduzido no direito pblico ha cerca de

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    6/21

    6

    seriedade %ue lhe era devida# 8ale um desta%ue para os artigos M3 at o artigo 4

    %ue tratavam diretamente da concurrencia "blica-, com o sota%ue "ortugu:s

    reverberando em nossos ouvidos e tambm a observa&o %ue desde a%uela poca

    j* haviam as brechas para se contratar servios e produtos sem a ado&o de todos

    os procedimentos licitat'rios, abrindo tambm, %uem sabe, o precedente para a

    corrup&o# "ois bem, desde ent&o as leis e os procedimentos sofreram constante

    evolu&o, sempre buscando trazer maior segurana e efici:ncia )s contrataes

    para o servio pblico, com :nfase ) reforma administrativa de

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    7/21

    7

    P

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    8/21

    8

    manifestarem7se oficialmente at M Gvinte e %uatroH horas da apresenta&o das

    propostas#

    P Mo Concurso a modalidade de licita&o entre %uais%uer

    interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico,

    mediante a institui&o de pr:mios ou remunera&o aos vencedores,

    conforme critrios constantes de edital publicado na imprensa oficial

    com anteced:ncia mnima de M G%uarenta e cincoH dias#

    Concurso a modalidade de licita&o destinada ) escolha de trabalhos

    tcnicos, cientficos ou artsticos, podendo tanto remunerar, %uanto oferecer pr:mios

    aos vencedores, visando mais a promo&o social, cientifica ou cultural do objeto

    licitado#

    P o @eil&o a modalidade de licita&o entre %uais%uer interessados

    para a venda de bens m'veis inservveis para a administra&o ou de

    produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a aliena&o

    de bens im'veis prevista no art# ustia# ?o leil&o n&o e!iste a

    necessidade de possuir cadastro ou se habilitar com anteced:ncia, j* %ue prioridade a venda do bem )%uele %ue oferecer o maior lance#

    +pesar de toda a efici:ncia encontrada na @ei 0111234, em muitos

    casos, n&o fora possvel alcanar a celeridade desejada ao processo licitat'rio,

    principalmente )%ueles contratos menores, de mais r*pida conclus&o, prejudicados

    pelo e!cesso de burocracia, por isso adotou7se uma se!ta modalidade de @icita&o,

    %ue o "reg&o# sta n&o regida pela lei 0111 e sim pela @ei Federal

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    9/21

    9

    6iferente de se atingir valores pr7definidos, no preg&o os concorrentes podem

    bai!ar suas ofertas e disputar a venda do objeto em %uest&o, como em um leil&o )s

    avessas, onde %uem vence a%uele %ue oferece o menor lance# $s valores

    costumam alcanar patamares bem menores do %ue a%ueles conseguidos com as

    demais modalidades, viabilizando contrataes mais r*pidas e eficientes, e assim

    como nas demais modalidades, o preg&o dever* ser efetuado de acordo com a

    natureza do objeto , independentemente do valor da contrata&o#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    10/21

    10

    . CRIMS NA LICITAO.

    #os cri$es e "as penas

    + @ei 0111234, forjada nos parmetros e princpios da Constitui&o de

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    11/21

    11

    penais podem ocorrer sem %ue em algum ponto do processo e!ista algum disposto

    a mudar as regras em seu favor ou pu!ar a sardinha para o seu lado-#

    Keus sujeitos ativos englobam os licitantes, servidores pblicos e pessoas a

    eles vinculadas, mas por se tratar em

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    12/21

    12

    3. PROBIDAD IMPROBIDAD ADMINISTRATI4A

    + preocupa&o com os atos de improbidade administrativa por parte de

    agentes pblicos bem antiga# K' n&o mais antiga mesmo do %ue a pr'pria

    improbidade, %ue no (rasil chegou com as naus portuguesas#

    "ode7se afirmar %ue tem sido longo o hist'rico de leis as %uais t:m procuradocoibir tal pr*tica, tipificando as condutas e punindo seus respons*veis, mas a

    efetividade s' alcanada se houver a separa&o do joio e do trigo-, j* %ue a

    diferena entre o %ue certo ou errado est* inserida na alma da pessoa#

    + palavra probo deriva do latim probus, %ue significa bom-, reto-, justo-,

    virtuoso-, integro-, honrado-, honesto-, entre outros# sta deveria ser a

    caracterstica marcante e fundamental para fazer parte da +dministra&o "blica#

    "arafraseando >esus Cristo, fazer para o pr'!imo como se a si mesmo o fizesse-L efoi justamente com essa vis&o %ue o @egislador elaborou o te!to constitucional,

