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Teorias da Educação 3ª Turma LCN 3ª Turma LCN

Teorias Da Educação

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  • Teorias da Educao

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  • RESUMO

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  • Sumrio Antonio Novoa ......................................... (Monica).................................................................... 4

    Arthur Schopenhauer .............................. (Diego) .................................................................... 6

    Bernardo Toro ........................................... (Julio) ...................................................................... 9

    Burrhus Frederic Skinner ....................... (Franciele) ............................................................... 12

    Carl Ranson Rogers ................................. (Thamires) .............................................................. 15

    Celestin Freinet ........................................ (Sandra) .................................................................. 18

    Charles Marguerez ................................... (Lidiane) ................................................................. 22

    Demetrio Delizoicov Neto .................... (Rita) ....................................................................... 24

    Edgar Morin ................................................ (Emerson) .............................................................. 27

    Emilia Ferreiro ........................................... (Camila) .................................................................. 29

    Friedrich Frebel ...................................... (Bruna) .................................................................... 31

    Henry Wallon ........................................... (Mauricio) ............................................................... 34

    Jean Jacques Rosseau ................................ (Anelise) ................................................................. 39

    Jean Willian Piaget ...................................... (Romeu) ................................................................. 41

    Johan Heinrich Pestalozzi ......................... (Aloizio) ................................................................. 46

    John Dewey ................................................. (Silvana) .................................................................. 49

    Karl Marx ..................................................... (Maria Eduarda) ................................................... 51

    Lev Vygotsky ............................................... (Guilherme) ........................................................... 54

    Maria Montessori ....................................... (Eder) .................................................................... 57

    Michel Foucalt ............................................. (Wellinghton) ....................................................... 63

    Paulo Freire ................................................. (Luciana) ................................................................. 65

    Philppe Perrenoud ..................................... (Carla) ..................................................................... 69

    Robert Gagn ............................................. (Vera) ........................................................................ 71

    Rudolf Steiner ............................................. (Cecilia)..................................................................... 74

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  • Antonio Novoa

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  • Antonio Novoa

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  • Arthur Schopenauer

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  • Arthur Schopenauer.

    Nasceu na cidade de Danzig, Prssia, em 1788. Na sua juventude trabalhou como aprendiz de comerciante na sua cidade natal. Sua famlia tinha situao financeira confortvel, sua me era

    escritora e seu pai comerciante. Aps a morte de seu pai, pode dedicar-se sua carreira acadmica

    e atividades de cunho intelectual.

    A partir de 1809, ingressou na faculdade de medicina na Universidade de Gottingen

    Sua trajetria foi marcada pela antipatia da comunidade acadmica frente ao seu trabalho. Sua obra marcada por aforismos, pelo pessimismo e pela acidez caracterstica, influenciou os trabalhos de

    Freud e Nietzsche.

    Em 1820 j lecionava na Universidade de Berlim. Seu trabalho aos poucos foi ganhando reconhecimento do pblico, inclusive o popular.

    Os ltimos anos da sua vida passaram a ser isolados, somente na companhia de cachorros ao invs de pessoas.

    Algumas biografias afirmam que Arthur Schopenhauer morreu de ataque cardaco, outras contam que morreu em decorrncia de uma pneumonia, em 1860.

    Principais ideias

    O pensamento de Schopenhauer consiste na ideia de que o mundo no passa de uma representao e que possui dois plos: o primeiro, o objeto, a coisa material; e o segundo, a

    conscincia, o eu pensante.

    Existem duas formas de educao: A natural e a artificial, a natural advm do conhecimento de mundo que o indivduo obtm pela interao fsica. A artificial influenciada por ideias externas, ou

    seja o indivduo saturado de informaes gerais, sem ter contato com o mundo. Para

    Schopenhauer o objetivo da educao familiarizar o ser humano com o mundo. 3 Turma LCN 7

  • Principais Obras:

    Parerga e Paralipomena

    As Dores do Mundo

    O Mundo como Vontade e Representao

    Sobre a Vontade da Natureza

    Os Dois Problemas Fundamentais da tica

    Metafsica do Amor/Metafsica da Morte

    A Arte de Escrever

    Contribuies

    De que forma posso utilizar as ideias de Schopenhauer em sala de aula?

    Explorando questes de sexualidade, o motivo de um ser humano apaixonar-se por outro, como uma estratgia para a reproduo.

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  • Bernardo Toro

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  • Bernardo Toro. Bernardo Toro um Filsofo e Educador Colombiano um dos mais importantes pensadores da

    educao e democracia na Amrica Latina. Estudou filosofia, e depois, fsica e matemtica, em cursos

    de licenciatura. Fez Ps-Graduao em Investigao e Tecnologia Educativa. decano acadmico da

    faculdade de Educao da Pontifcia Universidade Javeriana, em Bogot.

    presidente da fundao social, entidade civil que se prope a combater a pobreza no pas. Foi

    consultor de reformas educativas em Minas Gerais e no Chile. Elaborou uma lista onde identifica as

    sete competncias que considera necessrias desenvolver nas crianas e jovens para que eles

    tenham uma participao mais produtiva no sculo XXI. So os chamados Cdigos da Modernidade:

    Domnio da escrita e da leitura Para se trabalhar e se viver na sociedade altamente urbanizada e tecnificada do sculo XXI ser necessrio um domnio cada vez maior da leitura e da escrita. As

    crianas e adolescentes tero de saber comunicar-se usando palavras, nmeros e imagens. Por

    isso, as melhores salas de aula e os melhores recursos tcnicos devem ser destinados as primeiras

    sries do ensino fundamental. Saber ler e escrever j no so mais um problema de alfabetizao,

    um autntico problema de sobrevivncia. Todas as crianas devem aprender a ler e escrever

    com desenvoltura nas primeiras sries do ensino fundamental, para poderem participar ativa e

    produtivamente da vida social.

    Capacidade de fazer clculos e de resolver problemas Na vida diria e no trabalho fundamental saber fazer clculos e resolver problemas. Calcular fazer contas, Resolver

    problemas tomar decises fundamentadas em todos os domnios da existncia humana. Na vida

    social necessrio dar soluo positiva aos problemas e s crises. Uma soluo positiva quando

    produz o bem a todos.

    Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situaes Na sociedade moderna fundamental descrever, analisar e comparar, para que a pessoa possa expor o prprio pensamento

    oralmente ou por escrito. No possvel participar ativamente da vida da sociedade global, se

    no somos capazes de manejar smbolos, signos, dados, cdigos e outras formas de expresso

    lingustica. 3 Turma LCN 10

  • Capacidade de compreender e atuar em seu entorno social A construo de uma sociedade democrtica e produtiva requer que as crianas e jovens recebam informaes e formao que lhes

    permitam atuar como cidados. Exercer a cidadania significa:

    - ser uma pessoa capaz de converter problemas em oportunidades.

    - ser capaz de organizar-se para defender seus interesses e solucionar problemas, atravs do dilogo

    e da negociao respeitando as regras, leis e normas estabelecidas.

    - criar unidade de propsitos a partir da diversidade e da diferena, sem jamais confundir unidade

    com uniformidade.

    - atuar para fazer do Brasil um estado social de direito, isto , trabalhar para fazer possveis, para

    todos, os direitos humanos.

    Receber criticamente os meios de comunicao Um receptor crtico dos meios de comunicao (cinema, televiso...) algum que no se deixa manipular como pessoa, como consumidor, como

    cidado. Aprender a entender os meios de comunicao nos permite us-los para nos

    comunicarmos distncia, para obtermos educao bsica e profissional, articulamo-nos em nvel

    planetrio e para conhecermos outros modelos de convivncia e produtividade.

    Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informao acumulada Em breve, ser impossvel ingressar no mercado de trabalho sem saber localizar dados, pessoas, experincias e,

    principalmente, sem saber como usar essa informao para resolver problemas. Ser necessrio

    consultar rotineiramente bibliotecas, hemerotecas, videotecas, centro de informao, entre outros

    meios.

    Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo A capacidade de trabalhar, planejar e decidir em grupo se forma cotidianamente atravs de um modelo de ensino-aprendizagem autnomo e

    cooperativo. Por esse mtodo a criana aprende a criar grupos de trabalho, negociar com seus

    colegas para selecionar metas de aprendizagem, selecionar estratgias e mtodos para alcan-las.

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  • Burrhus Frederic Skinner

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  • Burrhus Frederic Skinner. A educao o estabelecimento de comportamentos que sero vantajosos para o indivduo e para

    outros em algum tempo futuro Quando houver domnio sobre a cincia do comportamento, ela

    ser a nica alternativa para a sociedade planejada Burrhus Frederic Skinner nasceu em

    Susquehanna, no estado norteamericano da Pensilvnia, em 1904. Criado num ambiente de disciplina

    severa, foi um estudante rebelde, cujos interesses, na adolescncia, eram a poesia e a filosofia.

    Formou-se em lngua inglesa na Universidade de Nova York antes de redirecionar a carreira para a

    psicologia, que cursou em Harvard onde tomou contato com o behaviorismo. Seguiram-se anos

    dedicados a experincias com ratos e pombos, paralelamente produo de livros. O mtodo

    desenvolvido para observar os animais de laboratrio e suas reaes aos estmulos levou-o a criar

    pequenos ambientes fechados que ficaram conhecidos como caixas de Skinner, depois adotadas

    para experimentos pela indstria farmacutica. Quando sua filha nasceu, Skinner criou um bero

    climatizado, o que originou um boato de que a teria submetido a experincias semelhantes s que

    fazia em laboratrio. Em 1948, aceitou o convite para ser professor em Harvard, onde ficou at o

    fim da vida. Morreu em 1990, em ativa militncia a favor do behaviorismo.

