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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PLANO DE NEGÓCIOS: DESENVOLVIMENTO DE NOVO DESIGN DO PRODUTO SMARTPHONE Marcio Wagner da Silva 2015

TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

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Page 1: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

PLANO DE NEGÓCIOS: DESENVOLVIMENTO DE NOVO DESIGN DO PRODUTO SMARTPHONE

Marcio Wagner da Silva

2015

Page 2: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

ANALISE DO PLANO DE NEGÓCIOS

Marcio Wagner da Silva

Monografia apresentada no curso de Pós-

Graduação em Administração de Empresas,

lato-sensu, nível especialização, como pré-

requisito para obtenção do título de

especialista.

Orientador

Bruno Vicente dos Santos

São José dos Campos

Dezembro / 2015

Page 3: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

ii

ANÁLISE DO PLANO DE NEGÓCIOS

Marcio Wagner da Silva

Orientador

Bruno Vicente dos Santos

Monografia submetida ao Curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas,

da Fundação Getúlio Vargas (FGV), como parte dos requisitos necessários à

obtenção de título de Especialista em Administração de Empresas.

Aprovado por:

_________________________________

Nome do Prof. 1 , Titulação

_________________________________

Nome do Prof. 2 , Titulação

_________________________________

Nome do Prof. 3 , Titulação

São José dos Campos

Dezembro/ 2015

Page 4: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

iii

RESUMO

PLANO DE NEGÓCIOS: DESENVOLVIMENTO DE NOVO SMARTPHONE PARA A EMPRESA CONNECTION

Marcio Wagner da Silva

Resumo da Monografia submetida ao corpo docente do curso de Pós-Graduação em

Administração de Empresas – Fundação Getúlio Vargas – FGV, como parte dos requisitos

necessários à obtenção de título de Especialista em Administração de Empresas.

Resumo da Monografia: O objetivo deste trabalho é descrever e analisar de forma criteriosa

o desempenho do grupo no ambiente simulado chamado “TELEFONIA” no âmbito da

disciplina Jogos de Negócios do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas

da Fundação Getúlio Vargas (FGV), neste ambiente foram propostas situações de mercado

que conduziram os participantes à tomadas de decisão que eram realizadas com base nos

conhecimentos adquiridos ao longo das demais disciplinas do curso. Uma análise detalhada

de cada tomada de decisão, seus impactos e seus efeitos são analisados à luz dos

conhecimentos adquiridos de forma a se concluir onde o grupo falhou e quais os motivos da

falha, bem como, descrever os acertos e os critérios que levaram às decisões tomadas.

Termos Chaves: Jogos de Negócios

Gerenciamento de Projetos

Administração

São José dos Campos

Dezembro/ 2015

Page 5: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

iv

DEDICATÓRIA

Dedico essa monografia a todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para

o meu desenvolvimento profissional.

A educação se faz através do exemplo, sejam eles bons ou ruins, cabe a cada um

discernir qual exemplo será seguido.

Page 6: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

v

AGRADECIMENTOS

Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas

racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе

formação profissional.

Agradeço ainda à minha esposa Ana Glaucia e minha filha Manuela por serem tão

compreensivas com minha ausência.

Page 7: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

vi

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1

1.1 Ambiente competitivo ........................................................................................... 1

1.2 Empresa Connection ............................................................................................ 2

1.2.1 Missão ............................................................................................... 2

1.2.2 Visão ................................................................................................. 2

1.2.3 Valores .............................................................................................. 2

1.2.4 Estrutura Organizacional da Companhia Connection ....................... 3

1.2.5 Análise SWOT ................................................................................... 4

2 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................. ......................................... 6

2.1 Análise dos Resultados do Primeiro Quadrimestre .............................................. 6

2.1.1 Produção e demanda dos produtos .................................................. 7

2.1.2 Estratégia de Marketing .................................................................. 11

2.1.3 Investimentos em Design ................................................................ 14

2.1.4 Inovação tecnológica ...................................................................... 15

2.1.5 Desempenho Financeiro no Primeiro Quadrimestre ....................... 15

2.1.6 Política de Recursos Humanos ....................................................... 21

2.1.7 Análise da Concorrência ................................................................. 22

2.2 Análise dos Resultados do Segundo Quadrimestre ........................................... 23

2.2.1 Estratégia de Marketing .................................................................. 26

2.2.2 Investimentos em Design ................................................................ 27

2.2.3 Inovação tecnológica ...................................................................... 27

2.2.4 Desempenho financeiro no Segundo Quadrimestre ....................... 28

2.2.5 Política de Recursos Humanos ....................................................... 33

2.2.6 Análise da Concorrência ................................................................. 35

3 GESTÃO DAS ÁREAS FUNCIONAIS ....................... .................................. 39

3.1 Diretoria de Projetos .......................................................................................... 39

3.1.1 Introdução ....................................................................................... 39

3.1.2 Objetivo ........................................................................................... 39

3.1.3 Justificativa ...................................................................................... 40

3.1.4 Revisão da Literatura ...................................................................... 40

3.1.5 Plano de Gerenciamento do Projeto ............................................... 44

4 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 58

4.1 Referências Bibliográficas .................................................................................. 58

Page 8: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

vii

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – ORGANOGRAMA DA COMPANHIA CONNECTION .................................................................................. 3

FIGURA 2 – ANÁLISE SWOT PARA A EMPRESA CONNECTION .......................................................................... 5

FIGURA 3 – DEMANDA DE CELULARES.................................................................................................................... 7

FIGURA 4 – DEMANDA DE SMARTPHONES ............................................................................................................. 7

FIGURA 5 – DEMANDA DE TABLETS ........................................................................................................................ 8

FIGURA 6 – PARTICIPAÇÃO DOS PRODUTOS NA RECEITA DE VENDAS DA CONNECTION ....................................... 9

FIGURA 7 – PERFIL DE PRODUÇÃO DA EMPRESA CONNECTION NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2015 ........... 10

FIGURA 8 – TOTAL DE INVESTIMENTOS NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2015 ................................................ 14

FIGURA 9 – EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM DESIGN PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE .......................... 15

FIGURA 10 – COMPORTAMENTO DA RECEITA DE VENDAS REAL X PROJETADA PARA O PRIMEIRO

QUADRIMESTRE (FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES) ............................................................................ 16

FIGURA 11 – COMPORTAMENTO DO VOLUME DE VENDAS PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE ........................... 17

FIGURA 12 - EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DE VENDA PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE ........................................ 18

FIGURA 13 – VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE ...................................... 19

FIGURA 14 – CUSTO COM HORA EXTRA PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE ...................................................... 20

FIGURA 15 – EVOLUÇÃO DE SALÁRIOS E BENEFÍCIOS PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE .................................. 21

FIGURA 16 – COMPARAÇÃO ENTRE O LUCRO OPERACIONAL PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE ....................... 23

FIGURA 17 – PERFIL DE PRODUÇÃO DA EMPRESA CONNECTION NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2015 ........ 25

FIGURA 18 – TOTAL DE INVESTIMENTOS NO SEGUNDO QUADRIMESTRE DE 2015 .............................................. 26

FIGURA 19 – EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM DESIGN PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE ......................... 27

FIGURA 20 – EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE

DE 2015 ........................................................................................................................................................ 28

FIGURA 21 – COMPORTAMENTO DA RECEITA DE VENDAS REAL X PROJETADA PARA O SEGUNDO

QUADRIMESTRE DE 2015 ............................................................................................................................. 29

FIGURA 22 – COMPORTAMENTO DO VOLUME DE VENDAS PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE DE 2015 ............ 30

FIGURA 23 – EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DE VENDA PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE ....................................... 31

FIGURA 24 – VARIAÇÃO DO LUCRO OPERACIONAL PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE ...................................... 32

FIGURA 25 – CUSTO COM HORA EXTRA PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE....................................................... 33

FIGURA 26 – EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DE LUCROS DISTRIBUÍDA AOS FUNCIONÁRIOS PARA O SEGUNDO

QUADRIMESTRE ............................................................................................................................................ 34

FIGURA 27 – COMPARAÇÃO DE PREÇOS CONNECTION X MÉDIA DE MERCADO PARA O PRODUTO SMARTPHONE

NO MÊS DE JUNHO ........................................................................................................................................ 35

FIGURA 28 – COMPARAÇÃO DE PREÇOS CONNECTION X MÉDIA DO MERCADO PARA O PRODUTO TABLET NO

MÊS DE JULHO .............................................................................................................................................. 36

FIGURA 29 – COMPARAÇÃO DE PREÇOS CONNECTION X MÉDIA DO MERCADO PARA O PRODUTO CELULAR NO

MÊS DE AGOSTO ........................................................................................................................................... 37

FIGURA 30 - COMPARAÇÃO DE PREÇOS CONNECTION X MÉDIA DO MERCADO PARA O PRODUTO SMARTPHONE

NO MÊS DE AGOSTO ...................................................................................................................................... 37

FIGURA 31 - COMPARAÇÃO DE PREÇOS CONNECTION X MÉDIA DO MERCADO PARA O PRODUTO TABLET NO

MÊS DE AGOSTO ........................................................................................................................................... 38

FIGURA 32 – GRUPOS DE PROCESSOS AO LONGO DO CICLO DE VIDA DE PROJETOS ......................................... 42

FIGURA 33 – ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO (EAP) .................................................................................. 47

FIGURA 34 – FLUXO DE CAIXA PROJETADO PARA O INVESTIMENTO .................................................................... 54

Page 9: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

viii

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – ESTRATÉGIA ADOTADA PARA O PRIMEIRO QUADRIMESTRE .............................................................. 6

TABELA 2 – CONTA ESTOQUE DA COMPANHIA CONNECTION APÓS O PRIMEIRO MÊS .......................................... 9

TABELA 3 – EVOLUÇÃO DOS CUSTOS DE ESTOCAGEM NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE ....................................... 10

TABELA 4 – PREÇOS E PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE JANEIRO (PRODUTO – CELULAR) ................. 11

TABELA 5 – PREÇOS E PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE JANEIRO (PRODUTO – SMARTPHONE) ......... 12

TABELA 6 – PREÇOS E PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE JANEIRO (PRODUTO – TABLET) ................... 12

TABELA 7 – PREÇOS E PARCELA DE MERCADO PARA O MÊS DE FEVEREIRO (PRODUTO – CELULAR) .............. 12

TABELA 8 – PREÇOS E PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE FEVEREIRO (PRODUTO – SMARTPHONE) .... 13

TABELA 9 – PREÇOS E PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE FEVEREIRO (PRODUTO – TABLET) ............... 13

TABELA 10 – VENDAS PERDIDAS NO MÊS DE ABRIL ............................................................................................. 17

TABELA 11 – ESTRATÉGIA ADOTADA PARA O SEGUNDO QUADRIMESTRE ........................................................... 23

TABELA 12 – EVOLUÇÃO DE VENDAS PERDIDAS NO SEGUNDO QUADRIMESTRE ................................................. 24

TABELA 13 – PARCELAS DE MERCADO PARA O MÊS DE AGOSTO (PRODUTO- CELULAR) .................................. 26

TABELA 14 – VOLUME DE VENDAS PERDIDAS NO MÊS DE AGOSTO .................................................................... 30

TABELA 15- CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO ................................................................................... 48

TABELA 16 – PRINCIPAIS RISCOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ............................................................... 49

TABELA 17 – PLANO DE RESPOSTA AOS RISCOS DO PROJETO ........................................................................... 50

TABELA 18 – PLANO DE COMUNICAÇÃO DO PROJETO ........................................................................................ 51

TABELA 19 – CUSTOS DE INCIDÊNCIA ÚNICA NO PROJETO ................................................................................. 52

TABELA 20 – CUSTOS MENSAIS DO PROJETO ..................................................................................................... 53

TABELA 21 – PARTES INTERESSADAS DO PROJETO E FOCOS DE INTERESSE ..................................................... 56

TABELA 22 – PLANO DE GESTÃO DE PARTES INTERESSADAS ............................................................................. 57

Page 10: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

ix

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

PMBoK – Corpo de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Project Management

Body of Knowledge)

EAP – Estrutura Analítica de Projetos (Work Breakdown Structure)

TAP – Termo de Abertura de Projetos

PMI – Project Management Institute

VPL – Valor Presente Líquido

TIR – Taxa Interna de Retorno

Page 11: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

x

Page 12: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

1. INTRODUÇÃO

O curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Fundação Getúlio

Vargas (FGV) expõe seus alunos a um ambiente criativo contando com professores com

sólida experiência acadêmica e profissional de forma a propiciar aos alunos uma

formação plena de qualidade.

