TCC Guilherme Dos Reis Vasconcelos Final

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efeito do horário de liberação trichogramma

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1INTRODUO

A crescente preocupao com questes ambientais e com a sustentabilidade das atividades produtivas tem levado a uma modificao na agricultura, onde ocorre a substituio dos mtodos convencionais de controle das populaes de insetos-praga, com o uso pouco criterioso, e muitas vezes indiscriminado de inseticidas pelo mtodo multidisciplinar e mais criterioso, conhecido como manejo integrado de pragas (MIP) (GALLO et al., 2002), no qual so considerados fatores que permitem a reduo do uso de inseticidas reduzindo assim os custos econmicos e ambientais da agricultura.

Entre as ferramentas utilizadas no manejo integrado de pragas, h que ser considerado o uso do controle biolgico, fenmeno no qual as populaes se auto-regulam sem a necessidade do uso de defensivos, sendo a populao da praga mantida abaixo do nvel de dano econmico por ao dos seus inimigos naturais (PARRA, 2006).Os microhimenpteros do gnero Trichogramma (Hymenoptera: Trichogrammatidae) so largamente citados como agentes de controle biolgico aplicado de lepidpteros-praga em todo o mundo, em diversas culturas e em reas florestais, devido facilidade de sua criao em hospedeiros alternativos (PARRA, 1997; HAJI et al., 1998) e sua agressividade no parasitismo de ovos de insetos-praga (BOTELHO, 1997).Segundo Hassan (1993) o gnero empregado em programas de controle biolgico em 49 pases e as reas tratadas com liberaes inundativas desse parasitoide, para o controle de lepidpteros-praga, somam mais de 21 milhes de hectares a cada ano, porm as informaes contidas na literatura variam de 16 (HASSAN, 1997) a 32 milhes de hectares/ano (SMITH 1996), divididos em 28 culturas com o uso de 28 espcies do gnero Trichogramma (Hassan, 1988, citado por PARRA; ZUCCHI, 2004).

No Brasil, Parra e Zucchi (2004) relatam que at o ano de 2004 j se conheciam resultados conclusivos sobre a eficincia desses parasitoides no manejo de insetos considerados pragas-chave nas culturas da cana-de-acar, algodoeiro, gros armazenados, hortalias, soja, milho e tomateiro, sendo a espcie Trichogramma pretiosum Riley a com maior gama de hospedeiros dentre as produzidas em larga escala no pas.Vrios fatores podem influenciar a eficincia de parasitismo de Trichogramma no campo, aps a liberao (PINTO; PARRA, 2002), mas os fatores abiticos, como temperatura, chuva (PINTO et al., 2003) e luz (CNSOLI; PARRA, 1994), podem ser limitantes.Apesar de largamente estudado, ainda existem lacunas sobre o comportamento desse gnero, bem como sobre os fatores que podem afetar sua eficincia no campo. Assim, o presente trabalho teve por objetivos verificar a influncia do horrio de liberao de T. pretiosum, bem como a flutuao do parasitismo ao logo do dia no campo, e tentar explicar os resultados obtidos no campo estudando o efeito do fotoperodo no laboratrio.

2REVISO DE LITERATURA2.1Efeito do fotoperodo em parasitoides

Segundo Beck (1980), o fotoperodo e um importante componente abitico capaz de afetar a fisiologia, a biologia e o comportamento de insetos.Rounbehler e Ellington (1973) acreditam ter sido Markovitch o primeiro a introduzir, em 1923, o estudo dos efeitos da luminosidade em insetos.

Os efeitos dessa varivel ambiental j vm sendo estudados, isoladamente ou associados a outras, em vrios gneros e espcies de himenpteros parasitoides, como Campoletis perdistinctus (Viereck) (Hymenoptera: Ichneumonidae) (HOELSCHE; VINSON, 1971), Pteromalus puparum (L.) (Hymenoptera: Pteromalidae) (BOULETREAU, 1976), Brachymeria intermedia (Nees) (Hymenoptera: Chalcididae) (BARBOSA; FRANGILLO, 1979), entre outros.Grande parte dos ensaios realizados com essa varivel associada ao comportamento de diapausa dos parasitoides de regies temperadas que apresentam essa caracterstica (YU, 1992; NUMATA, 1993; LAING; CORRIGAN, 1995; REZNIK et al, 2002; TATSUMI; TAKADA, 2006; LARIOS; OHNO; FUKUHARA, 2006; AHMED et al., 2007; PIZZOL; PINTUREAU, 2008; LI et al., 2008).Segundo Rossi (1997), esse conhecimento de grande importncia, para programas de controle biolgico, pois possibilita, quando o inseto apresenta comportamento de diapausa, a paralisao no seu desenvolvimento. Em biofbricas, permite a sua armazenagem durante perodos inoportunos para a sua liberao no campo, evitando a paralisao da produo, permitindo assim uma melhor otimizao dos investimentos ao longo do ano.Alguns autores observaram o efeito da luz sobre outros parmetros fisiolgicos, biolgicos e comportamentais de parasitoides.

