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Enfermagem [email protected] 1 TERRITORIALIZAÇÃO TERRITORIALIZAÇÃO: BASE PARA A ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE “Para reconhecer seu território de responsabilidade para além da paisagem, não basta a equipe da unidade de saúde o olhar desarmado, que não ultrapassa a superfície dos fenômenos. Recomenda-se a aproximação com o olhar do antropólogo, que procura ativamente estranhar o que lhe é familiar e familiarizar-se com o que lhe é estranho” (CHIESA; KON, 2007 p. 313) Territorialização e Planejamento Produto e meio para a descentralização das ações de saúde aproximar e adequar ações e recursos das necessidades e do perfil epidemiológico das diferentes regiões. A definição e analise do território constitui-se a base para o trabalho das equipes de saúde da família que devem: cadastrar as pessoas dentro das famílias e mapear riscos, indicadores de saúde, morbidade e mortalidade e potencialidades dentro dos territórios nos quais atuam; Apreender as potencialidades presentes e o perfil das necessidades a serem trabalhadas para a transformação da realidade de saúde local; Duas vertentes: - Base territorial que visa o reconhecimento do território como área física, considerando suas barreiras geográficas, os dificultadores e facilitadores para o acesso aos serviços de saúde; - Base humana onde as relações, as formas de produção são determinantes do perfil desse território. Responsabiliza-se dessa forma pelos resultados na produção em saúde; Objetivos da territorialização em saúde Delimitar um território de abrangência; Definir a população favorecida e apropriar-se juntamente com ela do perfil da área e da comunidade; Reconhecer dentro da área de abrangência barreiras e acessibilidade; Conhecer condições de infraestrutura e recursos sociais; Levantar problemas e necessidades, definido um diagnóstico da comunidade (continuo); Identificar o perfil demográfico, epidemiológico, socioeconômico e ambiental; Identificar e assessorar-se em lideranças formais e informais; Potencializar os resultados e os recursos presentes nesse território (SES, SP). Operacionalização da Territorialização As várias dimensões da realidade de um espaço/território muitas vezes possibilitam o estabelecimento de correlações entre determinantes e seus efeitos. Deve-se dessa forma captar o movimento do território. Deve-se captá-lo não como uma fotografia, mas como um filme. O reconhecimento do território com seu perfil poderá evitar transtornos futuros e facilitar a aplicação de estratégias de atenção e cobertura. Primeiro passo: o reconhecimento do território através de visita. Deve ser previamente sistematizada de modo que permita a identificação de barreiras geográficas, áreas de risco, equipamentos sociais públicos ou privados, organizações não governamentais, empresas, espaços de lazer, etc. Segundo passo: relacionar o número de equipes ou profissionais de saúde, definir, conforme perfil de práticas e oferta de serviço, a capacidade de atendimento da unidade, sendo essa ação a base para a

TERRITORIALIZAÇÃO TERRITORIALIZAÇÃO: BASE PARA A … · 2020. 9. 30. · Para a execução da VD, o primeiro passo é definir seu foco, que pode abranger um ou mais dos seguintes

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Enfermagem –[email protected]

1

TERRITORIALIZAÇÃO

TERRITORIALIZAÇÃO: BASE PARA A ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE

“Para reconhecer seu território de responsabilidade para além da paisagem, não basta a equipe da unidade de

saúde o olhar desarmado, que não ultrapassa a superfície dos fenômenos. Recomenda-se a aproximação com o

olhar do antropólogo, que procura ativamente estranhar o que lhe é familiar e familiarizar-se com o que lhe é

estranho” (CHIESA; KON, 2007 p. 313)

Territorialização e Planejamento

Produto e meio para a descentralização das ações de saúde – aproximar e adequar ações e recursos das

necessidades e do perfil epidemiológico das diferentes regiões.

A definição e analise do território constitui-se a base para o trabalho das equipes de saúde da família

que devem: cadastrar as pessoas dentro das famílias e mapear riscos, indicadores de saúde, morbidade

e mortalidade e potencialidades dentro dos territórios nos quais atuam;

Apreender as potencialidades presentes e o perfil das necessidades a serem trabalhadas para a

transformação da realidade de saúde local;

Duas vertentes:

- Base territorial que visa o reconhecimento do território como área física, considerando suas

barreiras geográficas, os dificultadores e facilitadores para o acesso aos serviços de saúde;

- Base humana onde as relações, as formas de produção são determinantes do perfil desse

território.

Responsabiliza-se dessa forma pelos resultados na produção em saúde;

Objetivos da territorialização em saúde

Delimitar um território de abrangência;

Definir a população favorecida e apropriar-se juntamente com ela do perfil da área e da comunidade;

Reconhecer dentro da área de abrangência barreiras e acessibilidade;

Conhecer condições de infraestrutura e recursos sociais;

Levantar problemas e necessidades, definido um diagnóstico da comunidade (continuo);

Identificar o perfil demográfico, epidemiológico, socioeconômico e ambiental;

Identificar e assessorar-se em lideranças formais e informais;

Potencializar os resultados e os recursos presentes nesse território (SES, SP).

Operacionalização da Territorialização

As várias dimensões da realidade de um espaço/território muitas vezes possibilitam o estabelecimento

de correlações entre determinantes e seus efeitos. Deve-se dessa forma captar o movimento do

território. Deve-se captá-lo não como uma fotografia, mas como um filme.

O reconhecimento do território com seu perfil poderá evitar transtornos futuros e facilitar a aplicação

de estratégias de atenção e cobertura.

Primeiro passo: o reconhecimento do território através de visita. Deve ser previamente sistematizada

de modo que permita a identificação de barreiras geográficas, áreas de risco, equipamentos sociais

públicos ou privados, organizações não governamentais, empresas, espaços de lazer, etc.

Segundo passo: relacionar o número de equipes ou profissionais de saúde, definir, conforme perfil de

práticas e oferta de serviço, a capacidade de atendimento da unidade, sendo essa ação a base para a

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definição do território de abrangência, do número de domicílios cadastrados ou de usuários a serem

atendidos no serviço.

Cadastramento seguindo a lógica circular, tendo por base os critérios censitários prévios. A unidade

deve constituir-se o centro desse território. Evitar conflitos e futuros e facilitar ações extra muros.

Considerar aspectos como divisa com outros bairros ou município, habitantes por gênero ou ciclo de

vida, atividades econômicas , pavimentação, ladeiras , córregos etc.

Estar atendo a progressão demográfica. O território está em movimento. Deve-se destacar áreas

desocupadas. Consultar moradores e órgãos públicos sobre projetos e ocupações. Evitar incapacidade

de atendimento futuro.

Considerar áreas de influencias e futuras pactuações com unidades próximas. Respeitar a

Universalidade.

Delimitar a área em um mapa base que poderá ser obtido por meio de um guia de ruas.

Cada cópia do mapa deve constituir uma base para a demarcação como: delimitação do território, área

de abrangência e influencia, área e/ou micro áreas de risco, equipamentos sociais públicos e privados.

Envolvimento da equipe e comunidade.

É a base de informações para a construção do perfil epidemiológico.

Diagnóstico da comunidade

O diagnóstico epidemiológico deve considerar o perfil de morbidade – incidência e prevalência das

doenças, fatores de risco relacionados, incapacidades e internações.

O perfil socioeconômico deve contemplar as condições de moradia, hábitos, contumes, estilos de vida,

atividades econômicas, renda, escolaridade, crenças reiigiosas, meios de comunicação e transporte,

lazer, participação em grupos, etc.

Perfil sanitário e do meio ambiente: o saneamento básico, água, esgoto destino do lixo, presença de

águas contaminadas, esgotos a céu aberto, foco de vetores, poluição do ar, radioatividade,

agrotóxicos, radiação eletromagnética.

As necessidades será definido no decorrer do trabalho e a partir do envolvimento com a comunidade

através do cadastro e visitas.

Identificação do perfil dos equipamentos instalados

Escolas, igrejas, associações, unidades com programa de entrega e doação de leite, ONG´s, etc.

Conhecer qual subvenções existem;

Quais serviços oferecidos

Limites de abrangência e critérios de atendimento, documentos necessários;

Identificar quais habilidades necessárias para atuar nas empresas; onde os trabalhadores são

capacitados;

Ações de saúde desenvolvidas pelas empresas;

Encaminhar usuários

Auxiliar os equipamentos em suas necessidades e demandas de saúde;

Conclusões

É responsabilidade de todos os técnicos e comunidade local manter o cadastro do território atualizado;

Como produto desse processo, obter-se-á o estabelecimento de uma rede social solidária, que

resultará em melhoria da condição de saúde da comunidade, dos trabalhadores inseridos nesse espaço

e a ampliação de projetos sociais envolvendo diferentes sujeitos da comunidade na busca de recursos.

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VISITA DOMICILIAR

Na sociedade contemporânea, tem sido crescente a busca por estratégias que visem à redução de custos,

refletindo o enfoque da política neoliberal de redução dos gastos estatais, até mesmo nas ações de saúde.

Nesse contexto, a assistência prestada por meio da visita domiciliar (VD) constitui um instrumento de atenção

à saúde que possibilita, a partir do conhecimento da realidade do indivíduo e sua família in loco, fortalecer os

vínculos do paciente, da terapêutica e do profissional, assim como atuar na promoção de saúde, prevenção,

tratamento e reabilitação de doenças e agravos.

A VD tem sido apontada como importante veículo de operacionalização de parte de um programa ou de

uma política de assistência à saúde presente na sociedade em dado momento histórico, possibilitando a

concretização da longitudinalidade, integralidade, acessibilidade e a interação entre o profissional e o

usuário/família.

Objetivos:

Para a execução da VD, o primeiro passo é definir seu foco, que pode abranger um ou mais dos seguintes

objetivos:

Conhecer o domicílio e suas características ambientais, identificando socioeconômicas e culturais.

Verificar a estrutura e a dinâmica familiares com elaboração do genograma ou familiograma ou

ecomapa.

Identificar fatores de risco individuais e familiares.

Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em caso de acamados.

Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e doenças não transmissíveis,

estimulando a adesão ao tratamento, medicamentoso ou não.

Promover ações de promoção à saúde, incentivando a mudança de estilo de vida.

Propiciar ao indivíduo e à família, a participação ativa no processo saúde-doença.

Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus familiares.

Intervir precocemente na evolução para complicações e internações hospitalares.

Estimular a independência e a autonomia do indivíduo e de sua família, incentivando práticas para o

autocuidado.

Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde pública, promoção social e participação

comunitária.

ATENÇÃO PRIMÁRIA

A atenção primária é o meio pelo qual as duas metas de um sistema de serviços de saúde - otimização

da saúde e eqüidade na distribuição de recursos - ficam equilibradas. É o nível ESSENCIAL básico de atenção

oferecido uniformemente a todos. Responde aos problemas mais comuns da comunidade ao oferecer

serviços preventivos, curativos e reabilitadores para maximizar a saúde e o bem estar. Integra a atenção

quando existe mais de um problema e lida com o contexto no qual existe a enfermidade e influencia as

respostas das pessoas a seus problemas de saúde. É a atenção que organiza e racionaliza a distribuição de

todos os recursos, tanto básicos como especializados, e os direciona para a promoção, manutenção e

melhora da saúde.

A atenção primária se diferencia da secundária (a nível de consultoria) e da terciária (a nível de

referência) por diversas características. A atenção primária lida com os problemas mais comuns e menos bem

definidos, geralmente em unidades comunitárias como consultórios, centros de saúde, escolas ou asilos. Os

pacientes têm acesso direto a uma fonte adequada de atenção, continuada ao longo do tempo, para diversos

problemas e inclui a necessidade de serviços preventivos.

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Comparando com a medicina especializada, a atenção primária utiliza menos intensivamente tanto o

capital como o trabalho e é menos hierárquica na sua organização. Portanto, é inerentemente mais

adaptável e mais capaz de responder às necessidades sociais de saúde em mudança. Na atenção

especializada, os pacientes caracteristicamente foram encaminhados por outro médico que já explorou os

problemas do paciente e iniciou a tarefa do diagnóstico preliminar. O processo de diagnóstico resulta numa

definição precisa de fisiopatologia; as intervenções são fundamentalmente direcionadas ao processo

fisiopatológico. Na atenção primária, ao contrário, geralmente o paciente é conhecido do médico e

usualmente inicia seu ingresso no sistema, em geral com queixas vagas e inespecíficas. A tarefa mais

importante é elucidar o problema do paciente e inferir informações que levarão a um diagnóstico e à escolha

do manejo mais adequado. Médicos de atenção primária, ao contrário de especialistas, lidam com uma gama

maior de problemas, tanto em pacientes individuais como na população por eles atendida. Já que estão mais

próximos do ambiente do paciente do que os especialistas, estão numa posição melhor para apreciar os

impactos sociais e ambientais sobre a doença.

Tabela 1. Da Atenção Médica Primária à Atenção Primária à Saúde

Enfoque convencional Novo enfoque

Doença Saúde

Cura prevenção e atenção

Conteúdo convencional Novo conteúdo

Tratamento promoção de saúde

atenção por episódio atenção contínua

problemas específicos ampla atenção

Organização convencional Nova organização

Especialistas Generalistas

Médicos outros profissionais

consultório individual Equipe

Responsabilidade convencional Nova responsabilidade

apenas do setor saúde colaboração inter-setorial

domínio pelo profissional participação da comunidade

recepção passiva auto-responsabilidade

Adaptada de Vuori, 1984.

Descrição da atenção primária

A atenção primária é diferenciada de outros tipos de atenção por características clínicas dos pacientes

e seus problemas. Estas características incluem a variedade de diagnósticos ou problemas observados, um

componente identificável dedicado à prevenção de doenças e uma alta proporção de pacientes já conhecidos

na unidade de saúde.

Os profissionais de atenção primária são geralmente diferenciados daqueles de atenção secundária e

terciária pela variedade de problemas encontrados. Considerando a totalidade de problemas, os especialistas

deveriam ter uma maior variedade de diagnósticos, já que a maioria dos agravos muito raros devem ser

encontrados na atenção especializada, em comparação com a atenção primária. Mas para os diagnósticos

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mais comuns - aqueles que compreendem 50% das consultas - seria esperado que os generalistas tivessem uma

maior variedade. Além disso, por definição, são limitados a certos tipos de diagnósticos e portanto atendem

uma gama mais estreita de diagnósticos. Assim, aqueles que trabalharam com atenção primária deveriam fazer

uma maior variedade de diagnósticos, pelo menos entre aqueles problemas mais freqüentes, do que os

especialistas.

Uma outra maneira de avaliar a variedade de diagnósticos ou a variedade de problemas que se

apresentam é examinar a percentagem de todos os diagnóstico contidos nos 50 diagnósticos mais comuns; esta

percentagem deveria ser mais baixa na unidade de atenção primária do que na clínica especializada devido à

maior variedade nas unidades de atenção primária.

Já que a atenção primária é o ponto de primeiro contato com o sistema de atenção à saúde, seus

profissionais deveriam encontrar uma gama muito maior de problemas do que no caso da atenção

especializada. Quando esses problemas são catalogados, um número muito maior de problemas deveria

abranger qualquer percentagem dada de todos os problemas em atenção primária em relação à atenção

especializada.

Os profissionais de atenção primária deveriam também ter um percentual maior de consultas

relacionadas à prevenção.

Os profissionais de atenção primária deveriam ter mais pacientes que estão em tratamento continuado

do que aqueles que vêm consultar pela primeira vez, sendo que a descrição de unidades de atenção primária e

especializada deveria refletir esta diferença. Uma característica relacionada que deveria diferenciar a atenção

primária da atenção especializada é a maior familiaridade dos profissionais de atenção primária tanto com os

pacientes como com seus problemas. Tanto médicos de atenção primária quanto especialistas devem ver

novos pacientes e pacientes “antigos” com problemas antigos. Os profissionais de atenção primária deveriam

ver mais pacientes antigos com problemas novos, já que são responsáveis pelo atendimento do paciente ao

longo do tempo, independente do problema em particular.