Desta forma, após a conclusão de todas as disciplinas do curso, os alunos são

avaliados através da disciplina Jogos de Negócios, em que os mesmos são avaliados em

um ambiente empresarial simulado, denominado “Simulation”, que fornece aos alunos

experiências de tomadas de decisão que permitem ao aluno aplicar, de forma prática, os

conhecimentos adquiridos ao longo das demais disciplinas além de conceder a

oportunidade de análise de cada decisão tomada e suas conseqüências para o grupo

empresarial que dirige. As decisões envolvem preços a serem praticados, estratégias de

médio e longo prazos, investimentos a serem feitos, compra de informações e salários a

serem praticados.

A empresa que será descrita a seguir trata-se de uma empresa do ramo

tecnológico que produz e comercializa celulares, smartphones e tablets, denominada

Connection. Ao longo deste trabalho serão analisadas as decisões tomadas pelos

diretores da companhia e suas conseqüências bem como as estratégias adotadas e os

resultados obtidos.

1.1 Ambiente competitivo

O TELEFONIA Business Game trata-se de uma ferramenta que simula um

ambiente empresarial, que visa submeter os participantes a situações adversas, passíveis

de ocorrência no mercado competitivo, como greves de trabalhadores, elevação de custos

de insumos em função de variações cambiais e necessidade de redução de produção em

função de restrições no fornecimento de energia elétrica. Ao lidar com tais situações

adversas os alunos são forçados a aplicar o conhecimento adquirido ao longo das

disciplinas do curso de Pós-Graduação em Administração de Empresas de forma a

minimizar seus impactos na estabilidade da companhia pela qual são responsáveis.

No caso atual, participaram do TELEFONIA Business Game oito equipes que

formaram um grupo industrial de empresas que competiam entre si no mercado de

Page 13: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

2

equipamentos para telefonia fabricando, e comercializando três diferentes produtos :

Celulares, Smartphones e Tablets.

As equipes foram avaliadas pela ferramenta com base nos resultados obtidos

comparando-se com a estratégia definida por cada equipe em que cada uma atribui

pesos, variando de 1 a 10, para os parâmetros avaliados pela ferramenta que são: Valor

de ação no Mercado, Capital Circulante Líquido, Receita de Vendas e Lucro Líquido

Aculumado.

1.2 Empresa Connection

A empresa Connection é uma empresa do ramo tecnológico que desenvolve,

produz e comercializa equipamentos para telefonia como celulares, smartphones e

tablets. O objetivo principal da Connection é agregar valor aos produtos da companhia e

proporcionar a seus clientes produtos de qualidade superior e com requintes de

exclusividade.

1.2.1 Missão

A missão da Connection é contribuir com o mercado tecnológico e de telefonia

através do fornecimento de produtos de elevados padrões de qualidade e inovação

proporcionando a seus clientes uma experiência única em cada produto adquirido,

sempre com respeito ao meio-ambiente e à vida.

1.2.2 Visão

A visão da Connection é ser referência de qualidade e inovação no mercado de

tecnologia e telefonia e ser a preferida pelos clientes no mercado em que atua.

1.2.3 Valores

Os valores da companhia Connection são:

• Qualidade: Fornecer sempre produtos de qualidade à seus clientes;

• Segurança: Cuidado e respeito à vida de cada um de nossos colaboradores

e clientes;

Page 14: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

3

• Transparência: Respeito aos investidores e acionistas;

• Meio-ambiente: Compromisso com os requisitos ambientais

1.2.4 Estrutura Organizacional da Companhia Connection

De maneira a prover a empresa de uma gestão mais ágil, a companhia é gerida

através de quatro diretorias. Todas as principais decisões são tomadas em conjunto pelos

quatro diretores em reuniões convocadas periodicamente, cada área expõe sua visão da

situação a ser analisada e, após a exposição de cada diretor, são tomadas as decisões

corporativas. A seguir é apresentado o organograma da companhia Connection.

Figura 1 – Organograma da Companhia Connection Fonte: Elaborado pelos autores

1.2.4.1 Apresentação da Diretoria

• Diretoria de Marketing:

A diretoria de Marketing da companhia Connection está a cargo da profissional

Francielle Débora da Silva Salvador, 24 anos, graduada em Tecnologia em Marketing

pela Anhanguera Educacional. Atualmente cursa a Pós-graduação em Administração de

Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Cabe a diretoria de marketing analisar tendências de mercado, visando subsidiar

as demais áreas da companhia com informações sobre quais as principais características

que novos produtos devem priorizar para que tenham aceitação, bem como definir

estratégias de vendas e propagandas.

• Diretoria de Finanças e Diretoria de Produção:

A diretoria de finanças da companhia Connection está sob a gestão da profissional

Miriã Rodrigues Soares Brito, 28 anos, graduada em Administração de Empresas pela

Page 15: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

4

UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba). Atualmente cursa a Pós-graduação em

Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O papel da diretoria de finanças é estudar, analisar e informar as demais áreas

sobre a situação financeira da companhia, bem como analisar o impacto de cada decisão

na sustentabilidade financeira da companhia.

• Diretoria de Recursos Humanos:

A diretoria de produção e demandas é gerida pela profissional Ana Carolina dos

Santos Rocha, 25 anos, graduada em Turismo pela UNIP (Universidade Paulista).

Atualmente cursa a Pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV).

Cabe a diretoria de produção e demanda a elaboração do plano de produção com

base nas informações de demanda de mercado, bem como otimização da capacidade

fabril da companhia.

• Diretoria de Projetos:

A diretoria de projetos é controlada pelo profissional Marcio Wagner da Silva, 34

anos, graduado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (UEM),

possui ainda mestrado em Engenharia de Processos pela Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP) e Doutorado em Engenharia Química pela mesma universidade.

Atualmente cursa a Pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV).

A diretoria de projetos é responsável por conduzir o desenvolvimento e implantação

de projetos estratégicos que visem à sustentabilidade da companhia no seu mercado de

atuação.

1.2.5 Análise SWOT

A utilização da ferramenta análise SWOT visa analisar as forças e fraquezas da

companhia indicando seus pontos fortes em relação aos concorrentes e os pontos de

atenção que requerem maior esforço de gestão para que sejam melhor explorados, a

Page 16: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

5

aplicação desta ferramenta permite ainda analisar/identificar as oportunidades e ameaças

presentes no mercado de atuação da companhia.

No caso da companhia Connection, a ferramenta análise SWOT apresentou os

resultados descritos na Figura 2:

Figura 2 – Análise SWOT para a empresa CONNECTION

Fonte: Elaborado pelos autores

Page 17: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

6

2 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir são apresentados e analisados os resultados obtidos pela companhia

Connection no ambiente TELEFONIA ao longo de dois quadrimestres que serão

analisados separadamente.

2.1 Análise dos Resultados do Primeiro Quadrimestr e

A companhia Connection atua no mercado de telefonia e tecnologia há quatro

anos, sendo uma empresa de capital aberto. A empresa possui uma linha de produção

com capacidade de 900 unidades fabris que produz, atualmente, celulares, smartphones

e tablets. O mercado de atuação da companhia tem por característica forte concorrência e

disputa por espaço no mercado.

Com base na análise dos resultados de períodos anteriores, verificou-se que a

demanda do produto celular apresenta tendência de queda nos últimos anos e que a

demanda por produtos como smartphone e tablets têm mostrado forte tendência de

elevação. Além disso os produtos com maior margem de contribuição para a receita da

companhia são o smartphone e o tablet.

Diante destas informações a companhia Connection definiu sua estratégia no

sentido de gerar maior diferenciação nos produtos de maior valor agregado através de

investimentos em inovação tecnológica e design, bem como em propaganda e promoção

dos produtos. Todos os produtos se mantiveram na linha de produção da Connection,

mas as unidades fabris foram otimizadas de forma a gerar maior receita de vendas, a

Tabela 1 ilustra a estratégia adotada pela Connection no primeiro quadrimestre.

Tabela 1 – Estratégia adotada para o Primeiro Quadrimestre Objetivo Peso

Valor da Ação no Mercado ($) 1

Capital Circulante Líquido 4

Receita de Vendas 3

Lucro Líquido do Exercício Acumulado 2

Fonte: Elaborado pelos autores.

A escolha da estratégia se baseia na distribuição de dez pontos nos quatro objetivos

apresentados pelo simulador. Para atingir estes objetivos as variáveis disponíveis são os

investimentos a serem realizados.

Page 18: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

7

2.1.1 Produção e demanda dos produtos

A análise de demanda e conseqüentemente da quantidade a ser produzida de cada

um dos produtos a ser comercializado foi realizada com base nas curvas de tendência de

demanda disponibilizadas pelo simulador no início dos trabalhos. Tais curvas apresentam

o comportamento de demanda dos produtos celular, smartphone e tablet ao longo dos

últimos 4 anos, conforme apresentado nas Figuras 3, 4 e 5 .

Figura 3 – Demanda de celulares (Fonte: Apostila Jogo de Negócios 2015)

Figura 4 – Demanda de Smartphones (Fonte: Apostila de Jogo de Negócios 2015)

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Demanda - Celulares

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Demanda - Smartphone

Page 19: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

8

Figura 5 – Demanda de Tablets (Fonte: Apostila Jogo de Negócios 2015)

O grupo de diretores da Connection utilizou-se destes dados para buscar prever a

demanda de cada produto em seu respectivo período e, desta forma, planejar a produção

visando sempre atender o mercado com a maior geração de receita possível e

minimizando os estoques.

No primeiro mês do quadrimestre a diretoria optou por manter os níveis de preços

praticados no período anterior e elevou os investimentos em inovação tecnológica,

promoção/propaganda e design dos produtos visando ampliar a participação de mercado

da Connection através da diferenciação que seria gerada em seus produtos decorrente

destes investimentos. A produção do celular foi reduzida em relação ao período anterior

em função de sua menor margem de contribuição e da quantidade de produtos em

estoque, desta forma, foi priorizada a produção de tablets e smartphones de forma a

maximizar a receita de vendas.

Em relação aos produtos smartphone e tablet as decisões tomadas pela diretoria

da Connection surtiram um efeito positivo, a companhia conquistou boa parcela de

mercado e atingiu as vendas esperadas, no entanto, para o produto celular as vendas

ficaram muito abaixo do esperado, levando a um custo muito elevado de estoque o que

prejudicou o resultado da companhia neste período. A decisão de não investir em

promoção e propaganda deste produto e nem mesmo em inovação tecnológica mostrou-

se equivocada e pode ser considerada responsável pelo fraco desempenho da

Connection neste período. Além disso, por uma falha de análise da diretoria, optou-se por

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50

100

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250

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47

Demanda - Tablet

Page 20: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

9

manter as aplicações financeiras do período anterior o que contribuiu ainda mais para o

resultado negativo uma vez que a companhia foi forçada a entrar no crédito rotativo que

possui um custo financeiro muito elevado. A seguir é apresentada, na Tabela 2, a conta

estoque da Connection após o primeiro mês.

Tabela 2 – Conta Estoque da companhia Connection após o primeiro mês Produto Estoque Inicial Produção Vendas Vendas Perdidas Estoque Final

Celular 805 1800 1443 0 1162

Smartphone 0 563 563 29 0

Tablet 0 300 250 0 50

Fonte: Elaborado pelos autores.

Com os resultados obtidos, observa-se uma mudança na participação dos produtos

na receita de vendas da companhia, conforme apresentado na Figura 6.

Figura 6 – Participação dos produtos na receita de vendas da Connection (Fonte: Dados do ambiente TELEFONIA)

Observa-se uma sensível redução da parcela de participação do celular na receita

de vendas que foi absorvida pelo produto tablet, enquanto a participação do smartphone

manteve-se praticamente constante.

Durante os dois primeiros meses do quadrimestre o custo de estocagem manteve-

se elevado, prejudicando o resultado geral da Connection. Nos meses seguintes, por

estratégia da diretoria, manteve-se um baixo nível de estoque e os resultados foram

recuperados, conforme indicado na Tabela 3.

