37
FUNDAÇÃO DOM CABRAL Programa de Especialização em Gestão SIMULAÇÃO EMPRESARIAL: Trabalho em equipe o impacto da inteligência competitiva e da análise do comportamento do consumidor no desempenho das empresas André Mainart Menezes Belo Horizonte 2012

TCC Fundação Dom Cabral

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O impacto da inteligência competitiva e da análise do comportamento do consumidor no desempenho das empresas

Citation preview

FUNDAÇÃO DOM CABRAL

Programa de Especialização em Gestão

SIMULAÇÃO EMPRESARIAL:

Trabalho em equipe – o impacto da inteligência competitiva e

da análise do comportamento do consumidor no desempenho

das empresas

André Mainart Menezes

Belo Horizonte

2012

André Mainart Menezes

SIMULAÇÃO EMPRESARIAL:

Trabalho em equipe – o impacto da inteligência competitiva e

da análise do comportamento do consumidor no desempenho

das empresas

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado no término do Programa de

Especialização em Gestão com ênfase em

Marketing na Fundação Dom Cabral

Professor da Simulação Empresarial:

Vinicius Castilho Vargas

Belo Horizonte

2012

RESUMO

O objetivo do presente trabalho é analisar como as informações de marketing

proveniente da inteligência competitiva e do comportamento do consumidor

impactam no desempenho das empresas. Para isso foi utilizado como objeto de

pesquisa à atuação da empresa Baldwin na simulação empresarial realizada como

parte da conclusão do curso de especialização. A revisão da literatura busca

apresentar e analisar as contribuições teóricas que servem como suporte a essa

pesquisa. Inicia-se com a evolução teórica da inteligência competitiva, qual a relação

com a tomada de decisão e quais os principais objetivos de resultado da empresa na

utilização deste tema. A seguir é descrita a evolução teórica sobre a análise do

comportamento do consumidor, mostra-se quais os fatores e determinantes que

influenciam na tomada de decisão de compra associado a um modelo

comportamental de consumo e uma breve citação de técnicas que podem ser

utilizadas para analisar o comportamento do consumidor. Ao final da

fundamentação, é demonstrada uma proposição de correlação entre os temas com a

estratégia da empresa. E, finalizando, foi realizada uma análise da atuação da

empresa no simulador correlacionando com a utilização dos temas como diferencial

competitivo. Os resultados obtidos revelam que no âmbito da simulação realizada os

temas estudados podem se caracterizar como um diferencial competitivo para a

empresa refletindo em um desempenho superior aos concorrentes.

Palavras-chave: Inteligência competitiva. Comportamento do consumidor. Estratégia.

Marketing.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Evolução da Inteligência Competitiva ......................................................................... 16

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Conceitos de Inteligência competitiva ........................................................................ 15

Quadro 2 - Impacto da IC e comportamento do consumidor na estratégia .............................. 23

Quadro 3 - Componentes e cargos na empresa ........................................................................... 24

Quadro 4 - Contribuições da IC para a empresa........................................................................... 29

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Gestão Estratégica de Marketing .................................................................................. 12

Figura 2 - Modelo de Comportamento do Consumidor ................................................................ 20

Figura 3 - Framework de decisões da estratégia (Cascade of Choices) ................................... 22

Figura 4 - BSC empresa Baldwin ..................................................................................................... 27

Figura 5 - Decisões Baldwin: Rodada 8 .......................................................................................... 28

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Atividades de negócio suportadas pela IC ................................................................. 17

Gráfico 2 - Matriz de portfólio de produtos BCG - Rodada 1 ....................................................... 30

Gráfico 3 - Matriz de portfólio de produtos BCG - Rodada 8 ....................................................... 31

Gráfico 4 - Nível de satisfação em cada rodada ........................................................................... 31

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BSC – Balanced Scorecard

BCG – Boston Consulting Group

CEO – Chief Executive Officer

IC – Inteligência Competitiva

FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças

MTBF – Mean Time Between Failure

P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

TQM – Total Quality Management

VP – Vice President

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 11

1.1. Contextualização e relevância do tema ...................................................................... 11

1.2. Problemática ...................................................................................................................... 12

1.3. Objetivos ............................................................................................................................. 13

1.3.1. Objetivo geral ............................................................................................................ 13

1.3.2. Objetivos específicos .............................................................................................. 13

1.4. Método de construção .................................................................................................... 13

2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 14

2.1. Fundamentação teórica .................................................................................................. 14

2.1.1. Inteligência competitiva .......................................................................................... 14

2.1.2. Comportamento do consumidor .......................................................................... 18

2.1.3. Relação entre IC e comportamento do consumidor e o impacto para a

estratégia .................................................................................................................................... 21

2.2. Vivência no simulador .................................................................................................... 23

2.2.1. Definições estratégicas .......................................................................................... 24

2.2.2. Desenvolvimento e ajustes da estratégia .......................................................... 25

2.2.3. Impacto das ações do marketing ......................................................................... 27

2.3. Impacto do tema / conceito nas outras ênfases de formação do Programa de

Especialização em gestão ......................................................................................................... 32