Referência bibliográfica: PRIMARY CARE. BARBARA STARFIELD. 1992

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA - PNAB

A organização da Atenção Básica segue as diretrizes estabelecidas na Portaria GM/MS nº 2.436

publicada em setembro de 2017. Vale ressaltar que a legislação que normatizava sua organização anterior a

essa data, eram as Portarias nº 648 de 2006 e a nº 2.488 de 2011, sendo revogada em 2017. A nova portaria

mudou alguns parâmetros que estarão descritos a seguir. Desta forma, veremos questões de concursos que

citam ambas legislações.

A Política Nacional de Atenção Básica e suas estratégias, estão descritas na Portaria 2.436 de

21/09/2017 (abaixo):

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CONCEITO DE ATENÇÃO BÁSICA:

Caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária

COMO SE DESENVOLVE?

É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. É ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde, sendo proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras. E para isso devem ser adotadas estratégias que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.

É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das pessoas.

Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede

de Atenção à Saúde (RAS).

Recomenda-se a articulação e implementação de processos que aumentem a capacidade clínica das equipes, que fortaleçam práticas de microrregulação nas Unidades Básicas de Saúde, tais como gestão de filas próprias da UBS e dos exames e consultas descentralizados/programados para cada UBS, que propiciem a comunicação entre UBS, centrais de regulação e serviços especializados, com pactuação de fluxos e protocolos, apoio matricial presencial e/ou a distância, entre outros.

Um dos destaques é a telessaúde articulado às decisões clínicas e aos processos de regulação do acesso e a utilização de protocolos de encaminhamento servem como ferramenta, ao mesmo tempo, de gestão e de cuidado, pois tanto orientam as decisões dos profissionais solicitantes quanto se constituem como referência que modula a avaliação das solicitações pelos médicos reguladores. Com isso, espera-se que ocorra uma ampliação do cuidado clínico e da resolutividade na Atenção A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência aos serviços especializados ambulatoriais, sejam realizados preferencialmente pela Atenção Básica, sendo de sua responsabilidade:

a) Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS;

b) Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; e

c) Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do território.

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FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS:

- Universalidade: possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da RAS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do serviço de saúde que parte do princípio de que as equipes que atuam na Atenção Básica nas UBS devem receber e ouvir todas as pessoas que procuram seus serviços, de modo universal, de fácil acesso e sem diferenciações excludentes, e a partir daí construir respostas para suas demandas e necessidades.

- Equidade: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender à diversidade. Ficando proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, cor, crença, nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade ou limitação física, intelectual, funcional, entre outras, com estratégias que permitam minimizar desigualdades, evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação; de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.

- Integralidade: É o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que atendam às necessidades da população adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado das necessidades biológicas, psicológicas, ambientais e sociais causadoras das doenças, e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins, além da ampliação da autonomia das pessoas e coletividade.

A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos “atenção básica” e “Atenção Primária à

Saúde” como termos equivalentes.

A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para

expansão e consolidação da atenção básica.

DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE:

- Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de comunicação entre esses. Considera-se regiões de saúde como um recorte espacial estratégico para fins de planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada localidade, e a hierarquização como forma de organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências estabelecidos.

- Territorialização e Adstrição: de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um território específico, com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades que constituem aquele espaço e estão, portanto, adstritos a ele. Para efeitos desta portaria, considerase Território a unidade geográfica única, de construção descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os Territórios são destinados para dinamizar a ação em saúde pública, o estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e identitário, possibilitando uma ampla visão de cada unidade geográfica e subsidiando a atuação na Atenção Básica, de forma que atendam a necessidade da população adscrita e ou as populações específicas.

III - População Adscrita: população que está presente no território da UBS, de forma a estimular o desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a

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continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.

- Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, competências e a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva. O cuidado é construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida independente e plena. A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos relevantes, muitas vezes condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no cuidado.

- Resolutividade: reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cui-dado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário.

VI - Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas , evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da falta de coordenação do cuidado.

VII - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.

VIII - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das ações, assim como, a programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde das pessoas.

IX - Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle social.

INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA:

Infraestrutura e ambiência:

I - A infraestrutura de uma UBS deve estar adequada ao quantitativo de população adscrita e suas especificidades, bem como aos processos de trabalho das equipes e à atenção à saúde dos usuários. Os parâmetros de estrutura devem, portanto, levar em consideração a densidade demográfica, a composição, atuação e os tipos de equipes, perfil da população, e as ações e serviços de saúde a serem realizados. É importante que sejam previstos espaços físicos e ambientes adequados para a formação de estudantes e

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trabalhadores de saúde de nível médio e superior, para a formação em serviço e para a educação permanente na UBS.

II - Para um ambiente adequado em uma UBS, existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, recomenda-se contemplar: recepção sem grades (para não intimidar ou dificultar a comunicação e também garantir privacidade à pessoa), identificação dos serviços existentes, escala dos profissionais, horários de funcionamento e sinalização de fluxos, conforto térmico e acústico, e espaços adaptados para as pessoas com deficiência em conformidade com as normativas vigentes.

São necessárias à realização das ações de atenção básica nos municípios e Distrito Federal:

I - Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas de acordo com as normas sanitárias e com o manual de

infraestrutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/MS;

II - As Unidades Básicas de Saúde:

a) Devem estar cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente;

b) Recomenda-se que disponibilizem:

1 - consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de procedimentos, sala de vacinas, área para assistência farmacêutica, sala de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala de esterilização, sala de observação e sala de atividades coletivas, consultório odontológico com equipo odontológico completo;

2 - área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea , sala de administração e gerência, banheiro público e para funcionários, entre outros ambientes conforme a necessidade.

3.- As Unidades Básicas de Saúde Fluviais deverão cumprir os seguintes requisitos específicos:

3.1 Quanto à estrutura física mínima, devem dispor de:

I. consultório médico; consultório de enfermagem; área para assistência farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala de procedimentos; e, se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo;

II. área de recepção, banheiro público; banheiro exclusivo para os funcionários; expurgo; cabines com leitos em número suficiente para toda a equipe; cozinha e outro ambientes conforme necessidade.

4- Unidade Odontológica Móvel

Recomenda-se veículo devidamente adaptado com compressor para uso odontológico com sistema de filtragem; aparelho de raios-x para radiografias periapicais e interproximais; aventais de chumbo; conjunto peças de mão contendo micro-motor com peça reta e contra ângulo, e alta rotação; gabinete odontológico; cadeira odontológica, equipo odontológico e refletor odontológico; unidade auxiliar odontológica; mocho odontológico; autoclave; amalgamador; fotopolimerizador; e refrigerador.

Funcionamento:

I - Recomenda-se carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano (horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados garantindo carga horária mínima descrita acima).

Como forma de garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso e resolutividade das equipes que atuam na Atenção Básica, recomenda-se:

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i) - População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.

Além dessa faixa populacional, podem existir outros arranjos de adscrição, conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, facultando aos gestores locais, conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica e Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de definir outro parâmetro populacional de responsabilidade da equipe, podendo ser maior ou menor do que o parâmetro recomendado, de acordo com as especificidades do território, assegurando-se a qualidade do cuidado.

ii) - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), para que possam atingir seu potencial resolutivo.

iii) - Fica estipulado para cálculo do teto máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), com ou sem os profissionais de saúde bucal, pelas quais o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a seguinte fórmula: População/2.000.

iv) - Em municípios ou territórios com menos de 2.000 habitantes, que uma equipe de Saúde da Família (eSF) ou de Atenção Básica (eAB) seja responsável por toda população;

Reitera-se a possibilidade de definir outro parâmetro populacional de responsabilidade da equipe de acordo com especificidades territoriais, vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária respeitando critérios de equidade, ou, ainda, pela decisão de possuir um número inferior de pessoas por equipe de Atenção Básica (eAB) e equipe de Saúde da Família (eSF) para avançar no acesso e na qualidade da Atenção Básica.

Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam atingir seu potencial resolutivo, de forma a garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso, é necessário adotar estratégias que permitam a definição de um amplo escopo dos serviços a serem ofertados na UBS, de forma que seja compatível com as necessidades e demandas de saúde da população adscrita, seja por meio da Estratégia Saúde da Família ou outros arranjos de equipes de Atenção Básica (eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado e apoiando as práticas de saúde nos territórios.

II - As ações e serviços da Atenção Básica, deverão seguir padrões essenciais e ampliados:

- Padrões Essenciais - ações e procedimentos básicos relacionados a condições básicas/essenciais de acesso e qualidade na Atenção Básica; e

- Padrões Ampliados - ações e procedimentos considerados estratégicos para se avançar e alcançar padrões elevados de acesso e qualidade na Atenção Básica, considerando especificidades locais, indicadores e parâmetros estabelecidos nas Regiões de Saúde.

a - Caberá a cada gestor municipal realizar análise de demanda do território e ofertas das UBS para mensurar sua capacidade resolutiva, adotando as medidas necessárias para ampliar o acesso, a qualidade e resolutividade das equipes e serviços da sua UBS.

b -Todas as equipes que atuam na Atenção Básica deverão garantir a oferta de todas as ações e procedimentos do Padrão Essencial e recomenda-se que também realizarem ações e serviços do Padrão Ampliado, considerando as necessidades e demandas de saúde das populações em cada localidade. Os serviços dos padrões essenciais, bem como os equipamentos e materiais necessários, devem ser garantidos igualmente para todo o país, buscando uniformidade de atuação da Atenção Básica no território nacional. Já o elenco de ações e procedimentos ampliados deve contemplar de forma mais flexível às necessidades e demandas de saúde das populações em cada localidade, sendo definido a partir de suas especificidades locorregionais.

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c -Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o registro de elogios, críticas ou reclamações, por meio de livros, caixas de sugestões ou canais eletrônicos.

d - As UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta ativa e qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável de acordo com as necessidades apresentadas, articulando-se com outros serviços de forma resolutiva, em conformidade com as linhas de cuidado estabelecidas.

Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS:

- Identificação e horário de atendimento;

- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;

- Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS;

- Relação de serviços disponíveis; e

- Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe.

TIPOS DE EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA:

1 - Equipe de Saúde da Família (eSF): É a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da Atenção Básicano país, de acordo com os preceitos do SUS.

a-Composta no mínimo: por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal, todos com carga horária mínima de 40 horas/semanais.

b-O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local.

c-Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS.

2 - Equipe da Atenção Básica (eAB):. A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo com características e necessidades do município.

a-As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias.

b-A composição da carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais.

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3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade que pode compor as equipes que atuam na atenção básica, constituída por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal.

a-Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB) e de devem estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel, podendo se organizar nas seguintes modalidades:

Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) e;

Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB.

Independente da modalidade adotada, os profissionais de Saúde Bucal são vinculados a uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde da Família (eSF), devendo compartilhar a gestão e o processo de trabalho da equipe, tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e território adstrito que a equipe de Saúde da Família ou Atenção Básica a qual integra.

Cada equipe de Saúde de Família que for implantada com os profissionais de saúde bucal ou quando se introduzir pela primeira vez os profissionais de saúde bucal numa equipe já implantada, modalidade I ou II, o gestor receberá do Ministério da Saúde os equipamentos odontológicos, através de doação direta ou o repasse de recursos necessários para adquiri-los (equipo odontológico completo).

4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB): Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar àsequipes que atuam na Atenção Básica.(abordaremos no próximo módulo)

5 - Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS): Constitui uma equipe com enfermeiro supervisor e os ACS devem estar cadastrados no SCNES

ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA:

Atribuições comuns a todos os profissionais:

Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;

- Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando as informações sistematicamente para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;

- Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da Unidade Básica de Saúde, e quando necessário, no domicílio e demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), com atenção especial às populações que apresentem necessidades específicas (em situação de rua, em medida socioeducativa, privada de liberdade, ribeirinha, fluvial, etc.).

- Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como aquelas previstas nas prioridades, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, assim como, na oferta nacional de ações e serviços essenciais e ampliados da AB;

V. Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e agravos e da garantia de

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atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância em saúde, e incorporando diversas racionalidades em saúde, inclusive Práticas Integrativas e Complementares;

VI. Participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, realizando classificação de risco, identificando as necessidades de intervenções de cuidado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

VII. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população adscrita ao longo do tempo no que se refere às múltiplas situações de doenças e agravos, e às necessidades de cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade do cuidado;

VIII. Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a pessoas, famílias e grupos sociais, visando propor intervenções que possam influenciar os processos saúde-doença individual, das coletividades e da própria comunidade;

IX. Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;

X. Utilizar o Sistema de Informação da Atenção Básica vigente para registro das ações de saúde na AB, visando subsidiar a gestão, planejamento, investigação clínica e epidemiológica, e à avaliação dos serviços de saúde;;

XI. Contribuir para o processo de regulação do acesso a partir da Atenção Básica, participando da definição de fluxos assistenciais na RAS, bem como da elaboração e implementação de protocolos e diretrizes clínicas e terapêuticas para a ordenação desses fluxos;

XII. Realizar a gestão das filas de espera, evitando a prática do encaminhamento desnecessário, com base nos processos de regulação locais (referência e contrarreferência), ampliando-a para um processo de compartilhamento de casos e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das equipes que atuam na atenção básica;

XIII. Prever nos fluxos da RAS entre os pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas a integração por meio de serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado;

XIV. Instituir ações para segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos;

XV. Alimentar e garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação da Atenção Básica, conforme normativa vigente;

XVI. Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória, bem como outras doenças, agravos, surtos, acidentes, violências, situações sanitárias e ambientais de importância local, considerando essas ocorrências para o planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde no território;

XVII. Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência por causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de estabelecer estratégias que ampliem a resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes que atuam na AB;

XVIII. Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio às famílias e pessoas em residências, Instituições de Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de moradia existentes em seu território, de acordo com o planejamento da equipe, necessidades e prioridades estabelecidas;

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XIX. Realizar atenção domiciliar a pessoas com problemas de saúde controlados/compensados com algum grau de dependência para as atividades da vida diária e que não podem se deslocar até a Unidade Básica de Saúde;

XX. Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, integrando áreas técnicas, profissionais de diferentes formações e até mesmo outros níveis de atenção, buscando incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e matriciamento ao processo de trabalho cotidiano para essa integração (realização de consulta compartilhada reservada aos profissionais de nível superior, construção de Projeto Terapêutico Singular, trabalho com grupos, entre outras estratégias, em consonância com as necessidades e demandas da população);

XXI. Participar de reuniões de equipes a fim de acompanhar e discutir em conjunto o planejamento e avaliação sistemática das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis, visando a readequação constante do processo de trabalho;

XXII. Articular e participar das atividades de educação permanente e educação continuada;

XXIII. Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe e utilizando abordagens adequadas às necessidades deste público;

XXIV.Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS;

XIV. Promover a mobilização e a participação da comunidade, estimulando conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, profissionais de saúde e usuários, viabilizando o controle social na gestão da Unidade Básica de Saúde;

XXV. Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais;

XXVI. Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica e no mapa de acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF), e/ou outros pro-gramas sociais equivalentes, as condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias;e

XXVII. Realizar outras ações e atividades, de acordo com as prioridades locais, definidas pelo gestor local.

Atribuições específicas do Enfermeiro:

I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida;

II - Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;

III - Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos;

IV - Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe;

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V - Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local;

VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe;

VII - Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS;

VIII - Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados a sua área de competência na UBS; e

IX - Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, e que sejam de responsabilidade na sua área de atuação.

Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem:

I - Participar das atividades de atenção à saúde realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros);

II - Realizar procedimentos de enfermagem, como curativos, administração de medicamentos, vacinas, coleta de material para exames, lavagem, preparação e esterilização de materiais, entre outras atividades delegadas pelo enfermeiro, de acordo com sua área de atuação e regulamentação; e

III - Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação.

Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde e do Agente de Controle de Endemias:

Seguindo o pressuposto de que Atenção Básica e Vigilância em Saúde devem se unir para a adequada identificação de problemas de saúde nos territórios e o planejamento de estratégias de intervenção clínica e sanitária mais efetivas e eficazes, orienta-se que as atividades específicas dos agentes de saúde (ACS e ACE) devem ser integradas.

Assim, além das atribuições comuns a todos os profissionais da equipe de AB, são atribuições dos ACS e ACE:

a) Atribuições comuns do ACS e ACE

I - Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe;

II - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário;

III - Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com especial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior número de visitas domiciliares;

Obs: é atribuição do

enfermeiro o

gerenciamento dos ACS!