Page 21: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

10

Tabela 3 – Evolução dos custos de estocagem no primeiro quadrimestre Mês Janeiro Fevereiro Março Abril

Custo de

estocagem (R$)

78.780,00 76.440,00 11.635,00 0,00

Fonte: Elaborado pelos autores.

A estratégia da Connection envolvia sempre utilizar a máxima capacidade fabril,

porém buscando maximizar a participação dos produtos de maior margem de contribuição

(smartphone e tablets), buscando sempre atingir os objetivos principais da Connection

que eram máxima receita de vendas e máximo capital circulante líquido. O perfil de

produção da Connection no primeiro quadrimestre é apresentado na Figura 7.

Figura 7 – Perfil de produção da empresa Connection no primeiro quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

Diante dos resultados ruins alcançados nos dois primeiros períodos a diretoria da

Connection optou por não pagar dividendos no primeiro quadrimestre, tendo em vista que

a maximização do valor das ações era item de menor relevância na estratégia adotada

pela Connection.

Ao final do primeiro quadrimestre, outro fato que prejudicou o resultado da

companhia Connection foi a greve promovida pelos sindicatos que culminou em um

dissídio coletivo em que foi determinada a elevação do salário dos trabalhadores para R$

1050,00 com benefícios individuais de R$ 80,00, a Connection optou ainda em fornecer a

seus funcionários participação de 5% nos lucros. Como resultado da greve a produção do

mês de abril foi afetada e reduziu o resultado do primeiro quadrimestre elevando assim as

vendas perdidas neste período, reflexo da decisão da diretoria de manter os estoques ao

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200

400

600

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1 2 3 4

Un

ida

de

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Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 22: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

11

nível mínimo. Tendo em vista a elevação dos custos gerados pelo aumento de salários e

benefícios dos trabalhadores a Connection optou por repassar estes custos para o

consumidor final de forma gradual, visando minimizar o impacto da decisão e evitar perda

de mercado.

2.1.2 Estratégia de Marketing

A estratégia adotada pela diretoria da Connection foi a busca pela diferenciação de

seus produtos, desta forma, foram maximizados os investimentos e manteve-se foco na

produção e venda de produtos de maior valor agregado e maior margem de contribuição

(smartphone e tablet). Assim, optou-se por elevar os investimentos em inovação

tecnológica para os produtos smartphone e tablet para a ordem de R$100.000,00 por

produto, bem como se manteve os investimentos em propaganda e promoção destes dois

produtos, no entanto, optou-se por reduzir a zero os investimentos em promoção e

propaganda para o celular bem como em inovação. As decisões se mostraram

equivocadas tendo em vista a baixa quantidade de venda dos três produtos o que gerou

um resultado ainda pior considerando o elevado estoque de celulares. Na Tabela 4 são

apresentados os resultados obtidos para o mês de janeiro.

Tabela 4 – Preços e parcelas de mercado para o mês de Janeiro (Produto – Celular) Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 320,00 12,42 E2_2015.2--Campinas-96 355,00 11,59 E3_2015.2--Campinas-96 320,00 13,31 E4_2015.2--Campinas-96 328,00 12,97 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 320,00 12,38 Companhia Connection 340,00 12,45 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 339,90 12,63

Fonte: Elaborado pelos autores.

Para o produto celular observa-se que a decisão de reduzir os investimentos em

promoção e propaganda de inovação tecnológica fizeram com que a Connection perdesse

mercado em relação à seus concorrentes, soma-se ainda o fato de que a maioria dos

concorrentes optou por reduzir o preço de venda, o que prejudicou ainda mais o

desempenho da Connection.

Para o produto smartphone os resultados são apresentados na Tabela 5.

Page 23: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

12

Tabela 5 – Preços e Parcelas de mercado para o mês de Janeiro (Produto – Smartphone) Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 1.100,00 12,74 E2_2015.2--Campinas-96 1.250,00 10,29 E3_2015.2--Campinas-96 1.100,00 12,76 E4_2015.2--Campinas-96 1.100,00 12,88 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 999,99 13,88 Companhia Connection 1.062,00 12,90 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.219,90 11,09

Fonte: Elaborado pelos autores.

Para o smartphone, verifica-se que os investimentos em promoção e propaganda e

inovação tecnológica, bem como a manutenção dos preços, levaram a uma maior

participação de mercado para a Connection. O mesmo fenômeno pode ser verificado em

relação ao produto tablet, conforme apresentado na Tabela 6.

Tabela 6 – Preços e Parcelas de mercado para o mês de Janeiro (Produto – Tablet) Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 1.600,00 12,22 E2_2015.2--Campinas-96 1.550,00 12,10 E3_2015.2--Campinas-96 1.440,00 13,33 E4_2015.2--Campinas-96 1.550,00 13,09 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.500,00 9,07 Companhia Connection 1.450,00 15,43 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.669,90 11,91

Fonte: Elaborado pelos autores.

No mês de fevereiro, visando minimizar o resultado ruim obtido no mês anterior a

diretoria optou por elevar os preços de todos os produtos bem como os investimentos, no

entanto, houve uma redução na participação do mercado conforme indicado na Tabela 7.

Tabela 7 – Preços e Parcela de mercado para o mês de Fevereiro (Produto – Celular) Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 320,00 13,00 E2_2015.2--Campinas-96 355,00 11,97 E3_2015.2--Campinas-96 320,00 12,95 E4_2015.2--Campinas-96 337,00 12,42 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 320,00 12,64 Companhia Connection 350,00 11,93 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 345,90 12,33

Fonte: Elaborado pelos autores.

Page 24: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

13

Comparando-se as Tabelas 4 e 7 percebe-se a redução na participação de

mercado da Connection. Esse efeito pode ser atribuído à elevação de preços que

aparentemente foi mais impactante do que os investimentos em promoção e propaganda

realizados. O mesmo fenômeno foi observado para os produtos smartphone e tablet,

conforme apresentado nas Tabelas 8 e 9.

Tabela 8 – Preços e Parcelas de mercado para o mês de Fevereiro (Produto – Smartphone) Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 1.200,00 11,84 E2_2015.2--Campinas-96 1.250,00 11,84 E3_2015.2--Campinas-96 1.070,00 13,88 E4_2015.2--Campinas-96 1.170,00 12,47 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.050,00 13,05 Companhia Connection 1.200,00 11,86 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.239,90 12,07

Fonte: Elaborado pelos autores.

Tabela 9 – Preços e Parcelas de mercado para o mês de Fevereiro (Produto – Tablet)

Empresa Preço (R$) Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 1.500,00 12,89 E2_2015.2--Campinas-96 1.550,00 11,87 E3_2015.2--Campinas-96 1.430,00 12,53 E4_2015.2--Campinas-96 1.651,00 11,99 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.440,00 12,89 Companhia Connection 1.500,00 13,49 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 1.698,90 12,23

Fonte: Elaborado pelos autores.

Para os meses de março e abril, a diretoria da Connection manteve a estratégia de

buscar a diferenciação de seus produtos a longo prazo através de investimentos acima da

média praticada pelo mercado. A projeção de investimentos totais (soma para os três

produtos) é apresentada na Figura 8.

Page 25: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

14

Figura 8 – Total de investimentos no primeiro quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

A estratégia de elevar os investimentos surtiu o efeito desejado e a Connection

apresentou resultados muito superiores em relação aos dois primeiros meses o que levou

a uma recuperação parcial dos resultados obtidos inicialmente, conforme já citado a

recuperação não foi total devido à greve ocorrida no mês de abril em função do dissídio

coletivo.

2.1.3 Investimentos em Design

Produtos com foco tecnológico necessariamente precisam apresentar um design

funcional e atraente para o cliente, ciente desta premissa de mercado a diretoria da

Connection iniciou o quadrimestre com investimentos bastante elevados (151% superior a

média do mercado no período) em design de seus produtos (R$ 150.000,00) após o

resultado do mês de Janeiro, optou-se por reduzir o nível de investimento em design de

forma a aliviar o caixa da empresa e adequar estes investimentos aos níveis praticados

no mercado. A evolução dos investimentos da Connection em design é apresentada na

Figura 9, abaixo.

R$-

R$50.000,00

R$100.000,00

R$150.000,00

R$200.000,00

R$250.000,00

1 2 3 4

Inv

est

ime

nto

To

tal

(R$

)

Mês

Promoção e Propaganda

Inovação Tecnológica

Design

Page 26: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

15

Figura 9 – Evolução dos Investimentos em Design para o Primeiro Quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Os investimentos em design estão alinhados com a estratégia da Connection de

gerar diferenciação de seus produtos em relação à concorrência no longo prazo.

2.1.4 Inovação tecnológica

Outro ponto fundamental para uma empresa do ramo de telefonia e tecnologia é o

investimento em inovação tecnológica. O verdadeiro diferencial dos produtos é a

constante evolução tecnológica, principalmente no ramo de smartphones e tablets que

são produtos de maior valor agregado e com clientes com maior nível de exigência.

Inicialmente os investimentos em inovação tecnológica foram destinados apenas

aos produtos smartphone e tablet, no entanto, após os resultados obtidos para os meses

de janeiro e fevereiro a diretoria da Connection decidiu investir também em inovação para

o produto celular, visando ampliar o volume de vendas, através da diferenciação e manter

a parcela de mercado para este produto.

2.1.5 Desempenho Financeiro no Primeiro Quadrimestr e

Coube ao departamento financeiro da Connection apresentar o resultado

das decisões tomadas pelo corpo diretivo da empresa e apontar, através de fatos e

dados, os melhores caminhos a seguir, subsidiando assim os diretores para novas

tomadas de decisão.

Os primeiros dados analisados pelo setor financeiro é a receita de vendas, que é

apresentada na Figura 10, a seguir.

R$-

R$20.000,00

R$40.000,00

R$60.000,00

R$80.000,00

R$100.000,00

R$120.000,00

R$140.000,00

R$160.000,00

1 2 3 4 5

Inv

est

ime

nto

(R

$)

Mês

Investimentos em Design

Média do Mercado

Page 27: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

16

Figura 10 – Comportamento da receita de vendas Real X Projetada para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Para a estimativa da receita de vendas projetada foi utilizada uma planilha

desenvolvida pela diretoria da Connection levando em consideração as curvas de

tendência de demanda de períodos anteriores, disponibilizada pelo simulador

TELEFONIA.

Conforme pode ser observado na Figura 10, no mês de fevereiro houve um grande

descolamento da receita real para projetada devido a uma estimativa muito otimista da

demanda de produtos o que acarretou em grandes custos de estocagem tanto no mês de

janeiro quanto em fevereiro. Para os meses seguintes houve boa aproximação entre as

curvas sendo que, no mês de março, a receita projetada foi superada pela receita real, no

mês de abril o resultado foi impactado pelo período de greve dos trabalhadores, no

entanto, os valores obtidos foram similares, o que indica que, caso não houvesse

paralisação de produção a receita real poderia superar novamente a receita projetada.

O volume de vendas para o primeiro quadrimestre variou conforme apresentado na

Figura 11, a seguir.

R$-

R$500.000,00

R$1.000.000,00

R$1.500.000,00

R$2.000.000,00

R$2.500.000,00

R$3.000.000,00

1 2 3 4

Receita de vendas Real (R$) Receita de Vendas Projetada (R$)

Page 28: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

17

Figura 11 – Comportamento do volume de vendas para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Observa-se que todos os produtos apresentaram queda no volume de vendas no

final do quadrimestre, principalmente devido ao impacto da greve na produção que levou

á falta de produtos da Connection no mercado, que pode ser verificado pelo volume de

vendas perdidas no mês de abril, descrito na Tabela 10.

Tabela 10 – Vendas perdidas no mês de abril Produto Vendas Perdidas

Celular 806

Smartphone 52

Tablet 14

Fonte: Elaborado pelos autores.

O resultado apresentado na Tabela 10 sugere que havia demanda de mercado por

mais produtos da Connection, no entanto, devido à greve essa demanda não pode ser

atendida. Desta forma, concluí-se que a estratégia da Connection em relação à

investimentos foi efetiva.

A variação no volume de vendas pode estar ligada ainda à variação dos preços

praticados no período. A evolução dos níveis de preços praticados pela Connection no

primeiro quadrimestre é apresentada na Figura 12, abaixo.

