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TEORIA DAS
ESTRUTURAS I
Parte 2
Notas de Aula – CIV208
Ricardo Azoubel da Mota Silveira
Colaboração: A ndréa R egina D ias da Silva
Departamento de Engenharia Civil
Escola de Minas
Universidade Federal de Ouro Preto
2008
SUMÁRIO
1. Treliças Isostáticas
1.1. Aplicações ..................................................................................................... 1
1.2. Tipos .............................................................................................................. 2
1.3. Definição ........................................................................................................ 3
1.4. Considerações de Projeto ............................................................................... 3
1.5. Classificação .................................................................................................. 4
1.6. Grau de Indeterminação ................................................................................ 5
1.7. Estabilidade ................................................................................................... 6
1.8. Observações Importantes .............................................................................. 7
1.9. Análise e Métodos de Resolução ................................................................... 8
1.10. Treliças Compostas ..................................................................................... 16
1.11. Treliças Complexas ...................................................................................... 20
1.12. Treliças de Altura Constante ........................................................................ 25
2. Grelhas Isostáticas
2.1. Introdução .................................................................................................... 35
2.2. Aplicações ................................................................................................... 36
2.3. Definição ...................................................................................................... 38
2.4. Observações ................................................................................................ 38
2.5. Grelha Engastada-Livre ............................................................................... 40
2.6. Grelha Isostática Triapoiada ........................................................................ 41
2.7. Viga Balcão .................................................................................................. 42
Referências Bibliográficas ................................................................................. 43
1. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS1. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Teoria das Estruturas I 1
1.1. APLICAÇÕES
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Teoria das Estruturas I 2
1.2. TIPOS
1. As barras são conectadas através de juntas idealizadas como rotuladas.
2. O carregamento externo é aplicado apenas nas juntas (pontos nodais).
Tensões principais ► Esforço Normal
Tensões secundárias ► Momento Fletor
Teoria das Estruturas I 3
1.3. DEFINIÇÃO
1.4. CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
São estruturas reticuladas indeformadas, constituídas de barras retas com
extremidades rotuladas formando malhas triangulares.
2
500 NB
1
2
3
Barras (elementos, membros): 1
2
3
Pontos nodais: A, B e C
A C
A
gusset plate
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
1. Treliças Simples
2. Treliças Compostas
Teoria das Estruturas I 4
1.5. CLASSIFICAÇÃO
Tipo 1Tipo 2
simple
trusses
simple
trusses
Tipo 3
secondary simple
trussessecondary
simple trusses secondary
simple trusses
main simple trusses
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
3. Treliças Complexas
Número de incógnitas: número de barras (b) + número de reações (r)
Número de equações (para cada nó j):
xF 0=∑
yF 0=∑
b r 2 j+ =
b r 2 j+ >
: Estaticamente Determinada (Treliça isostática)
: Estaticamente Indeterminada (Treliça hiperestática)
Portanto,
Teoria das Estruturas I 5
1.6. GRAU DE INDETERMINAÇÃO
1.7. ESTABILIDADE
Se b r 2 j+ < : Treliça Instável (Treliça hipostática)
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
1. Estabilidade Externa
Situações de Instabilidade (externamente instável)Situações de Instabilidade (externamente instável)
2. Estabilidade Interna
Situação de Estabilidade (estabilidade interna)
Situação de Instabilidade (instabilidade interna)
Teoria das Estruturas I 6
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Treliça composta
Situação de Estabilidade (estabilidade interna)
Treliça complexa
Situação de Instabilidade (instabilidade interna)
Portanto,
Teoria das Estruturas I 7
1.8. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Se : Treliça instável.
Se b r 2 j+ ≥ : Treliça instável se as reações de apoio são concorrentes
ou paralelas, ou se os componentes da treliça formam um
mecanismo de colapso.
b r 2 j+ <
a. Todo sistema reticulado deformável é instável (hipostático). Todo sistema
indeformável é estável (isostático ou hiperestático).
b. Treliças isostáticas com cargas fora dos nós não são treliças ideais.
c. Qualquer sistema reticulado constituído por um polígono fechado rotulado em
seus vértices é deformável (e, portanto, hipostático), exceto o caso do triângulo.
d. Lei de Formação das Treliças Isostáticas:
e. Outro tipo de treliça isostática é a treliça triarticulada (ver figura abaixo).e. Outro tipo de treliça isostática é a treliça triarticulada (ver figura abaixo).
f. As treliças são geralmente de madeira ou de aço. Esses materiais suportam bem os
esforços de tração e compressão.
g. Na prática, a grande maioria das treliças é ISOSTÁTICA.
