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Universidade Federal Do Pará Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo V O THEATRO DA PAZ Discentes : Lyvia Queiroz dos Santos Patrícia Gonçalves Cordeiro Tamires Monteiro Rescinho Docente : Rosa Cunha Belém- Pa Junho de 2015

Teatro Da Paz

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As Reformas

Universidade Federal Do ParFaculdade de Arquitetura e UrbanismoTeoria e Histria da Arquitetura e Urbanismo V

O THEATRO DA PAZDiscentes : Lyvia Queiroz dos SantosPatrcia Gonalves CordeiroTamires Monteiro RescinhoDocente : Rosa CunhaBelm- PaJunho de 2015CONTEXTO HISTRICOFinal do sculo XIX;Auge do ciclo da borracha;Desenvolvimento da economia e enriquecimento, ainda mais, da elite da Provncia do Gro-Par;Mudanas na aparncia das cidades para torn-la semelhante Paris;Modernizao de Belm Ruas foram alargadas, instalao de gua encanada e luz eltrica.Todavia, ainda faltava uma grande casa de espetculos, pois naquela poca o teatro era um dos elementos representantes da modernidade;Em 1863, Francisco Carlos de Arajo Brusque, presidente da provncia, autorizou a construo de um teatro para esses fins. O encarregado do projeto foi o engenheiro Jos Tiburcio de Magalhes;Em 1869 comea a construo do Theatro.

Figura Theatro e Praa D. Pedro II, atual Praa da Repblica.Fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/01/exposicao-reune-imagens-de-belem-no-periodo-da-belle-epoque.htmlO edifcio recebeu inicialmente o nome de Theatro de Nossa Senhora da Paz, depois foi adotado um nome menor: Theatro da Paz. O lugar escolhido para a implantao do edifcio foi a Praa D. Pedro II, hoje chamada de Praa da Repblica.Inspirado no Teatro Scalla de Milo (Espanha), de estilo predominantemente neoclssico, palco aos moldes italianos e capacidade para 921 lugares; o Theatro foi inaugurado em 15 de Fevereiro de 1878.

Figura Theatro da Paz em 1898Fonte: https://artepapaxibe.wordpress.com/fotos-belem-antiga/Desde sua construo at os dias de hoje houve intervenes: A primeira interveno ocorreu entre 1887 a 1890 e a segunda entre 1904 e 1905. O Theatro da Paz considerado um dos principais teatros-momumentos do Brasil. Tombado pelo Instituto de Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), apresenta-se como o maior teatro da regio norte e um dos mais luxuosos do Brasil.

RELAO SOCIAL E URBANAO Theatro representou um smbolo dos princpios de modernidade da Provncia do Gro-Par e impactou o cenrio urbano e social em que estava inserido. A inaugurao do Theatro foi de grande importncia para a sociedade paraense por levou cultura s pessoas O teatro atraia tanto a elite quanto outros segmentos da sociedade. Entretanto, nele, os espaos segmentavam o pblico conforme o bolso e a moral.

Figura Interior do Theatro da Paz no sculo XIX.Fonte: http://portalmatsunaga.xpg.uol.com.br/InicioXX.htmlNo que diz respeito ao urbano, o local de implantao do Theatro, a Praa D. Pedro II, era um ambiente de terreno frtil, que concentrava ambientes de diverso bares, cafs e hotis. A construo do Theatro melhorou os aspectos da Praa: ampliou a oferta de transportes pblicos bondes , proporcionou a arborizao e permitiu a valorizao dos imveis daquele permetro A construo desse edifcio proporcionou ao entorno a reunio dos smbolos da modernidade da Provncia.

Figura Praa D. Pedro II, atual Praa da Repblica, com elementos da modernidade da poca Fonte: https://artepapaxibe.wordpress.com/fotos-belem-antiga/Figura Praa D. Pedro II, atual Praa da Repblica Fonte: https://artepapaxibe.wordpress.com/fotos-belem-antiga/Caracteristicas (tamires)As ReformasA Primeira Reforma (1887 1890) Pouco conhecida, devido inacessibilidade a documentos que s passam a ser pblicos em 1997;Tinha intuito de embelezar o teatro que era simples;Incluso das pinturas de Domenico de Angelis no hall, que imita papel de parede, assim como tambm do Plafond (teto) e das demais dependncias da sala de espetculo;Elaborao do pano de boca por Chrispin do Amaral , Alegoria da RepublicaConcluda em 1890, com tempo suficiente para haver troca do sistema de iluminao, de gs para energia eltrica;

Pinturas imitando papel de parede, Hall.Fonte: Santos, Lyvia Queiroz.

Pano de boca, Alegoria Republica, Chrispin do Amaral Fonte: Bruno Menezes, Supernova Digital.A Segunda Reforma ( Sc. XX 1905 )Mais significativo foi a mudana na estrutura externa;Mais elementos decorativos luxuosos o lustre do Hall (Art Noveau);Aplicao de Pedras Portuguesas no piso do Hall;Fechamento da entrada Principal por problemas acsticos; Adaptao do lustre central da sala de Espetculos, um emento Art Dec entre a predominncia do Art Noveau;

Piso revestido com Pedras Portuguesas, Hall.Fonte: Santos, Lyvia Queiroz.

