Terra Sem Vida Ing-Pt

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  • 8/2/2019 Terra Sem Vida Ing-Pt

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    coI,Eco PoESTAOBNAS COMPLETAS DE FERNANDO PESSOd

    I-FOESIAS de Fernando PesodII - POESIAS de Iuaro de Co,ntposIII - POEMAS de Alberto CaeirofV - ODES de nrcard,o neisV - MENSAGEM de Fernnnd,o PessoavI - POEMAS DRAMTICOS de Fernand,o PessooVII-POESIAS INDITAS (1930-1935) de enzand,o PessoqVII*POESIAS INDITAS (1919-1930) de Fernando PessoaIX-QUDRAS AO GOSTO POPUIn de ternando Pefsoax-NOvAS POESL{S INDITAS de Fernando Pessoo,XI * POEMAS INGLESES de Fernnnd.o PessoaOBR,AS COMPLETAS DE MRIO DE S-CARNEINA

    I_A CONFISSO DE LCIOII _ POESISIII_CARTAS F"ERNANDO PESSOA (VoI. I)CANTAS A FER,NANDO PESSOA (VOI. II)IV-Cu EM FOGO (Novelas)OB&AS COMPLETAS DE SEBASTIO DA GAMAI * SER,RA.MEII * DIRIOIII_CBO DA BO ESPERANAIV _ CAMPO BEA,TOV_ITINERRIO PARALELOVI_O SEGREDO AMARvrr-FELO SONHO QnE VAMOS

    QBNAS DE OATR,OS AATONESI;MS CATIVAS E POEMAS DISPERSOS de R,obefIO d,e MESSUIItCARMIN ALIEN de Vera de Alnzeid,aCLEPSIDI?A E OUTROS POEMS de Cdrnilo PesanhdDIA DO MAR, de Sophia d,e Mel\o Breqner And,resenESTRAD SEM FIM de Anrique Pd,o d'ArcosEU TEI.DE VOLTAR, IJM DIA de Pedro Home'n de MeIIoGEOCRAFIA de Sophia d,e Mello Breuner And,resenH I'MA ROS NA MANH AGRESTE de Pedro Homenx d,e MellNEM TOD A NOITE A VID de Vi\orino NemsioNS NO SOMOS DESTE MUNDO de RUV Ciru.ttaNS PORTUGESES SOMOS CASTOS de Ped.ro Hornem de MelloP.{Rv NATURLIA de Jos Bld,nc de Portuga,IPEREGRINO D NOITE de Anrique Pao d,ArcosPOESIA de Sophid d,e Mello Brevfi,er And,resenQUATRO QUAnTETOS de T. S. Eliot (eg,o bilingue), trad. de Marla. ArnIiaNetoS DE MOR ds Olga GonalDesTANGENTES de Mertcl.a d,e Lemos TEIIR.A SEM VIDA de T. S. Eliot (e6,o biltngue), t!ad. de Maria AmllaNetovOZ NUA E DESCOBERTA de Atrique Pao d,'Arcos

    coLEco PoEsrAlundada Por

    LUS DE MONTALVOR'

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    Ttulo da edio originalATHE WASTE INDIICopyright FABER AI{D FABER

    LondresO desenho da caPa da autoria deALMADA NEGIiEIROS

    Todos os direitos reservados para a publicao desta obrana traduo portuguesa por TICA, s A' r L, Lisboa

    Composto e impresso nas oficinas Grficas da TipografiaMacarlo, Lca. - R. Jorge Afonso, 10-A - Tel. 76 54 00 - LisboaAcabou de imprimir-so em Janeiro de 1984

    INTNODUO(O que Tirsias u , de facto, a substncia dopoema)), diz T. S. Eliot nas notas apensas a TheWaste Land.. E, chamando deste modo a atenopaa o seu aspeco visual, leva-nos implicitamentea considear o processo de narrao utilizado, queapresenta aalogias com a tcnica cinematogr'fca'Na verdade, a sequncia narrativa em The WasteLand., conseguida pela justaposio de imagensa)arentemente desconexas, tem muito da lingua'gem de una mquina de filmar.No deixa de ser curioso ecorda o que Eliotescreveu sobre Anabase, no prefcio da sua tradu'o desta obra de Saint'John Perse: ('..qualquer

    obscuridade do poema, primeira leitura, deve'se supresso 'de 'elos na cadeia', de rnatria expla-natria e de ligao, e no a incoerncia ou aoamor do erptograna.D E, rnais adiante: aEsta se-leco de uma sequncia de irnagens e ideias nadatem de catico. Existe urna lgica da imaginao,assim como uma lgica 'de conceitos.n

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    Eis a tcnica to soberbamente manejada emThe Waste Land.. Afinal, a Igica da imaginao a que est na base dos movimentos iiterrios e ar-tsticos das segund.a e terceira dcadas deste s-culo. E a justaposio ou colagem de lmagens abso-lutas, isto , no subor'dinaclas a qualquer ordemespacial ou temporal, constitui, ccmo se sabe, umacaraeterstica da poesia expressionista, alis co-rrrum ao surrealismo e ao imagismo' Perternce aEzra Pound, impulsionador desta ltima corrente,a clebre definio de imagem como (o que apre-senta instantaneamente um complexo intelectual eemo,cionall (1). Sobre a autonomia da irnagem napoesia surrealista, afirma Andr Breton:

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    ses,pero da depnavao viso beatfica. Recorda,portano, constantemente ao poea a obrigao deexplorar, de encontrar palavras para o inarticu-lado, de capturar aqueles sentimentos que as pes-soas mal podem at sentir, porque no tm pala-vras paa eles; e, ao mesrno tempo, reoorda queo expiorador para alrn das fronteiras da cons-cincia comum s poder regressa e contar o queviu aos seus sernelhantes, se tiver sempre umacompleta percepo das realidades que eles j co-nheceml (7).Depois da P'rimeira Guerra Mundial, a Europaoferecia aos olhos do nfilho do honoem)) apenasrrum monte de imagens quebr,adas>. The WasteLand fuamsmite-nos a viso'desse mundo fragnen-tado, lendo-se no fim do poema, ao ongo do quaiT. S. Eliot intercala citaes de algum,as grandesobras das civilizaes ocidental e oriental:

    Com estes lragmentos escorei as mi,nhas runas.Espectadores perma,nentes do esplendor do pas-sado e da desinteg'rao do presente, os olhos ce-gos de Tirsias, que pulsa aentre duas vidasl.O ritrno de The Waste Land,'a su,a subtil ortques-trao e o valor encantatrio de determinadas pas-sagens permitem a comparao da obra com umapea de msioa, designadamente com uma sinfo-nia. E os Four Quartets viro continuar, desenvol-vendo-a, a tcnica musical i to evidente nestepoema de 1922:

    Apenas pela forma, pelo molde,Pode?n as palauras ou o, msi,ca alcanarO repouso, tal como uma jarra chinesa aind,aSe moae perpetuamente no seu repouso (s).Passando ao simbolismo de The Waste Land,, emparte extrado do livro de Jessie L. .Weston, FromRitual to Romance, qtte analisa as diferentes ver-ses da lenda do Graal, lembraremos que a este_rilidade d.a terra se d.eve perda de vitatidade doIiei Pescador (por d.oena, feridas ou idade avan-ada), cuja ,cura e o ,consequente regresso da ferti_lidade do solo dependem de um Cavaleiro, querrliberar as guasl. O nome do Rei parece ter asua origem no facto de o peixe ser um smbolo devida e de o ttulo de pescador se encontrar fre-quentemente ligado a divindades com ela relacio-nadas.O emprego de alguns importantes smbolos deFrom Ritual to Romance bem evidente no poe-ma: viagem, a oatrrela (a Capela perigosa, ondeos cavaleiros do Graal tinham de lutar contra fo,r-as demonacas), o Tarot. Este baralho_elucidaJessie L. W'eston - possui setenta e oito oatas,das quais vinte e duas so designadas como as