Nealis, Oliver e Tchir (1996), afirmam que dias com menos de 16 horas de luz induzem diapausa em Cotesia melanoscela (Ratzeberg) (Hymenoptera: Braconidae), na cidade de Ontrio, Canad, ao passo que em dias com mais de 18 horas de luz os insetos se desenvolvem normalmente. Segundo os autores, esse dado relevante para comparao entre esse e os resultados encontrados na literatura para populaes do mesmo parasitoide coletadas em locais diferentes.Segundo Milonas e Savopoulou-Soultani (2000), o fotoperodo tem um papel importante no desenvolvimento de Colpoclypeus florus (Walker) (Hymenoptera: Eulophidae), sendo decisivo na induo da diapausa dessa espcie, porm, eles observaram que temperaturas acima de 25C so limitantes para a induo de diapausa sob todos os regimes de luz por eles testados.Sagarra et al. (2000) afirmam que, em condies laboratoriais, Anagyrus kamali Moursi (Hymenoptera: Encyrtidae) no afetado por diferentes regimes de luz, o que permite que as criaes massais sejam feitas sem a necessidade de iluminao, reduzindo-se assim os custos com a sua produo.Urbaneja et al. (2001) testaram trs regimes de luz [16 L (luz) : 8 E (escuro), 12 L : 12 E e 6 L : 16 E] sobre o ectoparasitoide de Phyllocnistis citrella Stainton (Lepidoptera: Graciilariidae), Cirrospilus sp. nr. Lincus (Hymenoptera: Eulophidae), e avaliaram a influncia desses regimes sobre a sobrevivncia e o desenvolvimento desse inseto, observando que nos trs tratamentos no houve diferena para esses parmetros.Silva-Torres, Barros e Torres (2009) observaram que a taxa de parasitismo de Oomyzus sokolowskii (Kurdjumov) (Hymenoptera: Eulophidae), em larvas de Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Pluteliidae), em laboratrio, no afetado pela exposio luz ou pelo escuro por 12 horas. Porm, verificaram que o parasitoide apresenta maior atividade aps 3 horas de exposio luz, recomendando a liberao em campo em programas de controle biolgico preferencialmente na madrugada.2.2Parasitoide de ovos Trichogramma spp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae)Segundo Pinto (1997), o gnero Trichogramma cosmopolita, podendo ser encontrado nos mais variados ambientes terrestres, tendo por limitao somente a falta de hospedeiros.Trichogramma o maior gnero da famlia Trichogrammatidae e tambm o mais importante, no tocante ao controle biolgico. Por essa razo, esses insetos esto entre os mais estudados, e com um grande acervo de informaes disponveis na literatura (PINTO 1997; PARRA; ZUCCHI 2004).

Segundo Pinto (1997), os insetos desse gnero so diminutos endoparasitoides primrios de ovos de lepidpteros, muitos desses com potencial de uso em programas de controle biolgico aplicado.

No Brasil, vm sendo realizados vrios trabalhos nos ltimos anos com a utilizao de Trichogramma spp. em vrias culturas, sobre tudo pelo Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), visando ao controle biolgico de pragas da cana-de-acar (BOTELHO et al., 1999; PINTO 1999), algodoeiro (BLEICHER; PARRA, 1989), tomateiro (PRATISSOLI; PARRA, 2000), milho (S; PARRA, 1994; GEREMIAS, 2009), soja (ZACHRISSON; PARRA, 1998; BUENO, 2008), pragas de gros armazenados (INOUE; PARRA, 1998) e frutferas, como os citros (GARCIA, 1998; MOLINA, 2003; TORRES, 2005).

2.2.1Biologia de Trichogramma spp.O gnero Trichogramma conta com aproximadamente 210 espcies descritas. So parasitoides de ovos, com inmeros hospedeiros, principalmente da Ordem Lepidoptera (PINTO, 2006). Os insetos desse gnero so diminutos, com cerca de 0,2 a 1,5 mm de comprimento, com comportamento gregrio ou solitrio (PINTO, 1997). Trichogramma holometbolo, tendo como endoparasita obrigatrio o seu desenvolvimento embrionrio, larval e pupal no interior do ovo de outros insetos, e como todos os parasitoides de ovos apnustico, tendo baixssima demanda por oxignio durante a fase larval (DE LA TORRE, 1993).Como holometbolo tem o seu desenvolvimento passando pelas fases de ovo, larva, pr-pupa, que caracterizada pela presena de sais de urato que conferem aspecto enegrecido ao ovo parasitado, acumulados em todo o tegumento do inseto, e da pupa, at atingir a fase adulta. A colorao do inseto apresenta modificaes quanto ao estgio de desenvolvimento, e que se torna mais escura com o desenvolvimento, devido esclerotizao da cutcula. Os sais de urato, que durante o perodo inicial do desenvolvimento da pr-pupa encontram-se dispersos pelo tegumento, ao final desse estgio j comeam a se concentrar, ficando localizados na regio central do abdome da pupa, formando uma massa nica (CNSOLI; ROSSI; PARRA, 1999).

Trichogramma, como outros himenpteros, apresenta hapodiploidismo, sendo a fmea diplide originria de ovos fecundados, ao passo que os machos haplides nascem de ovos no fecundados. Assim, para o parasitismo, o acasalamento facultativo, porm interessante, do ponto de vista do controle biolgico, que haja acasalamento para que nasam novas fmeas nas geraes seguintes, aumentando a eficincia dos insetos liberados. Ocorrem em menor quantidade, espcies de Trichogramma com a capacidade de realizar a partenognese completa ou telitoquia, gerando fmeas diplides tanto de ovos fecundados quanto de no fecundados. A telitoquia em Trichogramma pode ocorrer de forma reversvel (quando est associada infeco microbiana, assim, acabando com a infeco, a linhagem volta a apresentar arrenotoquia) ou de forma irreversvel (STOUTHAMER; LUCK; HAMILTON, 1990). A telitoquia em Trichogramma causada pela infeco por (-proteobactrias do gnero Wolbachia conhecidas por induzir partenognese em vrias espcies (STOUTHAMER et al., 1993).

O nmero de ovos colocados pelas fmeas de Trichogramma varia de acordo com a disponibilidade de nutrientes no hospedeiro e com o nmero de ovos a ser parasitado, sendo esse aspecto importante na seleo hospedeira (VINSON, 1997; GOMES, 1997).Trichogramma tem seu desenvolvimento afetado por vrios fatores abiticos, como luz, umidade e temperatura, sendo a temperatura o fator mais impactante, podendo afetar, entre outros parmetros, a durao do desenvolvimento, a razo sexual, o parasitismo e a longevidade dos adultos (CALVIN et al., 1984; YU; LANG; HAGLEY, 1984; BLEICHER, 1985; STEIN; PARRA, 1987; CNSOLI; PARRA, 1996; PRATISSOLI; PARRA, 2000, 2001; MOLINA, 2003).