Lustre art Dec, Salo de Espetaculos .Fonte: Cordeiro, Patrcia Gonalves.O Espao Interior : Hall Corredor das FrisasSalo Nobre ou FoyerSalo de Espetculos Hall de Entrada

Material decorativo Europeu;Ferro fundido das portas com aluses a plantas brasileiras;Portas frontais , o Guaran;Portas laterais, a Seringueira;

Imagens : Detalhes da portas do Hall.Fonte: Santos, Lyvia Queiroz.

Lustre Francs, Art Noveau;Fonte: W.MelloNoFlickrDetalhes do Hall.Fonte: Santos, Lyvia QueirozCorredor das Frisas

Com reforma de 1905, fechamento da porta principal e colocao do espelho e bustos franceses. Fixao das placas em ferro esmaltado contendo o regulamento;E decorao do piso com Parquet;Corredor das Frisas, entrada para camarotes quase ao nvel da plateia ;Fonte: Bruno Tetto,Flickr.

Piso do Corredor e placa de aviso. Fontes: Santos, Lyvia Queiroz & Rescinho, Tamires Monteiro.Localondeanobreza costumavase reunir, para bailes,pequenos recitais durantesos intervalos dos espetculos;Decorado com espelhos e lustres em cristal francs ;Omezanino do salo era o local usado pelos msicos nos eventos sociais e frequentadopelaspessoasdo paraso em noite festivas;Salo Nobre ou Foyer

Salo Nobre / FoyerFonte: Santos, Lyvia Queiroz

Salo Nobre em detalhes;Fontes: Santos, Lyvia Queiroz & Rescinho, Tamires Monteiro.

Detalhe do piso do Foyer, em Parquet.Fonte: CarlosMacapunanoFlickr.Pintura do teto do Salo Nobre e lustres ;Fontes: Santos, Lyvia Queiroz & Rescinho, Tamires Monteiro.Salo de Espetculos

Possua 1100 lugares, mas atualmente 900;Ascadeiras conservamoestiloda poca em madeirae palhinha adequadas aoclimadaregio;Abalaustradatodaemferroingls folheadoaouro;No centro do tetofoi adaptadoo lustre em bronze americano que substituiu um grande ventilador ;Os forros dos camarotes foram pintados obedecendo hierarquia social da poca

Vista da Sala de Espetculos a partir do palco.Fonte :ThiagoKunz, Flickr

A pintura de De Angelis no plafond uma reunio de personagens mitolgicos, a comear pelo deus Apolo, em uma verso multifacetada, com atributos greco-romanos e celtas. Ele abre caminho para as musas, representadas em trs nichos da pintura elptica. Essas figuras so entremeadas por representaes indgenas e tapuias, sinalizando a natureza e a cultura da regio amaznicaDetalhe da pintura do teto.Fonte : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142010000200003Pintura do teto da Sala de EspetculosFonte :MarcioMenezesnosupernovadigital

Pintura do teto da Sala de EspetculosFonte :MarcioMenezesnosupernovadigitalPintura do teto da Sala de EspetculosFonte :MarcioMenezesnosupernovadigitalDisposio dos Lugares de Acordo com a Hierarquia Social.Na dcada de 1840, era vedado o acesso de escravos aos teatros, depois de 1871, com Lei do Ventre Livre, a entrada estava liberada;Inicialmente somente os convidados pelos nobres podem entrar no teatro, apenas em 1913 que os espaos comeam a ser vendidos;Existia a diferenciao dos camarotes de primeira, segunda, terceira e quarta ordem, plateia e paraso.A primeira e segunda ordem , plateia e varanda eram dos nobres e bares da borracha, a terceira ordem dos comerciantes e a quarta ordem e o paraso, dos empregados.

O paraso era onde ficavam os espectadores barulhentos e bagunceiros, sempre dispostos a provocar os ocupantes dos outros pavimentos.Por conta dessas ocorrncias j conhecidas, mas no exclusivamente por causa delas, o controle das posturas dentro do Teatro da Paz elaborou um regulamento aprovado no ano de 1883que era sintonizado com a poltica de controle das condutas e da moralidade adotada pelo Imprio;Desde o processo construtivo at as primeiras temporadas, havia interesse da administrao em diferenciar a entrada de cada segmento do pblico, para no misturar os grupos da quarta ordem com as famlias.

Sala de EspetculosFonte :MarcioMenezesnosupernovadigital

Mo francesa em ferro belga folheada a ouro;Fonte : FernandoSetteCmaranoFlickrDetalhe Folheado a ouro da Boca de CenaFonte : GlendaMarinhonoFlick

As cadeiras em madeira e palhinha.Fonte :MarcioMenezesnosupernovadigitalDetalhe da Balaustrada: ferro ingls folheado a ouro.Fonte: FelipeMachadonoFlickrMoblia do camarote do Imperador. Fonte:AstridBardellanoFlickrLegado(tamires)