3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 32

3.1. Conclusões ........................................................................................................................ 32

3.2. Recomendações ............................................................................................................... 33

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 35

ANEXOS .............................................................................................................................................. 35

11

1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização e relevância do tema

A habilidade de marketing tem se tornado cada vez mais um tema central para as

empresas terem sucesso financeiro devido a um contexto em que a mudança do

mercado é muita intensa e a hipercompetitividade é uma realidade. O cenário

competitivo atual sinaliza que as organizações, para sobreviver, precisam estar

atentas a todos os movimentos do mercado, seja seus clientes, clientes em

potencial, concorrentes, órgãos reguladores, analisando o ambiente e a sociedade

como um todo. Isso faz emergir a necessidade de práticas mais profissionalizadas

de administração, que podem ser expressas em partes pela utilização de uma

inteligência de marketing que suporte definição de uma estratégia que possibilite a

organização atuar de forma mais competitiva.

“As empresas sujeitas a maior risco são aquelas que não conseguem monitorar seus

clientes e concorrentes com cuidado e aperfeiçoar sempre suas ofertas de valor.

Essas empresas assumem uma visão de negócios de curto prazo, direcionada para

vendas, e vão acabar por não satisfazer os acionistas, os funcionários, os

fornecedores e os parceiros do canal.” (Kotler e Keller, 2006, p. 3)

Avaliando essa questão pode-se verificar que é importante que o marketing seja

considerado como um fator estratégico na empresa. A figura 1 ilustra as diversas

dimensões e variáveis que podem ser consideradas em uma gestão estratégica de

marketing.

A partir disso, para o desenvolvimento desse trabalho assume-se que um fator

decisivo para atingir resultados superiores é ter uma inteligência na empresa que

permita acompanhar os consumidores e o ambiente que estão inseridos. Seguindo

esse raciocínio, a finalidade deste trabalho é o aprofundamento na dimensão de

sistema de informação de marketing citada na figura 1, mais especificamente, na

inteligência competitiva (IC) e no comportamento do consumidor, e analisar os

impactos destes temas nas decisões realizadas na simulação empresarial.

.

Figura 1 - Gestão Estratégica de Marketing

Fonte: Apostila da disciplina MKT211 – Gestão do Mix Mercadológico, 2012, Fundação Dom Cabral.

1.2. Problemática

Tendo em vista a problemática na qual se insere este trabalho e as premissas para a

sua realização, o tema IC e comportamento do consumidor foram selecionados para

aprofundamento e as seguintes questões irão orientar a pesquisa realizada:

Como a análise/estudo do comportamento do consumidor influência a

estratégia de marketing de uma organização?

Como a estruturação de uma área de inteligência competitiva impacta os

resultados de uma organização?

Qual a relação existente entre IC e comportamento do consumidor?

1.3. Objetivos

1.3.1. Objetivo geral

Tendo em vista as perguntas orientadoras descritas na problemática, tem-se que o

objetivo geral do trabalho é analisar como as informações de marketing proveniente

da IC e do comportamento do consumidor impactam no desempenho das empresas.

1.3.2. Objetivos específicos

Analisar o impacto da IC e do comportamento do consumidor na

tomada de decisão e nas definições estratégicas.

Analisar o impacto da IC para o desempenho da empresa.

Discutir como a IC e o comportamento do consumidor estão

relacionados.

1.4. Método de construção

Este trabalho está estruturado em três capítulos, intitulados da seguinte maneira:

Introdução, Desenvolvimento e Considerações Finais.

A introdução apresenta-se uma contextualização do tema e os objetivos do trabalho.

No próximo capítulo, procede-se uma breve fundamentação teórica dos temas IC e

comportamento do consumidor, a importância dos temas na vivência do simulador e

o impacto dos temas nas ênfases de Marketing, Negócios, Finanças, Pessoas e

Projetos. Em seguida, são apresentadas no terceiro capítulo, as considerações finais

em relação à relevância dos temas para as empresas.

1 Opinião do autor.

2 Para este trabalho foi considerado os termos inteligência de mercado e inteligência de marketing

como sinônimos de inteligência competitiva, sendo que o último termo foi escolhido como principal. Um exemplo dessa diversidade e frequência de utilização dos termos está descrito em Calof e Wright (2008). Existem ainda algumas discussões sobre as possíveis diferenças que esses termos (inteligência de mercado e inteligência de marketing) e outros podem ter em significado como descrito em Fleischer (2003), mas para esse trabalho serão utilizados como sinônimo.

14

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Fundamentação teórica

2.1.1. Inteligência competitiva

Considerando-se em uma perspectiva histórica, a prática de IC é muito antiga e

pode ser rastreada há aproximadamente 5000 anos atrás na China (Calof e Wright,

2008). Relatos mais frequentes, citam ainda, o texto relativo à Sun Tzu a 2400 anos

descrito no livro A Arte da Guerra que orienta como desenvolver inteligência para

aplicações militares. Portanto, pode-se perceber que este é um assunto vasto, mas

neste capítulo tem-se uma abordagem de tentar visualizar IC como teoria e prática

aplicada a negócios.