A reduo no tempo de desenvolvimento com o aumento da temperatura um aspecto recorrente entre as espcies de Trichogramma, independente da linhagem e hospedeiros. Esses estudos tm fornecido informaes relevantes sobre as exigncias trmicas do gnero, fornecendo subsdios importantes para a implementao dos programas de controle biolgico com esses insetos (BUTLER JUNIOR; LOPEZ, 1980; GOODENOUGH; HARSTACK; KING, 1983; CALVIN et al., 1984; YU; LANG; HAGLEY, 1984; ZACHRISSON, 1997; PRATISSOLI; PARRA, 2000; PARRA; ZUCCHI, 2004).Pereira et al. (2008) estudaram o efeito de altas e baixas temperaturas na biologia de Trichogramma pretiosum em laboratrio. Verificaram que a longevidade mdia do parasitoide foi superior na temperatura de 16C (14,38 1,86 dias) diferindo significativamente das temperaturas de 20 a 36C (5,33 0,82 a 2,50 0,17 dias, respectivamente). O parasitismo mdio total por fmea foi maior na temperatura de 30C (14,30 3,24 ovos parasitados/fmea) que diferiu significativamente apenas de 36C (1,90 1,02 ovos parasitados/fmea). Entretanto, o parasitismo mdio dirio por fmea na temperatura de 30C diferiu significativamente das temperaturas de 14 a 20C, mostrando que nas temperaturas mais baixas, T. pretiosum parasita menos ovos por dia, mas durante vrios dias. Em campo, Pinto et al. (2003) concordou com o observado pelo autor anterior, verificando parasitismo menor, porm, prolongado, em temperaturas mais baixas na cana-de-acar.Porm, o aferimento desses dados em condies de campo relativamente inexistente na vasta literatura disponvel sobre o gnero Trichogramma.

2.2.2Fotoperodo na biologia de Trichogramma spp.Segundo Botelho (1997), a eficincia de liberaes inundativas de Trichogramma spp. pode ser influenciada por vrios fatores intrnsecos s espcies, bem como por vrios fatores climticos e ambientais, como temperatura, precipitao, umidade relativa, luminosidade, entre outras.Os estudos dos efeitos do fotoperodo sobre a biologia de insetos do gnero Trichogramma no so recentes, mas segundo Rounbehler e Ellington (1973), os resultados relatados so conflitantes.

Quednau (1957), citado por Rounbehler e Ellington (1973), informou que a luz no teve efeito sobre a velocidade de desenvolvimento, a mortalidade ou a fecundidade de Trichogramma cacoeciae Marchal, ao passo que para Flanders (1929) a intensidade de luz um fator de influncia dominante sobre Trichogramma minutum Riley.Klink 1964 citado por Rounbehler e Ellington (1973), e Orphanides e Gonzalez (1970) relataram o efeito deletrio da exposio constate a luz sobre T. cacoeciae e T. pretiosum, principalmente no tocante longevidade, e Orphanides e Gonzalez (1970) ainda mostram o aumento do perodo pr-reprodutivo sob escurido contnua. Rounbehler e Ellington (1973) tambm relatam que Kim (1968) sugeriu que a luz, temperatura e umidade podem interagir para influenciar a resposta ao fotoperodo de Trichogramma semifumatum (Perkins).O efeito do fotoperodo em duas linhagens de T. semifumatum foi avaliado por Rounbehler e Ellington (1973). Eles estudaram a influncia de trs regimes de luz diferentes [10 L (luz) : 14 E (escuro), 14 L : 10 E e luz constante], com temperatura e umidade relativa constantes (30C e 80%), e observaram que a longevidade parece aumentar com o aumento de horas de luz. Eles tambm observaram que houve diferena na resposta das linhagens testadas quanto ao incremento no parasitismo, decorrente do aumento do fotoperodo, o que pode sugerir que a resposta a fotoperodo pode ser um fator gentico, que pode variar de linhagem para linhagem dentro da mesma espcie. Os autores concluram que a emergncia dos adultos foi sincronizada pelo fotoperodo e que o padro de emergncia no influenciado pelo fotoperodo a qual foi exposta a gerao anterior.Zaslavski et al. (1995) estudaram o efeito conjunto de luz e temperatura sobre a dinmica de emergncia de adultos de Trichogramma evanescens Westwood e observou que sob luz e temperatura constantes o ritmo de emergncia no tem um padro definido, o que pode evidenciar um efeito deletrio da luz constante sobre esse parmetro biolgico.CnsolieParra(1994) avaliaram o efeito de quatro fotoperodos artificiais (11L : 13E, 12L : 12E, 13L : 11E e 14L : 11E) sobre Trichogramma galloi Zucchi. Eles observaram que fotoperodo no afetou a durao e a viabilidade do perodo ovo-larva, a capacidade de parasitismo e nem a razo sexual do parasitoide criado em ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae). No entanto, eles observaram a longevidade sendo afetada negativamente pelo fotoperodo de 14 L : 10 E em relao ao de 12 L : 12 E.