Teoria das Estruturas I 8
1.9. ANÁLISE E MÉTODOS DE RESOLUÇÃO
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Uma treliça biapoiada constituída por 3 barras formando um triângulo é
isostática. Se, a partir dessa configuração básica, acrescentarmos novos nós
através de duas novas barras, essa nova treliça será ainda isostática. Isto
porque surgem duas novas incógnitas no problema, simultaneamente ao
acréscimo de duas novas equações de equilíbrio ao sistema.
Análise de uma treliça
Métodos de Resolução:
Análise de uma treliça
Avaliação dos esforços normais nas barras e reações de apoio.
1. Método do equilíbrio dos nós
2. Método das seções (Método de Ritter)
3. Método de Cremona
1. Método do equilíbrio dos nós
a) Idéia Básica dos Métodos de Resolução
2. Método das seções (Método de Ritter)
Teoria das Estruturas I 9
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
A
B C D
EFG2 m2 m 2 m
2 m
a
a
2 m2 m 2 m
1000 N
2 m 2 m
C
2 m2 m
G2 m
C
FGC
FGF
FGF
FGC
FBC FBC
Dy
Dx
Ex
45O
45O
1000 N
500 N
45
B
500 N
B
FBA
FBC
500 N
45O
(tração)
(compressão)
FBC(compressão)
FBA(tração)
45O
BA
C45O
2 m
2 m
G
3. Método de Cremona
1
23
4
56
7 8 9
3P
3P
HA = 3P
VA = 2P VD = P
a
A
B C
D
E F
VA = 2Pa a a
(Nó A)
VA = 2P
HA = 3P
N7
N2
(Nó E)
N3
N2
N1
(Nó B)
N4
N3
N7 N8
N5
N4
N1
N6
3P
(Nó F)
N6
N9
VD = P
(Nó D)
Teoria das Estruturas I 10
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
i. As seções de Ritter não precisam ser retas, elas podem ter formas quaisquer.
Porém, devem ser contínuas e atravessar toda a treliça.
ii. Deve-se escolher seções de Ritter que interceptem três barras não paralelas e
não concorrentes no mesmo ponto. Podem ocorrer, entretanto, seções de Ritter
que interceptem mais de três barras e a partir das quais seja possível determinar
os esforços normais em alguma(s) das barras.
iii. O Método de Ritter se presta admiravelmente ao cálculo das treliças de altura
constante, fazendo-o recair até no cálculo de uma viga de substituição, quando o
carregamento é vertical.
3P
2P
N2
N7
A
(Nó A)
N2
N1 E
B
N8 N7
N4 N3
(Nó B)
FN1 3P
N6
N9
P
D
(Nó D)
N2
N3
(Nó E)
N4 N6
N5
(Nó F)
Problema 1: Pede-se avaliar as forças em cada membro da treliça abaixo.
Defina também se essas forças são de tração ou compressão.
b) Aplicações
1. Método do equilíbrio dos nós
Teoria das Estruturas I 11
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
2 KN
3 m
A
3 m 3 m
B C
D
E
F
G
30O 60O 60O 60O 60O 30O
3 KN3 KN
Problema 2 : Pede-se avaliar as forças em cada membro da treliça abaixo.
Defina também se essas forças são de tração ou compressão.
As reações são dadas.
Problema 1: Pede-se indicar aqueles membros da treliça abaixo que possuem
esforço normal nulo.
Característica: Elementos com Esforço Normal Nulo
Teoria das Estruturas I 12
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
175 lb
200 lb
B
C
D
10 ft 10 ft
A E
F
30O 30O
45O45O
60O 60O
Ax = 141.4 lb
Ay = 125.4 lb Ey = 191.0 lb
B C
A
B C
DE
P
Solução:
1. Ponto nodal C 2. Ponto nodal A1. Ponto nodal C 2. Ponto nodal A
x CB
y CD
F 0; F 0
F 0; F 0
+← = =
+ ↓ = =
∑
∑
y AB AB
x AE AE
F 0; F sen 0 F 0 (sen 0)
F 0; -F 0 0 F 0+
+ ↑ = θ = ∴ = θ ≠
→ = + = ∴ =
∑
∑
Problema 2: Pede-se indicar aqueles membros da treliça abaixo que possuem
esforço normal nulo.