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IV - Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos;

V - Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva;

VI - Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território;

VII - Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores;

VIII - Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;

IX - Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde;

X - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; e

XI - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.

b) Atribuições do ACS:

I - Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, man-tendo os dados atualizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;

II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade;

III - Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, garantido o sigilo ético;

IV - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividades;

V - Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames agendados;

VI - Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados;

VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.

Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após

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treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência.

I - aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de promover saúde e prevenir doenças e agravos;

II - realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na Atenção Básica;

III - aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar;

IV - realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de coberturas passivas, que somente cobre a ferida; e

V - orientação e apoio, em domicílio, para a correta administração da medicação do paciente em situação de vulnerabilidade.

Importante ressaltar que os ACS só realizarão a execução dos procedimentos que requeiram capacidade técnica específica se detiverem a respectiva formação, respeitada autorização legal.

c) Atribuições do ACE:

I - Executar ações de campo para pesquisa entomológica, malacológica ou coleta de reservatórios de doenças;

II - Realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para planejamento e definição de estratégias de prevenção, intervenção e controle de doenças, incluindo, dentre outros, o recenseamento de animais e levantamento de índice amostral tecnicamente indicado;

III - Executar ações de controle de doenças utilizando as medidas de controle químico, biológico, manejo ambiental e outras ações de manejo integrado de vetores;

IV - Realizar e manter atualizados os mapas, croquis e o reconhecimento geográfico de seu território; e

V - Executar ações de campo em projetos que visem avaliar novas metodologias de intervenção para prevenção e controle de doenças; e

VI - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.

O ACS e o ACE devem compor uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou uma equipe de Saúde da Família (eSF) e serem coordenados por profissionais de saúde de nível superior realizado de forma compartilhada entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Nas localidades em que não houver cobertura por equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de Saúde da Família (eSF), o ACS deve se vincular à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). Já o ACE, nesses casos, deve ser vinculado à equipe de vigilância em saúde do município e sua supervisão técnica deve ser realizada por profissional com comprovada capacidade técnica, podendo estar vinculado à equipe de atenção básica, ou saúde da família, ou a outro serviço a ser definido pelo gestor local.

Gerente de Atenção Básica:

Recomenda-se a inclusão do Gerente de Atenção Básica com o objetivo de contribuir para o aprimoramento e qualificação do processo de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde, em especial ao

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fortalecer a atenção à saúde prestada pelos profissionais das equipes à população adscrita, por meio de função técnico-gerencial. A inclusão deste profissional deve ser avaliada pelo gestor, segundo a necessidade do território e cobertura de AB.

Entende-se por Gerente de AB um profissional qualificado, preferencialmente com nível superior, com o papel de garantir o planejamento em saúde, de acordo com as necessidades do território e comunidade, a organização do processo de trabalho, coordenação e integração das ações. Importante ressaltar que o gerente não seja profissional integrante das equipes vinculadas à UBS e que possua experiência na Atenção Básica, preferencialmente de nível superior, e dentre suas atribuições estão:

I - Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e normas que incidem sobre a AB em âmbito nacional, estadual, municipal e Distrito Federal, com ênfase na Política Nacional de Atenção Básica, de modo a orientar a organização do processo de trabalho na UBS;

II - Participar e orientar o processo de territorialização, diagnóstico situacional, planejamento e programação das equipes, avaliando resultados e propondo estratégias para o alcance de metas de saúde, junto aos demais profissionais;

III - Acompanhar, orientar e monitorar os processos de trabalho das equipes que atuam na AB sob sua gerência, contribuindo para implementação de políticas, estratégias e programas de saúde, bem como para a mediação de conflitos e resolução de problemas;

IV - Mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores assumem responsabilidades pela sua própria segurança de seus colegas, pacientes e familiares, encorajando a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança;

V - Assegurar a adequada alimentação de dados nos sistemas de informação da Atenção Básica vigente, por parte dos profissionais, verificando sua consistência, estimulando a utilização para análise e planejamento das ações, e divulgando os resultados obtidos;

VI - Estimular o vínculo entre os profissionais favorecendo o trabalho em equipe;

VII - Potencializar a utilização de recursos físicos, tecnológicos e equipamentos existentes na UBS, apoiando os processos de cuidado a partir da orientação à equipe sobre a correta utilização desses recursos;

VIII - Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção, logística dos materiais, ambiência da UBS), zelando pelo bom uso dos recursos e evitando o desabastecimento;

IX - Representar o serviço sob sua gerência em todas as instâncias necessárias e articular com demais atores da gestão e do território com vistas à qualificação do trabalho e da atenção à saúde realizada na UBS;

X - Conhecer a RAS, participar e fomentar a participação dos profissionais na organização dos fluxos de usuários, com base em protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, apoiando a referência e contrarreferência entre equipes que atuam na AB e nos diferentes pontos de atenção, com garantia de encaminhamentos responsáveis;

XI - Conhecer a rede de serviços e equipamentos sociais do território, e estimular a atuação intersetorial, com atenção diferenciada para as vulnerabilidades existentes no território;

XII - Identificar as necessidades de formação/qualificação dos profissionais em conjunto com a equipe, visando melhorias no processo de trabalho, na qualidade e resolutividade da atenção, e promover a Educação Permanente, seja mobilizando saberes na própria UBS, ou com parceiros;

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XIII - Desenvolver gestão participativa e estimular a participação dos profissionais e usuários em instâncias de controle social;

XIV - Tomar as providências cabíveis no menor prazo possível quanto a ocorrências que interfiram no funcionamento da unidade; e

XV - Exercer outras atribuições que lhe sejam designadas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, de acordo com suas competências.

ESPECIFICIDADES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA:

1 - Equipes de Saúde da Família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira: Considerando as especificidades locorregionais, os municípios da Amazônia Legal e Pantaneiras podem optar entre 2 (dois) arranjos organizacionais para equipes Saúde da Família, além dos existentes para o restante do país:

a. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): São equipes que desempenham parte significativa de suas funções em UBS construídas e/ou localizadas nas comunidades pertencentes à área adstrita e cujo acesso se dá por meio fluvial e que, pela grande dispersão territorial, necessitam de embarcações para atender as comunidades dispersas no território. As eSFR são vinculadas a uma UBS, que pode estar localizada na sede do Município ou em alguma comunidade ribeirinha localizada na área adstrita.

A eSFR será formada por equipe multiprofissional composta por, no mínimo: 1 (um) médico, preferencialmente da especialidade de Família e Comunidade, 1 (um) enfermeiro, preferencialmente especialista em Saúde da Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista, preferencialmente especialista em saúde da família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde bucal.

Nas hipóteses de grande dispersão populacional, as ESFR podem contar, ainda, com: até 24 (vinte e quatro) Agentes Comunitários de Saúde; até 12 (doze) microscopistas, nas regiões endêmicas; até 11 (onze) Auxiliares/Técnicos de enfermagem; e 1 (um) Auxiliar/Técnico de saúde bucal. As ESFR poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da área da saúde de nível superior à sua composição, dentre enfermeiros ou outros profissionais previstos nas equipes de Nasf-AB.

Os agentes comunitários de saúde, os auxiliares/técnicos de enfermagem extras e os auxiliares/técnicos de saúde bucal cumprirão carga horária de até 40 (quarenta) horas semanais de trabalho e deverão residir na área de atuação.

As eSFR prestarão atendimento à população por, no mínimo, 14 (quatorze) dias mensais, com carga horária equivalente a 8 (oito) horas diárias.

Para as comunidades distantes da UBS de referência, as eSFR adotarão circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos a cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das ações de Atenção Básica. Caso necessário, poderão possuir unidades de apoio, estabelecimentos que servem para atuação das eSFR e que não possuem outras equipes de Saúde da Família vinculadas.

Para operacionalizar a atenção à saúde das comunidades ribeirinhas dispersas no território de abrangência, a eSFR receberá incentivo financeiro de custeio para logística, que considera a existência das seguintes estruturas:

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a) até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites), vinculadas e informadas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) como base(s) da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma descentralizada; e

b) até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas para o deslocamento dos profissionais de saúde da(s) equipe(s) vinculada(s)s ao Estabelecimento de Saúde de Atenção Básica.

Todas as unidades de apoio ou satélites e embarcações devem estar devidamente informadas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, a qual as eSFR estão vinculadas.

Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): São equipes que desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades dispersas, ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, cujo acesso se dá por meio fluvial.

A eSFR será formada por equipe multiprofissional composta por, no mínimo: 1 (um) médico, preferencialmente da especialidade de Família e Comunidade, 1 (um) enfermeiro, preferencialmente especialista em Saúde da Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista, preferencialmente especialista em saúde da família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde bucal.

Devem contar também, com um (01) técnico de laboratório e/ou bioquímico. Estas equipes poderão incluir, na composição mínima, os profissionais de saúde bucal, um (1) cirurgião dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e um (01) Técnico ou Auxiliar em Saúde Bucal.

Poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da área da saúde de nível superior à sua composição, dentre enfermeiros ou outros profissionais previstos para os Nasf - AB

Para as comunidades distantes da Unidade Básica de Saúde de referência, a eSFF adotará circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos a cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das ações de Atenção Básica.

Para operacionalizar a atenção à saúde das comunidades ribeirinhas dispersas no território de abrangência, onde a UBS Fluvial não conseguir aportar, a eSFF poderá receber incentivo financeiro de custeio para logística, que considera a existência das seguintes estruturas:

a. até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites), vinculadas e informadas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) como base(s) da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma descentralizada; e

b. até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas para o deslocamento dos profissionais de saúde da(s) equipe(s) vinculada(s)s ao Estabelecimento de Saúde de Atenção Básica.

1 - Equipe de Consultório na Rua (eCR) -equipe de saúde com composição variável, responsável por articular e prestar atenção integral à saúde de pessoas em situação de rua ou com características análogas em determinado território, em unidade fixa ou móvel, podendo ter as modalidades e respectivos regramentos descritos em portaria específica.

São itens necessários para o funcionamento das equipes de Consultório na Rua (eCR):

a. Realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo ações na rua, em instalações específicas, na unidade móvel e também nas instalações de Unidades Básicas de Saúde do território onde está atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes que atuam na atenção básica do território (eSF/eAB/UBS e Nasf-AB), e dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de

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Urgência/Emergência e dos serviços e instituições componentes do Sistema Único de Assistência Social entre outras instituições públicas e da sociedade civil;

b. Cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas. Porém seu horário de funcionamento deverá ser adequado às demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana; e

c. As eCR poderão ser compostas pelas categorias profissionais especificadas em portaria específica.

Na composição de cada eCR deve haver, preferencialmente, o máximo de dois profissionais da mesma profissão de saúde, seja de nível médio ou superior. Todas as modalidades de eCR poderão agregar agentes comunitários de saúde.

O agente social, quando houver, será considerado equivalente ao profissional de nível médio. Entende-se por agente social o pro-fissional que desempenha atividades que visam garantir a atenção, a defesa e a proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social, assim como aproximar as equipes dos valores, modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua.

Para vigência enquanto equipe, deverá cumprir os seguintes requisitos:

I - demonstração do cadastramento da eCR no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e

II - alimentação de dados no Sistema de Informação da Atenção Básica vigente, conforme norma específica.

Em Municípios ou áreas que não tenham Consultórios na Rua, o cuidado integral das pessoas em situação de rua deve seguir sendo de responsabilidade das equipes que atuam na Atenção Básica, incluindo os profissionais de saúde bucal e os Núcleos Ampliados à Saúde da Família e equipes de Atenção Básica (Nasf-AB) do território onde estas pessoas estão concentradas.

Para cálculo do teto das equipes dos Consultórios na Rua de cada município, serão tomados como base os dados dos censos populacionais relacionados à população em situação de rua realizados por órgãos oficiais e reconhecidos pelo Ministério da Saúde.

As regras estão publicadas em portarias específicas que disciplinam composição das equipes, valor do incentivo financeiro, diretrizes de funcionamento, monitoramento e acompanhamento das equipes de consultório na rua entre outras disposições.

1 - Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): São compostas por equipe multiprofissional que deve estar cadastrada no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, e com responsabilidade de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas privadas de liberdade.

Com o objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS, é previsto na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), que os serviços de saúde no sistema prisional passam a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS, qualificando também a Atenção Básica no âmbito prisional como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde, devendo realizar suas atividades nas unidades prisionais ou nas Unidades Básicas de Saúde a que estiver vinculada, conforme portaria específica.

Após a publicação de Portaria de credenciamento das novas equipes no Diário Oficial da União, a gestão municipal deverá cadastrar a(s) equipe(s) no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde , num prazo máximo de 4 (quatro) meses,

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ESPECIFICIDADES DA ESTRATÉGIA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE:

É prevista a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de

Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da atenção básica, com vistas à implantação

gradual da Estratégia Saúde da Família ou como forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras

de organização da atenção básica.

Para implantação, são necessários:

I - A existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no sistema de cadastro nacional vigente, que passa a

ser a UBS de referência para a equipe de agentes comunitários de saúde;

II - A existência de um enfermeiro para até, no máximo, 12 ACS e, no mínimo, quatro; e

III - O cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe de agentes comunitários,

composta por ACS e enfermeiro supervisor.

As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas atribuições de todos os profissionais da Atenção Básica e envolvem práticas e processos de trabalho voltados para:

a. vigilância da situação de saúde da população, com análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde pública;

b. detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta de saúde pública;

c. vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; e

d. vigilância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes.

A AB e a Vigilância em Saúde deverão desenvolver ações integradas visando à promoção da saúde e prevenção de doenças nos territórios sob sua responsabilidade. Todos profissionais de saúde deverão realizar a notificação compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos ou confirmados de doenças, agravos e outros eventos de relevância para a saúde pública, conforme protocolos e normas vigentes.

Compete à gestão municipal reorganizar o território, e os processos de trabalho de acordo com a realidade local.

A integração das ações de Vigilância em Saúde com Atenção Básica, pressupõe a reorganização dos processos de trabalho da equipe, a integração das bases territoriais (território único), preferencialmente e rediscutir as ações e atividades dos agentes comunitários de saúde e do agentes de combate às endemias, com definição de papéis e responsabilidades.

LEGISLAÇÕES RELACIONADAS AOS ACS:

Portaria nº 83 de 10 de janeiro de 2018 – Institui o Programa de Formação Técnica em Enfermagem para

Agentes de Saúde- PROFAGS

Lei 13.708 de 14 de agosto de 2018 - O piso salarial profissional nacional dos Agentes Comunitários de Saúde

e dos Agentes de Combate às Endemias é fixado no valor de R$ 1.550,00 mensais.

Exigência de jornada de trabalho de 40 horas exigida para garantia do piso salarial

I -R$ 1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais) em 1º de janeiro de 2019;

II -R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos reais) em 1º de janeiro de 2020;

III -R$ 1.550,00 (mil quinhentos e cinquenta reais) em 1º de janeiro de 2021. No último trimestre do ano é

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paga a 13ª parcela de incentivo, tomando como base o número de ACS cadastrados no SCNES no mês de agosto

do ano vigente.

Lei nº 13.595 de 05 de janeiro de 2018- Reformula a jornada (30 horas de trabalho de rua e 10 horas de hora

administrativa), e grau de formação ( de nível fundamental para nível médio), e moradia (o ACS pode mudar de

área caso adquira casa própria e/ou o ACS esteja com sofrendo ameaças a sua integridade física.

PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA:

A Atenção Básica como contato preferencial dos usuários na rede de atenção à saúde orienta-se pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir dos quais assume funções e características específicas. Considera as pessoas em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral, por meio da promoção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, do diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer sua autonomia.

Dessa forma, é fundamental que o processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por:

I - Territorialização - A gestão deve definir o território de responsabilidade de cada equipe, e esta deve conhecer o território de atuação para programar suas ações de acordo com o perfil e as necessidades da comunidade, considerando diferentes elementos: ambientais, históricos, demográficos, geográficos, econômicos, sanitários, sociais, culturais, etc. Importante refazer ou complementar a territorialização sempre que necessário, já que o território é vivo

I - Integração entre as ações de Atenção Básica e Vigilância em Saúde deve ser concreta, de modo que se recomenda a adoção de um território único para ambas as equipes, em que o Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto com o Agente Comunitário de Saúde e os demais membros da equipe multiprofissional de AB na identificação das necessidades de saúde da população e no planejamento das intervenções clínicas e sanitárias.