0

500

1000

1500

2000

2500

1 2 3 4

Un

ida

de

s V

en

did

as

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 29: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

18

Figura 12 - Evolução dos preços de venda para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

A variação nos preços de venda foi sempre positiva visando compensar os

resultados ruins obtidos nos meses de janeiro e fevereiro bem como os investimentos

realizados e a elevação dos encargos trabalhistas decorrentes do dissídio coletivo.

Comparando-se as Figuras 11 e 12 e considerando o volume de vendas perdidas

apresentado na Tabela 10, pode-se verificar que houve pouca sensibilidade da demanda

em relação à elevação de preços, isso se deve provavelmente à elevação suave dos

preços praticados e à diferenciação gerada pelos investimentos feitos em cada um dos

produtos que pode ter tornado o mercado menos sensível a preço em relação aos

produtos da Connection.

A política de investimentos da empresa Connection visou sempre à manutenção

dos níveis investidos sempre superiores à média praticada pela concorrência, conforme já

apresentado na Figura 8.

Conforme já descrito anteriormente inicialmente optou-se pelo investimento apenas

nos produtos de maior margem de contribuição, smartphone e tablet, no entanto, em

função da perda de participação de mercado e elevação no estoque de celulares optou-se

por ampliar os investimentos também para este produto.

Os produtos de maior margem de contribuição apresentaram em conseqüência os

maiores lucros operacionais para a empresa.

A Figura 13, abaixo, apresenta a evolução do lucro operacional de cada produto no

primeiro quadrimestre.

R$-

R$200,00

R$400,00

R$600,00

R$800,00

R$1.000,00

R$1.200,00

R$1.400,00

R$1.600,00

R$1.800,00

1 2 3 4

Pre

ço d

e V

en

da

(R

$)

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 30: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

19

Figura 13 – Variação do Lucro operacional para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

O baixo lucro operacional observado no mês de janeiro está relacionado ao nível

muito elevado de investimentos realizados, bem acima do praticado no mercado, após a

correção nas tomadas de decisão seguintes pode-se observar a recuperação para os três

produtos.

Em relação ao mês de abril, novamente a queda no lucro operacional pode ser

creditada à greve dos trabalhadores que reduziu a produção e impediu que o maior

volume de vendas compensasse os investimentos realizados.

No mês de abril houve paralisação de produção correspondente a 39 horas por

trabalhador, ou seja, 24,4 % da capacidade de produção de cada funcionário. O que

representou ainda um custo de mão de obra parada de R$ 146.250,00.

Ao final do primeiro quadrimestre o caixa da empresa Connection contava com R$

723.505,69, este valor é aplicado no pagamento de despesas imediatas e evita que a

empresa recorra à busca de capital no mercado, que apresenta custos elevados.

Durante o primeiro quadrimestre, nos meses de janeiro e fevereiro, a empresa

Connection recorreu ao crédito rotativo para equilibrar seu orçamento, esse fato ocorreu

devido a uma falha no acompanhamento da diretoria da Connection que optou por manter

a aplicação financeira de R$ 400.000,00 no mês de janeiro, apesar do prejuízo obtido no

período, isso prejudicou ainda mais o resultado do mês seguinte, pois a aplicação rende

somente 3,0% a.m. e o crédito rotativo possui um custo de capital de 6,0% a.m.

R$(100.000,00)

R$(50.000,00)

R$-

R$50.000,00

R$100.000,00

R$150.000,00

R$200.000,00

R$250.000,00

1 2 3 4

Lucr

o O

pe

raci

on

al

(R$

)

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 31: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

20

Pelas razões expostas acima, a diretoria da Connection optou por não distribuir

dividendos aos acionistas ao longo do primeiro quadrimestre, visando reforçar o caixa da

companhia.

Durante o primeiro quadrimestre, por estratégia da diretoria, procurou-se explorar

ao máximo a capacidade de produção da fábrica, porém sem investir em ampliação de

capacidade ou aluguel de máquinas.

Tal decisão foi tomada com base nas informações de vendas perdidas e nas

projeções de demanda de mercado, que indicavam não ser viável economicamente o

investimento tendo em vista a comparação entre os custos envolvidos e o retorno

projetado para o investimento.

Procurou-se compensar a manutenção da capacidade fabril através da otimização

da linha de produção, visando abrir mais espaço para os produtos de maior margem de

contribuição. No entanto, foram necessários gastos com horas extras dos funcionários,

conforme apresentado na Figura 14, a seguir.

Figura 14 – Custo com Hora Extra para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Observa-se uma elevação em relação aos gastos com horas-extras decorrente da

elevação da produção. A redução do custo de hora-extra observado entre os meses de

fevereiro e março está relacionada a redução do número de unidades produzidas de

tablets e smartphones no terceiro mês em comparação com o segundo, uma vez que

estes produtos demandam mais mão-de-obra para sua produção.

R$-

R$5.000,00

R$10.000,00

R$15.000,00

R$20.000,00

R$25.000,00

R$30.000,00

1 2 3 4

Custo com Horas-Extras (R$)

Page 32: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

21

2.1.6 Política de Recursos Humanos

A área de recursos humanos visa captar, capacitar e fornecer mão de obra

capacitada para a diretoria de produção bem como gerenciar as necessidades dos

trabalhadores frente às necessidades da empresa.

Mediante os dados de demanda de produtos é dimensionada a produção da

empresa e de posse destas informações a diretoria de recursos humanos dimensiona a

mão-de-obra necessária, seja através de horas-extras, contratação de novos funcionários,

terceirizações ou aluguel de máquinas.

Ao longo do primeiro quadrimestre não foi necessária a alteração do número de

funcionários da empresa Connection, permanecendo assim o número total de 300

funcionários. Conforme já descrito, foram necessários gastos com horas extras para

atendimento da demanda de mercado não necessárias a utilização de terceirizações ou

aluguel de máquinas no período.

Um ponto de destaque em relação à atuação da diretoria de recursos humanos

são as questões salariais que exigiram muita negociação ao longo do primeiro

quadrimestre. Mesmo antes do dissídio coletivo, a Connection optou por elevar salários e

conceder benefícios aos seus trabalhadores, conforme pode ser observado na Figura 15,

abaixo.

Figura 15 – Evolução de salários e benefícios para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Foi concedida ainda uma participação nos lucros da empresa aos funcionários de

3% em março e que foi elevada para 5% no mês de abril.

1 2 3 4

R$800,00 R$800,00 R$850,00

R$1.000,00

R$-R$55,00 R$55,00 R$80,00

Salários Benefícios

Page 33: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

22

A adoção de uma política de recursos humanos mais colaborativa está de acordo

com o descrito no manual do TELEFONIA que indica que os gastos com recursos

humanos elevam a atratividade dos produtos da empresa, além disso cria uma imagem

positiva da empresa Connection junto ao público consumidor e aos sindicatos.

Ao final do dissídio coletivo foi determinada a elevação dos salários para R$

1050,00 por trabalhador e R$ 80,00 de benefícios.

2.1.7 Análise da Concorrência

Conforme já mencionado a estratégia adotada pela Connection foi manter os

investimentos em propaganda e promoção, inovação tecnológica e design sempre acima

da média praticada pelo mercado. Esta estratégia visa criar diferenciação para os

produtos da Connection.

Além da política de investimentos, no primeiro quadrimestre buscou-se sempre

priorizar a produção para os produtos de maior valor agregado de forma a gerar a maior

receita de vendas possível.

Os preços praticados pela Connection estiveram sempre próximo à média da

concorrência visando manter inicialmente a parcela de mercado e em médio prazo

ampliá-la.

De acordo com os resultados apresentados a empresa Connection apresentou um

desempenho razoável no primeiro quadrimestre. Os investimentos muito acima da média

praticada pelo mercado (cerca de 150% acima da média) criaram uma pressão sobre a

necessidade de geração de receitas para que os investimentos fossem cobertos, além

disso, não houve tempo hábil para que os investimentos em design e inovação

tecnológica gerassem a diferenciação almejada o que levou a um resultado muito ruim no

mês de janeiro.

Além deste fato, houve o erro por parte da direção da Connection que fez com que

a empresa recorresse ao crédito rotativo sem necessidade o que piorou ainda mais os

resultados, tendo em vista o custo elevado de capital.

Nos mês de março a Connection obteve bons resultados, no entanto, a greve

ocorrida em abril prejudicou a estratégia de recuperação da empresa. A Figura 16

apresenta a comparação do lucro operacional obtido no quadrimestre diante do cenário

de greve em comparação ao projetado caso a greve não tivesse ocorrido.

Page 34: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

23

Figura 16 – Comparação entre o lucro operacional para o primeiro quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

A análise da Figura 16 revela o quão prejudicial foi a greve para os resultados da

Connection no primeiro quadrimestre. A projeção do lucro operacional para o mês de abril

era de R$ 380.000,00 e em decorrência da greve realizou-se um prejuízo de R$

11.391,00.

Diante destes resultados o desempenho da Connection foi comprometido ao longo

do primeiro quadrimestre, apesar da recuperação nos meses de março e abril.

2.2 Análise dos Resultados do Segundo Quadrimestre

Tendo em vista os resultados obtidos ao final do primeiro quadrimestre a diretoria

da Connection optaram por manter a estratégia do período anterior, conforme

apresentado na Tabela 11.

Tabela 11 – Estratégia adotada para o segundo quadrimestre Objetivo Peso

Valor da Ação no Mercado ($) 1

Capital Circulante Líquido 4

Receita de Vendas 3

Lucro Líquido do Exercício Acumulado 2

Fonte: Elaborado pelos autores.

Os bons resultados obtidos levaram a um aumento na produção de tablets e

smartphones, tendo em vista a maior margem de contribuição destes produtos e a

R$(400.000,00)

R$(300.000,00)

R$(200.000,00)

R$(100.000,00)

R$-

R$100.000,00

R$200.000,00

R$300.000,00

R$400.000,00

R$500.000,00

1 2 3 4

Lucr

o O

pe

raci

on

al

(R$

)

Projetado sem Greve

Com greve

Page 35: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

24

estratégia da empresa em priorizar o capital circulante líquido e a receita de vendas,

assim sendo, houve uma redução gradual na produção do produto celular de maneira a

otimizar a capacidade produtiva da Connection no sentido de priorizar os produtos tablet e

smartphone.

Manteve-se a política de elevação dos investimentos em marketing e propaganda

bem como em design dos produtos visando criar a diferenciação dos produtos Connection

em relação à concorrência.

Ainda no início do segundo quadrimestre houve a elevação dos salários para R$

1050,00 em função do resultado do dissídio coletivo e a manutenção dos benefícios aos

trabalhadores no patamar de R$ 80,00 por funcionário.

A estratégia da Connection em manter os estoques de produtos no menor nível

possível foi eficiente no início do segundo quadrimestre, no entanto, ao longo do período

houve uma elevação no número de vendas perdidas, conforme apresentado na Tabela

12.

Tabela 12 – Evolução de vendas perdidas no segundo quadrimestre Mês Maio Junho Julho Agosto

Vendas Perdidas

(total)

30 11 207 1091

Fonte: Elaborado pelos autores.

A elevação no número de vendas perdidas é reflexo da decisão da diretoria de não

investir em ampliação da capacidade fabril e manter os estoques em patamares mínimos,

visando assim minimizar os custos de estocagem. A opção por não investir em

capacidade fabril foi tomada com base em uma análise que demonstrou que o mercado

estava absorvendo as elevações de preços praticadas pela Connection e o fato de que o

investimento reduziria o capital circulante líquido da empresa, que é o fator principal da

estratégia adotada, conforme citado anteriormente buscou-se sempre a maior receita de

vendas através da priorização da produção de produtos de maior valor agregado (tablet e

smartphone). O perfil de produção da Connection no segundo quadrimestre é

apresentado na Figura 17.

Page 36: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

25

Figura 17 – Perfil de produção da empresa Connection no primeiro quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

Ao final do segundo quadrimestre houve a necessidade de se limitar a capacidade

fabril da Connection em 90 % da capacidade nominal em função de racionamento de

energia elétrica decorrente da crise hídrica que recaiu sobre o estado de São Paulo.

Tendo em vista a estratégia da Connection de trabalhar sem estoques, houve a

necessidade de sacrificar a produção do produto celular em detrimento da produção de

tablets e smartphones, visando obter a maior receita de vendas possível, alinhada com a

estratégia adotada pela Connection.