    Sem livre-arbtrio O conceito-chave do pensamento de Skinner o de condicionamento operante, que ele acrescentou noo de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os

    dois conceitos esto essencialmente ligados fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O

    reflexo condicionado uma reao a um estmulo casual. O condicionamento operante um

    mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivduo at ele ficar condicionado a

    associar a necessidade ao. o caso do rato faminto que, numa experincia, percebe que o

    acionar de uma alavanca levar ao recebimento de comida. Ele tender a repetir o movimento cada

    vez que quiser saciar sua fome. A diferena entre o reflexo condicionado e o condicionamento

    operante que o primeiro uma resposta a um estmulo puramente externo; e o segundo,

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  • o hbito gerado por uma ao do indivduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estmulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner), o ambiente

    modificado e produz conseqncias que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de

    ocorrncia futura semelhante. Segundo Skinner, a cincia psicolgica e tambm o senso comum

    costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para explicaes baseadas nos estados

    subjetivos por causa da dificuldade de verificar as relaes de condicionamento operante ou seja,

    todas as circunstncias que produzem e mantm a maioria dos comportamentos dos seres

    humanos. Isso porque elas formam cadeias muito complexas, que desafiam as tentativas de anlise

    se elas no forem baseadas em mtodos rigorosos de isolamento de variveis. Nos usos que

    projetou para suas concluses cientficas em especial na educao , Skinner pregou a eficincia

    do reforo positivo, sendo, em princpio, contrrio a punies e esquemas repressivos. Ele escreveu

    um romance, Walden II, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal, em que um amplo

    planejamento global, incumbido de aplicar os princpios do reforo e do condicionamento, garantiria

    uma ordem harmnica, pacfica e igualitria. Num de seus livros mais conhecidos, Alm da Liberdade

    e da Dignidade, ele rejeitou noes como a do livre-arbtrio e defendeu que todo comportamento

    determinado pelo ambiente, embora a relao do indivduo com o meio seja de interao, e no

    passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como os que ele enuncia no ttulo

    da obra.

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  • Carl Ranson Rogers

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  • Carl Ranson Rogers Nasceu em Oak Park Illinois EUA em 08/01/1902, foi educado pela famlia que era evanglica

    conservadora, aos 12 anos seu pai decidiu comprar uma propriedade rural com o intuito de livrar

    os 6 filhos das mas influencias da vida urbana, Rogers era o quarto filho desta prole. Nesta

    propriedade Carl encantou-se pela experimentao, pela pratica e aponta nunca mais ter deixado

    de sentir atrao pela maneira cientifica de abordar desenvolver o conhecimento.

    Em meados de1919 inclinou-se naturalmente para os trabalhos na rea agrcola chegando a matricular-se na universidade WIsconsi no curso de agronomia, passado algum tempo ele se envolve

    com um grupo evanglico militante e acaba por decidir trocar de curso, iniciando assim o curso de

    Histria, logo no seu primeiro ano de curso escolhido para participar de um congresso que em

    1922 ocorreu na China, l Rogers muda suas convices religiosa partindo das percepes que ele

    teve neste perodo o mesmo passou a achar-se mais independente, pois ali abandonara certas

    convices passadas por seus pais no mbito religioso. Nesta mesma data e mesmo congresso Carl

    Encontra Hellen Elliot a quem conhecia desde a infncia, mas ali se apaixonou vindo a casar-se em

    1924 mesmo ano em que concluiu sua graduao em histria. Hellen e Carl tiveram dois filhos

    David e Natalie.

    Concluda a graduao em histria Rogers continuou frequentando o seminrio da unio teolgica, onde teve contato com as disciplinas de psicologia e decide ingressar na universidade de Columbia

    para frequentar o curso de psicologia clinica e psicopedagogia. Em 1928 obteve se grau de mestre e

    em 1931 o dourado. Publicou 16 livros.

    Em 1979 sua esposa vem a bito, em 1987 Rogers sofre uma queda e fratura o fmur, opera e entra em coma. Mas seguindo as orientaes de Carl as maquinas que o mantm vivo

    artificialmente so desligadas, no terceiro dia e ele falece aos 85anos.

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  • Teoria:

    As idias do norte americano para a educao so uma extenso da teoria que desenvolveu como

    psiclogo, nos dois campos sua contribuio foi muito original e importante, opondo se as

    concepes tradicionais e dominantes (Sigmund Freud, Burrhus Skinner), nos consultrios e nas

    escolas. A terapia rogeriana tem a definio de no diretiva e centrada no cliente (Carl preferia o

    termo cliente a paciente), pois cabe a ele a responsabilidade pela conduo e pelo sucesso do

    processo. Para Rogers o terapeuta apenas facilita o tratamento. Em seu ideal de ensino, o papel do

    professor assemelha-se ao do terapeuta e o do aluno ao do cliente. Ou seja, o professor facilita o

    aprendizado e o aluno conduz seu modo de aprender. Para Rogers a sanidade mental e o

    desenvolvimento pleno das potencialidades pessoais so tendncias naturais da evoluo humana.

    Carl Ranson Rogers ficou conhecido como um humanista porque acentua o contraste com a teoria freudiana , ele se baseia numa viso otimista do homem . O homem o centro das atenes sendo

    assim o aprendizado deve ser lhe oferecido e disponibilizado, mas quem deve adequar o meio para

    entender o aluno. Segundo Rogers o aprendizado no trata-se apenas de aprendizado para

    desenvolvimento de intelecto, mas sim da construo do cidado.

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  • Celestin Freinet

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  • Celestin Freinet. Celestin Freinet nasceu no sul da Frana, na regio de Provena, numa famlia de oito filhos. Seus

    dias de escola foram profundamente desagradveis, e afetaram seus mtodos de ensino e desejo de

    reforma.Enquanto cursava o Magistrio estoura a Primeira Guerra Mundial. Interrompe seus

    estudos e obrigado a alistar-se. Recrutado pelo exrcito francs, em 1915 na ocasio teve uma

    leso pulmonar causada por gases txicos. Esta experincia o transformou em um pacifista convicto.

    Em 1920 iniciou seu trabalho como professor de escola primria, antes mesmo de concluir o curso

    normal. Foi quando Freinet comeou a desenvolver seus mtodos de ensino. Ele atuou como

    professor-adjunto em Le Bar-sur-Loup e docente em Em 1923 Freinet comprou um tipgrafo, para

    auxiliar a atividade de ensino, j que seu ferimento do pulmo dificultava que falasse por perodos

    longos. Foi com este tipgrafo que imprimiu textos livres e jornais da classe para seus alunos. As

    prprias crianas compunham seus trabalhos, os discutiam e os editavam em pequenos grupos,

    antes de apresentar o resultado classe. Os jornais eram trocados com os de outras escolas.

    Gradualmente os textos do grupo substituram livros didticos convencionais. Em 1924, Freinet

    criou uma cooperativa de trabalho com professores de sua aldeia, esta cooperativa suscitou o

    movimento da Escola Moderna na Frana. Neste mesmo ano inicia as primeiras correspondncia

    escolares. Em 1925, conhece a artista plstica lise, que comea a trabalhar como sua ajudante e em

    1926 casa-se com ela, e anos depois tem com ela uma filha, Madeleine Freinet. Escreve o livro A

    Imprensa na Escola e cria a revista "La Gerbe" (O Ramalhete) composta de poemas infantis. Os

    mtodos do ensino de Freinet eram divergentes da poltica oficial de educao nacional e causavam

    um clima de desconfiana, especialmente devido ao grande volume de correspondncias trocadas,

    por esta razo ele foi exonerado de suas funes em 1935 e comeou sua prpria escola, junto

    com sua esposa, pouco antes do incio da Segunda Guerra Mundial.

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  • Na dcada de 1930, a escola de Freinet oficialmente aberta, e, juntamente com Romain Rolland,

    ele lana o projeto Frente da Infncia. Em 1940, Freinet preso e mandado para o campo de

    concentrao de Var, onde fica gravemente doente. Todavia, mesmo enquanto esteve preso, deu aulas

    para os companheiros. Sua esposa Elise Freinet depois de muita luta conseguiu sua libertao. Logo

    aps sair do campo, Freinet incorpora-se Resistncia Francesa. No final da dcada de 1940 Freinet

    criou o ICEM, Cooperativa do Ensino Leigo, em Vence, que reunia mais de 20 mil pessoas. Em 1956

    lanou uma Campanha Nacional para quantificar os alunos nas salas de aula. Lutava pelo mximo de

    25 alunos em cada classe ou turma. No ano seguinte, os seguidores de Freinet fundaram a

    Federao Internacional dos Movimentos da Escola Moderna (Fimem), que hoje rene educadores

    de todo o Mundo. Nomeadamente a Associao Brasileira de Estudos e Pesquisa da Pedagogia

    Freinet (ABDEPP-Freinet)3 , no Brasil, e o Movimento da Escola Moderna(MEM), em Portugal4

    .Freinet morreu em 1965 .

    Proposta pedaggica Para Freinet, a educao deveria proporcionar ao aluno a realizao de um trabalho real. Sua

    carreira docente teve incio construindo os princpios educativos de sua prtica. Ele propunha uma mudana da escola, pois a considerava terica e, portanto desligada da vida. Suas propostas de ensino esto baseadas em investigaes a respeito da maneira de pensar da criana e de como ela construa seu conhecimento. Atravs da observao constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem atravs da experincia seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetir e avanar no procedimento; porm no avanar sozinho, precisar da cooperao do professor. Na proposta pedaggica de Freinet,a interao professor-aluno essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno fundamental. As prticas atuais de jornal escolar troca de correspondncia, trabalhos em grupo, aula-passeio so idias defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do sculo passado.

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  • H princpios no saber Pedaggico que C. Freinet considerava invariveis, ou seja, independente do local ou perodo histrico, certos pressupostos deveriam sempre ser levados em conta na prtica

    educacional. Desta forma, postulou as chamadas "Invariantes Pedaggicas", consideradas como

    pilares de sua proposta Pedaggica.

    Desde sua origem, o movimento sempre se manteve aberto a todas as experincias pedaggicas atravs de documentos, revistas, circulares, cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de

    ensino, pois no conseguia se adaptar a forma tradicional, fazia tambm relatrios dirios de cada

    criana. Ao que se refere s cartilhas, ele questiona seu valor, pois os contedos nada tinham a ver

    com a realidade da criana e, portanto, no traziam nenhum estmulo aprendizagem da leitura.

    Freinet dava muita importncia ao trabalho, pois este deveria ser o centro de toda atividade escolar,

    enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder.