II - Responsabilização Sanitária - Papel que as equipes devem assumir em seu território de referência (adstrição), considerando questões sanitárias, ambientais (desastres, controle da água, solo, ar), epidemiológicas (surtos, epidemias, notificações, controle de agravos), culturais e socioeconômicas, contribuindo por meio de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde da população com residência fixa, os itinerantes (população em situação de rua, ciganos, circenses, andarilhos, acampados, assentados, etc) ou mesmo trabalhadores da área adstrita.

III - Porta de Entrada Preferencial - porta de entrada preferencial da rede de atenção.

IV – Adscrição e vínculo do usuário entre a equipe e a população do seu território de atuação, de forma a facilitar a adesão do usuário ao cuidado compartilhado com a equipe (vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado).

V - Acesso - A unidade de saúde deve acolher todas as pessoas do seu território de referência, de modo universal e sem diferenciações excludentes, permitindo diferenciações de horário de atendimento (estendido, sábado, etc), não fechar na hora do almoço ou férias, formas de agendamento (por hora marcada, por telefone, e-mail, etc), e outros, para assegurar o acesso.

VI – Acolhimento - deve estar presente em todas as relações de cuidado, deve acontecer durante todo o horário de funcionamento da UBS, na organização dos fluxos de usuários na unidade, no estabelecimento de avaliações de risco e vulnerabilidade, na definição de modelagens de escuta (individual, coletiva, etc), na gestão das agendas de atendimento individual, nas ofertas de cuidado multidisciplinar, etc. Para isso é importante que a equipe defina quais profissionais vão receber o usuário que chega; como vai avaliar o risco e

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vulnerabilidade; fluxos e protocolos para encaminhamento; como organizar a agenda dos profissionais para o cuidado; etc.

VII - Classificação de Risco: escuta qualificada e comprometida com a avaliação do potencial de risco, agravo à saúde e grau de sofrimento dos usuários, considerando dimensões de expressão (física, psíquica, social, etc) e gravidade, que possibilita priorizar os atendimentos a eventos agudos (condições agudas e agudizações de condições crônicas) conforme a necessidade, a partir de critérios clínicos e de vulnerabilidade disponíveis em diretrizes e protocolos assistenciais definidos no SUS e registradas no prontuário eletrônico.

Os desfechos do acolhimento com classificação de risco poderão ser definidos como: 1- consulta ou procedimento imediato;

1. consulta no mesmo dia;

2. agendamento de consulta ou procedimento em data futura, para usuário do território;

3. procedimentos;

4. encaminhamento a outro ponto de atenção da RAS;

5. orientação sobre territorialização e fluxos da RAS;

VIII - Estratificação de risco: É o processo pelo qual se utiliza critérios clínicos, sociais, econômicos, familiares e outros, com base em diretrizes clínicas, para identificar subgrupos de acordo com a complexidade da condição crônica de saúde, com o objetivo de diferenciar o cuidado clínico e os fluxos que cada usuário deve seguir na Rede de Atenção à Saúde para um cuidado integral.

IX - Trabalho em Equipe Multiprofissional - Considerando a diversidade e complexidade das situações com as quais a Atenção Básica lida, um atendimento integral requer a presença de diferentes formações profissionais trabalhando com ações compartilhadas, assim como, com processo interdisciplinar centrado no usuário, incorporando práticas de vigilância, promoção e assistência à saúde, bem como matriciamento ao processo de trabalho cotidiano. É possível integrar também profissionais de outros níveis de atenção.

X - Resolutividade - Capacidade de identificar e intervir nos riscos, necessidades e demandas de saúde da população, atingindo a solução de problemas de saúde dos usuários. Importante promover o uso de ferramentas que apoiem e qualifiquem o cuidado realizado pelas equipes, como as ferramentas da clínica ampliada, gestão da clínica e promoção da saúde, para ampliação da resolutividade e abrangência da AB.

XI - Gestão da Clínica um conjunto de tecnologias de microgestão do cuidado destinado a promover uma atenção à saúde de qualidade, como protocolos e diretrizes clínicas, planos de ação, linhas de cuidado, projetos terapêuticos singulares, genograma, ecomapa, gestão de listas de espera, auditoria clínica, indicadores de cuidado, entre outras. Para a utilização dessas ferramentas, deve-se considerar a clínica centrada nas pessoas; efetiva, estruturada com base em evidências científicas;

VIII - Atenção integral, pode ser necessário realizar de ações de atenção à saúde nos estabelecimentos de Atenção Básica à saúde, no domicílio, em locais do território (salões comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação planejada.

IX - Atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma Unidade Básica de Saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde, para famílias e/ou pessoas para busca ativa, ações de vigilância em saúde e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de atenção domiciliar nos casos de maior complexidade.

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X - Programação - Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhada de todos os profissionais, e recomenda- se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, gênero e patologias dificultando o acesso dos usuários.

XI - Implementação da Promoção da Saúde - estimular a transformação das condições de vida e saúde de indivíduos e coletivos, através de estratégias transversais que estimulem a aquisição de novas atitudes entre as pessoas, favorecendo mudanças para modos de vida mais saudáveis e sustentáveis. Destacam-se alguns de relevância da Promoção da Saúde na AB: alimentação adequada e saudável; práticas corporais e atividade física; enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados; enfrentamento do uso abusivo de álcool; promoção da redução de danos; promoção da mobilidade segura e sustentável; promoção da cultura de paz e de direitos humanos; promoção do desenvolvimento sustentável.

XII - Ações de prevenção de doenças e agravos - (primária, secundária, terciária e quartenária) a finalidade dessas ações é prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças, agravos e complicações preveníveis, evitar intervenções desnecessárias e iatrogênicas e ainda estimular o uso racional de medicamentos.

XIII - Função Gerente nas UBS - busca a reformulação do modo tradicional de se fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. Ele deve assumir como objetivo a mudança nas organizações, tomando como matéria-prima os problemas e tensões do cotidiano Nesse sentido, pressupõe-se o esforço de transformar os modelos de gestão verticalizados em relações horizontais que ampliem a democratização, autonomia e compromisso dos trabalhadores e gestores, baseados em relações contínuas e solidárias.

IX - Formação em Saúde, desenvolvida por meio da relação entre trabalhadores da AB no território (estágios de graduação e residências, projetos de pesquisa e extensão, entre outros), beneficiam AB e instituições de ensino e pesquisa, trabalhadores, docentes e discentes e, acima de tudo, a população.

Como cai em concurso?

1-(Residência Mult. UNCISAL – 2018) De acordo com a portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, são consideradas diretrizes da Atenção Básica: a) Universalidade, Integralidade, Equidade, Controle Social, Hierarquização e Regionalização. b)Regionalização e Hierarquização; Territorialização e Adstrição; População Adscrita; Longitudinalidade do cuidado; Transversalidade; Dissociabilidade de gestão e Coordenação do cuidado e Controle Social. c) Hierarquização e redes de cuidado; Territorialização; População Adscrita; Longitudinalidade do cuidado; Transversalidade; Controle Social e Coordenação do cuidado. d) Regionalização e Hierarquização; Territorialização e Adstrição; População Adscrita; Longitudinalidade do cuidado; Coordenação do cuidado; Ordenar as redes e Participação da comunidade. e) Ter território adscrito; Coordenar a Integralidade e Equidade; Controle Social, Hierarquização e Regionalização. 2-(Residência Mult. UNCISAL – 2018) No que concerne à infraestrutura, ambiência e funcionamento da atenção básica, de acordo com a portaria n. 2.436, de 2017, é correto afirmar: a) Refere-se ao conjunto de procedimentos que objetiva adequar a estrutura física, tecnológica e de recursos humanos das UBS às necessidades de saúde da população de cada território. b) A infraestrutura de uma UBS não deve estar adequada ao quantitativo de população adscrita e suas especificidades, mas sim aos processos de trabalho das equipes e à atenção à saúde dos usuários. c) Os parâmetros de estrutura devem levar em consideração apenas a densidade demográfica; o perfil da população, e as ações e serviços de saúde a serem realizados. d) As UBS devem ser construídas de acordo com as normas sanitárias e tendo como referência as normativas de infraestrutura vigentes. Devem, ainda, ser cadastradas no Sistema Eletrônico do SUS e no Sistema de Informação da Atenção Básica.

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e) Para um ambiente adequado em uma UBS, existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço, recomenda-se contemplar: recepção com grades (para garantir privacidade à pessoa), identificação dos serviços existentes, cronograma de atendimento, conforto térmico e acústico, e espaços adaptados para as pessoas com deficiência.

3-(Residência Mult. UNCISAL – 2018) Observe as afirmações abaixo sobre a atenção básica: I. A atenção básica é caracterizada por ações individuais e coletivas. II. Deve resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância em seu território; III. Orienta-se pelos princípios e diretrizes da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. IV. É responsável apenas pelas ações de prevenção e promoção à saúde. Baseando-se na Política Nacional da Atenção Básica, aprovada pela portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, escolha a alternativa INCORRETA: a) Apenas a alternativa II está incorreta. b) A alternativa I e III estão incorretas. c) A alternativa IV está incorreta. d) As alternativas I, II e III estão incorretas. e) Todas as alternativas estão incorretas.

4-(Residência/ESP/CE/2018) Com base na nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), instituída na Portaria GM n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, compõem a equipe, mínima, de Saúde da Família (BRASIL, 2017): a) Enfermeiro, médico, agente comunitário de saúde, dentista. b) Enfermeiro, médico, agente comunitário de saúde, técnico ou auxiliar de enfermagem. c) Enfermeiro, médico, agente comunitário de saúde, dentista, auxiliar ou técnico em saúde bucal. d) Enfermeiro, médico, agente comunitário de saúde, técnico ou auxiliar de enfermagem, dentista. 5-(Residência/ESP/CE/2018) Com base na nova PNAB, instituída na Portaria GM n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, recomenda-se a inclusão do Gerente de Atenção Básica com o objetivo de contribuir para o aprimoramento e a qualificação do processo de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Sobre esse profissional, é CORRETO afirmar (BRASIL, 2017): a) Indica a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa. b) Um profissional integrante das equipes, vinculadas à UBS. c) Participa e orienta o processo de territorialização, diagnóstico situacional, planejamento e programação das equipes. d) Supervisiona o agente comunitário de saúde e agente comunitário de endemias. 6-(Residência/UPE/2018) Em 21 de setembro de 2017, foi aprovada a nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde, mediante a Portaria n. 2.436. A versão anterior da PNAB estabelecia “A existência de um enfermeiro para até, no máximo, 12 ACS e, no mínimo, quatro, constituindo, assim, uma equipe de agentes comunitários de saúde”. Quantos agentes comunitários de saúde para uma equipe estabelece a versão vigente? A) 4 B) 3 C) 2 D) 1 E) Não estabelece quantidade numérica

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7-(Residência/UPE/2018) Sobre a Portaria n. 2.436, que aprovou a nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), é possível a contratação, em categoria profissional, para compor a equipe com, no mínimo, quantas horas semanais? A) 5 B) 10 C) 15 D) 20 E) 30 8-(Residência – UERN – 2018) A Portaria N. 2.436, de 21 de setembro de 2017, aprova a nova Política Nacional de Atenção Básica – PNAB, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde – RAS. Em relação à PNAB, assinale a alternativa correta. a) Recomenda-se uma população adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 1.500 a 5.500 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica; b) Equipe de Saúde da Família (eSF) é a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS, composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem, agente comunitário de saúde (ACS) e agente de combate às endemias (ACE); c) Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da ESF, excetuando-se o profissional médico, que pode optar por carga horária de 20 (vinte) horas semanais. Dessa forma, com exceção dos médicos, os demais profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente. d) Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família (Nasf-AB) se constituem em uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF), não podendo ser vinculadas às equipes de Atenção Básica (eAB). e) Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS. 9-(Residência – UERN – 2018) É prevista a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas UBS como uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção Básica com vistas à implantação gradual da Estratégia de Saúde da Família ou como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da Atenção Básica. A seu respeito, assinale a alternativa incorreta em relação aos itens necessários à sua implementação. a) A existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no SCNES vigente que passa a ser a UBS de referência para a equipe de agentes comunitários de saúde; b) O número de ACS e ACE por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional (critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos), conforme legislação vigente; c) É obrigatório o cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe de agentes comunitários, tendo o médico ou o enfermeiro como supervisor; d) Os ACS devem estar cadastrados no SCNES vigente, vinculados à equipe; e) Cada ACS deve realizar as ações previstas nas regulamentações vigentes e nesta portaria e ter uma microárea sob sua responsabilidade, cuja população não ultrapasse 750 pessoas. 10-(Residência – SEP – 2018) A Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com todas as Redes de Atenção à Saúde. Em relação à Atenção Básica, é correto afirmar:

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(A) Suas unidades devem ser resolutivas, isto é, ser dotadas de equipes, equipamentos e estrutura física capazes de atender e resolver as demandas de saúde em todas as suas modalidades: clínicas, cirúrgicas, obstétricas e de reabilitação. (B) Segundo a Política Nacional, a estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica é a Saúde da Família, configurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as especificidades locorregionais. (C) As equipes de atendimento, sempre segmentadas por especialidade, devem desenvolver ações sem priorizar grupos específicos, de forma a ampliar a linha de cuidados e o seu alcance. Só a partir dessa visão geral, poderá detectar grupos com riscos específicos e, para estes, dar para uma atenção especializada. (D) Em cada unidade, o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, são atribuições de todos os profissionais, com exceção do médico, cuja jornada será dedicada ao atendimento. (E) A Política Nacional de Atenção Básica, segundo a Portaria 2436 de setembro de 2017, estabelece mecanismos regulares de avaliação das equipes das unidades pelos gestores em cada esfera de governo. 11-(Residência Mult. UNCISAL – 2018) A Política Nacional de Atenção Básica é resultado de experiência acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do SUS, como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. De acordo com a Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, assinale a alternativa incorreta: a) A atenção básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. b) A PNAB tem na saúde da família sua estratégia prioritária para a expansão e consolidação da atenção básica. c) Serão reconhecidas outras estratégias de atenção básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter permanente, devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família. d) A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade. e) A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.

12. (VUNESP/SJRIO PRETO-SP/2011) A Política Nacional de Atenção Básica, Portaria n.º 648, de 2006,

considera que são características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica:

a) possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de qualidade, em consonância com o princípio da

centralização do Sistema Único de Saúde (SUS).

b) realizar o primeiro atendimento médico e odontológico.

c) ser a porta de entrada preferencial do sistema de saúde resolutivo, dispensando o sistema de referência e

contrarreferência.

d) realizar ações programáticas de promoção à saúde e de prevenção de agravos, encaminhando os casos de

demanda espontânea aos serviços de pronto atendimento hospitalar.

e) efetuar atendimento com base na integralidade das ações profissionais, de modo que a participação

popular e o controle social tornem-se, gradativamente, desnecessários.

13. (VUNESP/SJRIO PRETO-SP/2011) Ao planejar a implantação das Equipes de Saúde da Família, é

necessário considerar que:

a) a equipe multiprofissional é responsável por, no máximo, 2 500 habitantes.

b) a jornada de trabalho varia de 10 a 40 horas semanais, de acordo com a classe profissional.

c) a equipe multiprofissional é composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou

técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

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d) os agentes comunitários de saúde devem ser em número suficiente para cobrir 75% da população

cadastrada.

e) nas microáreas sob responsabilidade de cada agente comunitário de saúde, a população não deve ser

superior a 450 pessoas.

14. (CETRO/CAMPINAS-SP/2013) A Estratégia Saúde da Família, quando criada, possuía estratégia de

reorganização do foco de atendimento à população, buscando modificar um modelo assistencial de

reabilitação para modelo de prevenção. De acordo com a Portaria nº 2.488/2011, assinale a alternativa que

não apresenta uma característica do processo de trabalho das equipes participantes da Estratégia Saúde da

Família.

a) Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita.

b) Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,

alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e

danos evitáveis.

c) Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no

desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários.

d) Certificar o atendimento intra-hospitalar de alta complexidade, visando à melhora no quadro clínico de

saúde do paciente.

