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Governo do Estado do Piauí Superintendência de Parcerias e Concessões – SUPARC www.ppp.pi.gov.br / [email protected] TERMO DE REFERÊNCIA NOVA CEASA TERESINA JANEIRO/2016

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TERMO DE REFERÊNCIA

NOVA CEASA

TERESINA JANEIRO/2016

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 1

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 1

3.1 Localização e Informações Sobre a Área de Abrangência da Concessão de uso .......................... 3

3.2. Informações Sobre a Área de Abrangência da Concessão ........................................................... 4

4. OBJETIVO ...................................................................................................................... 4

4.1. Geral ............................................................................................................................................. 4

4.2. Específicos .................................................................................................................................... 5

5. DIRETRIZES DO PROJETO ................................................................................................................. 6

6. REFERENCIAL DAS OBRAS PÚBLICAS ............................................................................... 7

6.1. Primeira etapa .............................................................................................................................. 7

6.2. Segunda etapa ............................................................................................................................ 11

6.3. Terceira etapa ............................................................................................................................ 12

6.4. Área sem Alteração .................................................................................................................... 14

6.5. Obrigações e Cronograma de obras ..........................................................................................14

7. CARACTERISTICAS OPERACIONAIS................................................................................ 17

7.1. Organização da Empresa Nova CEASA do Piauí ......................................................................... 17

7.2. Componentes da Equipe ............................................................................................................ 17

7.3. Recomendações ......................................................................................................................... 18

8. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA .............................................................................. 21

8.1. Receitas Obtidas ......................................................................................................................... 21

8.2. Despesas Operacionais Projetadas Estimadas ........................................................................... 22

8.3. Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) ....................................................................... 22

8.4. Fluxo de Caixa e Indicadores Financeiros ................................................................................... 23

9. PARÂMETROS DO PROJETO ......................................................................................... 24

10. ESTUDOS EXISTENTES ................................................................................................ 27

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ANEXO I – TERMO DE REFERÊNCIA

1. APRESENTAÇÃO

O presente documento tem por objetivo detalhar, aos interessados na concorrência para

outorga da Concessão de uso de imóvel público, precedida de obra de expansão, reforma e

modernização, com exploração, operação, manutenção e desenvolvimento da Nova Central de

Abastecimento do Estado do Piauí, situada no município de Teresina, as informações que

devem ser consideradas e observadas para fins de apresentação das propostas.

No escopo do Termo de Referência são apresentados os descritivos das atividades e

serviços que deverão ser ofertados, bem como a representação da área (em mapas) a ser

utilizada para implantação da Proposta, investimentos (em estruturas e logística), e parâmetros

mínimos exigidos que devem ser contemplados na elaboração da Proposta Comercial.

Na preparação de seu PLANO DE NEGÓCIOS, o licitante deverá considerar os itens e

diretrizes fixados no presente termo, porém poderá, às suas expensas, realizar outros estudos

para fins de subsidiar e identificar situações julgadas necessárias e/ou indispensáveis para

implantação do seu modelo de desenvolvimento do projeto. Todavia, para fins de

processamento e julgamento da licitação, serão considerados os estudos e anexos elaborados

pelo Poder Concedente.

É importante destacar que a função do Termo de Referência no processo em epígrafe é

apontar as demandas do empreendimento e qual as ações mínimas necessárias para que ele

possa gerar benefícios para todos os atores envolvidos no projeto.

No mais, os dados reproduzidos ao longo do texto foram colhidos nos estudos técnicos

desenvolvidos na Superintendência de Parcerias e Concessões do Estado do Piauí.

2. JUSTIFICATIVA

A partir do rompimento do arcabouço conceitual que norteava a concepção sistêmica de

intervenção da União no funcionamento das empresas estatais que detinham o controle das

Centrais de Abastecimento, grande parte dos mercados existentes nos Estados passou a

conviver com uma série de deficiências estruturais e de gestão. No caso da CEASA/PI não foi

diferente.

Mesmo tendo buscado alternativas que pudessem melhorar as condições de gestão,

tomando por base a individualização local, o Governo do Estado não conseguiu imprimir

resultados mais eficientes no que diz respeito ao desenvolvimento de um equipamento mais

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moderno, com infraestrutura de apoio adequada e com prestação de serviço voltada para fazer

funcionar a base logística operacional, ambiental e de segurança alimentar.

Assim, considerando as restrições orçamentárias e fiscais existentes, e tomando como

premissa que são imprescindíveis a execução de novas construções, reformas e adaptações da

estrutura física da atual Central de Abastecimento do Estado do Piauí, para que a Central,

melhorando sua logística de distribuição e comercialização, retome sua condição de entreposto

de referência regional, é que foram estruturados os estudos relativos ao projeto da Nova Central

de Abastecimento do Piauí.

Paralelo a necessidade de mudanças relacionadas a estrutura e logística física, é,

também, fundamental buscar a sustentabilidade financeira do empreendimento e melhores

condições operacionais para que esse novo entreposto possa gerar reflexos positivos nos custos

em todo o canal de comercialização.

No projeto modelado propõe-se a implantação de uma sistemática de funcionamento

que promova um ciclo virtuoso com reflexo positivos nos preços finais dos produtos,

beneficiando diretamente os consumidores finais, melhorando a qualidade dos produtos e

serviços prestados pelos locatários do mercado aos atacadistas e comerciantes varejistas da

cidade.

O projeto de reforma do mercado deve ser aliado a uma nova forma de administrar,

tendo em sua concepção, como foco, a questão da logística física e gerencial, cujo processo

deve ser voltado para o político-administrativo. Sendo assim, a gestão tem que atingir os

objetivos pré-estabelecidos de maneira eficaz, valorizando a utilização de profissionais

treinados e tendo a capacidade de manter a sinergia entre a comunidade de comerciantes, a

estrutura e os recursos existentes, e, os interesses do Estado.

Vale destacar que, embora a Central vise a exploração de atividade econômica, o Estado

não pode relevar sua importante função social dentro da cadeia da produção hortigranjeiro.

Atualmente, o setor hortigranjeiros é o que mais cresce no mundo e o consumo é o que

mais aumenta quando comparado com outros produtos agrícolas. No caso específico do Brasil,

a produção de frutas e hortaliças provém basicamente de pequenas áreas e tem origem

diversificada. São produtos que possibilitam alta receita por área implantada, alto nível de

empregos diretos e indiretos e dão resposta econômica mais rápida.

