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CPLP | Metas de desenvolvimento do milénio | Terceiro relatório de progresso 2012 1

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COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LINGUA OFICIAL PORTUGUESA (CPLP)

Metas de Desenvolvimento do Milénio

Terceiro Relatório de Progresso 2012VERSÃO RESUMIDA

Progresso, Oportunidades e Desafios

MAIO de 2012

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FICHA TÉCNICA

Título: Estudo sobre as metas do desenvolvimento do milénio nos países da cplp

Data: Maio del de 2012

Propriedade: Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC)

Equipa de Pesquisa: Tomás Vieira Mário e Samora Nuvunga

Grupo de Referência da FDC: Marta Cumbi

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Sumário Executivo

Quando, em Setembro de 2000, os líderes mundiais adoptaram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), na Cimeira do Milénio, em Nova Iorque, decidiram que 2015 seria o limite temporal para o alcance das metas acordadas. A escassos três anos dessa data, todas as nações do mundo são chamadas a reflectir sobre o ponto em que cada um se encontra e os esforços que necessita empreender, para cortar a meta, em tempo útil.

Enquanto isso, junto das Nações Unidas e de outras instâncias relevantes, já decorrem reflexões iniciais sobre uma Nova Agenda de Desenvolvimento Internacional pós-2015, para cuja participação a CPLP deverá mobilizar-se quanto antes, com o pleno envolvimento de todas as forças de cada país membro: governos, parlamentos, sector privado, sociedade civil, a academia, etc.

Todos os Estados que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aderiram ao compromisso assumido formalmente pelos líderes mundiais na Cimeira do Milénio, ocasião em que declararam o seu compromisso de não poupar esforços para libertar os homens, mulheres e crianças, das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema, à qual estão submetidos mais de 1000 milhões de seres humanos”.

Para o alcance desde desiderato foi estabelecido um quadro global de desenvolvimento humano, operacionalizado através de Oito ODM principais, cuja maioria deve ser alcançada até 2015, tendo 1990 como ano base. Os oito objectivos a serem perseguidos são:

• Erradicar a pobreza extrema e a fome;

• Atingir a educação básica de qualidade para todos.

• Promover a igualdade entre os sexos e a capacidade da mulher.

• Reduzir a mortalidade infantil.

• Melhorar a saúde materna.

• Combater o HIV e SIDA, a malária e outras doenças

• Garantir a sustentabilidade ambiental.

• Estabelecer uma parceria global para o desenvolvimento.

Uma lista de 21 metas (inicialmente 14) e 60 indicadores (inicialmente 48) correspondendo a estes 8 Objectivos foram estabelecidos como meios de garantir progresso comum dos ODM ao nível global, regional e nacional.

O presente documento é a versão resumida do terceiro relatório de acompanhamento de progresso dos oito Estados membros da CPLP relativamente aos esforços empreendidos por cada um, rumo aos ODM. O primeiro relatório foi apresentado na Conferência das Fundações da CPLP, realizada em Agosto de 2009, na República de S. Tomé e Príncipe e o segundo, na Conferencia realizada em Maio de 2011, em Lisboa. Esta versão resumida constitui uma edição especial, por ocasião da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos países membros da CPLP, de Julho de 2012, em Maputo.

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A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) faz parte da rede das Fundações da CPLP que se têm reunido regularmente para trocar experiências, estabelecer parcerias e advogar em assuntos de interesse comum. Assim, os relatórios de progresso dos ODM são preparados pela FDC, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, como resultado do compromisso assumido, por ocasião do 5º Encontro das Fundações da CPLP, que teve lugar em Setembro de 2008 em Maputo. Os mesmos visam providenciar informação que auxilie os governos e parceiros de desenvolvimento a reavaliarem e revigorarem as suas iniciativas, rumo ao cumprimento dos compromissos que assumiram na Declaração do Milénio, para a erradicação da pobreza extrema e da fome e, em última instância, aliviar as populações dos respectivos países do sofrimento humano.

Nessa perspectiva, o presente relatório é um documento de actualização de progresso, centrado sobretudo nos dois últimos anos (2010 e 2011) e elaborado na base de dados recolhidos através de uma vasta pesquisa documental, incluindo relatórios nacionais de progresso dos ODM, documentos de estratégias e planos de combate á pobreza e de promoção do desenvolvimento, incluindo de agências das Nações Unidas.

2. Mundo avança deixando para trás a maioria dos países membros da CPLP

As Nações Unidas têm estado a monitorar regularmente o progresso dos países em desenvolvimento na redução da pobreza extrema, e em Abril passado, o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicaram o Relatório de Monitoria Global dos ODM, de 20121. Partindo de

1 Global Development Monitoring Report: Food Price, Nutrition and the Millennium Development Goals. The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank, 2012

dados e conhecimento de especialistas de todas as regiões, o relatório conjunto do BM e FMI actualizou os números regionais e globais da pobreza para 1981-2008 e preparou estimativas preliminares (para uma amostra mais pequena) para 2010.

O documento realça que em 2011 o mundo viveu mais um choque de impacto global: os preços internacionais dos alimentos atingiram o pico pela segunda vez em três anos, dando azo a preocupações sobre uma repetição da crise dos preços de alimentos de 2008 e as suas consequências sobre os pobres. O Índice do Preço dos Alimentos do Banco Mundial subiu 184 por cento de Janeiro de 2000 a Junho de 2008. Em Fevereiro de 2011, o índice atingiu o pico de 2008, depois de uma descida significativa em 2009, e ficou próxima do pico em Setembro.