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    Se T. S. Eliot afirma a sua dvida para oom ofascinante trabalho de antropologia de Frazer, TheGolden Bough, ambm a autora de From Rituatto Romance declara, no prefcio do livro, dever aFrazet a inspirao que a lanou na estrada parao castelo do Graal. Encontrarn-se, por conseguinte,intim,amente relacionadas estas duas obras de queEliot se serviu para delineao do simbolismo deThe Waste Land.Ao dedicar o poena aBzta pound, chamando-lheiI miglior fabbro, T. S. Eliot quis demonstrar-lhe oseu agradeeimento pelas alteraes sugeridas nomanuscrito original e que o levaram a publicar aobra na form,a em que se encontra no presentevolume. Durante muitos anos esse manuscrito,oferecido por Eliot ao mecenas John euinn, em1922, fo conside,rado perddo, at que em 1g68 aBiblioteca Pblica de Nova lorque anunciou queele se encontrava em seu poder, integrado na Co-leco Berg. E, em 1971, Valerie Eliot, viva doPoeta, falecido em 1965, publico'u o famoso docu-mento (e), possibilitando assim a comparao dotexto primitivo com o que veio a lume nos anosvnte, mais precisamente, em Outubro de 1922, emLond,les, na revista The Criterion, etada peloprprio T. S. Eliot. Em Novembro, The Di,al, re-vista amerioana, tambm insere o poema, gue, emambos os csos, aparece sem notas. No ms deDezemibro publicada em Nova forque, por Boniand Liveright, a primeira edio, co,ntendo j asnotas do autor. E s em Setembro de lg23 sai fi-nalmente a primeira edio inglesa, que se ficou

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    a dever a Virginia Woolf e seu marido, Leonard.A verso portuguesa foi publicada em Lg72, exac-tamente meio soulo depois do aparecimento dopoema.Se, em The Waste Land, a esterilidade do Rei,por reaco simpattica, se transmite terra, estaparece ter tornado as vidas inteis, mecnicas,afastadas do ritmo norrnal d.a natureza. Reveladorde uma unio to rida quanto a terra devastada o dilogo entre a senhora neurtca, no rico bou-doir, e o seu impassvel inerlocutor;

    Os meus neruos est"o mal esta noite. Sim. mal.Fca ao p de mm.

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    exortada a pensar no pobre Alberto, queEsteae rw tropa quatro anos, quer diaertir-se,E se n,o lor contigo, serd com outras, disse eu.

    Ausnoia de amor e desencantada sexualidadeenconfram'os tambm no (romancel entre a dacti-lgrafa e o jovem carbunculoso:EIn uolta-se e olha-se un'L rnornento ao espelho,MaI se dando cohta do desaparecido amante;O seu erebro consente urn pensdrnento sem,-for-mado:nOra, jd est,: e ainda bem que acabou.l

    Madame Sosostris, que, ao servir-se do Tarot, odespo;ja da dignidade do seu primitivo uso (nSevir a querida Senhora Equitone, / Diga-lhe que euprp,ria levo 'o horscopol); o Senhor Eugenides,o mencador de Esmirna, com o seu duvidoso oon-vite ao narrador ttpara almoar no Cannon StreetHotel / E passar o fim.de-semana no Metrpolen;as Filhas do Tamisa (note-se a aluso s Filhasdo Reno, do Crepsculo dos Deuses), agora trsprostitutas (versos 292 a 306), eis outros exempl,osda degradao e da morte-vida em The WasteLand.Existe, todavia, uma passagem onde petpassamvultos mais miseriosos, envoltos numa intensa eintangvel olari'dade: as pers'onagens do llashbackno Jar.dim dos Jacintos, smbolos do amor abso-Iuto e, como tal, perdido ou condenado a perder-

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    -se. A confrm-lo, os exoertos de Tristo e Isolda,um dos quais pr,ecede e o ouro segue imediata_mente o referido lashback:Frisch weht der WlndDer Heimat euMein lrisch Kind,Wo weilest du?rrD_este.me jacintos pela primeira vez h um ano;rrChamavam-me a rapariga dos jacintos.l- Porm, quando voltmos, tarde, d.o Jardim dos Jacintos,Os teus braos cheios e o cabelo molhado, eu no podiaFalar, e os meus olhos velaram_se, eu no esavaVivo nem morto, e no sabia nada.Espreitava o corao da luz, o silncio.Oed' und leer das Meer.

    O sinistro aviso de Madame Sosostris (aAcau-tele-se com a more na gual) d lugar ao quartoandamento, de carcter elegaco, sobre phlebas, oFencio, que:... fui, quinze d,ias morto,Esqueceu o grito d,as gaiaotds, a, ressaco,"Os ganh,os e as perd,as.

    Eliot move-se muitas vezes em rnais do que umnvel de signifi,cao, para, sso contribuindo o usoque faz da aluso e do contraste. Assim, depois daconversa no pub, e drepois de feitas as despedidas:

    B'noi,te BII. B'noite Lou. B'noite MaE. B'noite.Td-td. B'nnite. B'noite.

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    result infinamente pungente e sugestiva a ime-diata justaposio do verso gue recorda a loucurade Oflia:Boa noite, senhoras, boa noite, gentis senhoras,boa noi,te, boa noite.Por outro lado, o Tamisa, testemunha da pompada era isabelina:

    Isabel e Le'cesterRetnos batendoFormaaa a PoWUma conchn dourada agora um rio ,que (sua leo e alcatrol e as suasFilhas so, como vimos, as nninfasu com quem sedivertem os

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    London Bridge s fatting down falling down fallingdownlA Ponte de Londres estd a cair estd a eair estd acairlO regresso infncia em tempos de destruio admiravelmente sugerido pela introduo de vo.zes infantis neste contexto apocalptico. Assinale-se que na pr,imeira edio do poema, ao conrriodo que sucede agora, o verso se encontrava desta_cado do precedente e do s;ubsequente.A traduo, ou melhor, a transposio de

    Sha,Il I at least set my land,s in ord,er?London Bridge is fa\ling d,own faling d,own faUingdoasnpe evidenternente um pro:blema (10), se tivermosem conta a importncia que representa na estru-tura muscal da passagem o binmio \and,s / Lon-don Bridge. Quer dizer: seria desejvel, emboraaparentemente utpico, ,reoriar, no caso de o per-mitirern as lnguas para que,o poema seja vertido,um binmio correspondente, que mostre corno apalavra lands (terras), to carregada de signifi-cado, responsvel petro apanecimento do versoseguinte.Em portugus no existe qualquer relao mu_sical entre terras e ponte d,e Londres. Acresce ain-da que os dois sons nasalados e a co,nsoante ex-plosiva p tornariam muito pesado, digamos antes,faniam tropegar um verso que se quer acima de