Em resumo, o abastecimento alimentar é estratégico como política pública e por esta

razão o Estado deve buscar alternativas que possibilitem a organização do fornecimento da

população. Mesmo com as mudanças ocorridas no âmbito da produção e no sistema de

distribuição com a chegada de novos atores, como as grandes redes de atacado e varejo, o

abastecimento das cidades continua sendo o maior desafio para a segurança alimentar.

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3. CONTEXTUALIZAÇÃO

O que aconteceu no Piauí não foi muito diferente do que aconteceu em muitos Estados

da federação no que se refere aos mercados centrais atacadistas. Depois de funcionar como

modelo de CEASA de pequeno porte até o final da década de 80 gerida pelo Governo Federal

e Estadual, a Central passou a ser administrada somente pelo Governo do Estado, e ficou sujeita

à falta de recursos humanos e financeiros.

Em 2007, por meio do Decreto nº 12.714, o Governo Estadual criou a Central de

Abastecimento do Piauí – CEAPI, uma Organização Social – OS com qualificação específica

para gerenciamento do ativo da antiga CEASA. À época foram instituídas as bases da política

pública na área de abastecimento e produção agrícola do Estado do Piauí, como forma de

implementar o desenvolvimento, demonstrando a importância da Central de Abastecimento e

de seus entrepostos e como forma de garantir à população a satisfação da sua necessidade básica

de alimentação, em quantidade e qualidade, além de fomentar a agricultura piauiense,

especialmente para os pequenos produtores de produtos hortigranjeiros.

Pelo texto do decreto, a intenção com a criação da CEAPI era lançar as bases de uma

política pública para o setor no Estado, criando uma entidade mais simples de administrar,

reduzindo os custos operacionais inerentes a uma S/A e tornando a gestão mais eficaz.

No plano prático, o que se depreende, a partir da verificação da situação atual da Central,

é que não houveram resultados efetivos com a implementação de tais mudança e o que se vê

são inadequadas condições de infraestrutura, gestão e operação, com prestação de serviços

insuficientes e de baixa qualidade, embora se trate da administração de um mercado

excepcionalmente forte e vigoroso.

Sobre isto, tem-se que todos os relatórios existentes elaborados por diversos órgãos do

Estado são unânimes em citar os problemas relacionados à infraestrutura da CEAPI, além dos

problemas de administração. A rigor, as ampliações físicas que ocorreram nos últimos anos

contribuíram para criar um caos operacional, e a ausência de continuidade na gestão da OS,

bem como a falta de profissionalização dos operadores do mercado, comprometeram a

funcionalidade do ativo e os resultados esperados pelo governo e pelos permissionários.

3.1 Localização e Informações Sobre a Área de Abrangência da Concessão de uso

O imóvel, objeto da Concessão de Uso a título oneroso, está situado na Av. Henry Wall

de Carvalho, 5000 - Parque São Joao, Teresina - PI, 64020-720, e ocupa uma área total de 24.

74. 83 há. Atualmente, por força do Decreto N.º 16.742/16, o ativo é de propriedade do Estado

do Piauí, e está registrado na Matricula Nº 1.797 do Cartório do 1º Oficio de Notas e Registro

de Imóveis, Títulos e Documentos Civil das Pessoas Jurídicas – 2º Circunscrição.

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Para efeito de melhor identificação quanto a localização do imóvel em menção, segue a

vista aérea pertinente a sua área de abrangência.

Fonte: Google Mapas.

3.2. Informações Sobre a Área de Abrangência da Concessão

A Central de Abastecimento do Estado do Piauí ocupa área total de 24. 74. 83 ha,

conforme registrada na Matricula Nº 1.797 do Cartório do 1º Oficio de Notas e Registro de

Imóveis, Títulos e Documentos Civil das Pessoas Jurídicas – 2º Circunscrição.

No estudo denominado Referencial Técnico e Ambiental constam as plantas e desenhos

com detalhamento da área de abrangência da Concessão.

4. OBJETIVO

4.1. Geral

Reforma, ampliação, operação e manutenção da Central de Abastecimento do Estado

do Piauí, em regime de Concessão Uso, a título oneroso, tomando por base os estudos e projetos

desenvolvidos pela SUPARC.

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O foco é a modelagem de uma Nova Central de Abastecimento centrada na realidade da

economia piauiense, a partir da experiência exitosa de outras Centrais de Abastecimento

(Benchmarking).

O objetivo é a implementação de um modelo que melhore e garanta, de forma

sustentável e contínua, o abastecimento de produtos hortifrutigranjeiros, florísticos e pesqueiros

de qualidade à população do Piauí.

4.2. Específicos

São objetivos específicos do projeto:

a) Atender a função social da Central de Abastecimento, proporcionando

abastecimento de produtos alimentícios para a população do Estado do Piauí,

com práticas administrativas que surtam resultados operacionais de menor custo

e maior qualidade, refletindo diretamente na modicidade dos preços dos

produtos;

b) Inovar e modernizar a Central de Abastecimento, reunindo o aprimoramento das

condições de funcionalidade, logística, eficácia, racionalidade, rendimento e

produção;

c) Contribuir para a redução dos índices de perdas e desperdícios de produtos, bem

como para a redução de resíduos;

d) Zelar pela urbanização da área concedida, possibilitando seu uso de forma

higiênica e segura;

e) Zelar pela segurança do patrimônio público, dos locatários, prestadores de

serviços e do público em geral;

f) Ampliar a concentração e o fluxo de abastecimento, distribuição e

comercialização a atacado e a varejo de produtos hortifrutigranjeiros, pesqueiros

entre outros correlacionados à atividade da Central;

g) Desenvolver e empregar medidas que visem a melhoria da mobilidade interna:

trafegabilidade, manobras, estacionamento, fluxo diário, operação de carga e

descarga. Inclusive para os portadores de necessidades especiais.

