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O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do
homem, através das suas necessidades. O homem
primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia
necessidade de dominar a natureza. Através destas
necessidades surgem invenções como o desenho e o
teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo
era uma espécie de danças dramáticas coletivas que
abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie
de ritual de celebração, agradecimento ou perda.
Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de
vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar
rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da
natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos
começaram a evoluir, surgem danças miméticas.
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos
rituais tornaram-se grandes rituais formalizados e
baseados em mitos. Cada mito conta como uma
realidade veio a existir. Os mitos possuíam regras de
acordo com o que propunha o estado e a religião,
eram apenas a história do mito em ação, ou seja, em
movimento. Estes rituais propagavam as tradições e
serviam para o divertimento e a honra dos nobres. Na
Grécia sim, surge o teatro. Surge o “ditirambo”, um
tipo de procissão informal que servia para
homenagear o deus Dioniso (deus do Vinho). Mais
tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por
coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam,
contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A
grande inovação deu-se quando se criou o diálogo
entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a acção na
história e surgem os primeiros textos teatrais.
A consolidação do teatro, na Grécia Antiga, deu-se em função das manifestações em homenagem ao deus do vinho,Dionisio ou Baco (em Roma).1 A cada nova safra de uva, era realizada uma festa em agradecimento ao deus, através de procissões. Com o passar do tempo, essas procissões, que eram conhecidas como "Ditirambos", foram ficando cada vez mais elaboradas, e surgiram os "diretores de Coro", os organizadores de procissões. Os participantes cantavam, dançavam e apresentavam diversas cenas das peripécias de Dionísio e, em procissão urbanas, se reuniam aproximadamente 20 mil pessoas, enquanto que em procissões de localidades rurais (procissões campestres), as festas eram menores.
A análise das obras dos principais autores trágicos, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, como empreendida por Albin Lesky (A tragédia grega) e Junito Brandão (Teatro Grego: origem e evolução), nos conduz a um denominador comum da tragédia: o métron de cada um. Parte da concepção grega
do equilíbrio, harmonia e simetria e defende que cada pessoa tem ummétron, uma medida ideal. Quando alguém ultrapassava seu métron, seja acima ou abaixo dele, estaria tentando se equiparar aos deuses e receberia por parte deles a "cegueira da razão". Uma vez cego, esse alguém acabaria por vencer sua medida inúmeras vezes até que caísse em si, prestes a conhecer um destino do qual não pudesse escapar.
Como ensinou Aristóteles, a tragédia não era vista com pessimismo pelos gregos e sim como educativa. Tinha a função de ensinar as pessoas a buscar a sua medida ideal, não pendendo para nenhum dos extremos de sua própria personalidade.
No século XIX havia uma preocupação obsessiva com a autenticidade de cenários. Até mesmo cavalos vivos subiam ao palco. O desenvolvimento tecnológico modificou todo o aparato técnico que cercava o espetáculo: luzes, cenários, som e efeitos especiais diversos.3
O interior do Comédie-Française em Paris, (França), onde se pode ver o palco, os camarotes,galerias e fosso da orquestra, a partir de umaaguarela do século XVIII.
O teatro é uma manifestação artística que faz parte da história da humanidade. Esta arte surgiu no século VI a.C., na Grécia, como resultado das festas dionisíacas que eram realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do teatro e da fertilidade.
Na Grécia, o teatro era uma manifestação sagrada e acontecia durante a primavera. O teatro grego era marcada pelas máscaras, os ornamentos e pelo tablado.
O primeiro homem a ser considerado um verdadeiro ator foi Téspis, que fingiu ser o próprio deus Dionísio durante uma das festas gregas. Ele é, até hoje, conhecido como o primeiro ator do teatro ocidental.
É possível dizer que a ação dramática nasceu na Grécia. Com o tempo, os gregos passaram a construir prédios teatrais ao ar livre, com arquibancadas para o público, espaço para orquestra e palco. Todas as pessoas eram bem-vindas para assistir as cenas de tragédia, comédias e sátiras gregas.
O teatro grego também contava com cenários e troca de figurinos e máscaras. Esta manifestação refletiu fortemente no nosso teatro contemporâneo.
Leia Mais no SitedeCuriosidades.com: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/como-surgiu-o-teatro.html
O Teatro ao Longo das Épocas (Breve Resumo)
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O TEATRO NA GRÉCIA E EM ROMA
O Teatro europeu surgiu na Grécia antiga, no século IV a.C. Os textos abordavam géneros específicos: atragédia e a comédia. A tragédia teve a sua origem nas canções corais que lidavam com a morte e com o retorno de Dionísio, a divindade das festas, do vinho e do lazer. A comédia surgiu da tradição dos sátiros, actores que criticavam os costumes. Ainda hoje são representadas as obras de Ésquilo, Sófocles eEurípedes, na tragédia, e de Aristófanes na comédia.