Antes de conceituar IC é necessário dizer que este campo ainda é motivos de uma

série de debates conceituais que resultam na falta de consenso sobre qual é o seu

conceito (Brody, 2008). Talvez um dos motivos para esta falta de consenso é reflexo

da interseção de várias áreas do conhecimento como Ciência da Informação,

Tecnologia da Informação e Administração1. Não só o seu conceito é diverso, mas

também não há consenso sobre o termo já que diversos sinônimos2 são utilizados.

No quadro 1 foram colocados alguns conceitos sobre o tema para dar um panorama

geral da literatura. Como uma das principais fontes utilizadas neste TCC é referente

à Garber (2001), será utilizada sua definição para o escopo deste trabalho.

1 Tradução livre do trecho “[…] Competitive Intelligence is generally viewed as the process by which

organizations gather actionable information about competitors and the competitive environment and,

ideally, apply it to their planning processes and decision‐making in order to improve their enterprise’s performance.” (Brody, 2008) 2 Tradução livre do trecho “a necessary, ethical business discipline for decision making based on

understanding the competitive environment” (Brody, 2008) 3 Dados são elementos básicos a partir do qual percebemos e registramos uma realidade. Esses dados podem ser primários ou secundários dependendo de sua fonte; Informação é todo o dado coletado capaz de diminuir a incerteza na tomada de decisão; Conhecimento é o conjunto de informações sobre o mercado, colhidas ao longo de um período de tempo, que nos ajuda a minimizar os riscos de uma decisão errada. (Garber 2001)

15

Conceito Fonte

Conhecimento sobre o mercado, para que se

possa reduzir ao máximo as incertezas

intrínsecas às decisões nas organizações e

tornar mínimo o risco de uma decisão.

Garber (2001)

Um processo sistemático e ético de

transformação de dados e informações do

ambiente competitivo em inteligência,

visando a otimização do processo decisório

de uma empresa.

Abreu (2011)

Processo pelo qual as organizações reúnem

informações práticas sobre os concorrentes e

ambiente competitivo e, idealmente, aplica ao

processo de planejamento e tomada de

decisão, a fim de melhorar o desempenho da

empresa.1

Bensoussan citado por Brody (2008)

Uma disciplina de negócios ética, necessária

para a tomada de decisão baseada no

ambiente competitivo.2

Society of Competitive intelligence

Professionals – SCIP citado por Brody (2008)

Quadro 1 – Conceitos de Inteligência competitiva

Fonte: Elaborado pelo autor a partir das fontes citadas

Independente do conceito pode-se perceber que existe um consenso sobre a

importância da IC para a tomada de decisão nas empresas. A IC ainda carrega

outros conceitos relacionados a dados, informação e conhecimento que são a base

para a formação da inteligência3.

É útil também visualizar como a IC evoluiu na área de negócios em alguns aspectos

como pode ser visualizado na Tabela 1.

16

Tabela 1 – Evolução da Inteligência Competitiva

Fonte: Reproduzido de Prescott (1999)

A partir da Tabela 1 pode-se perceber que este ainda é um tema novo e que pode-

se identificar quatro estágios. O primeiro estágio, “competitive data gathering”,

ocorreu nas décadas de 60 e 70 e era muito focado no desenvolvimento de

habilidades para aquisição de informações. O segundo estágio, “industry na

competitor analysis”, era focado em desenvolver habilidades analíticas e a imagem

desta atividade era relacionada à espionagem. O terceiro estágio, “competitive

intelligence”, teve um foco mais abrangente tanto em questão regional quanto dos

tipos de informações que eram relevantes e a tecnologia começou a figurar um

importante papel no suporte ao processo. O quarto e último estágio, “competitive

intelligence as a core capability”, é uma visão mais contemporânea e futura do

desenvolvimento da IC como aprendizado e possui uma função central na empresa.

O valor dessa classificação em estágios para as empresas está em poder avaliar

sua atual situação e definir qual o grau de sofisticação de IC que melhor atende suas

necessidades. (Prescott, 1999)

1 Pesquisa realizada pela Competitive Intelligence Foundation com uma amostra de 500 pessoas

associadas a diversos grupos relacionados a IC de diversas regiões do mundo. 2 Maior detalhamento dos elementos da IC em Garber (2001).

17

É importante verificar, a partir do que foi discutido, o quanto a IC está assumindo um

papel estratégico que tem atraído cada vez mais atenção da alta gestão na sua

utilização para tomada de decisão em diversas ações. Pode-se visualizar isso no

gráfico 1 que mostra a variedade de ações que estão sendo suportadas pela IC, com

destaque para a tomada de decisão a nível estratégico que apresentou maior

frequência de utilização.

Gráfico 1 – Atividades de negócio suportadas pela IC

Fonte: Competitive Intelligence Foundation (2006)1

É importante citar também que a tecnologia, através principalmente das ferramentas

computacionais, tem um papel essencial na evolução e potencialização do uso da IC

por ter aumentado a capacidade de armazenamento, resgate, manipulação dos

dados e sua utilização através de análises estatísticas. (Garber, 2001)

Outra observação importante refere-se aos elementos básicos que compõe o “radar“

da IC que são os produtos e serviços, consumidores (atuais, potenciais e latentes),

mercado, concorrentes, influenciadores e usuários finais2.