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5. DIRETRIZES DO PROJETO

a) Implementar o desenvolvimento da atividade agrícola local, fazendo a inserção, na rede

de abastecimento do estado, do pequeno produtor rural, incentivando a agricultura

familiar;

b) Buscar de forma adequada e multidisciplinar, soluções às necessidades de inovação e

modernização do abastecimento alimentar, revelando e proporcionando a todos os

seguimentos da sociedade melhores condições de preço;

c) Fortalecer o sistema local e regional de produção e comercialização promovendo a

identificação da cadeia produtiva dos principais produtos de origem vegetal e animal no

estado;

d) Promover a guarda, exposição e comercialização dos produtos segundo a identificação

agronômica dos espécimes comercializados, em áreas anteriormente identificadas:

frutas, hortaliças, tubérculos, legumes, pescados, flores, frigoríficos, cereais,

embalagens, restaurantes e lanchonetes, serviços bancários e outros;

e) Os produtos de origens do setor pesqueiro devem ser expostos e comercializados em

áreas próprias, com emprego de métodos organizacionais, comerciais, e de conservação

higiênica e sanitária, segundo as recomendações da ANVISA;

f) Deverá ser reservado, na área da Nova Central de Abastecimento, um espaço para

instalação de unidades de depósitos e de comércios de plantas ornamentais e flores,

inclusive os produtos para conservação, adubação e guarda dos mesmos. Esta área

deverá estar equidistante da área de produtos originários da piscicultura;

g) A Nova Central de Abastecimento deverá contribuir para o desenvolvimento econômico

do social do estado do Piauí, através da concepção e coordenação de projetos e

programas alimentares e nutricionais de combate à fome, inclusive com políticas de

erradicação do desperdício na sua área e em outros entrepostos, com projetos sociais

desenvolvidos em parceria com os locatários e outros entes interessados. (Inciso VII do

Dec. 12.714 de 08/08/2007);

h) Desenvolver ações que visem à fomentação do marketing e a promoção comercial do

ambiente dos usuários de áreas fixas ou de áreas livres, inclusive com a geração de

informações comerciais que promovam e facilitem o processo de comercialização;

i) Promover e divulgar amplamente as informações comerciais de mercado relativas aos

preços dos produtos, atacado e varejo, produção, promoções, safras, entressafras dos

produtos de origem vegetal tendo em vista a promoção de concorrência perfeita entre

os usuários do sistema;

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j) Evitar, de todos os modos, a prática de ações dos locatários que possam contribuir para

a formação e desenvolvimento de mercados imperfeitos dentro do novo sistema;

k) Implantar no novo sistema controles atualizados com empregos de TI para a entrada e

saída de veículos (controle da portaria), pessoas, mercadorias, com informações sobre

origem, destino, pesos de cargas, valores pagos (tarifa) volumes e preços dos produtos

e outros controles que permitam avaliar a tomada de decisões administrativas,

comerciais e financeiras, de modo a contribuir para uma gestão eficaz e de

confiabilidade;

l) Promover o acompanhamento diário/semanal/mensal do total comercializado, segundo

os produtos identificados; quantidade em estoque; índices de perdas e desperdícios,

segundo o produto, na área central de abastecimento. Quantidade de locatários com

identificação do espaço utilizado, identificação do negócio e valores pagos pela

utilização do espaço.

6. REFERENCIAL DAS OBRAS PÚBLICAS

A proposta deverá contemplar, como contrapartida mínima em obras públicas, a

reforma, expansão e modernização do imóvel existente para instalação de um novo mercado

que deverá abrigar, dignamente, os atuais permissionários, suas necessidades de mais espaços,

com oferta de serviços que tratem os produtos comercializados, atualmente, não como

mercadorias e sim como alimentos, e, dispor de área para acolher novos setores ou pelo menos

uma boa representação deles.

Do ponto de ponto de vista técnico, o mercado precisa voltar a ser um instrumento de

informação e de planejamento, tanto para o poder público como para a iniciativa privada,

facilitando a formação de preço e estimulando a concorrência, beneficiando a população, os

comerciantes e o consumidor final.

As especificações técnicas acerca das intervenções mínimas, bem como a respectiva

estimativa de custos, estão definidas no ANEXO I deste Termo de Referência, que corresponde

ao Referencial Técnico e Ambiental.

Para efeito de formulação da formulação de sua proposta comercial, o proponente

deverá observar as etapas construtivas e operacionais seguintes:

As etapas construtivas e operacionais serão as seguintes:

6.1. Primeira etapa

A primeira etapa de execução das obras contemplará as seguintes fases,

respectivamente:

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1. Construção de 5 (cinco) galpões na área A;

2. Construção de 1 (um) galpão na área B;

3. Construção da 1 (um) galpão exclusivamente para varejo na área C, denominada

- Hortomercado;

4. Construção de 1 (uma) nova portaria, com sala de apoio, posto policial, WC, e

estacionamento de motos e bicicletas na área D;

5. Interligação da nova área com a atual, pavimentando a área de ligação entre a

área A e a área do atual mercado.

Figura 1 - Área de Expansão

Fonte: Google Earth

B D

C

A

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Figura 2 - Espaço ocupado pela atual Central de Abastecimento

Fonte: Google Earth

Na nova área, portanto, é possível implantar seis novos galpões, todos com eixo

longitudinal leste - oeste, evitando a insolação frontal nas áreas comerciais, que seria totalmente

inadequado para o clima nordestino e, em especial, o de Teresina. Os galpões serão

especializados e semi-setorizados, alguns com áreas livres de módulos (pedras) que seriam os

GNP - Galpões Não Permanentes, e outros seriam os GP - Galpões Permanentes com

boxes/lojas, modulados e padronizados conforme o setor. O tamanho de boxe/loja é padrão. Os

comerciantes, de acordo com a sua eficiência, poderão dispor de um ou mais boxes contíguos,

com frente única ou duas frentes. No resumo (item 9), apresentamos o detalhamento de cada

galpão.

Outra grande inovação será o afastamento entre pavilhões de 50,0m (o ideal seriam

60,0m) (vide figura seguinte), possibilitando estacionamento para carga e descarga com 15,0 m

de largura. Junto das plataformas, duas vias de acesso com 7,0m e uma faixa intermediária para

estacionamento para veículos dos compradores, de 6,0m de largura.

