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Terraços
O terraceamento é uma das práticas mais eficientes no controle da erosão nas terras cultivadas
Sérgio Lima
Terraços
A palavra terraço é usada em geral para significar camalhão ou mesmo a combinação de um camalhão com um canal
Os terraços podem ser classificados:- quanto à função - quanto a construção;- quanto à dimensão;- quanto a forma;
Os terraços podem ser classificados:- quanto à função - quanto a construção;- quanto à dimensão;- quanto a forma;
Os terraços podem ser classificados:- quanto à função - quanto a construção;- quanto à dimensão;- quanto a forma;
A) Terraços de absorção características:
- Pode ser colocado no canal “travesseiros”
- Uso de travesseiros:
- Vantagem: - em caso de rompimento do terraço, menor volume de água atingirá o terraço de baixo.
- Desvantagens: > custo de manutenção ,se a quantidade de água for muito grande,
ela não se distribuirá no canal do terraço de baixo
B) Terraços com gradiente, características:
- Locados com pequeno desnível (gradiente) que pode ser de 3 :1000 até 5:1000 ( em alguns casos háindicação de até 7:1000);
- Esse desnível pode ser uniforme ou com gradiente progressivo.
- com caimento só para um lado- com caimento para os dois lados.
B) Terraços com gradiente, características:
- Locados com pequeno desnível (gradiente) que pode ser de 3 :1000 até 5:1000 ( em alguns casos háindicação de até 7:1000);
- Esse desnível pode ser uniforme ou com gradiente progressivo.
- com caimento só para um lado- com caimento para os dois lados.
a) Terraço Tipo Nichols:
Construído pela movimentação de terra apenas de cima para baixo
Mais indicado para terrenos com maior declividade
Para maior rendimento exige o uso de arados reversíveis
Classificação de terraços: Quanto à Construção
b) Terraço Tipo Mangum
Construído pela movimentação de terra tanto de cima para baixo como de baixo para cima
- Geralmente indicado para declividade ⇒ até 12%- Para pequenas declividade (0,5) por exemplo mas cuja topografia seja formada por grandes lançantes ⇒ com a finalidade de diminuir a erosão produzida por grande concentração de enxurrada. - Pode ser: Nível Gradiente
Quanto às Dimensões
A)Terraços de Base Larga⇒(verdadeiros terraços)⇒É uma das formas mais eficientes de controle de erosão. Pode ser usado:
- culturas anuais- culturas perenes- pastagens
Dimensões: Largura do canal → 3 – 7 mProfundidade → 0,30 – 0,60 mLargura da base → 5,00 – 12,00 m (movimentação de terra)
⇒ Resultando uma perda de apenas 2,5 a 3,5% do total da área terraceada.
⇒Indicado para terrenos com até 10 – 12% de declividade
B)Terraço de base média: Dimensões: Largura da base → 3,00 – 6,00 mProfundidade do canal → 0,30 – 0,60 mLargura do canal → 2,0 – 4,0 m
Construídas em nível ou com gradiente.
** Podem ser cultivados na maior parte de sua extensão
Recomendado para terrenos de maior declividade, quando não é possível usar o de base larga ou média.
⇒ São os mais indicados para culturas perenes (café, citrus, etc..)
C)Terraços de base estreita
Dimensões:
Espaçamento:Para culturas perenes ⇒ varia em função do: tipo de solo, declividade
*Não há dados experimentais para determinar o espaçamento para T.B. estreita.
Contudo usar o mesmo para T.B. Larga, em café.
Largura da base → 2,00 – 3,00 mProfundidade → 0,30 – 0,50 mLargura do canal → 1,30 – 1,80 m
Podem ser construídos em: Nível Gradiente
QUANTO À FORMA
Terraço comum → composto de canal e camalhão
São os mais usados na agricultura em terraços com declividade menores que 18 – 20%.- Dependendo da maneira da construção podem sofrer variações na sua forma, originando terraços“embutidos”, “murundum” ou “leirão”, etc..
a) “Murundum” → também chamado pelos técnicos de Terraço Reforçado de Absorção (TRA).
Perfil esquemático de um terraço tipo murundum ou leirão, mostrando uma grande movimentação de terra; sua construção só é viável com trator de lâmina ou pá carregadeira.
-
- Caracteriza-se por ser construído de modo que o canal tenha a forma triangular, ficando o talude que repassa o canal do camalhão praticamente na vertical.
b) “Embutidos”
Representação esquemática do terraço “embutido”, mostrando o talude vertical e a pequena faixa (A) perdida no plantio.
c ) Terraço Patamar
Perfil esquemático de um terraço Patamar, mostrando a plataforma (a) com pequeno declive no sentido do talude (b) com inclinação variável em função da textura do solo.