Por fim, para se ter uma ideia mais clara do uso da IC na tomada de decisão, vale

ressaltar que uma pesquisa1 identificou que a IC tem tido um foco de produzir

principalmente os seguintes resultados para as empresas:

18

Geração de novas receitas ou aumento de receitas existentes;

Novos produtos e serviços;

Redução de custos;

Economia de tempo;

Aumento dos lucros; e

Atingir metas financeiras.

2.1.2. Comportamento do consumidor

Pode-se definir comportamento do consumidor como as atividades diretamente

envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os

processos decisórios que antecedem e sucedem as suas ações. (Engel et al., 2000)

De acordo com Lacerda (2007), a pesquisa do comportamento do consumidor aliada

ao estudo do marketing data da década de 50. Até então, essa terminologia estava

essencialmente confinada à disciplina de economia. A partir daí o comportamento do

consumidor tem sido um campo multidisciplinar de pensamento e pesquisa. Então,

como colocado por Engel et al.(2000) a partir das raízes iniciais na teoria econômica

e mais tarde em marketing o conteúdo e metodologia sobre comportamento do

consumidor são moldados por duas considerações essenciais - (1) os fatores que

mudam a economia de impulsionada por produção para impulsionada pelo mercado

e (2) o nível de sofisticação no qual o comportamento humano é entendido pela

psicologia e outras ciências do comportamento.

Para Engel et al. (2000), o comportamento do consumidor pode ser visto por três

perspectivas:

Influência do consumidor;

Pós-moderna;

Intercultural.

Na perspectiva de influência do consumidor, o comportamento do consumidor é de

interesse especial para aqueles que, por razões diversas, desejam influenciar ou

mudar esse comportamento, incluindo aqueles cujo principal interesse esteja em

19

marketing, educação e proteção do consumidor. A perspectiva dominante na

pesquisa possui dois objetivos principais: (1) entender e prever o comportamento do

consumidor e (2) descobrir as relações de causa e efeito que regem a persuasão

e/ou a educação.

Na perspectiva pós-moderna, tem-se a visão de que devem ser examinados todos

os aspectos do valor potencialmente produzido quando algum organismo vivo

adquire, usa ou dispõe de qualquer produto que possa alcançar um objetivo, atender

uma necessidade ou satisfazer um desejo. Em outras palavras, é igualmente

importante usar a pesquisa de consumidores para entender o comportamento de

consumo sem qualquer intenção de influenciá-lo.

Na perspectiva intercultural global, é correto declarar que as necessidades básicas

do consumidor e os processos decisórios são universais. Entretanto, existem

diferenças culturais importantes nas maneiras pelas quais a motivação e os

comportamentos ocorrem na prática.

Vale ressaltar que as perspectivas não são mutuamente excludentes e que se

sobrepõe em alguns aspectos.

Ao avaliar a tomada de decisão no consumo pode-se dizer que esta é influenciada e

moldada por muitos fatores e determinantes, que se encaixam em três categorias,

segundo Engel et al. (2000) - (1) diferenças individuais, (2) influências ambientais e

(3) processos psicológicos. No processo de tomada de decisões, os consumidores

diferem entre si quanto aos recursos que eles trazem para as decisões de compra e

consumo, o conhecimento envolvido, as atitudes do consumidor e seu efeito sobre o

comportamento, a motivação e autoconceito e por fim, os conceitos de

personalidade, valores e estilo de vida.

De uma forma abrangente pode-se visualizar um modelo de comportamento do

consumidor baseado em uma relação estímulo e resposta na figura 2.

1 Maiores detalhes em Garber (2001).

20

Figura 2 - Modelo de Comportamento do Consumidor

Fonte: Reproduzido de Kotler e Keller (2006)

Detalhando brevemente o significado da figura 2, percebe-se que inicialmente o

consumidor recebe estímulos ambientais e de marketing que penetram seu

consciente. Assim, um conjunto de fatores psicológicos combinado a determinadas

características do consumidor leva a processos de decisão de compra que culmina

na decisão efetiva do consumidor. Uma das atividades do profissional de marketing

é entender o que acontece no consciente do consumidor entre a chegada do

estímulo externo e a decisão de compra. (Kotler e Keller, 2006)

Para entender e analisar o comportamento do consumidor existem diversas técnicas

de pesquisa de mercado que podem levantar dados quantitativos e qualitativos

dependendo do tipo de dado necessário. Alguns exemplos de técnicas qualitativas

são focus group, delphi e entrevista em profundidade e exemplos de técnicas

quantitativas são censo e pesquisa por amostragem1.

Portanto, vale ressaltar que o entendimento do comportamento do consumidor é

essencial para estratégia de marketing e do negócio, pois através disso pode-se ter

inputs para decisões de segmentação, aperfeiçoamento de ofertas, entradas em

novos mercados entre outras ações.