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Para que o projeto arquitetônico não seja impedimento ao crescimento do atacadista e a

modernização da comercialização, todos os galpões terão:

• Pé direito de 9,00m, possibilitando a verticalização da estocagem e o uso de

prateleiras e empilhadeiras, além de criar um micro clima ameno no interior do

galpão;

• Possibilidade de construção de escritórios em mezanino;

• Os módulos (pedras) comportarão quatro paletes de 1,00 x 1,20m, pois medirão 2,00

x 2,40m (4,80m²);

• As áreas de pedra poderão ser convertidas em boxes, e vice-versa, pois o módulo

estrutural é único para as áreas permanentes ou não permanentes;

• Os galpões não devem ter plataforma elevada, possibilitando o livre trânsito das

empilhadeiras, paleteiras ou carrinhos dos carregadores entre os boxes ou módulos

e os veículos dos compradores, estacionados em frente ao galpão. Assim, reduzindo

custos de construção e evitando buscar as extremidades do galpão, acelerando o

processo comercial;

• Em lugar das alvenarias convencionais, a separação de boxes será feito com

divisórias removíveis compostas de placas cimentícias, reduzindo os custos de

fundação e possibilitando ampliações ou reduções de áreas de forma simples e ágil;

• Serviços de lanchonete e sanitários coletivos nas extremidades dos galpões;

• As redes hidráulica e sanitária possibilitarão construções de sanitários individuais

em quaisquer boxes, inclusive nos mezaninos;

3 7 # # # # #

3 7 # #

Vagas para 50 carros de varejistas

50,0016,30

2,00 2,40 7,20

w

c

w

c

L

a

n

c

L

a

n

c

15,00

15,00

6,00

7,00

7,00

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• A rede elétrica será dimensionada para possibilitar a instalação de câmaras

frigoríficas ou de climatização em quaisquer locais dos galpões;

• A coberta, em duas águas avançará 8,00m além da linha dos pilares, trazendo maior

proteção a chuva e sol nos processos de carga e descarga;

• A coberta será em telha de alumínio com isolante térmico e acústico;

• Todos os boxes terão forro, visando impedir a propagação de possível foco de

incêndio para os demais boxes;

• A cota da pavimentação a ser considerada é a existente na área urbanizada do

primeiro galpão, o PP1;

O projeto envolve a construção de um mercado varejista (Hortomercado do Piauí), no

lugar do atual mercado de animais vivos, e deverá ser composto por boxes de varejo, com

comercialização de produtos como: frutas, hortaliças, flores, carnes, pescados e grãos, e,

produtos alimentícios industrializados. Em mezanino serão disponibilizados espaços

restaurantes, praça de alimentação, lojas e boxes para produtos diversos. O

HORTOMERCADO deverá conceber o estacionamento próprio para os consumidores e

comerciantes, depósitos específicos para os vários setores, ambiente climatizado, etc. sendo um

mercado varejista modelo para Teresina.

A nova portaria será construída a partir da estrada que será implantada pelo Governo,

localizada à direita da Central, com várias baias para entrada e saída, inclusive com balança

rodoviária. Fazendo parte do conjunto, haverá a sala de apoio do entreposto, Posto Policial e os

respectivos banheiros. Ao lado, o estacionamento de motos e bicicletas, visando impedir a

circulação desses transportes no interior do estabelecimento. Haverá um pequeno setor

administrativo e banheiros coletivos. A portaria antiga não será desativada, servindo para

entrada de carros de passeio, acesso ou saída emergencial.

O depósito de carrinhos dos carregadores ficará situado no prolongamento do Galpão

da Banana, incluindo sanitários e vestiários próprios. Todas as baterias de sanitários

disponibilizarão chuveiros para uso de caminhoneiros ou locatários.

6.2. Segunda etapa

Depois de construídos os seis galpões de atacado, um de varejo (o Hortomercado), a

portaria e feita interligação com a área antiga, será procedida a transferência dos locatários, que

ocupam os galpões delimitados pelas linhas vermelhas da Figura 3 abaixo, da seguinte forma:

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• Os varejistas que atuam no entreposto serão transferidos para o galpão próprio, o

Hortomercado, na área C da Figura 1;

• Todos os atacadistas que ocupam áreas junto aos muros, serão transferidos para a

área A e B da Figura 1;

• Os locatários atacadistas que serão atingidos pela intervenção, (conforme definido

na Figura 3) serão alojados de forma temporária nos cinco galpões da área A (Fig.

1) até que a reforma dos atuais galpões seja concluída (Fig. 3). Após essa etapa,

todos os atacadistas serão organizados e setorizados nas áreas A, B e na área

reformada.

Figura 3 – Locatários transferidos e galpões desativados

Fonte: Google Earth

6.3. Terceira etapa

Todos os galpões esvaziados e circunscritos pelas linhas vermelhas da Figura 3, foram

mal concebidos e/ou mal localizados. Eles dispõem de instalações inadequadas, pé direito

baixo, não respeitam os afastamentos ideais nem uma cota única para a pavimentação. Assim,

a solução para esta terceira etapa segue a sequência descrita a seguir, constando do seguinte:

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a) Construção de dois galpões, PP3 e PP4 ao norte de PP2, após demolição dos atuais

galpões existentes naquela área. Essas novas edificações deverão obedecer a todas

as inovações propostas pelo padrão arquitetônico e construtivo do Projeto Nova

CEASA;

b) Reforma e melhoria do Galpão PP1;

c) Ampliação e reforma do galpão PP2, adequando-o ao padrão arquitetônico e

construtivo do Projeto Nova CEASA;

d) Serão recuperados os espaços de sanitários e lanchonetes, conforme o projeto

original do PP1 e PP2;

e) Os comerciantes instalados no PP1 e PP2 serão removidos para áreas nos novos

galpões enquanto ocorrer a ampliação e reforma desses galpões. Ao final desse

processo, todos os locatários voltarão aos seus espaços anteriores. Eventuais

conflitos de interesse nesse processo deverão ser negociados em momento oportuno

entre as partes envolvidas;

f) Construção do novo galpão denominado galpão das bananas, ao sul do PP1, de

forma modular, visando realocar todos os comerciantes instalados em construções

improvisadas. A construção será iniciada pela sua extremidade oeste, transferindo

comerciantes para abrir espaço para a continuidade do galpão, até sua conclusão

total. Esse galpão disporá de um estacionamento de carga e descarga com 18,0m de

largura;

g) A sede da Administração do CEAPI poderá ser reformada e adaptada para atender

as novas necessidades operacionais com a implantação do projeto Nova Ceasa,

inclusive, se necessário, com a construção de novos espaços como salas e auditório.