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    tnldo encantatrio. Todavia, a forra do texto e efora da msioa impuseram espontaneamente, nomo'mento da sua necriao em portugus, um bin-mio que, de modo assaz curioso, p,ormitido pelaotrlonmia de Lon'dres e, mais do que isso, pelocontexto do andamento, corno adiante demonstra-remos. Esse binmio terras / Torre d.e Landres.Assim:Porei o,o menos as minhns terras em ord,em?A Torre de Londres estti a eair estd a cair estd acair

    Isto , se em po,rtugus existisse uma cano decriana cujo refro fosse este segundo verso, apalavra tercas poderia acordar a lembrana dasvozes inantis. Traa-se, afinal, de um caso para-digrntico da clgica da irnaginaor, de que falaEliot. Tal cano, porm, no existe, e, se se aceitao binmio que a nossa lngua impe, sobretudop'orque, oomo atrs se disse, o contexto em inglso consente. Vejamos:1.') Na seguinte passagem o poeta emprega duasvezes a magem das torres derrubadas:Que cidade esta nas montanhasQue se fende e relorma e rebenta no o,r aioletaTomes caindoJerusalm Atenas AlexandriaViena LondresIrreaisUma mulher purou o seu longo cabelo negro

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    E tocou hessas cord,as uma msi,ca ern sussurroE morcegos corn rosos d.e beb na luz aiotetaSibilnaam e batiam ds asdsE rastejaaatn de cabea para bairo numa pared,eenegrecidaE no ar hauia torres inaertid,asSinos rerniniscentes que datsam as horasE aozes cantando em ci,sternas aazias e em poossem dgua.

    2..) O quinto veso antes do fim do poema constitudo por estoutro de EI Desdichado. de G-rard de Nerval:Le prince d,Aquitaine ta tour abotie.Ora, a mais sinistra carta do Tarot r

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    Alguns anos aps ter peroorrido o oaminho aquitraado (12), a, autora destas l,inhas encontrounum trabaiho que . D. Mood.y acabava de publi_car (13) a seguinte aproximao entre as imagensde destruio da ponte de Londres e das tones:And Lond,on Bridge, in the (Jnreal Citg, is faltingwith the laUing towers (nE a ponte de Londres,na Cidade lrreal, cai oom as torres que caeml).Mais adiante, diz ainda Moody: Finahg, the poet,sown tower is down uith that of d.e Nertsal,s EIDesdichado: an image signifging, cabali.sticailg,that he is d,riaen out lrom the earthlg paradise{aEinalmente, a prpria torre do poeta derru_bada oom a de El Desdi,chado, de lterval: umaimagem que signifioa, cabalisticamente, que ele expulso do paraso errestrel).The Waste Land, uma terra onde no existegua e onde no existe am,or. mo qulnto e ltimoandamento, j depois de atingida L capeta, umarajada hmida anuncia a chuva, e nas palavras dotrovo, Datta, Dayadhuam, Damgata, que significam em snscrito , s,hantih. repeto trs vezesesta bno snscrita, m,aneira de uma Upani-shad, que o poerna termina lentamenre.Se Ul3lsses, ,a admirvel obra de James Joyce,ofenece em mais de setecentas pginas uma visodo homem e do rmrndo,, em que; [assaco e o pe_sente se interpenetram, The Waste Land,, o ma,sfamoso dos poemas modernos, consegue em ape-24 25

    nas 433 versos transm-itir uma idntica viso. S agrande Foesia permite uma tal sntese.MAR,IA AMLA NETO

    NOTAS(r) Poetrg (Maro de 19i3).(2) Primeiro Manilesto do Surrealismo 92D.(3) What Dante means to rne, conferncia proferida porI. S. Eliot no Instituto ltaliano de Londres. em 19b0 - ?oCrticize the Critic (Faber).(a) Idem,(5) Idem.(6) Idem.(7) Idem.(8) Burnt Norton.(e) TIIE WASTE LAND, a facsimile & transcript of theoriginal drafts including the annotations of. Ezra pound,edi,ted by Valerie Eliot (Faber).(10) Devo confessar que o problema no foi por mimresolvido ao nvel do consciente, e que s reconheci a suaevidncia a posterior.(r1) Hugh Ross Williarnson, The poetrg ol T. S. Eliot,Londres, Hodder & Stoughton Limited, 1932, p. 150.(12) Os comentrios precedentes, sugerid.os pela impor-tncia da palavra land, foram extrados, por amvel per-misso da Revista Colquio/Letras, de um artigo publi-cado pela tradutora naquela Revista (n.. 15, de Seembrode 19?3), sob o tulo Qs Cinquenta Anos de

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    'Nam Sibyllam quidem Cumis ego ipse oculs meisvidi in arnpulla pendere, et cum ilti pueri dicerent:2pv),),2 r 0),i4; respondebat illa: anollrve?v 0ro.,

    The Waste Land1922

    For Ezra pound.iI m,igi;or fabbro.

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    A Terra setn Vida1922

    'Nam Sibyllam quidem Cumis ego ipse ocul s meisvidi in arnpulla pendere, et cum illi pueri dicerent:ZBv)'),a ti Oir ; respondebat il a: ro}zvaiv }'e),,,t.,

    Para Ezra Poundi.l mi,gli.or fabbro.

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    L The Burial of the DeadApril is the cruellest month, breedingLilacs out of the dead land, mixingMernory and desire, stirringDull roots with spring rain.\/inter kept us warm, covelngEarth in forrgetful snow, feed,ingA little li,fe with dried tubers.Summer surprised us, coming over the Starnbergersee\4rith a shower of rain; we stopped in the colonnde,And went on in sunl,ight, into the Hofgarten, 10And drank coffee, and talked. for an hour.Bin gar keine Russin, stamm' aus Litauen, echt deutsch.And when we were_ children, staying at the arch-duke,s,My cousin,s, he took rne out on a sld,And I was frightened. He said,, Marie,Marie, hotd on tight. And down \4/e r/ent.In the mountains, there you feel free.f read, much o,f the night, and go south in the winter.

    What are the roo,ts that clutch, what branches growOut of this stony rubbish? Son o,f man, 20You ,cannot say, or guess, for you know onlyA heap of broken images, where the sun beats,And the dead tree gives no shelter, the cricket no reriefAnd he dry stone no sound of waer. Only - - -----There is shadow under this red ro,ck,(Come in under the shadow of ths red rock),And I will show you something different from eitherYour shadow at morning striding behind you28 29

    I. O Enterramento d,os MortosAbril o m,ais cruel dos meses, gerandoLilases na terra morta, misurandoA mernria e o desejo, atiandoRazes inertes com a chuva da primavera.C) inverno manteve-nos quentes, cobrindoA terra com a neve'do esquecimento, alimentandoUm pouco de vida corn tubr,culos secos.O vero surpreendeu-nos, ao passarmos por Starnbergersee,Com um aguaceir,o; parmos na colunatatr seguimos j com sol, para Hofgarten, 10E tommos caf, e conversmos uma hora.Bin gar keine Russin, stamm'aus Litauen, echt deutsch.E quando ramos pequenos e estvamos em casa do arquiduque,Meu primo, ele levou-me num tren,E eu assuste-me. Ele disse, Marie,Marie, segura-te bem. E fomos por ali abaixo.Nas montanhas, a sentimo-nos livres.Eu leio quase toda a noite e vou para o sul no inverno.Quais so as razes que esto presas, que amos crescemNeste amontoado de pedras? Filho do homem, 20Tu no sabes rdizer nem supor, pois apenas conhecesUm monte de imagens quebradas, onde o sol bate,E a rvore morta no'oferece abrigo, nem o grilo trgua,Nem a pedra seca o som da gua. SH sombna debaixo desta rocha vermelha(Vem para a sornbra desta ro'cha vermelha),E mostrar-te"e algo d'iferente quer daTua sombra de manh,, dando largos passos atrs de ti,

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    Or 5rour shadow at evening rising o meet you;I wilt show you fear in a handul of dust.Frisch weht der Wi,ndDer Heimat zuMein lrisch I{ind,Wo weilest du?'You gave me hyacinths first a year ago;'They called me the hyaeinth girt.,- Yet when we 'carne back, late, from the HyacinthYour arms full, and your hair wet, I could notSp,eak, and my eyes failed, was neitherLiving nor dead, and I knew nothing,Looking into the heart of light, the silence.Oed' und \eer das Meer.

