Teoria Sistêmica Noção Geral

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  • 8/16/2019 Teoria Sistêmica Noção Geral

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    Teoria Sistêmica

     A Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, a partir da

    mudança na visão de mundo, onde passou-se da concepção linear-mecanicista

    de Descartes e Neton para uma visão !olística e ecol"gica# $ termo !olístico,do grego %!olos&, totalidade, refere-se a uma compreensão da realidade em

    função de totalidades integradas, cu'as propriedades não podem ser redu(idas

    a unidades menores# )ivemos !o'e num mundo glo*almente interligado, no

    qual fen+menos *iol"gicos, psicol"gicos, sociais e am*ientais são todos

    interdependentes, intimamente interligados, sistêmicos#

     A concepção sistêmica vê o mundo em termos de relaçes e de integração# $s

    sistemas são totalidades interligadas, cu'as propriedades não podem ser reprodu(idas a unidades menores# Todo e qualquer organismo uma

    totalidade integrada e, portanto, um sistema vivo# .m*ora possamos discernir 

    suas partes individuais em qualquer sistema a nature(a do todo sempre

    diferente da mera soma de suas partes#

    $ foco da visão clínica dei/a de ser o intrapsíquico e passa para o inter-

    relacional# Surge então, a Teoria Sistêmica aplicada 0 atividade clínica#

     Alguns 1ontos 23sicos da Terapia Sistêmica

    • 4lo*alidade5 todo e qualquer sistema comporta-se como um todo

    coeso# Assim, uma mudança em uma parte do sistema provoca mudança em

    todas as outras partes e no sistema como um todo#

    • Não-somatividade5 um sistema não pode ser considerado como a

    soma de suas partes# .sse princípio definidor implica que se considere o todo,

    na sua comple/idade e organi(ação, em detrimento de suas partes# A

    comple/idade sistêmica não pode ser e/plicada a partir da soma de seus

    elementos# 6ontudo, qualquer mudança nas relaçes entre as partes

    constituintes de um sistema implica uma mudança no funcionamento do todo#

    • 6ircularidade5 a interação entre os componentes de um sistema

    manifesta-se como uma seq7ência circular, de modo que a relação entre

    quaisquer de seus elementos *ilateral# Dentro desse pressuposto de

    causalidade circular, a ordem dos fatores não altera o produto, um todo não

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    possui começo nem fim# As partes unidas de um sistema estão em relação

    circular, num circuito de retroalimentação5 cada pessoa afeta e afetada pelo

    comportamento de outra pessoa e do conte/to em que est3 inserido#

    • $*'etividade5 Tudo que visto, visto atravs de algum# .ntão

    não e/iste uma verdade 8nica# .la pode ser construída e desconstruída pelo

    grupo de o*servadores, pela família, pelo sistema terapêutico, criando-se

    espaços consensuais de inter-su*'etividade#

    • .star na relação5 o terapeuta compartil!a e/periências de sua

    pr"pria vida, com o o*'etivo de desmistificar o processo e redu(ir a distancia

    profissional, quando perce*er que isso importante para o cliente no momento#

    • Sintoma5 a idia central ver o %doente&, o mem*ro sintom3tico

    como um representante circunstancial, de alguma disfunção no sistema familiar 

    9paciente referido:# $ sintoma a e/pressão de padres inadequados de

    interação no interior da família# ; um movimento de sair do mal-estar em

    direção ao *em-estar para os mem*ros do sistema de uma situação tida como

    pro*lema#

    • 1adrão de relação5 forma de se relacionar, de interagir com as

    pessoas, com o mundo, que se modifica permanentemente na medida em que

    suas ideias, crenças, valores vão se transformando como resultado de

    intercâm*ios dial"gicos#

    • 1erguntas circulares e refle/ivas5 interligam os fatos e os

    mem*ros do sistema, ampliando a capacidade de refletir so*re si, so*re os

    outros, so*re o presente, o passado e o futuro# 1or e/emplo5 o que significa

    essa palavra para cada um de vocês<

    • =eleitura ou redefinição5 ver o pro*lema de um 'eito mais possível

    de tra*al!ar# 6ontar a mesma !ist"ria com marcaçes diferentes#

    • 6onotação positiva5 qualifica-se o esforço da família>cliente para

    alterar o pro*lema, estimulando-se sua capacidade auto-organi(adora#

    • =esponsa*ilidades do terapeuta5 constante responsa*ilidade de o

    cliente se responsa*ili(ar pelo seu processo? estar em simetria não ingênua, o

    terapeuta est3 ali para a'udar na solução do pro*lema, mas isso não o coloca

    na posição de e/pert do pro*lema do outro? acreditar na capacidade auto-

    reguladora do su'eito? tra*al!o estruturado no respeito e apreciação do outro,

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    passando a sensação de possi*ilidade e esperança# @3 um respeito tico pela

    autonomia do cliente? questionamento frequente so*re seu pr"prio pensar 

    terapêutico na aventura intermin3vel do autocon!ecimento#

    =onaldo Donatelli 6=1 BC>EFFG

    Terapeuta5 Hamiliar, 6asal, Individual#