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TEMA METODOLÓGICOS NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA · em trinta e seis perguntas e respostas que envolvem o conteúdo estruturante da disciplina de LEM e apresenta os procedimentos

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TEMA

A SEQUÊNCIA DIDÁTICA E A ANÁLISE DE TEXTO COMO PROCEDIMENTOS

METODOLÓGICOS NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

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SUMÁRIO

Ficha catalográfica................................................................ 06

Agradecimentos.................................................................... 07

Apresentação........................................................................ 08

Objetivos............................................................................... 08

Como utilizar o caderno temático......................................... 09

Questionamentos:

1 – Qual é o conteúdo estruturante da Língua Estrangeira

Moderna? ............................................................................. 11

2 – O que é conteúdo estruturante? .................................... 11

3 – O que é linguagem, na proposta das Diretrizes

Curriculares Educacionais do Estado do Paraná -

DCEs?................................................................................... 11

4 – O que é interacionismo? ................................................ 11

5 – Como o interacionismo sociodiscursivo trabalha a

linguagem?............................................................................12

16 – Qual foi a grande contribuição de Saussure para a

Linguística? .......................................................................... 12

7 – Na visão Saussuriana, o que é língua?.......................... 12

8 – Como o estruturalismo foi introduzido como método na

Linguística?............................................................................12

9 – Qual é o objeto de estudo linguístico para Ferdinand

Saussure e em que difere do objeto de estudo para

Linguística que se apoia na prática

discursiva?............................................................................ 13

10 – O que é o Círculo de Bakhtin? ..................................... 13

11 – Qual foi a crítica que Bakhtin fez aos estudos de

Saussure? ............................................................................ 14

12 - O que busca o Grupo de Genebra, quem são seus

principais estudiosos e como sua proposta chega ao

Brasil?................................................................................... 14

13 - Na concepção interacional da língua, o que é

texto...................................................................................... 15

14 – O que é enunciado? ..................................................... 15

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15 – O que é discurso?..........................................................15

16 – Língua e discurso são a mesma coisa.......................... 16

17 - Texto, gênero textual e discurso são a mesma coisa?...16

18 - De que trata a teoria da Análise do Discurso? Quais os

principais fatores que a constituem?.................................... 17

19 – O que são gêneros textuais? ...................................... 18

20 – O que são esferas sociais? .......................................... 19

21 – Pode-se classificar ou listar todos os gêneros

textuais?................................................................................ 19

22 – Gêneros textuais e tipos textuais são a mesma

coisa?.................................................................................... 20

23 – Como trabalhar o discurso como prática social nas aulas

de LEM? ............................................................................... 20

24 – Por que utilizar a sequência didática como procedimento

metodológico nas aulas de LEM? ........................................ 21

25 - Em que o estudos do gêneros textuais através de

sequencias didáticas pode contribuir para o ensino de

LEM?..................................................................................... 21

26 - Na proposta da SD, o que são práticas de

linguagem?............................................................................21

7 – O que são capacidades de linguagem?...........................22

28 – O que são estratégias de ensino, na perspectiva da

SD?....................................................................................... 22

29 – O que são gêneros escolares e para se

destinam?............................................................................. 23

30 - Qual é a proposta de trabalho com SD apontad3a por

Dolz e Schneuwly? .............................................................. 23

31 - Quando trabalhar questões gramaticais, sintáticas e

ortográficas? ........................................................................ 24

32 - Quais os passos para se realizar uma Sequência

Didática proposta por este Caderno Temático para

Reflexão?.............................................................................. 25

33 - Em que diferem a proposta de Dolz e Schneuwly da

proposta de Costa Hübes com relação aos passos da

SD?....................................................................................... 25

34 - Por que o gênero textual produzido pelo aluno deve

circular obrigatoriamente em pelo menos uma das esferas a

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qual pertence?...................................................................... 26

35 - Quais são os passos da Análise de texto, proposto por

este Caderno Temático para

Reflexão?.............................................................................. 26

36 - O que é análise linguística? .......................................... 27

37 - Qual dos dois procedimentos metodológicos

apresentados o professor de LEM deve utilizar em suas

aulas? .................................................................................. 27

Proposta de avaliação.........................................................28

Referências e indicações bibliográficas............................29

Indicações de vídeos...........................................................30

Anexo....................................................................................31

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O trabalho com gêneros textuais através dos procedimentos metodológicos

da Sequência Didática e da Análise de Texto no Ensino de LEM - uma proposta

diversificada de Ensino

Autora: Ana Paula Knechtel Daniel

Escola de atuação: Colégio Estadual Julio Mesquita

Município: Curitiba

Núcleo Regional de Educação: Curitiba

Orientador: Profª Dra. Maria Lúcia de Castro Gomes

Instituição de Ensino Superior: UTFPR

Disciplina/Área (entrada no PDE): Língua estrangeira Moderna – Inglês

Produção Didático-pedagógica: Caderno Temático para Reflexão

Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa e demais línguas estrangeiras

Público Alvo: Professores de Língua Estrangeira Moderna

Localização: Colégio Estadual Júlio Mesquita – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

R. Cel. Joaquim Lacerda, 550 - Jardim das Américas

Curitiba - PR, CEP 81530-160

(0xx)41 3266-2324

Palavras-chave: Discurso, gêneros textuais, sequência didática, análise de textos.

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Agradecimentos

Quero expressar a minha gratidão a Deus, por estar comigo em todos

os momentos e por me socorrer sempre que precisei;

a minha orientadora, por ter me auxiliado

no desenvolvimento deste trabalho e por estar

sempre pronta a me atender

e a minha família, que soube

compreender minhas ausências.