As implicações regionais e nacionais de preços altos e voláteis de alimentos são enormes, sobre os esforços rumo `as metas do milénio, pois implicam altas facturas de importação, espaço fiscal reduzido e grande transmissão de preços mundiais ao custo de vida local. Não obstante este panorama, ao qual se associa a crise economica global, e em particular na zona Euro, o mundo, em termos globais, continuou a registar progressos, ainda que de forma regionalmente dispersa.

As mais recentes estimativas foram elaboradas na base de mais de 850 inquéritos familiares de quase 130 países em desenvolvimento, com 90 por cento da população do mundo em desenvolvimento. Os resultados de 2005 e 2008, na sua maioria produzidos por institutos estatísticas nacionais, são baseados em entrevistas a um universo de 1.23 milhões de famílias escolhidas aleatoriamente.

Segundo mostram os inquéritos, cerca de 1.29 biliões de pessoas vivem com menos de $1.25 por dia, equivalente a 22.4 por cento da população dos países em desenvolvimento. Isto contrasta com o número de 1.9 biliões de pessoas em 1990,

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ou seja, 43.1 por cento. Estimativas preliminares indicam que a taxa diária de pobreza de $1.25 caiu para menos de metade do seu valor de 1990. Assim, a primeira meta de conter a pobreza extrema será alcançada antes de 2015.

A Ásia Oriental, o Pacifico, O Médio Oriente e o Norte de Africa; a Europa e a Ásia Central já alcançarem o ODM 1.a., enquanto a pobreza no Sul de Ásia e na Africa Sub-saharina mantém-se nos dois dígitos. As estimativas presentes mostram que a pobreza vai ainda cair para 16.3 por cento em termos globais até 2015. Olhando para trás em 1990, a Ásia Oriental e o Pacifico eram a região com o maior número de pessoas pobres no mundo, com 962 milhões vivendo com menos de $1.25 por dia.

Por volta de 2008, esse nível tinha caído para 284.4 milhões. Só na China, 510 milhões de pessoas viviam na pobreza pelos padrões de $1.25. Em 2008, esse número tinha reduzido para 173 milhões de pessoas. No Sul da Ásia, a taxa de $1.25 por dia decaiu de 54 por cento para 36 por cento entre 1990 e 2008.

Em contrapartida, a taxa da pobreza absoluta na maioria dos países membros da CLPLP, nomeadamente Angola, Guiné-bissau, Moçambique, S.Tomé e Príncipe e Timor-Leste, ainda comporta dois dígitos.

Tendo em conta estes factos, este relatório constata que, com as excepções do Brasil e de Cabo Verde, na sua grande maioria, os países da CPLP continuam com atrasos praticamente irrecuperáveis nos escassos três anos que restam até 2015, impondo-se-lhes decisões de políticas mais arrojadas e contundentes, e ajudas externas mais robustas, num contexto internacional adverso.

Tais são os casos de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, S.Tomé e Príncipe e Timor-Leste,

onde os índices de pobreza absoluta ainda atingem mais de metade da população, sendo pouco provável a sua redução para metade até 2015.

O sucesso de Cabo Verde, um pais praticamente sem quaisquer recursos naturais, em comparação com outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ja está criando uma nova máxima no mundo diplomático contemporâneo,: “país sem recursos, país sem problemas” – no resources, no problems!

Por seu lado, Portugal não escapou das teias do presente sistema financeiro internacional, baseado na especulação e nas fraudes bancárias por via do Capitalismo pouco regulado.

Em 2010, Portugal afundou numa inesperada crise da dívida soberana, que o levou à pior situação económica de sua democracia, tendo culminado com a demissão do Primeiro-Ministro José Sócrates e a convocação de eleições antecipadas em Junho de 2011. O novo governo social-democrata, liderado por Pedro Passos Coelho, tomou posse no mesmo mês de Junho de 2011.

A crise obrigou o país a recorrer a um programa de ajuda externa, cujas consequências constituem fonte de sérias preocupações da sociedade portuguesa, do espaço europeu e de solidariedade dos Estados membros da CPLP.

Por seu lado, a economia brasileira foi uma das últimas a serem atingidas pela crise financeira e económica mundial, e uma das primeiras a sair dela, mercê do papel estrutural assumido pelas políticas sociais na matriz do desenvolvimento do país. Como refere o Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM do Brasil, “quando estourou a bolha especulativa, a sociedade brasileira já havia cumprido e superado com

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antecedência a meta de redução da pobreza constante do primeiro Objectivo do Milénio. A meta inicial era de, até 2015, reduzir a pobreza à metade do nível de 1990. Em 2005, a meta foi voluntariamente ampliada: a redução deveria atingir um quarto do nível de 1990. E esse resultado foi alcançado em 2007 e superado em 2008”.

Assim, este relatório demonstra que apenas Brasil e Cabo Verde estão no bom caminho rumo aos ODM, sendo claramente improvável que a maioria dos restantes membros da Comunidade alcancem, sequer, as metas mais críticas dos ODM: a diminuição para metade dos índices da pobreza extrema e da fome, bem como as altas taxas de mortalidade da mãe e da criança, pelo contrário, em alguns casos, os índices da incidência da pobreza ou estagnaram nos últimos cinco anos, ou mesmo, agravaram-se.

