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TEORIA SISTÊMICA Fernanda Vaz Hartmann

TEORIA SISTÊMICA Fernanda Vaz Hartmann. CONCEPÇÕES DA TEORIA SISTÊMICA A Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, a partir da mudança na

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TEORIA SISTÊMICA

Fernanda Vaz Hartmann

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CONCEPÇÕES DA TEORIA SISTÊMICA

• A Teoria Sistêmica tem suas origens na física quântica, a partir da mudança na visão de mundo, onde passou-se da concepção linear-mecanicista de Descartes e Newton para uma visão holística e ecológica. O termo holístico, do grego “holos”, totalidade, refere-se a uma compreensão da realidade em função de totalidades integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas a unidades menores. Vivemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes, intimamente interligados, sistêmicos.

• Cada evento é influenciado pelo universo todo, embora não possamos descrever essa influência em detalhe.

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• Todo e qualquer organismo é uma totalidade integrada e portanto, um sistema vivo. Embora possamos discernir suas partes individuais em qualquer sistema a natureza do todo é sempre diferente da mera soma de suas partes.

• Um outro aspecto importante reconhecido a partir do estudo dos sistemas é sua natureza intrinsecamente dinâmica.

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TEORIA SISTÊMICA E CIBERNÉTICA

• A partir do momento em que se adota uma visão de sistema, a ciência tende a não isolar os fenômenos de seus contextos, examinando unidades cada vez maiores. Sob o título comum de investigação dos sistemas, convergem os avanços de diversas especializações científicas.

• Várias disciplinas se incluem entre as “ciências dos sistemas”, entre elas e às que são relevantes neste momento, são: Teoria Geral dos Sistemas e Cibernética, uma organicista e outra mecanicista. A tendência mecanicista se relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas, tendo como teoria a Cibernética. Já a tendência organicista, partindo do princípio que um “organismo é uma coisa organizada”, trata-se de especificar as leis de funcionamento desse tipo de sistema.

• As duas tendências desenvolveram-se paralelamente, Wiener – Cibernética e Bertalanflly – Teoria Geral dos Sistemas.

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Cibernética

• A Cibernética é uma ciência que trata dos processos de comunicação e controle dos sistemas vivos e não vivos (máquinas). Ela estuda o modo como a informação circula e se organiza, bem como a forma para controlar esses processos e governá-los.

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Influências da Cibernética• Primeira Cibernética: os sistemas funcionam com uma meta, um

propósito que equivale a um equilíbrio. Interessam-se então pelo que denominam mecanismo de homeostase, que são as estratégias de ação dos sistemas e organismos para o mantenimento de sua estabilidade.

• Aplicada à clínica o conceito de homeostase negativa, advinda da Primeira Cibernética leva a idéia de que a permanência ou surgimento do sintoma é uma forma de não mudança, uma forma do sistema voltar a ser o que era antes, no sentido de auto-regulação[1] do sistema.

• Neste sentido nasce a idéia de homeostase familiar, ao se observar que os esforços psicoterapêuticos dirigidos ao membro da família que trazia o sintoma (paciente identificado) podiam ser frustrados pelo comportamento de outros membros, ou que outros membros poderiam tornar-se perturbados na medida em que o membro em tratamento melhorasse. Isso sugeria que a família é algo como um sistema estável e o sintoma existe para manter o status quo. Assim o terapeuta dedicava-se a entender os padrões de relação da família que mantinham ou alimentavam o sintoma.

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Os conceitos da cibernética aplicados na clínica

• Assim o terapeuta dedicava-se a entender os padrões de relação da família que mantinham ou alimentavam o sintoma. A idéia básica é gerar, a partir de intervenções, situações que vençam a homeostase, sua resistência a mudança e empurrar a família para outro padrão de funcionamento que não necessite a presença do sintoma.