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APRESENTAÇÃO

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

Estrangeira Moderna do Estado do Paraná (DCEs – LEM)

apresentam como conteúdo estruturante o discurso entendido

como prática social e gêneros textuais como o veículo para

trabalhar o discurso, trazendo também novas concepções

linguísticas a cerca do texto sob a perspectiva do

Interacionismo Sociodiscursivo. Observando-se a

necessidade de esclarecer questionamento dos professores

de línguas que se deparam com novos conceitos não tão

fáceis de se entender a uma primeira leitura, e,

principalmente como trabalhar sob a nova proposta de ensino

através dos gêneros textuais, buscou-se, através de uma

pesquisa bibliográfica dos principais pesquisadores linguistas

respostas às perguntas mais comuns sobre o tema, tais

como: o que é discurso? O que é enunciado? O que são

gêneros textuais?, bem como apresentar dois procedimentos

metodológicos: a sequência didática e a análise de texto

como propostas de trabalho com gêneros textuais, visando o

desenvolvimento das habilidades de leitura, interpretação e

produção em Língua Estrangeira Moderna. O presente

caderno temático surge então da necessidade de se refletir a

cerca de procedimentos metodológicos que instrumentalizem

o professor para atuar de acordo com a nova proposta de

trabalho com os gêneros textuais.

OBJETIVOS

Pretende-se com este Caderno Temático para Reflexão:

* Apresentar um embasamento teórico sobre questões

relacionadas aos gêneros textuais, tipos textuais, sequência

didática e análise de texto sob a perspectiva discursiva e sua

colaboração no ensino de Língua Inglesa;

* Oferecer ao professor de Língua Inglesa do Colégio

Estadual Professor Julio Mesquita o aperfeiçoamento do

conhecimento teórico e didático da sequência didática e da

análise de texto sob a perspectiva discursiva como

procedimentos metodológicos de ensino aplicados à leitura,

interpretação e produção textual em sala de aula, nas séries

finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, através de

um curso de formação continuada.

A intenção deste material didático centra-se em:

* Instrumentalizar o professor de LEM através da exposição

dos passos da sequência didática e da análise de textos sob

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a perspectiva discursiva, para que possa trabalhar com os

gêneros textuais em sala de aula;

* Propor uma reflexão sobre a prática docente e a

possibilidade de se utilizar a sequência didática e/ou a análise

de texto como procedimentos metodológicos em sua prática

educativa;

* Verificar junto aos professores envolvidos qual dos

procedimentos melhor se aplica a cada situação de

aprendizagem (leitura, interpretação e produção escrita);

* Auxiliar os professores na elaboração de sequências

didáticas e análise de textos para posterior utilização em sala

de aula;

* Verificar a recepção dos procedimentos metodológicos

pelos alunos, durante a aplicação dos mesmos pelo professor

titular;

* De modo geral, através deste Caderno Temático para

Reflexão pretende contribuir para a melhoria do Ensino de

Língua Inglesa, fornecendo a fundamentação teórica dos

procedimentos metodológicos da sequência didática e da

análise de texto sob a perspectiva discursiva, para o

professor utilizar na sua prática educativa.

COMO UTILIZAR O CADERNO TEMÁTICO

Este Caderno Temático para Reflexão foi organizado

em trinta e seis perguntas e respostas que envolvem o

conteúdo estruturante da disciplina de LEM e apresenta os

procedimentos metodológicos da sequência didática e da

análise de textos para serem estudadas pelos professores. As

perguntas apresentam uma sequência de conteúdos, mas

podem ser lidas separadamente, ou seja, caso o professor

que tenha o material em mãos, queira saber somente uma

questão pontual, poderá recorrer ao índice e ler somente

aquela que quer saber de forma mais rápida, pois as

perguntas estão fundamentadas uma a uma conforme os

autores pesquisados.

Nas questões 31 e 34 estão os passos dos procedimentos

metodológicos da sequência didática e da análise de texto

como sugestões de trabalho com gêneros textuais, lembrando

sempre que, cabe ao professor adaptar e incrementar a

proposta à sua realidade prática. Ressalte-se ainda, o

trabalho com gêneros textuais não exclui outros

procedimentos metodológicos de ensino de línguas e tão

pouco elimina o estudo de questões gramaticais que estejam

relacionadas com o gênero estudado. Outra questão

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importante a se destacar é que os conceitos aqui

apresentados estão de acordo com os autores pesquisados,

mas há muitos outros autores que trabalham com o tema

apresentado e que nem sempre a nomenclatura utilizada são

as mesmas, mas apresentam equivalência de significados.

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1 – Qual é o conteúdo estruturante da Língua Estrangeira

Moderna?

O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira

Moderna apresentada pelas Diretrizes Curriculares Estaduais

(DCEs), tanto para a Língua Portuguesa quanto para a

Língua Estrangeira Moderna é o discurso como prática social.

Tendo o discurso como objeto de estudo, a língua passa a ser

“concebida como discurso, não como estrutura ou código a

ser decifrado” (DCEs – LEM, 2008, p.53). O discurso, então,

é tido como resultante da interação social entre os homens,

entre os falantes de uma língua, seja ela materna ou

estrangeira.

2 – O que é conteúdo estruturante?

Entende-se por conteúdo estruturante “os

conhecimentos de grande amplitude, conceitos, teorias ou

práticas, que identificam e organizam os campos de estudos

de uma disciplina escolar, considerado fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo/ensino”. (DCEs – LEM,

2008, p.25).

3 - O que é linguagem, na proposta das Diretrizes

Curriculares Educacionais do Estado do Paraná?

Costa Hübes (2007, p.13) afirma que a concepção de

linguagem, que embasa as DCEs (2008), advêm do

sociointeracionismo, a qual “reconhece a natureza social da

linguagem enquanto produto de uma necessidade histórica do

homem de organizar-se socialmente e produzir

conhecimentos”.

4 – O que é o interacionismo?

Para Dolz e Schneuwly (2010), o interacionismo é:

“uma teoria sociocognitiva da aprendizagem, que centra sua

atenção sobretudo nos contextos de interação, de influência

mútua, de trocas verbais e de atividades de construção

conjunta em situações “naturais”, relegando a um plano

acessório as intervenções ditas “artificiais” e intencionais,

ditadas pelo meio social”.