O sucesso do Brasil mostra, claramente, que nem todo o insucesso pode ser atribuído `as multiplicas crises internacionais. Progressos mais encorajadores poderiam ter sido alcançados, apesar da crise, na base de políticas sociais mais arrojadas, tais que traduzissem o relativo crescimento económico registado nos últimos cinco anos, numa melhoria mensurável do nível de vida das populações. Nessa perspectiva, o relatório mostra que, mesmo em países como Angola e Moçambique, onde o crescimento do PIB se situou entre os 6% e os 9% no último quinquénio, os índices de pobreza ou se mantiveram inalterados ou, até, se agravaram.

A luz destas constatações, o relatório reitera às Fundações da CPLP as recomendações do segundo relatório, no sentido de empreender acções de advocacia junto dos governos da CPLP, focalizadas para a adopção de políticas e de medidas concretas, mais arrojadas, em áreas

de enfoque, criteriosamente seleccionadas. Os governos deverão estar preparados para realizar escolhas difíceis. Com constrangimentos temporais e recursos humanos e financeiros escassos, terão de escolher entre falhar todos os objectivos na data prevista ou atingir algumas metas que considerem de maior importância para o seu desenvolvimento a longo-prazo.

Nessa perspectiva, e tomando em linha de conta o sentido dado pelos diferentes indicadores dos Índices de Desenvolvimento das Nações Unidas, bem como de inquéritos nacionais sobre a qualidade de vida e os orçamentos das famílias, as políticas orçamentais deverão ter como primeiro alvo as camadas mais vulneráveis da sociedade, nomeadamente as mulheres e as crianças, o que equivale a uma concentração maior sobre os ODM 3 e 4,que se referem `a saúde da mulher e da criança.

Nesse sentido, mantêm-se, em grande medida, as recomendações feitas desde o primeiro relatório, apelando para uma maior concentração dos escassos recursos sobre as seguintes três metas.

Meta 4: Eliminar a disparidade de género a todos os níveis de educação;

Meta 5: Reduzir em dois terços a taxa de mortalidade de menores de cinco anos;

Meta 6: Reduzir em três quartos o rácio de mortalidade materna.

Como condição primeira, sine qua non, para o sucesso destas acções, torna-se mister o reforço da governação, nomeadamente com a convocação e envolvimento activo e democrático de todas as forças vivas da sociedade, em moldes que tornem efectiva a apropriação nacional dos ODM.

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3. O Contexto da Comunidade de Países da Língua Portuguesa

A Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) é uma organização multicontinental, criada em 17 de Julho de 1996 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. No ano de 2002, após conquistar a sua independência, Timor-Leste foi acolhido como país integrante. Na actualidade, são por conseguinte, oito os países integrantes da CPLP.

Um dos objectivos principais da CPLP, extraídos dos Estatutos da organização, preconiza: “A cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social” (artigo 3˚, alínea b).

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa abriga uma população superior a 230 milhões de habitantes, e tem uma área total de 10.742.000 km². Contudo, a CPLP, não se constituiu como uma entidade regional, muito menos como uma união, é uma comunidade de afectos, com características próprias, marcadas pela grande dispersão geográfica dos países membros, que se distribuem pelos Continentes Africano, Americano, Asiático e Europeu. Além disso, as assimetrias de desenvolvimento entre os países da CPLP são notórias.

Enquanto seis dos países membros (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tome e Príncipe e Timor-Leste) são Países Menos avançados (PMA) e por isso recipientes de ajuda externa para o desenvolvimento; um deles (Brasil) faz parte das chamadas novas economias emergentes, enquanto Portugal é país doador de Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD). Adicionalmente, e de acordo com a Lista de Estados Frágeis (2007), da Associação

Internacional para o Desenvolvimento (AID) – do Banco Mundial – Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são enquadrados na categoria de Estados Frágeis.2 Estas assimetrias de desenvolvimento são reflectidas pelas posições díspares que cada um dos oito países ocupa, no Índice do Desenvolvimento Humano, num total de 187 países considerados, como se segue:

Quadro 1: Posição dos Países da CPLP no Índice de Desenvolvimento Humano (2011)3

País PosiçãoNível de

Desenvolvi-mento

1 Portugal 41 Muito Alto

2 Brasil 84 Muito Alto

3 Cabo Verde 133 Médio

4 Timor-Leste 147 Muito Baixo

5 São Tomé e Príncipe 144 Muito Baixo

6 Angola 148 Muito Baixo

7 Guiné-Bissau 176 Muito Baixo

8 Moçambique 184 Muito Baixo

Fonte: Relatório Global do Desenvolvimento Humano/2011

2 H t t p : / / we b. wo r l d b a n k . o r g / W B S I T E / E X T E R N A L /EXTABOUTUS/IDA/O.contentMDK: 21389974~pagePK:51236175~piPK;437394~theSitePK:73154.html

3 Relatório Global do Desenvolvimento Humano 2011, UNDP: http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Tables.pdf

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Introdução

1. Objectivo Geral

O presente estudo tem por finalidade analisar o estágio do cumprimento das ODM nos países da CPLP e a identificação de acções de advocacia a serem realizadas pelas Fundações com vista a auxiliar os governos e parceiros de desenvolvimento a reavaliarem e redimensionarem as suas iniciativas para cumprirem com as promessas feitas no âmbito da Cimeira do Milénio, até 2015.

