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Agronegócio Presence marca forte em suplementação e mineralização na região da Fronteira do RS Páginas centrais [email protected] | on Facebook: jornal terra e campo | www.jornalterraecampo.com.br Cobertura: III NACIONAL DO CORRIEDALE Jaguarão/RS Foto: Divulgação ANO XI Edição 128 15 de Março à 15 de Abril de 2014 R$ 8,00

Terra & campo março

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edição Março 2014

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Agronegócio Presence marca forte em suplementação e mineralização na região da Fronteira do RS

Páginas centrais

[email protected] | on Facebook: jornal terra e campo | www.jornalterraecampo.com.br

Cobertura: III NACIONAL DO CORRIEDALE Jaguarão/RS

Foto: Divulgação

ANO XI Edição 12815 de Março à

15 de Abril de 2014R$ 8,00

215 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

Editorial Charge Expediente

Índice

Frase destaque

Este é um momento ímpar. A agropecuária brasileira vive um momento de pujança, prospectan-do cenários de bons negócios no campo e na cidade. Nos eventos vimos à valorização da pecuária: a ovinocultura vive o seu “glamour” durante a III Nacional do Corrie-dale realizada em Jaguarão, os bor-regos PO obtiveram média de 1,5 mil reais, o que comprova o cres-cimento e a valorização do setor.

Na soja, tudo indica que teremos uma super safra, o clima ajudou e a expectativa de preço é de suba. Na pecuária, o preço do boi su-bindo e as ótimas condições de clima e condições dos campos na-tivos entusiasmam os criadores.

A expectativa é que ocorra uma grande oferta de terneiros, princi-palmente animais de cruza Angus e Braford, terão grande procura devi-do à valorização dos frigoríficos que pagam bonificação aos produtores destas raças. E por falar em negócios a expectativa é para os leilões da Ca-banha Querência, Calafate e Vacacai.Mas o momento também é festivo, vem ai a Expo Agro Afubra, um dos maiores eventos voltados à produção de Tabaco e a Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul. Em nossa próxima edição teremos a cobertu-ra deste grande evento. Boa leitura!

Devemos afinar sem desafinar...

“ “Ciro Manoel de Andrade Freitas durante a III Nacional do Corriedale.

Agenda de Leilões/ Eventos......4

Mercado / Repórter Rural..........6

Raças - Ideal ...............................7

Pecuária em destaque...............8

Cabanha Querência..................10

Soja recorde ............................12

Vence Tudo ..............................14

III Nacional do Corriedale..16 à 18

Fundado em outubro de 2002Grafik Gráfica ExpressaCNPJ: 05.038.806/0001-92

General Osório, 1400Galeria Acosta sala 10Fone: (53) 3252.2183

Diretor: Éverton NevesDepto. Comercial: Lindamar NevesJornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr.Diagramação : Matheus Ferreira da Silva

Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, Luiz Fernando Mainardi, Daniel Barros,Emerson Sabedra.

Tiragem: 10.000 exemplaresAbrangência: Regiões Sul e Campanha.Foto Capa: Divulgação

Conselho Editorial & Assessoria:

O Jornal Terra & Campo não se respon-sabiliza por conceitos emitidos em co-lunas e artigos assinados e não de-volve originais, publicados ou não.

A Rota do Braford ...................20

Artigo Dejalmo Prestes..........24

Planejamento Rural ................26

VIP Rural ...............................27

Info Afubra ...........................28

Artigo Cristiano Costalunga....30

Eqüinos ................................32Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23Fechamento publicitário: até o dia 20.

Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS

315 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

415 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

Calendário de Leilões - Março e Abril Cotações agropecuárias

Eventos - Março e Abril

Entre 10/03 à 14/03/2014 | Fonte: EMATER/RS - ASCAR

20 à 30/03VII Feira de Ventres e Touros - São Pedro do Sul/RS

28 à 30/03XI Fepoagro Feira Agropecuária - Porto Alegre/RS

01 â 06/04 XXXV Expoutono - Pelotas/RS

01 à 17/04XXXV Expofeira Agropecuária, Comercial e Industrial de OutonoSanta Vitória do Palmar/RS

11 à 13/04XX Feira do Terneiro, Terneira e Vaquilhona - Tapes/RS

Remate Pretas e Brancas: Genética de ponta na Raça Holandesa

Os compradores poderão pagar em até 20 parcelas.

Foto

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21/03Leilão CarapuçaCanal RuralEsteio/RSHorário: 21:00h

IV Remate Crioulosdo RincãoSão Pedro do Sul/RSHorário: 20:00h

Estirpe CrioulaEsteio/RSHorário: 21:00h

Remate São RafaelCanal RuralHorário: 12:30h

Redomões e ArmadasPorto Alegre/RSHorário: 21:00h

Remate SeleçãoEsteio/RSHorário: 21:00h

Leilão União da Raça CrioulaMato Grosso do Sul/MS

22/03

23/03

23/03

26/04

Gado GeralCanguçu/RSHorário: 20:00h

Gado GeralPelotas/RSHorário: 20:00h

Leilão Faz. Cerca de Pedra - União da Conquista Canguçu/RSHorário: 20:00h

Gado GeralPelotas/RSHorário: 20:00h

Gado GeralPinheiro Machado/RSHorário: 20:00h

Remate Pretas e Brancas - Holandesa Sind. Rural de Pelotas/RSHorário: 12:00h

Remate Anual Agro-pecuária Dom Vitor Santa Vitória do Palmar/RSHorário: 15:00h

20/03

25/03

27/03

18/03

Cavalos: Gado Geral:

27/03

Os criadores que desejarem ad-quirir genética de ponta na Raça Holandesa terão a oportunida-de durante o 4º Remate Pretas e Brancas. O evento promovido pelas cabanhas Maciel, Estância Vale da Prata, Estância do Pas-so Comprido e Eloy Schneider, colocarão em pista 45 matrizes.

O leilão está marcado para o dia 05 de abril – 12horas- no Par-que de Exposições do Sindicato Rural de Pelotas. Todos os ani-mais estarão sendo segurados.

Os compradores poderão pagar em até 20 parcelas, através de fi-nanciamento oficial. Desconto de 20% para pagamento à vista e 15% para pagamento em seis parcelas. “Esse remate nasceu de um pro-

jeto em que os produtores procu-ram primar pela qualidade gené-tica, mas, sobretudo pela sanidade animal” comenta o leiloeiro rural Marco Petruzzi - Rédea Remates.

Segundo Petruzzi, os animais pas-sam por uma pré-seleção pelos quatro vendedores, tendo tam-bém como diferencial a transmis-são pela internet pelo C2Rural e a presença de um consultor du-rante o remate para dirimir dú-vidas pelos compradores. “Este é um remate bastante técnico com a presença de um comen-tarista”, afirma. Mais informa-ções: (53) 9946.7188 / 9958.5154

‘‘45 lotes entrarão em pista no Parque do Sindicato Rural de Pelotas.”

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Segundo o gestor de vendas da em-presa, Maurício Prestes Bragagnollo (foto acima), a linha de minerais vem crescendo a passos largos. “Não só pela qualidade dos produtos, mas sim por termos a solução para cada sistema de criação para as mais di-ferentes fases de criação, catego-rias e diferentes estações do ano.

Nossos produtos realmente suprem as possíveis deficiências de nutrien-tes, promovendo melhor perfor-mance produtiva e reprodutiva dos rebanhos!”. Bragagnollo comentou que na linha de minerais a Presen-ce oferece produtos de excelente qualidade para diferentes fases de criação como engorda, cria, recria, manutenção e reprodução tendo em suas formulações diferentes ní-veis de macrominerais e micromi-nerais que atendam as demandas corretas para as diferentes fases.

Um exemplo simples, mas que contribui por melhores índices re-produtivos é o uso de suplementos minerais específicos para as épocas reprodutivas onde visam suprir as necessidades de minerais em maio-res concentrações principalmente para as fêmeas, e isso servirá como ferramenta auxiliar na busca por melhores taxas de prenhes e con-sequentemente mais terneiros nas-cidos, tornando o investimento em um retorno garantido ao produtor. A quantidade do suplemento ne-cessário para alcançar uma maior resposta animal vai depender da qualidade da forragem, condi-ção corporal dos animais, das di-ferentes categorias, das condi-ções climáticas, nível de oferta de forragem, entre outros fatores.

Trabalhos realizados pela equipe da Agronegócios Presence em proprie-dades de produtores rurais mostrou um incremento no ganho de peso

Agronegócio Presence - marca forte em suplementação e mineralização na região da Fronteira do RS

Estudos recentes registram um ganho de peso de 60 a 70% em comparativo com animais terminados apenas em pastagens.

Linha de Mineralização: fer-ramenta de peso e resultadosA bovinocultura de corte brasileira tem passado por extensas transfor-mações nos últimos anos devido à competição com outras fontes de proteína animal, com isso alterna-tivas e tecnologias pela busca por melhores desempenhos produtivos e reprodutivos dos animais man-tidos em sistemas intensivos ou extensivos se fazem necessárias, principalmente quando se trata da mi-neralização do rebanho nas mais dis-tintas épocas e diferentes categorias.

A melhor qualidade da carne pro-duzida no Rio Grande do Sul é adquirida através de uma série de fatores, como o clima, a qualidade das pastagens e o modo como são criados, culturalmente, os rebanhos de bovinos de corte no estado. Ou-tro forte aliado para a produção de produtos mais adequados ao atual mercado é o melhoramento gené-tico dos rebanhos, que aliado a su-plementos minerais corretos possi-bilitam o maior ganho de peso dos animais nas pastagens e com menor tempo, a chamada precocidade. Para obtermos uma carne de qualidade, precisamos abater animais jovens e com o peso de carcaça adequado.

A Agronegócios Presence, oferece produtos na linha de suplementos minerais, proteicos e energéticos para as mais distintas situações e categorias. Trabalhando em par-ceria consolidada com a Presence Nutrição Animal, a empresa esta, preocupada com a qualidade de seus produtos compreendendo os mais rigorosos processos de produção.

de 380 – 570 gramas/dia, ou seja, os animais que se encontravam na terminação em pastagem de inver-no sem nenhum tipo de suplemento obtiveram ganhos diários de 0,900 – 1,200Kg e nestas mesmas condi-ções os animais que foram suple-mentados com energético numa oferta de 0,4% do peso vivo atin-giram ganhos de 1,500 – 1,790Kg.

Linha de Suplementação: man-tendo o foco na lucratividadeTendo em vista que bovinos ali-mentados apenas por forragens podem não ter todas suas exigên-cias nutricionais atendidas, e con-sequentemente não atingir o de-sempenho compatível com seu potencial genético, é necessário o uso de rações específicas para cada categoria na dieta dos animais.Atualmente há no mercado inú-meras possibilidades de produtos à escolha do produtor rural que visa mais lucratividade em seu negócio.

Segundo Gabriel Sanes de Leon (foto acima) a linha Suplementa é a mais indicada para produto-res que irão desmamar terneiros a partir do mês de março. “Tam-bém temos uma linha de alimen-tos própria para animais de elite, que ajuda a desenvolverem o má-ximo de seu potencial genético.

A Prima Class é uma linha voltada a aumentar o ganho de peso, me-lhorar os aspectos físicos e melho-rar as taxas reprodutivas.” explica.

“ Representar uma marca de peso no mercado como a Presence é para nós um motivo de satisfação, pois a qualidade dos produtos e suas ma-térias primas, bem como todos os processos essenciais para o sucesso da nutrição, refletem toda uma li-derança inquestionável. Conseguir desmistificar que preço é o essencial em cada negociação é o nosso obje-tivo, pois, o que realmente importa para toda a cadeia produtiva são os resultados colhidos no final de cada processo – resultado de ganho do produtor.”, conclui Gabriel Sanes de Leon – diretor da Agronegócios.