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5 – Como o interacionismo sociodiscursivo trabalha a

linguagem?

O ser humano utiliza-se da linguagem a todo momento

e em diferentes contextos sociais de uso. Franchi (1987, p.12)

diz que “a linguagem é ela mesma um trabalho pelo qual,

historicamente, social e culturalmente o homem organiza e dá

forma a suas experiências” e ainda acrescenta que na

linguagem “se produz do modo mais admirável, o processo

dialético entre o que resulta da interação e o que resulta da

atividade do sujeito na constituição dos sistemas linguísticos,

as línguas naturais de que nos servimos”.

6 – Qual foi a grande contribuição de Saussure para a

Linguística?

Saussure ocupou-se em estabelecer um caráter

metodológico aos estudos linguísticos e propôs uma

terminologia que pudesse orientar objetivamente as

descrições dos fatos estudados e também apresentou sua

ideia mais original e importante que é estabelecer um objeto

de estudo para a linguística. Carvalho (2005, p. 26) comenta:

“A linguística ressentia-se de uma linguagem equívoca,

verdadeira colcha de retalhos terminológica, e Saussure

necessitava de uma linguagem unívoca, de um padrão

linguístico, de uma metalinguagem, isto é, de uma nova

linguagem para expressar suas elucubrações. Sua primeira

tarefa, portanto, foi “limpar o terreno” para poder depois

trabalhar”.

7 – Na Visão Saussuriana, o que é língua?

Na obra “Curso de Linguística Geral”, Saussure,

propõe que qualquer língua é um sistema em que cada um

dos elementos constitutivos só pode ser definido pelas

relações de equivalência ou de oposição que mantém com os

demais elementos.

8 – Como o estruturalismo foi introduzido como método

na Linguística?

Saussure traz para a Linguística a proposta do

Estruturalismo, buscando explorar as inter-relações através

das quais o significado é produzido, pela análise das

estruturas. Saussure propôs, então, a divisão metodológica

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entre língua e fala (langue/parole), considerando-as dois

objetos distintos, elevando porém, a língua como objeto de

estudo da linguística. Carvalho (2005, p.29) comenta que

“Saussure considera a língua como um sistema de signos

formados pela união do sentido e da imagem acústica”.

9 - Qual é o objeto de estudo linguístico para Ferdinand

Saussure e em que difere do objeto de estudo para

Linguística que se apoia na prática discursiva?

O objeto de estudo proposto por Saussure é a língua,

porém Carvalho (2005, p.29) comenta que “Saussure

considera a língua como um sistema de signos formados pela

união do sentido e da imagem acústica”. Logo, como salienta

Dias e Gomes (2008, p. 35) “se para Saussure a língua era

um sistema, o estudo desse objeto também deveria ser

sistemático, científico”. A língua tomada como objeto de

estudo não se confunde com a fala, pois a língua, como bem

lembra Dias e Gomes (2008, p. 34): “[...] de natureza social,

passa a ser o único e verdadeiro objeto da linguística, não

devendo ser confundida com a fala, a qual, embora

fundamental para que a língua se estabeleça, é, para

Saussure, individual e de natureza secundária, nada

impedindo que sejam consideradas dois objetos distintos”. Já

de acordo com a visão discursiva, o objeto de estudo é o

discurso como prática social. Orlandi (apud DIAS e GOMES,

2005, p. 111), conceitua discurso como sendo “o efeito de

sentido entre locutores” e afirma que “as relações de

linguagem são relações de sujeitos e de sentidos e seus

efeitos são múltiplos e variados”.

10 – O que é o Círculo de Bakhtin?

Círculo de Bakhtin é denominado por Rodrigues como

“grupo de intelectuais russos que se reunia regularmente no

período de 1919 a 1974, dentre os quais fizeram parte

Bakhtin, Voloshinov e Medvedev”, os quais propunham as

noções de enunciado, discurso, esferas da atividade humana

e gêneros do discurso, descortinando novas formas de

pensar a língua, a linguagem e o texto como resultantes da

comunicação entre os indivíduos.

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11 – Qual foi a crítica que Bakhtin fez aos estudos de

Saussure?

Bakhtin “partilha com Saussure a ideia de língua como

fato social que existe para a comunicação” (DIAS e GOMES,

2008, p. 41), mas a sua abordagem é totalmente diferente,

pois não se ocupa em estudar a estrutura da língua, mas sim

a considera um acontecimento social necessário à interação

verbal entre os indivíduos. Nas Palavras de Dias e Gomes

(2008, p. 41), Bakhtin “critica o objetivismo abstrato de

Saussure, pois considera que a língua é constituída pelo

fenômeno social da interação verbal”.

12 - O que busca o Grupo de Genebra, quem são seus

principais estudiosos e como sua proposta chega ao

Brasil?

Entendendo-se o discurso como prática social,

resultante da necessidade do homem entender o mundo e

fazer-se entender, surge o interacionismo sociodiscursivo que

volta-se para o modo de produção e circulação do texto,

encarando-o como resultado não mais da vontade unilateral

do indivíduo de expressar-se mas sim da necessidade de

interagir com o outro. Os principais expoentes desta teoria

são Bronckart, Dolz e Schneuwly, que juntos formam um

grupo de pesquisadores da Unidade de Didática de Línguas

da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da

Universidade de Genebra, estudos estes voltados para a

psicologia da linguagem e da didática de línguas. Conhecidos

como o grupo de Genebra, Machado (2005, p.239) esclarece

que “buscaram construir o interacionismo sociodiscursivo”,

sob a inspiração da teoria de Vygotsky: “Tendo em Vygotsky

sua fonte de referência e com uma abordagem Marxiana, logo

dialética, dos fenômenos psicológicos, esses autores

colocam-se em favor da reunificação da psicologia, à qual

atribuem uma dimensão social e cuja finalidade central seria

elucidar as condições de emergência e de funcionamento do

pensamento consciente humano”.