    fi!ando ali um marco, um horizonte ao %ual todos pudessem se referenciar, eivado

    de princpios t&o nobres %ue >esus ficaria orgulhosoA

    +rt# 4B# + administra&o pblica direta e indireta de %ual%uer dos

    "oderes da =ni&o, dos stados, do 6istrito Federal e dos /unicpios

    obedecer* aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

    publicidade e efici:ncia T###U

    /as como no (rasil, ahhh o (rasil, as normas precisam de um manual de

    instrues para se tornarem eficazes, s'- a Constitui&o parecia n&o ter surtido o

    efeito necess*rio neste aspecto e em

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    13/21

    13

    bem, ao vigorar, esta substituiu as normas legais at ent&o vigentes %ue tratavam

    sobre o tema, ampliando a tipifica&o de atos de improbidade, previstas na

    Constitui&o e nas leis anteriores#

    =m dos avanos- dessa lei foi a tipifica&o do enri%uecimento ilcito, do

    prejuzo ao r*rio e do desrespeito aos princpios administrativos como condutas

    atentat'rias ) probidade# $utro ponto importante foi o %ue determinava %ue todo o

    agente pblico declarasse os bens %ue compunham seu patrim.nio pessoal no incio

    de sua carreira-, a fim de %ue se pudesse ter um controle maior sobre a sua

    evolu&o patrimonial, o %ue na teoria seriam aes %ue evitariam ou ao menos

    dificultariam a corrup&o, mas neste pas temos mestrado e doutorado em dar

    e!ce&o ) regras e ocultar ou mascarar ganhos pr*tica t&o comum, %ue laranja-h* muito tempo dei!ou de ser s' uma fruta e at ouvir a alega&o %ue pessoas

    desconhecidas- depositam milhes de d'lares em sua conta com o intuito de apenas

    prejudica7lo j* se ouve por a%ui#

    +li*s, coisa tambm muito comum vermos o desmembramento de fatos e

    dados a fim de %ue as coisas sejam vistas, n&o em seu tamanho real, mas em

    pe%uenos fragmentos, %ue assim n&o oferecem tanto risco# ;nclusive, desta forma,

    buscou7se desvincular o termo probidade, como )%uele %ue falamos estar inseridosna alma do cidad&o, da%uele elencado nos princpios do artigo 4B da Constitui&o,

    sob o nome de moralidade# =ma coisa seria a moralidade em si, en%uanto a outra-

    seria a moralidade administrativa-, e essa sim deveria ser observada no servio

    pblico, como ensina o /estre e 6outor em 6ireito do stado, o jurista /arcelo

    FigueiredoA

    + probidade, denominada moralidade administrativa %ualificada-,refere7se a determinado aspecto da moralidade administrativa# +probidade se encontra vinculada ao aspecto da conduta doadministradorL assim, pode7se dizer %ue viola a probidade o agentepblico o %ual, em suas tarefas e deveres cotidianos, atrita osdenominados VtiposW legais#

    6e acordo com essa teoria, fica clara uma divis&o de algo %ue deveria ser

    indivisvel, j* %ue probidade seria somente um aspecto considerado enquanto

    agente pblico, ou seja, depois do e!pediente na reparti&o o servidor poderia ser o

    Fernandinho (eira /ar se na an*lise de sua conduta n&o houvesse a previs&o legal

    tida por ato de improbidade administrativa-#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    14/21

    14

    + improbidade ent&o na pr*tica parece ser um tema real apenas no mundo

    das ideias, bem diferente do %ue os legisladores e toda a na&o desejavam, j* %ue

    n&o se consegue diminuir os casos de mau uso do dinheiro pblico en%uanto os

    seus agentes continuam enri%uecendo ilicitamente, bem em bai!o de nossos narizes

    sem %ue nada ou ningum os impeam#

    $nde mais a presid:ncia de uma repblica sobe ao poder patrocinado por

    dinheiro oriundo da corrup&o e l* fi!a razes t&o profundas %ue nem a Constitui&o

    capaz de remov:7laX Como %ue um presidente com o mandato cassado

    consegue voltar ao poder e la manter7se com a maioria de votos de seu stado, e

    pior, junto com a%ueles %ue o cassaramX onde ficam os princpios da l&,ali%a%&,

    (!rali%a%&e principalmente a &fici5cia66e %ue vale condicionar a administra&opublica ) probidade se na maior cara de pau busca7se dar sentido dbio ) elaX