Em Bagé e região de frontei-ra, os produtos Presence são revendidos pela Agronegó-cios, empresa que conta com uma equipe de profissionais Zootecnistas, aptos a prestar toda assistência técnica ao produtor, ou seja, um serviço de pós-venda, com a finalida-de de acompanhar o uso dos produtos nas propriedades, a fim de maximizar os ga-nhos do rebanho. A região da campanha apresenta-se com grande potencial no segmen-to da pecuária de corte, tal fato faz com que a Agrone-gócios busque cada vez mais alternativas para atuar em parceria com o produtor rural.

Atendendo as expectati-vas dos produtores do gado de corte, a marca Presence se consolida como a me-lhor opção em desempe-nho nos rebanhos gaúchos.Com uma linha comple-ta em produtos de suple-mentação e mineralização a empresa vem ganhando o mercado que a cada dia se torna mais competitivo.

Foto: Divulgação

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615 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

REPÓRTER RURALMERCADO Marco [email protected]

Programa Montana inicia avaliações de ultrassonografia de carcaça no RS e Uruguai

Cooperar é preciso

Foto: Divulgação

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A partir deste ano, o Programa Montana contará com mais uma ferramenta para o melhoramento genético da raça composta, a ul-trassonografia de carcaça. A técnica será utilizada para fazer as medi-ções de Área de Olho de Lombo (AOL), Espessura de Gordura Subcutânea (EGS) e Espessura de Gordura na Picanha (EGP) dos animais. Cerca de nove mil animais da safra 2012 serão avaliados para dar origem às novas DEPs (Dife-rença Esperada na Progênie) do composto tropical. Criatórios do Rio Grande do Sul e Uruguai, que contabilizam cerca de 1200 ani-mais, já começaram as avaliações.

O Programa Montana realiza as medições desde 2008, porém ape-nas em parte dos animais de cada safra para análises, estudos e de-senvolvimento das novas DEPs. Em uma reunião recente dos criadores da raça, ficou decidi-do que todos os animais nascidos a partir de 2012 serão avaliados por ultrassonografia de carcaça.

Os criatórios gaúchos contam com um rebanho bastante consistente da raça. Entre eles, estão Estân-cia da Gruta (Capão do Leão), Granja Santo Antônio (Turuçu) e Estância Santa Jovita, localizada no município de Alegrete. Juntos, somam em torno de 750 animais, que serão submetidos aos exames de ultrassonografia de carcaça.Já no norte do Uruguai, a Ca-baña Don Florentino, localiza-da na cidade de Rivera, que faz fronteira com Santana do Livra-mento (RS), cerca de 500 ani-

mais Montana também começa-ram a ser avaliados pelos técnicos.“As avaliações são importantes na busca por animais com carcaças cada vez melhores. São medidas importantes e fáceis de obter com os animais ainda vivos, além de serem muito acuradas. Com esses nove mil animais sendo avaliados, teremos mais 27 mil medições para compor o banco genético”, avalia Gabriela Giacomini, gerente de operações do Programa Montana.

As medições que estão sendo feitas irão incrementar o banco de dados já existente no Programa. Doutora em melhoramento animal e quali-dade da carne, Marina Bonin será responsável pelas medições de parte dos animais e destaca a importância das áreas avaliadas. “São informa-ções que ajudam na melhoria da raça que tem como objetivo a produção de animais melhoradores. AOL está correlacionada aos cortes nobres do animal, como os cortes do traseiro, EGS está ligado ao acabamento de carcaça e EGP às medidas de gor-dura depositadas na picanha, fato que nos ajuda a identificar os tou-ros precoces”, afirma a especialista.

O pecuarista Francisco Serralta, da Estância Santa Jovita, criador de Montana há mais de 10 anos, co-locará 300 machos e 100 fêmeas na avaliação deste ano. O produtor investe na produção de reprodu-tores para comercialização, assim como aposta no leilão de matri-zes e touros da raça, além de en-gorda de animais para abastecer a demanda de frigoríficos regionais.

A economia rural da Região Sul é baseada na agricultura familiar, com forte apelo à produção de alimen-tos tão necessários para a sobrevi-vência das pessoas que moram aqui ou em qualquer parte do mundo, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que no ano de 2050, não haverá comida suficiente para a humanidade, para suprir a demanda deverá ocorrer um aumento significativo na produção.

É das pequenas propriedades rurais que vem os alimentos que trazem fartura a nossa mesa, uma produ-ção que, sem exagero, pode salvar a lavoura mundial e livrar muita gente da fome. Nosso Estado ainda continua sendo um grande celeiro na produção de todo tipo de ali-mento, no entanto os agricultores familiares encontram dificuldades para disponibilizar os produtos. A venda é realizada de maneira infor-mal ou pelas vias de comercializa-ção dos municípios, estados e união. As famílias, na maioria das vezes, se esmeram em todas as fases do pro-cesso de produção, capricham no preparo do solo, no plantio ou se-meadura, fazem os tratos culturais, a colheita, armazenamento e comer-cialização. A cooperação dos mem-bros da base familiar, nem sempre é suficiente para tornar sustentável uma produção. É preciso cooperar.Desde os povos primitivos a co-operação é fundamental, os seres humanos necessitam dos grupos organizados para vencer as adver-sidades, para resolver não só as di-ficuldades da cadeia produtiva, mas todo tipo de barreiras: Clima, fome, doenças e tantas outras, que dei-xam de ser problemas quando se busca apoio no cooperativismo.Vejo com muito o otimismo o incen-tivo dos governos em criar progra-mas de cooperativismo, principal-

mente àqueles que vêm ao encontro das necessidades das economias de base familiar. A própria extensão rural, com o apoio da pesquisa vem atuando no sentido de qualificar as produções, especialmente na agroin-dústria. O aproveitamento dos ali-mentos na sua integralidade e nas épocas de entressafra vem se susten-tando e mantendo a cultura de nos-sos imigrantes, graças ao trabalho de profissionais competentes que atu-am na organização das famílias e na manutenção de suas raízes culturais.Na nossa região temos belos exem-plos de cooperativas bem sucedidas, a começar por as do setor de “La-ticínios” até os tradicionais “Doces de Pelotas”, mas muitos produtores necessitam de orientação. Na região, já existe um grupo de profissionais trabalhando no sentido de identifi-car problemas e demandas no setor e atuando no processo de qualifi-cação e gestão de cooperativas, me refiro especialmente ao Programa Extensão Cooperativa da Emater/RS-Ascar, o qual começa um tra-balho de introduzir melhorias téc-nico-gerenciais, produtivas e educa-cionais nas cooperativas, incentivar a criação de novas formas coope-ração, com a finalidade de melho-rar a competitividade no mercado.

Nas reportagens pelo meio rural, venho observando o desejo das fa-mílias em dar visibilidade a sua produção, em vender seus produ-tos a um preço justo, sem precisar entregar a intermediários. Aí está um problema antigo que traz de-sestímulo a quem trabalha duro o ano todo e no final do processo fica na mão de oportunistas. Iniciati-vas individuais são válidas, mas são quase atos de heroísmo, assim vale a máxima da união para vencer as dificuldades e continuar dono do próprio negócio. Cooperar é preciso.

715 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

A raça ovina IDEAL, teve sua origem na Austrália, através do cruzamento das raças ovinas Lincoln e Merino Australiano.

Os trabalhos desse cruzamento, fo-ram iniciados simultaneamente, no ano de 1880, pelos irmãos Dennis, Richard e Alexander, criadores no Estado de Victória, com proprieda-des próximas da cidade de Geelong.

O cruzamento inicial entre es-sas duas raças deu um ovi-no ½ sangue Merino Aus-traliano e ½ sangue Lincoln. Prosseguindo os trabalhos, cru-zaram as melhores fêmeas ½ san-gue, com carneiros Merino Aus-

traliano e, obtiveram um produto com ¾ de sangue Merino Aus-traliano e ¼ de sangue Lincoln. Sobre essa população ¾ Merino e ¼ Lincoln, através de seleção con-tinuada e, perseguindo um tipo de ovino que produzisse uma lã branca, com mecha longa e de finura próxi-ma a raça Merino Australiano, de-pois de cinco gerações, conseguiram produzir um “tipo de ovino” dese-jado, com características próprias.

Por alguns anos, essa raça em forma-ção se desenvolveu sem nome, dada as inúmeras divergências existentes entre os seus primeiros adeptos. A confusão foi aumentando e, em setembro de 1919, os irmãos

Dennis promoveram uma reu-nião no “Hotel Scotts” na cidade de Melbourne, capital do Esta-do de Victória, liderada por Ale-xander Dennis, para constituírem uma “Associação Australiana da Raça” e, também, para decidi-rem que nome dariam a essa raça.

Uns a denominavam “Come--Back”, outros defendiam o nome de “Polwarth”, em home-nagem ao lugar de origem dos trabalhos de formação desse tipo de ovino, costume tradicio-nal em todo o domínio inglês.

Venceu a proposta que defendia o nome de “Polwarth” para essa

nova raça australiana de ovinos. Nessa oportunidade, os produto-res reunidos discutiram também as características da raça e criaram o seu “Standard”. Haviam duas va-riedades aceitas pelos australianos, uma “aspada”, e outra “mocha”.

Muitos produtores defendiam que os “Polwarth” mochos representa-vam o ovino “IDEAL”, daí surgir à adoção na América do Sul, de “IDEAL” para identificar os pri-meiros núcleos formados na Repú-blica Oriental do Uruguai, nome que ficou consagrado por todos os produtores da deste continente, que procuraram importar sempre da Austrália os “Polwarth” mochos.

RAÇASFonte:www.abcideal.com.br

Foto: Divulgação Foto: DivulgaçãoIdeal

De família tradicional pecuaris-ta no interior de São Lourenço do Sul/RS, desde menina De-borah Helwig Brauner já se in-teressava pelas ovelhas. Era ela na sua meninice a encarregada de cuidar dos guaxos. A meni-na virou mulher e com o casa-mento a paixão pelos ovinos au-mentou ainda mais, quando na companhia do marido passou a se dedicar a criação de ovinos.

No início, o rebanho da Fazen-da Casa Nova – distrito de Bo-queirão- era modesto, apenas 10 animais, mais como diz um dito popular “do pouco se faz o muito”, atualmente o rebanho da família Brauner é de aproximadamen-te 200 animais. Das ovelhas de cruza amerinada, a lã de quali-dade foi o passo inicial para que

Deborah Brauner: Criadora, artesã e militante da ovelhaPaixão de infância se tornou negócio na Fazenda Casa Nova.

Deborah começasse a desenvolver a sua arte: transformar lã em pe-ças de vestuário - acessórios para trabalho e decoração. “Meu arte-sanato é todo caseiro, pois o be-neficiamento da lã é feita em casa desde a esquila, preparo, lavagem, cardação, fios, tingimento com ervas e chás da nossa região até a confecção das peças”, comenta.

Aos poucos Deborah foi par-ticipando de Feiras e Exposi-ções Agropecuárias na região, sendo que neste ano, participou pela primeira vez da Feovelha de Pinheiro Machado, conquis-tando os prêmios em técnica li-vre, técnica mista e tecelagem.

Mais do que produtora e artesã é uma militante da ovelha, atu-ando como segunda secretária da

APOCSUL – Associação dos produtores de ovinos e caprinos de São Lourenço do Sul- entidade esta, fundada por três produtores

apaixonados por ovelhas, Ricardo Serpa, Elisa Rollof e Paulo Régio Brauner, esposo de Deborah.

Foto: Mickael Freitas

Deborah Brauner.

815 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

As raças de gado em qualquer lu-gar do mundo são tema de gran-des discussões (acaloradas muitas vezes) entre pecuaristas e técnicos. Defendem-se raças como defen-demos time de futebol, ideologia política e religião. Parece brinca-deira, mas quem é do meio sabe que é bem mais ou menos assim.

Como ocorre a definição do uso de uma raça? Porque no Brasil a raça Nelore é predominante e no sul do país temos o Angus como a raça líder? Porque nos Estados Unidos o Angus é dominante? Porque no Uruguai e Argentina predominam o Hereford e An-gus e o zebuíno quase não tem expressão? Porque na Austrália aparecem com destaque além de Angus e Hereford os sintéticos Santa Gertrudis e Droughtmas-ter? E na Europa, porque raças tão diferentes? Pois bem, vamos avançar nestas questões e outras relacionadas às raças neste texto.