No mês de agosto foi possível a terceirização da capacidade fabril de forma a se

poder compensar a perda de capacidade decorrente do racionamento de energia elétrica,

no entanto, após uma análise econômica a diretoria da Connection optou por não recorrer

ao aluguel de máquinas, uma vez que o investimento necessário para o aluguel das

máquinas (R$ 26.730,00) e os custos com horas extras adicionais (R$ 28.800,00) não

seriam compensados pelo lucro adicional gerado (R$ 14.200,00).

Como resultado do racionamento de energia elétrica a produção do mês de agosto

foi afetada e a Connection sofreu uma grande perda de espaço no mercado de celulares,

conforme apresentado na Tabela 13.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

5 6 7 8

Un

ida

de

s P

rod

uzi

da

s

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 37: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

26

Tabela 13 – Parcelas de mercado para o mês de Agosto (Produto- Celular) Empresa Parcela de Mercado (%)

E1_2015.2--Campinas-96 14,78 E2_2015.2--Campinas-96 18,52 E3_2015.2--Campinas-96 5,20 E4_2015.2--Campinas-96 15,78 E1_2015.2--S. J. dos Campos-21 0,00 Companhia Connection 3,96 E3_2015.2--S. J. dos Campos-21 22,61 E4_2015.2--S. J. dos Campos-21 19,15

Fonte: Elaborado pelos autores.

A perda de espaço no mercado de celulares prejudicou o resultado da Connection

no período, no entanto, os objetivos de maximizar a receita e o capital circulante líquido

foram atingidos.

2.2.1 Estratégia de Marketing

No segundo quadrimestre a Connection manteve a estratégia de gerar

diferenciação de seus produtos, neste sentido a direção da Connection manteve os níveis

de investimentos em promoção e propaganda sempre acima da média praticada pelo

mercado. A projeção dos investimentos totais (soma para os três produtos) é apresentada

na Figura 18.

Figura 18 – Total de investimentos no segundo quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

R$60.000,00

R$80.000,00

R$100.000,00

R$120.000,00

R$140.000,00

R$160.000,00

R$180.000,00

5 6 7 8

Inv

est

ime

nto

To

tal

(R$

)

Mês

Promoção e Propaganda

Inovação Tecnológica

Design

Page 38: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

27

A estratégia de manter o nível de investimentos surtiu efeito e a Connection

apresentou bons resultados nos dois primeiros meses do segundo quadrimestre, no

entanto, a restrição de capacidade fabril no mês de agosto e a decisão de manter os

estoques zerados levaram a companhia a resultados ruins nos meses de julho e agosto o

que prejudicou o desempenho da companhia em todo o período.

2.2.2 Investimentos em Design

Os investimentos em design dos produtos Connection seguiram a mesma política

adotada para o primeiro quadrimestre.

Optou-se por manter uma elevação continua dos investimentos em design

buscando sempre manter os investimentos da Connection acima da média praticada pelo

mercado. O comportamento dos investimentos da Connection em design no segundo

quadrimestre é apresentado na Figura 19.

Figura 19 – Evolução dos investimentos em design para o segundo quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

A evolução contínua dos investimentos em design são reflexo da estratégia de se buscar

criar diferenciação para os produtos comercializados pela Connection.

2.2.3 Inovação tecnológica

Assim como o praticado para o primeiro quadrimestre a Connection, ciente da

relevância deste quesito em seus produtos manteve a política de investimentos em

inovação tecnológica para todos os produtos comercializados, como resultado de lição

R$88.000,00

R$90.000,00

R$92.000,00

R$94.000,00

R$96.000,00

R$98.000,00

R$100.000,00

R$102.000,00

R$104.000,00

5 6 7 8

Inv

est

ime

nto

(R

$)

Mês

Investimentos em Design

Page 39: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

28

aprendida do primeiro quadrimestre em que houve uma redução de parcela de mercado

decorrente de menores investimentos em inovação para o produto celular.

O comportamento dos investimentos em Inovação e Tecnologia no segundo

quadrimestre é apresentado na Figura 20.

Figura 20 – Evolução dos investimentos em Inovação Tecnológica para o segundo quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

Conforme pode ser verificado na o total de investimentos em inovação e tecnologia

praticado pela Connection (soma para os três produtos) foi sempre superior à média

praticada pelo mercado, novamente alinhando as ações da diretoria com a estratégia

estabelecida para o período.

2.2.4 Desempenho financeiro no Segundo Quadrimestre

Os reflexos das decisões tomadas pela diretoria da Connection foram compiladas

pela diretoria financeira da companhia, novamente no sentido de subsidiar melhores

decisões e indicar o melhor caminho a ser seguido pela companhia.

Os dados de receita de vendas obtidos para o segundo quadrimestre são

apresentados na Figura 21.

R$60.000,00

R$70.000,00

R$80.000,00

R$90.000,00

R$100.000,00

R$110.000,00

R$120.000,00

R$130.000,00

R$140.000,00

5 6 7 8

Inv

est

ime

nto

To

tal

(R$

)

Mês

Investimentos em Inovação e

Tecnologia

Média Praticada pelo

Mercado

Page 40: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

29

Figura 21 – Comportamento da receita de vendas Real x Projetada para o segundo quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

Conforme já relatado para o primeiro quadrimestre, para a estimativa da receita de

vendas projetada foi utilizada uma planilha desenvolvida pela diretoria da Connection.

De acordo com os resultados apresentados na Figura 21, no segundo quadrimestre

houve um constante crescimento da receita de vendas da Connection e as projeções

realizadas pela diretoria da companhia tiveram um desvio bastante reduzido em relação à

receita real, isso é de fundamental relevância para as tomadas de decisão da empresa,

pois revela que o modelo adotado para a estimativa das receitas geradas é confiável. O

comportamento crescente da receita de vendas revela um bom alinhamento entre as

decisões tomadas pela companhia e a estratégia de maximizar a receita de vendas.

O volume de vendas da empresa Connection para o segundo quadrimestre variou

conforme apresentado na Figura 22.

R$1.000.000,00

R$1.200.000,00

R$1.400.000,00

R$1.600.000,00

R$1.800.000,00

R$2.000.000,00

R$2.200.000,00

R$2.400.000,00

R$2.600.000,00

5 6 7 8

Receita de vendas Real (R$) Receita de Vendas Projetada (R$)

Page 41: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

30

Figura 22 – Comportamento do volume de vendas para o segundo quadrimestre de 2015 (Fonte: Elaborado pelos autores)

Observa-se que o produto celular apresentou uma tendência de queda no volume

de vendas ao longo de todo o segundo quadrimestre e uma queda brusca no mês de

agosto. A tendência de redução no volume de vendas do celular é decorrente da política

adotada pela Connection de maximizar a produção de smartphones e tablets no intuito de

obter a máxima receita de vendas, o que levou a reduzir a produção de celulares.

A queda brusca na venda de celulares em agosto é decorrente da redução da

capacidade fabril da Connection devido à restrição no fornecimento de energia elétrica.

Uma vez que a capacidade fabril foi reduzida, a diretoria novamente optou por priorizar a

produção de produtos de maior valor agregado (tablet e smartphone) em detrimento do

celular, este fato associado à política da Connection de não manter estoques fez com que

o volume de vendas em agosto fosse sensivelmente reduzido, ocasionando grande

volume de vendas perdidas, conforme apresentado na Tabela 14.

.

Tabela 14 – Volume de vendas perdidas no mês de Agosto

Produto Vendas Perdidas

Celular 976

Smartphone 93

Tablet 22

Fonte: Elaborado pelos autores.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

5 6 7 8

Un

ida

de

s V

en

did

as

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 42: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

31

O volume de vendas perdidas revela que havia demanda de mercado que não foi

suprida pela Connection, este fato revela que a estratégia de investimento promovida pela

empresa surtiu o efeito desejado, no entanto, a decisão de não investir em ampliação da

fábrica levou a perda de participação de mercado.

Do ponto de vista da receita de vendas, conforme observado na Figura 21, o

impacto do não investimento na capacidade fabril não levou a uma redução na receita em

comparação com os meses anteriores, isso pode ser explicado pela variação nos preços

praticados pela Connection, conforme apresentado na Figura 23.

Figura 23 – Evolução dos preços de venda para o segundo quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

A Figura 23 mostra que elevação dos preços praticados pela Connection foi

absorvida pelo mercado, o que minimizou o impacto negativo do mês de agosto e indica

ainda que a política de investimentos da empresa pode ter gerado a diferenciação

almejada uma vez que se observa pouca sensibilidade da demanda em relação à

elevação dos preços.

A elevação de preços visou compensar os investimentos realizados e a minimizar

os impactos da elevação de encargos trabalhistas ocorrida no início do segundo

quadrimestre.

A variação do lucro operacional para os produtos celular, tablet e smartphone são

apresentados na Figura 24.

R$-

R$500,00

R$1.000,00

R$1.500,00

R$2.000,00

R$2.500,00

5 6 7 8

Pre

ço d

e V

en

da

(R

$)

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 43: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

32

Figura 24 – Variação do lucro operacional para o segundo quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Observa-se na Figura 24 uma redução no lucro operacional do mês de junho para

todos os produtos. Esta redução é decorrente da elevação do custo dos insumos ocorrida

neste mês em função da valorização do dólar, a elevação do custo dos insumos elevou

em média 14 % o custo médio padrão dos produtos comercializados e, de forma a não

repassar esta variação para o consumidor em uma única etapa, a diretoria da Connection

optou por promover a elevação de preços de forma mais suave nos meses seguintes.

Para o celular, a redução do lucro operacional observada no mês de agosto está

relacionada a decisão da empresa de reduzir ao nível mínimo a fabricação deste item o

que levou a uma queda acentuada do lucro operacional, por outro lado a elevação dos

preços e a elevação da produção dos itens smartphone e tablet resultaram na elevação

do lucro operacional destes produtos.

Ao final do segundo quadrimestre a Connection possuía em caixa R$ 966.891,98

este valor é aplicado no pagamento de despesas imediatas e evita que a empresa recorra

ao mercado para aquisição de recursos, o que possui custo elevado.

No segundo quadrimestre a Connection não foi obrigada a recorrer ao crédito

rotativo em nenhum dos meses analisados e optou-se por não se realizar aplicações

financeiras, deixando os recursos à disposição da empresa. Neste período optou-se pelo

pagamento de dividendos para os acionistas visando a elevação do valor das ações da

Connection na bolsa de valores e, conseqüentemente a atratividade para os investidores.

Assim como ocorrido no primeiro quadrimestre, a Connection explorou ao máximo

sua capacidade produtiva, porém sem investir em aumento de capacidade produtivo ou

R$(50.000,00)

R$-

R$50.000,00

R$100.000,00

R$150.000,00

R$200.000,00

R$250.000,00

5 6 7 8

Lucr

o O

pe

raci

on

al

(R$

)

Mês

Celular

Smartphone

Tablet

Page 44: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

33

aluguel de máquinas. Conforme já exposto, esta decisão levou em conta a projeção da

demanda de mercado e o retorno que o investimento teria o que indicou não ser viável o

investimento.

A linha de produção foi otimizada visando ampliar a produção de produtos de maior

margem de contribuição (smartphone e tablet) e, para tanto, foram necessários gastos

com horas extras dos funcionários, conforme apresentado na Figura 25.

Figura 25 – Custo com Hora extra para o segundo quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

Analisando-se a Figura 25 verifica-se que houve um aumento gradativo nos custos

com horas extras decorrentes da maximização da produção de smartphones e tablets,

que são produtos que necessitam de maior quantidade de mão de obra para sua

produção.

2.2.5 Política de Recursos Humanos

Ao longo do segundo quadrimestre manteve-se o quadro de funcionários da

Connection, permanecendo assim um total de 300 funcionários.

Durante o período, conforme já discutido houve uma elevação continua dos custos

com horas extras de forma a atender ao plano de produção estabelecido pela diretoria da

Connection com base nos dados de demanda do mercado consumidor. Novamente

optou-se pela não realização de gastos com aluguel de máquinas ou terceirizações de

produção.