    Madame Sosostris, famous clairvoyante,Had a bad cold, nevertheless,s known to be the wisest rvr/oman in Europe,With a wicked pack of oands. IIere, said she,Is your card, the drowned Phoenician Sailor,(Those are pearls that were his eyes. Look!)Here is Belladonna, the Lady of the Iocks,The lady of situations.Here is the naan with three staves, and here the rfi/heel,And here is the one-eyed rnerchant, and this card,Which is blank, is something he carries on tris back,Which I am forbidden to see. I do not findThe Hanged Man. Fear death by water.I see crowds of people, walking round in a ring.Thank yotr. If you see dear Mrs. Equitone,

    30

    garden,40

    50

    s0 ,11

    Ou da tua sombra ao cair da tarde, levantando-se para te ocar;Mostrar-te-ei me'do num punhado de pooira. 30Fri,sch weht der WindDer Heimat zuMein Irisch Kittd,Wo wei,lest du?rrDeste-me jacintos pela prirneita vez h um ano;rrChamavam-rne a rapar'iga dos jacintos.l- Porm, quando voltmos, tarde, do Jardim dos Jacintos,Os eus braos cheios e o cabelo molhado, eu no podiaFalar, e os meus olhos velaram-se, eu no esavaVivo nem morto, e no sabia nada, 40Espreitava o corao da luz, o silncio.Oed' und leer das Meer.Madame Sosostris, vidente famosa,Constipou-se bastante, e no entanto tida pela mas sbia mulher da Europa,Com um perverso baralho de cartas. Aqui, disse ela,Est a sua carta, o Marinheir'o Fencio afogado,(Aquelas so prolas que eram os seus olhos. Veja!)Aqui est Belladonna, a Senhora das IUochas,A senhora dos rnaus mornentos. 50Aqui est o homem dos trs bordes, e aqui a I,oda,E aqui o mercador zarolho, e esta catt,Que branca, algo que ele leva s costasE que me interdito ver. No encontroO Enforcado. Acautele-se com a m'orte na gua.Vejo multides carninhando em clculo.Obrigada. Se vir a querida Senhora Equitone,

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    TelI her I bring the horoscope myself:One must be so careful these daYs.Unreai City, 60Under the brown fog of a winter dawn,A crowd flowed over London Bridge, so many,I had not thought death had undone so rnany.Sighs, short and infrequent, were exhaled,And each man fixed his eyes before his feet.Flowed up the hill and down King'William Street,To whene Saint Mary \Moolnoth kept the hours'trith a dead sound on the final stroke of nine.There I saw one I knew, and stopped him, crying: 'Stetson!'Yu who were with me in the ships at Mylae! 70'That corpse you planted last year in your garden,'Has it begun to sprout? \Mill it bloorn this year?'Or has the sudden frost disturbed its bed?'Oh keep the Dog far hence, that's friend to men,'Or with his nails he'll dig it up again!'You! hypocrite lecteur! - mon semblable, - mon frre!'

    Diga-lhe que eu prpria levo o horsoopo:Tem de se ter tanto cuidado hoje em dia'Cidade irreal, 60Sob o nevooiro castanho d'e uma madrugada de inverno'Uma multido flua sobre a Ponte de Londres, tantos'Eu no pensava que a morte tivesse destrudo tantos'Suspiros, raros e curtos, eram exalados,E cacla homem tinha os olhos fixos diante dos ps'Fluam pela cotrina acima e'desciam King'William Streeb'At onde Saint Mary Wootnoth d as horasCom um som mortio na ltirna badalada das nove'A vi algum que conhecia e fi-lo parar' gritando: aStetson!r

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    II. A Game of ChessThe Chair she sat in, like a burnished throne,Glowed on the marble, where the glassHeld up by standards wror.lght with fruited vinesFrom which a golden Cupdon peeped out B0(Another hid his eyes behind his wing)Doubled the flames of sevenbranched candelabraIleflectng light upon the table asThe glitter of her jewels rose to rne'et it,From satin cases poured in rich profusion;In vials of ivory and colou,rod glassUnstoppered, lurked her strange synthetic perfumes,Unguent, powdered, or liquid - troubled, confusedAnd drowned the sense in odours; stirred by the airThat freshened frorn the window, these asoended 90In fattening the prolonged candle-flames,Flung their smoke into the laquearia,Stirring the pattern on the coffered ceiling.Huge se,a-w,ood fed with co perBurned green and orange, framed by the coloured stone,In which sad light a carvd dolphin sr/am.Above the antique manel was displayedAs though a window gave upor the sylvan sceneThe change of Philomel, by the barbarous kingSo rudely fonced; yet there the nightingale 100Filled all the des'ert with inviolable voiceAnd still she cried, and still the world pttsues,'Jug Jug' to dirty ears.And other withered stumps of time'Were told upon the walls; staring forms

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    lI. Uma Partid,a d,e Xad,rezA Cadeira em que ela se senfava, como um trono polido,Cintilava no mrmore, onde o espelhoSuportado por colunas lavradas com videirasDe onde espreitava um Cupido dourado g0(Outro tapava os olhos oom a asa)Dobrava as chamas de candelabros de sete velas,Reflectindo a luz sobre a mesa quandoA ela subia o brilho das jiasProfusamente derramadas de estojos de oeim.Em frascos de marfim e vidro colordoDestapados, escondiam-se os seus estranhos e sintticos perfumes,Unguentos, ps ou lquidos - perturbando, confundindoE afogando os sentidos em aromas; impelidos pelo arQue soprava pela janela, elevavam-se, g0Avolumando a chama alongadra das velas,Lanando o fumo par a laqueariaE agitando os desenhos do tecto ern caixotes.Enormes lenhos de navio guarneoidos a cobreArdia,m verde e I'aranja, emoldurados pela pedra oolorida,Em cuja luz triste nadava um golfinho cinzelado.Podia ver-se na prateleira do fogo antigoComo se uma janela desse para a cena silvestreA meamorfose de Filomela, to rudemente foradaPelo brbaro rei; no entanto, ali o rouxinol 100Enchia todo o deserto com a sua voz invioivelE ela continuava a griar - e o mundo continua sempre -Chac Chaor aos ouvidos imundos.E outros definhados cepos de ternpoEncontravam-se narrados nas paredes; figuras de olhos fixos

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    Leaned out, leaning, hushing the roorn enclosed.Footsteps shuffted on the stair.Unrder the firelight, und.er the brush, her hairSpread out in fiery pointsGlowed ino words, then would be savagely still.'My nerves are bad to,night. yes, bad. Stay with me.'Speak o me. Why do you never speak. Speak.'What are you thinking of? \4/hat thinking? lVhat?'I never know what you are think,ing. Think.,I think we are in rats, alleyWhere the dead. men lost their bones.'What is that noise?,he wind under the door.'What is that noise now? What is the wind doing?,Nothing again nothing. .Do'You know nothing? Do you see nothing? Do you remember'Nothing?' romemberThose are pearls that were his eyes.'Are you aiive, or not? Is there nothing in your head?,ButO O O O that Shakespeherian Rag _It's so elegantSo intelligent'What shall I do now? What shall I do?,'I shall rush out as I am, and walk the street'With my hair down, so. What shall we do tomorrow?