Não há como contestar que a na-tureza é soberana e que algumas raças são bem mais eficientes em certos ambientes. Nas condições subtropicais do Brasil (combina-ção de calor e umidade) o Nelore é insuperável. Foi inicialmente se-lecionado para sobreviver a agora vem sendo selecionado para ser resistente e muito produtivo. Em algumas situações os animais cru-zados e sintéticos desempenham bem nas mesmas condições que o zebuíno, mas em sistemas de pro-dução especializados (ex: cruza-mento terminal) ou propriedades mais tecnificadas. Fala-se muito em tolerância ao calor, mas o pro-blema para as raças europeias não é só a temperatura, mas a presença de umidade (nosso caso). Reba-nhos Angus, Hereford, Simental e outros são bem eficientes no México e África do Sul, mas lá é seco meu amigo, desértico em al-guns locais. Repetidamente vemos ciclos de tentativas de introdução de raças não adaptadas em certas regiões. A lógica acontece e estes projetos não avançam. São modis-mos de curta duração e quando se olha para trás não se entende como ocorreu. Tipo blazer com ombreira (era bonito demais). Com o segundo posto de im-

portância no ranking de escolha de raças está o mercado, pois os pecuaristas que estão nesta ativi-dade com propósito produtivo e comercial miram sempre a renta-bilidade. Aí entram grandes dife-renças entres os países já citados. Os Estados Unidos tem um sis-tema de classificação de carcaças que diferencia muito os animais conforme a qualidade da carcaça (maturidade, peso, gordura, mar-moreio, relação músculo: gordura, etc) e assim a escolha da raça pas-sa a ter mais importância, pois o mercado está solicitando uma es-pecificação de produto e esta será alcançada com a combinação de raça e sistema de produção. O di-recionamento dos Estados Unidos para a produção e valorização de carnes Choice e Prime respondem por grande parte do crescimen-to da raça Angus. Na Austrália, onde o mercado internacional é o principal destino da carne de qua-lidade ( Japão e Coreia) a grande exigência por carcaças pesadas e marmorizadas direciona a escolha de raças pelos confinamentos e consequentemente pelos criadores. Para o mercado doméstico as es-pecificações são distintas (carcaças mais leves e menos gordas) e as-sim outras raças podem ser usadas, porém ocorre especialização do produtor para o mercado A ou B. No Brasil a grande maioria da car-ne produzida (aprox. 85%) é des-tinada para o mercado doméstico e os padrões exigidos são baixos ou inexistentes. A classificação de carcaças para fins de compra dos animais ainda não é o mais usual e o sistema mais corrente é o paga-mento por peso de carcaça ou até por peso vivo. Naturalmente que esta situação não pressiona o pe-cuarista a buscar genética para isto ou para aquilo do ponto de vista de composição de carcaça e qua-lidade de carne. O Uruguai possui mais anos de praia que o Brasil no mercado internacional de carne e para sustentar a posição de expor-tador de carne de qualidade teve que padronizar seu rebanho em Hereford e Angus. De outra parte, em sistemas pastoris (com perío-dos de restrição alimentar) a cria destas raças é mais eficiente que com as continentais. Na Europa as raças de corte tem uma função

RAÇAS: modas, religiões, paixões e mercado

ARTIGOFernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238)Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

PECUÁRIA EM DESTAQUE

bem distinta das nossas, pois são selecionadas para cruzamento com raças de leite e assim justificam-se raças como o Limousin, Blonde D`Aquitane, Belgian Blue e tantas outras com hipertrofia muscular, pois o objetivo é adicionar mús-culo em matrizes leiteiras grandes suficientes para parir um bezerro de qualquer genética. A matriz do rebanho europeu é o inverso da nossa e a grande população de bo-vinos é de gado de leite e a carne vem daí. Esse é um dos motivos para o Angus na Escócia ou In-glaterra ser tão grande quanto um Charolês. Os subsídios da pecuária europeia também geram algumas distorções na escolha das raças.

O sistema de produção é um deter-minante importante da eleição de raças. Em sistemas muito extensi-vos, onde a rusticidade (leia-se “to-lerância à fome”) é fundamental a raça quase pouco importa, pois estando adequadas ao ambiente as diferentes raças desempenharão de forma muito similar, ou seja, pro-duzirão muito pouco. O rebanho de cria formado por raças ou bi-ótipos menores sofrerá um pouco menos e reproduzirá um pouco mais, porém o nível geral de pro-dução da fazenda ainda será muito baixo. Já na situação oposta, onde o sistema é intensivo (e o acelerador está no fundo com apropriada ou alta disponibilidade de alimento) a raça passa ter grande importância, pois algumas desempenham bem e respondem ao insumo recebi-do e outras medianamente ou até abaixo do mínimo desejado. No momento que o pecuarista usa de ferramentas como a suplementa-ção ou confinamento ele passa a dar mais valor para a genética, pois a diferença existente entre as ra-ças aparece, saltam aos olhos, seja em fazendas mais ou menos or-ganizadas. Naquelas propriedades onde os indicadores zootécnicos são bem medidos e utilizados a questão fica mais evidente e a de-finição por uma raça ou outra se dá de forma mais rápida e con-sistente. Assim como acontecem nas propriedades acontecem nos países e naqueles que a pecuária é mais intensiva e profissionaliza-da a questão das raças é mais bem estabelecida. A cria nestes países

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também é mais intensiva. Quan-do os EUA passou a colocar as fêmeas em reprodução com 1 ano os problemas de parto surgiram como uma grande questão e assim aumentou a população de animais Angus (e Red Angus) e diminui a participação do Hereford e diver-sas raças continentais. A afirmati-va faz tanto sentido que até hoje nos EUA a característica mais valorizada para a compra de tou-ros Angus é a facilidade de parto.

Os modismo e paixões estão sim presentes na escolha das raças, mas estes vêm ficando cada vez mais em segundo ou terceiro planos. Criar a raça que a família criava no passado, a raça que considero mais bonita ou outras justificativas vai ficando com pouco sentido. Algu-mas raças com pouco criadores vão ficando “pequenas”, pois mesmo com grandes qualidades genéticas em sua origem, estes grupos raciais não conseguem competir (no mer-cado e no campo) com raças que vem fazendo trabalho contínuo de seleção e melhoramento. Ano a ano as distâncias em população se-lecionada e uso de tecnologia vão tornando menores as raças meno-res. As raças tem suas cores e tre-jeitos, mas não esqueça que a mão do homem (através de suas asso-ciações) é que faz uma raça forte, eficiente no campo e apropriada para o mercado. Tanto é verdade a importância do homem neste pro-cesso que a África do Sul desen-volveu raças voltadas para adap-tação naquele ambiente. Poderia lá estar dominante o Nelore ou os sintéticos (Brangus, Braford, etc), mas a competência dos homens envolvidos produziu novas raças como o Bonsmara, o Senepol, etc. Aos que esperavam que eu iria aqui defender alguma raça, desculpas pela frustração. Sou um entusiasta do assunto raças, genética e melho-ramento animal, porém cuido para a que a sujeira dos óculos não dis-torça muito a visão prática que de-vemos ter sobre este assunto. Tudo tem um porque e é bom demais pensar e estudar estes porquês.

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Foto: Assessoria Agropecuária

A Cabanha Querência realizará no dia 05 de abril o Dia de Campo que antecede ao seu remate. Lo-calizada no Alegrete/RS a caba-nha destaca-se por um importante trabalho de seleção na raça Angus, tendo como diferencial a preco-cidade sexual, facilidade de parto e fertilidade das fêmeas, que en-tram em reprodução aos 14 meses. Outro fator é a rusticidade, to-dos os animais tanto PO como PC são criados a campo, sem qualquer suplementação, sen-do totalmente adaptados as condições da Fronteira Oeste.

Com 16 anos de seleção a Ca-

Cabanha Querência realiza Dia de Campo700 ventres e 40 touros entrarão em pista.banha Querência, iniciou o seu plantel, para produzir touros para a própria propriedade. “Quan-do iniciamos o plantel este era para produzir touros para nós mesmos, queríamos uma pecuá-ria muito eficiente e produtiva”, comenta Luis Felipe Ferreira da Costa, um dos sócios da cabanha.

Costa relembra que nos primei-ros cinco anos a cabanha par-ticipou de várias exposições no estado, tendo conquistado por cinco vezes o Ranking Nacional da Raça Angus, na categoria rús-ticos. “O diferencial do rebanho Querência é o grande volume de

seleção, são poucos plantéis com mais de 800 matrizes controla-das”, comenta Fernando Furtado Velloso – Médico Veterinário da empresa Assessoria Agropecuária.

O criatório possui um plantel de 850 fêmeas em reprodução e utiliza o PROMEBO, como ferramenta de seleção, realizando uma avaliação de animais PO e PC em conjun-to, buscando produtividade e bom fenótipo, o que resulta na oferta anual de 140 touros e 200 ventres.

Durante o leilão serão ofertados 40 touros e 700 ventres. Fêmeas de todas as categorias – 16 a 18

meses prenhes, 24 meses prenhes, 3,5 anos, e vazias, entrarão em pis-ta. Serão ofertadas 40 doadoras as TOP 5 – que representam 5% do rebanho Querência – um gru-po seleto com totalidade à venda.

Os touros são animais de 18 me-ses, já com os testes andrológicos feitos. O remate ocorre às 14hs no Sindicato Rural de Santana do Livramento, com transmis-são pelo Canal Rural e C2 Rural. Para o leiloeiro rural Marcelo Sil-va – Trajano Silva Remates, esta é a maior oferta do ano. “A maior oferta do ano de 2014 em um só leilão a nível nacional”, afirma.

O Congresso Mundial da Raça Ideal, na edição em que co-memora os 80 anos da raça, terá como sede três países : Brasil, Uruguai e Argentina.

O evento ocorre de 22 a 26 de abril. Na programação três dias de campo já estão marcados: Cabanha El Caranda – Chajari – Argentina, Cabanha Anita e Progresso – Salto – Uruguai e Cabanha Nova Auro-ra, Anjo da Guarda e Santa Ânge-la – Uruguaina/RS. Uma plenária também deverá ocorrer no dia

25. Já os julgamentos estão pre-vistos para o dia 26 no Parque de Exposições Agrícola e Pastoril de Uruguaiana/RS. O técnico e cria-dor Danilo da Rosa Farias junta-mente com Pablo Masello estarão julgando os animais apresentados durante o congresso, tendo como árbitro o argentino Roberto Surt.

Para a presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ide-al, Cleusa Piegas, o evento é uma oportunidade ímpar para troca de experiências, “ A expectativa é de

Congresso Mundial da Raça Ideal deverá ocorrer em AbrilFoto: Edisson Larronda

um grande número de animais ins-critos, o evento é muito importante pela troca de experiências. É uma oportunidade ímpar”, comenta.

A raça Ideal teve origem na Aus-trália entrando na América do Sul através do Uruguai em 1913. É fruto dos cruzamentos das raças Merino Australiano – 3/4 e Lin-coln ¼, resultando em um animal de dupla aptidão – 70% lã e 30% carne - com mais ênfase para a produção de lã fina, produzindo cordeiros precoces e de boa carcaça. Cleusa Piegas.

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decidimos apostar tanto na região quanto na soja. O cultivo do grão é menos trabalhoso que o arroz e também o arrendamento é mais barato. Para arrendar terra para o cultivo do arroz há também o ar-rendamento da água, que torna mais custoso. Hoje temos um gran-de número de produtores de soja, entre outros motivos, pelo preço do arrendamento.” contou o produtor.

Ele comentou ainda que as áreas para cultivo de soja estão fican-do mais escassas, mas que ainda é possível: “Muitas áreas de pecuária

A Região da Campanha, no Rio Grande do Sul, tem em sua cul-tura a pecuária e o arroz como carros chefe do agronegócio. Con-tudo, nos últimos anos, o plantio de soja passa por uma expan-são das áreas de cultivo. Isso se deve a vários fatores e entre os principais está a lucratividade.