Machado (2005, p. 238) afirma, ainda, que houve uma

ampla divulgação no Brasil dos estudos realizados pelo grupo

de Genebra o que proporcionou um profícuo diálogo entre

estes e os pesquisadores brasileiros do Programa de Estudos

pós-graduados em Linguística Aplicada e Estudos da

Linguagem (LAEL) da PUC/SP, entre eles destacam-se

Roxane Rojo, Anna Raquel Machado, Magalhães e Liberali.

Machado (2005, p. 238) ressalta que “mesmo com diferenças

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visíveis, esses pesquisadores brasileiros guardam um traço

comum: a perspectiva de intervenção na educação, imediata

ou prospectivamente”, destacando que “em geral, volta-se ou

para a atividade de ensino e aprendizagem de português

como língua materna, ou ainda para o francês e o inglês

como línguas estrangeiras ou para a atividade de formação”.

13 – Na concepção interacional da língua, o que é texto?

Koch (apud DIAS e GOMES, 2005, p.108) entende que

“na concepção interacional da língua, os sujeitos são vistos

como atores/construtores sociais” e explica que “diante disso,

o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação,

e os interlocutores são sujeitos ativos que – dialogicamente –

nele se constroem e por ele são construídos”. Então, nesse

contexto, a autora desenvolveu um conceito singular para

texto: “Um texto se constitui enquanto tal no momento em que

os parceiros de uma atividade comunicativa global, diante de

uma manifestação linguística, pela atuação conjunta de uma

complexa rede de fatores de ordem situacional, cognitiva,

sociocultural e interacional, são capazes de construir, para

ela, determinado sentido”.

14 – O que é enunciado?

Enunciado, segundo a teoria discursiva é a “unidade

real e concreta da comunicação discursiva” (RODRIGUES,

2005, p. 154), que compõe o discurso. Bakhtin (apud HILA, p.

163) explica que “o emprego da língua efetua-se em forma de

enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos

pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade

humana”. Cada esfera possui as suas especificidades de

utilização da língua. Logo, o enunciado produzido em cada

esfera vai refletir as condições nas quais o discurso é

concebido. A esta dinâmica dá-se o nome de funcionamento

sócio-interacionista da linguagem e é nesta concepção de

linguagem que entendemos os gêneros textuais.

15 – O que é discurso?

Orlandi (apud DIAS e GOMES, 2005, p. 111),

conceitua discurso como sendo “o efeito de sentido entre

locutores” e afirma que “as relações de linguagem são

relações de sujeitos e de sentidos e seus efeitos são múltiplos

e variados”. Note-se que a noção de sujeito é fundamental

para a AD; pois, através da análise do discurso proferido pelo

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sujeito, busca-se conhecer a sua subjetividade, a sua

intenção ao interagir com o outro. Fairclough (apud,

MEURER, 2005, p. 87) discurso é “uma forma de prática

social em relação dialética com estruturas sociais, tem poder

constitutivo, cria formas de conhecimentos e crenças” e

estabelecem relações sociais e identitárias.

16 – Língua e discurso são a mesma coisa?

Não, "a língua é vista como um código, ou seja, como

um conjunto de signos que se combinam segundo regras, e

que é capaz de transmitir uma mensagem, informações de

um emissor a um receptor" (TRAVAGLIA, 2002, p. 22) e

discurso é a “linguagem em uso, ou simplesmente o próprio

evento discursivo” (Meurer, 2005, p.87), embora em muitos

momentos ambos se inter-relacionem. Hila (2005, p.155)

chama a atenção para o fato de que na obra de Bakhtin os

termos língua e discurso ora são intercambiáveis e ora são

distintos destacando que: “há situações em que o Círculo

emprega os termos língua e discurso como intercambiáveis,

nesse caso distinguindo a sua concepção de língua das

correntes da filosofia e da linguística da época; em outras, os

trata como conceitos teóricos distintos, talvez pela

impossibilidade de „apagar‟ o sentido dominante do termo

língua na linguística e pela postulação de dois planos de

análise da língua”.

17 –Texto, gênero e discurso são a mesma coisa? Para o

interacionismo sociodiscursivo, o que é texto?

Não, o ISD também propõe o texto como objeto de

estudo da linguística e a definição do que é texto torna-se

imperativo. Rojo (2005, p. 190) apresenta a definição dada

por Bronckart para texto como sendo “toda unidade produção

de linguagem situada, acabada e autossuficiente (do ponto de

vista da ação ou da comunicação)”. Contudo, Machado (2005,

p.241), em nota de rodapé, chama atenção para a dificuldade

de se definir o conceito de texto, visto que é grande aqui

também, a diversidade de empregos do termo. Outra

dificuldade reside na definição do termo discurso, pois é

utilizado em situações diferentes com aparente significação

diversa. Assim diz Machado: “Parece bastante difícil definir o

conceito de texto nessa obra, dado que aparece em

diferentes perspectivas. O termo discurso, além de figurar na

expressão tipo de discursos, aparece como referente à

formação discursiva, e também o texto, considerado na sua

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dimensão enunciativa,[..]”. Bronckart (apud

ROJO,2005.p.190) adota o termo gênero de texto para tentar

por fim a confusão terminológica, assim estabelecendo: “na

medida em que todo texto se inscreve, necessariamente, em

um conjunto de textos ou em gênero, adotamos a expressão

de gêneros de texto em vez de gêneros de discurso”.

18 - De que trata a teoria da Análise do Discurso? Quais

os principais fatores que a constituem?