15. (CONRIO/COSMORAMA-SP/2013) A origem do Programa Saúde da Família ou PSF, teve início em

1994, proposto pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica. O PSF é tido como

uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais

neste nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação. Atualmente, o PSF é

definido como Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que:

a) Tem uma ligação intima com os profissionais que atuam nela.

b) Valoriza os aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar.

c) O PSF é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta

tarefa.

d) Reafirma os princípios básicos do SUS: universalização, descentralização, integralidade e participação da

comunidade.

16. (VUNESP/SJRIO PRETO-SP/2011) O Programa de Saúde da Família (PSF) é entendido como uma

estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes

multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes:

a) atuam apenas com ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.

b) são responsáveis pelo acompanhamento de um número variável de famílias, proporcional ao tamanho do

respectivo município.

c) devem utilizar a instituição hospitalar do distrito de saúde como núcleo básico para a abordagem familiar.

d) atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais

frequentes.

e) compõem o chamado sistema de saúde implantado exclusivamente para o atendimento da população de

baixa renda.

17. (VUNESP/IAMSPE/2011) Assinale a alternativa correta sobre o Programa de Saúde da Família.

a) Suas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias de uma

determinada região, composta por vários municípios.

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b) A atuação das suas equipes é centrada na realização de palestras informativas sobre cuidados com a saúde e

doenças mais prevalentes.

c) Os agentes comunitários de saúde devem ter formação superior e morar na região de atuação.

d) Suas equipes são responsáveis por ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação e reabilitação de

agravos mais frequentes.

e) A estratégia de saúde da família é definida prioritariamente para os municípios com até 500 mil habitantes.

18. (VUNESP/SÃO CARLOS-SP/2011) Em relação à Estratégia de Saúde da Família, é correto afirmar que:

a) o programa foi criado em 1992 e consolidou-se como estratégia de organização da atenção básica do SUS.

b) o objetivo do programa de saúde da família é diminuir o número de internações hospitalares.

c) cada equipe é responsável pelo atendimento de uma população entre 2400 a 4000 pessoas residentes no

território de sua abrangência.

d) as ESF devem resolver cerca de 50% dos problemas de saúde da comunidade.

e) pode fazer parte da equipe de saúde da família as equipes coexistentes da atenção básica aproveitando a

mesma estrutura.

19. (VUNESP/PREF. POÁ-SP/2013) O Ministério da Saúde considera como forma prioritária para

reorganização da Atenção Básica no Brasil:

a) a consolidação da estratégia saúde da família.

b) a ampliação do número de unidades básicas de saúde.

c) a criação de redes matriciais de serviços de baixa, média e alta complexidade.

d) a abertura do direito ao exercício da medicina para médicos de outros países.

e) o fortalecimento do papel dos gestores municipais de saúde.

20. (COMISSÃO PERMANENTE CONCURSOS/PICUÍ-PB/2014) São atribuições do enfermeiro na Equipe de

Saúde da Família, EXCETO:

a) Realizar atividades de qualificação e educação permanente da equipe de enfermagem.

b) Realizar consultas e procedimentos de enfermagem nas unidades básicas de saúde, domicílio e

comunidade.

c) Solicitar exames complementares e prescrever medicações independentemente dos protocolos

estabelecidos.

d) Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde.

e) Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da Unidade de

saúde.

21. (COMISSÃO PERMANENTE CONCURSOS/PICUÍ-PB/2014) Sobre o Programa de Saúde da Família, analise

as afirmativas a seguir:

I. Um dos pontos fortes do PSF é a busca ativa.

II. São alguns dos exemplos das várias ações e programas que o Ministério da Saúde realiza com a finalidade

de promover a saúde para o cidadão: Combate a dengue, Farmácia popular, SAMU, UPA 24h e Brasil

sorridente.

III. O processo de capacitação dos profissionais do PSF deve ser contínuo e definido a partir das necessidades

que as equipes de saúde identificam.

IV. Em conformidade com o princípio da integralidade, o atendimento do PSF desenvolve com seriedade o

sistema de referência e contrarreferência.

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V. Saneamento, educação, habitação, segurança e meio ambiente são algumas das áreas que devem estar

integradas às ações do PSF.

Estão corretas as afirmativas:

a) I - II - III - IV- V.

b) I - III, apenas.

c) I - III - V, apenas.

d) II - IV- V, apenas.

e) I - II - III - V, apenas

22. (COMISSÃO PERMANENTE CONCURSOS/PICUÍ-PB/2014) A saúde da mulher é primordial nas ações de

uma equipe de Estratégia Saúde da Família. Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem nas

ações de controle dos cânceres do colo do útero e de mama, é importante que a atenção às mulheres esteja

pautada em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar. É atribuição do Agente Comunitário

de Saúde:

a) Realizar atendimento, orientando as mulheres sobre o resultado do exame.

b) Realizar busca ativa para rastreamento de mulheres de sua microárea para detecção precoce dos cânceres

do colo do útero e de mama.

c) Realizar contato telefônico com o laboratório, para agilizar resultado de exame.

d) Orientar as mulheres acima de 35 anos de idade para solicitar ao seu médico o pedido de mamografia.

e) Acompanhar a usuária a serviços de referência de média e alta complexidade.

23. (COMISSÃO PERMANENTE CONCURSOS/PICUÍ-PB/2014) Sobre princípios gerais da Política Nacional de

Atenção Básica é INCORRETO afirmar:

a) Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde preferencialmente no âmbito coletivo,

que abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a

reabilitação e a manutenção da saúde.

b) Atenção Básica Utiliza tecnologias de baixa complexidade e baixa densidade, que devem resolver os

problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território e território subscrito.

c) Atenção Básica desenvolve relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita

garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.

d) Os recursos orçamentários destinados à Atenção Básica são de responsabilidade do orçamento do

Ministério da Saúde, devendo onerar os Programas de Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte

Variável do Piso de Atenção Básica.

e) A Atenção Básica orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do

cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da

participação social.

24. (COMPROV/UFCG/CABACEIRAS-PB/2014) A Estratégia de Saúde da Família é prioritária do Ministério da

Saúde para reorganizar a Atenção Básica, com abrangência nacional. Sobre esse tema analise as proposições

abaixo e responda:

I) A lógica da Estratégia de Saúde da Família se fundamenta no direito a saúde para todos.

II) Um dos compromissos da Estratégia de Saúde da Família é a responsabilidade integral sobre a população

que reside numa determinada área de abrangência.

III)Os profissionais de saúde que trabalham na Estratégia de Saúde da Família devem conhecer os aspectos

culturais e históricos da comunidade.

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A sequência correta é:

a) I, II e III estão corretas.

b) I e II estão corretas.

c) II e III estão corretas.

d) I e III estão corretas.

e) Somente a III está correta.

25. (GESTÃO DE CONCURSOS/IGARAPÉ-MG/2014) A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações

de saúde que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o

tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. A respeito dos fundamentos e das

diretrizes da atenção básica, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como

a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção.

b) Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia no enfrentamento dos

determinantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas

nos profissionais de saúde.

c) Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada

e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais.

d) Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população

adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde.

26. (AOCP/EBSERH/HUCAM-UFES/2014) São consideradas características do processo de trabalho das

equipes de Atenção Básica as descritas a seguir, EXCETO:

a) desenvolver atividades que incluam tecnologias duras e leve-duras como instrumentos essenciais para

atenção à saúde em seu nível primário.

b) definir o território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes.

c) desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social, voltados para o

desenvolvimento de uma atenção integral.

d) desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,

alimentares e/ou ambientais.

e) apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social.

27. (AOCP/EBSERH/HUCAM-UFES/2014) Assinale a alternativa correta no que se refere à Estratégia Saúde

da Família.

a) Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando

grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades é uma atribuição que compete

especificamente ao Agente Comunitário de Saúde (ACS).

b) Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e

situações de importância local é uma atribuição específica do Enfermeiro da Equipe de Saúde da Família.

c) O Agente Comunitário de Saúde deve acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e

indivíduos sob sua responsabilidade, e estas visitas não necessitam de programação e planejamento, devendo

ser realizadas de forma aleatória.

d) O número de Agentes Comunitários de Saúde deve ser suficiente para cobrir 80% da população cadastrada,

com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o

limite máximo recomendado de pessoas por equipe.

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e) As visitas domiciliares realizadas pelo Agente Comunitário de Saúde deverão considerar os critérios de risco e

vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como

referência a média de 5 (cinco) visitas/família/mês.

28. (VUNESP/PREF. SÃO PAULO-SP/2014) Uma das contribuições dos profissionais da atenção básica é:

a) participar das ações educativas, atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais e

gastrointestinais.

b) participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da unidade básica de

saúde.

c) realizar orientações sobre o uso de medicamentos e seus efeitos diversos.

d) participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando

grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades.

e) executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e

dos utilizados na vacinação.

29. (VUNESP/PREF. SÃO PAULO-SP/2014) A atenção básica:

a) observa critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda,

necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.

b) tem a participação social restrita do ponto de vista formal, pois os agentes comunitários de saúde, por

residirem no território, representam as ideias da comunidade.

c) deve se organizar para exercer sua função central de acolher, escutar e oferecer respostas positivas, ainda

que representem pouco diante das necessidades da população.

d) utiliza tecnologias de cuidado simples que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de

saúde de maior frequência e relevância em seu território.

e) deve ter as estruturas dos serviços definidas exclusivamente pelos municípios que tem autonomia para

estabelecer a composição de suas equipes livremente.

30. (VUNESP/PREF. SÃO PAULO-SP/2014) O modelo da Estratégia de Saúde da Família, dentre outros

objetivos, busca:

a) a auto-organização de acordo com as necessidades da população adscrita sem qualquer vínculo com

diretrizes nacionais.

b) promover informações sobre automedicação, para que a população ganhe autonomia em relação aos

serviços de saúde.

c) favorecer a aproximação da unidade de saúde das famílias e possibilitar o estabelecimento de vínculos entre

a equipe e os usuários.

d) responsabilizar a população pelo autocuidado e pela capacidade de resolutividade dos problemas de saúde.

e) propiciar, à população adscrita, capacidade para realizar pequenos curativos em casa, para que haja uma

diminuição da demanda nas unidades de saúde.

31. (VUNESP/PREF. SÃO PAULO-SP/2014) Uma das características do processo de trabalho das equipes de

atenção básica é:

a) desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e a população mais jovem, com a finalidade de prevenir

o aparecimento de doenças e danos evitáveis.

b) realizar a atenção integral domiciliar a todos os usuários para que eles não precisem se deslocar até as

unidades de saúde.

c) desenvolver aulas sobre as doenças mais comuns para que a população passe a ter uma formação técnica.

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d) participar do planejamento local de saúde, mas não do monitoramento e da avaliação das ações na sua

equipe.

e) definir o território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes, provendo

atenção integral, contínua e organizada à população adscrita.

32. (PREF. FLORIANÓPOLIS-SC/2014) De acordo com o Anexo I da Portaria no 2.488, de 21 de outubro de

2011:

A Atenção Básica considera o(a)_________________em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando

produzir a atenção integral. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.

a) Coletivo

b) Médico

c) Sujeito

d) Sistema

e) Política Nacional de Saúde

33. (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES. 2014) Na Atenção Básica, realizar ações de educação

em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe de saúde é atribuição:

A) exclusiva de médicos e enfermeiros.

B) de todos os profissionais de nível superior.

C) de todos os profissionais de saúde.

D) exclusiva dos agentes comunitários de saúde

34. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia de Saúde da Família deve:

I – Ter caráter substitutivo em relação à rede da Atenção Básica;

II – Atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos

problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade, buscando o cuidado dos indivíduos e famílias ao

longo do tempo;

III – Buscar a integração com instituições e organizações não governamentais de sua área de abrangência, para

o desenvolvimento de parcerias;

IV – Ser um espaço de construção coletiva.

Assinale a alternativa correta:

a) I II e III são corretas;

b) Somente a II esta correta;

c) Todas estão corretas, exceto a alternativa I

d) Somente a I e II estão corretas.

35. O Ministério da Saúde está investindo muito no Programa de Saúde da Família (PSF) com o objetivo de

atender maior número de pessoas e assim trabalhar a prevenção. O PSF é um programa de atenção:

A) Primária

B) Secundária

C) Terciária

D) Quaternária

E) Hospitalar

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36. A atenção básica constitui o primeiro nível de atenção à saúde no SUS (Sistema Único de Saúde) e a Saúde

da Família é a estratégia priorizada pelo Ministério da Saúde para organizar a atenção básica. Sobre a

Estratégia de Saúde da Família, é CORRETO afirmar:

I- Os princípios fundamentais da atenção básica no Brasil são: integralidade, qualidade, eqüidade e participação

social. Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família estabelecem vínculo com a população,

possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade destes profissionais com os usuários e a comunidade.

II- As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de

enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com: um dentista, um auxiliar

de consultório dentário e um técnico em higiene dental.

III- Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de cerca de 4 mil e 500 famílias de uma determinada

área, e estas passam a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde.

IV- A atuação das equipes ocorre nas unidades distritais de saúde e na mobilização da comunidade,

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas..

b) Somente as afirmativas I e III estão incorretas.

c) As afirmativas III e IV estão incorretas

d) Todas as afirmativas estão incorretas

37. O Programa Saúde da Família criado em 1994 consolidou-se como a estratégia de organização da

atenção básica do Sistema Único de Saúde propondo uma mudança de modelo e contribuindo para a efetiva

melhoria das condições de vida da comunidade. Em 2006, no bojo do Pacto de Gestão, acordado entre as

três esferas de governo a Saúde da Família é considerada como a estratégia prioritária para o fortalecimento

da atenção básica e seu desenvolvimento deve considerar as diferenças loco-regionais. Além disso, são

objetivos explícitos, EXCETO:

A) Desenvolver ações de qualificação dos profissionais da atenção básica por meio de estratégias de educação

permanente e de oferta de cursos de especialização e residência multiprofissional em medicina da família.

B) Consolidar e qualificar a estratégia de saúde da família nos pequenos e médios municípios.

C) Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família nos grandes centros urbanos.

D) Garantir a infra-estrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de

recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas para esses

serviços.

E) Garantir o financiamento da Atenção Básica como responsabilidade das duas esferas de gestão do SUS.

38. A Estratégia Saúde da Família (ESF) prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde

das pessoas, de forma integral e contínua. A equipe de saúde em visita familiar entrevistou M.A.S., mulher

de 45 anos, balconista, que fez o seguinte relato:

● A filha de 22 anos que esteve internada na unidade de psiquiatria do Hospital Geral por apresentar episódio

depressivo está frequentando o Hospital Dia. No entanto, tem dificuldade de levá-la e retirá-la devido ao seu

horário de trabalho e o custo do ônibus.

● O marido está com 52 anos, desempregado, é usuário de álcool e volta tarde e embriagado para casa, o que

ocasiona brigas e agressões. M.A.S. mostra alguns hematomas resultado dessas agressões.

● Sente-se desesperançosa com relação ao futuro da filha, cansada em ter que trabalhar para manter as

despesas da casa e lutar contra as adversidades, pensa, muitas vezes, em acabar com a própria vida para

livrar-se deste fardo.

Sob o enfoque da saúde mental, as intervenções da equipe têm como AÇÃO EMERGENCIAL:

(A) fazer reunião familiar e buscar encontrar alternativas de solução dos problemas.

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(B) avaliar o potencial suicida de M.A.S., assisti-la e, se necessário, encaminhá-la ao ambulatório de saúde

mental.

(C) entrevistar o marido e encaminhá-lo ao serviço de saúde mental para desintoxicação alcoólica e

reabilitação.

(D) orientar M.A.S. a procurar a delegacia da mulher no próximo episódio de agressão.

39. Como espaço de execução da estratégia de Saúde da Família, o nível municipal define a melhor

adequação dos meios e condições operacionais. Uma das competências do PSF, em nível municipal, é:

a) Implantar o sistema de informações e avaliação da estratégia de Saúde da Família.

b) Promover intercâmbio de experiências entre os municípios de sua área de abrangência.

c) Identificar e estruturar parcerias com organizações governamentais e não governamentais.

d) Estabelecer normas e diretrizes que definam os princípios da estratégia do PSF.