Tunbilek e Ayvaz (2003) avaliaram o efeito de trs regimes de luz no parasitismo dirio de T. evanescens, na emergncia dos adultos e no nmero de fmeas emergidas em laboratrio, e observaram que os regimes de luz no afetaram o nmero de adultos nem o nmero de fmeas emergidas, mas o nmero de ovos parasitados por dia foi afetado negativamente pelo regime de zero hora de luz. Os outros tratamentos (6 L : 18 E e 14 L : 10 E), segundo esses autores, no diferem entre si, estatisticamente.Reznik e Vaghina (2007) testaram sete regimes de luz para Trichogramma principium Sug. et Sor. (3 L : 21 E, 6 L : 18 E, 9 L : 15 E, 12 L : 12 E, 15 L : 9 E, 18 L : 6 E e 21 L : 3 E) sendo os melhores resultados obtidos pelos tratamentos com fotofases entre 6 e 12 horas, superando os de maior e menor perodos de luz.2.2.3Horrio de liberao

Vrios autores concordam com a necessidade de se determinar os melhores horrios de liberao de Trichogramma no campo (BOTELHO, 1997; BUENO, 2008). Porm, informaes sobre essa varivel na literatura so bem escassas.Botelho (1997) apresenta dados no publicados de Parra, que mostram que, para T. galloi, de trs horrios de liberao testados (9h00, 13h00 e 18h00), os melhores resultados, depois de 24 horas, foram obtidos quando se liberou os parasitoides s 18h00.3MATERIAL E MTODOSOs ensaios de campo foram realizados no campo experimental do campus do Centro Universitrio Moura Lacerda, Ribeiro Preto, SP, e em um campo de produo de sementes no distrito de Mocambinho, no municpio de Jaba, MG. Os ensaios de laboratrio foram realizados no laboratrio de Biologia de Insetos, do Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP, Piracicaba, SP.Os insetos utilizados, tanto o hospedeiro quanto o inimigo natural, foram provenientes das criaes massais da empresa BUG agentes biolgicos S/A, Piracicaba, SP.

Em todos os bioensaios foram utilizados adultos de Trichogramma pretiosum com 24 horas de idade e, tanto em condies de campo quanto de laboratrio, foram utilizadas cartelas de papel carto (4,0 x 0,5 cm) contendo ovos esterilizados de Anagasta kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae) colados com goma arbica na ponta (0,5 x 0,5 cm).3.1Horrio de liberao de T. pretiosum na cultura do milhoOs experimentos foram realizados em Ribeiro Preto, SP, de 12 a 16/06/2008 (inverno) e de 18 a 21/03/2009 (vero outono), e Mocambinho, MG, de 13 a 16/09/2009 (primavera). Os dois primeiros ensaios foram conduzidos em milho hbrido 2B 710, da Dow AgroSciences, com cerca de 60 dias de idade, e o segundo foi conduzido em rea de linhagens parentais que do origem a esse hbrido citado anteriormente, tambm com 60 dias da semeadura.Para avaliar o efeito do horrio de liberao de T. pretiosum sobre o parasitismo no campo e a flutuao do parasitismo ao longo do dia, para cada tratamento foram liberados aproximadamente 18 mil adultos por rea experimental (450 m2), distanciadas entre si por 50 m, em dois pontos equidistantes, situados na poro central e espaados entre si por 15 m (Figura 1). Havia um total de cinco reas, sendo uma para cada horrio de liberao e uma sem liberao, para servir de testemunha.Em cada rea experimental haviam dois pontos localizados na poro central, distanciados entre si por 15 m, onde eram liberados os adultos de parasitoides, metade do total em cada ponto.

As cartelas contendo ovos de A. kuehniella eram dispostas em dois pontos de amostragem, um de cada lado dos pontos de liberao, distanciados desse em 6 m. Em cada um desses pontos eram afixadas seis cartelas, ou seja, 12 para cada ponto de liberao e 24 para cada amostragem. Cada cartela correspondeu a uma unidade amostral e cada ponto de amostragem correspondeu a uma repetio.As cartelas eram expostas ao parasitismo pelo perodo de 6 horas, depois das quais eram substitudas por novas, at o terceiro dia.

Figura 1.Esquema de instalao de uma parcela experimental, com locais de liberao dos adultos (24 h de idade) do parasitoide Trichogramma pretiosum (18.000/parcela) e locais de colocao das cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella.Os tratamentos corresponderam aos horrios de liberao dos parasitoides e uma testemunha, sem liberao. As liberaes foram feitas s 06h00, 12h00, 18h00 e 00h00. Nos dois primeiros ensaios as liberaes comearam s 06h00 e no terceiro comearam s 18h00. Cada tratamento foi repetido quatro vezes, num delineamento de parcelas subdivididas (split-plot).Para evitar predao por formigas e insetos outros insetos terrestres, as cartelas foram afixadas em suportes de madeira de 1,4 m de altura (altura aproximada do tero mdio das plantas) com uma faixa de graxa a 30 cm da superfcie do solo.Depois de retiradas do campo, as cartelas com os ovos eram acondicionadas em cmaras climatizadas com temperatura de 25 1C e umidade relativa do ar de 70 10%. Aps o escurecimento dos ovos, em cerca de seis dias, esses eram avaliados quanto ao nmero de parasitados, com o uso de microscpio estetoscpio.As temperaturas mdias, umidade relativa do ar mdia e precipitao pluviomtrica mdia horrias foram obtidas na estao climatolgica do Centro Universitrio Moura Lacerda, para o primeiro ensaio em Ribeiro Preto, SP, e na estao da Empresa de Pesquisa Agropecuria de Minas Gerais (Epamig), para o terceiro ensaio no distrito de Mocambinho, no municpio de Jaba, MG. Os dados climatolgicos do segundo ensaio foram perdidos.3.2Influncia do fotoperodo no parasitismo de T. pretiosum em laboratrio3.2.1 Experimentos no fitotronForam realizados dois experimentos em cmaras climatizadas do tipo fitotron (Figura 2) com aproximadamente 4 m2. No primeiro, tentou-se verificar o ritmo de parasitismo de T. pretiosum em um fitotron num regime de 12 h de luz e 12 h de escuro. No segundo, trs fitotrons foram mantidos nos regimes de total escurido (0 h de luz), 12 h de luz e 12 h de escuro e com luz constante (24 h), sendo esses os tratamentos. A temperatura foi mantida constante a 25 1C e a umidade relativa do ar foi de 70 10%.Os fitotrons utilizados com escotofase tiveram todas as entradas de luz vedadas com plstico preto.Foram distribudas 100 cartelas contendo ovos de A. kuehniella, distribudas no interior da cmara em oito pontos, sendo quatro a 30 cm do piso e quatro a 30 cm do teto, sendo essas as repeties, num delineamento inteiramente casualizado.