Terraço patamar transforma o terreno em plataformas planas onde é cultivada a cultura econômica sem erosão.
Equipamentos usados na construção de terraços
A – Equipamentos para locação
- nível de precisão (ótico)- nível de borracha- Pé de galinha ou “A”- Trapézio- Outros → ex: vasos comunicantes
- corrente com medida conhecida ou trena (Diastímetros)- e estacas (0,80 a 2,00m)
Diastímetros → todos e quaisquer instrumentos para medição direta de distâncias
Equipamentos usados na construção de terraços
B - Para determinação da declividade
. Clinômetro
. ou qualquer desses aparelhos:
Equipamentos Auxiliares
C – Equipamentos para Construção de TerraçosAs máquinas e implementos podem ser classificados de acordo com a forma de movimentação de terra necessária para a construção.
C 1 – máquinas de elevação (arados) e tombamento
C 2 – máquinas de arremesso
C 3 – máquinas de raspagem e deslocamento
C 4 – máquinas de transporte
Segundo FONTES LIMA (1986) são classificados em 4 grandes grupos:
1 5 cm
4 0 cm
891 0
6 5 4
3 2 1
7
D e rru b a n d o a e s ta ca
Terraço tipo Nichols Construído com arado reversível
Limpando o sulco
1ª série: ( Corte)
Aração profunda
2ª série : ( levantamento)
Aração superposta
3ª série: (levantamento e acabamento)
O processo mais simples para o cálculo da vazão máxima de enxurrada, é o chamado “método racional” ou também chamado de “Fórmula de RAMSER” – proposto em 1929 nos E.E.U.U. e até hoje usado universalmente.
A - Cálculo de vazão máxima
Esse método baseia-se nos seguintes princípios:
→Chuvas de grande intensidade, cobrem pequenas áreas e são de pequena duração.
→Chuvas de grande duração, cobrem grandes área , mas são de pequena intensidade.
→Qmáx. de bacias pequenas, é atingido rapidamente e retorna ao normal também rapidamente.
→ Qmáx. de bacias grandes, a descarga aumenta e diminui lentamente.
A - Cálculo de vazão máxima
Q = vazão em m3/se
C = coeficiente de escorrimento ou “runoff”
A = área da bacia (ha)
O coeficiente “C
- declividade- vegetação da área
” para a equação depende:
Q= CIA/360
Coeficiente “C” para diferentes condições de topografia e cobertura vegetal.
A essência do Tc, é uma soma de tempos de percurso que a água leva, para percorrer trechos sucessivos ao longo da superfície.A combinação de tempos de percurso que resultar no maior tempo total para toda a bacia ou área de contribuição, dará o chamado Tc.O problema prático é pois determinar qual o percurso total da água em vários trechos sucessivos.
Tempo de Concentração
Portanto, para o cálculo do Tc ⇒ conhecendo o percurso da água podemos utilizar o quadro abaixo:
Tab. Velocidade do escoamento superficial (v=m/s) em função do tipo de superfície e do declive do terreno (I%), para cálculo do Tc.
Fonte: Cruciani 1988
Tempo de percurso L → comprimento (m)
V → velocidade de escoamento(m/s)
O escoamento superficial produzido por uma bacia de 100 ha, antes de se encontrar no ponto de deságüe (saída) percorre um trecho de L1 = 500m com cobertura de mata natural e declive de 20%. Em seguida percorre o talvegue com L2 = 2000m e declive de 0,5%.
Exemplo de cálculo de Tc:
1º Cálculo do tempo de percurso em cada trecho
Tp =
V1= 0,08 I
IV2= 0,045
Tp1=200,08
Tp1= 1.398 seg500m
Tp2= 2000m0,5
0,045 0,5Tp2= 6.250 seg
Tc= tp1+Tp2=7648seg Tc=2,12horas
Portanto, esse novo conceito para o cálculo do Tc, choca-se totalmente com o método comum de estimativa, que leva em conta apenas o declive da superfície e seu comprimento, como se fosse uma rampa uniforme.
** Assim se chega ao princípio básico do Método Racional, o qual afirma que a Qmax deve ser esperada quando a duração da precipitação prevista for igual ao Tc.
Portanto, para aplicarmos o Método Racional precisamos conhecer:
. Outra falha é a correlação do Tc com o tamanho ou a área da bacia sem considerar sua forma.