40. No Programa de Saúde da Família, o membro da equipe que tem como atribuição específica realizar o

mapeamento de sua área e cadastrar as famílias, identificando as que estão expostas a situações de risco é o:

A) auxiliar de enfermagem;

B) assistente social;

C) agente comunitário de saúde;

D) sanitarista;

E) enfermeiro.

41. São atribuições comuns a toda à equipe do Programa Saúde da Família (PSF), EXCETO.

A) Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis

B) Fazer atendimento de urgência e emergência

C) Identificar os problemas de saúde e situações de risco mais comuns a que a população vinculada àquele

programa está exposta.

D) Valorizar a relação com o usuário e com a família, para a criação de vínculo de confiança, de afeto, de

respeito.

42. São objetivos do Programa Saúde da Família (PSF), segundo o Ministério da Saúde:

1- Prestar assistência integral contínua, com resolutividade e boa qualidade, às pessoas em demanda

espontânea.

2 - Intervir em fatores de risco aos quais a população está exposta.

3 – Estimular a organização do controle social.

4 – Garantir o atendimento de urgência e emergência aos moradores da região.

Estão corretos:

A) 1,2,3,4.

B) 2,3.

C) 2,4

D) 1,2,3.

43. A visita domiciliária é um instrumento de intervenção fundamental da estratégia de Saúde da Família,

utilizado pelos integrantes das equipes de saúde para conhecer as condições de vida e saúde das famílias

sob sua responsabilidade. Nessa perspectiva, são finalidades da visita:

A) cadastrar exclusivamente grupos de risco, como idosos acamados e portadores de doenças crônico-

degenerativas.

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B) o atendimento médico restrito a pacientes acamados e com necessidades especiais, como atendimentos

pós-cirúrgicos, e a pacientes com dificuldades de locomoção.

C) conhecer o contexto de vida do usuário do serviço de saúde, identificar as relações familiares, facilitar o

planejamento da assistência e contribuir para a melhoria do vínculo entre o profissional e o usuário.

D) o atendimento clínico individualizado somente em situações especiais, como epidemias, campanhas de

vacinação e atendimentos de urgência.

44. A Saúde da Família é a estratégia para organização da atenção básica no SUS, através da análise

permanente da situação de saúde da população, realizada pela vigilância em saúde, cujo conceito inclui

A) vigilância da situação de saúde e das práticas intersetoriais de apoio e melhoria da qualidade de vida.

B) vigilância e controle das doenças transmissíveis, doenças e agravos não-transmissíveis; vigilância ambiental

em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária.

C) atividades de melhoria das condições de vida e saúde da população, como: o desenvolvimento econômico e

social e as práticas de redução das iniqüidades e pobreza.

D) atividades de melhoria das condições de vida e saúde da população, como os incentivos financeiros e sociais

através de bolsas e programas dirigidos às populações mais carentes.

45. O Ministério da Saúde, dentro da sua estrutura, criou o Programa de Saúde da Família, que vem

gerenciando a implantação de equipes especializadas nos estados e municípios. Nesse programa, é

competência do Ministério da Saúde

(A) prestar assessoria técnica às instituições hospitalares no processo de implantação e expansão do

programa.

(B) garantir fontes de recursos municipais e privados para compor o financiamento do programa.

(C) manter as normas e diretrizes iniciais do Programa de Saúde da Família sem alteração.

(D) promover as vivências dos profissionais de saúde, buscando o aperfeiçoamento e a disseminação dos

conhecimentos voltados para a saúde da família e do idoso.

(E) contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde por meio do estímulo à adoção da estratégia

de saúde da família como estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde.

46. No âmbito do Programa de Saúde da Família, está estão entre as atribuições específicas do enfermeiro

(A) realizar cuidados gerais nos pacientes com úlcera de decúbito.

(B) realizar ações de saúde educativas para pacientes da rede privada.

(C) capacitar e treinar os agentes comunitários de saúde e os técnicos em radiologia.

(D) organizar e coordenar a criação de grupos de patologias específicas, como os de hipertensos, de diabéticos

e de saúde mental.

(E) executar as ações de capacitação e assistência parcial aos técnicos de enfermagem, radiologia e higiene

bucal nas seguintes fases do ciclo de vida: adolescente e idoso.

47. Para o planejamento das ações de uma unidade de saúde da família, é preciso mantê-las de modo a

produzir um impacto positivo sobre as condições sanitárias da população, das famílias e dos indivíduos.

Assim sendo, é correto afirmar que a equipe deverá

(A) conhecer o perfil epidemiológico da população de sua área de abrangência.

(B) garantir apenas alguns insumos para as estratégias da unidade de saúde do idoso.

(C) conhecer as carências do indivíduo dentro do processo de trabalho.

(D) estabelecer quais são os problemas detectados no processo de vida e de trabalho do indivíduo.

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(E) conhecer as principais doenças e dificuldades da comunidade ocorridas durante os fins de semana e as

férias

48. Os profissionais que atuam na unidade de saúde da família, visando à promoção e à vigilância à saúde,

devem

(A) estimular a participação dos profissionais administrativos no planejamento e na avaliação das ações do

Programa de Saúde Bucal.

(B) estabelecer prioridades nas áreas de enfermagem e saúde bucal, para a melhoria da qualidade de

aprendizado da população.

(C) entrar em articulação com setores privados e da unidade de saúde da família, integrando ações para a

qualidade e o aperfeiçoamento da saúde da população infantil.

(D) conhecer os fatores financeiros e ambientais que determinam as condições de qualidade de vida e de saúde

da população portadora de necessidades especiais.

(E) articular, com a rede institucional local, ações integradas para a melhoria constante da qualidade de saúde

da população.

EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA PARA POPULAÇÕES ESPECÍFICAS:

EQUIPES DE CONSULTÓRIO NA RUA

São equipes da atenção básica, compostas por profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva

de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua.

Tem por objetivo ampliar o acesso desses usuários à rede de atenção e ofertar de maneira mais

oportuna atenção integral à saúde.

As equipes deverão realizar suas atividades de forma itinerante, desenvolvendo ações na rua, em

instalações específicas, na unidade móvel e também nas instalações das Unidades Básicas de Saúde do

território onde está atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes

de atenção básica do território (UBS e NASF), e dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de Urgência e

dos serviços e instituições componentes do Sistema Único de Assistência Social, entre outras instituições

públicas e da sociedade civil.

As equipes dos Consultórios na Rua deverão cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas.

Porém seu horário de funcionamento deverá ser adequado às demandas das pessoas em situação de rua,

podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana. Categorias profissionais:

• Enfermeiro;

• Psicólogo;

• Assistente social;

• Terapeuta ocupacional;

• Médico;

• Agente social;

• Técnico ou auxiliar de enfermagem; e

• Técnico em saúde bucal.

• Cirurgião dentista, profissional/professor de educação física e profissional com formação em arte e

educação (Portaria 1.029 de 20/05/14)

Na composição de cada eCR deve haver, preferencialmente, o máximo de dois profissionais da mesma

profissão de saúde, seja de nível médio ou superior

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Enfermagem –[email protected]

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Modalidades:

Modalidade I: equipe formada, minimamente, por quatro profissionais, excetuando-se o médico, sendo:

a) dois profissionais de nível superior

b) dois profissionais de nível médio

Modalidade II: equipe formada, minimamente, por seis profissionais, excetuando-se o médico, sendo:

a) três profissionais de nível superior

b) três profissionais de nível médio

Modalidade III: equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico.

Financiamento eCR (PORTARIA Nº 1.238, DE 6 DE JUNHO DE 2014):

Custeio mensal:

Modalidade I: R$ 19.900,00;

Modalidade II: R$ R$ 27.300,00;

Modalidade III: R$ 35.200,00

NÚCLEO AMPLIADO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF):

Os Núcleos Ampliados à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a

abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. Criados através da

Portaria n° 154 de 24/01/2008.

São compostos por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira

integrada e apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família, das equipes de atenção básica para

populações específicas (Consultórios na Rua, equipes Ribeirinhas e Fluviais etc.) e Academia da Saúde,

compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade dessas equipes, atuando

diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território

dessas equipes.

Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas

independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando

necessários, devem ser regulados pelas equipes de atenção básica).

a. Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas;

b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; e

c. Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes dentre outros, no território.

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Modalidades (conforme Portaria nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012):

Poderão compor os NASF as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): médico

acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta;

fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo;

médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica); médico do

trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte educador); e profissional de

saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou

coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.

A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de

prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde

que serão apoiadas.

Financiamento NASF:

PORTARIA Nº 548, DE 4 DE ABRIL DE 2013 - Define o valor de financiamento do Piso da Atenção Básica

Variável para os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) modalidade 1, 2 e 3.

Implantação:

NASF 1: R$20.000 no mês subsequente à implantação

NASF 2: R$12.000 no mês subsequente à implantação

NASF 3: R$8.000,00 no mês subsequente à implantação

Custeio:

NASF 1: R$20.000/mês

NASF 2: R$12.000/mês

NASF 3: R$8.000,00/mês

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA

O Programa Saúde na Escola (PSE), foi instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro

de 2007 e surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva

da atenção integral (promoção, prevenção, diagnóstico e recuperação da saúde e formação) à saúde de

crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito das escolas e Unidades Básicas de Saúde,

realizada pelas equipes de saúde da atenção básica e educação de forma integrada, por meio de ações de:

I. Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;

II. Promoção das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas;

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III. Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas;

IV. Promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos;

V. Prevenção das violências e dos acidentes;

VI. Identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de doenças em eliminação;

VII. Promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de flúor;

VIII. Verificação e atualização da situação vacinal;

IX. Promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil;

X. Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração.

XI. Direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS; e

XII. Promoção da saúde ocular e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração.

O planejamento das ações do PSE deverá considerar:

I - os contextos escolar e social;

II - o diagnóstico local de saúde; e

III - a capacidade operativa das equipes das escolas e da Atenção Básica.

Por este Programa, as Secretarias de Saúde e Educação municipais assumem o compromisso de

alcançar as seguintes metas:

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ACADEMIA DA SAÚDE

Portaria n° 2.681 de 07/11/13

Objetivo principal: contribuir para a promoção da saúde e produção do cuidado e de modos de vida

saudáveis da população a partir da implantação de polos com infraestrutura e profissionais qualificados.

As atividades serão desenvolvidas conforme os seguintes eixos:

I - práticas corporais e atividades físicas;

II - produção do cuidado e de modos de vida saudáveis;

III - promoção da alimentação saudável;

IV - práticas integrativas e complementares;

V - práticas artísticas e culturais;

VI - educação em saúde;

VII - planejamento e gestão; e

VIII - mobilização da comunidade.

A organização e o planejamento dos polos são coordenados pela atenção básica e deve ser articulados

com os demais pontos de atenção à saúde, além de estar vinculados a um NASF ou a uma UBS.

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As atividades do Programa Academia da Saúde também serão desenvolvidas por profissionais da Atenção

Básica, inclusive aqueles que atuam na Estratégia Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família,

quando houver.

Cada pólo deverá ter pelo menos 1 profissional de saúde de nível superior com carga horária de 40 horas

semanais ou 2 profissionais de saúde de nível superior com carga horária mínima de 20 horas semanais cada,

que será responsável pelas atividades do Programa Academia da Saúde. Este profissional deve ter formação

compatível e exercer função relacionada às atividades da academia da saúde (profissional de educação física na

saúde, assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta geral, fonoaudiólogo geral, nutricionista,

psicólogo, sanitarista, educador social, musicoterapeuta, arterapeuta)

Financiamento das Academias da Saúde:

Portaria nº 2.684, de 8 de novembro de 2013 - Redefine as regras e os critérios referentes aos incentivos

financeiros de investimento para construção de polos e de custeio no âmbito do Programa Academia da Saúde

e os critérios de similaridade entre Programas em Desenvolvimento no Distrito Federal ou no Município e o

Programa Academia da Saúde.

Os incentivos financeiros se dividem em:

I - incentivo financeiro de investimento para construção de polos do Programa Academia da Saúde; e

II - incentivos financeiros de custeio dos polos do Programa Academia da Saúde.

Modalidades de polos do Programa Academia da Saúde:

• I - Modalidade Básica: composta de:

a) espaço de vivência;

b) espaço com equipamentos; e

c) espaço multiuso;

• II - Modalidade Intermediária: composta de:

a) espaço de vivência com estrutura de apoio;

b) espaço com equipamentos; e

c) espaço multiuso; e

• III - Modalidade Ampliada: composta de:

a) espaço de vivência com estrutura de apoio;

b) espaço com equipamentos; e

c) espaço multiuso.

O valor do incentivo financeiro de investimento para construção em cada uma das modalidades de polos

do Programa Academia da Saúde é de:

• I - Modalidade Básica: R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

• II - Modalidade Intermediária: R$ 100.000,00 (cem mil reais); e

• III - Modalidade Ampliada: R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais).

Os polos devem ser construídos na área de abrangência do estabelecimento de saúde de referência no

âmbito da Atenção Básica.

• Incentivo financeiro de custeio : valor mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) por polo do Programa

Academia da Saúde, o Distrito Federal ou Município deverá possuir NASF e ter o seu polo do Programa

Academia da Saúde vinculado ao NASF.

• Fica limitado a 3 (três) o número de polos do Programa Academia da Saúde a serem vinculados a um

mesmo NASF, independente das modalidades.

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ATENÇÃO DOMICILIAR – PROGRAMA MELHOR EM CASA:

Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013

Conceitos:

• Atenção Domiciliar: conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e

reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de

atenção à saúde;

• Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes

Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP); e

• Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar com o usuário, capacitada para auxiliá-lo em suas

necessidades e atividades da vida cotidiana.

• Objetivo: reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na

atenção básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução

da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários

internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos

usuários.

Requisitos para que os Municípios tenham SAD:

I - apresentar, isoladamente ou por meio de agrupamento de Municípios, população igual ou superior a 20.000

habitantes;

II - estar coberto por Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192); e

III - possuir hospital de referência no município ou região a qual integra.

NÚMERO DE EQUIPES:

• Todos os Municípios com 1 EMAD implantada poderão implantar 1 EMAP, sendo possível a

implantação de mais 1 EMAP a cada 3 EMAD a mais implantadas.

• Ao atingir a população de 150.000 habitantes, o Município poderá implantar 1 segunda EMAD.

• Após atingir a população de 150.000 habitantes, o Município poderá constituir, sucessivamente, 1

nova EMAD a cada 100.000 novos habitantes.

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MODALIDADES DE ATENÇÃO DOMICILIAR:

FINANCIAMENTO MELHOR EM CASA:

Custeio mensal:

• R$ 50.000,00 por EMAD tipo 1

• R$ 34.000,00 por EMAD tipo 2

• R$ 6.000,00 por EMAP

PMAQ – PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA:

Portaria nº 1.654 de 19/07/11 - Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de

Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e o Incentivo Financeiro do PMAQ-AB

Diretrizes:

• Envolver, mobilizar e responsabilizar o gestor federal, gestores estaduais, municipais e locais, equipes e

usuários num processo de mudança de cultura de gestão e qualificação da atenção básica;

• Desenvolver cultura de negociação e contratualização;

• Estimular a efetiva mudança do modelo de atenção, o desenvolvimento dos trabalhadores e a

orientação dos serviços em função das necessidades e da satisfação dos usuários;

• Ter caráter voluntário para a adesão tanto das equipes de atenção básica quanto dos gestores

municipais, partindo do pressuposto de que o seu êxito depende da motivação e proatividade dos

atores envolvidos.

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O PMAQ-AB tem como objetivo incentivar os gestores e as equipes a melhorar a qualidade dos serviços de

saúde oferecidos aos cidadãos do território. Para isso, propõe um conjunto de estratégias de qualificação,

acompanhamento e avaliação do trabalho das equipes de saúde. O programa eleva o repasse de recursos do

incentivo federal para os municípios participantes que atingirem melhora no padrão de qualidade no

atendimento. O programa foi lançado em 2011 e agora, em 2015, inicia seu 3º ciclo com a participação de

todas as equipes de saúde da Atenção Básica (Saúde da Família e Parametrizada), incluindo as equipes de

Saúde Bucal, Núcleos de Apoio à Saúde da Família e Centros de Especialidades Odontológicas que se

encontrem em conformidade com a PNAB.