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• Segunda Cibernética: o sintoma não é o foco, o sintoma é apenas para identificar que algo não vai bem na família, sendo o foco agora as relações e não o sintoma ou a pessoa que traz o sintoma. A pessoa com o sintoma, denomina-se como paciente identificado (P.I.), que é a pessoa que leva a família à terapia. Dentro dessa visão, não significa que o problema é do paciente identificado somente, mas sim que o problema passa por todos os membros da família. Não temos mais como modelo um sistema resistente, “paralizado” em seu movimento, mas sim um sistema que, inevitavelmente, muda para novas coerências e onde o sintoma não é mais um “mecanismo homeostático” que impede a família de mudar ou de sucumbir a uma crise, mas apresenta-se como alternativa amplificada, solução possível naquele momento, para aquele sistema.

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II Cibernética• Até então, os teóricos dos sistemas

costumavam ver a retroalimentação positiva como indesejável, associando-a à destruição do sistema. Diferentemente da primeira cibernética que se constituía como uma visão homeoSTÁTICA dos processos sistêmicos, a segunda cibernética caracterizou-se por uma visão homeoDIMÂMICA, termos cuja grafia assim cunhada por Sluzki salientam a dialética estabilidade-mudança”. (Grandesso, Marilene. 2000, p.125)

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• “Quando consideramos a intervenção terapêutica numa perspectiva sistêmica, temos de redefinir a terapia não como uma intervenção centrada num indivíduo ‘doente’, mas como um ato de participação e crescimento num grupo com uma história”. (Andolfi. M, 1996, p.87)

• “A patologia que se manifesta nele (P.I.) é a ponta do iceberg, que reflete e esconde toda uma intrincada redes de relações que existem na família (...) Na medida que aceitamos que o problema reside na interação afastamos uma explicação linear dos fenômenos, de causa e efeito, e nos aproximamos da noção de circularidade e, assim, da responsabilidade compartilhada da patologia familiar. A questão deixa de ser de um para ser de todos”. ( Groisman. M, 1991, p.26)

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Cibernética de Segunda Ordem• A velha noção de consertar uma estrutura que

apresenta um problema, não serve mais. Os problemas não estão nas famílias, mas em sua construção da realidade, em sua relação e na forma pela qual esta permite a emergência de realidades, sujeitos, crenças e sintomas.

• O interesse dos terapeutas desloca-se assim das seqüências de comportamento a serem modificadas para os processos de construção da realidade e identidade familiar, para os significados gerados no sistema.

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• A terapia transforma-se em uma rede de conversações em torno do problema e o terapeuta em um participante ativo da transformação do sistema. O terapeuta não é mais um implementador de técnicas. Ele trata de tentar criar um espaço para a conversação, busca compartilhar e acompanhar a visão de mundo trazida pela família, para co-construir realidades alternativas, novas conotações, com as quais o sistema terapêutico desenvolva novas perspectivas que não trazem em si o comportamento sintomático.

• Não se trata de solucionar problemas, mas de solucionar impasses na resolução de problemas, através da mudança de perspectiva que permita um melhor agenciamento do próprio sistema para tomada de decisões e mobilização de seu potencial auto-organizativo. A terapia introduz complexidade nas narrativas, sugere ações, que não têm caráter fundante, mas que dão lugar ao surgimento de alternativas possíveis de ação.

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• A intervenção é feita através de perguntas conversacionais, reflexivas, circulares. Perguntas que procuram explorar a influência do problema na vida da família e a influência da família na vida do problema. Investigam conexões, padrões, relações. Perguntas conversacionais, são aquelas que abrem espaço para novas perguntas e criam oportunidade para que novos significados do cliente emerjam e promovam a mudança de visão e comportamento.

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• A noção de auto-referência é fundamental, na Cibernética de Segunda Ordem, surgindo à idéia de que o observador está inserido na observação que realiza, pois aquele que descreve suas observações, descreve a respeito de si.