    110

    t20

    130 130

    lX)bruavamse, impondo silncio sala fechada.Arrastaram-se passos na escada.fu a luz do fogo, sob a escova, o oabelo del,aAlastrav em pontos de lume,l,'rrndia-se em palavras e depois caa numa quietude feroz. 110(Os meus nervos esto mal esa noite. Sim, mal. Fica ao p de n:rim.rrli'ala comigo. Porque que nunca falas? Faia.aEr-n que ests a pensar? Em que pensas? Em qu?rtNunca sei no que ests a pensar. Pensa.>l)nso que estamos na viela dos ratos( )nde os mortos perderam os seus ossos.rr()ue rudo este?n vento sob a norta.r(Jr-re rudo este agora? O que esta o vento a fazer?tNada de novo nada.rrSabes nada? No vs nada? No te lembrasrr l)c nada?u

    Lembro-me(Jrre aquelas so prolas que eram os seus olhos.rrlilsts vivo ou no? No h nada na ua cabea?rt )r Oh Oh Oh essa ria Shakespearianat;; to elegante'l'o inteligente

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    'What shall we ever d.o?' The hot water at ten..A,nd if it rains, a closed,car t four.And we shall play a game of chess.Pressing lidless eyes and waiting or a knock upon the door.

    140\Mhen Lil's husband got demobbed, f said _I,didn't minoe my words, I said to her myself,HURRY UP PLEASE ITS TIMENow Albert,s coming back, make yourself a rit smart.He'll want to know what you don with that money he gaveyouTo get yourself some teeth. He did, f was there.You have them atl out, Lil, and get a nice s,et,He said, f swear, f can't bear to look at you.And no more,can,t , f said, and think of poor Albert,He's been in the rmy four years, he v/ants a good time,{14 it you don't give it him, there,s others will, said.Oh is there, she said. Something o, that, I said. 150Then I'll know who to thank, shL said, and give me a straightlook.HURRY UP PLEASE ITS TIMEIf you don,t like it you can get on with it, I said.Others can pick and choose if you cant.But if Albert makes off, it won,t be for lack of telling.You ought to be ashamed, I s,aid, to look so antiquel(And her only thirty-one.)f can't help it, she said, pulling a long face,It's them pills I took, to bring it off, she said.(She's had five already, and nearly died of young George.) 160

    () que havemos de fazer alguma vez?nA gua quentei quando chove, um carro fechado s quatro.I jogaremos uma parida de xadrez,)o'mprimindo os olhos sem plpebras e e,sperando uma pancadana l,orta.

    ndo o marido da Lil saiu da tro,pa. eu disse -_o tive papas na lngua, disse-lho eu prpria,)trspAcHEM-SE pOR FAVO QUE EST NA HORAgora que o Alberto 'es,tf, 616 volta, v se tratas de ti.,lle h-de querer saber o que fizeste ao dinheiro que te deu'rr'a pores os dentes. Deu, sim senhor, eu esava l.'ira-os todos, Lil, e arranja uma boa dentadura,)isse ele, palavra que no posso olhar para i.om eu toouco, disse eu, e pensa no pobre Alberto,isleve na tropa quatro anos, que divertir-se,i se no for contigo, ser com outrras. disse eu.Ir, sim, disse ela. possvel, disse eu. 150'irr,o saberei a qtrem agradecer, disse ela, e olhou-me bem d.e frente.)t';spAcHEM-sE poR FAVOR QIIE EST NA HORAir: no gostas, tanto faz, d,isse eu.lri mais quem queira, se tu no queres.l,l cla s tem trinta e um anos.) minha a culpa, disse ela, desanimada,,'.)rrrn os comprimidos que tomei para o desmancho, diss,e ela.r l'lla j teve cinco e quase morreu quando nasceu o Jorginho.) 160

    s dez.

    140

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    The chemist said it would be all right, but f,ve never beenthe same.You are a proper foo, I said.Well, if Albert won't leave you alone, there it is, said,what you get married for if you don't want children?HURRY UF PLEASE ITS TIMEWell, that Sunday Albert was home, they haci a hotgammo,n,And they asked me in to d.inner, to get the beauty of it hot _HUR,RY UP PLI]ASE ITS TIMEHUR,R,Y UP PLEASE ITS TIMEGoonight Bilt. Goonight Lo'. Goonight May. Goonight. 1?0Ta ta. Goonight. Goonight.Good night, ladies, good night, sweet iadies, good night,good night.

    40

    O farmacutico disse que no fazia ma1, mas no voltei a sera mesma.-s rnesrno parva, disse eu.Se o Alberto no te deixa em paz,, pois bem, d,isse eu,Porque que te casaste se no querias filhos?DESPACHEM-SE POR, FAVOR QUE EST NA HOR,APois naquele domingo o Alberto estava em casa e eles tinhamuma perna de porcoE disseram-me que fosse l jantar, para a saborear aindaquene -ESPACHEM-SE POR, FAVOR QUE EST NA HORADESPACHEM-SE POR, FAVOR QUE EST NA HORAB'noie Bill. B'noite Lou. B'no,ite May. B'noite. 1?0T-t". B'noite. B'noite.Boa noite, senhoras, boa noite, gentis senhoras, boa noite, boanoite.

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    il[. The Fire SerrnonThe river's tent is broken: the last fingers of leafClutch and sink into the r.vet bank. The windCrosses the brown land, unheand. The nyrnphs are departed.Sweet Thames, run sofily, till I end my song.The river bears no empty botiles, sandwich papers,Silk handkerchiefs, cardboard boxes, cigarette endsOr other testimony of summer nights. The nymphs are departed.And their friends, the loitering heirs of city directors; 1g0Departed, have left no addresses.By the waters of Leman I sat down and wept...Sweet Thames, run sofily till I end my song,Sweet Thames, run sofily, for I speak not ud or long.

    Eut at my back in a cold blast I hearThe rattle of the bones, and chuche spread from ear to ear.A rat crept sofily through the vegetationDragging its stimy belty on the bnkWhile I was fshing in the dull canalOn a winter evening round behind the gashouse f90Musing upon the king my brother,s ,,/reckAnd on the king my fatherrs death before him.\Ihite bodies naked on the low damp groundAnd bones aast in a litile low dry garret,Rattled by the rat's foot only, year to year.'Eut at my back from time to time I hearThe sound of horns and motors, which shall bringSweeney to Mrs. porter in the spring.O the moon shone bright on Mrs. porter