    Para Freinet, o aprender deveria passar pela experincia de vida e isso s possvel pela ao, atravs do trabalho. O trabalho desenvolve o pensamento, o pensamento lgico e inteligente que se

    faz a partir de preocupaes materiais, sendo que esta, um degrau para abstrao. Freinet

    acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e se realiza eficazmente. Lembrando-se

    que, quando o autor exalta o trabalho, no est referindo-se forosamente ao trabalho manual, pois

    para ele, o trabalho engloba toda pesquisa, documentao e experimentao. Com relao

    interveno do professor, s se dava para organizar o trabalho, sem precisar de imposies ou

    ameaas. Para ele, a disciplina escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a

    criana automaticamente disciplinada. Outro aspecto importante para Freinet a liberdade, relativa

    e no desvinculada a vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade a possibilidade do ser

    humano vencer obstculos. Freinet buscou tcnicas pedaggicas que pudessem envolver todas as

    crianas no processo de aprendizagem, independentemente da diferena de carter, inteligncia ou

    meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele afirmava que o contedo estudado no meio

    escolar deveria estar relacionado s condies reais de seus alunos). Ao estudar o problema da

    educao, ele propunha que ao mesmo tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa

    e libertadora, deveria tambm estudar as condies concretas que estariam impedindo a sua

    realizao 3 Turma LCN 21

  • Charles Marguerez.

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  • Charles Marguerez CHARLES MAGUEREZ

    Publicou um livro no ano de 1966 que relata a experincia de cerca de seis anos utilizando sua proposta de formao, como uma progresso pedaggica. Elabora neste caso para profissionais

    adultos e analfabetos para o trabalho em minas de carvo ou de petrleo, na agricultura ou na

    indstria, em pases em desenvolvimento, ou recm ingressos no grupo de pases independentes,

    que envolvem a Europa e pases da frica.

    Concluiu um relatrio no ano de 1970, como resultado de uma consultoria prestada no Brasil, que teve como alvo um diagnstico do treinamento de tcnico agrcolas do Estado de So Paulo.

    Sua teoria: Aplicar o ensino e promover a aprendizagem a partir da realidade.

    Sua proposta era focada na formao de trabalhadores com um esquema de progresso pedaggica, que foi reestrutura logo aps pelo terico Bordenave, sendo utilizada na rea da educao, sendo

    utilizado este modelo at os dias atuais.

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  • Demetrio Delizoicov Neto

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  • Demetrio Delizoicov Neto. Biografia: Nasceu em 1950, no bairro da Mooca, So Paulo. Formou-se na escola pblica, professor desde 1969, quando iniciou o curso universitrio no

    instituto de Fsica da USP onde se formou em 1973. At 1974 atuou em escolas publicas de 1 e 2 graus em So Paulo, desde ento professor universitrio, dedicando-se prioritariamente formao de professores; projetos de melhoria do ensino de cincias , bem como a formao continuada de professores. Coordenou de 1979 a 1980 a implantao do Projeto de Formao de Professores de cincias Naturais em Guin Bissau. Em 1982 concluiu o Mestrado em Ensino de Cincias na USP e em 1991 o Doutorado em Educao tambm na USP. Atualmente trabalha como professor adjunto na Universidade Federal de Santa Catarina. Possui inmeros trabalhos na publicados nas reas de cincias e educao. Possui currculo ativo cadastrado na plataforma lattes, segue abaixo o link:

    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785428E6 Principal Contribuio: Desenvolvimento da metodologia dos momentos pedaggicos. Primeiro Momento: Problematizao A problematizao inicial caracteriza-se por apresentar situaes reais que os alunos conhecem e

    vivenciam. nesse momento que os estudantes so desafiados a expor os seus entendimentos sobre determinadas situaes significativas que fazem parte de suas vivncias. Estas questes esto diretamente vinculadas aos temas selecionados, funcionam no apenas como introduo ao tema a ser abordado mas tambm como motivadoras da curiosidade do aluno, neste momento o professor tem o papel mais de questionar e lanar duvidas do que de responder e fornecer explicaes.

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  • Segundo Momento: Organizao do Conhecimento A fase da organizao do conhecimento o estudo sistemtico dos conhecimentos envolvidos no

    tema e na problematizao inicial. Isto , so estudados os conhecimentos cientficos necessrios para a melhor compreenso dos temas e das situaes significativas.Para que os alunos compreendam cientificamente as situaes problematizadas, o papel do professor na organizao do conhecimento consiste em desenvolver diversas atividades. Dentre elas, est a utilizao de textos de divulgao cientfica, a utilizao das tecnologias da informao, atravs de aulas prticas, vdeos etc...

    Essas atividades permitem, ao estudante, localizar situaes em que as palavras representativas relativas ao conceito estudado, so utilizadas no contexto de situaes que podem fazer parte do meio em que vive. Nessa ocasio, o estudante entra em

    contato com situaes em que esto presentes elementos introduzidos por meio da palavra; isso no significa que ele j tenha o entendimento necessrio. Neste momento sero

    agregados os significados desejveis e necessrios palavra que representa o conceito sistematizado,que foi introduzida na problematizao.

    Terceiro Momento: Aplicao do conhecimento Destina-se, sobretudo, a abordar o conhecimento que vem sendo incorporado pelo aluno, para

    analisar e interpretar tanto as situaes iniciais que determinam seu estudo, como outras situaes que no esteja diretamente ligadas ao motivo inicial mas que so explicadas pelo mesmo conhecimento. Deste modo pretende-se que, dinmica e evolutivamente, se v percebendo que o conhecimento, alem de uma construo historicamente determinada esta disponvel para qualquer cidado que queira fazer uso dele.

    Da mesma forma que no segundo momento, diversas so as possibilidades de abordagem para o desenvolvimento desta etapa da metodologia.

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  • Edgar Morin

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  • Edgar Morin.

    Nasceu em 1921 em Paris na frana. Idade: 92 anos Formado em: Histria, Geografia e Direito. Principais obras/teorias:

    Os sete saberes necessrios educao do futuro. 1. Conhecimento

    2. Conhecimento Pertinente

    3. Identidade humana

    4. Compreenso humana

    5. Incerteza

    6. A condio Planetria

    7. Antropo-etica.

    Teoria da complexidade:

    Trabalha com as diferentes formas de visualizao de um mesmo objeto de estudo, levando a uma forma interdisciplinar. bastante focada em mostrar que no existem verdades absolutas. Trabalhar de forma complexa significa juntar coisas separadas para aumentar nossa capacidade de visualizar diferentes fenmenos.

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  • Emilia Ferreiro.

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  • Emilia Ferreiro Ao invs da clssica pergunta: como se deve ensinar a escrever, Emilia Ferreiro perguntou como

    algum aprende a ler e escrever independente do ensino.

    As teorias desenvolvidas por Emilia Ferreiro e seus colaboradores abandonam as concepes

    mecanicistas sobre o processo de alfabetizao. Eles seguem os pressupostos construtivistas/

    interacionistas de Vigotski e Piaget.

    Do ato de ensinar, o processo desloca-se para o ato de aprender por meio da construo de um

    conhecimento que realizado pelo educando, que passa a ser visto como um agente e no como

    um ser passivo que recebe e absorve o que lhe "ensinado".

    Na perspectiva dos trabalhos desenvolvidos por Ferreira, os conceitos de prontido, imaturidade,

    habilidades motoras e perceptuais, deixam de ter sentido isoladamente como costumam ser

    trabalhados pelos professores.

    Estimular aspectos motores, cognitivos e afetivos, so importantes, mas, vinculados ao contexto da

    realidade scio-cultural dos alunos.

    Para Ferreira, "hoje a perspectiva construtivista considera a interao de todos eles, numa viso

    poltica, integral, para explicar a aprendizagem".

    O problema que tanto atormenta os professores que o dos diferentes nveis em que normalmente

    os alunos se encontram e vo se desenvolvendo durante o processo de alfabetizao, assume

    importante papel, j que a interao entre eles fator de suma importncia para o desenvolvimento

    do processo.

    3 Turma LCN 30

  • Friedrich Frebel

    3 Turma LCN 31

  • Friedrich Frebel Friedrich Wilhelm August Frbel (Oberweibach, 21 de abril de 1782 Schweina, 21 de junho de 1852)

    foi um pedagogo e pedagogistas alemo com razes na escola Pestalozzi. Foi o fundador do primeiro jardim

    de infncia.

    Filho de um pastor protestante, Nove meses depois de seu nascimento, sua me morreu. viveu uma infncia solitria, em que se empenhou em aprender matemtica e linguagem e a explorar as florestas

    perto de onde morava.

    ps cursar informalmente algumas matrias na Universidade de Jena, tornou-se professor e ainda jovem fez uma visita escola do pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), em Yverdon, na Sua. Em 1811,

    foi convocado a lutar nas guerras napolenicas. Fundou sua primeira escola em 1816, na cidade alem de

    Griesheim. Dois anos depois, a escola foi transferida para Keilhau, onde Froebel ps em prtica suas

    teorias pedaggicas. Em 1826, publicou seu livro mais importante, A Educao do Homem. Em

    seguida, foi morar na

    Sua, onde treinou professores e dirigiu um orfanato.

    Todas essas experincias serviram de inspirao para que ele fundasse o primeiro jardim-de-infncia, na cidade alem de Blankenburg. Paralelamente, administrou uma grfica que imprimiu instrues

    de brincadeiras e canes para serem aplicadas em escolas e em casa. Em 1851, confundindo Froebel com

    um sobrinho esquerdista, o governo da Prssia proibiu as atividades dos jardins-de-infncia. O educador

    morreu no ano seguinte, mas o banimento s foi suspenso em 1860, oito anos mais tarde. Os jardins-de-

    infncia rapidamente se espalharam pela Europa e nos Estados Unidos.

    - Jardim de Infncia

    No ano de 1837 fundada a primeira instituio destinada educao da infncia, denominada Kindergarten, expresso interpretada como jardim de infncia, adaptando-se a nomenclatura proposta de

    desenvolvimento natural da criana, valorizao de suas potencialidades e liberdade para a atividade

    criadora, semelhantes a um jardim, que carece cuidados, porm onde as plantas crescem de acordo com

    suas peculiaridades aspectos estes bem evidenciados na trajetria de Frebel como educador e

    estudioso.

    3 Turma LCN 32

  • - Pedagogia Froebiliana

    Seu primeiro livro, A educao do homem, publicado em 1826, aborda a necessidade devalores morais, contato com a natureza e enfatiza a ideia de que o menino um homem em

    potencial.