A teoria da Análise do Discurso, Doravante AD, não é

uma teoria muito simples de se explanar visto a

heterogeneidade presente na sua constituição e por possuir

diferentes desdobramentos (DIAS e GOMES, 2005, p. 97). Há

aqui duas vertentes importantes: a americana e a europeia,

sendo que a vertente da AD francesa é a que mais influencia

os estudos linguísticos atuais no Brasil. Em 1950, Zellig Harris

publica a obra intitulada Discourse Analysis, direcionando

seus estudos para os enunciados, aos quais aplica seu

método distribucional, ao mesmo tempo em que outros

estudiosos como Jakobson e Benveniste apresentam

trabalhos que tratam da enunciação. Dias e Gomes (2005, p.

110) comentam que Harris “aproxima-se da linguística textual

[...] uma vez que sua proposta ainda está restrita à língua,

não havendo preocupação com a significação e as condições

sócio históricas de produção.” Por outro lado Benveniste põe

em evidência a posição do locutor no processo de

enunciação. Dias e Gomes (2005, p. 110) destaca que “ao

mencionar a posição do locutor, o teórico acaba por levantar

a questão de relação que se estabelece entre o locutor, seu

enunciado e o mundo”, afirmando ainda que esta relação

“será central para as reflexões da AD de linha francesa”.

Orlandi (apud DIAS e GOMES, 2005, p. 110) aponta os

principais fatores que constituem a AD e que são

considerados nos DCEs de línguas no Estado do Paraná, em

especial, e no Brasil como um todo: “A Análise de Discurso tal

como a conhecemos no Brasil – na perspectiva que trabalha

o sujeito, a história, a língua - se constitui no interior das

consequências teóricas estabelecidas por três rupturas que

estabelecem três novos campos de saber: a que se constitui

a linguística, a que constitui a psicanálise e a que constitui o

marxismo. Com a linguística sabe-se que a língua não é

transparente; ela tem sua ordem marcada por sua

materialidade que lhe é própria. Com o marxismo sabemos

que a história tem sua materialidade: o homem faz a história,

mas ela não lhe é transparente. Com a psicanálise o sujeito

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se coloca como tendo opacidade: ele não é transparente nem

para si mesmo”. Dias e Gomes (2005, p. 110) bem acentuam

que “os estudos discursivos opõem-se à concepção de língua

como um sistema autônomo, proposta por Saussure,

buscando (re)introduzir a noção de sujeito e a de situação de

produção”. Observe-se também que o conceito de

materialismo histórico advindo do Marxismo possibilita

relacionar a língua com a história na produção de sentido

(DIAS e GOMES, 2005, p. 110) e também constitui-se num

dos pilares do Método Histórico-crítico adotado pelas DCE‟s

paranaense. Tem-se então a disseminação dos estudos

discursivos que aponta como objeto de estudo da linguística o

discurso e todos os seus desdobramentos e a linguagem

passa a ser vista como “interação, um modo de produção

social” (Dias e Gomes; 2005, p. 111).

19 – O que são gêneros textuais?

Gêneros textuais, segundo Bakhtin (2006, p.279) “são

tipos relativamente estáveis de enunciados que cada esfera

de utilização da língua elabora e é usado pelos sujeitos reais”.

Costa Hübes (2007, p.13) ressalta que: “cada esfera social

(jurídica, familiar, literária, jornalística, Científica, entre outras)

tem um discurso que lhe é próprio e que a representa nas

diferentes situações discursivas. Esses discursos, por sua

vez, concretizam-se em textos socialmente construídos,

denominados por Bakhtin (1992) de Gêneros do discurso e

por Bronckart (2003) de gêneros textuais.” Muitos autores

propuseram suas teorias que por vezes adotam os conceitos

de Bakhtin e alguns estabelecem conceitos diferenciados,

principalmente no que diz respeito à terminologia. Ora temos

gêneros do discurso, ora temos gêneros de texto, ou ainda

tipos textuais ou sequências textuais, contudo, a essência é a

mesma. Já Marcuschi (2003, p.22) define gêneros textuais

como sendo: “uma noção propositadamente vaga para definir

os textos materializados que encontramos em nossa vida

diária e que apresentam características sócio comunicativas

definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e

composição característica”.

Os gêneros textuais, por revelarem a esfera social a qual

pertencem, são entidades sócio discursivas (BAKHTIN) que

se caracterizam como “eventos textuais altamente maleáveis,

dinâmicos e plásticos” (MARCUSCHI, 2002, p.19) que

cumprem funções comunicativas, cognitivas e institucionais,

sendo inúmeros em diversidade de forma. São exemplos de

Gêneros textuais: carta familiar, lista de compras, fábulas,

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biografia, artigo de opinião, lendas, seminários, cartuns,

romances, filmes, reportagens, resenha crítica, poema, rótulo,

e-mail, enfim, os gêneros textuais são inúmeros e podem ser

considerados ilimitados, pois atendem a necessidade de

comunicação das pessoas e esta está sempre em constante

evolução/mudança.

20 – O que são esferas sociais?

O indivíduo, vivendo em sociedade, passa a integrar

grupos sociais organizados dependendo diretamente das

funções e das interações que o indivíduo estabelece e

desempenha dentro dos grupos, formando, então esferas

sociais. Todas as esferas da atividade humana estão

relacionadas com a língua e a utilização da língua efetua-se

em forma de enunciados (seja oral ou escrito) que emanam

dos indivíduos, dependendo diretamente da esfera da

atividade humana a qual está inserido. Bakhtin (2006, p. 261)

explica: “Esses enunciados refletem as condições específicas

e as finalidades de cada referido campo [...] Evidentemente,

cada enunciado particular é individual, mas cada campo de

utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis

de enunciados, aos quais denominamos gêneros do

discurso”. Cada esfera possui as suas especificidades de

utilização da língua. Logo, o enunciado produzido em cada

esfera vai refletir as condições nas quais o discurso é

concebido. A esta dinâmica dá-se o nome de funcionamento

sócio interacionista da linguagem e é nesta concepção de

linguagem que entendemos os gêneros textuais.