A escassos três anos do limite temporal dos ODM, o relatório apresenta ainda algumas reflexões sobre as tendências da agenda internacional de desenvolvimento pós-2015, pois, ainda que as metas do presente quadro fossem alcançadas – uma hipótese remota -, novos desafios colocar-se-iam ao mundo, à luz da actual conjuntura política, económica e social.

2. Objectivos Específicos

Os objectivos específicos são os seguintes:

• Avaliar o nível de progresso de cada país da CPLP rumo às Metas do Milénio;

• Identificar os desafios e constrangimentos que cada país enfrenta, assim como os desafios e constrangimentos comuns ao conjunto de países da CPLP na materialização dos ODM;

• Recomendar iniciativas para os países da CPLP redimensionarem suas acções com vista a atingir as metas e promessas em relação aos ODM;

• Recomendar à rede de Fundações da CPLP acções específicas de advocacia e sensibilização dos respectivos países para o alcance dos objectivos e metas definidas e para a agenda de desenvolvimento pós-2015.

3. Metodologia e Enfoque do Relatório

1. Revisão da Documentação

A preparação do presente relatório baseou-se sobretudo numa vasta pesquisa documental, incidindo sobre (i) Programas e Planos Estratégicos de Desenvolvimento de longo e médio prazos dos países da CPLP; (ii) Relatórios de Progresso rumo aos ODM; (iii) Relatórios Nacionais e Globais do Desenvolvimento Humano; (iv) Relatórios nacionais analíticos de desempenho económico e social dos Governos; (v) Relatórios de Organizações da Sociedade Civil de monitoria a pobreza/desenvolvimento; (vi) Relatórios de parceiros de desenvolvimento ou (vii) Revisões conjuntas Governos/Parceiros de Cooperação. Para acesso a fontes documentais internacionais, nomeadamente de Agências das Nações Unidas, houve recurso a Internet.

Coincidentemente, Brasil, Angola e Moçambique publicaram em 2010 os seus relatórios nacionais de progresso bianuais, esperando-se a respectiva actualização no próximo ano, 2013. Por essa razão, a informação de fundo contida no presente relatório reflecte essencialmente os dados do relatório de progresso de 2011.

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Por seu lado, a preparação dos Relatórios de Progresso dos ODM (nacionais e globais) é baseada numa metodologia única, estabelecida pelo Grupo de Peritos e Inter-Agências das Nações Unidas sobre os Indicadores dos ODM.4 À luz deste quadro metodológico, o esforço de rastreio de progresso rumo às Metas do Milénio procura apresentar o nível de progresso dos países, segundo uma abordagem articulada entre os seguintes tópicos:

• Diagnóstico e Tendências: Avalia a situação actual e analisa as perspectivas para a implementação dos objectivos;

• Desafios: Analisa os constrangimentos que deverão ser ultrapassados/eliminados de forma a dar cumprimento às metas do objectivo visado;

• Políticas e Programas: Apresenta as acções de acordo com as políticas e programas desenvolvidas pelos governos de cada país membro da CPLP;

• Prioridades para Assistência ao Desenvolvimento: Apresenta as tendências de assistência junto aos parceiros de cooperação internacional.

• Capacidade de monitoria dos ODM

4 O Grupo, conhecido pelas iniciais IAEG, é integrado por várias agências das Nações Unidas, instituições governamentais, regionais e sub-regionais e organizações internacionais. O Grupo é responsável não só pela preparação da informação requerida para a monitoria dos ODM, como também faz a revisão e definição de questões metodológicas e técnicas de monitoria aos ODM, providenciando também apoio técnico as instituições nacionais de estatísticas dos diferentes países. http://www.mdgmonitor.org

3.1. Enfoque do Relatório

A monitoria de progresso rumo aos ODM confere maior enfoque sobre as seguintes áreas:

I. Políticas, estratégias e planos nacionais consentâneos com os ODM;

II. Nível de cometimento político efectivo;

III. Alinhamento da ajuda com as estratégias nacionais de desenvolvimento e respectiva monitoria; e, sobretudo nos Países Menos Avançados,

IV. Capacidade nacional de gestão de riscos (crises externas, desastres naturais, mudanças climáticas,) e de grandes endemias (HIV e SIDA, malária e tuberculose).

4. Principais constrangimentos

Como foi já referido anteriormente, os oito países (da CPLP) aqui analisados apresentam diferentes estágios de evolução em relação à implementação dos Objectivos do Milénio. Um factor comum à maioria dos países da CPLP é a grande escassez de estatísticas actualizadas que permitam medir objectivamente os diversos indicadores que integram a matriz de monitoria dos ODM.

À excepção do Brasil, Moçambique5, Portugal e, embora com largos intervalos de tempo, São Tomé e Príncipe e Angola, países onde o progresso rumo às Metas do Milénio tem sido monitorado mais ou menos sistematicamente, nomeadamente através de relatórios sobre o desenvolvimento humano em geral, e sobre os ODM em particular,

5 Moçambique já publicou 3 Relatórios de Progresso dos ODM (2005, 2008 e 2010) e é o único PALOP a publicar regularmente Relatórios Nacionais do Desenvolvimento Humano, desde 1998.