Figura 2.Vista frontal de trs cmaras de crescimento climatizadas (fitotron) utilizadas nos ensaios de laboratrio de fotoperodo. O fitotron da direita da figura A e o da figura B foram vedados completamente com plstico preto para evitar a entrada de luz. O fitotron da figura B foi mantido no regime de 12 h de luz.Os parasitoides, num total de 18.000 adultos de 24 h de idade por fitotron, foram liberados no centro da cmara. As cartelas eram substitudas a cada 12 horas, at o terceiro dia aps a liberao, no primeiro ensaio, e at o segundo dia, no segundo ensaio.Aps o escurecimento dos ovos, as cartelas eram avaliadas quanto ao nmero de ovos parasitados, com o uso de microscpio estetoscpio.3.2.2Experimento na cmara de fotoperodo

Para esse experimento, fmeas de T. pretiosum com 24 horas de idade foram individualizadas e colocadas em tubos de vidro com 8 cm de comprimento e 1 cm de dimetro, contendo uma gotcula de mel e uma cartela com mais de 40 ovos de A. kuehniella. Os tubos foram fechados com filme plstico. Cada fmea correspondia a uma repetio, num total de 20 repeties por tratamento.Os ovos foram expostos ao parasitismo por 48 horas, nos seguintes regimes de luz [luz (L): escuro (E)]: (a) 0 L; (b) 10 L: 14 E; (c) 12 L: 12 E; (d) 13L: 11 E; (e) 14 L: 10 E, e; (f) 24 L. O equipamento utilizado (Figura 3) foi desenvolvido adaptando-se a cmara de fotoperodo de Parra et al. (1977). Cada regime de luz correspondeu a um tratamento, repetido 20 vezes, num delineamento inteiramente casualizado.

Figura 3.Vista lateral da cmara de fotoperodo adaptada de Parra et al. (1977).Aps 48 horas de exposio, as fmeas foram removidas e as cartelas acondicionadas em tubos de vidro em cmara climatizada a 25 1C e 70 10% de umidade relativa do ar para o desenvolvimento dos parasitides.Aps o escurecimento dos ovos foi determinada a porcentagem de ovos parasitados, por meio da contagem do nmero de ovos total e daqueles parasitados (escurecidos). Aps a emergncia dos adultos foi determinada a viabilidade dos ovos parasitados, contando-se o nmero de adultos emergidos, subtraindo-se do total de ovos parasitados e calculando a porcentagem. Tambm foi determinada a razo sexual dos adultos emergidos por meio da frmula: RS = no de fmeas/ (no de fmeas + no de machos).3.3Anlises estatsticasAs mdias de todos os parmetros avaliados foram comparadas entre si pelo teste de Tukey ou Duncan, ao nvel mximo de 5%. Todos os clculos estatsticos foram realizados pelo programa Statistica for Windows (StatSoft, 1996).4RESULTADOS E DISCUSSO

A inteno inicial do projeto era determinar o horrio de liberao mais adequado para o parasitoide Trichogramma pretiosum na cultura do milho, e esse trabalho foi conduzido em Ribeiro Preto, SP.Entretanto, o horrio de liberao mostrou no ter muito efeito na eficincia de parasitismo, mas novos aspectos dessa interao parasitoide ovo ambiente foram verificados. Por esse motivo, o experimento foi repetido. E o mesmo resultado foi observado. E uma dvida surgiu: ser que as baixas temperaturas da noite que influenciaram o parasitismo de Trichogramma?

Por esse motivo, o experimento foi novamente repetido no distrito de Mocambinho, em Jaba, MG, que possui mdias mensais de temperatura maiores que as observadas em Ribeiro Preto. E novamente o mesmo resultado.

Mas os trs ensaios, alm de demonstrarem que o horrio de liberao no interfere na eficincia de T. pretiosum, mostraram tambm que ele parasita pouco.

Para tentar provar esse comportamento e verificar se o fotoperodo (perodo de luz) o componente principal para que o parasitismo ocorra em campo, alguns ensaios de laboratrio foram conduzidos.Todos esses resultados, de campo e de laboratrio, esto apresentados a seguir e so discutidos, sendo comparados com os obtidos por outros pesquisadores.4.1Horrio de liberao de Trichogramma pretiosum em campo, na cultura do milhoNo primeiro experimento de campo, conduzido em Ribeiro Preto, em 2008, foram registrados picos do nmero mdio de ovos parasitados durante os perodos de luz. O parasitismo na liberao meia-noite foi maior no primeiro dia aps a liberao, mas no segundo dia a quantidade mdia de ovos parasitados foi igual em todos os tratamentos. Uma anlise estatstica no foi aplicada nessas mdias devido a irregularidade nos horrios de liberao, pois enquanto em um o parasitoide estava comeando a agir, em outro ainda estava sendo liberado (Figura 4).

Figura 4.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitados a cada seis horas aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios e na testemunha (parasitismo natural) em milho em Ribeiro Preto, SP, 2008.

Entretanto, no foram verificadas diferenas significativas entre os horrios de liberao quanto mdia do nmero total de ovos parasitados por T. pretiosum durante todo o perodo do ensaio, mesmo ocorrendo diferenas numricas grandes, como a verificada no maior nmero de ovos parasitados quando a liberao foi efetuada meia-noite quando comparada liberao s 18h00 (Figura 5). Se houvesse diferena significativa, os resultados seriam contrrios aos comentados por Botelho (1997), onde o parasitismo foi maior com liberaes feitas s 18h00. Mesmo sem diferenas significativas, os resultados obtidos no concordam com o autor.