    A metodologia de Frebel consistia em trs pontos fundamentais: seguir o modelo da perfeio humana de Jesus; reconhecer a existncia de Deus no homem e na natureza; e a funo

    do educador de respeitar o desenvolvimento espontneo do educando.

    Alm disso, Frebel destacou trs fases no desenvolvimento da criana: primeira infncia e infcia: nestas duas fases deve-se enfatizar o estmulo percepo e aquisio de linguagem, e idade

    escolar em que j so inseridos conhecimentos sobre religio, linguagem, cincias, matemtica, entre

    outros.

    A pedagogia froebiliana enfatiza o importante papel da atividade da criana, cabendo ao professor descobrir o talento de cada educando. A aprendizagem considerada o resultado da vida

    ativa da criana, cabendo ao educador auxiliar o novo conhecimento a brotar do anterior, a partir

    de um velho conhecimento. O desenvolvimento autntico provm da atividade espontnea,

    extraindo da criana suas potencialidades.

    Sendo assim, Frebel destaca a importncia do brinquedo e da brincadeira na prtica educativa, considerando a abordagem terica a respeito da importncia do ldico para o

    desenvolvimento infantil, Frebel criou brinquedos chamados de dons ou presentes para

    atender as peculiaridades das crianas. Esses brinquedos devem auxiliar a criana a ter iniciativa,

    compreender a natureza, aprender formas do real, desenvolver sua fala, representar o imaginrio e

    expressar sua criatividade. O material composto de bola, cubo, cilindro, divises de cubos

    formando blocos para a construo. Geralmente era formada uma roda, em que as crianas

    brincavam e o jogo ou brincadeira era acompanhado por canes infantis.

    3 Turma LCN 33

  • Henry Wallon.

    3 Turma LCN 34

  • Henri Paul Hyacinthe Wallon Teoria do Desenvolvimento

    Biografia

    Nasceu em Paris, Frana, em 15 de julho de 1879 e morreu em 1 de dezembro de 1962 aos 83

    anos.Aos 23 anos, em 1902 formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior, e

    em 1908 formou-se em Medicina, onde de 1908 a 1931 trabalhou com crianas com deficincia

    fsica.

    Em 1914 serviu durante meses como mdico no Exrcito francs, na frente de combate na

    Primeira Guerra Mundial. Militante de esquerda participou das foras de resistncia contra Adolf

    Hitler e foi perseguido pela Gestapo (a polcia poltica nazista) durante a Segunda Guerra (1939-

    1945).

    Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infncia e os caminhos da inteligncia nas

    crianas.

    Em 1925, criou um laboratrio de psicologia biolgica da criana. Quatro anos mais tarde, tornou-

    se professor da Universidade Sorbonne e vice-presidente do Grupo Francs de Educao Nova -

    instituio que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele pas e da qual foi presidente de

    1946 at morrer.

    Trabalhos

    Seu primeiro trabalho, Delrio de perseguio. O delrio crnico na base da interpretao(Dlire

    de perscution. Le dlirechronique base d'interprtation), foi publicado em 1909.

    Em 1925 publica sua tese de doutorado intitulada A Criana Turbulenta (L'enfantturbulent),

    iniciando um perodo de intensa produo literria na rea de Psicologia da Criana.

    3 Turma LCN 35

  • Em 1948, lanou a revista Enfance, que serviria de plataforma de novas ideias no mundo da educao - e que rapidamente se transformou numa espcie de bblia para pesquisadores e professores.

    Coordenou o projeto Reforma do Ensino, conhecido como Langevin-Wallon - conjunto de propostas equivalente nossa Lei de Diretrizes e Bases. Nele, por exemplo, est escrito que nenhum aluno deve ser reprovado numa avaliao escolar.

    Teorias

    A obra de Henri Wallon perpassada pela ideia de que o processo de aprendizagem dialtico: no adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direes e possibilidades.

    A criana, para Wallon, essencialmente emocional e gradualmente vai constituindo-se em um ser scio cognitivo.

    Antes do surgimento da linguagem falada, as crianas comunicam-se e constituem-se como sujeitos com significado, atravs da ao e interpretao do meio entre humanos, construindo suas prprias emoes, que seu primeiro sistema de comunicao expressiva.

    Wallon no via o Esquema corporal no como unidade biolgica ou psquica, mas como construo. necessrio considerar a pessoa como um todo.

    Fundamentou suas ideias em quatro elementos bsicos que se comunicam o tempo todo:

    Afetividade

    Um dos principais elementos do desenvolvimento humano;

    A emoo o primeiro e mais forte vnculo entre os indivduos;

    As transformaes fisiolgicas em uma criana revelam traos importantes na construo de seu carter e personalidade.

    Movimento

    As emoes dependem da organizao dos espaos para se manifestarem;

    Tem carter pedaggico tanto pelo movimento em si ou por sua representao;

    Imobilizar a criana numa carteira impede o sincretismo necessrio para o desenvolvimento completo da pessoa.

    3 Turma LCN 36

  • Inteligncia

    diretamente relacionado com o raciocnio simblico e a linguagem;

    O raciocnio simblico e o poder de abstrao vo sendo desenvolvidos medida que a criana vai aprendendo a pensar alm de si.

    Formao do Eu como Pessoa

    A construo do eu depende essencialmente do outro;

    Pode se apresentar como referncia ou negao;

    A criana utiliza artifcios como:

    * Manipulao;

    * Seduo;

    * Imitao do outro.

    Jean Piaget e Lev Vygotsky ressaltavam a afetividade no processo evolutivo, mas foi Wallon que colocou a afetividade como um dos aspectos centrais do desenvolvimento humano.O desenvolvimento do pensamento infantil marcado por descontinuidade, crises e conflitos.

    Diferente de Piaget, Wallon diz que a inteligncia surge depois da afetividade, conflitando com ela, pensamento que explique talvez porque alunos aprendem mais quando gostam do professor.

    Durante todo o desenvolvimento h momentos em que predomina o afetivo, em outros, o cognitivo, ainda que de maneira integrada.

    Estgios do Desenvolvimento

    Desenvolvimento em etapas se diferencia por suas caractersticas, todas apresentam tipos particulares de interaes entre a criana e seu ambiente.

    Essa perspectiva em interao mutua com o meio, cultura, estampa dinamicidade, descontinuidade, rupturas, relativismo que so caractersticos do processo de desenvolvimento.

    Cada estgio apresenta idades e duraes variveis e relativas, predominando a busca pela identidade prpria e o caminhar para o mundo.

    3 Turma LCN 37

  • Es t g i o I m p u l s i v o - Em o c i o n a l ( 0 a 1 a n o )

    I m p u l s i v o ( 0 a 3 m e s e s )

    - O c o r r e n o p r im e i r o a n o d e v i d a ;

    - A s r e a e s d o b e b c o m p e s s o a s , s q u a i s

    i n t e r m e d ia m s u a r e l a o c o m o m u n d o f s i c o ;

    - Ex p r e s s e s / r e a e s q u e d i f e r e n c i a m m a l e s t a r d e

    b e m e s t a r .

    Em o c i o n a l ( 3 a 1 2 m e s e s )

    - O b e b m a n i f e s t a - s e p o r g e s t o s ;

    - G e s t o s e m o c io n a i s m e d o , a l e g r i a , d o r e r a i va ;

    - C o m u n i c as e c o m o c o r p o a t r a v s d e m im ic a s e

    vo c a l i za o .

    Es t g i o Se n s r i o - M o t o r

    ( a t o s 3 a n o s )

    - A a q u i s i o d a m a r c h a e d a a p r e e n s o d o a

    c r i a n a m a i o r a u t o n o m ia n a m a n i p u l a o d e o b j e t o s

    e n a e x p lo r a o d o s e s p a o s ;

    - D e s e n vo l v im e n t o d a f u n o s im b l i c a e d a

    l i n g u a g e m ;

    - O t e r m o p r o j e t i v o r e f e r e - s e a o f a t o d a a o d o

    p e n s a m e n t o p r e c i s a r d o s g e s t o s p a r a s e e x t e r i o r i za r .

    Es t g i o d o Pe r s o n a l i s m o

    ( 3 a 6 a n o s )

    - Ap a r e c e a im i t a o i n t e l i g e n t e , a q u a l c o n s t r i o s

    s i g n i f i c a d o s d i f e r e n c i a d o s q u e a c r i a n a d p a r a a

    p r p r i a a o .

    - N e s s a f a s e , a c r i a n a e s t vo l t a d a n o v a m e n t e p a r a

    s i p r p r i a . Pa r a i s s o , a c r i a n a c o l o c a - s e e m

    o p o s i o a o o u t r o n u m m e c a n i s m o d e d i f e r e n c ia r - s e .

    - A c r i a n a , m e d i a d a p e la f a l a e p e lo d o m n i o d o

    meu /m inha , f a z c o m q u e a s i d e i a s a t i n j a m o

    s e n t im e n t o d e p r o p r i e d a d e d a s c o i s a s .

    Es t g i o C a t e g o r i a l

    ( 7 a 1 2 a n o s )

    - A i n t e l i g n c ia a v a n a n o s e u d e s e n vo l v im e n t o e a

    c r i a n a a u t i l i za c a d a ve z m a i s c o m a m a n i f e s t a o

    d e i n t e r e s s e n a e x p l o r a o , n o c o n h e c i m e n t o e n a s

    s u a s r e l a e s c o m o s o b j e t o s e c o m o m e io ;

    - N e s s e m o m e n t o p r o c u r a d i f e r e n c ia r o e u d o n o e u ,

    o q u e d o s e u p o n t o d e v i s t a d o q u e d o o u t r o .

    Es t g i o d a A d o l e s c n c i a

    - Q u e b r a n o e q u i l b r i o a f e t i v o , b u s c a p o r u m a n o va

    p e r s o n a l i d a d e , i n f l u e n c i a d a p e l a s m o d i f i c a e s

    c o r p o r a i s e h o r m n io s ;

    - Bu s c a m c o m p r e e n d e r s u a s i n q u i e t a e s , s u a

    s e x u a l i d a d e , s e u s d e s e j o s , e x i s t e m a p r o c u r a p e l a

    s u a i d e n t i d a d e ;

    - A p a s s a g e m p a r a e s s e e s t a g io n o u m a m p l i a o

    d a a n t e r i o r ;

    - A o c o n t r a r i o h t o d a u m a r e f o r m u la o , q u e p o d e

    e n vo l v e r a f o r m a o d e c o n f l i t o s , c r i s e s , i n t e r f e r i n d o

    n o c o m p o r t a m e n t o .

