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Os custos totais de produção uma das principais preocupações dos empresários.
Como medir os custos? Como controlar os custos? Como reduzir os custos?
Ponto de partida para o estudo da organização
industrial. CT determinante das tomadas de decisões das
empresas.
O que os economistas entendem por custos?
Como os custos são medidos?
Como os custos se comportam com as mudanças
de produção da empresa?
As Decisões das Empresas
Para entender as decisões empresariais deve-se entender qual
o objetivo das empresas.
Maximixação dos Lucros
A empresa apresenta: Receita Total pela venda
dos produtos.
Custos totais pela compra de insumos
Lucro = RT – CT Receita q/excede o necessário para
cobrir os custos com a produção.
Produção
e vendas
(por dia)
Custo
Total
(CT) R$
Preço
(R$)
Receita
Total
(RT)
R$
Lucro
Total
(LT)
R$
Custo
Marginal
(CMg)
R$
Receita
Marginal
(RMg)
R$
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
10,00
15,00
18,00
20,00
21,00
23,00
26,00
30,00
35,00
41,00
48,00
56,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
0
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
55,00
-10,00
-10,00
-8,00
-5,00
-1,00
2,00
4,00
5,00
5,00
4,00
2,00
-1,00
-
5,00
3,00
2,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
-
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
Para conhecer o lucro das empresas é necessário medir a RT
e o CT
Custos explícitos pagamentos explícitos realizados
pela firma para adquirir ou contratar recursos.
Custos implícitos é o que poderia ser ganho por esses
recursos no seu melhor emprego alternativo.
Lucro Econômico (Le) ≠ Lucro Contábil (Lc)
Le = RT – (custos explícitos e custos implícitos)
Lc = RT – Custos Explícitos
Lc > Le
Suponha:
RT = R$ 900.000,00
Ce = R$ 830.000,00
Lucro contábil = RT - Ce
Lucro contábil = 900.000 – 830.000,00 = 70.000,00
Renda da qual abriu mão [Ci = 45.000 (salário)+15.000
(aluguel)+10.000(juros)= 70.000,00 ]
Lucro econômico = 900.000 – (830.000 + 70.000) = 0
É possível a firma ter um lucro contábil positivo e um lucro
econômico igual a zero – trata-se do lucro normal.
Lucro normal é a quantia mínima de lucro
necessária para manter a firma funcionando.
Significa que a empresa gerou receita suficiente
para cobrir os custos explícitos e custos implícitos.
Situações que podem ser encontradas:
a) RT > CT - lucro econômico positivo - (lucros
extraordinários)
b) RT = CT - lucro econômico zero - (lucro normal)
c) RT < CT – lucro econômico negativo – (prejuízo
econômico)
Custos de Produção em Curto e Longo
Prazos
Curto prazo
Período de tempo em que existe pelo menos um fator
de produção fixo.
Longo prazo
Período de tempo em que todos os fatores de
produção são variáveis.
Observação:
Enquanto não se verificar a lei dos rendimentos decrescentes,
o custo variável aumenta a uma taxa decrescente (a curva
tem a concavidade voltada para baixo)
Com a lei dos rendimentos decrescentes, o custo variável
passa a crescer a taxas crescentes ( a concavidade da curva é
voltada para cima).
Interpretação do Formato da Curva de
CT
A Curva de CT torna-se mais inclinada à medida
que aumenta a quantidade produzida, o que
reflete o produto marginal decrescente:
À medida que se contrata, cada trabalhador adicional
acrescenta menos à produção Produto Marginal
Decrescente (refletida pelo achatamento da função de
produção à medida que o nº de trabalhadores).
Custos Médios e Custos Marginais
Para se tomar decisões acerca do quanto produzir torna-
se importante verificar o comportamento dos custos da
empresa quando o nível de produção varia.
Para tanto, pergunta-se:
Qual é o custo da unidade padrão produzida?
Quanto custa aumentar a produção em uma unidade?
O aumento do CT decorrente do aumento de uma
unidade na quantidade produzida é chamado de Custo
Marginal (CMg).
CMg = ∆CT/∆q
CTMe, CFMe, CVMe e CMg
A curva de Custo
Marginal é
ascendente, pois
os custo marginal
das empresas
crescem com a
quantidade
produzida,
refletindo o
produto marginal
decrescente.
Curva de Custo Total Médio
Por que a curva do CTMe apresenta o formato em
U?
O CFMe sempre cai com o aumento da quantidade produzida,
pois o custo fixo vai sendo distribuído por um número maior de
unidades produzidas.
O CVMe, de forma geral, vai aumentando com o acréscimo de
produção devido ao produto marginal decrescente.
O formato em U da curva deve-se à eficiência com a qual os fatores de produção fixo e variáveis são utilizados:
1) Redução do CMe - quando a produção aumenta – a eficiência dos CFme e do CVme estão aumentando;
2) o CMe continua decrescendo - o Cvme começa a crescer, mas, o decréscimo do CFme mais do que compensa os aumentos nos Cvme;
3) quando o CMe atinge o mínimo e aumenta - o Cvme mais do que compensa a diminuição no CFme.
Relação entre CMg e CTMe e CMg e
CVMe Relação entre CMg e CTMe
Quando:
CMg < CTMe CTMe diminui
Quando:
CMg > CTMe CTMe aumenta
Corolário: a curva de CMg corta a curva de CTMe no ponto de escala eficiente.
Relação entre CMg e CVMe
Da mesma forma que na relação anterior:
Quando:
CMg < CVMe CVMe diminui
Quando:
CMg > CVMe CVMe aumenta
Custos no Curto e Longo Prazos
A curva de CTMe de LP tem uma forma bem mais
achatada do que a de CP e se situa abaixo de todas as
curvas de CP.
Isso decorre do fato de que no LP as empresas têm mais
flexibilidade.
Assim, no LP, as empresas podem escolher qual a curva
de CP que desejam operar.
Economias e Deseconomias de Escala
Em baixos níveis de produção, a empresa se beneficia do
aumento de tamanho porque pode tirar partido da
especialização e os problemas de coordenação não são
muito sérios, o que gera economias de escala.
Quando o CTMe de LP cai com o aumento da produção.
Quando os níveis de produção já estão mais elevados, os
benefícios da especialização já foram auferidos e os
problemas de coordenação se tornam mais graves, o que
pode gerar deseconomias de escala – é quando o CTMe
de LP aumenta com o aumento da produção.
No longo prazo as empresas se caracterizam,
inicialmente, por retornos crescentes de escala e, mais
tarde, por retornos decrescentes, de modo que as curvas
de custo apresentam formato em “U”.
Os custos de curto e longo prazos são relevantes na
determinação do tamanho ótimo da fábrica.