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nos restantes países é manifesta a dificuldade em encontrar informação sistematizada, incluindo sobre Estratégias de Desenvolvimento de longo prazo, em que esteja expresso o propósito de apropriação nacional dos ODM e da monitoria sistemática à sua implementação.

Por outro lado, a disparidade dos anos a que os dados disponíveis se referem, bem como

o espaçamento geralmente longo entre eles, traz como primeira grande consequência a impossibilidade prática de um exercício de comparação do progresso entre os países, para não mencionar uma comparação dos países da CPLP com as respectivas regiões geográficas.

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SECÇÃO 1

Avaliação de Progresso dos ODM nos Países da CPLP

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• Angola e Moçambique têm potencial para atingir parte significativa das Metas do Milénio, mas ficam aquém das metas mais críticas : redução dos indices da po-breza para metade e das taxas de morte da criança e da mãe.

• Brasil e Cabo Verde atingem a maioria das Metas do Milénio até 2015.

• Guiné-Bissau : A crónica instabilidade politica que se prolonga há 14 anos cons-titui factor de bloqueio a quaisquer es-forços rumo à redução dos altos índices de pobreza, sendo improvável que o País alcance qualquer dos oito ODM.

• S.Tomé e Príncipe apresenta grandes progressos rumo ao acesso universal ao ensino básico, mas tem sérios desafios na maioria dos restantes ODM, com des-taque para a sustentabilidade ambiental.

• Timor-Leste regista progressos assinalá-veis rumo à meta do acesso universal ao ensino básico, com ensino primario e se-

cundario totalmente gratuitos. Contudo, os dados disponíveis indicam tendência de aumento dos índices da pobreza e ta-xas demasiado altas de mortalidade da criança e da mãe.

• Portugal enfrenta desde 2010 a pior crise economica da sua democracia, provoca-da pela crise da dívida soberana. Índices de desemprego projectados para 15% em 2012. O país ficará longe das metas estabelecidas pela Uniao Europeia, em matéria de Ajuda Publica ao Desenvolvi-mento, estabelecida nos 0,33% do Rendi-mento Nacional Bruto (RNB), ja que em 2006 a sua contribuicao foi apenas até 0,26% do seu RNB.

A seguir é feita uma avaliação sucinta do progres-so dos países da CPLP rumo ao alcance dos ODM, procurando divisar a posição em que cada um de-les se poderá encontrar em 2015, seguindo uma ordem alfabética. O quadro em baixo (Quadro 2) captura o estado de progresso dos países da CPLP rumo às metas do milénio, assim:

Avaliação de Progresso dos ODM nos Países da CPLP

Sumário Geral de Progresso dos Estados Membros da CPLPL

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Uma avaliação comparativa entre o estagio actual em que a maioria dos estados membros da CPLP se encontra e a meta estabelecida para cada objectivo, faz ressaltar a improbabilidade do alcance de muitos alvos, no escasso período de três anos que medeia ate 2015. Em casos como Guiné-Bissau, Moçambique, S.Tomé e Príncipe

e Timor-Leste, o lapso entre a meta da redução da pobreza absoluta para metade ate 2015 e o estágio actual é claramente insuperável, sendo-o também para Angola relativamente as taxas de morte de crianças e de mães em consequência de complicações derivadas de parto.

2. Estágio Actual, Meta Estabelecida e Diferença até 2015

Angola

Objectivos % Actual Meta para

2015Diferença até

2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 37 34 3

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universal 75 100 25

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher1

4450 6

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança2 193 104 89

ODM 5: Melhorar a saude da Mae3 1,400 350 1,050

ODM 6: Combater HIV

Malaria 7 5 2

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Percentagem da população com acesso a água potável.

SD 35 35

Acesso ao saneamento básico

SD 37 37

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

SD

1 Dados relativos apenas à percentagem de mulheres com assento parlamentar.2 Taxa de mortalidade em menores de 5 anos por cada 1,000 nados vidos3 Reduzir em ¾ a taxa da mortalidade da mãe em cada 100 mil nados vivos)

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Brasil

Objectivo % Actual Meta para

2015Diferença até

2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 4.8 12.5 Superada

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universalBrasil avalia o progresso, não em termos de género, mas de assimetrias raciais e regionais, como herança histórica vencida.

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher.

9 de 513DPT 15 de 81SNDS.

256 DEP. 41 SND.

247 DEP 26 SND

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 20 17,9 2,1

ODM 5: Melhorar a saude da Mãe 75 35 40

ODM 6: Combater HIV SD

Malaria 314 mil SN

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambientalBrasil reduziu o desflorestamento, de mais de 12 mil Km2 em 2008, para 7.008 km2 em 2009. Relatorio destaca controlo do desmatamento na Amazônia Legal, monitorado regularmente pelo Governo.

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

Brasil líder na luta por regras de comércio mais justas e em esforços no sentido de alcançar acesso universal a medicamentos de tratamento do SIDA e, é pro-activo em parcerias globais via cooperação Sul-Sul.