1 Definição proveniente do professor Jan Rivkin em um seminário sobre estratégia na Harvard

Business School. Disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=1J-g2dwb28c (acessado em 29/09/2012 às 14:00). Tradução livre de “A strategy is an integrated set of choices which positions the firm in its industry so as to create sustainable advantage relative to competition and superior financial returns”. 2 Apesar de poder considerar que algumas ações relacionadas ao entendimento do comportamento

do consumidor podem ser parte da IC, será realizada a análise separada de IC e comportamento do consumidor para cada fase.

21

2.1.3. Relação entre IC e comportamento do consumidor e o impacto

para a estratégia

Como foi citado anteriormente, um dos elementos básicos que compõe a IC são os

consumidores atuais, potenciais e latentes, e desta forma, pode-se estabelecer uma

relação clara da importância do entendimento do comportamento do consumidor

para o tema. Tendo esta relação pode-se inferir alguns impactos que a IC e o

entendimento e a análise do comportamento do consumidor podem ter para a

estratégia.

Inicialmente, para fazer esta correlação de impacto, foi utilizado como premissa, que

a definição de estratégia é um conjunto integrado de escolhas que posiciona a

empresa em sua indústria de forma a criar vantagem competitiva sustentável em

relação à concorrência e retornos financeiros superiores1.

Nesse raciocínio é útil mostrar um framework que mostra uma visão clara de qual é

o conjunto de escolhas que define a estratégia de uma organização, conforme

ilustrado na figura 3. A escolha desta definição de estratégia e do framework foi

pautada pela facilidade de mostrar a correlação entre e IC e comportamento do

consumidor e a estratégia da empresa.

Como pode ser visto na figura 3 as escolhas seguem uma cascata de decisões que

definem a estratégia geral da empresa sendo que as decisões não seguem um

sentido único linear, pois em diversos momentos podem ocorrer refinamentos das

decisões voltando em etapas anteriores como pode ser visto nas setas pontilhadas.

1 Disponível no link http://www.monitor.com/tabid/292/L/en-US/Default.aspx (acessado em

29/09/2012 às 14:10)

22

Figura 3 - Framework de decisões da estratégia (Cascade of Choices)

Fonte: Monitor Group1

Portanto, segue uma breve análise de quais podem ser os impactos de IC e do

entendimento do comportamento do consumidor em cada uma das cinco fases2 no

quadro 2.

23

Quadro 2 - Impacto da IC e comportamento do consumidor na estratégia

Fonte: Análise do autor

2.2. Vivência no simulador

Inicialmente, vale ressaltar o quanto o esforço de toda a equipe contribuiu para o

resultado final da nossa empresa. Foram diversos encontros extraclasse para que as

decisões fossem tomadas da melhor maneira possível. Algumas informações gerais

como nome da empresa, os componentes do grupo e seus respectivos cargos estão

quadro 3.

24

Empresa Componentes Cargos

Baldwin

André Mainart CEO e VP de Marketing

Eduardo Pimenta VP de Finanças

Larissa Furtado VP de Operações

Lilian Ignacchiti VP de Projetos

Renata Regina VP de Pessoas

Quadro 3 - Componentes e cargos na empresa

2.2.1. Definições estratégicas

Descrevendo um pouco sobre as decisões estratégicas, para definir o

posicionamento estratégico da nossa empresa (Baldwin), buscou-se analisar,

primeiramente, as demandas de cada segmento do mercado ao longo dos anos. A

partir dessas análises concluiu-se que os segmentos mais representativos, ou seja,

com a maior fatia do mercado eram o Traditional e o Low. Entretanto, os segmentos

High, Performance e Size apresentavam as maiores taxas de crescimento no

decorrer dos anos, o que significava uma grande oportunidade nesses mercados.

Após essa etapa, foi elaborada a matriz para identificar as forças, oportunidades,

fraquezas e ameaças (FOFA) tanto do ambiente externo quanto do interno. O

principal ponto forte detectado foi à sobra de capacidade em todos os segmentos.

Os pontos fracos eram os altos custos de produção, que geravam baixas margens e

o desempenho financeiro inadequado da empresa. Entretanto, haviam várias

oportunidades e a principal delas eram as altas taxas de crescimento do mercado e

o nivelamento competitivo entre os concorrentes. E as principais ameaças eram a

queda no preço das ações e as rápidas mudanças em um mercado que exige

constantes investimentos em inovação tecnológica. A partir das informações da

matriz, era preciso definir a estratégia inicial que seria adotada pela empresa na

busca da liderança do mercado e de resultados financeiros adequados.

Dessa forma, baseados nos principais pontos transcritos acima, a Baldwin entendeu

que a melhor estratégia, em função das altas taxas de crescimento e das

oportunidades do mercado, era a “Diferenciação de Nicho”. De acordo com essa

25

estratégia, o foco seria no design avançado dos produtos e investimentos em

propaganda e inovação nos segmentos Size, Performance e High. A empresa

acreditava que com essa estratégia poderia desenvolver vantagens competitivas em

relação aos concorrentes e alcançar bons resultados.