Nos últimos dois anos, com o bom preço,clima favorável na região e bons rendimentos, es-tamos recebendo um número grande de produtores da meta-de norte do estado que arren-dam áreas para o cultivo da soja.

Soja recorde semeia riqueza: Um mercado em ampla expansão e os reflexos desse cultivo na Região da CampanhaA Soja já teve o seu “boom”, no entanto é necessário observar as condições climáticas.

Segundo o produtor Diego Alés-sio, cuja família apostou no cultivo de soja na região da campanha há 35 anos, a expectativa para a safra 2014 é de superar a do ano ante-rior. “No ano passado nós vende-mos o saco por preços em torno de R$ 70. Esperamos para 2014 preços de R$ 80 o saco”, disse.

Sobre a escolha do cultivo da soja na região, Aléssio conta que o pre-ço do arrendamento foi o ponto de largada para a família. “Nós ti-nhamos áreas em Cruz Alta, mas como o preço aqui estava melhor,

Foto: Carlos Eduardo Nogueira

estão sendo destinadas para a soja, contudo, os pecuarístas de sangue (que nasceram para isso) conti-nuam suas produções” termina.

O engenheiro agrônomo e assis-tente técnico Regional da Ema-ter, Tailor Garcia, comenta que a região passa por um bom período para o cultivo da soja, com chuvas regulares. É um caso diferente de outras regiões do estado que, com poucas chuvas, podem perder parte da safra. “A soja já teve um ‘boom’ na região durante a década de 80.

É necessário, no entanto, prestar muita atenção nas condições cli-máticas. A cada 10 anos, sete são de poucas chuvas e podem acar-retar em perdas para os produto-res, coisa que este ano não tive-mos problemas” explica Garcia.

Ele comenta que o cultivo é eco-nomicamente muito bom para a região, gerando emprego, ren-da e desenvolvimento para os produtores. É necessário, con-tudo, levar em consideração que a soja está suprimindo o bio-ma pampa: “Hoje temos me-nos de 50% de vegetação nativa na região da campanha” aponta.

Segundo dados do escritó-rio regional da Emater lo-calizado no município de Bagé, a área total na região, que compreende os mu-nicípios de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul, já ultrapassa a soma de 168 mil hectares, superando a área de cul-tivo de arroz, que está em torno de 73,7 mil hectares.

Diego Aléssio.

Foto: DIvulgação.

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Vence Tudo 50 AnosA indústria que cresce com a agricultura brasileira.máquinas agrícolas que facilitas-sem a vida do homem do campo, na época os pequenos produtores.

Nestas cinco décadas a agricul-tura passou por grandes trans-formações, tais como a chegada do plantio direto, a redução nos espaçamentos de plantio, a soja transgênica, a agricultura de pre-cisão, dentre outros importantes momentos. Para acompanhar to-das essas inovações o produtor precisou de informação e princi-palmente máquinas que possibili-tassem a implantação destas novi-dades. A Vence Tudo se destacou neste cenário e consolidou-se no mercado com o desenvolvimento de produtos diferenciados. Hoje é líder na comercialização de plan-

A agricultura tem a cada dia com-provado sua importância na eco-nomia e no desenvolvimento do Brasil. Esse papel vai além do co-tidiano dos produtores, na geração de receitas, e reflete diretamente nas empresas, indústrias e demais comércios/entidades que possuem seu crescimento condicionado ao fortalecimento do agronegócio.

Dentre estas organizações está a Indústria de Implementos Agrí-colas Vence Tudo Importação e Exportação Ltda, de Ibirubá/RS, que em 2014 comemora seus 50 anos de fundação. Esta história de sucesso está ligada a agricultu-ra, pois a indústria 100% brasilei-ra foi criada em 20 de março de 1964 com o intuito de produzir

Foto: Divulgação

tadeiras, semeadoras e diversos implementos pelo Programa Mais Alimentos, é líder pelo 14º ano consecutivo na comercialização da plataforma para colheita de milho Bocuda, e está sempre inovando e desenvolvendo produtos adequa-dos à necessidade de cada região.

A qualidade de seus produtos e os benefícios proporcionados a práti-ca da agricultura são comprovadas pelos vários prêmios que a Vence Tudo recebeu durante toda sua história, como os 6 Prêmios Ger-dau Melhores da Terra, a maior premiação de máquinas agrícolas da América do Sul: 1996, Seme-adora SA; 1998, Classificador de Sementes CA 25; 2000, Plata-forma para Colheita de Milho

BOCUDA; 2009, Troféu Ouro na Categoria Novidade - semea-dora para agricultura de precisão PANTHER-PRECISION, e as duas conquista em 2013: Tro-féu Prata na Categoria Novida-de com a Semeadora Adubado-ra Autotransportável Macanuda Fertilizante e o Troféu Ouro na Categoria Destaque, Aprovado pelo Usuário, para a Plataforma para Colheita de Milho Bocuda.

A cada dia a indústria conquis-ta ainda mais o mercado globali-zado, aliando-se aos produtores do Brasil e dos principais países produtores do mundo, exporta para mais de 30 países e permite assim a continuidade e a multi-plicação de negócios. Tudo isso sem esquecer de suas origens, pois além de produzir implementos de até 48 linhas de plantio, segue até hoje desenvolvendo máquinas com a mais alta tecnologia tam-bém para a agricultura familiar.

Ao completar 50 anos, a Ven-ce Tudo segue sua trajetória de investimentos na satisfação dos produtores, na qualificação de seus colaboradores, na tecnolo-gia do processo fabril e acima de tudo no desenvolvimento do Bra-sil. Tudo isso porque é uma em-presa 100% familiar e brasileira.

Foto: Divulgação

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III NACIONAL DO CORRIEDALE

ESPECIALMais Ovinos no Campo já disponibilizou

76 milhões para o setorO Rio Grande do Sul possui o maior rebanho de ovinos do país com cerca de quatro milhões de ca-beças. Nos anos 80, esse número já foi bem maior: ultrapassava os 13 milhões. De lá pra cá, especialmen-te nos anos 90 e na primeira déca-da dos 2000, a atividade foi prati-camente esquecida em termos de incentivo pelos poderes públicos.

Desde janeiro de 2011 quando foi lançado o programa Mais Ovinos no Campo, o número de animais tem apresentado um crescimento de 10,32% - de jan 2011 a jan 2014. Segundo José Galdino – Coorde-

nador da Câmara Setorial da Ovi-nocultura, este trabalho é fruto do produtor que acreditou no progra-ma e nos incentivos do governo.

O abate de fêmeas, um dos pro-blemas apresentados anteriormen-te, está sendo revertido. Conforme Galdino, a retenção de matrizes caiu de 210 para 110 mil animais.

Já o abate de cordeiras foi redu-zido em 50% - de 30 para 15 mil animais. A taxa de reposição de matrizes no estado é de 16.6%. Até o momento dos 102 milhões disponibilizados para o Mais Ovi-

nos no Campo, 76 milhões já fo-ram utilizados pelos produtores.

Mercado do Cordeiro:Um dos fatores para a redução dos preços nos cordeiros para abate pode ter sido à saída de um fri-gorífico no mercado. Segundo Galdino o preço ainda está bom, praticamente empatando ao preço do boi, tendo em vista que a ovi-nocultura apresenta maior renta-bilidade. Para Galdino falta ainda organizar a cadeia produtiva com escala de produção e abate o que já está sendo feito em parceria com entidades ligadas ao setor.

Foto: Everton Neves

III Nacional apresenta animais de excepcional qualidadeDe 21 a 23 de fevereiro o Par-que do Sindicato Rural de Jagua-rão/RS, sediou a III Nacional do Corriedale, o evento promovido pela ABCC- Associação Brasi-leira de Criadores de Corriedale, contou com a presença do secre-tário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS, Luiz Fer-nando Mainardi, e a participação de dezenas de criadores. No sá-

bado (22), ocorreu o julgamento dos animais rústicos e a galpão.

O Grande Campeonato nos ma-chos PO ficou com a Cabanha Santa Cecília – Tatuagem 335. Já o campeonato Ovino do Futuro foi para a Cabanha Vista Alegre de Elisabeth Amaral Lemos – Ta-tuagem 1997. Nas fêmeas, a do-bradinha se repete: novamente a

Cabanha Santa Cecília conquista o Grande Campeonato – Tatu-agem 370 e o campeonato Ovi-no do Futuro, para a Cabanha Vista Alegre – Tatuagem 2007.

Nos trios a Cabanha Tapera Branca, de Gil Dutra de Faria, conquistou o Grande Campeonato nos machos PO e Campeonato Ovino Jovem.

Foto: Everton Neves

Foto: Everton Neves

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Estância Santa Cecília: um fenômeno no CorriedaleAquisição de ventres importados do Uruguai promoveram um salto em genética.

Um fenômeno na raça Cor-riedale, assim podemos cha-mar a expressiva atuação da Estância Santa Cecília, Dom Pe-drito/RS durante as feiras de verão.

Do rebanho de aproximadamente 2,4 mil ovinos para as pistas dos principais eventos da ovinocultura do Rio Grande do Sul, surgem to-dos os anos dezenas de campeões.

Na galeria da cabanha somen-te este ano somam-se mais de 38 troféus, com as conquistas das feiras de verão. “Essas premiações são resultado de um trabalho em equipe, muito investimento em genética e acima de tudo: Tra-balho e dedicação. Somos uma das cabanhas mais novas entre as atuantes na raça, vamos comple-tar oito anos de existência agora em maio.” Comenta Claudinho Pereira, proprietário da cabanha.

Nos últimos quatro anos a San-ta Cecília esteve no topo do

Foto: Everton Neves

Carneiro Grande Campeão e Melhor Conformação em Bagé, na VI Agrovino e obteve a mesma premiação na Feovelha/2014, em Pinheiro Machado.

Corriedale: Quantidade é superada pela QualidadePresidente Elizabeth Lemos lamentou a pouca participação dos criadores.

Embora com um número reduzido de animais – cerca de 8 lotes de ani-mais rústicos e aproximadamente 50 animais a galpão, á qualidade foi um dos maiores destaques da III Nacional do Corriedale, reali-zada no município de Jaguarão/RS.

O evento que teve duração de três dias – 21 a 23 de fevereiro – contou com a participação dos principais criatórios da raça. Para Elizabeth Amaral Lemos – pre-sidente da Associação de Criado-res de Corriedale, um dos fatores da pouca participação dos cria-

dores se dá pelo período do ano, tendo em vista que grande parte dos animais já foi comercializa-da nas feiras de verão, principal-mente na Expo-Feira de Herval que apresentou 100% de liquidez.

“Eu como presidente gostaria de ter mais municípios representa-dos, numa terceira edição nacio-nal, os corriedalistas deveriam estar mais presentes”, lamenta Elizabeth ao destacar as poten-cialidades e o crescimento da raça principalmente para o merca-do da carne, já que o Corrieda-

le apresenta sabor diferenciado. Nos julgamentos, em diversas oca-siões os jurados Ciro Manoel de Andrade Freitas –Alegrete/RS e Andress Garcia Pinto – Uruguai, ficaram em dúvidas em escolher os animais apresentados em pista, o que denota a qualidade genéti-ca dos exemplares, realizando um julgamento muito didático e elo-giando os animais apresentados. A nacional teve a sua primeira edição realizada no município de São Gabriel e posteriormente em Bagé/RS.

Foto: Mickael Freitas

Ranking, sendo dois anos a se-gunda colocada e no ano de 2013 conquistando a liderança, lugar que continua a ocupar até o mo-mento em 2014. “Essa escalada começou a ganhar corpo a par-tir de uma grande importação de ventres que trouxemos em 2009, da tradicional cabanha Uruguaia Monzón Chico, a mesma que ga-nhou o congresso mundial da raça em 2012 no Brasil”, comenta Pe-reira ao destacar o importante tra-balho de seleção e investimentos em genética feitos pela Cabanha.