    3 Turma LCN 38

  • Jean Jacques Rosseau

    3 Turma LCN 39

  • Jean Jacques Rosseau.

    O professor deve identificar nos seus alunos as suas potencialidades e a partir da, utilizando mtodo adequado para cada fase da vida em que se encontram esses alunos, fazer com que ponham em prtica esses dons, incentivando-os na busca do saber.

    O conhecimento deve ser construdo pelo aluno junto com o professor, introduzindo dvidas e formulando perguntas de modo a extrair da experincia de vida dos alunos a concluso. Rousseau propunha o uso da maiutica de Scrates a fim de construir o conhecimento.

    Segundo o qual o homem nasce naturalmente bom, Rousseau estima que preciso partir dos instintos naturais da criana para desenvolv-los. A educao negativa (essa que prope o filsofo), na qual o papel do preceptor (professor) , sobretudo, o de preservar a criana, deveria substituir a educao positiva que forma a inteligncia prematuramente e impensadamente(sem pensar na individualidade de cada aluno). O ciclo completo desta nova educao comporta quatro perodos:

    O primeiro perodo vai de 0 a 5 (zero a cinco) anos, correspondendo a uma vida puramente fsica, apta a fortificar o corpo sem for-lo; perodo espontneo e orientado graas, notadamente, ao aleitamento materno;

    O segundo perodo vai de 5 aos 12 (cinco a doze) anos e aquele no qual a criana desenvolve seu corpo e seu carter no contato com as realidades naturais, sem interveno ativa de seu preceptor;

    O preceptor intervm mais diretamente no terceiro perodo que vai de 12 a 15 (doze a quinze) anos, perodo no qual o jovem se inicia, essencialmente pela experincia, geografia e fsica, ao mesmo tempo em que aprende uma profisso manual ou ofcio;

    Dos 15 aos 20 (quinze aos vinte) anos compreende-se o quarto perodo em que o homem floresce para a vida moral, religiosa e social.

    3 Turma LCN 40

  • Jean Willian Piaget

    3 Turma LCN 41

  • Jean Willian Piaget.

    Jean Piaget nasceu em Neuchtel, Suia em 1896. o interesse do menino considerado prodgio

    foi inicialmente pelas cincias naturais, e logo aos 11 anos de idade publica seu primeiro artigo

    sobre suas observaes de um pardal albino.

    Ainda jovem Piaget ingressa na Universidade de Neuchtel a mesma onde seu pai

    lecionava e passa a estudar biologia e filosofia. Muda-se para Zurique para desempenhas funes

    de psiclogo experimental e trabalhar em uma clnica como psiquiatra. Alguns anos depois da mais

    um prova de seu intelecto avanado, quando aos 22 anos torna-se doutor em biologia o que viria

    a influenciar suas teorias futuras, j que em seguida passa a se interessar profundamente pela mente

    humana. Muda-se para Zurique para desempenhas funes de psiclogo experimental e trabalhar

    em uma clnica como psiquiatra.

    Em 1919 vai para Paris para trabalhar com Alfred Binet conceituado psiclogo infantil que

    desenvolveu um teste de inteligncia que futuramente serviria de inspirao para o famoso teste de

    QI. Piaget passa a lecionar no colgio Granz-Aux-Belle dirigido por Binet onde percebe que

    crianas da mesma faixa etria cometiam erros semelhantes nos testes de inteligncia de Binet, o

    que o leva a acreditar que o pensamento se desenvolve gradativamente. aqui que comeam

    seus estudos a cerca do desenvolvimento das habilidades cognitivas.

    Em 1921 Jean Willian Piaget volta para a Sua para tornar-se diretor de estudos do Instituto

    Jean-Jacques Rousseau na universidade de Genebra, e dois anos depois casa-se com Valentine

    Chtenay, com quem tem trs filhos: Jacqueline (1925), Luciene (1927), Laurent (1931), cujos

    comportamentos e desenvolvimentos foram estudados meticulosamente pelo pai.

    3 Turma LCN 42

  • Piaget lecionou em diversas universidades por toda Europa, e foi o nico suo a dar aulas na Universidade de Sourbone, na Frana. Tambm fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Gentica, at falecer no dia 16 de setembro de 1980 aos 84 anos, na cidade de Genebra, que o homenageou com um busto em uma de suas mais belas e conhecidas praas. Este notvel suo publicou mais de 500 artigos cientficos e cerca de 100 livros, dos quais o mais prestigiado A Epistemologia Gentica.

    Epistemologia Gentica, que entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.

    Convm esclarecer que as teorias de Piaget tm comprovao em bases cientficas. Ou seja, ele no somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligncia mas, experimentalmente, comprovou suas teses.

    TEORIAS DE PIAGET

    Os indivduos se desenvolvem intelectualemente a partir de de exerccios e estmulos oferecidos pelo meio que os cercam.

    Para Piaget o comportamento resultado da interao entre o meio e o indivduo. Quanto mais complexa for esta interao, mais ''inteligente'' ser o indivduo.

    De acordo com Piaget o indivduo s recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para receb-lo.

    O professor deixa de ser o ator principal e passa a ser um intermediador do conhecimento, auxiliando o aluno na busca do aprendizado.

    Educar, para Piaget, ''provocar a atividade'', estimular a busca do conhecimento. A inteligncia para Piaget o mecanismo de adaptao do organismo a

    uma situao nova.

    Os indvduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exerccios e estmulos oferecidos pelo meio que os cercam.

    A construo da inteligncia sefaz em etapas sucessivas, cada uma distinta da outra em complexidades crescentes, encadeadas umas s outras. Piaget define como ''construtivismo sequencial''.

    3 Turma LCN 43

  • 1. PERODO SENSRIO- MOTOR: do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.

    A ausncia da funo semitica (representao de um significado = sentido, valor, nome ). A

    inteligncia trabalha atravs das percepes e das aes atravs dos movimentos do prprio

    corpo.

    2. PERODO SIMBLICO: dos 2 aos 4 anos, aproximadamente.

    Neste perodo surge a funo semitica que permite o surgimento da liguagem, desenho.

    3. PERODO INTUITIVO: dos 4 aos 7 anos, aproximadamente. a idade ''idade dos

    porqus'', pois o indivduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real.

    4. PERODO OPERATRIO CONCRETO : 7 aos 11 anos.

    O indivduo consolida as conservaes de nmero, substncia, volume e peso. J capaz de

    ordenar elementos por seu tamanho (grandeza).

    5. PERODO OPERATRIO ABSTRATO : dos 11 anos em diante.

    o pice do desenvolvimento da inteligncia e corresponde ao nvel de pensamento hipottico-dedutivo ou lgico matemtico.

    3 Turma LCN 44

  • IMPACTO DE PIAGET NA SOCIEDADE

    Um grande impacto foi o fato de Piaget descobrir que a transmisso de conhecimentos limitada. A criana s aprende o que ela tem condies de assimilar e mesmo assim ela s vai se interessar se este contedo em termos cognitivos. ( cognitivos: adquirir; que faz falta para a criana).

    O lema o professor no ensina, ajuda o aluno a aprender, do Mtodo Psicogentico, criado por Lauro de Oliveira Lima, tem suas bases nestas teorias epistemolgicas de Jean Piaget. Existem outras escolas, espalhadas pelo Brasil, que tambm procuram criar metodologias especficas embasadas nas teorias de Piaget. Estas iniciativas passam tanto pelo campo do ensino particular como pelo pblico. Alguns governos municipais, inclusive, j tentam adot-las como preceito poltico-legal.

    Conhecer sua obra, portanto, pode ajudar o professor a tornar seu trabalho mais eficiente. Algumas escolas planejam as suas atividades de acordo com os estgios do desenvolvimento cognitivo.

    Piaget deixa claro que crianas no raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e smbolos da maturidade psicolgica.

    ''O conhecimento no pode ser uma cpia, visto que sempre uma relao entre objeto e sujeito.''

    3 Turma LCN 45

  • Johann Heinrich Pestalozzi

    3 Turma LCN 46

  • Johann Heinrich Pestalozzi Inovador da educao, Pestalozzi lanou as bases da educao moderna ao conceber um sistema de

    ensino prtico e flexvel, que procurava estimular as faculdades intelectuais e fsicas da criana. Para

    a mentalidade contempornea, amor talvez no seja a primeira palavra que venha cabea quando

    se fala em cincia, mtodo ou teoria. Mas o afeto teve papel central na obra de pensadores que

    lanaram os fundamentos da pedagogia moderna. Nenhum deles deu mais importncia ao amor, em

    particular ao amor materno, do que o suo Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).

    Sntese das Idias A escola idealizada por Pestalozzi:

    - No apenas uma extenso do lar, mas inspira-se no ambiente familiar, (atmosfera de segurana e

    afeto);

    - O amor a plenitude da Educao: s o amor tem fora salvadora capaz de levar o homem

    plena realizao moral.

    - Na viso de Pestalozzi, a criana se desenvolve de dentro para fora.

    - Um dos cuidados principais do professor deve ser o de respeitar os estgios de desenvolvimento

    pelos quais a criana passa.

    O Mtodo de Pestalozzi:

    - Do mais fcil e simples, para o mais difcil e complexo, do conhecido para o novo e do concreto

    para o abstrato, o ideal aprender fazendo;

    - O processo educativo deve englobar trs dimenses humanas para uma formao tambm tripla:

    intelectual, fsica e moral;

    - O mtodo de estudo deveria reduzir-se a seus trs elementos mais simples: som, forma e nmero

    (posteriormente, a linguagem);

    - Nas suas escolas no havia notas ou provas, castigos ou recompensas;

    - Mais importante do que o contedo, o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

    3 Turma LCN 47

  • Concluso

    Pestalozzi foi um dos pioneiros da educao moderna, influenciando profundamente todas as

    correntes educacionais, e longe est de deixar de ser uma referncia. Fundou escolas, cativava a

    todos para a causa de uma educao capaz de atingir o povo, num tempo em que o ensino era

    privilgio exclusivo.

    "A vida educa. Mas a vida que educa no uma questo de palavras, e sim, de ao. atividade."