Solução:
1. Ponto nodal D 2. Ponto nodal F
y DFF 0; F 0+
= =∑↙ y CF CFF 0; F sen 0 0 F 0 (sen 0)+ ↑ = θ + = ∴ = θ ≠∑
Teoria das Estruturas I 13
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
B
C
D
P
AE
G F
Problema 3: Pede-se indicar aqueles membros da treliça abaixo que possuem
esforço normal nulo.
Problema 1: Pede-se avaliar o esforço normal nas barras BC, GC e GF da
treliça abaixo. Defina se esses esforços são de tração ou
compressão.
2. Método das seções (Método de Ritter)
Teoria das Estruturas I 14
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
A B
C
DE
P
G F
H
B C Da
AEFG
2 m2 m 2 m
2 m
a
1000 N
Solução:
Estratégia 1
Estratégia 2
Problema 2: Pede-se avaliar o esforço normal nas barras CF e GC. Defina se
esses esforços são de tração ou compressão. As reações de
apoio são dadas.
Teoria das Estruturas I 15
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
1000 N
2 m
C
2 m
G2 m
FGC
FGF
FBC
45O
1000 N
2 m
2 mC
FGF
FGC
FBC
Dy
Dx
Ey
45O
G
Problema 3: Pede-se avaliar o esforço normal nas barras GF e GD. Defina se
esses esforços são de tração ou compressão. As reações de
apoio são dadas.
Solução: FGF
FGD
FCD
Formação: conexão de duas ou mais treliças simples através de barras e
pontos nodais.
Análise: aplicação de ambos os métodos (equilíbrio dos nós e seções-Ritter).
Tipo 1
• Avaliar as reações (treliça completa).• Avaliar as reações (treliça completa).
• Usar o método das seções (cortar a treliça através da
barra que faz a conexão das duas treliças simples).
• Avaliar a força nessa barra (ligação entre as trel iças).
Teoria das Estruturas I 16
1.10. TRELIÇAS COMPOSTAS
• Analisar as treliças simples usando o método do
equilíbrio dos nós.
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
4 m
3 m
Ax = 0
a
a
A
B C D
E
F
G
H
6 kN 8 kN 2 kN Ey = 7 kNAy = 9 kN
3 m 3 m 3 m 3 m
Ax = 0aB C D
simple
trusses
Tipo 2
Tipo 3
Teoria das Estruturas I 17
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
simple
trusses
secondary simple
trussessecondary
simple trusses secondary
simple trusses
main simple trusses
• Avaliar as reações (treliça completa).
• Usar o método das seções e cortar cada uma das três barras que faz a conexão
das duas treliças simples.
• Avaliar a força normal nessas barras (diagrama de corpo livre).
• Analisar as treliças simples usando o método do equilíbrio dos nós.
• Remover as treliças secundárias usando membros fictícios (linhas tracejadas)
para construir a treliça principal.
• O efeito (força) exercido pelas treliças secundárias na treliça principal é
introduzido nas juntas onde as treliças secundárias são conectadas à treliça
principal.
• Avaliar as forças nos membros fictícios (linhas tracejadas) usando o método do
equilíbrio dos nós ou seções.equilíbrio dos nós ou seções.
• Essas forças são aplicadas nas juntas das treliças secundárias e assim, usando
o método do equilíbrio dos nós, as forças nas barras das treliças secundárias
podem ser avaliadas.
Problema 1: Indique como analisar a treliça composta abaixo. As reações de apoio
são dadas.
Solução:
Passo 1: Passo 2:
Problema 2: Indique como analisar a treliça composta abaixo. As reações de apoio são
dadas.
Solução:
Passo 1: Passo 2:
Teoria das Estruturas I 18
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
2m
2m
4m
Ax = 0A
B C D
E
F
G
KJI
Ha
a
2m 2m 2m 2m
4 kN 2 kN 4 kNAy = 5 kN Ey = 5 kN
6 ft 6 ft 6 ft 6 ft
12 ft
6 ft
A B
C
D
E
F
G
Ha
a45o
45o 45o
Ax = 0
6 ft 6 ft 6 ft 6 ft 6 ft
Ay = 3 k 3 k 3 k Fy = 3 k
Problema 3: Indique como analisar a treliça composta abaixo. As reações de apoio são
dadas.