21 – Pode-se classificar ou listar todos os gêneros

textuais?

Esta é uma questão bastante debatida. A classificação dos

Gêneros textuais, segundo Bronckart é uma tarefa difícil

devido ao fato de que nenhuma classificação teria em seu

arcabouço todos os gêneros textuais existentes e também

porque os critérios de classificação não dariam conta da

heterogeneidade de gêneros. Machado (2005, p.248)

comentando sobre os estudos de Bronckart afirma que “os

gêneros de texto nunca podem ser identificados e definidos

apenas com base em suas propriedades lingüísticas,

devendo-se abandonar qualquer projeto de identificação-

definição-classificação dos textos com base exclusivamente

em suas propriedades internas. A identificação dos tipos de

discurso e/ou dos tipos de sequências não seria suficiente

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para isso”. Mas como a própria autora ressalta não se pode

adotar exclusivamente os critérios internos do texto por não

serem suficientes para uma classificação, contudo, não se

pode “negar a sua ocorrência nos textos nem afirmar,

categoricamente, que eles não precisam ser ensinados e

aprendidos ou que seja inútil desenvolver pesquisas que os

tomem como objeto”.

22 – Gêneros textuais e tipos textuais são a mesma

coisa?

Os gêneros textuais, tal como Marcuschi (2003, p.23-

24) afirma “são os textos materializados que encontramos em

nossa vida diária e que apresentam características sócio

comunicativas definidas por conteúdos, propriedades

funcionais, estilo e composição característica, sendo

inúmeras as sua ocorrências” diferenciando-se, portanto dos

tipos textuais que são categorias teóricas determinadas por

aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal,

sendo sua classificação limitada por propriedades linguísticas

intrínsecas em: narração, argumentação, dissertação,

descrição, injunção e exposição. Observando-se a

diversidade inesgotável e suas múltiplas possibilidades de

organização, os gêneros textuais podem misturar-se em um

mesmo texto, porém quanto ao tipo textual, prevalecerá

aquele cujas características predominarem no texto. Já o

gênero textual será determinado pela função social, seu

conteúdo temático, o suporte que é veiculado e sua esfera de

circulação.

23 – Como trabalhar o discurso como prática social nas

aulas de LEM?

Através de procedimentos metodológicos próprios que

tenham como objetivo a compreensão dos gêneros textuais

escritos e/ou orais. Dolz e Schneuwly (2010, p. 82) defendem

que é necessário “dar prioridade ao funcionamento

comunicativo dos alunos” e propõem a sequência didática

como sendo uma estratégia de ensino que trabalha os

gêneros textuais. Outra proposta é a Análise de textos

proposta por Bronckart e outros que se baseia em um gênero

textual já produzido, identificando características de

produção, circulação e elementos discursivos.

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24 – Por que utilizar a sequência didática como

procedimento metodológico nas aulas de LEM?

A finalidade primeira da sequência didática é fornecer

condições para que o aluno domine um gênero de texto,

permitindo que possa falar ou escrever de uma maneira mais

adequada em uma determinada situação de comunicação.

Para tanto faz-se necessário trabalhar os gêneros que o

aluno apresenta maior dificuldade ou que envolvam práticas

de linguagem novas. Dolz e Schneuwly (2010, p. 83)

comentam: “O trabalho escolar será realizado,

evidentemente, sobre gêneros que o aluno não domina ou o

faz de maneira insuficiente; sobre aqueles dificilmente

acessíveis, espontaneamente, pela maioria dos alunos; e

sobre gêneros públicos e não públicos” e acrescentam que as

sequências didáticas têm como objetivo “dar acesso aos

alunos a práticas de linguagem novas ou dificilmente

domináveis”.

25 – Em que o estudos do gêneros textuais através de

sequencias didáticas pode contribuir para o ensino de

LEM?

As sequências didáticas, podem contribuir para o

desenvolvimento das habilidades orais e escritas dos alunos

quando bem planejadas e trabalhadas segundo os

procedimentos a elas relativos. Dolz e Schneuwly (2010, p.

43) afirmam que: “elas buscam confrontar os alunos com

práticas de linguagem historicamente construídas, os gêneros

textuais, para lhes dar a possibilidade de reconstruí-las e

delas se apropriarem” e estabelecem três fatores primordiais

para que a reconstrução se realize: “as especificidades das

práticas de linguagem que são objeto de aprendizagem, as

capacidades de linguagem dos aprendizes e as estratégias

de ensino propostas pela sequência didática”. Desta forma,

para que o aluno possa reconstruir (dominar) um gênero

textual de forma eficaz é necessário que três fatores ocorram

de forma ordenada e sistematizada e/ou desenvolvidas: as

práticas de linguagem, as capacidades de linguagem dos

aprendizes e as estratégias de ensino.

26 – Na proposta da SD, o que são práticas de

linguagem?

As práticas de linguagem são resultantes das

”aquisições acumuladas pelos grupos sociais no curso da

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história” e é através delas que as significações são

construídas e se formam os gêneros textuais. Schneuwly

entende gênero como sendo um instrumento do qual o

indivíduo se vale para agir em situações de linguagem. A

escola por sua vez também se utiliza dos gêneros; pois, como

afirmam Dolz e Schneuwly (2010, p. 44): “eles constituem o

instrumento de mediação de toda estratégia de ensino e o

material de trabalho, necessário e inesgotável, para o ensino

da textualidade”.

27 – O que são capacidades de linguagem?