Nesta estratégia, a Baldwin decidiu manter seus produtos nos segmentos Low e

Traditional seguindo a teoria de ciclo de vida do produto, isto é, não investindo nem

em capacidade produtiva nem em automação nem atualização dos produtos (de

desempenho e tamanho) nestes segmentos até que os mesmo pudessem ser

retirados do mercado, mas sem impactar demais os resultados da empresa.

2.2.2. Desenvolvimento e ajustes da estratégia

Nos primeiros anos (2013- 2015) seguiu-se a nossa estratégia inicial, com

investimentos constantes e elevados nos três segmentos alvo (Pesquisa e

Desenvolvimento - P&D, Capacidade, Automação e Marketing) e investindo

relativamente pouco em marketing nos segmentos Low e Traditional.

O ano de 2016 foi determinante nas decisões estratégicas da empresa: os produtos

dos segmentos Low e Traditional estavam no final do seu ciclo de vida e uma

reavaliação da nossa estratégia precisou ser feita. Era o momento de descontinuar

estes produtos, mas a empresa estava preparada para isto? Suportaria a perda de

todas as receitas e lucros que vinham destes produtos?

Ao avaliar o impacto financeiro da descontinuidade destes produtos foi concluído

que a perda dos lucros dos dois produtos ao mesmo tempo seria muito prejudicial

para a empresa, pois no ano anterior (2015), eles foram responsáveis por 45% da

margem líquida da empresa. Estudando o custo de atualização destes produtos foi

concluído por uma mudança em nossa estratégia inicial: descontinuar o segmento

Traditional, mas optou-se por prosseguir no mercado Low, investindo de uma única

vez na atualização deste produto considerando o ponto focal de duas rodadas a

26

frente (visando atingir o segundo principal critério de compra deste produto: a idade

de 7 anos).

A venda de quase toda a capacidade instalada do Traditional permitiu que a Baldwin

realizasse os primeiros investimentos em Total Quality Management (TQM) sem

sacrificar quase todo o seu lucro líquido deste ano, o que foi um grande diferencial

em relação a nossos concorrentes.

A continuidade no segmento Low foi na condição de não investir em capacidade,

ofertando cerca de 130% a 150% da nossa capacidade instalada. Já a automação

foi melhorada de forma significativa para ter melhores custos de produção, sendo

alcançado o ponto ótimo de automação somente em 2020. Além disso, optou-se por

vender este produto sempre com margens elevadas, bem superiores aquelas

observadas nos outros segmentos. Outro ponto que se destaca na gestão do Low

foram os baixos investimentos em marketing no decorrer de todos os anos, sendo

que somente em 2019 houve elevação dos investimentos neste produto.

A gestão dos três produtos nos segmentos alvo (High, Performance e Size) se

mantiveram dentro da estratégia inicial, sendo que nos primeiros anos foi ofertado

produtos com posicionamento a frente do ponto focal – o que atrasava a entrega dos

nossos produtos em relação aos nosso concorrentes. Esta estratégia foi revista a

partir de 2019, sendo os produtos oferecidos exatamente no ponto focal de cada

rodada. Os investimentos em marketing, nestes segmentos, sempre foram elevados

e mantiveram todos os produtos com acessibilidade superior a 90% desde o ano de

2017.

Os investimentos em automação nestes segmentos foram feitos nos primeiros anos

atingindo o ponto ótimo já em 2014. Já os investimentos em capacidade instalada

foram sendo realizados a cada ano, conforme a nossa previsão de venda e

oportunidades de mercado (em especial no caso do Size com a saída de

concorrentes), sempre visando produzir com o uso de aproximadamente 130% da

capacidade instalada a cada ano em cada segmento.

1 Site Capsim™ – área do usuário. Link: http://www.capsim.com acesso em 30/09/2012 às 19:10 `

27

Como resultados da nossa estratégia implementada é possível perceber pelos

resultados do Balanced Sorecard (BSC) na figura 4 que nossa empresa teve um

desempenho crescente e sustentável. No detalhamento do BSC da rodada 8 pode-

se perceber que foi atingido o valor máximo em diversos indicadores.

Figura 4 - BSC empresa Baldwin

Fonte: Capsim1

2.2.3. Impacto das ações do marketing

Entre os diversos papeis e responsabilidades na simulação, pode-se falar que o

marketing é sem dúvida um dos maiores influenciadores nas decisões. Para dar uma

ideia mais clara sobre isso, a figura 5 da uma ideia geral sobre quais decisões foram

tomadas na rodada 8 e quais eram de responsabilidade direta do marketing. A

responsabilidade direta não implica que não houve participação de outras pessoas

na decisão, mas influencia no nível de esforço dedicado para as decisões já que era

necessário fazer uma análise prévia e proposição de decisões para que fossem

discutidas em grupo.