Figura 5.Mdia do nmero total de ovos de Anagasta kuehniella parasitados, durante todo o ensaio, aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios em Ribeiro Preto, SP, 2008. Colunas seguidas pela mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey, 5%.Nesse ensaio de 2008 em Ribeiro Preto, pde-se verificar que T. pretiosum parasitou significativamente mais ovos no segundo dia aps a liberao que nos demais. Alm disso, o nmero mdio de ovos parasitado por perodo foi significativamente maior no perodo da manh do que no perodo da tarde, at dois dias aps a liberao, sendo que neste, por sua vez, foi estatisticamente maior que os perodos da noite e da madrugada, que no diferiram entre si (Figura 6).

Figura 6.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitado por seis horas, nos diferentes perodos, em trs dias consecutivos, aps a liberao de Trichogramma pretiosum em milho em Ribeiro Preto, SP, 2008. Colunas seguidas pela mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey, 5%.Pde-se verificar que as temperaturas noturnas, no perodo do ensaio, foram inferiores a 15C e as diurnas ficaram pouco acima de 25C (Figura 7). Talvez, o baixo parasitismo obtido noite tenha sido consequncia das baixas temperaturas, como verificado por Pereira et al. (2008), em laboratrio.Por esse motivo, o ensaio foi repetido mais uma vez em Ribeiro Preto, em outra poca, para se tentar conseguir outra condio climatolgica.

Figura 7.Dados climatolgicos horrios mdios de temperatura (C), umidade relativa do ar (%) e precipitao pluviomtrica (mm) em Ribeiro Preto, SP, 2008.No segundo experimento de campo, conduzido em Ribeiro Preto, em 2009, foram registrados picos do nmero mdio de ovos parasitados durante os perodos de luz (Figura 8). Como no ensaio anterior, a liberao meia-noite garantiu um maior nmero mdio de ovos parasitados no primeiro dia, mas o maior pico foi observado no segundo dia aps a liberao ao meio-dia. No terceiro dia, o maior pico ocorreu onde a liberao foi realizada s 18h00 (Figura 8).

Figura 8.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitados a cada seis horas aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios e na testemunha (parasitismo natural) em plantao de milho em Ribeiro Preto, SP, 2009.

Para esse ensaio, como para o anterior, no foram verificadas diferenas significativas entre os horrios de liberao quanto ao nmero total mdio de ovos parasitados por T. pretiosum durante todo o perodo do ensaio, apesar do baixo valor obtido para a liberao s 6h00 (Figura 9).

A chuva foi um dos fatores que mais comprometeu o segundo ensaio, causando a perda de vrias cartelas com ovos oferecidos ao parasitismo. Alm disso, o parasitismo observado na testemunha foi to alto quanto o obtido nos tratamentos. Talvez a proximidade com as reas de outros experimentos com T. pretiosum tenha comprometido o ensaio. Pelos motivos expostos, o segundo ensaio no teve analisado os mesmos parmetros anteriores e foi novamente repetido, agora em uma regio mais quente.

Figura 9.Mdia nmero total de ovos de Anagasta kuehniella parasitados, durante todo o ensaio, aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios em plantao de milho em Ribeiro Preto, SP, 2009. Colunas seguidas pela mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey, 5%.No terceiro experimento de campo, conduzido em Mocambinho, distrito de Jaba, em 2009, foram registrados picos do nmero mdio de ovos parasitados durante os perodos de luz. O parasitismo foi muito baixo na rea experimental (Figura 10). No houve grandes diferenas numricas entre os horrios de liberao.

Figura 10.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitados a cada seis horas aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios e na testemunha (parasitismo natural) em plantao de milho em Mocambinho, distrito de Jaba, MG, 2009.

Nesse ensaio, como nos anteriores, no foram verificadas diferenas significativas entre os horrios de liberao quanto ao nmero total mdio de ovos parasitados por T. pretiosum durante todo o perodo do ensaio (Figura 11).O nmero mdio de ovos parasitados no diferiu estatisticamente entre a tarde do primeiro dia (30 horas aps a liberao) e a manh do segundo (48 horas aps a liberao), que tambm no diferiram dos perodos da manh do primeiro dia e da tarde do segundo, e que por sua vez tambm no diferiram da tarde e da noite do primeiro dia (Figura 12). Os nmeros mdios de ovos parasitados nos perodos restantes tambm no diferiram entre si, sendo os menores observados (Figura 12).

Figura 11.Mdia do nmero total de ovos de Anagasta kuehniella parasitados, durante todo o ensaio, aps a liberao de Trichogramma pretiosum em diferentes horrios em plantao de milho em Mocambinho, MG, 2009. Colunas seguidas pela mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey, 5%.

Figura 12.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitado por seis horas, nos diferentes perodos de trs dias consecutivos, aps a liberao de Trichogramma pretiosum em plantao de milho em Mocambinho, MG, 2009. Colunas seguidas pela mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey, 5%. noite, a temperatura mdia observada em Mocambinho ficou sempre acima de 15C e durante o dia ficou ao redor de 30C (Figura 13), sendo mais quente que nos ensaios anteriores conduzidos em Ribeiro Preto.Com esses resultados, percebeu-se que a temperatura noturna parece no influenciar o parasitismo e que a ausncia de luz deve estar realmente associada ao comportamento de T. pretiosum.