    ,,

    ruL. O Sermo do FogoRompeu-se a tenda do r'io: os ltirnos dedos das folhasAgarram-se e afundam-se na margem molhada. C ventotravessa a terra castanha, sern se ouvir. As ninfas partiram.Doce Tamisa, desliza mansarnente, at ao fim do meu oanto.No h no rio garrafas vazias, papis de sanduches,Lenos de seda, caixas de carto, pontas de cigarro( )Ll outros testemunhos das noites de vero. As ninfas partirarn.l os seus amigos, os indolentes herdeiros dos magnates, 180Partiram sem deixar endereo..Iunto s guas do Lman sentei-rne e chorei...Doce Tamisa, deslj.za mansamente, at ao fim do meu canto,I)oce Tamisa, desliza mansarnente, que eu no falo alto nem pormuito tempo.Mas ouo atrs de mirn, numa glida rajada,() chocalhar dos ossos e o riso rasgado de orelha a orelha.um rato rastejou levemente entre a verdura,Arrastando nla ma gem o seu ventre visooso,llnqu'anto eu pescava no canal sombrioNuma noite de inveno, por detrs do gasmetro, 190Meditando no naufrgio do rei meu irmotr na morte do rei rneu pai anes dele.Corpos brancos e nus no cho hmido e baixoE ossos lanados na mansarda seca e um pouco baixaQue s os ps dos raos fazem chocalhar, ano aps ano.Mas atrs de mim ouo de vez em quandoO som de buzinas e rnotores, que h-de tr'azerSweeney Senhora Porter na primavera.Oh a lua rebrilhava na Senhora Porter

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    l1d on her daughter 200They wash their feet in soda waterEt O ces aoh d,enfants, chantant dans ta coupole!Twit twit twitJug jug jug jug jug jugSo rudely forc,d.TereuUnreal CityUnder the brown fog of a winter noonMr. Eugenides, the Smyrna *"""tUnshaven, with a pocket full of ",rrt" zI0.i.f. London: docurnents at sight,Asked me in demotic FrenchTo luncheon at the Cannon Street HotelFollowed by a weekend at the Metropole.At the violet hour, when the eyes and backTurn upward from the desk, when the human engine waitsike a taxi throbbing waiing,I Tiresias, though !lir9, ttrrofing berween two lives,Old man with wrinkled female n"astr, can seeAt the violet hour, the evenine hou;-th,at strives ZZ0Homeward, ,and brings the saft,o, fro*" frorn sea,The typist honae at eatime, clears her nreakfast, lightsItrer stove, and lays out food in tins.Out of the window perilously spreadHer drying combinatinns toutfrea nV tfr" sun,s last rays,9" th" divan are piled (at night frer"UeOlStockings, slippers, camisoles, and stays.I Tires,ias, old man with wrinkled dugsPerc'eived the soene, and foreold the resr _

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    E na sua filha 200 ern soda que ambas I'avam os psEt O ces aoix d'enfants, chantant dans la eoupole!Piu piu piuChac chac chac chac chac chacTo rudemente forada.TereuCidade irrealSob o nevoeir,o oastanho de um rneio-dia de invernoO Senhor Eugenides, o rner.,cador d.e Esmirna,Por barbear, com uma algibeira cheira de passas 2t0C.i.f. Londres: do'cum,entos vista,Convidou.me em francs demtiooPara almoar no Cannon Street HotelE passar o fim-de-sermana no Metrpole.Na hora violeta, quando os olhos e as costasSe levantam da secretria, quando a mquina humana esperaComo um txi espenando, palpitante,Eu, Tirsias, emb,ora cego, palpitando entre duas vidas,Velho de seios femininos enrugados, posso verNa hora violeta, a hora da noite que nos arrasta 220Para oasa, e ttaz o m,arinheiro do mar,A dactilgrafa de volta hora do ch, arrumando a loua dop'equelo almoo, aoendendOO fogo e abrindo as latas de'conserva.a janela, perigosamente estendirdas,As suas cornbinaes secam, tocadas pelos ltimos raios de sol,No div ( noite, a cama) empilham-seMeias, chinelas, corpetes e espar,tilhos.Eu, Tirsias, velho de tetas enrugadas,Observei a oena e adivinhei o resto -

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    I too awaited the expected guest. 230He, the young man carouncular, arrives,A small house agont's clerk, with one bold stare,One of the low on whom assurance sitsAs a silk hat on a Bradford millionaire.The time is now propitious, ,as he guesses,The meal is ended, she is bored and tirecl,Endeavours to engage her in caressesWhich still are unreproved, if undesired.Flushed and decided, he assaults at once:Exploring hands encounter no d.efence i 240His vanity requires no esponse,And rnakes a weicome of indifferenoe.(And I Tiresias have foresuffersd allEnacted on this sarne divan or bed;I who have sat by Thebes below the watlAnd walked among the lowest of the dead.)Bestows one final patronising kiss,And gropes his way, finding the stairs unlit...She turns and looks a moment in the glass,Hardly aware of her doparted lover; 250Her br,ain allor,vs one half-formed thought to pass:''lVell now that's done: and f'm glad it,s over.,rfr/hen lovely r,)voman stoops to folly andPaces about her ro,om again, alone,She smoothes her hair with automatic hand,And puts a record on he gramophone.'This music crept by me upon the waters'And along the Strrand, up eueen Victoria Street.

    4t) *t

    'l';rrnbm eu aguardei o esperado visitante. 230I,lc chega, o jovem carbunculoso,l'cqueno empregado de uma agncia imobilria, de olhar atrevido,tlm dos de baixa oondio em quem a arrogncia assenta( iomo um chapu de seda num milionrio de Bradford. alt-ura agora propcia, como ele ponsa,A refeio acabou, ela est cansada e aborrecida,'l'enta capt-la aom carcias,(Jue no so repelidas, embora no sejam desejadas.l,lxcitado e decidido, ataca de repente;^r; suas mos pesquisadoras no encontram defesa; 240A vaidade dele no exige retribuiol,l toma a indiferena por bom acolhimento.r l eu, Tirsias, i pr-sofri tu o istol,r:presentado neste mesmo div ou carna;l,lu, que me sentei em Tebas junto s muralhasl,l canr-inhei entre os rnais baixos dos mortos.)(:()ncede um ltimo beijo proectorl,l procura o caminho s apalpadelas, na escada sem luz...I,lla volta-se e olha-se um momen'to ao espelho,Mal se dando conta do desaparecido amante; 250( ) seu crebro oonsente um pensamento semi-formado:rrOra, j est: e ainda bem que acabou.D(uando urna linda mulher se entrega a loucuras e,I)e novo s, caminha de um lado para o outro no quarto,r )ornpe automaticamen-te o cabelofJ pe um disoo no gramofone.aEsta msica deslizou a meu lado sobre as guaslE ao longo do Strand, subindo Queen Victoria Street.

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    O Ci,ty city, I can sometimes hearBeside a public bar in Lower Thames Street, 260The pieasant whining of a mandolineAnd a clatter and a chatter from within'Where fishrnen lounge at noon: where the wallsOf Magnus Martyr holdInexplicable sple,ndour of Ionian white and gold.The river sweatsOil and tarThe barges drift\Mith the turning tideRed sails 270\MideTo leewar.d, swing on the heavy spar.The barges washDrifting logsDown Greenwich reachPast the Isle of Dogs.Weialala leiaWallala leialala

    Elizabeth and LeicesrerBeating oars 2g0The stern was formedA gilded sheilRe'd and goldThe brisk swellIippled both shoresSouthwest windCarried down stream48 49

    o Cidade cidade, por vezes ouoAo lado de um bar, em Lower Thames Street, 260O agradvel lamento de um bandolmE o rudo de pratos e das coversas 1 dentro,Onde os peixeiros se renem ao meiodia: onde as paredesDe Magnus Martyr abrigamUm inexplicvel esplendor de branco e ouro da Jnia.