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Cabo Verde

Objectivo % Actual Meta para

2015Diferença até

2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 26.7 24 2

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universal 91.7 100 7.8

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher. 20.8

5030

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 25.7 24 Superada

ODM 5: Melhorar a saude da Mae 14,5 17,3 Superada

ODM 6: Combater HIV ---- ----

Malaria --- -- -

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Localização geográfica do arquipélago (zona do Sahel) coloca desafios ambientais especiais, em associação com condições climatéricas difíceis.

Saneamento básico ainda fraco: cerca de 60% das famílias sem acesso a sistemas de esgotos adequados.

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

Grande atracção ao investimento estrangeiro e fortalecimento do programa de apoio ao orçamento.

Guiné-Bissau

Objectivo % Actual Meta para 2015

Diferença até 2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 69.3 13 56

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universal 67.4 100 32

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher. ---

50

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 115 80 35

ODM 5: Melhorar a saude da Mãe 822 268 554

ODM 6: Combater HIV 8.0 5.9 3.9

Malaria 15 -- -

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Percentagem da população sem acesso a água potável 64 32 32.5

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

Guiné-Bissau necessita de ajuda internacional de emergência, bloqueada pela crónica instabilidade política.

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Moçambique

Objectivo % Actual Meta para 2015

Diferença até 2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 54 40 26

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universal 77.1 100 29

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher. 39.2

50 11

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 147.2 108 39

ODM 5: Melhorar a saude da Mãe 500.1 250 375

ODM 6: Combater HIV 11.5 n/a n/a

Malaria 15 -- -

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Percentagem da população com acesso a água potável 56 70 14

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

Ajuda externa cobre mais de 50% da despesa de investimento. Componente donativos igualmente alta.

Portugal

Ajuda Pública ao Desenvolvimento

Meta (União Europeia) % do RNB % Actual (2006) Diferença

0.33 0.21 0.12

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S.Tomé e Príncipe

Objectivo % Actual Meta para 2015

Diferença até 2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 69 40 29

ODM 2 : Alcançar o ensino primário universal 45 10055

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher. ---

27 23

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 52 110 77

ODM 5: Melhorar a saude da Mãe 62 17 45

ODM 6: Combater HIV -- n/a n/a

Malaria 15 -- -

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Percentagem da população com acesso a água potável 93 --- --

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

País depende de ajuda externa em mais de 80 %. Deverá melhorar gestão transparente dos recursos petrolíferos para assegurar maior ajuda internacional.

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Timor Leste

Objectivo % Actual Meta para 2015

Diferença até 2015

ODM 1: Erradicar a pobreza absoluta e a fome 50 14 36

ODM 2: Alcançar o ensino primário universal 78 100 22

ODM 3: Promover a igualdade dos sexos e a autonomia da mulher.

2844 16

ODM 4: Reduzir a mortalidade da criança. 130 103 35

ODM 5: Melhorar a saude da Mãe --- 495

ODM 6: Combater HIV n/ n/a

Malaria -- --

ODM 7: Garantir Sustentabilidade ambiental

Percentagem da população com acesso a água potável.

79.0 80

ODM 8: Estabelecer parceria global para o desenvolvimento

Timor-Leste conta com financiamentos de mais de 40 doadores bilaterais e multilaterais e centenas de ONGs que também apoiam iniciativas de desenvolvimento do país.

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SECÇÃO 2

Conclusões Gerais e Algumas Lições a Aprender

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§ Do conjunto dos 8 estados membros da CPLP, apenas o Brasil e Cabo Verde encontram-se em posição de alcançar a grande maioria dos Objectivos de Desenvolvimento do Milenio em 2015.

§ Angola: regista atrasos nos ODM1, 2, 5 e 8. A melhoria da boa governação é necessária para o alcance do ODM8.

§ O Brasil fez impressionantes progressos para atingir todas as metas mas há desigualdades de género, regionais e de renda.

§ Cabo Verde tem a maioria das metas alcançadas mas persistem desigualdades inter-municipais.

§ Guiné-bissau é o Pais que regista os maiores atrasos, sobretudo devido a uma crónica instabilidade política que bloquea qualquer estratégia de desenvolvimento de longo termo.

§ Moçambique apresenta um quadro misto: há desafios nos ODM 1, 5 e 7, sendo mais forte no ODM 8;

§ São Tomé e Príncipe apresenta um quadro de progresso que poderá alcançar alguns ODM, com a excepção da ODM1, ODM3 e ODM7;

§ Timor-Leste apresenta índices de progresso igualmente abaixo do ritmo recomendável, sendo pouco provável que alcance os ODM 1 e 2, além de sérios atrasos no ODM4;

Conclusões Gerais e Algumas Lições a Aprender

§ A grande maioria dos países da CPLP registam atrasos insuperáveis nos ODM 3,4,5 e 7, que preconizam: igualdade de género; redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna e sustentabilidade ambiental.

Algumas Liçõoes

• A experiência do Brasil ensina que com politicas sociais arrojadas é possível vencer a pobreza e as desigualdades sociais, ainda que com raízes históricas profundas.

• As altas taxas de crescimento económico de Angola e Moçambique, contrastando com os prevalecentes altos indices de pobreza absoluta, mostram que são necessarias determinadas políticas sociais para o crescimento se traduzir em desenvolvimento inclusivo.

• O sucesso mundialmente aclamado de Cabo Verde vem reforçar a convicção geral de que Boa Governação e Capital Humano podem vencer a ausência de recursos naturais.