Figura 13.Dados climatolgicos de temperatura mdia, umidade relativa do ar e pluviosidade. Mocambinho, distrito de Jaba, MG, 2009.A ocorrncia dos picos nos perodos correspondentes ao dia (Figuras 6 e 12) evidencia a atividade diurna do parasitoide. Para todos os tratamentos o parasitismo se concentrou no perodo do dia, o que concorda com o afirmado por Flanders (1929) sobre a importncia da luminosidade para T. minutum, porm, pode ter ocorrido interao da luminosidade com outros fatores como Kim (1968), citado por Rounbehler e Ellington (1973), observou que ocorre para T. semifumatum.A discrepncia entre o nmero de ovos parasitados observada entre os ensaios pode ter causas ambientais, visto que cada ensaio foi conduzido em condies diferentes dos demais. Porm, o baixo parasitismo observado no ensaio de Mocambinho (Figura 10) deve estar relacionado ao elevado nmero de aplicaes de inseticidas que normalmente ocorre no local, que pode ter tido algum efeito residual sobre os insetos, ou ainda pode tratar-se de inadaptabilidade da linhagem usada no ensaio, as condies climticas da regio.Os resultados obtidos no primeiro ensaio mostram uma maior atividade de T. pretiosum no segundo dia aps a liberao (Figuras 4 e 6), no ocorrendo o mesmo nos ensaios seguintes (Figuras 8, 10 e 12). Entretanto, o segundo ensaio foi bastante comprometido pela chuva e perda de dados, como comentado anteriormente, e no terceiro ensaio o parasitismo foi muito baixo. Se confirmado, esse resultado discorda de Pinto et al. (2003) que afirmar que para T. galloi o maior parasitismo observado no terceiro dia em cana-de-acar. Entretanto, faz-se necessria a execuo de novos ensaios com esse enfoque para T. pretiosum.Alm disso, o primeiro ensaio mostra uma maior atividade de T. pretiosum pela parte da manh, quando comparada com a tarde (Figura 6). No terceiro ensaio no houve diferena significativa entre a manh e a tarde (Figura 12), provavelmente pelo baixo parasitismo obtido, o que confirma o resultado do primeiro.Ficou claro que o horrio de liberao no interfere no parasitismo de T. pretiosum em ovos de A. kuehniella (hospedeiro alternativo) na cultura do milho (Figuras 5, 9 e 11). Isso discorda do observado por Parra (n. publ.) citado por Botelho (1997), para T. galloi, onde esse parasitoide apresentou melhor desempenho quando liberado as 18h00. Esses dados excluem a preocupao quanto ao horrio de liberao do planejamento de execuo de programas de controle biolgico com T. pretisum, facilitando a aplicao da tecnologia de controle de lagartas em milho com esse parasitoide.Com os resultados obtidos em campo, ficou evidente a necessidade da realizao de ensaios de laboratrio com fotoperodo e temperatura para elucidar melhor o ocorrido nos trs ensaios. Provavelmente, no laboratrio, as respostas para o porqu do maior parasitismo diurno e pela parte da manh podero comear a ser delineadas.

4.2 Efeito do fotoperodo no parasitismo de Trichogramma pretiosum em fitotronNo experimento na cmara climatizada do tipo fitotron, onde se comparou a porcentagem mdia de parasitismo por T. pretiosum durante a fotofase (fase de luz) e a escotofase (fase de escurido), ambas em regime de 12 horas, foram registrados picos desse parmetro durante os perodos de luz (Figura 14), lembrando que a temperatura e umidade foram fixadas em 25 1C e U.R. de 70 10%.O maior pico foi verificado no primeiro dia aps a liberao (Figura 14), diferindo do que ocorreu em campo, onde o maior foi percebido no segundo dia (Figuras 4 e 6). Parece que T. pretiosum, no campo, precisa de um perodo de adaptao para iniciar o parasitismo de forma efetiva, ou as grandes distncias que ele necessita percorrer para encontrar seu hospedeiro levam ao maior parasitismo para o segundo dia.Como observado por Kim, 1968, citado por Rounbehler e Ellington (1973), para Trichogramma semifumatum, temperatura e umidade podem interagir afetando a resposta ao fotoperodo. Assim, esse ensaio permitiu isolar os efeitos dessas variveis e verificar o restrito ao fotoperodo, comprovando que os picos de parasitismo observados no campo (Figuras 4, 8 e 10) so devidos influncia da luminosidade e no da interao com as outras variveis como se poderia supor.

No experimento no fitotron, onde se comparou o nmero mdio de ovos parasitados por T. pretiosum a cada 12 horas, sob 0, 12 e 24 horas de luz por dia, pde-se observar que nas avaliaes das 12, 24 e 36 horas aps a liberao, houve diferenas estatsticas quanto ao nmero mdio de ovos parasitados entre os tratamentos sob luz e no escuro. Porm, na terceira avaliao (36 h), apesar de o parasitismo diferir entre os trs tratamentos, ocorreu um pequeno nmero de ovos parasitados no tratamento mantido no escuro, que veio a aumentar 48 h aps a liberao, sendo, nesse horrio, o maior dentre os demais (Figura 15).

Figura 14.Parasitismo (%) mdio de ovos de Anagasta kuehniella por Trichogramma pretiosum em perodos de escotofase e fotofase de 12 horas dentro de fitotron (temperatura de 25 1C e U.R. de 70 10%). Pontos com mesma letra no diferem entre si pelo teste de Duncan a 2%.No tratamento sob o regime de 12 h de fotofase e 12 h de escotofase, o parasitismo s ocorreu nos perodos de luz, sendo maior na avaliao de 12 h do que na de 36 h (Figura 15).

Sob luz por 24 h, o parasitismo ocorreu em todas as avaliaes, mas foi diminuindo com o passar das horas, chegando a ser significativamente menor que o observado no regime de 12 h de luz e igual ao observado na escurido (Figura 15).Na escurido (24 h de escotofase), o nmero mdio de ovos parasitados foi quase nulo nas avaliaes das 12 e 24 h aps a liberao de T. pretiosum dentro do fitotron, mas s 36 h aps o parasitismo comea a aumentar, atingindo seu pico s 48 h, sendo maior que aquele observado na escotofase do tratamento com regime de 12 h de luz (Figura 15).

Figura 15.Nmero mdio de ovos de Anagasta kuehniella parasitados por Trichogramma pretiosum por seis horas em diferentes regimes de luz, durante 48 horas dentro de fitotron (temperatura de 25 1C e U.R. de 70 10%). Colunas com mesma letra, em cada grupo de 3, no diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%No foi verificada diferena estatstica entre a mdia do nmero total de ovos parasitados sob luz constante e sob fotoperodo de 12 horas, durante 48 horas, que foram praticamente iguais. Porm, esses tratamentos diferiram do escuro constante, cujo nmero total de ovos parasitados foi significativamente inferior (Figura 16).Apesar do nmero total mdio de ovos parasitados no diferir entre os tratamentos de luz constante e fotoperodo de 12 horas, a diminuio no parasitismo, observada no primeiro, pode comprovar o efeito deletrio desse regime, como observado por Klink, 1964, citado por Rounbehler e Ellington (1973), e Orphanides e Gonzalez (1970), para Trichogramma cacoeciae e T. pretiosum, respectivamente, com o prolongamento do experimento por mais alguns dias.