As capacidades de linguagem são aptidões que o

aluno deve desenvolver para que seja capaz de produzir um

determinado gênero em uma situação determinada. Dolz e

Schneuwly (2010, p. 44) afirmam que cada capacidade de

linguagem “evoca as aptidões requeridas do aprendiz para a

produção de um gênero numa situação de interação

determinada” que seriam “adaptar-se às características do

contexto e do referente (capacidades de ação); mobilizar

modelos discursivos (capacidades discursivas); dominar as

operações psicolinguísticas e as unidades linguísticas

(capacidades linguístico-discursivas)”. Assim, para produzir

um gênero textual são necessárias várias capacidades que

podem ser desenvolvidas pelo aluno com o direcionamento

do professor e é através da observação das capacidades que

o aluno já domina durante a reprodução de um gênero que o

professor irá planejar as demais intervenções didáticas no

trabalho com gêneros ainda não dominados totalmente pelos

alunos. Dolz e Schneuwly (2010, p. 66-67) comentam que “a

escola é tomada como autêntico lugar de comunicação, e as

situações escolares, como ocasiões de produção/recepção de

textos”.

28 – o que são estratégias de ensino, na perspectiva da

SD?

As estratégias de ensino são as intervenções

realizadas pelo professor para que as capacidades de

linguagem sejam desenvolvidas e as práticas de linguagem

se multipliquem a favor de promover o domínio de gêneros

textuais significativos para o aluno. Para Dolz e Schneuwly

(2010, p. 45), as estratégias de ensino “supõem a busca de

intervenções no meio escolar que favoreçam a mudança e a

promoção dos alunos a uma melhor mestria dos gêneros e

das situações de comunicação que lhes correspondem”

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através de ações que forneçam ao aluno instrumentos

necessários para progredir. Observe-se que existem

atividades comunicativas complexas e que o aluno pode não

estar apto para desenvolvê-las sozinho. Nestes casos é

necessário decompor as atividades em partes menores a fim

de fornecer ao aluno a condições de compreender as

particularidades e chegar ao todo mais complexo. Isto é o que

a sequência didática promove.

29 - O que são gêneros escolares e para que se

destinam?

São gêneros específicos da escola, pois são gerados

dentro do contexto escolar pelas situações de comunicação

que lhe são inerentes, uma vez que são produzidos dentro da

esfera escolar. São os gêneros escolares que não são

descritos ou ensinados, mas existem decorrentes das práticas

de linguagem. Dolz e Schneuwly (2010, p.67) exemplificam

esses gêneros escolares: o texto livre, o seminário, as

correspondências escolares, o jornal de classe, os romances

coletivos, os poemas individuais, podendo-se exemplificar

ainda a prova oral, os speechs, a matrícula, a transferência, a

declaração de vaga entre outros.

30 – Qual é a proposta de trabalho com SD apontada por

Dolz e Schneuwly?

Para que a SD cumpra seu papel, é preciso observar

sua estrutura de base, que poderá ser adaptada conforme as

especificidades do gênero e da disciplina. Dolz e Schneuwly

(2010, p. 45) propõem uma sequência de base assim

formulada:

Entendendo-se que a apresentação da situação é a

descrição detalhada da tarefa a ser realizada, ou seja, propor

a produção oral ou escrita de um determinado gênero textual.

Neste primeiro passo os alunos farão uma tentativa de

realização do gênero. O professor deverá apresentar um

problema de comunicação claramente definido, é o que Dolz

e Schneuwly (2010, p. 84) chamam de “projeto coletivo de

produção de um gênero oral ou escrito”.

A primeira produção, no entanto, não necessita ser completa,

pode ser parcial e demonstrará tanto para o professor quanto

Apresentação da situação – Produção inicial – Módulo 1 – Módulo 2

– Módulo n – Produção Final

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para o aluno quais são as capacidades que o educando já

domina e quais necessitam da intervenção do professor. . A

primeira produção é um ensaio, uma simulação do que está

por vir. É nesta fase que o professor observará como deverá

proceder nos módulos que se seguirão e é aqui também que

poderá colher elementos para a avaliação formativa que

estará realizando durante todo o processo da SD.

Os módulos são a decomposição do gênero que se está

abordando. Trabalham-se os problemas apresentados na

produção inicial de forma a se trabalhar cada uma das

capacidades deficitárias do aluno. Particularizando-se os

problemas a serem trabalhados dentro dos módulos, Dolz e

Schneuwly (2010, p. 88) recomendam que o professor

desenvolva atividades que ajudem o aluno a formar uma

representação mental da situação de comunicação (para

quem se escreve o texto, com que finalidade, escrever como

autor, locutor, narrador, etc).

E por fim, realizar uma lista de constatações sobre o gênero

que se está trabalhando, que seria o registro dos

conhecimentos adquiridos sobre o gênero durante a

realização de todos os módulos anteriores, envolvendo desde

um vocabulário técnico até regras de elaboração do texto.

Na produção final o aluno colocará em prática todo o

conhecimento que adquiriu nos módulos sobre o gênero

trabalhado. È a finalização da SD e o momento no qual o

professor poderá realizar uma avaliação somativa,

recorrendo, se quiser, à lista de constatações sobre o gênero

e que deverão estar presentes na produção final.

31 – Quando trabalhar questões gramaticais, sintáticas e

ortográficas?

A proposta metodológica de trabalhar com gêneros não

exclui a gramática, a sintaxe e a ortografia. Continua sendo

necessário trabalhar essas questões. Na realização dos

módulos, são propostas muitas atividades de observação, de

manipulação e de análise de unidades linguísticas, nas quais

são trabalhadas estruturas pertinentes ao gênero, mas não

abarcam a totalidade das capacidades necessárias para o

domínio da língua, que requerem conhecimentos subjacentes

ao texto. Logo, como esclarecem Dolz e Schneuwly (2010, p.

97) “é essencial reservar tempo para um ensino específico de

gramática, no qual o objeto principal das tarefas de

observação e de manipulação é o funcionamento da língua”.

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32 – Quais os passos para se realizar uma Sequência

Didática proposta por este Caderno Temático para

Reflexão?

Costa Hübes, adaptando a metodologia da SD, propõe

um encaminhamento diferenciado que poderá ser adotado

pelos professores de língua Inglesa, pois partem da

observação e análise do gênero para posterior produção.