R$-

R$5.000,00

R$10.000,00

R$15.000,00

R$20.000,00

R$25.000,00

5 6 7 8

Custo com Horas-Extras (R$)

Page 45: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

34

Novamente esteve no centro das discussões da diretoria de recursos humanos a

política salarial, compensações e benefícios distribuídos pela Connection para seus

funcionários. Após o dissídio coletivo, os salários foram elevados para R$ 1050,00 com

benefícios de R$ 80,00 por funcionário. A Connection optou pelo pagamento de

participação nos lucros para seus funcionários conforme apresentado na Figura 26.

Figura 26 – Evolução da participação de lucros distribuída aos funcionários para o segundo quadrimestre (Fonte: Elaborado pelos autores)

A evolução na participação dos lucros distribuída aos funcionários é definida como

um percentual do lucro da Connection, para o segundo quadrimestre manteve-se este

valor em 5%. Para o mês de junho não se distribuiu participação nos lucros, pois a

empresa apurou prejuízo no período.

Conforme já destacado a adoção de uma estratégia de recursos humanos mais

colaborativa visa maximizar a satisfação dos funcionários, uma vez que funcionários mais

satisfeitos produzem mais e com mais qualidade, e também manter um relacionamento

cordial entre a diretoria da Connection e as entidades sindicais. Além disso, o bom

relacionamento da empresa com funcionários e seus representantes leva a uma melhor

imagem da Connection para a sociedade, o que agrega valor à marca Connection.

R$-

R$2.000,00

R$4.000,00

R$6.000,00

R$8.000,00

R$10.000,00

R$12.000,00

5 6 7 8

R$3.025,76

R$-

R$3.081,17

R$10.844,47

Participação nos lucros

Page 46: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

35

2.2.6 Análise da Concorrência

Durante todo o segundo quadrimestre a Connection manteve sempre a estratégia

de investir em propaganda e promoção, inovação tecnológica e design sempre acima da

média praticada pelo mercado, conforme já relatado.

A estratégia adotada, visando sempre à diferenciação dos produtos Connection

envolveu elevar os investimentos e procurar manter os preços praticados sempre

próximos à média praticada pelo mercado. A comparação dos preços praticados pela

Connection e pelos concorrentes é apresentada na Figura 27.

Figura 27 – Comparação de preços Connection x Média de mercado para o produto Smartphone no mês de junho

(Fonte: Elaborado pelos autores)

Observa-se que, para o produto smartphone, o preço praticado pela Connection no

mês de junho esteve 10,86 % abaixo da média praticada pelo mercado, este fato

comprometeu o resultado da Connection no período, uma vez que uma maior

aproximação do preço médio de mercado poderia maximizar a receita de vendas da

empresa, o que estaria alinhado á estratégia traçada pela diretoria.

Este fato também foi observado para o produto tablet no mês de julho, conforme

apresentado na Figura 28.

R$1.350,00

R$1.400,00

R$1.450,00

R$1.500,00

R$1.550,00

R$1.600,00

6

R$1.430,00

R$1.585,30

Preço Connection

Média do Mercado

Page 47: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

36

Figura 28 – Comparação de preços Connection x Média do Mercado para o produto Tablet no mês de Julho (Fonte: Elaborado pelos autores)

Neste caso observa-se um desvio de 18,9 % entre o preço praticado pela

Connection e a média de preços do mercado. Novamente, observa-se que esta

defasagem de preços em relação ao praticado pelo mercado associada à política de

investimentos acima da média do mercado, prejudicou os resultados da Connection ao

longo do período.

Visando recuperar os recursos perdidos decorrentes da defasagem dos preços, no

mês de agosto a diretoria da Connection decidiu elevar os preços visando se aproximar

da média do mercado. A Figura 29 apresenta a comparação entre os preços praticados

pela Connection e a média do mercado para o mês de agosto.

R$1.600,00

R$1.700,00

R$1.800,00

R$1.900,00

R$2.000,00

R$2.100,00

R$2.200,00

7

R$1.800,00

R$2.140,00

Preço Connection

Média do Mercado

Page 48: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

37

Figura 29 – Comparação de Preços Connection x Média do mercado para o produto celular no mês de

agosto (Fonte: Elaborado pelos autores)

Após a elevação dos preços, a defasagem dos preços para o produto celular ficou

1,4 %.

Para o produto smartphone a comparação entre os preços praticados pela

Connection e a média de mercado é apresentada na Figura 30.

Figura 30 - Comparação de Preços Connection x Média do mercado para o produto smartphone no mês de agosto

(Fonte: Elaborado pelos autores)

R$468,00

R$470,00

R$472,00

R$474,00

R$476,00

R$478,00

R$480,00

8

R$480,00

R$473,11 Preço Connection

Média de Mercado

R$1.610,00

R$1.620,00

R$1.630,00

R$1.640,00

R$1.650,00

R$1.660,00

R$1.670,00

8

R$1.630,00

R$1.665,80

Preço Connection

Média do Mercado

Page 49: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

38

No caso do produto smartphone observa-se que, após a correção dos preços, o

preço praticado pela Connection foi apenas 2,2 % abaixo da média de preços do

mercado. A Figura 31 apresenta a comparação para o produto tablet no mesmo período.

Figura 31 - Comparação de Preços Connection x Média do mercado para o produto tablet no mês de agosto

(Fonte: Elaborado pelos autores)

Para o produto tablet observa-se na Figura 31 que o preço praticado pela

Connection estava 7,7% abaixo da média praticada pelo mercado.

Tendo em vista os resultados obtidos no segundo quadrimestre, verifica-se que de

modo geral a Connection apresentou um bom desempenho no período. A estratégia

adotada pela Connection, priorizando tanto capital circulante líquido quanto a receita de

vendas se mostrou conflitante no período, uma vez que para maximizar a receita de

vendas seria necessário investimentos em ampliação de capacidade fabril e estes

investimentos fariam com que o capital circulante fosse reduzido.

A opção da diretoria em não investir funcionou de modo adequado até o mês de

junho, porém nos meses seguintes a falta de capacidade produtiva frente a elevada

demanda forçou a Connection a priorizar a produção dos produtos de maior valor

agregado (smartphone e tablet) o que levou a empresa a perder espaço no mercado de

celulares e conseqüentemente impactou de forma negativa os resultados.

Outro ponto que merece destaque é a falha da Connection no acompanhamento

dos preços praticados pelo mercado que levou a empresa a obter menos receitas do que

poderia obter.

R$1.950,00

R$2.000,00

R$2.050,00

R$2.100,00

R$2.150,00

R$2.200,00

R$2.250,00

8

R$2.050,00

R$2.208,30

Preço Connection

Média do Mercado

Page 50: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

39

3 GESTÃO DAS ÁREAS FUNCIONAIS

3.1 Diretoria de Projetos

3.1.1 Introdução

Nos últimos anos é crescente o acesso dos mais diversos níveis sociais à

tecnologia e, cada vez mais, há a necessidade de obter informações em tempo real quer

seja para comunicar-se ou por necessidade de conhecimento.

O sucesso de um meio de comunicação nos dias atuais se traduz por sua

agilidade, funcionalidade e acessibilidade. A crescente demanda por informação fácil e de

rápido acesso levou o mercado de tecnologia a desenvolver equipamentos cada vez mais

velozes e acessíveis a população em geral.

Desta forma o mercado de telefonia torna-se cada vez mais efêmero e a velocidade

em que um produto inicialmente considerado inovador passa para a completa

obsolescência torna-se cada vez mais curto.

Ciente de seu papel no mercado de telefonia e informação a Connection, alinhada

com sua missão de fornecer produtos de elevada qualidade e inovação aos seus clientes,

busca sempre a atualização de seu portfólio de produtos de maneira a estar sempre na

vanguarda tecnológica em seu mercado de atuação.

O desenvolvimento de novos produtos ou a modificação de bases tecnológicas de

produtos existentes normalmente demanda um novo projeto de forma a atender as

necessidades e expectativas de todas as partes interessadas, sejam elas clientes,

fornecedores, investidores, etc.

O gerenciamento de projetos requer uma ampla gama de conhecimentos e

competências dada a quantidade de variáveis com as quais o gestor de projeto

necessitará acompanhar e controlar.

3.1.2 Objetivo

O projeto em questão visa desenvolver um novo design para o produto smartphone

para a empresa Connection de forma a elevar os níveis de qualidade de atualização

tecnológica deste produto.

Page 51: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

40

3.1.3 Justificativa

Conforme verificado ao longo dos dois quadrimestres simulados pelo TELEFONIA, o

portfólio da empresa Connection consiste de três produtos: Celulares, Smartphones e

Tablets.

Cada um destes produtos encontra-se em diferentes fases do ciclo de vida e,

conforme citado anteriormente, cada vez mais existe a necessidade de se atualizar os

produtos de forma a que estes não se aproximem da obsolescência.

Neste sentido o desenvolvimento deste projeto visa tornar o produto smartphone mais

atrativo para o cliente, uma vez que será ofertado ao mercado um produto diferenciado

com elevado nível de inovação tecnológica, ergonomia e acessibilidade.

3.1.4 Revisão da Literatura

Com o objetivo de situar o leitor no estado da arte no âmbito do gerenciamento de

projetos será apresentado uma breve revisão da literatura.

3.1.4.1 Conceito de Projetos

De acordo com o PMI (2013) projetos podem ser definidos como um esforço

temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. Ainda segundo

o PMI (2013), um projeto possui início e fim definidos e seu término é alcançado quando

os objetivos do projeto são atingidos ou quando o projeto é encerrado porque os seus

objetivos não poderão ser alcançados, ou ainda quando a necessidade do projeto deixar

de existir.

Na visão de Kerzner (2006), projetos podem ser definidos como empreendimentos

com objetivos definidos, que consomem recursos e operam sobre pressão de prazo, custo

e qualidade e, geralmente, são considerados atividades exclusivas em uma empresa.

Diante destas definições verifica-se a necessidade de que projetos sejam gerenciados de

forma planejada, levando em consideração o escopo a ser realizada, os requisitos de

qualidade, o custo de implantação, prazo e os riscos associados à sua implantação.

O gerenciamento de projetos é capaz de fornecer vantagens competitivas às

organizações, uma vez que fornece à estas, poderosas ferramentas capazes de

Page 52: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

41

aperfeiçoar suas habilidades em planejar, implementar e controlar suas atividades, bem

como a maneira como estas organizações utilizam seus recursos (MEREDITH e

MANTEL, 2013). Para organizações de pequeno e médio porte esta vantagem

competitiva é ainda mais relevante tendo em vista que dispõem de recursos ainda mais

escassos em relação à grandes corporações e, conseqüentemente, possuem menor

margem de erro em seus projetos (PASSOS, 2008).

3.1.4.2 Ciclo de vida de Projetos

Para o PMI (2013) o ciclo de vida de um projeto é definido como uma série de fases

pelas quais o projeto passa do início ao término sendo que estas fases são geralmente

seqüenciais e limitadas pelo tempo, com um início ou término ou ponto de controle.

Ainda segundo o PMI (2013) existem 5 grupos de processos que são também

denominados fases do ciclo de vida de um projeto, sendo:

1. Processos de iniciação: Processos executados para definir um novo projeto ou

uma nova fase de um projeto existente, obtendo-se autorização para iniciar o

projeto ou fase;

2. Processos de planejamento: São processos realizados para definir o escopo do

projeto, refinar os objetivos e definir as ações necessárias para alcançar os

objetivos para os quais o projeto foi criado;

3. Processos de execução: Processos realizados para executar o trabalho

definido no plano de gerenciamento do projeto;

4. Processos de Monitoramento e Controle: São processos exigidos para

acompanhar, analisar e controlar o progresso e desempenho do projeto,

identificar quaisquer áreas nas quais são necessárias mudanças no plano, e

iniciar as mudanças correspondentes;

5. Processos de encerramento: Processos executados para finalizar todas as

atividades de todos os grupos de processos, visando o encerramento formal do

projeto ou fase de um projeto;

Os processos citados são apresentados na Figura 32.

Page 53: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

42

Figura 32 – Grupos de processos ao longo do ciclo de vida de projetos Fonte: PMI (2013)

A Figura 32 mostra que os processos se sobrepõem ao longo do ciclo de vida do

projeto, ou seja, são eventos relacionados e que ocorrem de forma simultânea ao longo

do desenvolvimento do projeto.

3.1.4.3 O Gerenciamento de Projetos

Para o PMI (2013) gerenciar projetos consiste na aplicação de competências e

habilidades visando executar, da melhor maneira possível, o projeto levando-o ao

sucesso.