1 Site Capsim™ – área do usuário. Link: http://www.capsim.com acesso em 30/09/2012 às 19:10 `

28

Figura 5 - Decisões Baldwin: Rodada 8

Fonte: Capsim1 e análise do autor

Para analisar o impacto da IC na tomada de decisão na simulação é necessário

primeiro identificar quais eram as principais fontes formais e informais de IC

disponíveis. As fontes eram:

Courier (relatórios anuais de mercado);

Manual do aluno (Capsim Management Simulations);

Relatórios disponíveis no site Capsim (Anlyst report, BSC, Round Analysis e

Final Score Relative);

Notas explicativas na planilha de simulação;

Reuniões e aulas presenciais com o professor;

Conversas com participantes da simulação de outras salas;

29

A partir das fontes é possível visualizar no quadro 4 quais as principais contribuições

de cada uma das fontes citadas inferindo quais os impactos tiveram para a tomada

de decisão da nossa empresa.

Fontes Alguns Dados e informações

coletados Decisões impactadas

Courier

Indicadores financeiros dos

concorrentes;

Vendas dos concorrentes;

Participação de mercado;

Mercado de ações;

Informações de produção de todo

o mercado;

Informações detalhadas por

segmento;

Mapa de percepção com todos os

produtos do mercado.

Estratégia de negócio;

Decisões de P&D (Performance, Size e MTBF);

Decisões de marketing (Orçamento de propaganda

e vendas e seu detalhamento; previsão de vendas);

Decisões de produção (quantidade produzida;

mudança de capacidade; automação);

Decisões de finanças (dividendos; emissão e

compra de ações; empréstimos de curto e longo

prazo);

Decisões de Recursos Humanos (recrutamento;

treinamento);

Decisões de TQM (iniciativas de TQM).

Manual do

Aluno Explicação do funcionamento do

simulador e as diversas decisões. Todas citadas para o courier.

Relatórios

disponíveis no

site Capsim

Indicadores financeiros e de

performance dos concorrentes

(alguns indicadores diferentes do

courier – ex: Inventory);

Comparativo da nota total do BSC

das empresas;

Score comparando desempenho

financeiro total das empresas;

Detalhamento do BSC da nossa

empresa.

Para o detalhamento do BSC se aplicam todas

citadas para o courier;

Para os demais relatórios principalmente decisões

de finanças, previsão de vendas e quantidade

produzida.

Notas

explicativas na

planilha de

simulação

Explicação complementar ao

manual do aluno relacionado às

decisões.

Todas citadas para o courier.

Reuniões e

aulas

presenciais com

o professor

Explicação complementar ao

manual do aluno;

Consultoria para suporte a tomada

de decisão.

Estratégia de negócio;

Decisões de finanças (dividendos; emissão e

compra de ações; empréstimos de curto e longo

prazo).

Conversas com

participantes da

simulação de

outras salas

Informações sobre as estratégias

que estavam sendo utilizadas. Estratégia de negócio.

Quadro 4 - Contribuições da IC para a empresa

Fonte: Análise do autor

1 Exemplos do detalhamento de informações de cada segmento e mapa de percepção se encontram em anexo 30

O comportamento do consumidor foi um componente de análise muito importante

que foi considerado para a tomada de decisão.

A análise do comportamento do consumidor tinha como principal fonte de análise o

courier. As informações principais do courier para esta análise foram os critérios de

compra para cada segmento, pesquisa de satisfação em cada segmento e o mapa

de percepção que mostrava um panorama geral do mercado relacionado a dois

atributos principais para decisão de compra (size e performance)1. As informações

citadas contribuíram diretamente para as decisões de P&D (posicionamento e

MTBF) e preço e a pesquisa de satisfação de cada ano teve uma função importante

nos ajustes da previsão de vendas para o ano seguinte.

Como resultado das ações de marketing, relacionadas à IC ou análise do

comportamento do consumidor, assim como outras decisões da nossa empresa, foi

estabelecido um portfólio de produtos equilibrado de acordo com a estratégia

implementada como pode ser visualizado na evolução demonstrada nos gráficos 2 e

3 .

Gráfico 2 - Matriz de portfólio de produtos BCG - Rodada 1

31

Gráfico 3 - Matriz de portfólio de produtos BCG - Rodada 8

Além disso, foi alcançado um alto nível de satisfação nos produtos relacionados aos

segmentos-alvo (High, Performance e Size) como pode ser visto no gráfico.

Gráfico 4 - Nível de satisfação em cada rodada

1 Score relativo de desempenho financeiro de cada empresa extraído do site Capsim™ se encontra em anexo. 32

2.3. Impacto do tema / conceito nas outras ênfases de formação do

Programa de Especialização em gestão

Como descrito no quadro 4, a IC impactou diretamente nas decisões tomadas

independente da ênfase responsável pela decisão. A análise do comportamento do

consumidor impactou diretamente nas estratégias utilizadas para cada produto e no

crescimento da nossa demanda.

A partir do conceitual sobre estratégia e analisando a atuação na nossa empresa na

simulação pode-se inferir que nossas principais capacidades para alcançar

resultados superiores1 em relação aos nossos concorrentes foram uma estrutura

financeira sustentável e a capacidade de gerar inteligência a partir dos dados e

informações disponíveis.