• (...) a incorporação dessa nova epistemologia às práticas sistêmicas implicou mudanças fundamentais no papel do terapeuta e na própria concepção da terapia. Antes de ser um interventor que opera sobre um sistema (família, casal, indivíduo, por exemplo) para mudá-lo em uma dada direção, previamente definida como ‘mais funcional’ para o sistema, o terapeuta passa a ser visto como mais um no sistema. No lugar de intervir, o terapeuta co-participa do sistema terapêutico, atuando para uma transformação co-evolucionária que conta com a surpresa e o imprevisível à medida que os sistemas produzem sua própria mudança. ”. (Grandesso, Marlene. 2000, p.131)

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Alguns Pontos Básicos da Terapia Sistêmica

• Visão de mundo e de homem: a visão de mundo é holística e/ou ecológica onde o universo é uma rede de interrelações. Nada existe se não em relação. Desse modo, o homem é parte desta rede que está em constante mudança. Nada é definitivo, tudo é relativo. Isso não inviabiliza a construção de hipóteses, porém, essas hipóteses não são vistas como verdadeiras ou falsas e podem sofrer transformações conforma mudanças na rede de interrelações

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• Globalidade: todo e qualquer sistema comporta-se como um todo coeso. Assim, uma mudança em uma parte do sistema provoca mudança em todas as outras partes e no sistema como um todo.

• Não-somatividade: um sistema não pode ser considerado como a soma de suas partes. Esse princípio definidor implica que se considere o todo, na sua complexidade e organização, em detrimento de suas partes. A complexidade sistêmica não pode ser explicada a partir da soma de seus elementos. Contudo, qualquer mudança nas relações entre as partes constituintes de um sistema implica uma mudança no funcionamento do todo.

• Circularidade: a interação entre os componentes de um sistema manifesta-se como uma seqüência circular, de modo que a relação entre quaisquer de seus elementos é bilateral. Dentro desse pressuposto de causalidade circular, a ordem dos fatores não altera o produto, um todo não possui começo nem fim. As partes unidas de um sistema estão em relação circular, num circuito de retroalimentação: cada pessoa afeta e é afetada pelo comportamento de outra pessoa e do contexto em que está inserido.

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• Objetividade entre parênteses: tudo que é visto, é visto através de alguém. Então não existe uma verdade única. Ela pode ser construída e desconstruída pelo grupo de observadores, pela família, pelo sistema terapêutico, criando-se espaços consensuais de inter-subjetividade.

• Estar na relação: o terapeuta compartilha experiências de sua própria vida, com o objetivo de desmistificar o processo e reduzir a distância profissional, quando perceber que isso é importante para o cliente no momento.

• Sintoma: a idéia central é ver o doente, o membro sintomático como um representante circustancial, de alguma disfunção no sistema familiar (paciente identificado). O sintoma é a expressão de padrões inadequados de interação no interior da família. É um movimento de sair do mal-estar em direção ao bem-estar para os membros do sistema de uma situação tida como problema.

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• Padrão de relação: forma de se relacionar, de interagir com as pessoas, com o mundo, que se modifica permanentemente na medida em que suas idéias, crenças, valores vão se transformando como resultado de intercâmbios dialógicos.

• Perguntas circulares e reflexivas: interligam os fatos e os membros do sistema, ampliando a capacidade de refletir sobre si, sobre os outros, sobre o presente, o passado e o futuro. Por exemplo: o que significa essa palavra para cada um de vocês?

• Releitura ou redefinição: ver o problema de um jeito mais possível de trabalhar. Contar a mesma história com marcações diferentes.

• Conotação positiva: qualifica-se o esforço da família/cliente para alterar o problema, estimulando-se sua capacidade auto-organizadora.