• Os magros resultados do apoio externo prestado a Guiné-Bissau, incluindo pela própria CPLP, ensinam que instituições políticas fortes são a primeira condição sine qua non para a promoção do desenvolvimento.

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SECÇÃO 3

Nova agenda internacional de desenvolvimento pós-2015

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As Nações Unidas já iniciaram o processo de preparação de uma nova agenda internacional de desenvolvimento para a eliminação da pobreza e outras privações, no período pós-2015, ano final dos ODM.

No seu relatório anual de 2011, as Nações Unidas fazem notar que” chegou a hora de olhar para o futuro da agenda internacional de desenvolvimento à medida que se aproxima o prazo de 2015”. “Nem todos os ODM serão atingidos em 2015; mas, ainda que o fossem, muito mais progresso seria necessário, para atingir níveis mais altos de desenvolvimento sustentável para além de 2015 (por exemplo, para erradicar, mais do que travar a pobreza, como preconizam os ODM presentes)”.

As Nações Unidas notam que prevalecem valores centrais e objectivos da Declaração do Milénio que não receberam “ênfase suficiente” na agenda dos ODM. Isto inclui sustentabilidade ambiental; segurança alimentar e nutricional; abordagem de pressões demográficas; direitos humanos e boa governação e garantia da paz, segurança e desenvolvimento global sustentável.

Avaliação final dos ODM e processo pós-2015

O documento final da Reunião Plenária de Alto Nível, de Setembro de 2010, pediu ao Presidente da Assembleia Geral para, além de organizar uma reunião balanço final dos ODM em 2015, “organizar um evento especial em 2013, para dar seguimento

Nova Agenda Internacional de Desenvolvimento Pós-2015

a esforços visando o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”. Adicionalmente, a reunião recomendou ao Secretário-Geral da ONU a reportar anualmente sobre o progresso rumo aos ODM e a “fazer recomendações nos seus relatórios anuais, para mais acções para o avanço do desenvolvimento das Nações Unidas para além de 2015”.

Equipa de Trabalho da ONU apoia a preparação de uma Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

Na linha deste pensamento, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban-Ki Mon, designou a Administradora do PNUD, Helen Clark, e a Subsecretaria Geral, Departamento de Assuntos Económicos e Sociais, Sha Zukang, como responsáveis em criar um grupo de dedicados especialistas técnicos seniores, para coordenar os preparativos ao nível do sistema, rumo a uma visão unificada e um roteiro para a definição de uma agenda de desenvolvimento após 2015. A Equipa de Trabalho iniciou os seus trabalhos em Janeiro de 2012, e os seus termos de referência incluem:

• Uma avaliação dos esforços em curso dentro do sistema das Nações Unidas;

• Uma avaliação das iniciativas desencadeadas por partes interessadas externas, incluindo as instituições financeiras internacionais, a sociedade civil, a academia e o sector privado; e

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• O desenvolvimento de uma visão ao nível do sistema e o roteiro para a agenda pós-2015.

A Equipa de Trabalho integra pontos focais de todas as agências das Nações Unidas e programas, o Banco Mundial, FMI, OIC. A Equipa de Trabalho deverá preparar um relatório até Maio de 2012 que vai servir como contributo no trabalho do Painel de Alto Nível que será designado pelo Secretário-Geral para o aconselhar sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015.A composição do Painel será anunciada após a Conferência Rio+ 20.

Outras actividades propostas para a criação de um quadro do desenvolvimento pós-2015

Para além do Painel de Alto Nível, que vai ser designado após Rio +20, o PNUD planeia organizar Consultas Nacionais para estimular o debate sobre a agenda de desenvolvimento pós-2015, no período de Maio de 2012 a Janeiro de 2013.

ONGs e actores da sociedade civil interessados em participar nestas consultas nacionais deverão contactar os Escritórios Nacionais das Nações Unidas o mais rapidamente possível, solicitando a sua inclusão nas consultas.

Consultas temáticas serão igualmente promovidas a partir de Maio de 2012, envolvendo a academia, a comunicação social, o sector privado, os sindicatos, a sociedade civil e aqueles que tomam decisões. Entre os assuntos a serem considerados nestas consultas inclui-se a Saúde (com assuntos cobertos pelos ODM 4,5 e 6,mais as doenças não comunicáveis e as dinamistas da população.

Prontidão a nível nacional para a agenda pós-2015

No momento do balanço dos ODM, uma das críticas mais veementes ao presente quadro, é

percepção generalizada de que o mesmo foi concebido e transportado de cima para baixo, partindo das Nações Unidas para os países membros, sem o envolvimento directo, desde as fases de sua formulação, dos povos das nações membros. Desse “pecado original”, resultaram fracos índices de apropriação nacional, a qual esteve, amiúde, limitada a menção dos ODM nos planos periódicos de desenvolvimento dos governos.

Assim, todas as iniciativas ora em curso, em vista à formulação de uma nova agenda de desenvolvimento internacional pós-2015 sublinha os princípios da inclusividade e no sentido de baixo para cima, de modo a que, desde as fases preliminares, seja assegurado um sentimento de propriedade nacional da nova agenda.

Uma segunda crítica ao presente quadro refere-se à ausência de mecanismos de prestação de contas periódicas, por parte dos governos `as suas populações, quanto ao progresso rumo às metas traçadas.