Fases do PMAQ:

Está organizado em três fases e um eixo estratégico transversal de desenvolvimento, os quais compõem um

ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da AB:

1-Adesão e Contratualização

2-Certificação

3-Recontratualização

Composição da certificação:

A nota final de certificação será composta por Autoavaliação (10%) dos gestores, profissionais e equipes,

Monitoramento dos Indicadores (30%) e Avaliação Externa (60%).

Quais são os indicadores contratualizados para o 3º ciclo do PMAQ?

A gestão municipal e as equipes pactuaram na adesão um conjunto de indicadores, divididos por eixos (são

eles para as equipes de Atenção Básica e equipes de Atenção Básica com saúde bucal):

Acesso e continuidade do cuidado:

• Média de atendimentos de médicos e enfermeiros por habitante.

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• Percentual de atendimentos de consultas por demanda espontânea.

• Percentual de atendimentos de consulta agendada.

• Índice de atendimentos por condição de saúde avaliada.

• Razão de coleta de material citopatológico do colo do útero.

• Cobertura de primeira consulta odontológica programática.

Coordenação do cuidado:

• Percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida.

Resolutividade:

• Percentual de encaminhamentos para serviço especializado.

• Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas.

Abrangência da oferta de serviços:

• Percentual de serviços ofertados pela equipe de Atenção Básica.

• Percentual de serviços ofertados pela equipe de Saúde Bucal.

Para o Nasf, foi pactuado 1 (um) indicador, é ele:

• Índice de atendimentos realizados pelo Nasf.

Os indicadores serão alimentados pelo SISAB-ESUS :

A avaliação dos indicadores será realizada a partir do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica

(Sisab/e-SUS AB).

Avaliação externa:

A avaliação externa de desempenho das equipes de saúde e gestão da Atenção Básica compõe a 2ª fase do

ciclo do PMAQ. Nessa etapa, os entrevistadores irão realizar a verificação in loco de padrões de acesso e

qualidade alcançados pelas equipes e pela gestão por meio da aplicação de instrumentos específicos.

Valores/Recursos

Todas as equipes que já participam do 2º ciclo do PMAQ e que tiverem a homologação de sua recontratualização publicada continuarão recebendo o mesmo valor da certificação do 2º ciclo até a publicação da portaria de certificação do 3º ciclo, a qual irá estabelecer o novo recurso a ser repassado.

Quanto às novas equipes que tiverem sua adesão homologada, o município receberá, mensalmente, 20% do Componente de Qualidade do Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável), por equipe contratualizada, conforme as especificações abaixo: a. Atenção Básica sem Saúde Bucal – R$ 1.700,00; b. Atenção Básica com Saúde Bucal – R$ 2.200,00; c. Núcleo de Apoio à Saúde da Família Tipo I – R$ 1.000,00; d. Núcleo de Apoio à Saúde da Família Tipo II – R$ 600,00; e. Núcleo de Apoio à Saúde da Família Tipo III – R$ 400,00.

Uma vez que a equipe seja certificada, o gestor municipal passará a receber os valores diferenciados do Componente de Qualidade do PAB Variável, conforme o desempenho alcançado de suas equipes contratualizadas. As equipes contratualizadas avaliadas conforme as regras descritas no Manual Instrutivo do PMAQ receberão as seguintes classificações de desempenho: I – Ótimo; II – Muito Bom; III – Bom; IV – Regular; e V – Ruim.

Nos casos em que, no processo de certificação, a equipe seja classificada como insatisfatória ou desclassificada, o gestor municipal deixará de receber o valor de incentivo referente a esta equipe. recurso do PMAQ

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A referida Portaria nº 204/2007 estabelece que a gestão municipal poderá aplicar os recursos referente ao PAB Variável para o custeio de despesas no âmbito da Atenção Básica. Para tanto, faz-se necessária a explicitação da aplicação dos gastos com a organização da Atenção Básica no Plano Municipal de Saúde, que é devidamente aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde e atualizado a cada ano. Cabe ao gestor avaliar se com o recurso do PMAQ será implantado o pagamento por desempenho para os profissionais da Atenção Básica.

PROGRAMA MAIS MÉDICOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 621, DE 8 DE JULHO DE 2013 - Institui o Programa Mais Médicos e dá outras

providências.

Parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, que prevê mais investimentos

em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez

e ausência de profissionais.

Contratação de médicos para atuar na atenção básica.

A iniciativa prevê também a expansão do número de vagas de medicina e de residência médica, além do

aprimoramento da formação médica no Brasil.

– Diretrizes curriculares da Graduação em Medicina

– Ampliação de vagas Graduação e Residência

PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

O Requalifica UBS é uma das estratégias do Ministério da Saúde para a estruturação e o fortalecimento

da Atenção Básica. Por meio do programa, o MS propõe uma estrutura física das unidades básicas de saúde -

acolhedoras e dentro dos melhores padrões de qualidade - que facilite a mudança das práticas das equipes

de Saúde.

Instituído em 2011, o programa tem como objetivo criar incentivo financeiro para a reforma,

ampliação e construção de UBS, provendo condições adequadas para o trabalho em saúde, promovendo

melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica. Envolve também ações que visam à informatização dos

serviços e a qualificação da atenção à saúde desenvolvida pelos profissionais da equipe.

FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA:

O financiamento da atenção básica deve ser tripartite. No âmbito federal, o montante de recursos

financeiros destinados à viabilização de ações de atenção básica à saúde compõe o Bloco de Financiamento de

Atenção Básica (Bloco AB) e parte do Bloco de Financiamento de Investimento.

FINANCIAMENTO FEDERAL

O financiamento federal é composto pelos seguintes itens:

A) Recursos per capita;

B) Recursos para projetos específicos, tais como os recursos da Compensação das Especificidades Regionais

(CER), do Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde, recursos de investimento/estruturação

e recursos de estruturação na implantação;

C) Recursos de investimento;

D) Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas prioritários, tais como os

recursos específicos para os municípios que implantarem as equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal, de

agentes comunitários de saúde, dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, dos Consultórios na Rua, de Saúde

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da Família Fluviais e Ribeirinhas, de Atenção Domiciliar, Programa Saúde na Escola (PSE), microscopistas e

Academia da Saúde;

E) Recursos condicionados a resultados e avaliação do acesso e da qualidade, tal como o do Programa Nacional

de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ);

O Componente Piso da Atenção Básica – PAB Fixo refere-se ao financiamento de ações de atenção

básica à saúde, cujos recursos são transferidos mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo

Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde do Distrito Federal e dos Municípios. Já o Componente Piso da Atenção

Básica Variável - PAB Variável é constituído por recursos financeiros destinados ao financiamento de estratégias

realizadas no âmbito da atenção básica em saúde, tais como: I - Saúde da Família; II - Agentes Comunitários de

Saúde; III – Saúde Bucal; IV - Compensação de Especificidades Regionais; V - Fator de Incentivo de Atenção

Básica aos Povos Indígenas; VI - Incentivo para a Atenção à Saúde no Sistema Penitenciário; VII - Incentivo para

a Atenção Integral à Saúde do Adolescente em conflito com a lei, em regime de internação e internação

provisória; e VIII - outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico.

PAB FIXO:

Valor per capita repassado aos municípios para realização de ações na atenção básica.

Portaria nº 1.409, de 10 de julho de 2013 - Define o valor mínimo da parte fixa do Piso de Atenção Básica

(PAB) para efeito do cálculo do montante de recursos a ser transferido do Fundo Nacional de Saúde aos

Fundos de Saúde dos Municípios e do Distrito Federal, e divulga os valores anuais e mensais da parte fixa do

PAB.

Art. 1º Fica definido o valor mínimo da parte fixa do Piso de Atenção Básica, para efeito do cálculo do

montante de recursos a ser transferido do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios e do

Distrito Federal, conforme pontuação calculada segundo critérios definidos no Anexo I a Portaria nº

1.602/GM/MS, de 9 de julho de 2011 e atualizada no anexo I desta portaria.

I - O valor mínimo para os Municípios integrantes do Grupo I passa para R$ 28,00 por habitante ao ano.

II - O valor mínimo para os Municípios do Grupo II passa para R$ 26,00 por habitante ao ano.

III - O valor mínimo para os Municípios do Grupo III passa para R$ 24,00 por habitante ao ano.

IV - O valor mínimo para o Distrito Federal e os municípios integrantes do Grupo IV passa para R$ 23,00 por

habitante ao ano.

Obs: *Para a definição do valor mínimo do PAB fixo, o critério adotado foi a distribuição dos Municípios em

quatro faixas, de acordo com pontuação que varia de 0 a 10, com base em indicadores: PIB Per Capita,

Percentual da População com Plano de Saúde, Percentual da População com Bolsa Família, Percentual da

População em Extrema Pobreza e Densidade Demográfica.

Financiamento Estadual

• PAB Estadual – Resolução SS 57 de 07/06/13

• Transferência do Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde

• Os recursos devem ser aplicados pelos gestores no custeio das ações de atenção básica de saúde

• R$ 3,00 per capita, considerando a estimativa da população para municípios do IBGE - anual

• Recursos transferidos trimestralmente

Portaria nº 978, de 16 de maio de 2012 - Define valores de financiamento do Piso da Atenção Básica variável

para as equipes de Saúde da Família, equipes de Saúde Bucal e para os Núcleos de Apoio à Saúde da Família,

instituídos pela Política Nacional de Atenção Básica.

§ 1º O valor do incentivo financeiro referente às eSF na Modalidade 1 é de R$ 10.695,00 a cada mês, por

equipe.

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§ 3º O valor dos incentivos financeiros referentes às eSF na Modalidade 2 é de R$ 7.130,00 a cada mês, por

equipe.

Art. 2º Ficam definidos os seguintes valores do incentivo financeiro para o custeio das equipes de Saúde Bucal

(eSB) nas Modalidades 1 e 2, segundo critérios estabelecidos pela Política Nacional de Atenção Básica:

I - Para as eSB na Modalidade 1, serão transferidos R$ 2.230,00 a cada mês, por equipe; e

II - Para as eSB na Modalidade 2, serão transferidos R$ 2.980,00 a cada mês, por equipe.

Financiamento federal – município de São José do Rio Preto

Disponível em: http://www.fns.saude.gov.br

SISTEMA DE INFORMAÇÃO:

Portaria nº 1.412, de 10 de julho de 2013 - Institui o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica

(SISAB).

A estratégia e-SUS AB é composta por dois sistemas de "software" que instrumentalizam a coleta dos

dados que serão inseridos no SISAB:

• I - Coleta de Dados Simplificado; e

• II - Prontuário Eletrônico do Cidadão.

O SISAB passa a ser o sistema de informação vigente para fins de financiamento e de adesão aos

programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) do DAB/SAS/MS. O SISAB substituiu o

SIAB e os outros sistemas de "software" nos módulos utilizados na atenção básica.

Referência bibliográfica: Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde.

BRASIL SORRIDENTE:

O governo federal desenvolve uma política nacional de saúde bucal, ou seja, um programa estruturado, não

apenas incentivos isolados à saúde bucal. O Brasil Sorridente foi lançado pelo Ministério da Saúde em 17 de

março de 2004 para ampliar o acesso ao tratamento odontológico. Seu principal objetivo é a reorganização da

prática e a qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde bucal, com

ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros por meio do Sistema Único de Saúde

(SUS).Principais ações:

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Implantação de Centros de Especialidades Odontologia Distribuição de Insumos para as Equipes de Saúde Bucal - ESF Fluoretação da Água de Abastecimento Aumento da Resolutividade da Atenção Básica Fornecimento de Equipo odontológico completo para as Equipes Centros de Especialidades Odontológicas

NUTRISUS:

É um programa do Ministério Da Saúde que tem objetivo de prevenir anemia e controlar carências nutricionais na infância, o Ministério da Saúde em 2015. O lançamento nacional do NutriSUS, estratégia que beneficia mais de 330 mil crianças de 1.717 municípios brasileiros. Refere a aquisição de sachês de vitaminas e minerais que fortificam a alimentação ofertada nas creches participantes do Programa Saúde na Escola (PSE). Os sachês multivitamínicos da ação, feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Ministério da Educação, começam a ser utilizados na suplementação das crianças já no primeiro semestre do ano letivo.

O sachê entregue para as creches é composto de 15 micronutrientes e é facilmente administrado, devendo ser adicionado uma vez ao dia em uma das refeições oferecidas à criança. O suplemento não altera o sabor do alimento, o que evita rejeição, é de fácil absorção pelo organismo e não causa irritação gástrica. O consumo do sachê deve ser feito durante 60 dias e ter uma pausa entre três e quatro meses. O ciclo deverá se repetir até a criança completar três anos e onze meses.

Composição do sachê de micronutrientes

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE:

No Brasil, em 2006, foi estabelecida no Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), através da Portaria GM/MS nº 9712. Essa Portaria traz orientações para estruturar as PICS nos serviços da Atenção Básica, além de outras providências. A PNPIC nasceu das demandas sociais para contemplar diretrizes e responsabilidades institucionais para oferta de serviços e produtos de homeopatia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, plantas medicinais e fitoterapia, medicina antroposófica e termalismo social/crenoterapia.

Em 2017, PNPIC foi ampliada em 14 novas PICS a partir da publicação das Portaria nº 849. Também em 2017, foram publicadas as Portarias Nº 633 e 145, que atualizam o serviço especializado das PICS na tabela de serviços do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Já em 2018, com a Portaria nº 702, mais 10 recursos terapêuticos integraram o rol de PICS do Ministério da Saúde. A PNPIC oferece vários recursos para construção de saberes das PICS e apoio a implementação das PICS - Manual de Implementação das PICS no SUS, Glossário Temáticos de PICS.

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COMO POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO

SISTEMA PRISIONAL (PNAISP)

Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, que disciplina os objetivos, as diretrizes, bem como as responsabilidades do Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça, dos estados e do Distrito Federal, representados pelas secretarias de saúde, de justiça ou congêneres e dos municípios. As normas de operacionalização dessa política estão disciplinadas pela Portaria GM/MS nº 482, de 1º de abril de 2014, que disciplina os tipos de equipes, os profissionais que compõem essas equipes e o financiamento. Adicionalmente, a Portaria nº 305, de 10 de abril de 2014, estabelece normas para cadastramento das equipes no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Com o objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS, a PNAISP prevê que os serviços de saúde no sistema prisional passem a ser ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS, qualificando também a Atenção Básica no âmbito prisional como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e serviços de saúde pela rede. As equipes podem se organizar em cinco modalidades, o que definirá o repasse dos recursos financeiros. Modalidades

Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo I (EABp-I): formada por 5 profissionais (classificação CNES 50)

– 1 ESF + ESB por 6h/semana;

Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo I com Saúde Mental (EABp-I com Saúde

Mental) (classificação CNES 51) – formada por 8 profissionais: 1 ESF e mais 3 profissionais com experiência

em saúde mental por 6h/semana;

Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo II (EABp-II) (classificação CNES 52) – formada por 8

profissionais: 1 ESF + 1 psicólogo, 1 assistente social e 1 profissional(terapeuta ocupacional, psicólogo,

fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutico, assistente social ou enfermeiro) em 20h/semana.

Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo II com Saúde Mental (EABp-II com Saúde

Mental) (classificação CNES 53) – formada por 11 profissionais: 1 ESF somados a 1psiquiatra ou 1

profissional com experiência em Saúde Mental (psicólogo, um assistente social e três profissionais

escolhidos entre as seguintes categorias: terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista,

farmacêutico, assistente social ou enfermeiro) em 20h/semana.

Equipe de Atenção Básica Prisional Tipo III (EABp-III) (classificação CNES 54) – formada por 11

profissionais: 1 ESF + 1 psiquiatra ou 1 médico com experiência em Saúde Mental, 1 psicólogo, 1 assistente

social e tr3 profissionais escolhidos entre as seguintes categorias: terapeuta ocupacional, psicólogo,

fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutico, assistente social ou enfermeiro em 30h/semana.