    O rio suaoleo e alcatroAs barcas flutuamCom a mudana da marVela,s vermelhas 270SoltasFara sortavento, balouarrn no mastro pesado.As barcas ernpurrarnToros derivaPara o brao de Greenwich,Passando a llha dos Ces.\Mealala leiaWallala leialalaIsabel e LeicesterRqnos batendo 280Formava a popaUma concha do'uradaVermelho e ouroA ondulao vivaEncrespava as duas margensO vento sudoesteLevou corrente abaixo

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    The peal of bellsIMhite towers \Meialala leiaWailala leiatata'Trams and dusty trees.Highbury bore rne. lichrnond and KewUndid me. By Rich,mond. I raised my kneesSupine on the floo,r of a namow canoe.o'My feet are at Moorgate, and my heartUnder my feet. After the eventI{e wept. He pr,ornised ..a new start."I made no comment. \4rhat shoutd f resent?o'On Margate Sands.I can connectNothing with no,thing.The broken fingernails of dirty hands.My people humble people who expectNothing.' la laTo Carthage then I cameBurning burning burning burningO Lord Thou pluckest me outO -iord T?rou phlckestburning

    290

    300

    310

    50 q1

    O repique dos sinosTorres brancas Weialala leia 290\Mallala leialalar

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    lV. Death by WaterPhlebas the Phoenici'an, a orhright dead,Forgot the cry of ,gulls, and the deep sea swellAnd the profit and loss. A current under seaPickect his bone,s in whispers. As he rose and fellHe passed the stages o,f his age and youthEntering the whirlpool. Gentile or JewO you who turn the wheel and iook to windward, 820Consider Phlebas, wkro was once handsome and, tall as yo.u.

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    U. Morte nu g""Phlebas, o Fencio, h qunze dias rnorto,Esqueoeu o grio dras gaivotas, a ressaoa,Os ganhos e as pendas. Uma corrente sob o marSoparou os seus ossos num murmrio. Enq'Lranto se elevava e descia,Passonr as fases de adulto e de j,overn,Entrando no remoinho. Gentio ou Judeu, tu que voltas o leme e olhas no direco do vento, 320Pensa em Phlebas, que foi em tetrpos alto e belo como tu.

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    Y, What the Thunder *aidAfter the torchl,ight red on sweaty facesAfter the frosty silence in the gardensAfter the agony in s,tony placesThe shouting and he cryingPrison and palace and reve,rberatio,nOf thunder of spring over distant naountainsHe who was living is now deadWe who where living are now dnng\Mith a little patience BB0Here is no water but only rockRock and no water and the sandy roadThe road winding above mong the mounainsWhdch are mounains of rock without waterIf there were water we should stop and drinkArnongst the rock one cannot sop or thinkSweat is dry and eet are in the sandIf there were only waer amongst the rockDead rnounain motrth ,of carious teeth that cannot spitHere one can neither stand nor lie nor sit g40There is not even silence in the mountainsBut dry serle thunder without rainThere is not even solitude in the mountainsBut red sullen faces sneer and s,narlFrom doors of mudcnacked housesIf there were waterAnd no rockIf there were rockAnd also water

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    V. O que disse .o Troo,oDepois do verrnelho das toohas nos rostos suadosDepois do silncio gelado nos jardinsDepois da agonia nos lugares de pedraGrios e chorosPrisoepalcioeoecoDo trovo da primavera nas monanhas distantesO que esava vivo est agora mortoNs que vivamos morrenos agoraCom um pouco de pacincia BB0Aqui no existe gua mas apens rochaRocha e no gua e a estrada arenosaA estrada serpenteando l em cima entre as montanhasQue so montanhas de ro,cha sem guaSe houvesse ,gua parvarnos e bebarnosNo meio das rochas no se po,de parrar ou pensarO suor seco e os ps enteruam-se ,na areiaSe ao menos houvesse gua entre as ro,chasBoca de montanha rnorta de dentos cariados que no pode cuspirAqui no se pode estar de p nem deitado nem sentad.o 340No h sequer silncio nas rnontanhasMas o trovo seco e es'tril sem chuvaNo h sequer solido nas m,ontanhasMas rostos hostis e verrnelhos que escanecem e osnamas porrtas de casas de lama gretadaSe houvesse guaE no rochaSe houvosse r.ochaE ambem gua

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    And waterA springA p,ool among the rockIf there were the sound of water onlvNot the cicadaAnd dry grass singingBut sound of water over a rock'Where the herrn-it,thrush sings in the pine treesDrip drop drip drop drop drop dropBut there is no water

    Who is the third who walks always beside you?When f count, there ar,e only you and I togetherBut when I look ahead up the white roadThere s always another one walking beside youGliding wrapt in a brown manile, lroodedI do not know whether a man o a r,r/oman- But who is that on the other side of you?What is that sound high in the airMurmur of maternal larnentation'Who are those hooded hordes swarmingOver endless plains, strrmbling in cracked earthRinged by the flat horizon onlyWhat is the city over the mountainsCracks and reforms and bursts in the violet airFalli'ng towersJerusalem Athens Alexandr.iaVienna LondonUnrealA woman drew her long black hair out tight

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    E guaUma nascenteUm lago na rochaSe houvesse apeas o som da guaNo a cigarraE o canto da erva secaMas o sorn da gua sobre a rochaOnde o tordo-eremita canta nos pinheirosDrip drop drip drop drop drop dropMas no existe guaQuem o terceiro que caminha sempre a teu lado?Quando conto, s vejo ns dois 860Mas quando olho adiante na estrada brancaH sempre outr,o caminhando a teu lado,Deslizando envolvido num manto castanho, embuado,No sei se homem ou mulher- Mas quem que caminha a teu lado?Que som este to alto no arMurmrio de larnentao nraternaQue hordas embuadas so estas enxameandoPlancies interminveis, tropeando na terra gretadaQue s o horizonte plano rordeia B?0Que cidade esta nas montanhasQue se fonde e reforma e rebenta no ar violetaTorres oaindoJerusalm Atenas AlexandriaViena LondresIrreaisUma mulhe puxou o seu longo cabelo negro

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    And fiddled whisper music on those stringsAnd bats with baby faces in the violet lightWhisiled, and beat their wings Bg0And crawled head downward down a blacke,ned wallAnd upside down in air were towersTolling reminis,oen^t bells, that kept the hoursAnd voices singing out of empty cisterns and exhaustedwells.In this decayed hole among the mountainsIn the faint moonlight, the grass is singingOver the tumbled graves, about the chapelThere is the empty chapel, only the windt home.It has no windows, and the door swings,Dry bones ean harm no one.only a cock stoo on the rootree

    390Co co rico co co ricofn a flash of lighning. Then a damp gustBringing rainGanga was sunken, and the limp leaves\aited for rar, while he black ctouCsGathered far distant, over Himavant.The jungle crouched, humped in silence.Then spoke the thunderDADatta: what have we given? 400My friend, blood shaking my heartThe awful daring of a mment,s surrenderIftri9l ,n age of prudence can neve reractBy this, and this only, we have existe