    3 Turma LCN 48

  • John Deway

    3 Turma LCN 49

  • John Dewey. John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrcola do estado norte-

    americano de Vermont. Foi professor secundrio por trs anos antes de cursar a Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da Universidade de Minnesota. Criou uma universidade-exlio para acolher estudantes perseguidos em pases de regime totalitrio. Morreu em 1952, aos 93 anos. Defendia que devemos montar um sistema educacional onde as crianas desenvolvam suas habilidades de pensar e utilizem sua energia fsica para fazer com que o aprendizado seja facilitado.

    Importante influncia sobre a educao brasileira; Movimento dos Pioneiros da Escola Nova (1932); Neste momento significativo o aspecto poltico das idias deweyanas no Brasil, mormente por

    meio da atuao de Ansio Teixeira (1900-1971).

    O educador brasileiro fez a traduo das principais obras de Dewey para a lngua portuguesa, bem como a difuso das idias deweyanas na educao brasileira.

    Experimentos comprovam que quando as crianas tm a chance de utilizar atividades fsicas que provocam seus impulsos naturais para brincadeiras, o aprendizado facilitado e ir para a escola torna-se agradvel, e no mais um fardo (Dewey, 2007, p.147)*.

    * Traduo livre: Dewey, J. (2007). Democracy and education. Middlesex: The Echo Library. Alguns pontos a serem destacados sobre a vida de John Dewey: Uma escolarizao desestimulante; Influncia da religio, no tanto pela teologia, mas a experincia democrtica e igualitria vivenciada

    em sua comunidade;

    Os congregacionalistas defendiam a autonomia para os membros de suas igrejas, no havia ordem hierrquica para nortear as relaes dos fiis. Havia um esprito de igualdade, os ministros eram eleitos, o que poderamos interpretar como uma forma de democracia religiosa.

    3 Turma LCN 50

  • Seus valores e concepes:

    Forte influncia tanto do evolucionismo das cincias naturais quanto do positivismo das cincias humanas;

    Defendia a utilizao, diante dos problemas sociais, dos mtodos e atitudes experimentais que foram bem-sucedidos nas cincias naturais.

    Trs fundamentos significativos para o pensamento Dewey:

    A biologia, a sociologia e a psicologia. A filosofia deweyana alcanar uma originalidade prpria, a partir da conjugao desses elementos.

    Prtica docente baseada na liberdade do aluno para elaborar as prprias certezas, os prprios conhecimentos, as prprias regras morais.

    Pode-se afirmar que as teorias mais modernas da didtica, como o construtivismo e as bases tericas dos Parmetros Curriculares Nacionais, tm inspirao nas ideias do educador.

    Estimular a cooperao:

    Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratrio ligada universidade onde lecionava para testar mtodos pedaggicos.

    Cooperao:

    "O aprendizado se d quando compartilhamos experincias, e isso s possvel num ambiente democrtico, onde no haja barreiras ao intercmbio de pensamento", escreveu.

    Experimentao x Educao:

    A experincia educativa , para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos.

    Refletir e agir:

    Reflexo e ao devem estar ligadas, so parte de um todo indivisvel. Dewey acreditava que s a

    inteligncia d ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.

    3 Turma LCN 51

  • Karl Marx

    3 Turma LCN 52

  • Karl Marx.

    Diretamente, como um educador, no me consta nenhuma meno de Marx. Deixa sim, como filsofo e pensador econmico, todo um legado de teses , trabalhos e livros que se tivessem

    colocados em prtica efetivamente, talvez hoje o mundo tivesse uma menor diferena entre as

    classes , o que possibilitaria tambm acesso a uma educao melhor, principalmente nos pases

    subdesenvolvidos.

    Para Marx o ensino deveria ser universal, obrigatrio, pblico e gratuito, principalmente no ensino

    fundamental. Este ensino no deveria ser oferecido pelo Estado, pois ele a representao da

    burguesia no poder. Caberia ao Estado propiciar as condies materiais para a efetivao da escola

    politcnica, que seria gerida pelos trabalhadores, no sentido de implementar a educao para os

    alunos, formando indivduos sociais plenos.

    Dessa forma, percebemos que Marx prope uma sociedade livre das condies de contradio, das

    classes sociais e da explorao do trabalho. nesse sentido que a educao vista como fator de

    transformao social e ponto central para a construo das novas condies da vida humana

    3 Turma LCN 53

  • Lev Vygotsky

    3 Turma LCN 54

  • Lev Vygotsky

    BIOGRAFIA

    Lev Semenovitch Vygotsky nasceu em 1896 em Orsha, pequena cidade perto de Minsk, a capital da Bielo-Rssia, regio ento dominada pela Rssia (e que s se tornou independente em

    1991, com a desintegrao da Unio Sovitica, adotando o nome de Belarus). Seus pais eram de uma

    famlia judaica culta e com boas condies econmicas, o que permitiu a Vygotsky uma formao

    slida desde criana. Ele teve um tutor particular at entrar no curso secundrio e se dedicou

    desde cedo a muitas leituras. Aos 18 anos, matriculou-se no curso de medicina em Moscou, mas

    acabou cursando a faculdade de direito. Formado, voltou a Gomel, na Bielo-Rssia, em 1917, ano da

    revoluo bolchevique, que ele apoiou. Lecionou literatura, esttica e histria da arte e fundou um

    laboratrio de psicologia - rea em que rapidamente ganhou destaque, graas a sua cultura

    enciclopdica, seu pensamento inovador e sua intensa atividade, tendo produzido mais de 200

    trabalhos cientficos. Em 1925, j sofrendo da tuberculose que o mataria em 1934, publicou A

    Psicologia da Arte, um estudo sobre Hamlet, de William Shakespeare, cuja origem sua tese de

    mestrado.

    3 Turma LCN 55

  • O QUE PENSOU

    Para Vygotsky, a aprendizagem um processo social e, por isso, deve ser mediada. Nessa concepo, o papel da escola orientar o trabalho educativo para estgios de desenvolvimento ainda no alcanados pelo aluno, impulsionando novos conhecimentos e novas conquistas a partir do que j sabe, constituindo uma ao colaborativa entre o educador e o aluno.

    Z.D.P a zona proximal de hoje o nvel de desenvolvimento real amanh". Ou seja: aquilo que nesse momento uma criana s consegue fazer com a ajuda de algum, um pouco mais adiante ela certamente conseguir fazer sozinha

    INTERACIONISMO so as relaes interpessoais, de troca com o meio.

    MEDIAO O sentidos das coisas atribudo atravs de representaes simblicas, atravs da lngua, da linguagem que realiza a mediao entre a coisa e a compreenso da coisa.

    INTERNALIZAO Momento onde o aprendizado se completa, quando a criana ao refletir sobre o nome e o significado, consegue abstrair o significado e torn-lo universal.

    ALGUMAS FRASES

    O saber que no vem da experincia no realmente saber;

    O caminho do objeto at a criana e desta at o objeto passa por outra pessoa

    3 Turma LCN 56

  • Maria Montessori

    3 Turma LCN 57

  • Maria Montessori. A descoberta feita por Montessori de algumas leis que regem a aprendizagem da criana, to

    diferente dos contedos das teorias pedaggicas da poca, e o desenvolvimento gradual e progressivo de uma pedagogia baseada nas etapas do desenvolvimento foram talvez sua maior contribuio pedagogia moderna. So os princpios norteadores montessorianos, baseados nas etapas do desenvolvimento biopsicolgico infantil, que constituem o grande valor histrico das proposies da educadora italiana. Rebatendo as crticas de que tal mtodo gera o caos em sala de aula, Nedel acentua: Em uma classe montessoriana, ver-se-o crianas envolvidas com as mais diversas atividades, simultaneamente: uns esto trabalhando com matemtica, outros com linguagem outros com arte, outros com cincias, geografia, astronomia, dinossauros. No existe caos na classe montessoriana. Existe uma ordem, mas no aquela ordem da escola tradicional, onde todos sempre fazem o mesmo tipo de atividade.

    Maria Montessori chegou Educao atravs do seu trabalho na Medicina, e no pela via tradicional da prpria Pedagogia, como professora. Foi uma pioneira em diversos sentidos. Na poca, final do sculo XIX, praticamente a nica carreira aberta s mulheres era o Magistrio. Ela queria Medicina, o que no era permitido. Conseguiu licena especial do Ministro da Educao para fazer o curso e enfrentou toda a sorte de dificuldades, inclusive boicote de professores e colegas. S para dar um exemplo: por ser mulher e devido aos preconceitos da poca, no podia assistir e praticar a dissecao de cadveres com os colegas do sexo masculino. Sobrou para ela o turno da noite, em que, sozinha no necrotrio, podia fazer tal atividade. Sendo, porm, uma pessoa muito determinada, venceu todos os obstculos e conseguiu se formar. Imbuda do esprito cientfico, era uma grande observadora do comportamento humano. Sua inteligncia, seu esprito cientfico, seu poder de observao e a crena na Biologia, de que nenhum comportamento sem causa ou objetivo, levaram-na a desenvolver uma teoria de aprendizagem baseada na natureza humana, no desenvolvimento humano. Quando, a insistentes pedidos de autoridades e professores, resolveu escrever sua teoria sobre Educao e Desenvolvimento, chamou sua obra de O mtodo cientfico aplicado educao infantil e s Casas de Crianas Auto- educao nas escolas primrias (1909). Seu editor achou este ttulo um tanto longo e que talvez no fosse bom para vender. Por sua conta o chamou de O mtodo Montessori. No foi uma boa, porque no era isso que ela queria.