Solução:
Teoria das Estruturas I 19
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Passo 1:
Passo 2: Passo 3:Passo 3:
D
E
F
3 kN 3 kN5o
5o
5o
A
B
C
G H
Ax = 0
Ay = 4.62 kN Cy = 4.62 kN
45o
6 m 6 m
5
5o
5o
A
E
F
G
3 kN
1.5 kN
1.5 kN
FAE
FAE
C
E
F
G
3 kN1.5 kN
1.5 kN FEC
FEC
Formação: Sua lei de formação não se enquadra nos casos das treliças simples ou
compostas.
Análise: Método do Equilíbrio dos Nós.
Procedimentos
a. Computacional:
� Escrever as equações de equilíbrio para cada ponto nodal (junta).
b. Manual:
� Treliças complexas pequenas (GI baixo).
Procedimento de Análise: MANUAL
� Determinar as reações de apoio.
� Começar a imaginar como a treliça poderia ser analisada pelo método do
equilíbrio dos nós.
� Se numa determinada junta existem 3 incógnitas, remova um dos membros
e o substitua por um membro imaginário introduzido em outro lugar na
treliça.
Etapa 1
treliça.
Treliça ModificadaTreliça Original
Teoria das Estruturas I 20
� Resolver o sistema de equações resultante: A N = B.
� Idéia da superposição do efeitos.
1.11. TRELIÇAS COMPLEXAS
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
� Introduzir o carregamento externo na treliça modificada.
� Avaliar, através do método do equilíbrio dos nós, os esforços normais Si’ em
cada membro i.
� Na treliça exemplo:
Etapa 2
Treliça Modificada
' 'AB AF
' 'FE FC
' 'DE DC
' 'EB EC
'BC
Junta A : S e S
Junta F : S e S
Junta D : S e S (ambos são nulos)
Junta E : S e S
Junta B : S
� Retirar o carregamento externo na treliça modificada.
� Introduzir cargas unitárias colineares na treliça modificada nas duas juntas
que definiam o membro que foi retirado.
� Resolver a treliça modificada para esse carregamento (avaliar, através do
método do equilíbrio dos nós, os esforços normais si em cada membro i).
� Na treliça exemplo:
Etapa 3
AB AF
FE FC
DE DC
EB EC
BC
Junta A : s e s
Junta F : s e s
Junta D : s e s
Junta E : s e s
Junta B : s
Treliça Modificada
Teoria das Estruturas I 21
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
� Combinar os efeitos dos dois carregamentos (superposição dos efeitos):
'i i iS S x s= +
'' iS
S S x s 0 x= + = ∴ = −
Etapa 4
� Determinação de x (para o membro i de substituição empregado):
' ii i i
i
SS S x s 0 x
s= + = ∴ = −
'' EC
EC EC ECEC
SS S x s 0 x
s= + = ∴ = −
� Na treliça exemplo (membro EC):
Problema: Determine o esforço normal de cada membro da treliça complexa
mostrada na figura abaixo. Assuma que as juntas B, F e D estão na
mesma linha horizontal. Defina também se os esforços são de tração
ou compressão.
Teoria das Estruturas I 22
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
C
5 k
A
B D
E
F
8 ft
3 ft
4 ft
45o 45o
Solução:
Etapa 1
� Introduzir o carregamento externo na treliça modificada.
� Avaliar os esforços normais Si’ em cada membro i.
' 'CB CD
' 'FA FE
' 'EB ED
' 'DA DB
'BA
Junta C : S e S
Junta F : S e S (ambos são nulos)
Junta E : S e S
Junta D : S e S
Junta B : S
Etapa 2:
Membro 'Membro
CBCDFAFEEBEDDADBBA
3.54-3.54
000
-4.385.34-2.502.50
'iS
Teoria das Estruturas I 23
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
� Determinar as reações de apoio.
� Remover um dos membros e empregar um membro imaginário
introduzido em outro lugar na treliça.