    ?este sentido a /inistra Carmem @ucia, do K5F orientaA

    T###U a moralidade administrativa n&o uma %uest&o %ue interessaprioritariamente ao administrador pblicoA mais %ue a este, interessaela prioritariamente ao cidad&o, a toda a sociedade# + ruptura ouafronta a este princpio, %ue transparea em %ual%uer comportamentopblico, agride o sentimento de >ustia de um povo e coloca sob obras&o da desconfiana n&o apenas o ato praticado pelo agente, e%ue configure um comportamento imoral, mas a +dministra&o "blicae o pr'prio stado, %ue se v: %uestionado em sua pr'pria justificativa#

    "or isso, de nada valer&o as leis, princpios constitucionais, tipifica&o de

    condutas se as penas e punies n&o forem efetivamente aplicadas e estas

    estancarem o vertedouro de dinheiro pblico, e de nada adiantar* se a sociedade

    n&o tomar partido na erradica&o da improbidade, %ue imoral e atenta contra cada

    um de n's# 9 um tapa na cara %ue levamos diariamente do nosso pr'prio espelho#

    S* muito tempo o legislador tem buscado minimizar esse mal na sociedade

    brasileira criando e oferecendo ) administra&o direta e indireta, ferramentas de

    controle %ue ris%uem essa pr*tica da nossa hist'ria, mas apesar de obter algum

    progresso, principalmente nos bai!os escales, de modo geral n&o tem alcanado o

    :!ito, seja pela inefici:ncia das pr'prias administraes, seja pelas diverg:ncias

    doutrin*rias e interpretaes destas leis %ue lotam o judici*rio, 'rg&o respons*vel

    em e!tirpar o mal, mas %ue agora perde tempo em definir %uais os tipos aplic*veis a

    cada espcie, at %ue os crimes prescrevam e seus autores se safem ilesos#

    n%uanto houver impunidade, haver* corrup&o# Kimples assim#

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    15/21

    15

    3. IMPUNIDAD# A MOLA PROPULSORA DA CORRUPO.

    Kegundo pes%uisa intitulada "uni&o zero para grandes escndalos de

    corrup&o- feita pelo jornal $J@$($ e veiculada a%ui no "aran* pelo jornal Jazeta

    do "ovo, cerca de EE polticos, ban%ueiros, empres*rios e servidores pblicos

    acusados de fraudes milion*rias nos casos "recat'rios, central de grampos, Kudam,

    /arYa2Fontecindam, 5Q5 de K&o "aulo, bingos, propinoduto, vampiros, mensal&o e

    sanguessugas, %ue tiveram a maior repercuss&o nacional dos ltimos dez anos,

    est&o fora da cadeia e longe de %ual%uer puni&o# + grande maioria n&o passou um

    dia se%uer atr*s das grades# isso sem contar com a opera&o @ava >ato e Zelotes,

    %ue ainda est&o em andamento# K' o mensal&o, festejado mais do %ue jogo da

    sele&o brasileira, demorou mais de B anos para condenar seus rus e de la pra ca,

    boa parte deles j* est&o soltos#

    + pes%uisa mostra ainda %ue nove dos dez casos ainda se arrastam nos

    tribunais, e %ue a perspectiva de alguns procuradores da Qepblica %ue, %uando

    chegarem a um fim, muitos crimes j* estar&o prescritos# $ procurador da Qepblica

    +rtur Jueiros, respons*vel pela investiga&o de um dos braos da %uadrilha dos

    "recat'rios, escndalo investigado por uma C"; do Congresso em

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    16/21

    16

    intimamente ligada a n&o puni&o de seus agentes, vantajoso manter7se no meio,

    j* %ue a ine!ist:ncia de um fortalece a e!ist:ncia do outro e viceversa#

    Capacitao de agentes em licitaes sem interesses privados ou polticos,

    por exemplo. S assim teremos um sistema ntegro de combate corrupo

    #

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    17/21

    17

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    18/21

    18

    7. A TORIA DO DOMINIO DO 8ATO IN8IC9CIA DAS NORMAS

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    19/21

    19

    CONCLUSO

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    20/21

    20

    R8RNCIAS BIBLIO:R98ICAS

  • 7/25/2019 TCC Corrupo em Licitaes

    21/21

    21

    (Q+K;@# Constitui&o da Qepblica federativa do (rasilA promulgada em de

    outubro de

    constitucionais reguladores da +dministra&o "blica# K&o "auloA ditora +tlas,

    EEE, p#