Com o objetivo de agrupar as melhores práticas para o gerenciamento de projetos o

PMI criou o Project Management Body of Knowledge (PMBoK) que é um conjunto de boas

práticas em gerenciamento de projetos que é dividido em 10 áreas de conhecimento, a

saber: gerenciamento escopo, gerenciamento de tempo, gerenciamento da qualidade,

gerenciamento de riscos, gerenciamento de custos, gerenciamento de partes

interessadas, gerenciamento de aquisições, gerenciamento de recursos humanos,

gerenciamento de integração e gerenciamento de comunicação. Para o PMI (2013) as

áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos podem ser assim descritas:

1. Gerenciamento de Escopo: Os processos de gerenciamento de escopo

visam definir o que deve ser feito para a realização do projeto e garantir que

somente o trabalho relacionado ao previamente definido seja realizado,

Page 54: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

43

mantendo-se assim o controle do que deve ou não ser feito ao longo do ciclo

de vida do projeto.

2. Gerenciamento de Tempo: Os processos de gerenciamento de tempo

visam garantir que os prazos estabelecidos no início do projeto sejam

cumpridos e definir as ações necessárias para seu controle.

3. Gerenciamento da Qualidade: Processos que visam garantir que os

requisitos previamente definidos sejam atingidos, tanto do ponto de vista do

produto do projeto como do ponto de vista de seu gerenciamento;

4. Gerenciamento de Riscos: Envolvem o mapeamento, identificação e

elaboração de plano de respostas aos riscos e oportunidades presentes no

projeto;

5. Gerenciamento de Custos: Processos relativos ao planejamento e controle

de orçamento do projeto;

6. Gerenciamento de Partes Interessadas: Engloba os processos relativos

mapeamento, identificação de partes interessadas de forma a identificar e

suas expectativas e grau de influência no projeto;

7. Gerenciamento de Aquisições: O gerenciamento de aquisições descreve

os processos que garantam o fornecimento de suprimentos ao projeto como

produtos, serviços e resultados, bem como processos de gerenciamento de

contratos.

8. Gerenciamento de Recursos Humanos: Envolve os processos que visam

dimensionar, organizar e gerenciar a equipe do projeto;

9. Gerenciamento da Comunicação: Os processos do gerenciamento da

comunicação visam definir como será gerada, coletada e disseminada toda

a informação relativa ao projeto;

Page 55: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

44

10. Gerenciamento da Integração: O gerenciamento da integração envolve os

processos relacionados a integração dos diversos elementos do

gerenciamento de projetos, visando organizar e coordenar os diversos

processos durante o ciclo de vida do projeto.

O correto sincronismo e integração entre as dez áreas do conhecimento em

gerenciamento de projetos citadas acima são fundamentais para o sucesso no

gerenciamento de projetos (VARGAS, 2009).

3.1.5 Plano de Gerenciamento do Projeto

A seguir será detalhado, com base nas boas práticas do PMI (Project Management

Institute), o plano de gerenciamento do projeto do novo smartphone para a empresa

Connection.

3.1.5.1 Termo de Abertura do Projeto

O documento que formaliza o início do projeto é conhecido por Termo de Abertura do

Projeto ou Project Charter, este documento contém as informações referentes às

premissas e restrições do projeto, informa o profissional responsável pelo gerenciamento

do projeto e deve ser aprovado pelo patrocinador do projeto (responsável financeiro). O

desenvolvimento do termo de abertura do projeto segue os princípios da ferramenta

5W2H, conforme descrito a seguir.

Projeto: Novo Design para o produto Smartphone

1. What? (O quê?)

No âmbito deste projeto será desenvolvido um novo design para o produto

smartphone.

O projeto possui como premissa a terceirização do projeto técnico do novo design

tendo vista a necessidade de conhecimento especializado e o objetivo de minimizar a

disputa por recursos internos e o impacto do projeto nas operações da Connection.

As restrições deste investimento estão ligadas ao prazo de implantação que deve

ser inferior a 210 dias e a equipe interna deslocada para o projeto que não deverá

contar com mais que 5 pessoas.

Page 56: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

45

2. Why? (Por quê?)

O objetivo deste projeto é fornecer vantagem competitiva à Connection em relação

à concorrência, agregando valor ao produto e promovendo a diferenciação do

smartphone Connection em relação aos similares de mercado.

O projeto está alinhado a estratégia da Connection de promover a diferenciação de

seus produtos e, através disso, elevar sua participação no mercado de smartphones.

3. Who? (Quem?)

O publico alvo deste projeto são os atuais clientes da Connection do mercado de

smartphones, bem como clientes futuros que serão atraídos pelo novo design do produto.

O responsável pelo gerenciamento do projeto será o diretor Marcio Wagner da Silva

que contará com uma equipe de quatro colaboradores Connection como apoio técnico e

de apoio à gestão.

Conforme já relatado o projeto técnico do novo design será terceirizado para

companhia com conhecimento no desenvolvimento de design de produtos.

4. Where? (Onde?)

O projeto será desenvolvido internamente à empresa Connection e abrangerá o

produto smartphone.

5. When? (Quando?)

O projeto será desenvolvido no prazo de 190 dias corridos, iniciando-se em 17 de

novembro de 2015 e será concluído em 24 de maio de 2016. O novo smartphone será

lançado em junho de 2016.

6. How? (Como?)

O projeto será gerenciado e conduzido com o apoio técnico de profissionais da

Connection das diretorias de projetos, produção e marketing e uma empresa

terceirizada será responsável pelo atendimento dos requisitos pré-estabelecidos e

desenvolvimento do projeto técnico do novo smartphone.

Page 57: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

46

7. How Much? (Quanto custa?)

Os custos iniciais estão relacionados às horas dedicadas pelos profissionais da

Connection ao projeto, bem como à contratação do projeto técnico do novo design.

3.1.5.2 Estrutura Analítica do Projeto

A apresentação da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) têm por objetivos dividir o

projeto em pacotes de trabalho menores e mais facilmente gerenciáveis.

É estruturada de forma hierárquica de forma a identificar as principais entregas do

projeto. O objetivo da EAP é indicar os elementos principais do projeto e auxiliar o

planejamento e seqüenciamento de atividades a serem desenvolvidas para a conclusão

do projeto.

A Figura 33 apresenta a Estrutura Analítica do Projeto para o projeto do novo

design do smartphone Connection.

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47

Figura 33 – Estrutura Analítica do Projeto (EAP) Fonte: Elaborado Pelos Autores

Page 59: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

48

3.1.5.3 Cronograma de desenvolvimento do Projeto

O cronograma do projeto visa apresentar a seqüência temporal de atividades a

serem desenvolvidas para a conclusão do projeto é a ferramenta principal para os

processos de gerenciamento de tempo.

A Tabela 15 apresenta o cronograma de execução do projeto do novo smartphone

Connection.

Tabela 15- Cronograma de Execução do Projeto

Pacote de Trabalho Atividades Início Fim Duração

Gerenciamento de

Projetos

Plano de gestão de Escopo 17/11/2015 24/11/2015 7 dias

Plano de Gestão de Tempo 24/11/2015 01/12/2015 7 dias

Plano de Gestão de Custos 01/12/2015 08/12/2015 7 dias

Plano de Gestão de Riscos 08/12/2015 14/12/2015 7 dias

Plano de Gestão da Comunicação 14/12/2015 21/12/2015 7 dias

Plano de Gestão de Aquisições 21/12/2015 30/12/2015 7 dias

Plano de Gestão de Partes Interessadas 03/01/2016 10/01/2016 7 dias

Plano de Gestão de Recursos Humanos 10/01/2016 17/01/2016 7 dias

Iniciação Desenvolver Termo de Abertura 17/01/2016 19/01/2016 2 dias

Elaborar Cronograma do Projeto 20/01/2016 23/01/2016 3 dias

Conceituação

Definição de Requisitos 24/01/2016 09/02/2016 15 dias

Análise de Viabilidade Operacional 10/02/2016 17/02/2016 7 dias

Análise de Viabilidade Financeira 18/02/2016 25/02/2016 7 dias

Suprimentos Contratação do Projeto Técnico 26/02/2016 10/03/2016 15 dias

Desenvolvimento do novo Design 11/03/2016 11/04/2016 30 dias

Produção

Adaptação das linhas de Produção 11/04/2016 15/05/2016 35 dias

Produção do Modelo Piloto 16/05/2016 23/05/2016 7 dias

Testes e Aceitação 24/05/2016 31/05/2016 7 dias

Lançamento do Novo

Produto

Elaboração do Plano de Marketing 01/06/2016 08/06/2016 7 dias

Realização de Eventos Promocionais 10/06/2016 10/07/2016 30 dias

Encerramento Alimentação do Banco de Lições

Aprendidas 17/05/2016 24/05/2016 7 dias

Fonte: Elaborado Pelos Autores

Analisando-se criticamente a Tabela 15 verifica-se que as etapas críticas do projeto

em termos de prazo são o desenvolvimento do projeto técnico, a adaptação das linhas de

produção e a realização de eventos promocionais. Estas tarefas deverão receber atenção

especial da equipe de gerenciamento do projeto para garantir que o produto seja lançado

no prazo desejado.

Page 60: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

49

3.1.5.4 Mapeamento e Gestão de Riscos

É uma característica de qualquer projeto a existência de certo grau de incerteza

durante seu desenvolvimento, desta forma é necessário identificar e quantificar os riscos

e oportunidades (riscos positivos) passíveis de ocorrerem ao longo do desenvolvimento

do projeto.

A Tabela 16 apresenta os principais riscos identificados para a execução do projeto

do novo smartphone da Connection.

Tabela 16 – Principais riscos para a implantação do projeto

Risco Probabilidade Impacto Severidade

1 Falta de apoio ao projeto 1 4 4

2 Falha na

contratação do projeto técnico

2 5 10

3 Não Cumprimento do prazo 2 4 8

4 Ocorrência de Espionagem

industrial 1 5 5

5

Concorrência lançar produto

inovador antes da Connection

2 4 8

6 Disputa de

recursos com outros projetos

3 4 12

Fonte: Elaborado pelos Autores

De acordo com o apresentado na Tabela 16, os riscos apresentam graus de

severidade diversos, sendo os principais riscos ao projeto a falha na contratação do

projeto técnico e a disputa interna por recursos.

Com o objetivo de minimizar seus efeitos ou até mesmo evitar que os riscos

apresentados na Tabela 16 ocorram é desenvolvido um plano de resposta aos riscos que

é apresentado na Tabela 17.

Page 61: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

50

O plano de resposta ao risco envolve uma resposta que visa prevenir o risco (plano

A) e uma resposta de contingência (plano B) que será acionada caso a medida preventiva

não surta efeito.

Tabela 17 – Plano de resposta aos riscos do projeto

Risco Plano A Plano B

1 Falta de apoio ao projeto

Ressaltar o alinhamento do projeto ao plano estratégico da

Connection

Desenvolver plano de partes interessadas e

engajar patrocinadores

2 Falha na

contratação do projeto técnico

Detalhar especificação

técnica

Realizar consulta prévia ao mercado

3 Não

Cumprimento do prazo

Executar plano de gerenciamento de

tempo

Inserir prazo de contingência no

cronograma

4 Ocorrência de Espionagem

industrial

Inserir cláusula de sigilo no contrato

Controle de acesso a informações

5

Concorrência lançar produto inovador antes da Connection

Execução do Projeto no prazo

Maior investimento em propaganda e promoção

6 Disputa de

recursos com outros projetos

Negociação prévia com os gestores

funcionais

Solicitar apoio do patrocinador do projeto

Fonte: Elaborado Pelos Autores

3.1.5.5 Plano de Comunicação

O plano de comunicação visa integrar as diversas partes interessadas do projeto e

controlar de que maneira e quais informações serão fornecidas para cada uma destas

partes interessadas.

Através do plano de comunicação do projeto busca-se evitar que informações,

idéias e conceitos equivocados sobre a gestão ou o produto do projeto sejam

disseminadas, evitando assim conflitos e possíveis prejuízos ao bom andamento do

projeto.

Page 62: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

51

A Tabela 18 apresenta o plano de comunicação a ser adotado para o

gerenciamento do projeto do novo smartphone Connection.