C
5 k
C
5 k
A
B D
E
F
8 ft
3 ft
4 ft
45o 45o
A
B D
E
45o 45o
5 k
4.38 k 4.38 k
CB CD
FA FE
EB ED
Junta C : s e s
Junta F : s e s
Junta E : s e s
Etapa 3:
EB ED
DA DB
BA
Junta E : s e s
Junta D : s e s
Junta B : s
Membro si
CBCDFAFEEBEDDADBBA
-0.707-0.7070.8330.833-0.712-0.250-0.712-1.167-0.250
'i i iS S x s= +
'DB DB DBS S x s 0= + = ∴
Etapa 4:
� Combinar os efeitos dos dois carregamentos (superposição dos efeitos):
em que x é uma incógnita
DB DB DB
'DB
DB
S S x s 0
S ( 2.5)x
s 1.167
x 2.142
= + = ∴
−= − = − ∴
=
Membro si x si Si
CBCDFAFEEBEDDADBBA
3.54-3.54
000
-4.385.34-2.502.50
-0.707-0.7070.8330.833-0.712-0.250-0.7121.167-0.250
-1.51-1.511.781.78-1.53-0.536-1.522.50
-0535
2.02 (T)5.05 (C)1.78 (T)1.78 (T)1.53 (C)4.91 (C)3.81 (T)
01.96 (T)
'iS
Teoria das Estruturas I 24
.
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
� Na treliça modificada, introduzir cargas unitárias colineares nas duas
juntas que definiam o membro que foi retirado.
� Resolver a treliça modificada para esse carregamento.
D
C
BF
1 k
1 k
A E
DB
� Determinar x (para o membro DB de substituição empregado):
Tipos:
Análise: Viga de Substituição
Treliça com uma Treliça com uma
diagonal por painel
Treliça com duas diagonais por painel
(Vigas Hässler)
1. Treliça com uma diagonal por painel
Idéia básica: Viga de Substituição
a. Barras Horizontais (inferiores e superiores)
b. Barras Diagonais
c. Barras Verticais
Análise
P1 P2 P3P4 P5 P6 P7 P8
S1S2
O1 O2 O3D E F G H I J K
V0 V1 V2V3 V4 V5
V6 V7D2D1 D3
VA VB
S1S2
h
AB C
A
A’
C D E F GB
B’ C’O1 O2 O3
U1 U2 U3
2t 2t 2t 2t 2t
V3
V0i
V0s V1
sV2
s
V1i
V2i
D1s
D1i
D2s
D2i
D3s
D3i
P1 P2 P3P4 P5 P6 P7 P8
S1S2
O1 O2 O3D E F G H I J K
V0 V1 V2V3 V4 V5
V6 V7D2D1 D3
VA VB
S1S2
h
AB C
P1 P2 P3P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i j k
Teoria das Estruturas I 25
1.12. TRELIÇAS DE ALTURA CONSTANTE
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
a. Barras Horizontais (inferiores)
Avaliação de U3: G A 1 2 3 3
A 1 2 33
M 0 V 3d P 3d P 2d P d U h 0
V 3d P 3d P 2d P dU
h
= ⇒ − − − − = ∴
− − −=
∑
Momento fletor na seção g (Viga de Substituição): g A 1 2 3M V 3d P 3d P 2d P d= − − −
Portanto: g3
MU
h= + Sinal: positivo (TRAÇÃO)
Barras Horizontais (superiores)
Avaliação de O3: F' A 1 2 3
A 1 23
M 0 V 2d P 2d P d O h 0
V 2d P 2d P dO
h
= ⇒ − − + = ∴
− −= −
∑
Momento fletor na seção f (Viga de Substituição): dPd2Pd2VM 21Af −−=
Portanto: f3
MO
h= − Sinal: negativo (COMPRESSÃO)
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i j k
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i j k
dP1 P2 P3
VA
S1
S1
U3
h
A
D E
F’
G
d d
D3
O3
ϕ
F
Teoria das Estruturas I 26
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
b. Barras Diagonais
Avaliação de D : F 0 V P P P D sen 0= ⇒ − − − + ϕ = ∴∑Avaliação de D3: Y A 1 2 3 3A 1 2 3
3F 0 V P P P D sen 0 V P P PD
sen= ⇒ − − − + ϕ = ∴
− − −= −
ϕ∑
Esforço cortante no trecho f-g
(Viga de Substituição):
321Agf PPPVQ −−−=−
Portanto: f g3
QD
sen−= −ϕ Caso Geral:
Sinal: estudar cada caso
c. Barras Verticais
Avaliação de V3: Y' A 1 3 4 32 3 A 1 2 3 4F 0 V P P P P V 0 V V P P P P= ⇒ − − − − − = ∴ = − − − −∑ 3 A 1 2 3 4V V P P P P= − − − −
Esforço cortante no trecho g-h (Viga de Substituição): 4321Ahg PPPPVQ −−−−=−
Portanto: 3 g hV Q −=
Caso Geral:
Sinal: estudar cada caso
dP1 P2 P3
VA
S1
S1
U3
h
A
D E
F’
G
d d
D3
O3
ϕ
F
P1 P2 P3
VA
S2
V3
A
D E
F’
GF
P4
HS2
P1 P2 P3P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i j k
Teoria das Estruturas I 27
P1 P2 P3P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i j k
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Observação: casos de barras verticais que não é possível utilizar a Seção de Ritter
(caso de interceptar mais, ou menos, de três barras).(caso de interceptar mais, ou menos, de três barras).