    3 Turma LCN 58

  • Sua abordagem era um modo de ver o desenvolvimento infantil entremeado com as condies do ambiente, e como este ambiente poderia favorecer ou atrapalhar o desenvolvimento da criana. A

    Pedagogia que Montessori desenvolveu cientfica, haja vista que proveio da observao e da

    experimentao, fundada nos princpios biopsicolgicos do desenvolvimento humano, que ela to

    bem conhecia, devido sua formao mdica. Nancy M. Rambush ressaltou que sua formao

    mdica, seu entendimento do mtodo cientfico e sua opo em favor do ambiente como fator

    crucial no desenvolvimento do organismo, combinaram-se admiravelmente a fim de produzir uma

    teoria educacional original, atribuindo novos papis tanto ao professor quanto ao aluno

    A descoberta feita por Montessori de algumas leis que regem a aprendizagem da criana, to diferente dos contedos das teorias pedaggicas da poca, e o desenvolvimento gradual e

    progressivo de uma pedagogia baseada nas etapas do desenvolvimento foram talvez sua maior

    contribuio pedagogia moderna. Nas palavras de Montessori, o estudo da psicologia da criana,

    em seus primeiros anos de vida, descortina ante nossos olhos tais maravilhas que ningum, vendo-as

    com entendimento, pode furtar-se a ficar profundamente sensibilizado. Nosso trabalho como

    adultos no consiste em ensinar, mas em auxiliar a mente infantil no seu trabalho de

    desenvolvimento (Maria Montessori, in The absorbent mind, p. 28 ). Portanto, a meu ver, o grande

    valor histrico da contribuio de Montessori educao no um mtodo, nem os materiais

    (maravilhosos) que ela desenvolveu, mas os princpios norteadores, baseados nas etapas do

    desenvolvimento biopsicolgico infantil. Enquanto o desenvolvimento humano seguir os mesmos

    passos, como tem sido desde a Criao at nossos dias, os princpios que Montessori descobriu no

    podero tornar-se dmod ou obsoletos. Serviram tanto s crianas da primeira Casa dei Bambini

    (1907) quanto s atuais.

    Aps ter concludo o curso de Medicina (1894) e a residncia (1896), Montessori foi designada como Mdica Assistente da Clnica Psiquitrica da Universidade de Roma. Ali, veio a ter contato

    com crianas deficientes, na poca chamadas de idiotas e consideradas ineducveis, pois no se

    acreditava que a idiotia tivesse qualquer chance de ser tratada ou diminuda. No havia tratamento,

    nem mdico nem pedaggico, para estas crianas. Eram apenas reunidas em uma sala e trancadas

    chave. No havia qualquer brinquedo, qualquer material, nem sequer para distra-las. 3 Turma LCN 59

  • Um dia, Montessori passava por uma destas salas, quando viu uma mulher servindo a refeio s crianas, mas com tal desprezo e rejeio que Montessori parou para inquiri-la sobre o razo de

    tanta ojeriza por aquelas crianas. A mulher respondeu que eram como animais que, depois de

    comerem o po, atiravam-se ao cho, disputando as migalhas. Montessori ento observou que as

    crianas, em vez de comerem as migalhas, amassavam-nas formando bolinhas ou outros objetos.

    Como tinha esprito cientfico e sabia que a natureza no age sem razo ou objetivo, ps-se a

    observar essas crianas, por vrios dias, e concluiu que elas tinham uma inteno ao fazer isso.

    Como no havia brinquedos nem nada na sala, amassavam as migalhas para fazer imitaes de

    objetos e brincar com isso. Montessori ficou to surpresa com a observao que pediu autorizao

    direo do hospital para trabalhar com essas crianas. Voltou-se novamente aos estudos, com

    destaque para dois mdicos franceses, Jean-Marie Itard, que trabalhou, no sculo XVIII, com surdos

    e com o menino selvagem de Aveyron, e Edouard Sguin, que havia desenvolvido um mtodo

    fisiolgico para o tratamento de crianas deficientes. Fez tambm estudos de Psicologia e

    Antropologia, para auxili-la a compreender melhor essas crianas. Trabalhava com elas diariamente

    das 8h s 19h. Desenvolveu seus primeiros materiais educacionais para eles.

    Ao fim de dois anos trabalhando na Escola Ortofrnica, fundada graas a seu trabalho, Montessori resolveu aplicar o teste de alfabetizao utilizado nas escolas primrias de Roma e para surpresa

    geral essas crianas passaram no teste! A repercusso, por toda Europa, foi enorme, como no

    poderia deixar de ser. Entretanto ela, na sua modstia, disse: Estes dois anos de prtica na Escola

    Ortofrnica (1899-1901) so, na verdade, meu primeiro e nico verdadeiro diploma em pedagogia

    (Montessori, in E. M. Standing. Maria Montessori: her life and work, p. 29).

    Depois, a partir de l907, com a primeira Casa dei Bambini, no conjunto habitacional do bairro San Lorenzo, Montessori pde realizar um de seus sonhos, h tempos acalentado: trabalhar com

    crianas normais, para ver do que seriam capazes. L, desenvolveu atividades com crianas, filhas

    dos moradores do conjunto, portanto, de baixa renda. Muitas dessas crianas antes, por no terem

    onde e com quem ficar ou brincar, destruam os prdios e faziam todo tipo de vandalismo.

    3 Turma LCN 60

  • Entretanto, com as atividades e a metodologia empregadas por Montessori, aconteceu tambm uma revelao extraordinria. Aquela viso negativa sobre a infncia, de que as crianas s aprendiam sob

    presso, rgida disciplina e controle, veio completamente abaixo. As crianas gostavam de aprender,

    ou de trabalhar, como dizia Montessori, movimentavam-se tranqilamente pela sala de aula,

    aprendiam muito, levavam o aprendido para sua vida em casa ou qualquer outro lugar. Como ela

    mesma disse, as crianas ali revelaram sua verdadeira natureza, que consistia em gostar de

    aprender, quando o ambiente propcio, desenvolvendo suas potencialidades.

    Na abordagem montessoriana, o ambiente da sala de aula preparado para as mais diversas atividades, de acordo com as etapas do desenvolvimento. As crianas tm liberdade de se

    dirigirem s atividades para as quais so atradas e trabalharem naquilo, por quanto tempo

    desejarem. Assim, em uma classe montessoriana, ver-se-o crianas envolvidas com as mais diversas

    atividades, simultaneamente: uns esto trabalhando com matemtica, outros com linguagem outros

    com arte, outros com cincias, geografia, astronomia, dinossauros etc. No existe caos na classe

    montessoriana. Existe uma ordem, mas no aquela ordem da escola tradicional, onde todos

    sempre fazem o mesmo tipo de atividade. Vem-se crianas trabalhando sozinhas, outras em

    pequenos grupos e h tambm atividades coletivas. Elas podem trabalhar sozinhas, ora em duplas ou

    trios e trocar de atividade e de grupo, conforme sua vontade.

    No h tumulto, todos respeitam o trabalho alheio, comunicam aos colegas suas descobertas. Outro aspecto importante: as crianas se movimentam dentro da sala de aula. No h uma diviso entre

    atividades intelectuais na classe, atividades fsicas no recreio, como na escola tradicional. Atividade

    intelectual, artstica e movimento esto conjugados numa classe montessoriana. difcil conceber a

    aprendizagem escolar nestes moldes, mas existe e possvel e tambm desejvel. E para quem no

    acreditar, como eu, ao ler meu primeiro livro sobre Montessori, s visitar escolas montessorianas

    para crer. Foi o que eu fiz, porque simplesmente no podia crer que o que estava no livro poderia

    ser realidade. Digo quase como Jlio Csar com seu Vim, vi e venci. Eu diria: Vim, vi e... fui

    vencida!. Tornei-me montessoriana!

    3 Turma LCN 61

  • Outro detalhe do mtodo Montessori: o agrupamento das crianas por idade, na mesma sala: trs a seis anos, nove a doze, e assim por diante. Nas escolas tradicionais, mesmo as

    melhores, as crianas da pr-escola esto agrupadas por idade: dois anos, trs anos, quatro

    anos. Depois, por srie: 1, 2, 3. Para Montessori, as crianas de 1a a 3a sries podem

    estudar juntas.

    Nas escolas tradicionais, todos fazem as mesmas atividades, ao mesmo tempo. O professor decide tudo: o que fazer, como fazer, por quanto tempo fazer. Um dos principais

    problemas gerados por esta metodologia que no se leva em considerao as diferenas

    individuais, principalmente em relao ao tempo. H excesso de cpia no dia-a-dia da escola,

    e nem todas as crianas conseguem copiar a lio no mesmo tempo. H sempre os

    retardatrios que atrapalham o esquema do professor. Na minha vida de professora e de

    supervisora de estgio, tanto no magistrio 2 grau, quanto 3 grau (Pedagogia), tenho visto as

    mais terrveis aberraes em sala de aula. As atividades de 1 srie, em geral, so um horror,

    pelo menos nas escolas pblicas que eu costumava visitar. Como justificar que um aluno

    permanea na 1 srie por cinco anos? Em geral, a culpa atribuda ao aluno. E os

    professores, a escola, eles no tm responsabilidade nenhuma nesta tragdia?

    3 Turma LCN 62

  • Michel Foucault

    3 Turma LCN 63

  • Michel Foucault Resenha Michel Foucault - De 1926 a 1984

    Nascido em uma rica famlia de mdicos em 1926 em Poitiers, no sul da Frana, Michel Foucault desde pequeno se viu preso em paradigmas que o fizeram se questionar sobre as verdades pr

    existentes e j concretizadas na sociedade. At a segunda dcada de vida, Foucault tentou o suicdio

    vrias vezes aps a famlia descobrir sobre sua homossexualidade.

    Aos 20 anos foi estudar psicologia e filosofia na cole Normale Superieure, em Paris, onde obteve o diploma em psicopatologia em 1952. Durante sua formao Foucault sempre demonstrou gostar de

    pesquisar e debater assuntos que envolvessem principalmente a psicologia, a sociologia, a histria, o

    direito e a medicina. Em seus estudos de investigao histrica, o filsofo tratou diretamente das

    escolas e das ideias pedaggicas na Idade Moderna. Em vez de tentar responder ou discutir as

    questes filosficas tradicionais, Foucault desenvolveu critrios de questionamento e crtica ao

    modo como elas so encaradas. Por meio de uma anlise histrica inovadora, o filsofo viu na

    educao moderna atitudes de vigilncia e adestramento do corpo e da mente. Para Foucault, a

    escola uma das "instituies de sequestro", como o hospital, o quartel e a priso, ou seja, so

    aquelas instituies que retiram compulsoriamente os indivduos do espao familiar ou social mais

    amplo e os internam, durante um perodo longo, para moldar suas condutas, disciplinar seus

    comportamentos, formatar aquilo que pensam, etc.

    Foi Foucault quem pela primeira vez mostrou que, antes de reproduzir, a escola moderna produziu, e continua produzindo, um determinado tipo de sociedade. comum a educao ser encarada

    como um valor nico, invarivel e redentor. Mas Foucault a via enredada em seu contexto cultural.