Em termos arquitectónicos, os teatros gregos eram construídos ao ar livre, nos declives das encostas, o que proporcionava uma boa acústica. O público sentava-se em bancadas semicirculares escavadas na rocha das encostas da acrópole (colina). No centro, num espaço circular, chamado " orchestra " o coro e os actores realizavam a sua interpretação.
Os actores, só os homens podiam representar, interpretavam vários papéis durante o mesmo espectáculo. Na tragédia, os intérpretes utilizavam máscaras e vestiam túnicas até aos pés. Na comédia usavam roupas iguais àquelas que eram utilizadas pelos cidadãos comuns.
Em Roma.
Uns Séculos mais tarde em Roma, o teatro, como todas as manifestações artísticas, foi muito influenciado pela cultura grega. O género dramático que mais se desenvolveu foi, sobretudo, a comédia, destacando-se neste género os autores romanos Terêncio e Plauto
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O Teatro em Portugal teve um desenvolvimento significativo com Gil Vicente, sendo o primeiro autor a utilizar o género dramático
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ESTE
História do Teatro
Egipto Antigo, Índia, China, Creta e a própria Grécia possuíam um teatro, antes
mesmo do então chamado teatro grego. Tinha como característica principal
sua estruturação toda baseada na religião, podemos, portanto, apontar o
teatro apenas litúrgico. Este mesmo aspecto é o que de fato diferencia os
egípcios, hindu, chinês, cretense e o teatro apenas litúrgico grego do teatro
grego.
No Egipto
Pode ter nascido já no III milénio a.C., com as celebrações em, torno dos
momentos marcantes da figura de Faraó, principalmente naquilo que o
divinizava ou fazia dele senhor das suas terras e súbditos. Ás divindades
egípcias, Osíris e Hórus foram consagrados espectáculos com actores e coro.
Na Grécia
Foi na Grécia que surgiu o verdadeiro teatro.
Na Grécia Antiga, o teatro surgiu a partir de manifestações a Dionísio, deus do
vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses. Pouco a pouco, os rituais
dionisíacos foram se modificando e transformando-se em tragédias e
comédias. Dionísio tornou-se, assim, o deus do teatro.
Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também
do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a
Dionísio.
O período entre os séculos 6 a.C. e 5 a.C. é conhecido como o "Século de
Ouro". Foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu seu
auge. Atenas tornou-se o centro dessas manifestações culturais e reuniu
autores de toda a Grécia, cujos textos eram apresentados em festas de
veneração a Dionísio.
Os festivais anuais em honra ao deus Dionísio (Baco, para os latinos)
compreendiam, nos seus eventos, a representação de tragédias e comédias.
As primeiras formas dramáticas na Grécia surgiram neste contexto,
inicialmente com as canções dionisíacas (ditirambos).
A tragédia, no seu estágio seguinte, realizou-se com a representação da
primeira tragédia, com Téspis. A introdução de segundos e terceiros actores
nas tragédias veio com Ésquilo e Sófocles. Surgiu também a peça satírica: o
conservador Aristófanes cria um género nada semelhante ao teatro moderno,
pois a comédia aristofânica misturava a paródia mitológica com a sátira
política. Todos os papéis eram representados por homens, pois não era
permitida a participação de mulheres.
Os escritores participavam, muitas vezes, tanto das actuações como nos
ensaios e na idealização das coreografias. O espaço utilizado para as
encenações, em Atenas, era apenas um grande círculo. Com o passar do
tempo, grandes inovações foram sendo adicionadas ao teatro grego, como a
profissionalização, a estrutura dos espaços cénicos (surgimento do palco
elevado) etc. Os escritores dos textos dramáticos cuidavam de praticamente
todos os estágios das produções.
Autores gregos
Ésquilo (525 a.C.?-456 a.C.?)- Trata das relações entre os homens, os Deuses
e o Universo. Nasce numa família nobre ateniense e luta contra os persas.
Segundo Aristóteles, é o criador da tragédia grega. Conhecemos o título de
cerca de 80 peças de Ésquilo, mas só chegaram até nós 7: Suplicantes, Persas,
Sete contra Tebas, Prometeu Agrilhoado e a trilogia Oresteia (Agamémnon,
Coéforas, Euménides).
Sófocles (495 a.C? -406 a.C.)- Vive durante o apogeu da cultura grega.
Retrata o conflito das paixões humanas. Escreve cerca de 120 peças, das quais
sete são conservadas até hoje, entre elas Antígona, Electra e Édipo Rei. Nesta
última, Édipo mata o pai e casa-se com a própria mãe, cumprindo uma
profecia. Inspirado nessa história, Sigmund Freud formula o complexo de
Édipo.