V0 = VA (compressão)
V2 = P3 (compressão)
V5 = VB (compressão)
V7 = P8 (compressão)
Solução: Método do equilíbrio dos nós.
No caso:
Aplicação
Problema 1: Determine o esforço normal de cada membro da treliça (altura
constante e uma diagonal por painel) mostrada na figura abaixo. A
treliça é carregada superiormente.
2 t 2 t 2 t 2 t 2 t
3 m 3 m 3 m 3 m
h = 3 m
VA
A
F
B
K
V0 = VA
V2 = P3
P3 V5 = VB
VB V7 = PB
PB
Teoria das Estruturas I 28
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Solução 1: Viga de substituição:
h
MU g
3 +=
Fórmulas:
h3
hM
O f3 −=
erceptadointtrechoQV =
erceptadointtrechoQsen
1D
ϕ=
Problema 2: Obter os esforços normais para as barras da treliça-marquise da figura
a seguir.
Teoria das Estruturas I 29
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
2 t2 t 2 t 2 t 2 t
5 t 5 t
DMF
9 mt 9 mt12 mt
3 t 3 t
1 t1 t
1 t 1 t
3 t 3 t
+
-
DMF
DEC
h = 3 m
A
A
B C D E
V1
U U U U
O4O3O2O1
V2V3 V4 D4
D3
D2D1
S1S2
4 m 4 m 4 m 4 m
AU1 U2 U3 U4
S1
S2
3t 3t 3t 3t
ϕ
2. Treliça com Duas Diagonais por Painel (Treliça de Hässler)
Idéia básica: Viga de SubstituiçãoIdéia básica: Viga de Substituição
a. Barras Horizontais (inferiores e superiores)
b. Barras Diagonais
c. Barras Verticais
Análise
2 t 2 t 2 t 2 t 2 t
C D E F G H I J
h
2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m
A B
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
V3
S1
S1S2
S2
h/2
AB
C D E F G H I J
h/2
D3s
D3i
ϕ
ϕ
U3
O3
V2i
V2s
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i jc
Teoria das Estruturas I 30
Problema 3: A figura abaixo representa uma treliça de altura constante. Porém,
estão faltando as diagonais (uma em cada painel).
Pede-se:
a. Dispor as diagonais para que, com o carregamento indicado,
trabalhem todas a tração.
b. Calcular a menor altura h, de modo que o maior esforço normal
atuante nas barras horizontais não ultrapasse, em módulo, o
valor de 8 tf.valor de 8 tf.
c. Para esse valor de h, achar os esforços normais nas barras.