Outro fato inédito da Cabanha Santa Cecília foi à conquista de dois Grandes Campeonatos con-secutivos nas fêmeas durante a Ex-pointer, além de ter colocado seus carneiros entre os quatro melhores machos durante as últimas edições, sendo que em 2013 conquista o 3ª Melhor Macho com o tat. 263. “Nossa projeção é de continuar fazendo investimentos, pois acre-

Elizabeth Lemos.

ditamos na ovinocultura pela sua alta rentabilidade, comparada a da agricultura e muito superior ao boi. Temos a certeza que a Raça Cor-riedale é a que melhor se adapta ao nosso meio ambiente, prova disso é que ela representa dois ter-

ços do criatório Gaúcho.” destaca Pereira ao enfatizar a importância do programa de certificação da carne Corriedale, o que segundo ele, alavancará mais ainda a busca por reprodutores de alta genética.

Confira as Premiações:Na Agrovino – Bagé/RS a cabanha conquistou os campeonatos: Gran-de Campeão e melhor conformação a galpão macho P.O tat 273. 4º me-lhor macho P.O a galpão e melhor velo TAT 1947. Grande Campeã a galpão e melhor conformação TAT. 370 e a Reservada de Gran-de Campeã e melhor velo TAT. 436.

Além disso, conquista o Gran-de Campeonato e o reservado com dois carneiros na categoria

RGB a galpão e o Grande Cam-peão na categoria S.O a galpão.Nos Rústicos: o trio Reservado de Grande Campeão P.O, melhor rústico, melhor conformação TAT. 335 e o melhor velo TAT. 309.Nesta mesma exposição à Santa Cecília ganha o trio reservado de Grande Campeão categoria RGB e o 4º melhor trio categoria S.O e o melhor velo dessa categoria. Con-quistando nas fêmeas rústicas P.O o trio Reservado de grande campeão. Durante a Feovelha de Pinheiro

Machado/RS, evento tradicional na ovinocultura gaúcha, a Cabanha Santa Cecília conquista o Grande Campeonato e melhor conformação a galpão macho P.O tat 273. Reser-vado de Grande Campeão macho P.O a galpão e melhor velo TAT 1947. 3ª Melhor fêmea a galpão e melhor conformação TAT. 370. Conquistando também o Grande Campeonato e o reservado com dois carneiros na categoria RGB a galpão e o Grande Campeão na catego-ria S.O a galpão. Nos rústicos mais

uma vez a Santa Cecília marca pre-sença conquistando o trio Grande Campeão P.O e o trio reservado de Grande Campeão categoria RGB Já na III Nacional do Corriedale, em Jaguarão/RS mais uma vez a cabanha despontou conquistando o Grande Campeão e melhor con-formação TAT. 335, o 4º Melhor macho e melhor velo TAT. 1947, o 3º melhor macho com TAT. 351 e a Grande Campeã, melhor velo e me-lhor conformação com a Tat. 370.

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Raça Corriedale: uma oportunidade de bons negóciosNúmeros confirmaram a valorização da raça que em breve terá carne certificada.

Os remates das feiras de verão de-monstram o excelente momento da ovinocultura e da raça Corriedale.

Durante os principais eventos do setor, a raça que compõe cer-ca de 60% do rebanho gaúcho, apresentou excelente valorização.

Durante a III Nacional do Cor-riedale realizada de 21 a 23 de fevereiro em Jaguarão/RS, os nú-meros novamente confirmaram a valorização da raça que em breve terá carne certificada – uma par-ceria entre o Frigorífico Marfrig

e ABCC – Associação Brasilei-ra de Criadores de Corriedale.

Durante o remate de ventres reali-zado no sábado (22) o valor médio das borregas RD ficou em 238,07, as ovelhas RD em 168,35 e as ovelhas SO em 168,35, totalizando 151 ani-mais e um faturamento de 28,3 mil.

Já nos machos foram comerciali-zados 31 borregos durante o rema-te de domingo (23) ao valor médio de 1.562.90, totalizando 48,45 mil. Ao todo os remates da raça Cor-riedale, ultrapassaram os 76 mil.

Foto: Everton Neves

“Estou convicto que estamos conse-guindo afinar sem desafinar” destaca o médico veterinário Ciro Manoel de Andrade Freitas - Alegrete/RS ao re-ferir-se as adequações que os criado-res da raça Corriedale estão fazendo para produzirem produtos que aten-dam ao mercado. Animais carnicei-ros – com maior quantidade de carne e com lã mais fina, mantendo as con-quistas de pureza racial, estrutura ós-

sea, cabeça destapada e comprimen-to de mexas - isso que é importante : levar um novo atributo sem des-manchar o que está feito - comenta. Ciro Manoel de Andrade Freitas, jun-tamente com Andress Garcia Pinto – Uruguai, julgaram a III Nacional do Corriedale, realizada de 21 a 23 de fevereiro em Jaguarão/RS. Ciro Ma-noel destaca a qualidade dos animais

apresentados durante o evento “Ani-mais de primeira linha passaram pela pista e nós tivemos a satisfação de ordená-los por qualidade, é uma sa-tisfação muito grande quando pode-mos ordenar bons animais”, finaliza.

O município de Jaguarão eleito para a III Nacional é um pólo im-portante na ovinocultura gaúcha e consagrado pelas prévias de Esteio.

Devemos afinar sem desafinarCiro Manoel de Andrade Freitas destacou a qualidade dos animais.

III NACIONAL DO CORRIEDALE

ESPECIAL

Foto: Everton Neves

Ciro Manoel de Andrade Freitas.

Foto: Everton Neves

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O maior remate da raça Braford na temporada 2013 aconteceu no município de Rosário do Sul, no interior do RS. Com uma ven-da que ultrapassou a casa dos R$ 1,5 milhão, o leilão de pista limpa vendeu 80 touros e 500 fêmeas. Dentre os criatórios que ofertaram animais no leilão, os destaques fo-ram para as estâncias Umbu e da Ponta, ambas de Rosário do Sul.

Juntos, os criatórios somaram 80% das vendas do remate. Os prepara-tivos para 2014 já iníciaram. Am-bas as estâncias já estão selecionan-do e preparando os animais que deverão somar cerca de 80 touros.

A Rota do Braford: Rosário do Sul deve ter a maior oferta da raça em 2014

Segundo Ricardo Camps, da Es-tância Umbu, o sucesso do remate depende de uma série de fatores, entre os quais a venda de animais genéticamente superiores, testa-dos e aprovados na propriedade: Nós selecionamos touros e usa-mos na propriedade antes de co-locá-los à venda. Temos animais de alta qualidade, participamos do Programa de Melhoramento Genético PampaPlus, e levamos uma grande quantidade. Quem participa do remate sabe: ven-demos qualidade e quantidade” Ricardo comenta que nas primei-ras edições do remate, os com-pradores iam para conhecer a

Foto: Carlos Eduardo Nogueira

nova praça. Hoje eles sabem o que querem e buscam a genéti-ca de alta qualidade e resultados.

“Além do cuidado que temos no melhoramento genético, outro fator importante para produzir bons touros é o manejo correto. Nós estamos nos aperfeiçoando a cada ano, com animais melhores, com uso de bons suplementos, e esperamos uma grande procu-ra no remate que realizaremos na primavera. Outro fator im-portante é a extrema rusticida-de dos animais, que suportam de -4 à 40 graus”, aponta o sócio--proprietário da Estância Umbu.

Para Guilherme Camps, da Es-tância da Ponta, a venda de ven-tres também é um diferencial do remate: “Queremos introdu-zir uma nova forma de vender ventres, durante a primavera.” Ele comentou que o bom cli-ma pelo qual a região de Rosário do Sul passa, e o melhoramen-to genético dos plantéis a cada ano embasa a boa expectativa quanto à edição 2014 do rema-te, que comemora 15 edições.

Acompanhe no Jornal Ter-ra & Campo as últimas no-tícias sobre a maior ofer-ta da raça Braford no Brasil.

A Fazenda Calafate (Rio Grande/RS), de Genuino Farias Ferreira, colocará em pista 250 vacas Angus e Red Angus, prenhes e vazias e 200 terneiros Angus e Red Angus.

O evento ocorre no dia 10 de abril às 20hs no Parque do Sin-dicato Rural de Pelotas. O cliente

da Calafate levará para seu esta-belecimento produtos rústicos e homogêneos, importantes para resposta à engorda e terminação. “O gado é de excepcional quali-dade e de estado, esperamos um evento até melhor do que foi no ano passado”, comenta André Crespo – Casarão Remates. Para

Crespo este é um remate impor-tante neste outono. “Não é toda à hora e todo o dia que se oferta esta qualidade de gado”, conclui.

A fazenda Calafate administrada por Ana Carolina Ferreira Kessler possui 60 anos de seleção na raça Angus e tem por tradição a total

liberalidade e condições facilita-das de pagamento. Neste remate a cargo da empresa Casarão Rema-tes, os compradores poderão pa-gar com 30 – 60 - 90 dias de prazo.

Contatos com Ana Carolina atra-vés do e-mail: [email protected]. / (53) 91-34-25-51.

Fazenda Calafate realiza leilão em Abril

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dia é de 35 sacos. Já para áreas de cultivo de soja o preço médio do arrendamento por hectare gira entre 8 e 9 sacos na metade sul.

Em outras regiões do estado, como a norte e centro oeste, o preço pode chegar a 20 sacos.

Foto: Divulgação

Quando falamos em mercado de imóvel rural, estamos falan-do não só na compra de áreas de cultivo ou destinadas à criação, mas também no arrendamen-to de locais com os mesmos fins.

Atualmente, com o aquecimen-to do mercado imobiliário rural na metade sul do RS, é possível arrendar áreas de cultivo de ar-roz por um preço médio de 33 sacos por hectare, enquanto nas demais regiões do estado a mé-

Imóvel Rural: novos segmentos atendem um mercado que está produzindo grande demanda já no inicio de 2014

Mercado aquecido na metade Sul do RS e Fronteira fomentam o crescimento de empresas capacitadas a oferecer assessoria e suporte.

Os dados foram apontados pelo proprietário da Astec-Geo Solu-ções em Agronegócio e também sócio-proprietário da imobiliária Campax, Felipe Levien. Segundo ele, a alta da soja e os bons pre-ços praticados pela pecuária são os principais alavancadores dos bons negócios no mercado imo-biliário rural. “A soja tem preço acima do esperado há três anos. Hoje temos uma grande deman-da de mercado. Tendo terras para arrendar, bastam algumas liga-ções e o negócio é fechado” disse.

Levien explica que com os ga-nhos relativos à produção em áreas arrendadas, o produtor ru-ral acaba investindo no campo, onde passamos por um momen-to de estabilidade do mercado. Hoje, há um expressivo número de produtores rurais que arren-

dam áreas na metade sul do estado.

“Atualmente, o perfil dos produ-tores que arrendam áreas de soja nesta região é de pessoas que vão investir. Há muitos empresários descendo da região norte e da Serra para a Região da Campa-nha e arredores, onde cultivam a soja e geram lucratividade acima da percebida em outras regiões, com o preço do arrendamento mais elevado”, termina Levien.

Mesmo em uma região de cultura pecuarista e ori-zícola, o baixo custo do arrendamento em rela-ção à outras praças é um dos atrativos para produ-tores de todo o estado.

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2215 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

O mês de abril chega e com ele é dada a largada para as feiras de outono no Rio Grande do Sul, que em 2014 prometem grandes negócios tanto para quem ofer-ta quanto para quem compra.

O presidente interino do Nú-cleo de Produtores de Terneiros de Corte de Bagé, Cézar Pie-gas, conta que o aquecimento do mercado se deve à vários fatores, como o clima propenso à cria-ção, com pastagens de qualidade e sem o problema da estiagem, e também à qualidade e quantidade dos animais que serão ofertados durante a estação. No municí-

pio, a feira de terneiros acontece no dia 24 de abril, no Parque de Exposições Visconde de Ribeiro Magalhães – Rural de Bagé/RS.