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6.4. Área fora do projeto de obras (Figura 4):

Figura 4 - Área fora do projeto de obras

Fonte: Google Earth

Na área da atual CEAPI há algumas construções concebidas para ações e interesses

específicos que a princípio não são contempladas no Projeto Nova CEASA como, por exemplo,

a área de 26.191,30 m² referentes ao banco de alimentos; o prédio da administração; uma central

de distribuição particular de hortifrútis ao lado da atual portaria; ao sul da Administração do

CEAPI, uma creche e o imóvel que concentra o arquivo permanente da Empresa de Gestão de

Recursos do Piauí (Emgerpi). É importante ressaltar que o banco de alimentos e a creche são

ações sociais do Estado e que administração deverá ser realizada pela concessionária do

entreposto.

6.5. Obrigações e Cronograma de obras

Os projetos, bem como o empreendimento como um todo, deverão atender a legislação

vigente e regulamentadora da atividade, bem como às normas internas da Central de

Abastecimento; Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; a Legislação

pertinente ao uso e ocupação do solo (Leis Complementares e Decretos), devendo manter os

arquivos e registros em método digital não magnético do as built das intervenções, obras e

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edificações de engenharia e arquitetura, com a finalidade de fornecer informações referentes

aos projetos e das modificações no Projeto Executivo, criando assim um arquivo e cadastro

técnico que contenha todos projetos e obras, o que será fundamental quando reparos se fizerem

necessários, ao mesmo tempo fornecerá informações técnicas fundamentais para a execução

das obras previstas nos reinvestimentos. O mesmo registro as built dos projetos e obras, deverá

ser executado a cada reinvestimento realizado.

Os projetos, bem como as obras de construção de edificações, remoção de eventuais

interferências e ligações com as redes de concessionários públicos deverão ser executadas as

expensas da CONCESSIONÁRIA.

É parte integrante dos projetos a elaboração dos documentos técnicos referentes às

seguintes atividades:

a) Infraestrutura e edificações (planta de levantamento planialtimétrico com coordenadas x,y,

projeto de sondagem, projeto de terraplenagem, projeto de drenagem, projeto de pavimentação,

com definição das espessuras e os materiais constituintes do pavimento; projeto de sinalização

vertical e horizontal, projeto de paisagismo, projeto de incêndio, projeto de redes externas

(hidráulica e esgotos, elétricas, instalações prediais e etc.);

b) Arquitetura, fundações, estrutura de concreto, instalações hidráulicas, instalações de águas

pluviais, instalações de combate a incêndio, instalações elétricas, instalações telefônicas e rede

lógica)

Por fim, a execução das obras deve atender ao seguinte cronograma:

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7. CARACTERISTICAS OPERACIONAIS

7.1. Organização da Empresa Nova CEASA do Piauí

Para que seja alcançado o resultado econômico financeiro apresentados nos demais

estudos, sugere-se, a título de estrutura operacional o seguinte:

a) Estrutura organizacional plana, horizontalizada e enxuta;

b) Poucos níveis hierárquicos;

c) Voltada para processos e não por funções especializadas e isoladas;

d) Necessidade de atender bem ao usuário;

e) Sintonia com o ritmo e natureza das mudanças ambientais;

f) Visão voltada para o futuro e para o destino da empresa e das pessoas;

g) Necessidade de criar e agregar valor as pessoas, a empresa e ao cliente;

h) Condições para uma administração participativa baseada em equipes;

i) Agilidade, flexibilidade, dinamismo e pró atividade;

j) Compromisso com a qualidade e com a excelência de serviços;

k) Busca da inovação e da criatividade.

7.2. Componentes da Equipe

Sugere-se, como base de estrutura organizacional, os componentes da equipe de Gestão

por função, com a descrição sumária e detalhada, as atividades do cargo, a jornada de trabalho,

os requisitos desejáveis para exercer o cargo e as habilidades e competências necessárias, quais

sejam:

• Gerente Geral da Nova CEASA;

• Secretária Executiva;

• Assessor Jurídico;

• Assessor Técnico;

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• Gerente Administrativo Financeiro;

• Gerente de Mercado (Entreposto Teresina);

• Encarregado do setor de Recursos Humanos e Materiais;

• Encarregado do setor de Arrecadação e Contabilidade;

• Encarregado do setor de Orientação de Mercado;

• Encarregado do setor de Manutenção e Limpeza;

• Encarregado do setor de Segurança;

• Auxiliares de segurança;

• Ajudantes de Manutenção;

• Auxiliar de pessoal;

• Auxiliar Administrativo;

• Auxiliar de Serviços Gerais;

• Orientadores de Mercado;

• Secretária das Gerências.

7.3. Recomendações

É preciso que exista uma equipe responsável pelas ações, devidamente montada,

organizada, capacitada e treinada e, a elaboração dos diversos documentos organizacionais,

manuais operacionais, regulamentos internos, contratos, etc., necessários para organizar a

operação e o funcionamento do mercado.

No caso de um mercado não é diferente, seja em novo empreendimento ou no caso da

melhoria de um mercado existente, quanto mais irracional e anacrônico se apresenta, mais

motivador é torna-lo moderno e dinâmico. Para que isso aconteça é necessário planejar as ações

organizando as etapas que se sucederão isoladas ou simultaneamente.

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Normalmente, se aproveita o período da construção civil para realizar o que se chama

os trabalhos pré-operacionais, definindo os sistemas de atividades de apoio de pessoal, material

e serviços. Estes trabalhos anteriores ao início das operações visam a preparação para a

operação do mercado, são de missões técnicas a outros mercados em operação, e treinamento

operacional de pessoal e, principalmente, formação da equipe.