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
a. Barras Horizontais (inferiores)
Avaliação de U3: E A 1 32M 0 V 2d P 2d P d U h 0= ⇒ − − − = ∴∑Avaliação de U3: E A 1 32
A 1 23
M 0 V 2d P 2d P d U h 0
V 2d P 2d P dU
h
= ⇒ − − − = ∴
− −=
∑
dPd2Pd2VM 21Ae −−=
Portanto: e3
MU
h= + Sinal: positivo (TRAÇÃO)
b. Barras Horizontais (superiores)
Avaliação de O3: ´ A 1 2 3EM 0 V 2d P 2d P d O h 0
V 2d P 2d P d
= ⇒ − − + = ∴
− −
Portanto: e3
MO
h= − Sinal: negativo (COMPRESSÃO)
A 1 23
V 2d P 2d P dO
h− −
= −
dPd2Pd2VM 21Ae −−=
d d
VA
U3
O3
P1 P2 P3
S1
S1
V2s
V2I
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i jc
d d
VA
U3
O3
P1 P2 P3
S1
S1
V2s
V2I
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i jc
Teoria das Estruturas I 31
Momento fletor na seção e (viga de substituição):
Momento fletor na seção e (viga de substituição):
∑
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
b. Barras Diagonais
Esforço cortante no trecho e-f (Viga de Substituição): 321Afe PPPVQ −−−=−
Portanto: i s e f3 3
QD D
2sen−= =
ϕ Caso Geral:
Sinal: estudar cada casoc. Barras Verticais
Avaliação de V2i: ϕ=⇒=−ϕ⇒=∑ senDV0VsenD0F i
2i2
i2
i2Y
Esforço cortante no trecho d-e (Viga de Substituição): PPVQ −−=Esforço cortante no trecho d-e (Viga de Substituição):
Portanto:
Caso Geral:
Sinal: estudar cada caso
21Aed PPVQ −−=−
d ei2
QV
2−=
i d e2
QD
2sen−=
ϕMas a diagonal
i s i sX' 3 3 3 3F 0 D cos D cos 0 D D= ⇒ ϕ − ϕ = ⇒ =∑
i sY ' A 1 2 3 3 3
i s A 1 2 33 3
F 0 V P P P D sen D sen 0
V P P PD D
2 sen
= ⇒ − − − − ϕ − ϕ = ∴
− − −= =
ϕ
∑
VA
½ Qef
P1 P2 P3
D2
D3
D3
½ Qef
ϕ
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i jc
D2
V2
E´
½ Qde
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
VA VB
d e f g h i jc
Teoria das Estruturas I 32
i
i
i
i
s
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Avaliação de D3
se D3
i:
Avaliação de V2s:
i sY ' A 1 2 3 2 2F 0 V P P P V V 0= ⇒ − − − − − = ∴∑
s i2 A 1 2 3 2V V P P P V= − − − −
Avaliação de V3:
ϕ−ϕ=⇒=−ϕ−ϕ⇒=∑ senDsenDV0VsenDsenD0F i4
i333
i4
i3Y `
i e f3
QD
2sen−=
ϕ
( )3 e f f g1
V Q Q2 − −= −
43
PV
2= (COMPRESSÃO)
f gi4
QD
2sen−=
ϕMas e
Assim
No caso,
Caso Geral:
Sinal: estudar cada caso
VA
U3
O3
P1 P2 P3
S1
S1
V2s
V2
D3i D4
V3 = P4/2
3
A ii 1
1V P
2 =
−
∑
4
A ii 1
1V P
2 =
−
∑
Teoria das Estruturas I 33
i
i
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Observação: no caso de carregamento inferior, obteríamos inicialmente pelo
equilíbrio do nó E’ e, em seguida, o valor de através da condição
∑FY = 0.
s2V
i2V
: Determine o esforço normal de cada membro da treliça de Hässler
(altura constante e duas diagonais por painel) mostrada a seguir. A
treliça é carregada inferiormente.
Problema 4
Teoria das Estruturas I 34
TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
A’ B’ C’O1 O2 O3
V3
V0i
V0s V1
s V2s
D1s
D1i
D2s
D2i
D3s
D3i
2t
2t
AC D E F G
BU1 U2 U3
2t 2t 2t 2t 2t
V0
V1i
V2i
D2 D3
2t
2t
2 t 2 t 2 t 2 t 2 t
2. GRELHAS ISOSTÁTICAS2. GRELHAS ISOSTÁTICAS
Equações da Estática:
Forças:
Momentos:
Equações da Estática:
x y zF 0; F 0; e M 0= = =∑ ∑ ∑
zF 0=∑
x
y
M 0
M 0
=
=
∑
∑
(meras identidades)
Teoria das Estruturas I 35
2.1. INTRODUÇÃO
a. Pórtico Espaciala. Pórtico Espacial
x
y
z
F 0
F 0
F 0
=
=
=
∑
∑
∑
x
y
z
M 0
M 0
M 0
=
=
=
∑
∑
∑
Forças: Momentos:
Equações da Estática:
Caso Particular: Forças numa só direção (no caso, z) e perpendiculares a um plano
(no caso, x-y).
b. Grelhas
Teoria das Estruturas I 36
GRELHAS ISOSTÁTICAS
2.2. APLICAÇÕES
Viga-Balcão
Teoria das Estruturas I 37
GRELHAS ISOSTÁTICAS
Estrutura plana submetida a carregamento perpendicular ao seu plano.