3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

3.1. Conclusões

Atualmente é comum presenciar mercados em constante modificação e competições

cada vez mais acirradas entre empresas tornando difícil alcançar um diferencial

competitivo. Complementando este cenário o mercado consumidor está cada vez

mais exigente e consciente dos seus direitos.

Este trabalho se baseia no argumento de que é essencial que as empresas tenham

uma capacidade de coletar informações adequadas para desenvolver inteligência na

análise do ambiente que está inserida e no entendimento dos consumidores para

assim conseguirem resultados superiores em relação aos concorrentes.

Com base na análise da simulação empresarial realizada pode-se chegar as

conclusões descritas a seguir:

33

Como descrito no item 2.2.3 a IC e a análise do comportamento do consumidor

tiveram grande impacto na tomada de decisão e nas definições estratégicas.

Associando isso ao desempenho superior que a empresa demonstrou confirma-se a

hipótese que estas capacidades podem se estabelecer como diferencial competitivo

no âmbito da simulação empresarial.

Pode-se perceber ainda que a análise do comportamento do consumidor é um

elemento considerado dentro da IC que auxilia a empresa a atender as

necessidades dos consumidores alcançando um posicionamento diferenciado. Um

reflexo disso é o alto nível de satisfação que a empresa alcançou nos segmentos-

alvo como pode ser visto no gráfico 4.

Portanto, a partir desta pesquisa, pode-se estabelecer uma relação entre a utilização

da IC e da análise de comportamento do consumidor e um desempenho superior da

empresa confirmando a importância destes temas descritos na fundamentação

teórica.

3.2. Recomendações

O estudo dos temas principais deste trabalho – IC e comportamento do consumidor

– estão sujeitos a limitações da pesquisa realizada. A primeira delas refere-se que o

escopo da pesquisa foi embasado em uma situação vivenciada em uma simulação

empresarial. Esta limitação se baseia no fato de que por ser uma simulação a

empresa não estava sujeitas a todas variáveis complexas que um mercado real

proporciona. A segunda limitação é que todos os concorrentes tinham a sua

disposição as mesmas informações de inteligência, sendo que a análise de

desempenho relativo talvez esteja muito mais ligado à utilização correta da IC e da

análise do comportamento do consumidor na tomada de decisão do que na

diferenciação entre empresas que buscam estas informações como fonte de

inteligência na tomada de decisão.

34

Buscando maior compreensão sobre os temas estudados, a primeira sugestão para

futuras pesquisas seria a de desenvolver um estudo mais abrangente no tema IC

visto que ainda não há consenso quanto ao seu conceito, abrangência e se há

diferenciação em relação aos temas inteligência de mercado e inteligência de

marketing como pode ser visto na fundamentação teórica.

Outra sugestão seria realizar esta mesma pesquisa em situações reais de mercado,

tendo assim maior entendimento do impacto dos temas para o resultado da

empresa.

Finalizando, espera-se que o presente trabalho possa contribuir para uma maior

compreensão de como as informações de marketing proveniente da IC e do

comportamento do consumidor impactam no desempenho das empresas.

35

REFERÊNCIAS

Abreu, P. G. F., 2011. CRI Minas. [Online]

Disponível em:

http://www.fdc.org.br/pt/pesquisa/inovacao/cri/minas/Documents/Embraer%20-

%20PGFA%20_%20FDC_CRI_Fev2011_resumo%20fdc.pdf

[Acesso em 1 Outubro 2012].

Brody, R., 2008. Issues in Defining Competitive Intelligence: An Exploration. Journal

of Competitive Intelligence and Management.

Calof, J. & Wright, S., 2008. A practitioner, academic and inter-disciplinary

perspective. European Journal of Marketing.

Capsim, s.d. Capsim. [Online]

Disponível em: http://www.capsim.com

[Acesso em 30 Setembro 2012].

Engel, J., Blackwell, R. & Miniard, P., 2000. Comportamento do Consumidor. Rio de

Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.

Fleisher, C., 2003. Controversies in Competitive Intelligence: The Enduring Issues.

Westport(CT): Praeger.

Foundation, S., 2006. State of Art:Competitive Intelligence, s.l.: Research Report

2005-2006.

Garber, R., 2001. Inteligência Competitiva de Mercado. São Paulo: Madras

Business.

Group, M., s.d. [Online]

Disponível em: http://www.monitor.com/tabid/292/L/en-US/Default.aspx

[Acesso em 29 Setembro 2012].

Kotler, P. & Keller, K., 2006. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson.

Lacerda, T., 2007. Teorias da Ação e o Comportamento Passado. Belo Horizonte:

Universidade Federal de Minas Gerais.

Prescott, J., 1999. The Evolution of Competitive Intelligence. APMP Journal.

Rivkin, J., s.d. Seminário Harvard Business School disponível no Youtube. [Online]

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=1J-g2dwb28c

[Acesso em 29 Setembro 2012].

36

ANEXOS

Anexo A: Exemplo de detalhamento das informações por segmento no courier

37

Anexo B: Score financeiro relativo das empresas

38

Anexo B: Score financeiro relativo das empresas (continuação)