Para isso, pelo menos 2, 3 ou mais técnicos da futura equipe operacional da CEASA

devem ser contratados com antecedência aos demais para serem treinados. O treinamento

abordaria os seguintes temas:

• Qualidade dos Produtos Hortícolas - classificação, padronização, embalagem e

rastreamento;

• Informática no Mercado - informações técnicas e dados estatísticos do Mercado;

• Conjuntura Técnica - produção e comercialização de hortigranjeiros, organização

do varejo da cidade;

• Ações Operacionais da Gerência de Mercado - orientação de mercado, cadastro,

portaria, vigilância, limpeza, manutenção;

• Ações da Gerência administrativa e financeira - elaboração de manuais de operação,

cobrança e arrecadação, formalização de novos contratos;

• Treinamentos, incluindo visitas assistidas a mercados em operação;

• Transferência de locatários e de áreas;

• Setorização e balanceamento de Mercado - definição da ocupação dos espaços;

• Operação Inicial - checklist;

• Avaliação do início de operações e otimização - portaria, gerência do mercado,

informações técnicas; informática, contratos, arrecadação, manutenção, segurança,

limpeza, ocupação de boxes e módulos, qualidade, classificação, padronização,

embalagem, rastreamento; organização do varejo da cidade.

Convém lembrar que, todo processo de mudança ativa reações por vários motivos e é

fundamental conhecer o comportamento do mercado e de seus usuários, e, os serviços que lhes

dão apoio, para que haja melhor aceitação e acomodação com a nova realidade. Não só a

operação do mercado, mas a governança da empresa deve obedecer padrões colocados em

manuais organizacionais, como é o caso da responsabilidade do CONSELHO DE

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ADMINISTRAÇÃO e o que é de responsabilidade da DIRETORIA, estabelecendo-se

explicitamente a responsabilidade dos setores envolvidos e como se dará, exatamente, o exame

das matérias, a análise do contencioso e a resolução de conflitos.

Na área gerencial, o segredo está na formação de uma equipe de alto desempenho, que

é aquela que desempenha sempre bem suas atividades e coopera para o crescimento profissional

dos envolvidos, para o desenvolvimento da empresa e também para o aperfeiçoamento da

própria equipe. Para isso os membros de uma equipe devem:

a) Compartilhar propósitos e metas;

b) Construir relações de confiança e respeito entre si;

c) Equilibrar tarefas e processos;

d) Planejar antes de agir;

e) Envolver a equipe na solução de problemas;

f) Envolver a equipe na tomada de decisões;

g) Respeitar a diversidade “dos outros”, individualmente;

h) Estimular a sinergia e a interdependência;

i) Recompensar desempenho individual de apoio à equipe;

j) Comunicar eficientemente;

k) Praticar o diálogo eficaz em vez do debate;

l) Identificar e solucionar conflitos de grupo;

m) Variar níveis e intensidade de trabalho;

n) Promover um equilíbrio entre trabalho e casa;

o) Criticar construtivamente o modo de trabalho da equipe; e

p) Praticar a melhoria contínua.

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8. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

8.1. Receitas Obtidas

A projeção das receitas foi realizada com base no volume de área projetada e disponível

para aluguel. Não foram feitas estimativas de crescimento, pois o aumento de volume

comercializado (t/ano) trará benefícios diretos para os comerciantes, com baixo reflexo no

aumento de receita dos negócios. Sabe-se que o aumento no volume (t/ano) do negócio também

terá reflexo positivo na arrecadação do pedágio; essa variação de receita é difícil de ser

estimada, ficando a mesma como uma folga para possíveis aumentos de custos operacionais do

entreposto.

A receita estimada do projeto constante da tabela 1 abaixo, demonstrada para o período

da concessão importa em R$ 594,7 milhões.

Conforme destacado anteriormente esse valor foi projetado em um cenário pessimista,

tendo em vista a não inclusão de outras receitas potenciais que possivelmente deverão fazer

parte do negócio.

1. RECEITAS LOCAÇÃO

RECEITA MÉDIA

MÊS TOTAL / ITEM

(R$) 537.139.300

1.1 LOCAÇÃO ATACADO

BOXE 24 249.036 74.710.769

BOXE 32 827.526 248.257.660

BOXE 50 141.866 42.559.846

LOJA GRANDE 48.640 14.591.947

MÓDULOS 322.190 96.657.057

1.2. LOCAÇÃO VAREJO

HORTI 24.320 7.295.974

FLORES 9.728 2.918.389

PEIXES/CARNES 24.320 7.295.974

ARTESANATO 5 9.728 2.918.389

ARTESANATO 10 2.432 729.597

LOJAS ALIMENTOS 53.261 15.978.182

RESTAURANTES 34.453 10.335.963

PRAÇA ALIMENTAÇÃO 42.965 12.889.553

2. RECEITAS PEDÁGIO RECEITA MÊS TOTAL / ITEM

(R$) 57.600.000

PORTARIA 160.000 57.600.000

3. RECEITA TOTAL (1+2) 594.739.300

Tabela 1 – Receitas Totais Estimadas – Nova Central de Abastecimento Fonte: Equipe SUPARC

– PI.

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8.2. Despesas Operacionais Projetadas Estimadas

As despesas operacionais projetadas para efeito do presente estudo são aquelas

referentes à pessoal: 62 servidores, manutenção (inclusive energia) e limpeza, tiveram seus

valores estimados baseados em informações técnicas. Além disso, houve a necessidade da

inclusão nas despesas operacionais de um verificador independente para acompanhar o

desempenho no entreposto com relação ao atendimento à população com a oferta de produtos

com qualidade, modicidade de preços ao consumidor e prestação de serviços eficientes na

gestão da concessionária. A margem bruta e outros resultados operacionais estão demonstrados

no fluxo de caixa anexo.

1. DESPESAS OPERACIONAIS 156.512

1.1 ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE 105.782

1.2 MANUTENÇÃO E LIMPEZA 36.000

1.3 VERIFICADOR INDEPENDENTE 14.730

2. OUTORGA 17.488

T o t a l (1+2) 174.000

Tabela 2 – Despesas Operacionais - Nova Central de Abastecimento

(Em R$ Mil). Fonte: Equipe SUPARC – PI.

8.3. Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE)

O Demonstrativo de Resultado (DRE) do entreposto é demonstrado a seguir (Tab. 3)

pelo período de 30 anos, com o intuito de possibilitar uma estimativa do fluxo de caixa para a

concessão. Para fins de demonstração de resultados, observa-se uma margem bruta de 65,88%,

indicando ser o negócio econômico e financeiramente viável.