Grelhas Isostáticas: Análise através das três equações
Tipos:
2. Grelha triapoiada1. Grelha engastada-livre
zF 0,=∑ x yM 0 e M 0= =∑ ∑
2. Grelha triapoiada
3. Viga-balcão
1. Grelha engastada-livre
1. Grelha engastada-livre: as reações de apoio são calculadas pelas equações:
0Fz =∑
x
y
M 0
M 0
=
=
∑
∑
2. Grelha triapoiada: as reações de apoio podem calculadas por equações
independentes uma da outra. No exemplo abaixo:
reta BC D
reta CD B
z C
M 0 V
M 0 V
F 0 V
= ⇒
= ⇒
= ⇒
∑
∑
∑
Teoria das Estruturas I 38
2.3. DEFINIÇÃO
2.4. OBSERVAÇÕES
GRELHAS ISOSTÁTICAS
3. Conhecendo-se as reações de apoio, consegue-se obter os esforços solicitantes
atuantes numa seção genérica S da grelha.
4. Esforços solicitantes atuantes numa seção genérica S da grelha:
Q : perpendicular ao plano P da grelha
: situado no plano P da grelhaM�
6. Numa seção genérica de uma grelha podem atuar três esforços simples:
Q : esforço cortante (perpendicular ao plano da grelha)
M : momento fletor (perpendicular ao eixo da barra em questão)
T : momento torçor (direção do eixo da barra)
7. Grelha triapoiada:
• Os apoios não devem estar situados sobre uma mesma reta (caso isso
ocorra, ela será hipostática).
• A grelha deve ter, além dos três apoios perpendiculares a seu plano, pelo
menos, mais três apoios no próprio plano, que garantam estabilidade para
Teoria das Estruturas I 39
5. O momento pode ser decomposto em duas componentes:
M : momento fletor (perpendicular ao eixo da barra em questão)
T : momento torçor (direção do eixo da barra)
M�
GRELHAS ISOSTÁTICAS
carregamentos nele atuante. Veja exemplo abaixo:
Problema 1: Determine os diagramas solicitantes da grelha mostrada na figura
abaixo, cujas barras formam, em todos os nós, ângulos de 90º.
Problema 2: Determine os diagramas solicitantes da grelha engastada-livre abaixo,
em que a carga de 2 tf é perpendicular ao plano ABC.
Teoria das Estruturas I 40
2.5. GRELHA ENGASTADA-LIVRE
GRELHAS ISOSTÁTICAS
8. No caso de grelha com carregamento oblíquo ao seu plano, deve-se decompô-lo
em duas componentes: uma componente perpendicular ao seu plano (grelha) e
uma componente pertencente ao seu plano (estrutura plana).
2 t/m
3 m
1 t
B
A
C
D
3 m
3 m
2 t
C
4 m
BA
4 2 m
Grelha Estrutura plana
Problema 1: Determine os diagramas solicitantes da grelha triapoiada abaixo,
cujas barras formam, em todos os nós, ângulos de 90º.
Teoria das Estruturas I 41
Problema 2: Determine os diagramas solicitantes da grelha triapoiada abaixo, cujas
barras formam, em todos os nós, ângulos de 90º. As barras BCD e ADF
estão submetidas a um carregamento vertical de 1 tf/m de cima para
baixo e as demais estão descarregadas.
2.6. GRELHA TRIAPOIADA
GRELHAS ISOSTÁTICAS
3 t1 t
D
E
F
2 m 2 m
2 m
2 m4 t
B
A
C
VB VC
VE
5 m
B
A
C
5 m 5 m 5 m
5 m
5 m
B C
D
E
F
H
G
Problema 1: Determine os diagramas solicitantes para a viga-balcão semicircular da
figura a seguir.
Problema 2: Resolver a viga-balcão semicircular submetida a um carregamento
uniformemente distribuído q.
Teoria das Estruturas I 42
2.7. VIGA BALCÃO
GRELHAS ISOSTÁTICAS
B
90o
P
A
R
q
B90o
A
R
90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Teoria das Estruturas I 43
Gonçalves, P.B., Conceitos Básicos de Análise Estrutural, Notas de aula, Departamento
de Engenharia Civil, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2003.
Hibbeler, R.C., Structural Analysis, 7ª edição, Prentice Hall, 2008.
Soriano, H.L., Estática das Estruturas, 1ª Edição, Editora Ciência Moderna, 2007.
Süssekind, J.C., Curso de Análise Estrutural, Vol. 1, 12ª edição, Editora Globo, Porto
Alegre, 1994.