Assim, as Fundações da CPLP, assumindo papel de vanguarda no âmbito da sociedade civil dos respectivos países, deverão chamar a si a missão de catalisadoras de movimentos de prontidão nacional para a plena participação da sociedade na formulação da agenda pós-2005 de desenvolvimento, em estreita colaboração com os governos nacionais e os escritórios locais do PNUD.

O envolvimento dos poderes municipais deve ser encarado como essencial, dado o seu papel na abordagem da temática dos assentamentos humanos degradados em torno dos centros urbanos. De igual modo, a participação activa de organizações da mulher e da juventude deverá ser considerada crucial.

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CPLP | Metas de desenvolvimento do milénio | Terceiro relatório de progresso 2012 31

1. Africa’s Development Needs: State of Implementation of various commitments, challenges and the way forward. Report of the Secretary-General. United Nations, July 2008.

2. AusAID. (2009). Estratégia para Timor-Leste 2009 a 2014 (Timor-Leste)

3. Combate a pobreza como Causa Nacional (Timor-Leste)

4. Declaração Cumprir Bissau: Desafios e Contribuição da CPLP para o Cumprimento dos ODMs. A Experiência Brasileira. Apresentação em Lisboa a 28 de Julho de 2008.

5. Documento da Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (Guiné-bissau).

6. Estatutos da CPLP

7. Estratégia de Combate `a Pobreza (Angola)

8. Estratégia Portuguesa de Cooperação Multilateral (Portugal)

9. Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável, (DNDS- Angola).

10. Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (S.Tome e Príncipe).

11. Estratégia para a Educação e Formação 2007-2017 (STP)

12. FMI. (2010). Guiné-Bissau: Nota Consultiva Conjunta das Equipas Técnicas sobre o Segundo Relatório Anual de Seguimento da Implementação da Estratégia Nacional de Redução da Pobreza: Washington

13. Gomes, Rui e Hailo Dego: Um instrumento, muitos Alvos: O Desafio de Política Macroeconómica para Timor-Leste: Centro Internacional de Politicas para o Crescimento Inclusivo, 2009.

14. GMD: 2009: “O Grupo Moçambicano da Dívida (GMD), 13 anos depois: Uma Reflexão sobre a sua Evolução e os Principais Marcos”, Maputo, Moçambique;

15. Global Development Report: Food Prices, Nutrition, and the Millennium Development Goals. World Bank/ IMF, 2012.

16. High Level UN Meeting Outcomes, September 2010 (New York) Human Development in Africa 2012 – Towards a Food Security Future, UNDP, 2012.

17. Inquérito Demográfico de Saúde (IDS- Mocambique)

Bibliografia

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CPLP | Metas de desenvolvimento do milénio | Terceiro relatório de progresso 201232

18. Inquérito ao Orçamento Familiar (2008/2009- Mocambique)

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20. Inquérito Ligeiro para Avaliação da Pobreza (ILAP2-Guine-Bissau)

21. Inquérito Demográfico e Sanitário 2008-2009 (STP)

22. Memorando da Cooperação Portuguesa, IPAD 2010

23. Managing water, energy and land for inclusive and sustainable growth: European Report on Development, EU, 2012.

24. Segundo Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DINARP II 2010-2015) – Guiné-Bissau.

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26. MUENDANE, Cardoso: 2010: “Observatórios de Desenvolvimento em Moçambique”, Lições da Experiência; PNUD, Maputo, Moçambique;

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28. OMS: 2009-2013: “Estratégia de Cooperação da OMS com os países”, Maput

29. Pacheco, Fernando: A Ajuda ao Desenvolvimento – o Papel dos agentes externos (Angola)

30. Plano Estratégico da Saúde da CPLP 2009/2012

31. Plano Nacional de Habitação Social (Angola)

32. Plano de Desenvolvimento de Médio Prazo, de 2009-2013 (Angola)

33. Plano Nacional para o Avanço Da Mulher (Mocambique)

34. Plano Nacional Integrado para o Alcance dos ODM (Mocambique)

35. Plano de Acção sobre Mudanças Climáticas (Cabo Verde)

36. Política Nacional de Desenvolvimento da Saúde 2011-2017 (Guiné-bissau).

37. Política Nacional Igualdade e Equidade de Género (PNIEG 2005-20011- Cabo Verde).

38. Programa do Governo para o Quadriénio 2009-2012 (Angola)

39. Programa Nacional para as Alterações Climáticas

40. Questionário Unificado de Indicadores de Bem-Estar (Cabo Verde)

41. Relatório de Acompanhamento dos ODM do Brasil 2010: Governo do Brasil.

42. Relatório dos Progressos Realizados para Atingir os ODM: Foco Municipal 2009 (Cabo Verde).

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CPLP | Metas de desenvolvimento do milénio | Terceiro relatório de progresso 2012 33

43. Relatório de Seguimento e Avaliação do Documento de DENARP (Guine-Bissau).

44. Relatório de Progresso dos ODM 2010: MPD-PNUD, Maputo (Moçambique)

45. ROSA: 2006: “Alcançando a Segurança Alimentar e Nutricional em Moçambique”; Conferência Internacional de Reformas Agrárias e Desenvolvimento Rural; 1 Draft, Maputo, Janeiro, 2006;

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