Eurípides (484 a.C? -406 a.C.)- Como Sófocles, este também retrata o conflito
das paixões humanas, e é também seu contemporâneo e pouco se sabe sobre
a sua vida. Suas tragédias introduzem o prólogo explicativo e a divisão em
cenas e episódios. É considerado o mais trágico dos grandes autores gregos.
Em sua obra destacam-se «Medeia», «As troianas», «Electra», «Orestes» e «As
bacantes».
Aristófanes (450 a.C? -388 a.C.?)- Nasce em Atenas, Grécia. Sua vida é pouco
conhecida, mas pelo que escreve deduz-se que teve boa educação. Satiriza as
tradições e a política ateniense. Sobrevivem, integralmente, onze de cerca de
quarenta peças. «Violentamente satírico», critica as inovações sociais e
políticas e os deuses em diálogos inteligentes. Em «Lisístrata», as mulheres
fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a
paz.
Na Roma
Os romanos já possuíam seu teatro, grandemente influenciado pelo teatro
grego, do qual tirou todos os modelos. Nomes importantes do teatro romano
foram Plauto e Terêncio. Roma não possuiu um teatro permanente até o ano
de 55 a.C., mas segundo é dito, enormes tendas eram erguidas, com
capacidade para abrigarem cerca de 40.000 espectadores.
Apesar de ter sido totalmente baseado nos moldes gregos, o teatro romano
criou suas próprias inovações, com a pantomima (peça teatral em que os
actores se exprimem apenas por gestos), em que só um actor representava
todos os papéis, com a utilização de máscara para cada personagem
interpretado, sendo o actor acompanhado por músicos e por coro.
Autores Romanos
Plauto (254 a.C.?-184 a.C.) - Além de dramaturgo romano, possivelmente
trabalha também como actor. Adapta para Roma enredos de peças gregas e
introduz nos textos expressões do dia-a-dia, além de utilizar uma métrica
elaborada. Seus textos alegres são adaptados várias vezes ao longo dos
séculos e influenciam diversos autores posteriores, entre eles Shakespeare e
Molière.
Terêncio (185a.C.? - 159a.C)- Nasceu na África, provavelmente no ano de
185a.C. Foi vendido como escravo ao senador Terêncio Lucano, que lhe deu
educação e, algum tempo depois, a alforria (liberdade concedida ao escravo
pelo senhor). Por ser muito amigo de Cipão, muitos atribuíram a esse último a
autoria de várias comédias de Terêncio.
Composta por seis comédias, toda a obra de Terêncio resistiu a acção do
tempo e chegou até nós. São elas: «Andria», «Hécira (sogra em grego)»,
«Heautontimoroumenos (o que se pune a si próprio - em grego)», «O Eunuco,
Formião», «Os Adelfos (os irmãos)».
As personagens das comédias Terêncio pertencem, muitas vezes, a classes
sociais mais altas. As suas obras são escritas em verso e seu estilo é "puro".
Apesar disso, ele hoje é considerado um autor menor que seu contemporâneo
Plauto.
Teatro em Portugal
Antes de Gil Vicente houve teatro?
Esta é a primeira pergunta que surge naturalmente no nosso espírito ao
iniciarmos o estudo sobre Gil Vicente.
Durante a idade Média e antes do Plauto português houve representações
figurativas de carácter religioso e profano - os jograis e as jogralesas com os
seus recitativos e danças teriam sido os nossos primeiros actores - mas não
houve teatro.
Gil Vicente: a criação do teatro português
É praticamente desconhecida a vida de Gil Vicente, fundador do teatro
português. Alguns autores identificam-no com um famoso ourives daquela
época, também chamado Gil Vicente. Tal hipótese, no entanto, num entanto é
bastante questionável. De certo sabe-se que terá nascido por volta de 1460.
Em 1502 encenou a sua primeira peça, «O Monólogo do Vaqueiro» ou «Auto da
Visitação», que se resumia numa simples salvação pelo nascimento do futuro
D. João III filho de D. Manuel e de D. Maria de Castela, recitado na câmara real
em nome dos servidores do paço. Tendo obtido boa acolhida, encenou, por
ocasião das festas de Natal, uma outra peça, o «Auto Pastoril Castelhano». Daí
por diante passa a escrever e representar regularmente para a diversão da
nobreza, o que lhe angariou, em pouco tempo, uma situação de alto prestigio
na corte. Sua última representação data de 1536.
Em vida muito pouco da sua imensa obra foi publicada. Somente em 1562 é
que seu filho, Luís Vicente, publicou a «Compilaçam de todalas obras de Gil
Vicente», cheia de falas e incompleta.