Figura 16.Mdia do nmero total de ovos de Anagasta kuehniella parasitados por Trichogramma pretiosum durante 48 horas em diferentes regimes de luz, dentro de fitotron (temperatura de 25 1C e U.R. de 70 10%). Colunas com mesma letra, em cada grupo de 3, no diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.Os dados observados at aqui permitem supor que, para T. pretiosum, a luz um estmulo para o parasitismo, mas que com o passar do tempo na escurido, existem outros fatores que determinam a busca de seu hospedeiro, visto que o parasitismo aumenta com o passar do tempo nesse regime (Figura 15).Entretanto, ainda no foi possvel saber quantas horas de luz garantem um eficiente parasitismo nas primeiras horas aps a liberao, que so as mais importantes segundo Pinto et al. (2003). No ensaio seguinte, tentou-se elucidar melhor a questo dos regimes de fotofase.4.3Efeito do fotoperodo no parasitismo de Trichogramma pretiosum em cmara de fotoperodo

Nesse experimento no se observou diferena significativa entre os tratamentos quanto porcentagem mdia de emergncia e razo sexual mdia (Tabela 1).

Entretanto, quanto porcentagem mdia de parasitismo, o tratamento submetido ao regime de 14 horas de luz e 10 horas de escuro (14 L: 10 E) foi significativamente superior aos tratamentos 0 L: 24 E e 10 L: 14 E, que no diferiram entre si e dos demais tratamentos, que tambm no diferiram do primeiro (Tabela 1).Tabela 1.Porcentagem mdia de parasitismo, porcentagem mdia de emergncia e razo sexual mdia de Trichogramma pretiosum parasitando ovos de Anagasta kuehniella e submetido a diferentes fotoperodos em laboratrio.Fotoperodo(luz : escuro)Parasitismo (%)Emergncia (%)Razo sexual

0 : 249,30 b184,06 a0,87 a

10 : 1411,79 b83,71 a0,99 a

12 : 1220,38 ab76,53 a0,83 a

13 : 1113,88 ab79,57 a0,91 a

14 : 1025,63 a84,88 a0,94 a

24 : 017,85 ab82,12 a0,94 a

1 Mdias, na coluna, seguidas pela mesma letra no diferem entre pelo teste de Tukey a 5%.Esses resultados concordam com os obtidos por Cnsoli e Parra (1994), para porcentagem de emergncia e razo sexual, para T. galloi. Esses autores no avaliaram porcentagem de parasitismo, mas o nmero de ovos parasitados por fmea. Se esses dois parmetros foram considerados semelhantes, os resultados obtidos para os tratamentos coincidentes tambm esto de acordo, visto que eles s testaram os regimes de 0 L: 24 E, 10 L: 14 E e 24 L: 0 E.Os resultados observados para o fotoperodo de 0 L: 24 E concordam com os apresentados por Tunbilek e Ayvaz (2003) para Trichogramma evanescens, que observaram nesse regime o menor nmero de ovos parasitados em comparao com 6 L: 18 E e 14 L: 10 E.

Apesar da baixa aplicabilidade dos resultados obtidos nesse ensaio a campo, eles so de grande valia para o planejamento de criaes massais de T. pretiosum, no tocante a economia de energia eltrica, devido a identificar o menor perodo de luz que no afeta o parasitismo do inseto, como buscou Sagarra et al. (2000), para Anagyrus kamali.Mas fica claro, com esse experimento, que quanto menor a fotofase, menor o parasitismo realizado por T. pretiosum, fortalecendo mais ainda os resultados obtidos em campo.Com os resultados obtidos nos experimentos de campo e de laboratrio, novas portas so abertas para a pesquisa sobre a influncia de fatores abiticos na biologia, no comportamento e na eficincia de tecnologias de liberao. Novos experimentos devero ser conduzidos para esclarecer quais os outros fatores que influenciam a localizao do hospedeiro por T. pretiosum, quando a escurido completa, se as fases lunares interferem na eficincia desse parasitide, dentre outros.Alm disso, outros parasitides e predadores devero ser investigados quanto atividade noturna de parasitismo e predao, respectivamente, para conhecer se esse padro observado nesse trabalho ocorre para outros organismos.5CONCLUSES

Com base nos dados obtidos nos ensaios e nas condies em que os mesmos foram conduzidos, possvel concluir que: o parasitismo de Trichogramma pretiosum, em ovos de Anagasta kuehniella, no influenciado pelo horrio de liberao em plantao de milho; o parasitismo de ovos de A. kuehniella por T. pretiosum em campo predominante no perodo de luz e, por isso, esse parasitoide de hbito diurno; T. pretiosum atinge o mximo parasitismo no segundo dia aps a liberao em campo; a porcentagem de parasitismo de T. pretiosum, em ovos de A. kuehniella, em condies de laboratrio, influenciada pelo fotoperodo; o parasitismo de T. pretiosum no escuro aumenta com o tempo, mas inferior ao parasitismo realizado sob regime de luz constante ou no, em laboratrio;

quanto menor a fotofase, menor a porcentagem de parasitismo de T. pretiosum, em laboratrio.6REFERNCIAS BIBLIOGRFICASAHMED, U.A.M. et al. Maternal photoperiod effect on and geographic variation of diapause incidence in Cotesia plutellae (Hymenoptera: Braconidae) from China. Applied Entomology and Zoology, v.42, n.3, p.383-389, 2007.

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