    Por isso, o ensino que em uma poca considerado a salvao do ser humano, em outra pode ser

    visto como nocivo. A primeira consequncia desse procedimento mostrar que categorias como

    razo, mtodo cientfico e at mesmo a noo de homem no so eternas, mas vinculadas a

    sistemas circunscritos historicamente. 3 Turma LCN 64

  • Paulo Freire

    3 Turma LCN 65

  • Paulo Freire. Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife

    Pernambuco, foi alfabetizado pela me, que o ensina a escrever com galhos de rvore

    no quintal da casa da famlia.Com 10 anos de idade, a famlia mudou para a cidade de Jaboato.Na adolescncia comeou a desenvolver um grande interesse pela lngua Portuguesa, aos 22 anos de idade, comeou a estudar direito na Faculdade de Direito do Recife,casou-se com a professora primria Elza Maia Costa Oliveira com a qual teve cinco filhos e comeou a lecionar no Colgio Oswaldo Cruz em Recife.

    No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educao e cultura do SESI, (alfabetizao de adultos). Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro onde apresentou um trabalho importante sobre educao e princpios de alfabetizao. A alfabetizao de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador, conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crtica e atuante na vida social e poltica.

    Apresentou uma sntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosfico de sua poca (existencialismo cristo, a fenomenologia, a dialtica hegeliana e o materialismo histrico). Em 1963 no Rio Grande do Norte, ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, desenvolveu um mtodo inovador de alfabetizao, adotado inicialmente em Pernambuco.

    Mtodo do Paulo Freire Paulo Freire desenvolveu um mtodo de alfabetizao baseado nas experincias de vida das

    pessoas, trabalhava as chamadas palavras geradoras a partir da realidade do Cidado, Por exemplo, um trabalhador de fbrica podia aprender tijolo, cimento, um agricultor aprenderia cana, enxada, terra, colheita etc. A partir da decodificao fontica dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertrio.

    O mtodo Paulo Freire dividido em trs etapas

    Investigao: aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.

    * Tematizao: codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social,

    tomando assim conscincia do mundo vivido. .

    3 Turma LCN 66

  • * Problematizao : aluno e professor buscam superar uma primeira viso mgica por uma viso crtica do mundo, partindo para a transformao do contexto vivido.

    O mtodo Paulo Freire estimula a alfabetizao dos adultos mediante a discusso de suas

    experincias de vida entre si. Atravs de palavras presentes na realidade dos alunos, que so

    decodificadas para a aquisio da palavra escrita e da compreenso do mundo. A concepo

    freiriana procura explicitar que no h conhecimento pronto e acabado. Ele est sempre em

    construo. No comeo de 1964, foi convidado pelo presidente Joo Goulart para coordenar o

    Programa Nacional de Alfabetizao. Logo aps o golpe militar, o mtodo de alfabetizao de Paulo

    Freire foi considerado uma ameaa ordem pelos militares. Viveu no exlio no Chile e na Sua,

    onde continuou produzindo conhecimento na rea de educao. Sua principal obra, Pedagogia do

    Oprimido, foi lanada em 1969. Paulo Freire detalha seu mtodo de alfabetizao de adultos,

    retornou ao Brasil no ano de 1979, aps a Lei da Anistia durante a prefeitura de Luiza Erundina, em

    So Paulo, exerceu o cargo de secretrio municipal da Educao, logo aps comeou a assessorar

    projetos culturais na Amrica Latina e frica morreu na cidade de So Paulo, de infarto, em

    2/5/1997

    3 Turma LCN 67

  • Obras do educador Paulo Freire:

    - A propsito de uma administrao. Recife: Imprensa Universitria, 1961.

    - Conscientizao e alfabetizao: uma nova viso do processo. Estudos Universitrios Revista de Cultura da Universidade do Recife.

    - Educao como prtica da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.

    - Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.

    - Educao e mudana. So Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.

    - A importncia do ato de ler em trs artigos que se completam. So Paulo:

    Cortez Editora, 1982.

    - A educao na cidade. So Paulo: Cortez Editora, 1991.

    - Pedagogia da esperana. So Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.

    - Poltica e educao. So Paulo: Cortez Editora, 1993.

    - Cartas a Cristina. So Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.

    - sombra desta mangueira. So Paulo: Editora Olho dgua, 1995.

    - Pedagogia da autonomia. So Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.

    - Mudar difcil, mas possvel (Palestra proferida no SESI de Pernambuco).

    Recife: CNI/SESI, 1997-b.

    - Pedagogia da indignao. So Paulo: UNESP, 2000.

    - Educao e atualidade brasileira. So Paulo: Cortez Editora, 2001.

    3 Turma LCN 68

  • Philippe Perrenoud

    3 Turma LCN 69

  • Philippe Perrenoud

    O pensador dos Ciclos e Competncias

    Philippe Perrenoud, 60 anos, doutor em sociologia e antropologia, ele d aulas nas

    Faculdades de Psicologia e de Cincias da Educao da Universidade de Genebra,

    nas reas de currculo, prticas pedaggicas e instituies de formao. Estudioso

    da rea de formao de alunos e professores;

    A favor dos ciclos de aprendizagens, sem que haja a repetio de ano;

    Escola para todos e com igualdade de oportunidade de aprendizagem, com

    objetivo e uma ateno maior queles com mais dificuldade de aprendizagem, sua

    prioridade fazer com que os alunos fracos e mdios tenham sucesso;

    Diz que o professor deve estar sempre em busca de uma formao contnua, bem

    como evoluindo suas competncias sem esquecer que a afetividade ajuda a

    desenvolver as competncias de seus alunos e a prepar-los para o mundo.

    3 Turma LCN 70

  • Robert Gagn

    3 Turma LCN 71

  • Robert Gagn. Psiclogo americano,foi a ponte entre o comportamentalismo e o construtivismo.

    Pioneiro na aprendizagem de instruo.

    Ressalta 5 tipos de aprendizagem

    Verbal-

    Aprendizagem em tudo que se fala.

    Estratgias cognitivas

    So os planos de como fazer, memorizar algo, tipo frmulas, como aprender alguma coisa.

    Atitudes

    Emocional, como agir em determinadas situaes.

    Habilidades motoras

    Aprender a escrever, desenhar,tocar violo.etc

    Habilidades intelectuais

    Aquisio de informao.

    Robert Gagn tambm descreve Nove tipos de instrues no processo de ensinar so elas:

    Ganhar ateno

    3 Turma LCN 72

  • Usar algo atraente para cativar ateno dos alunos.

    Informar objetivos

    Esclarecer o que ser estudado, e como sero aplicados.

    Estimular Memria

    Relembrar a ultima aula, antes de comear novo contedo.

    Aprendizagem de Estmulo

    Encorajar estudante a aprender novo material.

    Orientar para aprendizagem

    Ajudar os alunos a aprender

    Eliciar desempenho

    Permitir o estudante apresentar a aprendizagem

    Feedback

    Proporcionar discusses com aluno.

    Avaliar desempenho

    Proporcionar aluno perodo de recuperao

    Estimular reteno e transferncia

    Proporcionaro aluno transmitir o que aprendeu

    3 Turma LCN 73

  • Rudolf Steiner

    3 Turma LCN 74

  • Rudolf Steiner. Rudolf Steiner nasceu em Kraljevec, na ustria, em 1861, e viveu seus primeiros anos em uma

    paisagem magnfica, cercada de montanhas. Seu pai era maquinista e esperava que o filho se tornasse

    um engenheiro. Por influncia paterna, cursou Cincias Exatas no Instituto de Tecnologia de Viena.

    Mas foi durante os estudos tcnicos, na Alemanha, que passou a ter contato com as ideias filosficas

    de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) e de outros pensadores. Aos 22 anos, Steiner foi

    contratado para organizar os escritos de Goethe. Ao mesmo tempo em que editava e catalogava as

    obras do filsofo alemo, comeou a desenvolver sua prpria linha de pensamento, a Antroposofia, e

    sua teoria pedaggica, a Pedagogia Wadorf. Em 1884, ele escreveu sua obra mais conhecida: A

    Filosofia da Liberdade. Por fim, em 1913, Steiner se mudou para Dornach, na Sua, onde construiu a

    sede da Sociedade Antroposfica, por ele fundada. E foi nessa localidade que ele morreu, em 1925.

    Mais do que uma concepo de ensino, o filsofo, educador e artista Rudolf Steiner (1861-1925) criou uma linha de pensamento que enxerga o homem alm do material. a Antroposofia, que

    prega o conhecimento do ser humano aliando f e cincia. Sua Pedagogia um reflexo dessa forma

    de pensar, que sobrevive h um sculo. A Pedagogia Waldorf, desenvolvida por ele, aplicada em

    escolas especficas. So cerca de 800 ao redor do mundo, 50 espalhadas pelo Brasil. Tudo comeou

    quando o diretor de uma fbrica em Stuttgart, na Alemanha, pediu que Steiner o ajudasse na

    fundao de uma escola para os filhos dos funcionrios. A empresa chamava-se Waldorf-Astoria -

    da o nome dado ao mtodo de ensino, nascido em 1919.

    Vrias das caractersticas da Pedagogia desenvolvida naquela poca permanecem nas escolas Waldorf, como a diviso em perodos de sete anos, os setnios. O primeiro vai at o fim da troca da

    primeira dentio, o que ocorre por volta dos 7 anos de idade. Na Educao Infantil, Steiner v a

    importncia de estimular a imaginao. Do 1o ao 8o ano de estudo, o aluno tem um nico docente,

    que ministra as matrias bsicas. Do 9o ao 12, surge a figura do tutor. Ele leciona uma das

    disciplinas e tem o papel de acompanhar de perto o desenvolvimento de seus discpulos.

    3 Turma LCN 75

  • Steiner defende que, nessa fase da vida, de extrema importncia um referencial de autoridade. A figura do professor valorizada

    A figura do professor valorizada. Steiner combate a Educao massificada e valoriza as caractersticas individuais. Ele adota o conceito de quatro temperamentos bsicos, descritos

    inicialmente pelo grego Hipcrates (460-377 a.C.), para explicar por que crianas em estgios

    similares de desenvolvimento reagem a estmulos de formas diferentes.

    3 Turma LCN 76

  • 3 Turma LCN 77