Considerando o exemplo da bacia de 100 ha e , se nessa região éesperada (com retorno de 10 anos) uma chuva de 70 mm com duração = ao Tc, que no nosso exemplo é de 2,12 h.
a) o Tc da bacia ou a área em questão
b) a intensidade da chuva esperada na região com um período de retorno adequado (geralmente de 10 anos), e com duração = ao Tc.
⇒ i = 33mm/h2,12 h
70 mm
Portanto, o Qmax será
considerando que o coef. C = 0.40
0,40 . 33 . 100C . i . A360
i = mm/h, onde h → = Tc
Temos que: i =
Qmax = = m3/Seg 360
= 3,66
C ⇒ Dimensionamento de Terraços: 2 Condições devem ser observadas
⇒ Os terraços em nível serão recomendados para solos profundos, bem permeáveis ou para regiões de baixa captação.
A chuva crítica ⇒ será a chuva diária máxima que ocorre em período de 10 anos de retorno, e que irá produzir o volume máximo de enxurrada esperado.
O terraço em nível deve Ter a capacidade de ARMAZENAR todo o volume de enxurrada que será produzido à montante pela chuva critica.
a) ⇒ Terraços em nível - Normas:
a) terraços em nível
b) terraços com gradiente
V = A . h . C onde:
V = volume máximo da enxurrada em m3
A = área a ser drenada entre os terraços em m2
h = chuva diária máxima em m
C = coeficiente de enxurrada
A = EH x 1.00 m
A = área a ser drenada em m2/m linear
EH = espaçamento horizontal em m
Para 1 metro linear de terraço:
O volume de enxurrada esperado é dado por:
Como V = A . h . C
EH . 1Temos que:
V = EH . h . Cvolume máximo da enxurrada em m3/m linear (área transversal do terraço)Coeficiente de enxurrada para terrenos cultivados
C ⇒ Dimensionamento de Terraços: 2 Condições devem ser observadas
⇒ Os terraços em nível serão recomendados para solos profundos, bem permeáveis ou para regiões de baixa captação.
A chuva crítica ⇒ será a chuva diária máxima que ocorre em período de 10 anos de retorno, e que irá produzir o volume máximo de enxurrada esperado.
O terraço em nível deve Ter a capacidade de ARMAZENAR todo o volume de enxurrada que será produzido à montante pela chuva critica.
a) ⇒ Terraços em nível - Normas:
a) terraços em nível
b) terraços com gradiente
C ⇒ Dimensionamento de Terraços: 2 Condições devem ser observadas
⇒ Os terraços em nível serão recomendados para solos profundos, bem permeáveis ou para regiões de baixa captação.
A chuva crítica ⇒ será a chuva diária máxima que ocorre em período de 10 anos de retorno, e que irá produzir o volume máximo de enxurrada esperado.
O terraço em nível deve Ter a capacidade de ARMAZENAR todo o volume de enxurrada que será produzido à montante pela chuva critica.
a) ⇒ Terraços em nível - Normas:
a) terraços em nível
b) terraços com gradiente
Para o dimensionamento da seção L transversal do terraço com gradiente, os princípios de hidráulica de fluxo em canais abertos devem ser considerados.
b) Terraços com Gradiente: Normas
→ Nesse caso, a intensidade de enxurrada é mais importante, em particular a intensidade máxima que pode ocorrer.
→ O processo mais simples para o cálculo da vazão máxima da enxurrada é o método racional, expresso pela equação:
Q = m3/seg
C = coeficiente de enxurrada
I = intensidade máxima de chuva (mm/h)
A = área a ser drenada em haO coeficiente C para terrenos cultivados:
Qmax =C I A
360
→ Os terraços com gradiente apresentam, em geral, gradiente de 500 a 600m, sendo que o gradiente pode ir até 7:1000, sendo o mais comum 3:1000.
→A velocidade de enxurrada no canal do terraço varia de 0,6 a 0,75m/s, para evitar que ocorra erosão no canal ou para que não ocorra excessiva deposição no fundo do canal ⇒ Portanto, levaria de 11 a 19 minutos para a água percorrer do início ao final do terraço, sendo de 15 min. o tempo escolhido como tempo de concentração para determinar a intensidade máxima de chuva que irá resultar na enxurrada máxima.
A intensidade máxima de chuva que resulta na enxurrada máxima, é aquela que cai num tempo = ao Tc
Exemplo:
A seção do terraço é dada por
EH = 20m
Imax ( 15 min.) = 120 mm/h
C = 0,60
Dimensionar um terraço com gradiente com comprimento L = 500m
para v = 0,60m/s
Considerando uma seção parabolóide
Considerando a velocidade no canal
0,60 m/s ou
0,75 m/s