Tabela 18 – Plano de Comunicação do Projeto

Tipo de Comunicação Objetivo Público Alvo Freqüência Meio Responsável

Reunião de Início do projeto

Apresentar a equipe e o

Projeto. Revisar os objetivos do

projeto e a abordagem de

gestão

Patrocinador, Equipe do projeto e Partes

Interessadas

Uma Vez no Início do

Projeto

Face a Face

Gerente do Projeto

Reunião com a equipe do

projeto

Revisar status do projeto

Equipe do Projeto

Semanal Face a Face

Gerente do Projeto

Reuniões Técnicas

Discutir e desenvolver

solução técnica a ser adotada

Equipe técnica do projeto e

contratada

Semanal Face a Face

Líder Técnico do projeto

Reunião de Status do

Projeto

Apresentar às partes

interessadas os avanços obtidos

Equipe de Projeto e demais partes

interessadas

Mensal Face a Face

Gerente do Projeto

Relatório de Andamento do

Projeto

Informar o andamento do

projeto às partes interessadas

Equipe de Projeto e demais partes

interessadas

Quinzenal Correio Eletrônico

Gerente do Projeto

Fonte: Elaborado pelos autores

3.1.5.6 Análise de Custos e Viabilidade do Projeto

Um ponto central na escolha de um determinado projeto é a viabilidade econômica

do mesmo, para tanto é necessário estimar os custos necessários à sua implantação e

confrontar estes valores com a receita que se espera obter.

O projeto do novo design para o smartphone Connection possui como custos

únicos (ocorrem somente uma vez durante o projeto) os valores descritos na Tabela 19.

Page 63: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

52

Tabela 19 – Custos de Incidência única no projeto

Item Custo Contratação do Projeto Técnico R$ 100.000,00 Treinamentos R$ 10.000,00 Adaptação das linhas de Produção R$ 150.000,00 Lançamento do Produto R$ 20.000,00

TOTAL R$ 280.000,00 Fonte: Elaborado pelos autores

A contratação do projeto técnico se refere a terceirização do desenvolvimento do

novo design do smartphone Connection que será delegada a uma companhia que possua

elevado conhecimento e experiência no desenvolvimento e lançamento de produtos para

o mercado. A estimativa do custo de contratação do projeto técnico foi estimada com base

em contratos padrão de engenharia.

Os custos referentes a treinamentos estão destinados a capacitar a mão-de-obra

que irá produzir os novos smartphones.

A adaptação das linhas de produção será realizada, caso necessário, em virtude de

possíveis mudanças no hardware produtivo da empresa Connection. Seus custos foram

calculados baseados no valor estipulado pelo TELEFONIA para aquisição de capacidade

produtiva, foi considerado um décimo do custo de aquisição de capacidade produtiva

adicional e um terço da capacidade produtiva da fábrica.

Os custos descritos como lançamento do produto, visam cobrir os gastos

decorrentes de promoção de eventos internos para divulgação do novo produto.

Para chegar ao custo total do projeto é necessário considerar-se ainda os custos

periódicos que incorrerão mensalmente durante a realização do projeto.

A Tabela 20 descreve os custos mensais que incorrerão durante a implantação do

projeto.

Analisando-se as Tabelas 19 e 20, conclui-se que o custo total de implantação do

projeto do novo smartphone Connection é R$ 357.000,00.

Page 64: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

53

Tabela 20 – Custos Mensais do projeto

Pacote de Trabalho Atividades Horas R$/hora Mão de

Obra

Gerenciamento de Projetos

Plano de gestão de Escopo 8,00 100,00 Gerente de

projeto

Plano de Gestão de Tempo 8,00 100,00 Gerente de

projeto

Plano de Gestão de Custos 8,00 100,00 Gerente de

projeto

Plano de Gestão de Riscos 8,00 100,00 Gerente de

projeto

Plano de Gestão da Comunicação 8,00 100,00

Gerente de projeto

Plano de Gestão de Aquisições 12,00 100,00

Gerente de projeto

Plano de Gestão de Partes Interessadas 8,00 100,00

Gerente de projeto

Plano de Gestão de Recursos Humanos 8,00 100,00

Gerente de projeto

Iniciação

Desenvolver Termo de Abertura 16,00 100,00

Gerente de projeto

Elaborar Cronograma do Projeto 20,00 100,00

Gerente de projeto

Conceituação

Definição de Requisitos 24,00 150,00 Equipe Técnica

Análise de Viabilidade Operacional 16,00 250,00

Equipe do Projeto

Análise de Viabilidade Financeira 16,00 250,00

Equipe do Projeto

Produção Produção do Produto Piloto 32,00 350,00 Produção

Testes e Aceitação 20,00 350,00 Produção

Lançamento do Novo Produto

Elaboração do Plano de Marketing 20,00 200,00

Diretoria de Marketing

Realização de Eventos Promocionais 40,00 150,00

Equipe de Marketing

Encerramento Alimentação do Banco de Lições aprendidas 8,00 100,00

Gerente de projeto

Total 360,00 R$ 77.000,00 Fonte: Elaborado Pelos Autores

Conforme verificado ao longo dos dois quadrimestres a demanda do produto

smartphone é sensível a investimentos em inovação e principalmente em design.

Page 65: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

54

Considerando-se apenas a equiparação dos preços praticados pela Connection em

relação à média de mercado para o mês de agosto seria possível uma receita adicional de

R$ 25.811,80.

Levando-se em conta que os custos de produção do smartphone se manteriam

basicamente os mesmos e a sensibilidade da demanda do produto, espera-se uma

elevação da participação de mercado da Connection de 1,0% o que geraria uma receita

mensal adicional de R$ 96.616,40 considerando apenas o nível de vendas do mês de

agosto e a equiparação do preço Connection com a média praticada pelo mercado (R$

1665,80) .

O fluxo de caixa do projeto é apresentado na Figura 34.

Figura 34 – Fluxo de Caixa projetado para o investimento

Considerando uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 2,0% ao mês (valor

definido com base no praticado pelo mercado) obtém-se um valor presente líquido (VPL)

de R$ 180.578,52.

Calculando-se a taxa interna de retorno (TIR), que por definição é taxa que zera o

valor presente líquido (VPL), temos uma taxa de 15,89% ao mês.

De acordo com os critérios de taxa interna de retorno e valor presente líquido

verifica-se que o projeto é viável do ponto de vista financeiro.

R$(400.000,00)

R$(350.000,00)

R$(300.000,00)

R$(250.000,00)

R$(200.000,00)

R$(150.000,00)

R$(100.000,00)

R$(50.000,00)

R$-

R$50.000,00

R$100.000,00

R$150.000,00

0 1 2 3 4 5 6

Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa

Page 66: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

55

3.1.5.7 Planejamento de Aquisições

Conforme descrito anteriormente, uma etapa crítica do projeto será a contratação

do projeto técnico do novo design do smartphone Connection.

A decisão de terceirizar o projeto do novo design foi tomada considerando que esta

é uma tarefa de elevado conhecimento técnico e que a Connection não dispõe de equipe

capaz de desenvolver o novo produto dentro do prazo necessário.

No caso deste projeto optou-se pela modalidade de contratação de preço fixo ou

contrato de preço global. A opção por esta forma de contratação oferece riscos tanto para

a Connection quanto para a empresa terceirizada caso o escopo não esteja bem definido.

De forma a mitigar este risco o plano de gerenciamento de projeto prevê o

acompanhamento periódico pela equipe técnica da Connection dos serviços a serem

desenvolvidos pela empresa terceirizada.

Para a contratação será desenvolvido uma licitação através da qual haverá a

solicitação de propostas e formação de preço com base na especificação técnica

fornecida pela Connection.

As empresas com conhecido know-how no desenvolvimento deste tipo de projeto

serão convidadas a apresentarem propostas a partir da especificação técnica fornecida

pela Connection.

As propostas serão avaliadas e classificadas segundo os critérios de preço (peso

de 30%), prazo (40%) e proposta técnica (30%). A proposta que obtiver a maior nota será

declarada vencedora da licitação e desenvolverá o novo design para o smartphone

Connection.

3.1.5.8 Gestão de Partes Interessadas

Todo o projeto envolve uma grande quantidade de pessoas, órgãos e/ou

organizações que podem ter algum tipo de interesse, a favor ou contra, no projeto.

A estes indivíduos ou instituições dá-se o nome de partes interessadas do projeto

e, os diversos interesses freqüentemente geram conflitos que podem impactar o

andamento do projeto.

Page 67: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

56

Para minimizar estes possíveis entraves no desenvolvimento do projeto é

necessária a elaboração de um plano de gestão de partes interessadas no qual se

identifica as principais partes interessadas e define-se qual a estratégia será adotada para

cada uma destas partes.

A Tabela 21 apresenta as principais partes interessadas no projeto e seus

respectivos focos de interesse no projeto.

Tabela 21 – Partes interessadas do projeto e focos de interesse

Foco de Interesse Parte Interessada Custo Prazo Qualidade

Cliente (Connection) Não Ultrapassar

Não Ultrapassar ou

antecipar Atingir ou superar

Gerente do Projeto Menor ou

igual a Meta Menor ou Igual

a Meta Atingir ou superar

Fornecedores

Não se Preocupam com maior

custo

Querem mais tempo

Atingir ou superar

Clientes externos Indiferentes Indiferentes Alta

Equipe do Projeto Deseja Flexibilidade

Desejam mais tempo e menor

pressão Atingir ou superar

Alta Administração Cumprir Cumprir Atingir ou superar

Outras partes Interessadas

Internas

Desejam Flexibilidade

Desejam mais tempo

Desejam Flexibilidade

Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme citado anteriormente os diferentes focos de interesse de cada parte

interessada podem provocar conflitos ao longo do projeto que podem prejudicar o

desempenho em termos de prazo, custo e qualidade.

Além de minimizar estes conflitos o plano de gestão de partes interessadas visa

engajar todos os envolvidos para o sucesso do projeto.

A Tabela 22 apresenta a forma de abordagem gerencial que deverá ser

empregada para cada uma das partes interessadas do projeto.

Page 68: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

57

Tabela 22 – Plano de gestão de partes interessadas

Parte Interessada Interesse Grau de Influência Estratégia

Cliente (Connection) Alto Alto Gerenciar com atenção

Gerente do Projeto Alto Alto Gerenciar com atenção

Fornecedores Alto Baixo Manter Satisfeito Clientes externos Alto Baixo Manter Satisfeito

Equipe do Projeto Alto Alto Gerenciar com atenção

Alta Administração Alto Alto Gerenciar com

atenção

Outras partes Interessadas

Internas Baixo Baixo Manter Informado

Fonte: Elaborado Pelos Autores.

3.1.5.9 Conclusão

De acordo com plano de gerenciamento apresentado verifica-se a viabilidade

técnica e financeira do projeto.

O projeto de desenvolvimento de novo design para o smartphone Connection está

alinhado com o plano estratégico da empresa de investir de forma contínua em inovação,

design e marketing visando agregar valor e gerar diferenciação de seus produtos.

O novo design do smartphone tornará o produto mais atrativo e competitivo no

mercado levando a uma ampliação da participação da Connection no mercado de

smartphones elevando, conseqüentemente a geração de receitas da companhia, sua

atratividade aos investidores e valor de mercado, contribuindo assim para a perenidade

da companhia Connection no cenário competitivo em que está inserida.

Page 69: TCC Pós-ADM 21 SJC - Marcio Wagner da Silva

58

4 REFERÊNCIAS

4.1 Referências Bibliográficas

KERZNER, Harold. Gestão de Projetos: As melhores práticas . 2. ed. Porto Alegre: Editora

Bookman, 2006.

MEREDITH, J. R.; MANTEL, S.J. Administração de Projetos: Uma abordagem Gerencial . 5 ed.

Rio de Janeiro: Editora LTC, 2013.

PASSOS, Maria Luiza G. de Souza. Gerenciamento de Projetos para Pequenas Empresas:

Combinando Boas Práticas com Simplicidade . Rio de Janeiro. Editora Brasport, 2008.

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento de

projetos – PMBOK Guide , 5 ed., Newtown Square, 2013.

VARGAS, Ricardo Viana. Manual Prático do Plano de Projeto: Utilizando o PMBoK Guide. 4

ed. Rio de Janeiro. Editora Brasport, 2009.