O cálculo de PIS/COFINS teve como base de cálculo a incidência de 9,25% do valor da

RB e ISS a incidência de 5% do valor da receita brutas do período. O lucro líquido obtido é de

R$ 208.053 mil, no final do período.

1. RECEITA BRUTA 594.739,30

2. IMPOSTOS 84.750,35

PIS + COFINS 55.013,39

ISS 29.736,96

(-) CRÉDITO DE PIS + COFINS 0,00

3. RECEITA LÍQUIDA R$ 509.988,95

4. CUSTO OPERACIONAL 156.512,93

ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE 105.782,93

MANUTENÇÃO E LIMPEZA 36.000,00

VERIFICADOR INDEPENDENTE 14.730,00

5. OUTORGA R$ 17.488,60

7. MARGEM BRUTA R$ 335.987,41

8. CUSTO INDIRETO R$ 32.228,36

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CUSTOS ADMINISTRATIVOS INDIRETOS R$ 32.228,36

6. EBITDA R$ 321.347,66

10. EBIT R$ 303.759,06

PROJETO

11. LUCRO ANTES DO IR / CS R$ 303.759

12. IR / CS R$ 95.706

13. LUCRO LÍQUIDO R$ 208.053

Tabela 3 – DRE PADRÃO DO PERÍODO DA CONCESSÃO - Nova Central de Abastecimento -

(Em R$ mil). Fonte: Equipe SUPARC – PI.

8.4. Fluxo de Caixa e Indicadores Financeiros

Considerando as premissas da análise de viabilidade econômico financeira, foi possível

estimar o fluxo de caixa (Anexo – I), para os próximos 30 anos, e, desta forma, calcular os

indicadores financeiros que constam da Tabela - 4, abaixo. Ressalta-se que esses indicadores

foram levantados a partir de um cenário conservador.

A Taxa Interna de Retorno - TIR de 12,77% é avaliada como boa, tornando o

investimento viável para uma empresa que tenha capacidade financeira e experiência técnica

na gestão de centrais de abastecimento. Além disso, o payback de 9 (nove) anos justifica o

investimento previsto.

Resumo Índices Financeiros (R$ 1,00)

Investimento TOTAL 46.898.830,59

Outorga (28 anos) 17.488.604,90

Receita (30 Anos) 594.739.299,95

Despesa Operacional (30 Anos) 156.512.930,40

Lucro Acumulado (30 Anos) 208.053.257,05

Payback 9 ANOS

TIR - 30 Anos 12,77%

Tabela 4 - Indicadores Financeiros Projetados - Projeto Nova

Central de Abastecimento. Fonte: Equipe SUPARC – PI.

Fica evidenciado, nos resultados demonstrado na tabela acima (Tab. 4), que a concessão

de uso do entreposto trará inúmeros benefícios ao Governo do Estado, pois proporcionará a

geração de receita extra através da outorga; eliminará uma despesa de capital; oferecerá ao

concessionário um retorno atrativo do seu investimento e os usuários (locatários, consumidores

e outros) serão beneficiados com um novo equipamento e serviço de melhor qualidade, de

padrão comparável aos melhores entrepostos do país.

A partir da projeção do período da concessão de 30 anos, foi possível chegar a um

payback de 09 anos, que seria o tempo de retorno dos investimentos efetivamente aplicados no

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projeto. Ainda sobre os números encontrados, a forma de pagamento da outorga estabelecida,

com uma carência de 02 (dois), constitui fator, extremamente, atrativo para o negócio.

Num contexto geral, os investimentos que deverão ser realizados, o potencial verificado

no negócio e o valor da outorga estabelecido se ajustam aos objetivos e condições das partes.

9. PARÂMETROS DO PROJETO

Durante o período contratual obriga-se a concessionária a observar os parâmetros adiante

enumerados, além das atribuições legais pertinentes à matéria:

Usar, gozar, fruir, durante o prazo do CONTRATO, do imóvel OBJETO DA CONCESSÃO,

das edificações afetas à CONCESSÃO, observada a legislação aplicável e as disposições

contratuais;

Zelar pela CONCESSÃO, por meio das competentes medidas possessórias, seja extra ou

judicialmente;

Explorar o imóvel OBJETO DA CONCESSÃO adequadamente e em obediência a

CLÁUSULA 2 deste CONTRATO, além de custear as intervenções, ampliações em sua

integralidade, nos termos do seu PLANO DE NEGÓCIOS, responsabilizando-se pelo

pagamento das despesas necessárias a implantação das obras e serviços;

Preservar o bem concedido, não efetuando, nem permitindo que seja efetuada qualquer

alteração nas instalações físicas, salvo aquelas previstas nos projetos relacionados na

CLÁUSULA 7 e no seu PLANO DE NEGÓCIOS ou outras que venham a ser expressamente

determinados ou autorizadas pelo PODER CONCEDENTE;

Fiscalizar e vistoriar a ocupação dos módulos pelos LOCATÁRIOS a fim de garantir o

cumprimento das diretrizes e obrigações assumidas ANEXO 03 do CONTRATO e das normas

de vigilância sanitária e de segurança alimentar, inclusive retomando a posse dos módulos e

extinguindo as LOCAÇÕES nas hipóteses cabíveis;

Zelar pela conservação do imóvel e edificações OBJETO DA CONCESSÃO;

Prestar, tempestivamente, as informações que lhe forem solicitadas pelo PODER

CONCEDENTE ou pelo COMITÊ DE MONITORAMENTO ou todo e qualquer órgão

integrante da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal;

Submeter a prévia apreciação do PODER CONCEDENTE, na forma descrita nesta alínea, as

alterações da especificação técnica e operacional do OBJETO DA CONCESSÃO que

pretender efetuar, devendo especificar as razões para o pleito e as melhorias e vantagens

advindas da alteração sugerida;

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Fica permitida à CONCESSIONÁRIA, para melhor desempenho de suas obrigações, a

realização de alterações na estrutura organizacional interna dos módulos, incluindo a realocação

ou adaptação de equipamentos afetos a CONCESSÃO, sendo dispensada autorização prévia

do PODER CONCEDENTE;

Elaborar o REGULAMENTO DE MERCADO, contendo a forma de funcionamento e as

práticas de serviços dentro da área da CONCESSÃO, observando as diretrizes dispostas no

ESTUDO DE DEMANDA E REFERENCIAL TÉCNICO E AMBIENTAL;

Manter as condições de habilitação e qualificação nos termos exigidos no EDITAL, durante

toda a vigência do CONTRATO;

Apresentar ao PODER CONCEDENTE, até 05 (cinco) dias úteis após a assinatura do

CONTRATO, para fins de conhecimento e acompanhamento, o PLANO EMERGENCIAL DE

OPERAÇÃO que deverá ser executado durantes os primeiros 90 (noventa) dias da concessão.