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PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

• O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta de renda à famílias em

situação de pobreza com a finalidade de promover seu acesso aos direitos sociais básicos e romper com

o ciclo intergeracional da pobreza.

• O PBF é realizado por meio de auxílio financeiro vinculado ao cumprimento de compromissos na Saúde,

Educação e Assistência Social - condicionalidades.

• Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004 – Cria o Programa Bolsa Família.

• Estabelece que o acompanhamento das condicionalidades de saúde do PBF é uma atribuição comum

dos profissionais da Atenção Básica, conforme demonstrado abaixo:

Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017:

4 – ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA

4.1 – Atribuições Comuns a todos os membros das Equipes que atuam na Atenção Básica

XXVI. Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica e no mapa de acompanhamento do

Programa Bolsa Família (PBF), e/ou outros programas sociais equivalentes, as condicionalidades de saúde das

famílias beneficiárias.

Critérios de elegibilidade

– Famílias em extrema pobreza – até R$ 89,00 /pessoa/mês.

– Famílias pobres – entre R$ 89,00 e R$ 178,00 /pessoa/mês e que tenham crianças,

adolescentes, gestantes ou nutrizes na composição familiar.

Por este motivo, o objetivo das condicionalidades do Programa é garantir a oferta das ações básicas, e

potencializar a melhoria da qualidade de vida das famílias e contribuir para a sua inclusão social.

É necessário que a família esteja registrada no Cadastro Único para Programas Sociais (Cad Único)

Condicionalidades – Saúde

• A agenda de saúde do PBF no SUS compreende a oferta de serviços para a realização:

– Gestantes: pré-natal

– Mulheres: entre 14 e 44 anos (possíveis gestantes)

– Crianças até 7 anos: vacinação em dia e acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento

• Assim, as beneficiárias mulheres com idade entre 14 e 44 anos e crianças menores de 07 de idade

deverão ser assistidas por uma equipe de saúde da família, por agentes comunitários de saúde ou por

Unidade de Saúde que proverão os serviços necessários ao cumprimento das ações de

responsabilidade da família.

• Educação: frequência escolar mínima de 85% para crianças de 6 a 15 anos e de 75% para jovens de 16

e 17 anos.

• Assistência Social: frequência mínima de 85% nos serviços socioeducativos para crianças e

adolescentes até 15 anos em risco

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Objetivos:

• Contribuir para reduzir problemas como desnutrição, mortalidade materna e infantil, desmame

precoce, entre outros.

• Prevenção de doenças e agravos (vacinação, pré-natal, puericultura)

• Poder público passa a conhecer as necessidades de saúde da população mais vulnerável de seu

território e pode articular ações específicas para melhorar a qualidade de vida das famílias.

A partir da 2ª vigência de 2018, o sistema utilizado para o acompanhamento das condicionalidades de

saúde foi o Sistema do Programa Bolsa Família na Saúde no e-Gestor AB.

RAPS

Rede de Atenção Psicossocial A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e

de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela

comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o

atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras

drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede é composta por serviços e equipamentos variados,

tais como: os Centros de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuti cos (SRT); os Centros de

Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos

CAPS III). Faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para pacientes egressos de

longas internações em hospitais psiquiátricos. As informações completas para adesão à Rede estão na Portaria do

GM Nº 3.088.

A RAPS está presente

Na Atenção Básica • Unidade Básica de Saúde; • Núcleo de Apoio a Saúde da Família; • Consultório de Rua; • Apoio

aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório; • Centros de Convivência e Cultura.

Atenção Psicossocial Estratégica • Centros de Atenção Psicossocial nas suas diferentes modalidades.

Atenção de Urgência e Emergência • SAMU 192; • Sala de Estabilização; • UPA 24 horas e portas hospitalares de

atenção à urgência /pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde.

Atenção Residencial de Caráter Transitório • Unidade de Acolhimento; • Serviço de Atenção em Regime

Residencial.

Atenção Hospitalar • Enfermaria especializada em hospital geral; • Serviço Hospitalar de Referência (SHR) para

Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e

outras drogas.

Estratégia de Desintitucionalização • Serviços Residenciais Terapêuti cos (SRT); • Programa de Volta para Casa

(PVC). Estratégias de Reabilitação Psicossocial • Iniciati vas de Geração de Trabalho e Renda; • Empreendimentos

Solidários e Cooperati vas Socias.

RESOLUÇÃO Nº 32, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2017

Art. 1º - Estabelecer as diretrizes para o fortalecimento da RAPS. Considera-se como componentes da RAPS os

seguintes pontos de atenção:

1. Atenção Básica; 2. Consultório na Rua; 3. Centros de Convivência; 4. Unidades de Acolhimento (Adulto e Infanto-

Juvenil); 5. Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) I e II; 6. Hospital Dia; 7. Unidades de Referência Especializadas

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em Hospitais Gerais; 8. Centros de Atenção Psicossocial nas suas diversas modalidades; 9. Equipe Multiprofissional

de Atenção Especializada em Saúde Mental;10. Hospitais Psiquiátricos Especializados

Art. 9º - Ampliar a oferta de leitos hospitalares qualificados para a atenção a pessoas com transtornos mentais e/ou

com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. IV - reajustar o valor de diárias para

internação em hospitais especializados de forma escalonada, em relação aos atuais níveis, conforme o porte do

Hospital. Art. 11º - Fortalecer a parceria e o apoio intersetorial entre MS/MJ/MDS/MT em relação as Comunidades

Terapêuticas.

COMO ISSO CAI NA PROVA?

49.(Residência Mult. UNCISAL – 2018) O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica (PNAB, 2017). Sendo assim, é competência específica do Nasf-AB: a) Coordenar o planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas; b) Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. c) Produzir casos clínicos para que os profissionais da atenção básica procurem resolver a partir da educação permanente e da educação popular em saúde e coordenar os processos de trabalho das equipes. d) Realizar atendimento individual e coletivo no âmbito da atenção primária, considerando a população adscrita. e) Desenvolver ações de saúde com foco na prevenção das doenças, ofertando para os profissionais da atenção básica retaguarda assistencial e pedagógica.

50.(RESIDÊNCIA – UPE – 2018) O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) se constitui em uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB). Sobre a composição do Nasf-AB na área de saúde, analise os itens abaixo:

I. Médico Acupunturista II. Médico Ginecologista/Obstetra III. Médico Homeopata IV. Médico Pediatra V. Médico Veterinário Assinale a alternativa CORRETA: A) Todos estão corretos. B) Existem, apenas, quatro corretos. C) Existem, apenas, três corretos. D) Existem, apenas, dois correto. E) Existe, apenas, um correto.

51. (VUNESP/SJRIO PRETO-SP/2011) O Sistema de Informação do SUS (ESUS) é:

a) um sistema de informações gerais sobre o desempenho funcional do SUS-estadual.

b) uma importante ferramenta de gestão para as equipes de saúde da família.

c) um programa que controla rigorosamente os gastos com medicamentos.

d) um instrumento essencial para avaliar o uso inadequado do orçamento específico.

e) um recurso de gestão, de caráter confidencial, exclusivo dos gestores municipais.

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52. (CETRO/BOTUCATU-SP/2012) O sistema de informação territorializado que coleta dados que possibilitam

a construção de indicadores populacionais referentes a áreas de abrangência bem delimitadas, cobertas pelo

Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família, denomina-se:

a) SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS.

b) SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS.

c) ESUS – Sistema de Informação do SUS.

d) SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação.

e) SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade.

53. (FUNDAÇÃO ABC/2013) A portaria GM Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 cria os Núcleos de Apoio à

Saúde da Família - NASF. Considerando essa legislação, analise os itens abaixo.

I- Os NASF não se constituem em porta de entrada do sistema, e devem atuar de forma integrada à rede de

serviços de saúde, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes Saúde da Família

(SF).

II- A responsabilização compartilhada entre as equipes SF e a equipe do NASF na comunidade prevê a revisão

da prática do encaminhamento com base nos processos de referência e contra-referência, ampliando-a para

um processo de acompanhamento longitudinal de responsabilidade da equipe de Atenção Básica/Saúde da

Família, atuando no fortalecimento de seus atributos e no papel de coordenação do cuidado no SUS.

III- Os NASF devem buscar instituir a plena integralidade do cuidado físico e mental aos usuários do SUS por

intermédio da qualificação e complementaridade do trabalho das Equipes Saúde da Família - ESF.

IV- Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 1 as seguintes ocupações: Médico

Acupunturista; Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta;

Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico

Psiquiatra e Terapeuta Ocupacional.

Estão corretos os itens:

a) I, II, III e IV.

b) I, II e III, apenas.

c) II, III e IV, apenas.

d) II e III, apenas.

54. (CONRIO/COSMORAMA-SP/2013) O principal propósito da ESF é reorganizar a prática da atenção à

saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto das famílias e,

com isso, melhorar a qualidade de vida da população. A esse propósito o Ministério da Saúde criou os

Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF, mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de Janeiro de 2008,

onde o seu principal objetivo é:

a) Para além da prescrição de medicamentos fitoterápicos, a implantação da fitoterapia na atenção básica de

saúde pressupõe a realização de atividades coletivas como rodas de conversa com Usuários e oficinas de

remédios caseiros.

b) Ações com o poder de transformar a relação entre profissionais de saúde e comunidade, fomentando trocas

solidárias e superando as relações de dominação, avançando no sentido de que este processo leve à

democratização do saber.

c) Apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o

escopo das ações da Atenção Básica, e aumentando a resolutividade da mesma.

d) Envolver 506 Equipes de Saúde da Família, nos moldes preconizados pelo MS: equipes compostas por 01

médico generalista, 01 enfermeiro, 02 auxiliares de enfermagem e um número variável de agentes

comunitários de saúde.

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55. (COMISSÃO PERMANENTE DE CONCURSOS/PICUÍ-PB/2014) A Portaria n. 154, de 24/01/2008, cria os

Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF, composto por profissionais de diferentes áreas de

conhecimento, que atuem em parceria com os profissionais das Equipes Saúde da Família – ESF. Para efeito

de repasse de recursos federais, esta Portaria define os profissionais que podem compor o NASF. Identifique

o profissional que NÃO está previsto nesta Portaria.

a) Farmacêutico.

b) Fisioterapeuta.

c) Nutricionista.

d) Médico oncologista.

e) Psicólogo.

56. (COMPROV/UFCG/CABACEIRAS-PB/2014) Em relação ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF),

analise as proposições abaixo, marque V (verdadeiro) ou F (falso) e responda:

I) As equipes do NASF fazem parte da Atenção Primária, mas não se constituem como unidades físicas

independentes ou especiais.

II) A lógica do NASF não é de ambulatório, mas de apoio matricial.

III) Os profissionais de educação física não fazem parte da equipe do NASF.

A alternativa correta é:

a) F V F.

b) F F V.

c) V F V.

d) F V V.

e) V V F.

57. (AOCP/EBSERH/HUCAM-UFES/2014) O Piso da Atenção Básica fixo (PAB) consiste em um montante de

recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica e é definido

a) pelos recursos orçamentários do município e o planejamento de saúde do ano anterior.

b) pela multiplicação de um valor per capita nacional pela população de cada município.

c) pela implantação de estratégias específicas para melhoria do acesso à atenção básica.

d) pelo orçamento da seguridade social do Estado.

e) pelo número de procedimentos de baixa complexidade realizados no município.

58. (VUNESP/PREF. SÃO PAULO-SP/2014) As equipes dos consultórios de rua, previstas na Portaria do

Ministério da Saúde nº 2.488/11,

a) são vinculadas às equipes de emergência e tem o objetivos de prestar socorro rápido nos locais de

ocorrência dos acidentes nas ruas.

b) são unidades criadas para suprir as lacunas dos centros de atenção psicossocial e das unidades básicas de

saúde.

c) são unidades que tem uma atuação independente das instituições componentes do Sistema Único de

Assistência Social.

d) tem responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de

rua.

e) funcionam 24 horas por dia em todos os municípios do país.

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59. (FEPESE/PREF. SÃO JOSÉ-SC/2014) O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da

Atenção Básica (PMAQ) funciona por meio da indução de processos que buscam aumentar a capacidade das

gestões:

a) estaduais e federal, em conjunto com as equipes de saúde, no sentido de oferecer serviços que assegurem

maior acesso e qualidade à população.

b) municipais, estaduais e federal, em conjunto com as equipes de saúde, no sentido de oferecer serviços que

assegurem maior acesso e qualidade à população.

c) municipais e estaduais, em conjunto com as equipes de saúde, no sentido de oferecer serviços que

assegurem maior acesso e qualidade à população.

d) municipais e estaduais, em conjunto com a gestão federal, no sentido de oferecer serviços que assegurem

maior acesso e qualidade à população.

e) municipais, estaduais e federal, em conjunto com os profissionais de enfermagem, no sentido de oferecer

serviços que assegurem maior acesso e qualidade à população.

60. (FEPESE/PREF. SÃO JOSÉ-SC/2014) Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) em

relação aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF):

( ) O NASF se constitui porta de entrada do sistema para os usuários, atuando em parceria com as equipes de

saúde da família.

( ) O NASF deve atuar dentro de algumas diretrizes relativas à Atenção Primária em Saúde, como: ação

interdisciplinar e intersetorial, educação permanente em saúde dos profissionais e da população,

integralidade, participação social e humanização, entre outras.

( ) A organização dos processos de trabalho dos NASFs, deve ser estruturada priorizando o atendimento

compartilhado e interdisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas.

( ) O NASF deve ser constituído por uma equipe, com profissionais de diferentes áreas de conhecimento que

atuam em conjunto com os profissionais das equipes de saúde da família, nos territórios sob responsabilidade

das equipes dos NASFs.

Assinale a alternativa que indica a sequencia correta, de cima para baixo:

a) V V F F

b) V F V F

c) V F F V

d) F V V F

e) F F V V

61. (FEPESE/PREF. SÃO JOSÉ-SC/2014) A articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde é a base do

Programa Saúde na Escola (PSE). Sobre o tema, analise as afirmativas abaixo:

1. Entre as escolas que se enquadram nas prioridades do PSE estão: creches públicas e conveniadas do

Município; escolas do campo; escolas em que pelo menos 50% dos alunos pertençam a famílias

beneficiárias do Bolsa Família.

2. As ações essenciais são vinculadas a Programas prioritários do governo federal e são de pactuação

obrigatória.

3. Fazem parte das ações essenciais nas creches: avaliação antropométrica, promoção e avaliação da

saúde bucal, saúde ocular, verificação da situação vacinal.

4. Fazem parte das ações essenciais nas creches: avaliação antropométrica, saúde ocular, verificação da

situação vacinal e saúde auditiva.

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5. Fazem parte das ações essenciais na pré-escola: promoção da alimentação saudável, promoção da

segurança alimentar e promoção da alimentação saudável, promoção das práticas corporais e

prevenção das violências e acidentes.

Assinale a alternativa que indica as afirmativas CORRETAS:

a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

c) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.

d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

e) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.

62. (ANAPOLIS-GO/2011) O Componente Piso da Atenção Básica Variável – PAB Variável – é constituído por

recursos financeiros destinados ao financiamento de estratégias, realizadas no âmbito da Atenção Básica em

saúde. As alternativas a seguir são estratégias financiadas no componente variável do PAB, COM EXCEÇÃO

de:

a) Saúde da Família.

b) Agentes Comunitários de Saúde.

c) Saúde Bucal.

d) Incentivo para a Atenção à Saúde no Sistema Penitenciário.

e) Incentivo para a Atenção Integral à Saúde do Trabalhador.

63. (ANAPOLIS-GO/2011) Os valores anuais e mensais da parte fixa do Piso da Atenção Básica (PAB) para

cada Município são baseados:

a) no número de unidades básicas de saúde.

b) na sua população total.

c) nas taxas de mortalidade local.

d) no percentual da população dependente do SUS.

e) no montante de recursos recolhidos em Impostos.

GABARITOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D A C B C E B E C B C B C D D D D E A C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 A B B A B E D D A C E C C C A D E B A C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 B D C B E D A E B A B C A C D E B D B

60 61 62 63 D A E B