Observem-se os passos propostos por Costa Hübes (2007,

p.17): “1) apresentação de uma situação (motivo para se falar

ou escrever); 2) seleção do gênero textual; 3) reconhecimento

do gênero selecionado; 4) produção do gênero trabalhado e

reescrita e 5) circulação do gênero”.

Com relação ao terceiro passo, ou seja, o

reconhecimento do gênero selecionado, Costa Hübes (2007,

p.17) propõe o seguinte encaminhamento:

“a) Pesquisa sobre o gênero;

b)Leitura de textos do gênero selecionado para análise:

-de sua função social,

-de seu conteúdo temático

c) Seleção de um texto do gênero para análise:

-de sua função social,

-de seu conteúdo temático,

-de sua estrutura composicional,

-de seu estilo (análise linguística)”.

Feito isso, ocorre a produção do texto inicial, para depois

passar pelos módulos e, como penúltimo passo, a reescrita.

Finalizando a SD, Costa Hübes (2007, p.18) estabelece a

necessidade da efetiva circulação do gênero produzido pelo

aluno: “consideramos esta fase da SD a mais importante, pois

é quando se concretiza a proposta inicial, provando ao aluno

a funcionalidade da língua ou situações reais de uso”.

33 – Em que diferem a proposta de Dolz e Schneuwly da

proposta de Costa Hübes com relação aos passos da

SD?

Os passos para uma SD de Costa Hübes diferem da

proposta de Dolz e Schneuwly porque propõe o contato com

o gênero tal como ele circula na sociedade antes da produção

inicial e também quando é proposto o quinto passo que é a

efetiva circulação do gênero.

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34 – Por que o gênero textual produzido pelo aluno deve

circular obrigatoriamente em pelo menos uma das

esferas a qual pertence?

Costa Hübes defende a circulação obrigatória do

gênero; pois, o que quer que seja produzido deverá,

obrigatoriamente circular por qualquer uma das esferas na

qual o aluno estiver inserido. Não se pode simplesmente

produzir um gênero para que professor corrija e dê nota. Este

tipo de situação é totalmente inadmissível pela teoria aqui

apresentada, pois fundamenta-se em situações reais de uso

da língua, em situações verdadeiras de comunicação com o

outro e não mera reprodução de gêneros tal como se fazia no

passado. O gênero deve fazer sentido para o aluno, deve ser

significativo e prático.

35 – Quais são os passos da Análise de texto, proposto

por este Caderno Temático para Reflexão?

Adaptados a partir de uma proposta de Costa Hübes

(2007, p.15,) propõem-se os seguintes passos para se

proceder a análise de um texto :

1) análise do mundo físico, respondendo às perguntas:

a) Quem produziu o texto? (Quem é o emissor?);

b) Para quem o texto foi produzido? (Quem é o

receptor);

c) Onde o texto foi produzido? (Lugar físico em que o

texto é produzido);

d) Quando o texto foi produzido?

e) Qual é o gênero do texto? (se os alunos já o

identificaram anteriormente);

2) Análise do mundo social e subjetivo, respondendo às

perguntas:

a) Em qual instituição o texto foi produzido? (lugar

social: escola, família, mídia, jornal, etc.);

b) Qual é a posição social do autor do texto? (papel

social que desempenha na interação em curso:

aluno, professor, jornalista, escritor, etc.);

c) Qual é a posição social do receptor do texto? (papel

social atribuído ao receptor do texto: aluno, amigo,

irmão, sócio de um clube, fãs de um time de

futebol, etc.);

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d) Qual o objetivo que o autor pretende atingir com o

texto? (o efeito do texto, pretendido pelo emissor);

e) A qual esfera social pertence o texto? (receptores

em potencial)

f) Há a influência de outros textos e/ou outras culturas

presentes no texto?

3) Análise linguística: A análise linguística deverá ser

desenvolvida de acordo com o nível de aprendizado da

série. Observar-se-á, também, entre outros fatores a

variedade linguística (formal ou informal) e a

predominância da tipologia do texto.

36 – O que é análise linguística?

Geraldi (apud, COSTA HÜBES, 2007, p. 15) explica o

que é a análise linguística: a análise linguística inclui tanto o

trabalho sobre as questões tradicionais da gramática quanto

questões amplas a propósito do texto, entre as quais vale a

pena citar: coesão e coerência internas do texto; adequação

do texto aos objetivos pretendidos; análise dos recursos

expressivos utilizados [...]; organização e inclusão de

informações, etc”.

37 – Qual dos dois procedimentos metodológicos

apresentados o professor de LEM deve utilizar em suas

aulas?

O professor de LEM poderá, então, lançar mão do

procedimento metodológico que julgar mais adequado para

realizar o trabalho com gêneros textuais, ressaltando-se as

especificidades de cada um dos procedimentos. Note-se que

a análise de texto que ora é proposta, destina-se ao trabalho

com gêneros escolhidos e apresentados aos alunos pelo

próprio professor, uma vez que a SD volta-se para o

reconhecimento das características do gênero e consequente

produção do mesmo. Aqui, na análise de textos, depare-se

com o texto já produzido, partindo-se então para o

reconhecimento de suas características, buscando identificar

o gênero a qual pertence, além das especificidades da própria

análise.

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Proposta de Avaliação

A avaliação da intervenção pedagógica na escola

ocorrerá na quarta etapa do projeto e envolverá a avaliação

do caderno temático para reflexão pelos professores e

avaliação dos resultados obtidos com a aplicação dos

procedimentos metodológicos propostos, bem como da

recepção dos procedimentos pelos alunos. Será perquirido

aos professores envolvidos, as especificidades de cada

procedimento quanto às habilidades de leitura, interpretação

e produção textual, analisando-se qual deles atende melhor à

habilidade que se pretende desenvolver.

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