O PLANO EMERGENCIAL DE OPERAÇÃO deverá contemplar, no mínimo, soluções

imediatas para coleta e destinação ou tratamento de resíduos sólidos, serviços de limpeza,

operação de portaria e segurança patrimonial dos bens reversíveis e dos locatários e usuários da

Central de Abastecimento;

Responsabilizar-se pelos ônus e obrigações correspondentes às legislações tributária,

securitária, de segurança alimentar e sanitária, ambiental e trabalhista, inclusive decorrentes de

acordos, dissídios e convenções coletivas, e obrigações previdenciárias, que correrão por sua

exclusiva conta, excetuada a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), face se

tratar de equipamento público destinado à finalidade pública, e restar configurada a imunidade

recíproca, nos termos do artigo 150, inciso VI, letra “a” da Constituição Federal;

Observar e manter as especificações funcionais, operacionais e técnicas para a prestação da

atividade vinculada ao bem objeto da CONCESSÃO, conforme definido no EDITAL e neste

CONTRATO;

Manter registro e inventário dos BENS REVERSÍVEIS e a atender as exigências legais e

regulamentares a eles relativas, empreendendo os melhores esforços para conservação;

Executar, nos termos do PLANO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICO FINANCEIRO, os

reinvestimentos em obras e equipamentos sistemas e mobiliário;

Permitir o acesso da fiscalização do PODER CONCEDENTE e do VERIFICADOR

INDEPENDENTE aos BENS REVERSÍVEIS;

Manter e remeter ao PODER CONCEDENTE, nos prazos por ele estabelecidos, dentre outras

informações, relatórios e dados do objeto da CONCESSÃO;

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Adotar boas práticas de governança corporativa;

Publicar anualmente suas demonstrações financeiras;

Adotar providências necessárias à garantia do patrimônio público e a segurança dos usuários e

locatários;

Responder civil, administrativa, ambiental, tributária e criminalmente por fatos ou omissões

ocorridas durante a prestação da DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DA CONCESSÃO, que lhe

forem atribuíveis, inclusive pelas ações ou omissões de seus empregados, auxiliares, prepostos

ou contratados;

Indenizar o PODER CONCEDENTE em razão de qualquer demanda ou prejuízo verificado

em razão de ato praticado com culpa ou dolo pela CONCESSIONÁRIA;

Manter o PODER CONCEDENTE informado sobre toda e qualquer ocorrência não rotineira,

bem como sobre quaisquer atos ou fatos ilegais ou ilícitos de que tenha conhecimento em

decorrência da prestação da DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DA CONCESSÃO;

Fornecer aos usuários as informações necessárias à devida fruição dos serviços relativos à

DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DA CONCESSÃO;

Elaborar e implementar esquemas de atendimento a situações de emergência, mantendo

disponíveis, para tanto, recursos humanos e materiais e equipamentos de segurança coletiva;

Divulgar, adequadamente, ao público em geral e aos LOCATÁRIOS a adoção de esquemas

especiais de funcionamento quando da ocorrência de situações excepcionais ou quando

ocorrerem alterações nas características operacionais dos serviços relativos ao objeto da

CONCESSÃO;

Adequar as instalações da CENTRAL para garantir a acessibilidade dos portadores de

deficiências ou mobilidade reduzida, de acordo com as disposições legais vigentes e com as

normas técnicas cabíveis;

Quanto aos locais, objetos da Permissão ou Autorização de Uso, a CONCESSIONÁRIA poderá

remanejar o Permissionário ou Autorizado da sua área de permissão/autorização por ato de

ofício, em caso de existirem razões técnicas que o justifiquem ou em situações de riscos.

A CONCESSIONÁRIA deverá manter um cadastro organizado de todos os locatários,

Autorizados ou outros Usuários que mantenham contrato com a Empresa.

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Caberá à CONCESSIONÁRIA a manutenção e funcionamento da creche e do gabinete

odontológico existentes na CENTRAL, destinadas ao uso dos LOCATÁRIOS da

CONCESSÃO;

A CONCESSIONÁRIA deverá manter, durante o período da CONCESSÃO, conforme sua

avaliação do empreendimento e nos termos de projeto de utilização do equipamento, o Banco

de Alimentos existente na CENTRAL DE ABASTECIMENTO em atividade.

Obter por sua conta e ônus, as licenças, alvarás, autorizações, etc., que porventura venham ser

exigidas por Órgãos Públicos ou Entidades competentes, não sendo responsabilizada por

atrasos verificados na atuação dos órgãos públicos ou entidades competentes, referente à

emissão das licenças e autorizações.

Responder única e exclusivamente pela segurança da área da CONCESSÃO e das pessoas que

nela trabalham ou acessem, bem como das pessoas que dela se utilizam e dos equipamentos que

forem utilizados para o desenvolvimento das atividades pertinentes a permitida nos termos do

presente CONTRATO.

Manter seguro de responsabilidade geral contra roubo, furto, incêndio, perda total, avarias

ocasionadas por dados involuntários, e danos decorrentes da conservação e uso da área da

CONCESSÃO, devendo apresentar apólice e/ou cópia da apólice ao COMITÊ DE

MONITORAMENTO até 30 (trinta) dias após a conclusão da obra.

Pagar mensal e regularmente o valor contratual avençado, na forma da cláusula doze,

inclusive as multas e penalizações, se aplicadas.

10. ESTUDOS EXISTENTES

Estarão à disposição, para pesquisa, os Estudos Finais elaborados pela Equipe Técnica

da SUPARC, que são:

• ESTUDO DE DEMANDA

• REFERENCIAL TÉCNICO

• PLANO DE OPERAÇÃO

• PLANO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRAS

• MODELAGEM JURIDICA