“O mercado está ótimo, pois, os animais estão em boas condições e há um grande interesse na compra de terneiros. Teremos uma grande oferta em Bagé e esperamos mui-tos compradores. O preço estará bom para os produtores, pois es-peramos uma leve suba no preço do boi, que baliza o preço dos ter-neiros, e há uma grande demanda de mercado” comentou Piegas. Em Lavras do Sul não será dife-rente. Segundo Rafael Abascal, do escritório Abascal e Borges, serão ofertados no município cerca de 4500 animais em duas feiras rea-lizadas em 05/04 e 03/05. Abas-cal diz que as raças mais valori-zadas são a Angus e o sintético, Braford. “O maior interesse pelas duas raças vem da demanda dos frigoríficos, que procuram ani-mais que produzam carne de qua-lidade. Os produtores, por outro lado, recebem bonificações dos frigoríficos e isso torna a deman-da por estas raças maior” explica.

O criador Mauro Ferreira, da Ca-banha Macanudo, em Lavras do

Sul, espera uma estação melhor que nos anos anteriores. “Os pre-ços praticados no mercado estão quase estabilizados há dois ou três anos, enquanto o custo de produ-ção vem aumentando. Nós, pro-dutores rurais, vivemos com uma margem pequena e eu acredito que em 2014 isto mude nas feiras de outono. O mercado está aquecido e tivemos um ano com boas chu-vas, que permitiram que o gado engordasse e se aprontasse” aponta.

Em Pinheiro Machado não será diferente. Conforme Fernando Simoni, da Pioneiro Remates, se-rão ofertados cerca de cinco mil terneiros nas três feiras a serem realizadas no município: uma em 18 de março (já realizada), a se-gunda dia 29 de abril e a última, dia 7 de maio. “Normalmente nós vendemos 90% da oferta” afirma.

Ainda segundo ele, o mercado está aquecido e a bonificação dos frigoríficos para animais das raças Hereford, Angus, Braford e Bran-gus, que pode chegar até 10%, faz com que a oferta e procura pelas raças britânicas seja maior, também valorizando os animais.

No extremo sul do RS, em San-

Feiras de outono: bons negócios esperam compradores e vendedores

Está chegando a temporada dos terneiros, no RS a Região da Campanha, Fronteira Oeste e Fronteira oferecem grande quantidade e qualidade genética nas raças europeias e sintéticas.

Foto: Carlos Eduardo Nogueira

ta Vitória do Palmar, o titular do escritório Rédea Remates, Marco Petruzzi, conta que “a característica principal das feiras de outono são que as mesmas, em sua maioria,são feiras oficializadas pela Secretaria Estadual da Agricultura que me-recem, portanto, um tratamento diferenciado por parte dos bancos oficiais: verbas específicas e juros diferenciados.” Para ele, o número de terneiros é o grande carro chefe da estação: “nos últimos dois ou três anos,uma retenção de ventres por parte dos produtores que já vende-ram muitos ventres em épocas de crise na pecuária.Hoje,o momen-to é outro e os produtores estão começando a reter seus ventres.”

Petruzzi falou ainda que as feiras de outono são ótimas oportunidades para pequenos produtores adquiri-rem ventres, pois são animais sele-cionados, com sanidade comprova-da e, principalmente, com prazos e juros compatíveis com a atividade.

O leiloeiro prevê para 2014 uma oferta reduzida, uma vez que os pecuaristas estão bem capita-lizados e os valores estão bons. “Deverá haver uma oferta ra-zoável de machos e uma ofer-ta reduzida de ventres.” termina.

As feiras levarão às pistas de todo o estado animais de boa qualidade, selecionados e revisados, nos padrões especificados pelos frigo-ríficos, que são os clien-tes finais dos produtores.

Além disso, há financia-mentos bancários com juros baixos que possi-bilitam a compra de um número maior de animais.

2315 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

“A raça Angus, por sua adapta-bilidade, é ideal para pecuarístas também no Mato Grosso do Sul. Além disso, características como precocidade e facilida-de de manejo ajudam o produ-tor, que tem animais mais pesa-dos e em menor tempo”, aponta

.

O médico veterinário Alexandre Garcia (foto acima), colaborador da Cabanha, comentou que a em-presa possui um laboratório de pro-cessamento de embriões, por onde passa a base da evolução genética da Vacacaí. “As melhores fêmeas da cabanha são coletadas e utiliza-das aqui no laboratório para disseminar sua genética. Procuramos matrizes cujas qualidades gerem

10º Remate Genética Vacacaí acontece durante a maior feira do MS, a Expogrande em Campo Grande

Cabanha se descata por oferecer touros jovens PO, com idades médias entre 13 e 18 meses com peso médio de 600 kg.

Em pista, 70 touros angus e red angus, de uma das mais tradicio-nais cabanhas da raça no Brasil. Proprietário, Alfredo Southall (foto abaixo), diz que a expectativa para o leilão é das melhores, pois o mercado pecuário está aqueci-do e o preço pago pelos frigorífi-cos pelos animais deve embasar bons negócios durante o remate.

“Os terneiros estão valendo bas-tante e para produzir bons ter-neiros são precisos bons touros. Apesar da inseminação artificial estar ganhando mercado, a uti-lização de touros ainda é indis-pensável à produção pecuária. Estamos levando todo o oti-mismo possível e espera-mos que nossa expectativaseja superada” disse o empresário.

Para Raul Soulthall (foto acima), médico veterinário e gestor da Va-cacaí, os animais que vão para o remate são selecionados e adapta-dos para obter os melhores resul-tados no Centro-Oeste Brasilei-ro, região que vem apostando no uso da genética britânica para dar maior rendimento à sua pecuária.

Pela 10ª vez, a qualidade genética da raça angus pro-duzida na Cabanha Vacacaí, em São Gabriel/RS, esta-rá disponível à investidores presentes na Expogrande, que acontece no mês de maio em Campo Grande/MS.

rendimento ao produtor” conta.

Para Katia Ferreira (foto acima), pecuarísta no Passo do Ivo, região de São Gabriel, a utilização de ge-nética Vacacaí representa rentabi-lidade ao produtor: sempre utiliza-mos genética Vacacaí, desde o iníciode nossa criação. “Procurávamos animais com rusticidade e pro-fundidade, e encontramos aqui”.

O remate será realizado pela Leiloboi Leilões Rurais, com transmissão ao vivo pela Agro-brasil TV – Agromix, no dia 1º de Maio, durante a Expo-grande em Campo Grande/MS. Contatos e cadastros anteci-pados: [email protected]

Fone: (67) 3342-4113.

Foto: Carlos Eduardo Nogueira

2415 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

No último 15 de março (sábado), tomou posse durante jantar no Salão Nobre da Associação e Sin-dicato Rural de Bagé, o novo pre-sidente da entidade, Rodrigo Bor-ba Moglia, que estará à frente da mesma até 2017. Durante o even-to, com cerca de 250 pessoas, o vice-presidente da FARSUL, Ge-deão Pereira, foi quem empossou a nova diretoria, ao passo em que enalteceu a associação como o tem-plo do agronegócio do município.

O ex-presidente da Associação, Aluísio Tavares, durante a des-pedida, agradeceu à todos que estiveram junto à ele durante a gestão e disse que a Associação e Sindicato Rural de Bagé é um local de aprendizado e crescimen-to, onde todos devem lutar por um agronegócio cada vez melhor.

O Terra & Campo conversou com Rodrigo Moglia sobre os desafios e metas de sua gestão.

T&C - Quais os desafios para a sua gestão?RM: Aproximar cada vez mais os produtores rurais da região da Associação e Sindicato Rural de Bagé, tanto nos eventos que te-mos , Semana Crioula, Expofeira, Feira de Terneiros, Palestras, Se-minários, etc, quanto no atendi-mento das demandas que surgem inerentes à atividade agropecuária.

Também como representantes da classe rural mostrar a toda socie-dade a importância do setor rural na vida das pessoas, que muitas vezes não percebem que desde o café da manhã, no papel do es-critório, na roupa que veste, no pneu do carro encontramos pro-dutos que veem do campo. Es-clarecer à população que temos

Em março de 2000 nascia a Ex-podireto Cotrijal, organizada pela Cotrijal (Cotrijal Coopera-tiva Agropecuária e Industrial), é uma feira agrodinâmica de grande expressão à nível nacional e internacional, onde são reali-zados anualmente o Fórum Na-cional da Soja e da Conferência Mercosul sobre Agronegócio. A feira ainda se destacou pelo de-bate de assuntos relacionados à agricultura, pecuária e agronegó-cio, através de reuniões específi-cas. A área total utilizada nesse primeiro ano foi de 32 hectares.

Anualmente em março em Não--Me-Toque, Rio Grande do Sul. O bom momento vivido pelo agro-negócio, em especial na produção de grãos, teve grande impacto na Expodireto Cotrijal 2013. Na 14ª edição, ela superou as principais feiras do país em número de vi-sitantes. Já está sendo noticiado que em cinco dias, de 4 a 8 de março, 223.400 pessoas passaram pelo parque de 84 hectares, 20% a mais do que no ano anterior. Os negócios concretizados pelos 481 expositores tiveram incremen-to ainda mais significativo: 128% em relação a 2012, chegando a R$ 2,5 bilhões. Setenta e quatro delegações estrangeiras participa-ram da 14ª edição da Expodireto Cotrijal com um interesse comum: importar produtos alimentícios e máquinas agrícolas de qualidade. Espanha, Nigéria e Ghana, por exemplo, já mantêm negócios com o Rio Grande do Sul e na feira encontram a oportunidade de se reunir com vários fornecedores desses produtos. Além disso,ela também proporciona a troca de conhecimento e experiências. Em Rio Pardo a décima quarta edi-ção da Expoagro Afubra será nos dias 25, 26 e 27 de março de 2014. Nesses dias caravanas de toda re-gião sul se deslocam Vale do Rio Pardo, lá encontram tecnologias voltadas para pequenos e médios produtores. Produtores rurais e suas famílias inundam aquele par-que que os recebem com uma varie-dade grande de máquinas ,imple-mentos ,expositores,experimentos

Em março iniciativas de sucesso, EXPODIRETO e EXPOAGRO

ARTIGODejalmo PrestesEngenheiro Agrônomo e ConsultorPERFIL

Rural de Bagé empossa nova diretoria

,demonstrações e palestras téc-nicas de grande importância.Vale a pena conhecer e repetir todos os anos. Desde a primeira edição da Expoagro Afubra, rea-lizada nos dias 07 e 08 de março de 2001, através do departamento Agroflorestal, trabalhos técnicos que promovem a complementação de receita nas propriedades dos fu-micultores. Essas atividades com-preendem a produção de milho, de frutas e de hortaliças, a criação de animais, a prática do reflores-tamento, o desenvolvimento de experimentos diversos na área flo-restal e agrícola, através da promo-ção de reuniões técnicas e dias de campo, entre outras. Esse trabalho é muito importante não só para a região, mas para todo Sul do Bra-sil. E foi com o intuito de propagar esses trabalhos e divulgar as tec-nologias à disposição do produtor rural que a Afubra, com o apoio de diversas entidades e empresas, resolveu promover a EXPOA-GRO AFUBRA, uma exposição agropecuária que tem por finali-dade mostrar o potencial de nossa região e apresentar propostas de tecnologias, produtos e serviços.

Grandes destaques acontecem, presença de autoridades, eventos, espaço da família rural, espaço da natureza. É a atividade rural parti-cipando da economia de nosso pais e o estado mostrando para o mun-do a importância desse setor para o desenvolvimento, crescimen-to e sustentação da humanidade. Nessa década um valor expressivo em negócios gira naqueles dias, é o Rio Grande do Sul avançando em tecnologia e trocando experi-ências em rumo ao crescimento, mostrando a força do agronegó-cio. Por motivo de viagem não estarei presente, mas com certe-za será uma perda, pois nos últi-mos anos busquei naqueles even-tos informações e conhecimento para vivencia profissional. Com certeza todo homem do campo tem nesses eventos uma grande oportunidade de buscar o conhe-cimento, pois essas expofeiras são instrumentos de aperfeiçoamento e oportunidade de bons negócios.

um setor no país altamente com-petitivo graças ao trabalho e em-preendedorismo dos produtores rurais que respondem por cerca de 40% do PIB do país, respon-sável pelo suprimento de alimen-tos em quantidade e qualidade.