• Responsabilidades do terapeuta: constante responsabilização do cliente pelo seu processo; estar em simetria não ingênua, o terapeuta está ali para ajudar na solução do problema mas isso não o coloca na posição de expert do problema do outro; acreditar na capacidade auto-reguladora do sujeito; trabalho estruturado no respeito e apreciação do outro, passando a sensação de possibilidade e esperança. Há um respeito ético pela autonomia do cliente; questionamento freqüente sobre seu próprio pensar terapêutico na aventura interminável do auto-conhecimento

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As principais escolas de Terapia Familiar Sistêmica

• Terapia Familiar Estrutural - (Minuchim) -qualidade das fronteiras : família aglutinada ( dificuldade de diferenciação) e família desagregada ( dificuldade de lidar com afetos).

• Exemplo de família aglutinada : é o tipo de família que ninguém entra, ninguém sai e ninguém cresce. É o famoso um por todos e todos por um. Não existe privacidade, individualidade. As fronteiras e os limites são fracos e todos invadem. O problema de um é o problema de todos, o dinheiro de um é de todos, e assim por diante.

• Exemplo de família desagregada :é o oposto da aglutinada. Aqui é o "salve-se quem puder". As fronteiras limites são muito rígidas e ninguém sabe de ninguém e muitas vezes os membros familiares são vistos como inimigos.

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• Terapia Estratégica Breve - (Paul Watzlawick ) - cadeia de interação que mantém o problema. Se ela for eliminada, o problema desaparecerá. Existe dificuldade, problema, sintoma e doença. A resolução de um problema, requer primeiramente a substituição de padrões de comportamento.

• Exemplo : • Moça, cerca de 27 anos, chega com a queixa de estar muito angustiada e

não sabe direito porque. Investigo sua vida e percebo que tudo o que ela se propôs fazer ficou pela metade ( faculdade, trabalhos, cursos, terapias).Que estava com dificuldades financeiras e não sabia se podia pagar o preço de sessão particular. Que trabalhava em BH, mas todos fins de semana ia para a casa de seus pais no interior, etc.Então, eu falo para ela que tem pessoas que não gostam de pagar inteira para viver. E acho que ela até tem direito a isto, se tiver uma carteirinha de estudante da vida. Então, eu iria respeitar o seu ritmo e faríamos também o trabalho dividido ao meio. Ao invés de sessões semanais, seriam quinzenais e ao invés de 50 minutos, poderiam ser somente 25 min, assim o preço da sessão ficava pela metade e o tratamento pela metade, e o que ela mais se proposse na vida poderia ficar também pela metade. Pedi que ela fosse para casa e pensasse sobre isso somente até a metade da semana. Na próxima semana, ela chega e diz que estava na hora de pagar inteira para viver. Assim, começamos a mexer na sua "preguiça" , herança de sua mãe, que sempre fazia as coisas pela metade ( bordados, arrumações, etc).

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• Grupo de Milão - (Mara Selvini Palazolli) - Palazolli trabalhava com crianças anoréxicas na Itália, e passa a se interessar pelas idéias de Bateson e desencorajada pelos resultados da terapia psicanalítica passa a adotar uma orientação sistêmica e cria o Grupo de Milão para estudos da família ( com crianças anoréxicas e também crianças com outros distúrbios graves ).

• Segundo o Grupo de Milão, a família tem dificuldade de lidar com mudanças de ciclos - os membros da família se comportam de maneira a limitar o crescimento, mantendo padrões arcaicos de disfunção interacional. Além também de levar em consideração o elemento paradoxal nestes conceitos de transformação e homeostase.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ELKAÏM, Mony. Panorama das terapias familiares. São Paulo: Summus, 1998, v.2.

• RAPIZO, Rosana. Terapia sistêmica de família: Da introdução à construção. Rio de Janeiro: Instituto Noos, 1998.

• VASCONCELOS, Maria José de. Anais do Iº Congresso Brasileiro de Terapia Familiar: A Cibernética como Base Epistemológica da Terapia Familiar Sistêmica. São Paulo: ed. Rosa Mª Stefanini de Macedo- PUC, 1994, v. 2.

• ____________________________Terapia Familiar Sistêmica: Bases da Cibernética. São Paulo: Editorial Psy, 1995.