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    E toeou nessas cordas uma msica em sussurroE morcegos com rostos de beb na luz violetaSibilavam e batiam as asas 380E rastejavam de cabea para baixo numa parede enegrecidaE no ar havia torres invertidasSinos reminiscentes que davam as horasE vozes cantando em cisternas vazias e em poos sem gua.Neste deoadente buraco entre as montanhasNo plido luar, a erva cantaNas sepulturas em desordem, volta da capelaEis a capela vazia, s a casa do vento.No tem janelas, e a porta oscitra,Ossos seoos n,o fazem mal a ningum. Bg0Apenas um galo se empoleirava na traveC c ric c c ricNo claro de um relmpago. Depois uma rajada hmidaAnunciando a chuvaO Ganges baixara, e as folhas floidasEspenavam a chuva, enquanto as nuvens negrasSe juntavam muito ao longe, sobre o Himavant.A selva curvou-se, arqueada em silnoio.Ento falou o trovoDA 4ooDatta: o que demos ns?Meu amigo, o sang.le que faz bater o meu coraoA terrvel terneridade da entrega de um mornentoQue uma era de prudncia no pode resgatarPor isto, e s por isto, temos existido

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    \hich is not to be found. in our obituariesOr in memories draped by the beneficent spiderOr under seals broken ny the lean solicitorfn our empty roomsDADagad,htsant: I have heard the key 410Turn in the door once and turn once onyWe think of the key, each in hs priuonThinking of the key, each confirms a prisonlnlV at nightfail, aether,eal rumoursI?evive for a moment a broken CoriolanusDADamgata: The boat respondedGaily, to the hand expert with sail and oa,rJhg sea was calm, your heart would have responcled 420Gaily, when invited, beating ofeCtTo contro,lling hands

    Fishing, wfth rhe arid plain ,:d:l tfl:n the shoreShall at least set my lands in order?London Bridge is falling down fall,ing down falling downP^oi s'ascose nel loco che gli ainaQuando liam uti chelid,on_ O swallow swailowLe Prince d,Aqui,taine d Ia tour abolieThese fragments have shored. "gui*t my ruins 480Why then lle fit you. Hieronymot, mad againe.Datta. Dayadhvam. Damyaa.Shantih shantih shantih

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    O que no se encontra nos nossos obituriosNem nas recordaes disfaradas pela aranha beneficenteNem sob os selos quebrados pelo magro procurad,orNas nossas salas vaziasDA 410Dayadhuam: ouvi a chaveVoltar-se urna vez na po'ra e s uma vezNs pensannos na chave, cada u'm na sua prisoPensando na chave, cada um confirma urna prisoApenas ao cair da noite, rumores etreosFazem reviver po um m,omento um Coriolano derrotadoDADarnyata: O barco nespondeuAlegremente mo experrinaentada nas velas e nos remosO rnar estava calmo, o teu corao teria respondido 420Alegremente ao convite, batendo obedientes mos que dirigem

    Sentei-me na rnargemA pescar, tendo atrs de mim a plancie ridaPorei ao menos as minhas terras em ordem?A Torre de Londres est a cair est a cair est a cair *Poi s'ascose nel loco che gli affi.naQuando liam uti chelidon- andorinha andorinhaLe Prince d'Aquitaine d la tour abolieCom estes fragmentos escorei as minhas runas 430 f que vos darei o que devido. Jernimo est de novo louco.Datta. Dayadhvam. Damyaa.Shantih shantih shantih* V. na Introduo a anlise sobre a transposio deste verso para portu-gus.

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    ffotas sobre r*No apenas o ttulo, mas tambm o plano e urnaboa parte do simbolisrno acidental do poena o-ram sugeridos pelo livro de Miss Jessie L. lil'estonsobre a lenda do Graal: From R.tua| to Romnnce(Cambridge). Na verdade, de tal modo me sintoem dvida que o livro de M'iss \Meson elucidarmuito melhor as dificuldades do poema do que asminhas notas podero faz-Lo1' e recomendo-o (in-dependentemente do gr,ande ineresse do livro emsi) aos que acharem que o poema rnerece urna talelucidao. Para corn outro trabalho de antropolo-gia me sinto, de uma rnaneira geral, em dvida,urn que tem influenciado profundarnente a nossagerao; refiro-rne a The Golden Bough, de queutil,izei especialmente os dois volumes Adonis,Attis, Osiris. Os que esto familiarizados oom es-tas obras irnediatamente reconhecero no poemaceras refernci'as a ritos de vegetao.* Redigidas por T. S. Etiot.

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    I. O Enterramento dos MortosVerso 20. Cf. rrEzequiell, II, i.23. Ct. nEclesiastesl, XII, r'.31. V. aTrist.o e Isoldal. I. versos 5-8.42. Id. III. verso 24,46. No conheo a constituio exacta do oar"aiho de cartasTarot, de que obviamente me afastei segundo as minhasconvenincias. O Enforcado. membro do baralho tradi-cional, serve o meu fim de dois modos: porque est nomeu esprito associado ao Deus Enforcaclo de Frazere porque o associo figura embuada da passagem dosdiscpulos a oaminho de Emas, na Parte V. O Marinheiro Fencio e o Mercador aparecem mais tarde; asrtmultidesu tambm, e a Morte na gua tem lugar naParte IV. O Homem dos Trs Bordes (membro autn-tico do baralho Tarot) associo, bastante arbitraria-mente, ao prprio Rei Pescador.60. Cf. Baudelaire:trFourmillante cit, cit pleine de rves,aO le spectre en plein jour raccroehe le passant.l63. Cf. alnfernou, III, 55-5?:

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    (O rudo de trompas e de caa, que traraActon a Diana na primavera,aE todos vero a sua pele nua...tr)199. No sei qual a origem da balada de onde oram tira-dos estes versos: mandaram-ma de Sydney, ustrlia.202. V. Verlaine, Parsial210. As passas eram cotadas a um preo incluindo frans-porte e seguro at Londres; e o conhecimento de em-barque, etc,, devia ser entregue ao comprador contrapagamento da letra vista.218. Tirsias, embora um simples espectador e no defacto uma (personagemn, no entanto a figura maisimportante do poema, unindo tudo o resto. Tal comoo mercador zarolho, vendedor de passas, se funde noMarinheiro Fenoio e este no toalmente distinto deFernando, Prncipe de Npoles, assim tambm todasas mulheres so uma mulher e os dois sexos se con-fundem em Tirsias. O que Trsias a , de facto, asubstncia do poema. Toda a passagem de Ovdio dde grande interesse antropolgico:a... Cum lunone iocos et maior vestra profecto estQuam, quae contingit maribusl, dixisse, tvoluptas.rIlla negat; placuit quae sit sententia doctiQuaerere Tiresiae: venus huic erat utraque not.Nam duo magnorum viridi coeuntia silvaCorpora serpentum baculi violaverat ictuDeque viro faotus, mirabile, femina sepemEgerat au'tumnos; ootavo rusus eosdem

    Vidit et

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    309. Novamente das Conlsses de Santo Agostturho. A co-locao destes dois representantes clo ascetsmo orien-tal e ocidental, como culminncia desta parte do poe_ma, no casualidade.

    V. O que d,sse o TroaoNa primeira parte da parte V so empregados trs te-mas: a viagem para Emas, a aproximao da Capela pe-rigosa (ver o livro de Miss lMeston) e a presente decadn-cia da Europa oriental.35?. o Turdus aonalaschkae pallasii, o tordo.eremita,que ouvi na provncia de eubec. Chapman diz (IIand.-book ol Birds ol Ea,stern North Anzerica./ agosta es_pecialmente dos bosques isolados e

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    NDIEIntroduo

    I. O Enierramenfo dos lvlortos ...II. Jma Partida de Xadrez ...

    III. O Sermo do FogoIV. Morte na gua ...

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    V. O que disse o Trovo ...Notas sobre uA TERII,A SEM VIDAT

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