T&C - Quais as principais metas? RM:Fortalecer os eventos que já fazem parte do nosso ca-lendário, principalmente a Se-mana Crioula e a Expofeira.Com relação a Semana Crioula, torná-la referência como evento de turismo cultural no Estado. Temos nesta festa uma concentra-ção de atividades artísticas, cam-peiras e de culinária gaúcha que são únicas, e só neste evento po-dem ser visualizadas todas juntas.

A Expofeira de Bagé é nos-so grande evento comercial e de mostra genética, através do for-talecimento das parcerias que te-mos com os núcleos e associações de raça pretendemos realizar ex-posições nacionais das raças mais importantes. Também aumentar a representação do setor de má-quinas agrícolas e de insumos.

Consolidar pelo menos um even-to técnico, a ser realizado anu-almente ouaà cada dois anos,aproveitando a presença da EM-BRAPA, Universidades, técnicos e produtores que trabalham na região que são referência em di-ferentes setores do agronegócio.

T&C - O que representa a as-sociação e sindicato rural de Bagé para o município e como isso in-fluencia as decisões do presidente da entidade?RM: A Associação Rural de Bagé completa 110 anos em 2014, ou seja, sua história se confunde a do próprio município, principal-mente se considerarmos o per-fil econômico de nossa região.

Temos um histórico de tomadas de decisão sempre “de diretoria”, ou seja, o presidente represen-ta um grupo, que sabe de suas responsabilidades e conhece to-dos os aspectos que impactam a vida do produtor rural, por isto as decisões devem ser tomadas pensando no que é melhor para quem estamos representando.

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Rodrigo Moglia.

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Seminário vai abordar linhas de financiamentoDurante a Expoagro Afubra 2014, os gestores do APL/VRP também vão gerir o espaço Caminhos da Legalização.

A programação da 14a edição da Expoagro Afubra, que ocorre no período de 25 a 27 de março, em Rincão Del Rey, interior de Rio Pardo, reserva espaço espe-cial aos empreendedores rurais, com a realização do III Semi-nário da Agroindústria Familiar.

Promovido pela governança do Ar-ranjo Produtivo Local de Agroin-dústrias Familiares do Vale do Rio Pardo (APL/VRP), o seminário terá como tema Linhas de Finan-ciamento. De acordo com o gestor executivo Jesus Edemir Rodrigues, a apresentação das diversas op-ções de financiamento dirigidas às agroindústrias familiares será o principal foco do encontro, que acontecerá no dia 26, a partir das 13 horas, no auditório do parque de exposições da Expoagro Afubra.O programa contempla, ainda, pa-

lestra sobre o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricul-tura Familiar (PRONAF), apre-sentação sobre o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimen-tos Rurais (FEAPER), exposi-ção sobre o FUNDOAPL e suas particularidades e apresentação do Programa de Incentivo às Agroindústrias, obra da prefei-tura de Encantado dirigida aos produtores do referido município.

Durante a Expoagro Afubra 2014, os gestores do APL/VRP também vão gerir o espaço Caminhos da Legalização. O local vai reunir to-dos os órgãos envolvidos no pro-cesso de implantação, fiscalização e inspeção das agroindústrias fa-miliares. A ideia, frisa Rodrigues, é orientar e buscar esclarecer even-tuais dúvidas dos empreendedo-

Selecionados os inventos para o Prêmio Afubra/Nimeq

res interessados em constituir e legalizar suas agroindústrias fa-miliares. Ele estará aberto du-

As inovações desenvolvidas pelos produtores Fábio Ferreira Faleiro, Mauro Gilberto Soares e Norber-to Guilherme Bock para facilitar a lida diária em suas propriedades foram as escolhidas para o I Prê-mio Afubra/Nimeq de Inovação Tecnológica em Máquinas Agrí-colas para Agricultura Familiar, na categoria Inventor. Os três foram selecionados, entre nove inscri-tos, e terão seus inventos expostos durante a Expoagro Afubra 2014 – 25, 26 e 27 de março -, no se-tor da Dinâmica de Máquinas.

A Comissão Julgadora de Cam-po foi formada pelos professores Roberto Lilles e Antônio Lilles, do Núcleo de Inovação em Má-quinas e Equipamentos Agrícolas da Universidade Federal de Pelo-tas (Nimeq/Ufpel), e pelo profes-sor Maurício Henrique Lenz, do curso de Engenharia Agrícola da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). No primeiro dia da feira (25), na parte da tarde, os três inventos passarão por mais uma avaliação, juntando-se aos primei-ros avaliadores, um representante

da Emater, um da secretaria da Agricultura de Rio Pardo e um da Secretaria da Agricultura de Santa Cruz do Sul, e serão classi-ficados em 1º, 2º e 3º lugares, re-cebendo troféu, selo e certificado.

Os Escolhidos:

Laminador de cana – Usado para fazer lâminas da cana de açúcar para ser usada na alimentação de bovinos, suínos e caprinos. Segun-do seu inventor, Mauro Gilberto Soares, de Linha Lotes, Cruzei-ro do Sul/RS, “esta invenção tem vantagens ao triturador, pois faz as fatias da cana de açúcar, di-ferentemente do triturador, que amassa e, com isso, existe a perda

de caldo acelerando o processo de fermentação, fazendo com que a cana ‘azede’ muito rápido. Os ani-mais aceitam melhor a cana em lâminas. A máquina tem um con-sumo de energia muito baixo, uti-liza um motor de ¾ de HP, com um custo de fabricação baixo”.

Máquina para auxiliar no cul-tivo do tabaco – Seu inventor, Fábio Ferreira Faleiro, de Linha Mangueirão, Venâncio Aires/RS, explica que “com a nova tecno-logia para a colheita de tabaco, o produtor faz o seu serviço na la-voura com mais rapidez e tranqui-lidade, contando com uma série de requisitos que lhe proporciona uma melhor acomodação, assim

não agredindo sua coluna e mem-bros, além da menor exposição do produtor com os agrotóxicos exis-tentes na folha do tabaco, pois di-minui o contato com o produto”.

Descascador de amendoim – Para descascar amendoim de diversas variedades e tamanhos. O inventor do equipamento, Norberto Gui-lherme Bock, de Vila Paraíso, Pa-raíso do Sul/RS, revela que “é for-mado por um sistema de peneiras e elevador de retrilha, separação da casca do produto, com aciona-mento de motor elétrico mono-fásico de 2cv. Pode descascar 300 sacos por dia, com um rendimen-to bom em grãos inteiros. Tam-bém peneira arroz, milho e feijão”.

rante os três dias da feira, das 8h às 18h, junto à área de exposi-ção das agroindústrias familiares.

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Tecnologias de custo zero como ajuste de lotação, priorização de categorias animais, estação de monta definida, podem incre-mentar os níveis de produtividade. Neste mesmo sentido existe uma infinidade de tecnologias e insu-mos que podem ser utilizados de forma sinérgica. Creio que o cál-culo de custos de produção em conjunto com técnicas que me-lhorem a eficiência produtiva são os elementos chave para alcançar-mos resultados econômicos satis-fatórios em busca do equilíbrio.Com a colaboração de Sílvia Rubin Ferigolo.

A tabela 1 exemplifica as mudan-ças da receita bruta por hectare de acordo com variações no preço e produtividade. Os preços utiliza-dos estão de acordo com os má-ximos e mínimos praticados nos últimos meses e as produtividades são algumas encontradas em al-guns sistemas de produção no RS. É nítido que o grande diferencial na receita acontece quando au-mentamos a produtividade do sis-tema, porém esta característica não deve ser buscada a qualquer custo, pois o custo de produção pode au-mentar em níveis ainda maiores.

No RS possuímos vários exemplos de propriedades que aumentaram a produtividade sem mudanças radicais nos custos de produção.

PLANEJAMENTORURALES

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Em busca do equilíbrioUma informação importante na análise produtiva e financeira dos negócios agropecuários é o pon-to de equilíbrio (PE). O PE in-dica o ponto mínimo em que a empresa deve operar para não ter prejuízo e é encontrado a partir da análise dos custos totais e re-ceita bruta. Quando a receita bru-ta, ou seja, quantidade produzida versus preço de venda se iguala aos custos variáveis e despesas fi-xas, consideramos que a empre-sa chegou ao ponto de equilíbrio.

O Ponto de equilíbrio pode ser alcançado de forma mais sim-ples de duas formas, aumentando a receita bruta ou diminuindo os custos de produção. Com relação a receita podemos melhorar a pro-dutividade ou aumentar o preço de venda. Infelizmente no agronegó-cio somos ‘’tomadores’’ de preço. Perguntamos quanto custa os nos-sos insumos e quanto querem nos pagar por nossos produtos. Isto

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ARTIGODaniel Barros - Médico Veterinário Consultor do SEBRAE - RSSócio proprietário da Guarda Nova Consultoria Agropecuária

exige que a gestão de custos e os controles sobre a eficiência pro-dutiva sejam realizados da melhor forma possível, visto que o mer-cado não altera os preços basea-dos nos custos de produção e sim em fatores de oferta e demanda.

Um exemplo disto é a bovinocul-tura de corte, onde o preço do boi gordo ‘’top’’, com certificação das associações de raça, rastreabilida-de, dentição, peso de carcaça e gor-dura adequada é apenas 10% em média superior ao do boi comum. A bonificação de 10% é impor-tante e deve ser procurada pelos produtores, porém fatores vin-culados à produtividade normal-mente garantem um incremento maior à receita liquida do negócio.Tabela 1. Variação da receita bruta/ha de acordo com preço e/ou produtividade:

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VIP RURAL

Alfredo Southall, Cabanha Vacacaí.

Médico Veterinário Raul Soul-thall, Cabanha Vacacaí.

Médico Veterinário AlexandreGarcia, Cabanha Vacacaí.

Katia Ferreira, pecuarístano Passo do Ivo, região de SãoGabriel.

Produtor de soja Diego Aléssio, Bagé/RS

Rodrigo Borba Moglia, Presi-dente do Sindicato Rural de Bagé.

José Galdino – Coordenadorda Câmara Setorial da Ovino-cultura do RS.

Ciro Manoel de Andrade Freitas, jurado durante a III Nacional do Corriedale.

Cleusa Piegas, Presidente da Associação de Criadores de Ideal.

Pedro Adão Schiavon, Presi-dente do Sindicato dos Traba-lhadores Rurais de Canguçu.

Elizabeth Lemos, Presidente da Associação de Criadores de Corriedale.

Andress Garcia Pinto – Uruguai, jurado durante a III Nacional do Corriedale.

Claúdio Pereira “batata” - Presidente do IRGA durante a III Nacional da Corriedale.

Médico Veterinário Daniel Bar-ros acompanhado de Thais Escobar Antunes durante a III Nacional do Corriedale.

Ao centro: Claudinho Pereira e esposa juntamente com Secre-tário Mainardi, jurados e ARCO durante a III Nacional do Corriedale.

A dir. Secretário Mainardi junta-mente com Presidente do Sindi-cato Rural de Jaguarão durante a III Nacional do Corriedale.

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Foto: Everton Neves Foto: Everton Neves

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Foto: Carlos Eduardo Nogueira

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INFO AFUBRA Soluções Afubra e FMC para sua lavoura de soja.LOCKER - Único no mercado com 3 mecanismos de ação para

combate das doenças foliares da soja.

A estimativa brasileira de produ-ção de soja para a safra 2013/14 está entre 87,9 e 90,2 milhões de toneladas oriundos de uma área plantada entre 28,7 e 29,5 milhões de hectares, esses números repre-sentam incrementos médios de 9,1 e 5 %, respectivamente, quando comparados à safra 2012/13 (CO-NAB, 2013). Esses valores posi-cionam o Brasil como o segundo maior produtor de soja mundial, ficando atrás apenas dos EUA.

Dentre os fatores que impulsio-naram a produção brasileira nessa safra destacam-se os preços atra-entes e as perspectivas de mercado positivas em comparação a outras culturas, principalmente o milho.

Apesar das perspectivas positivas os produtores devem redobrar a atenção para os fatores que po-dem limitar a produtividade das lavouras e/ou a qualidade dos grãos. Nesse contexto as doenças são um dos elementos mais de-letérios à cultura da soja. A ocor-rência de doenças varia em fun-ção do ano, região (propriedades), cultivares utilizados, condições climáticas, época de semeadura e práticas agronômicas adotadas.Detectada no Brasil em 2001 e

originária do oriente (China) a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), espalhou-se rapida-mente por todo o Brasil, causando drásticas reduções na produtivida-de a ponto de tornar economica-mente inviável a colheita em al-gumas propriedades. Os primeiros sintomas são caracterizados por minúsculos pontos, mais escu-ros que o tecido sadio das folhas, de coloração esverdeada a cinza--esverdeada com correspondente protuberância na parte inferior da folha (urédio). A identificação do patógeno é facilitada pela utiliza-ção de lupa de mão, permitindo a visualização da estrutura reprodu-tiva do fungo (urédias ou pústulas).

À medida que a doen-ça evolui, o tecido ao redordos primeiros pontos adquiri colo-ração castanho-clara (lesão do tipo “TAN”) a castanho-avermelhada (lesão do tipo “reddish brown” – RB) (figura 1). O processo de infecção depende da disponibili-dade de água livre na superfície dafolha, sendo favorecida por tempe-raturas entre 15ºC e 28ºC (A.M.R. Almeida, et al. 2005). A doença provoca redução da área foliar, que-da das folhas, redução no tamanho do grão e consequentemente per-

das na qualidade e produtividade.Além da ferrugem asiática, do-enças como antracnose, mancha alvo e oídio têm preocupado os produtores de soja. A antracno-se (Colletotrichum truncatum) causa necrose dos cotilédones, pecíolos, ramos e vagens, poden-do resultar na morte de plântulas em pré e pós-emergência (figura 2). Cultivares suscetíveis a Man-cha alvo (Corynespora cassiico-la) apresentam lesões nas folhas (forma de alvo), pecíolos, hastes e vagens (pontuações castanho--avermelhadas a castanho-escu-ras), com significativa redução da área foliar e no enchimento de grãos (figura 3). O sintoma do Oídio (Microsphaera diffusa) é o crescimento de um micélio branco recobrindo a superfície folia, pre-judicando a fotossíntese e redu-zindo a produtividade (figura 4).

Fig1. Phakopsora pachyrhiz(ferrugem asiática)

Fig2. Colletorrichum truncatum (antracnose)

Fig4. Microsphaera diffusa (oídio)

Fig3. Corynespora cassiicola (macha alvo)

Características técnicas do Locker:Locker é um fungicida sistêmi-co e de contato, possui os ingre-dientes ativos Cresoxim-metílico, Carbendazim e Tebuconazol de forma balanceada, em formulação suspensão concentrada. Lo-cker destaca-se por possuir três mecanismos de ação, controla as principais doenças da cultu-ra da soja (ferrugem asiática, an-tracnose, mancha alvo e DFCs) e atua no manejo de resistência.

Recomendações técnicas:Locker deve ser aplicado de forma preventiva na dose de 1,0 L/ha, em aplicação foliar, a primeira aplica-ção deve ser efetuada durante a fase de florescimento a formação de vagens, e a segunda deve ser re-alizada após um intervalo de 15 a

20 dias da primeira. A utilização-de óleo mineral é essencial para a melhora no controle de doenças.

Durante o ciclo da cultura o mo-nitoramento de doenças deve ser contínuo, e caso sejam necessárias outras aplicações optar por fungi-cidas com modo de ação distintos visando o manejo da resistência. O volume de calda para aplicações terrestres é de 200 L/ha e para aplicações áreas de 30 a 50 L/ha conforme tecnologia de aplicação e especificações do equipamento.

A umidade relativa é um fator im-portante para uma melhor eficácia de Locker. Evite aplicar fungici-das + óleo mineral nas horas mais quentes do dia, pois podem causar fitotoxicidade a cultura.

LOCKER assim como muitas soluções para sua lavoura de soja você encontra na Afubra de Can-guçu, na rua General Osório,596 ou pelo fone: (53)3252-9750.

Registro de Locker - aplicação foliar - doenças: ferrugem asiáti-ca, antracnose, macha alvo, cresta-mento foliar, oídio, crosta -preta e septorioese.

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3015 DE MARÇO À 15 DE ABRIL DE 2014

Depois de três anos e três meses no cargo de Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegó-cio, estou voltando à Assembléia Legislativa para concluir o manda-to de Deputado Estadual na con-dição de pré-candidato à reeleição. É, portanto, um momento de ba-lanço, de prestação de contas. Saio do cargo, para o qual fui convidado pelo governador Tarso Genro, com a sensação de dever cumprido.

Tenho convicção de que, coor-denando uma excelente equipe de trabalho, formada por pesso-as com perfil técnico e político, contribuímos para o grande mo-mento que vive o setor agrope-cuário do Rio Grande do Sul.

Depois da grande seca que nos re-cebeu naquela safra de 2010/2011, emplacamos três anos sucessivos de crescimento, culminando com o aumento de quase 40% do PIB agropecuário conquistado no ano passado. O setor primário foi de-cisivo para que o Rio Grande cres-cesse o dobro do que cresceu o País.

Fizemos do diálogo, da concerta-ção, a nossa maior ferramenta. Ati-vamos e criamos Câmaras Setoriais e Temáticas, locais em que pro-movemos o debate, identificamos problemas e construímos soluções para os mais diversos setores da agricultura e da pecuária gaúcha.

Aprendemos muito com as prin-cipais lideranças do agronegócio gaúcho e com os próprios produto-res, no contato direto nas mais va-riadas atividades que participamos.Estabilizamos o setor arrozeiro. Estamos duplicando, com o Mais Água, Mais Renda, a área irriga-da de culturas de sequeiro. Con-seguimos, com o Mais Ovinos no Campo, aumentar o rebanho ovino e criamos diversos pro-gramas para o fortalecimento da Ovinocultura. Junto com os mu-

COLUNA DO MAINARDI Luiz Fernando MainardiDeputado Estadual ARTIGOCristiano Costalunga Gotuzzo

Engº Agrônomo CREA/RS 131395

Uma prática muito comum entre os produtores rurais é a de não adubar a pastagem de inverno na resteva de soja porque a mesma irá aproveitar a adubação residu-al da lavoura para se desenvolver.

Mas será que sobram nutrien-tes suficientes para a pasta-gem se desenvolver a pleno?Sabemos que o nutriente mais li-mitante nos solos do Rio Grande do Sul é o fósforo então, vamos analisar a dinâmica deste elemen-to durante a lavoura de soja e no “aproveitamento” pela pastagem de azevém desta adubação residual.

A recomendação de adubação para a lavoura de soja depende, previa-mente, de uma análise de solo. Le-vando em consideração um solo com nível de P2O5baixo, a neces-sidade de suprimento de fósforo é da ordem de 60 kg de P2O5/ha.

Conforme a tabela acima, pode-mos ver a quantidade de P2O5 extraída no grão de soja de-pendendo da produtividade.Conforme a tabela acima, con-siderando-se uma produtividade de 50sc/ha de soja, os grãos ex-portam 25 kg/ha de P2O5. Por-

nicípios e com o Governo Federal estamos implementando progra-ma de inseminação artificial para melhorar a qualidade genética dos rebanhos de corte e de lei-te dos agropecuaristas familiares.

Nos aliamos a dezenas de mu-nicípios para corrigir a acidez do solo. Lançamos programa de apoio e estímulo à diversificação na fumicultura. Criamos o Mais Leite de Qualidade, assim como aprovamos o programa de Desen-volvimento da Cadeia do Leite e o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia do Leite. Estamos juntos com os polos ervateiros desenvol-vendo políticas que apontam para a retomada do segmento. Revitali-zamos a Fepagro, o Irga e a Cesa.

E, ao deixar a Secretaria da Agri-cultura, entregamos, como pro-posta para aprofundar o debate, o Plano Decenal para a Agrope-cuária e o Agronegócio. É a siste-matização de todos os debates que travamos com as cadeias produti-vas da agropecuária gaúcha, que se constitui numa contribuição para a elaboração de uma políti-ca agrícola para o nosso Estado.

Uma política de médio e lon-go prazo, que olhe e proje-te para além de uma safra, de um ano agrícola e pecuário.

Por tudo isso, reitero, saio da Se-cretaria da Agricultura com a sensação de dever cumprido. E com muitos agradecimentos. Aos servidores da nossa secretaria, aos produtores, às lideranças com as quais tive o prazer de conhecer mais de cada uma das ativida-des produtivas de nosso Estado.

Muito obrigado a todos e tenham a certeza de que, na Assemnbléia, continuarei como um soldado das causas do desenvolvimento eco-nômico e social de nosso Estado.

tanto, se a adubação foi da ordem de 60 kg de P2O5/ha restaram 35 kg de P2O5/ha na solução do solo e nos restos culturais da soja. A necessidade de fósforo da pasta-gem de azevém para um solo com nível baixo, como foi mencionado acima, é de 80 kg de P2O5/ha e com isso existe um déficit de 45 kg de P2O5/ha que deve ser adicio-nado a partir de uma fórmula de adubo para suprir a necessidade da cultura do azevém e potencia-lizar o rendimento desta pastagem.

Com isso a capacidade de su-porte desta pastagem será bem mais interessante que aquela que não recebe adubação após a co-lheita da soja e a ciclagem de nutrientes que os animais farão durante o pastejo irá beneficiar a cultura de verão subsequente.

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Oliveira etall, 2007.

Azevém na resteva de soja precisa de adubação?

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Foto: Mickael Freitas

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EMPRESA DESTAQUE EQÜINOS

Mediante novas tecnologias, está cada vez mais fácil o criador ter acesso a garanhões de ponta em seu estabelecimento. Isto se deve a liberação do congelamento e transporte de sêmen, um mercado em constante evolução.Com este tipo de demanda surgem em-presas especializadas em fazer todo este processo é o caso do Veterinário Henri-que Loff formado pela Universidade Fe-deral de Santa Maria (UFSM) 2006.Loff é mestre em Fisiopatologia da Re-produção Equina pela Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul (UFR-GS) 2009 e atualmente está realizando doutorado em Reprodução Eqüina pela UFRGS.“Presto serviço para alguns criatórios da raça Crioula da região de Uruguaiana na área de reprodução equina e recentemente inaugu-ramos em Uruguaiana a primeira central ha-bilitada pelo Ministério da Agricultura do RS (MAPA), para congelamento de sêmen

Serviços de armazenagem, secagem e comercialização de grãos. Também atua na produção de sementes para região de Bagé: Aceguá, Hulha Negra e Dom Pedrito.

End. Com.: Av. Visconde Ribeiro de Magualhães, 1766 Pedra Branca - CEP: 96418-050 | Bagé/RS

End. Correspondência: Rua Caetano Gonçalves, 1041 SL 301 - CEP: 96400-040 | Bagé/RS

Fone: (53) 3247.1286, 3241.0353 e 3242.7387E-mail: [email protected]

Central de congelamento de sêmen eqüino é inaugurada em UruguaianaFoto: Divulgação

Henrique Loff .

eqüino, apta à exportação”, comenta Loff.Para Loff, nos últimos anos houve um au-mento impressionante das biotécnicas re-produtivas, principalmente o congelamen-to de sêmen e a transferência de embriões.Essas tecnologias proporcionam algumas van-tagens importantes para o melhor aproveita-mento tanto do macho quanto da fêmea. Outro mercado Paralelo, mas de extrema Importância é o de receptoras de embriões, cada égua em ovulação necessita no mínimo de três recepto-ras a disposição para obter um sucesso imediato.

A empresa Assessoria Rural Alan Garcia dispo-nibiliza de venda permanente de coberturas dos principais garanhões da raça, também de recep-toras para alimentar este mercado que cada vez mais agrega qualidade e evolução a raça crioula.